1. CCapelaniaapelania HHospitalarospitalar
Disse Jesus:Disse Jesus:
““VVinde, benditos do meu Pai...inde, benditos do meu Pai...
pporque estive enfermo,orque estive enfermo,
ee me visitastes”me visitastes”
(Mt.25:34-36)(Mt.25:34-36)
O espírito firme sustém o homem na sua doença, mas
o espírito abatido quem o pode suportar? (Pv.18:14)
Capelania
3. TemoresTemores na UTIna UTI
A hospitalização na UTI, agrava para oA hospitalização na UTI, agrava para o
paciente e família, sentimentos depaciente e família, sentimentos de
insegurança, insatisfação, confinamento,insegurança, insatisfação, confinamento,
angústia e medo.angústia e medo.
Na UTI ele reconhece que sua vida correNa UTI ele reconhece que sua vida corre
perigo e está sendo controlada porperigo e está sendo controlada por
pessoas estranhas. Tais angústias o deixapessoas estranhas. Tais angústias o deixa
muito nervoso e irritado e commuito nervoso e irritado e com
amedrontadoamedrontado..
Capelania
4. Os temores na UTIOs temores na UTI
Na UTI as visitas são controladas, limitadas, pré-Na UTI as visitas são controladas, limitadas, pré-
determinados os horários, ocorrem atrasos pordeterminados os horários, ocorrem atrasos por
procedimentos e inter-corrências.procedimentos e inter-corrências.
Fervilha a cabeça do doente, pela maquinariaFervilha a cabeça do doente, pela maquinaria
presente, constante movimento, gritos de dorespresente, constante movimento, gritos de dores
ocorrem, colega de leito ao lado que vai a óbito.ocorrem, colega de leito ao lado que vai a óbito.
Como fica este doente e família, quandoComo fica este doente e família, quando
impossibilitado de se comunicar ?impossibilitado de se comunicar ?
Capelania
5. CCapelaniaapelania HHospitalarospitalar
““Nenhum de nós crê na própria morte...Nenhum de nós crê na própria morte...
Nosso inconsciente não aceita a idéia deNosso inconsciente não aceita a idéia de
dever morrer”dever morrer” (Freud).(Freud).
Um casal pode ter passado anos brigando,Um casal pode ter passado anos brigando,
mas quando um deles morre o outro arrancamas quando um deles morre o outro arranca
os cabelos, lamenta, chora, grita, bate noos cabelos, lamenta, chora, grita, bate no
peito em sinal de pesar, medo e angústia,peito em sinal de pesar, medo e angústia,
temendo ainda mais sua própria morte.temendo ainda mais sua própria morte.
Capelania
6. A solidariedadeA solidariedade
Daí a importância da igreja, realizar esteDaí a importância da igreja, realizar este
chamado ao “consolo” do enfermo aliviandochamado ao “consolo” do enfermo aliviando
sua dor e ministrando o evangelho do Senhorsua dor e ministrando o evangelho do Senhor
““Um coração ansioso deixa o homemUm coração ansioso deixa o homem
frustrado e derrotado, mas uma palavrafrustrado e derrotado, mas uma palavra
amiga de ânimo e simpatia renova as forças”amiga de ânimo e simpatia renova as forças”
(Pv. 12:25 -(Pv. 12:25 -
Bíblia Viva).Bíblia Viva).
Capelania
7. Capelania Hospitalar: O que é?Capelania Hospitalar: O que é?
Um departamento do hospital que prestaUm departamento do hospital que presta
um serviço voluntário aos pacientes,um serviço voluntário aos pacientes,
familiares, e profissionais da saúde, com ofamiliares, e profissionais da saúde, com o
objetivo de desenvolver um ministério deobjetivo de desenvolver um ministério de
consolo espiritual de forma solidária e temconsolo espiritual de forma solidária e tem
como objetivo à transmissão dos cuidadoscomo objetivo à transmissão dos cuidados
pastorais às pessoas que estão em crise.pastorais às pessoas que estão em crise.
Capelania
8. A importância da visita hospitalarA importância da visita hospitalar
Nos hospitais, mais que em outrosNos hospitais, mais que em outros
lugares, temos a grande oportunidade delugares, temos a grande oportunidade de
ministrar o evangelho do consolo àsministrar o evangelho do consolo às
pessoas com dificuldades de saúde.pessoas com dificuldades de saúde.
São mais as pessoas passam pelosSão mais as pessoas passam pelos
hospitais do que pelas igrejashospitais do que pelas igrejas
O hospital, é a igreja que está foraO hospital, é a igreja que está fora
Capelania
9. O hospital, uma empresa diferenciadaO hospital, uma empresa diferenciada
DDiferenciada de qualquer outra instituiçãoiferenciada de qualquer outra instituição
pública ou privada.pública ou privada.
AA pessoa vai a igreja em busca de religião epessoa vai a igreja em busca de religião e
vai ao hospital em busca de saúde.vai ao hospital em busca de saúde.
DDeste modo, os que se prontificam a fazer esseeste modo, os que se prontificam a fazer esse
trabalho, devem comungar de uma filosofia játrabalho, devem comungar de uma filosofia já
existente diferenciada das demaisexistente diferenciada das demais..
Capelania
10. Capelania hospitalar e a dor
AA enfermidade, seja ela causada por umenfermidade, seja ela causada por um
acidente ou qualquer alteração física, provocaacidente ou qualquer alteração física, provoca
no homem surpresas desagradáveis.no homem surpresas desagradáveis.
AA maior dor sentida num hospital nemmaior dor sentida num hospital nem
sempre é a dor física: mas é a dor de sentir-sesempre é a dor física: mas é a dor de sentir-se
solitáriosolitário,, abandonadoabandonado,, rejeitadorejeitado, e, e inválido.inválido.
ÉÉ a dor de depender de pessoasa dor de depender de pessoas
desconhecidas. É uma espécie particular dedesconhecidas. É uma espécie particular de
dor e solidão: seu medodor e solidão: seu medo
Capelania
11. A pessoa doente no hospitalA pessoa doente no hospital
OO doente é tirado de seu ritmo normal dedoente é tirado de seu ritmo normal de
vida, Interrompendo seus planos evida, Interrompendo seus planos e
confundindo seus alvos.confundindo seus alvos.
DDesestabiliza sua situação financeira.esestabiliza sua situação financeira.
DDesprotege-o da intimidade de sua família.esprotege-o da intimidade de sua família.
DDistancia-o de seus amigos, tira-lhes a roupaistancia-o de seus amigos, tira-lhes a roupa
e lhe dão nova roupagem.e lhe dão nova roupagem.
((Como se sente o paciente com as roupas do hospitalComo se sente o paciente com as roupas do hospital?)?)
Capelania
12. A pessoa doente no hospitalA pessoa doente no hospital
TTodos exercem poder de fala sobre o doente:odos exercem poder de fala sobre o doente:
enfermagem, higienização, manutenção,enfermagem, higienização, manutenção,
serviços gerais, nutrição, etc...serviços gerais, nutrição, etc...
QQuando impossibilitado de ser removido, éuando impossibilitado de ser removido, é
literalmente despido para o banho ouliteralmente despido para o banho ou
mudança de sua roupa, causando-lhemudança de sua roupa, causando-lhe
sentimentos de vergonha, por sentir-sesentimentos de vergonha, por sentir-se
exposto também aos demais doentes do seuexposto também aos demais doentes do seu
quarto.quarto.
Ficam ausentes também todos os sons,Ficam ausentes também todos os sons,
aromas, e percepções visuais do seu ambientearomas, e percepções visuais do seu ambiente
usualusual
Capelania
13. A pessoa doente no hospitalA pessoa doente no hospital
Muitas vezes em lugar do seu nome,Muitas vezes em lugar do seu nome,
recebe um número ou o nomerecebe um número ou o nome
científico da gravidade de sua doençacientífico da gravidade de sua doença
O hospital é um local estranho, entreO hospital é um local estranho, entre
pessoas desconhecidas, onde o pacientepessoas desconhecidas, onde o paciente
como pessoa humana perde suacomo pessoa humana perde sua
identidade e autonomiaidentidade e autonomia
Capelania
14. A pessoa doente no hospitalA pessoa doente no hospital
A pessoa enferma enfrenta profunda turbulênciaA pessoa enferma enfrenta profunda turbulência
na sua vida psicológica e emocional. Todona sua vida psicológica e emocional. Todo
desequilíbrio emocional intenso exerce grandedesequilíbrio emocional intenso exerce grande
influência na vida física do indivíduo,influência na vida física do indivíduo,
produzindo-lhe graves problemas.produzindo-lhe graves problemas.
O doente está sujeito a sérios distúrbiosO doente está sujeito a sérios distúrbios
emocionais, e seus familiares são por elesemocionais, e seus familiares são por eles
afetados. A capelania hospitalar objetiva assimafetados. A capelania hospitalar objetiva assim
alcançar também a família do paciente.alcançar também a família do paciente.
Capelania
15. A pessoa doente no hospitalA pessoa doente no hospital
UTI – Neonatal / Apartamentos e enfermariaUTI – Neonatal / Apartamentos e enfermaria
Repouso da emergênciaRepouso da emergência
A UTI Neonatal é o local que concentraA UTI Neonatal é o local que concentra
os principais recursos, humanos eos principais recursos, humanos e
materiais, necessários para dar suportemateriais, necessários para dar suporte
ininterrupto às funções vitais dosininterrupto às funções vitais dos
recém-nascidos ali internadosrecém-nascidos ali internados (Web site(Web site
Guia do bebê, 2006).Guia do bebê, 2006).
Capelania
16. A pessoa doente no hospitalA pessoa doente no hospital
UTI Geral e UTI Coronária se constituiUTI Geral e UTI Coronária se constitui
outras áreas de cuidados mais intensivosoutras áreas de cuidados mais intensivos
em que o paciente necessitaem que o paciente necessita
acompanhamento permanente comacompanhamento permanente com
equipamentos específicos.equipamentos específicos.
O doente internado na UTI, normalmente éO doente internado na UTI, normalmente é
de risco iminentede risco iminente
Capelania
17. A pessoa doente na UTIA pessoa doente na UTI
A angústia gerada a partir doA angústia gerada a partir do
diagnóstico desencadeia reaçõesdiagnóstico desencadeia reações
psíquicas específicas. Na maioria daspsíquicas específicas. Na maioria das
vezes, o primeiro momento vemvezes, o primeiro momento vem
acompanhado de um choque inicial queacompanhado de um choque inicial que
leva ao temor, à profunda tristeza, aoleva ao temor, à profunda tristeza, ao
choro e ao desesperochoro e ao desespero..
Capelania
18. O doente grave na UTIO doente grave na UTI
A partir do momento em que se está comA partir do momento em que se está com
uma doença grave, a vida gira em funçãouma doença grave, a vida gira em função
dela, o mundo torna-se vazio,dela, o mundo torna-se vazio,
desinteressante e pobre, o indivíduo sente-sedesinteressante e pobre, o indivíduo sente-se
desanimado e desesperado, por isso, édesanimado e desesperado, por isso, é
necessário que se compreenda esta situaçãonecessário que se compreenda esta situação
com respeito, consideração e lhe ofereçacom respeito, consideração e lhe ofereça
ajuda.ajuda.
Capelania
19. O doente em fase terminal: estágiosO doente em fase terminal: estágios
Os estágios são:Os estágios são:
Negação e Isolamento: "Isso não pode estarNegação e Isolamento: "Isso não pode estar
acontecendo."acontecendo."
CóleraCólera (Raiva):(Raiva): "Por que eu? Não é justo.""Por que eu? Não é justo."
Negociação: "Me deixe viver apenas até meusNegociação: "Me deixe viver apenas até meus
filhos crescerem."filhos crescerem."
Depressão:Depressão: (tristeza profunda)(tristeza profunda) "Estou tão triste."Estou tão triste.
Por que se preocupar com qualquer coisa?"Por que se preocupar com qualquer coisa?"
Aceitação: "Tudo vai acabar bem."Aceitação: "Tudo vai acabar bem."
Capelania
20. Como proceder na visitação na UTIComo proceder na visitação na UTI
PProcedimentos de higiene pessoal.rocedimentos de higiene pessoal.
AAproximação e interação com o paciente.proximação e interação com o paciente.
FFalar ou não falar, tocar ou não tocaralar ou não falar, tocar ou não tocar
Chorar faz bem?Chorar faz bem?
Não tocar nos equipamentos.Não tocar nos equipamentos.
Evitar infecção cruzada.Evitar infecção cruzada.
O ser humano elimina, dependendo de sua atividade física de 3.000 a 60.000 bactérias
por minuto, que aderem às fibras dos tecidos e se agitadas, podem ser dispersas
Capelania
21. Assistindo a família e acompanhantesAssistindo a família e acompanhantes
Pode-se fazer reuniões com estas famílias,Pode-se fazer reuniões com estas famílias,
pois compreender o que eles estãopois compreender o que eles estão
passando, faz com que muitos fiquempassando, faz com que muitos fiquem
aliviados ao saber que o que estãoaliviados ao saber que o que estão
passando tem compreensão e apoiopassando tem compreensão e apoio
A família e amigos do enfermo também sofremA família e amigos do enfermo também sofrem
Capelania
22. A pessoa do visitadorA pessoa do visitador
Este necessita ter vocação, postura, ética,Este necessita ter vocação, postura, ética,
saúde, mente aberta, equilíbriosaúde, mente aberta, equilíbrio
emocional, asseio, preparo profissional eemocional, asseio, preparo profissional e
discernimento para as atividades adiscernimento para as atividades a
desenvolver com a família.desenvolver com a família.
Deve conhecer leis, regras, e inteirar-seDeve conhecer leis, regras, e inteirar-se
sempre da interdisplinidade hospitalarsempre da interdisplinidade hospitalar
Capelania
23. A pessoa do visitador na UTIA pessoa do visitador na UTI
Se o doente está em coma, fale baixo aoSe o doente está em coma, fale baixo ao
seu ouvido, fale de fé e esperança, apesarseu ouvido, fale de fé e esperança, apesar
de não responder sua palavra não voltade não responder sua palavra não volta
vaziavazia
Se está lúcido, demonstre otimismo eSe está lúcido, demonstre otimismo e
encorajamentoencorajamento
Leia a Palavra de Deus, em textosLeia a Palavra de Deus, em textos
escolhidosescolhidos (Por exemplo: Salmo 23)(Por exemplo: Salmo 23)
Capelania
24. A pessoa do visitadorA pessoa do visitador
Pergunte se ele deseja que faça umaPergunte se ele deseja que faça uma
oração?oração?
Ore baixo, lentamente e suave, nãoOre baixo, lentamente e suave, não
mude o tom da vozmude o tom da voz
Evite tocar no doente, todavia se eleEvite tocar no doente, todavia se ele
desejar, e suas mãos estão limpas, devedesejar, e suas mãos estão limpas, deve
tocar suavementetocar suavemente
Capelania
25. O Senhor vos abençoe!O Senhor vos abençoe!
FFavo de mel são as palavrasavo de mel são as palavras
agradáveis.agradáveis. DDoçura para a almaoçura para a alma
e saúde parae saúde para
os ossos.os ossos.
(Pv.16:24).(Pv.16:24).
Capelania