O documento fornece informações sobre a literatura medieval, incluindo seu contexto histórico entre os séculos V e XV, com a queda do Império Romano e surgimento do feudalismo. Também resume a organização social hierárquica e o teocentrismo da época, além de apresentar o trovadorismo como um importante gênero literário que surgiu nos séculos XII-XIV.
1. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
Literatura Medieval
SéculosV a XV
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Contexto Histórico
▪ Início com a queda do Império Romano do Ocidente
(476 D.C.) e fim com a queda do Império Bizantino
(1453 D.C.) com a tomada de Constantinopla pelos
turcos;
▪ Descentralização do poder;
▪ Prevalência de espaços rurais;
▪ Surgimento de novas tecnologias na Europa:
– Moinho;
– Charrua;
– Técnicas de adubagem e de rodízio de terras.
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Contexto Histórico
▪ Clericalização;
▪ Teocentrismo;
▪ Primeiras universidades;
▪ Desigualdade social determinada por
nascimentos (sociedade estamental);
▪ Feudalismo (derrocada do Império Romano +
Invasões Bárbaras);
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Contexto Histórico
▪ Tentativa de subsistência + declínio do comércio;
▪ Sistema de suserania e vassalagem;
▪ Cruzadas -> Renascimento Comercial ->
Renascimento Urbano;
▪ Surgimento da Burguesia -> Unificação dos
Estados Nacionais -> Início da Idade Moderna
(primeiro país a se unificar foi Portugal).
5. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
Organização Social
Como funciona a sociedade na
Idade Média.
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Teocentrismo
“Os príncipes têm poder na terra, os sacerdotes,
sobre a alma. E assim como a alma é muito mais
valiosa do que o corpo, assim também mais valioso
é o clero do que a monarquia [...] Nenhum rei pode
reinar com acerto a menos que sirva devotamente
ao vigário de Cristo.”
Fala do papa Inocêncio III (1198-1216) In. PERRY, Marvin. Civilização
ocidental: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 1985. p. 218
7. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
A Igreja
O Papa Urbano II inicia a I
Crusada.
Iluminura do Concílio de
Clermont no Livre des
Passages d'Outre-mer, c.1490.
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Trovadorismo
Características
▪ Origem em Portugal;
▪ Século XII a XIV;
▪ Cantiga marco do início do período é a “Cantiga
da Ribeirinha” (1189), de Paio Soares deTaveirós;
▪ Uso do Galego-Português em vez do Latim;
▪ Mudança da temática da liturgia católica para
questões cotidianas.
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Iluminura
Nobre, bailadeira com
castanholas, jogral com saltério
de caixa afunilada com lados
côncavos (Cancioneiro daAjuda).
Trovador – Nobre que compõe;
Segrel – Trovador que viaja de
feudo em feudo;
Jogral – Aldeão Interprete;
Jogralesa – Aldeã interprete ou
dançarina.
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Trovadorismo
Cantigas Líricas
De amor
▪ Eu-lírico masculino;
▪ Amor impossível;
▪ Vassalagem amorosa;
▪ Interlocução direta;
▪ Ausência de paralelismo e leixa-pren.
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Trovadorismo
Cantigas Líricas
De amigo
▪ Eu-lírico feminino (camponesa);
▪ Refrão, paralelismo e leixa-pren;
▪ Ausência do “amigo”;
▪ Interlocução indireta.
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Refrão
- Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo?
Ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
Ai Deus, e u é?
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Paralelismo
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs conmigo?
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado?
Ai Deus, e u é?
14. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
Leixa-pren
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs conmigo?
Ai Deus, e u é?
15. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
Ai flores, ai flores do verde
pino – D. Dinis
16. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
Trovadorismo
Cantigas Satíricas
De escárnio
▪ Indiretas e ambíguas;
▪ Ironia;
▪ Metáforas.
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Trovadorismo
Cantigas Satíricas
De maldizer
▪ Diretas e ofensivas;
▪ Palavrões e xingamentos.
18. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
Bernal de Bonaval
A dona que eu am'e tenho por senhor
amostrade-mi-a, Deus, se vos en prazer for,
senom dade-mi a morte.
A que tenh'eu por lume destes olhos meus
e por que choram sempr', amostrade-mi-a, Deus,
senom dade-mi a morte.
19. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
Bernal de Bonaval
Essa que vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, ai, Deus!, fazede-mi-a veer,
senom dade-mi a morte.
Ai Deus! que mi a fezestes mais ca mim amar,
mostrade-mi-a, u possa com ela falar,
senom dade-mi a morte.
20. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
Pero Meogo
Ai cervos do monte, vim-vos preguntar:
foi-s'o meu amig', e, se alá tardar,
que farei, velida?
Ai cervas do monte, vim-vo-lo dizer:
foi-s'o meu amig', e querria saber
que farei, velida?
21. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
João Garcia de Guilhade
Ai dona fea, fostes-vos queixar
que vos nunca louv'en[o] meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei todavia;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
22. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
João Garcia de Guilhade
Dona fea, se Deus mi perdom,
pois havedes [a]tam gram coraçom
que vos eu loe, em esta razom
vos quero já loar todavia;
e vedes qual será a loaçom:
dona fea, velha e sandia!
23. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
João Garcia de Guilhade
Dona fea, nunca vos eu loei
em meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já um bom cantar farei
em que vos loarei todavia;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!
24. Prof. Me. Pedro Matias – (51) 985341043 / pmatiass@gmail.com
Saravá!
“Não é no silêncio que os
homens se fazem, mas na
palavra, no trabalho, na
ação-reflexão”.
FREIRE, Paulo. PEDAGOGIA DO OPRIMIDO. Rio de Janeiro: Paz eTerra, 1997, p. 78.