Este documento fornece diretrizes para criar documentos Word acessíveis, cobrindo tópicos como uso de fontes claras, estrutura de parágrafos, uso de cores, hiperligações e ferramentas de validação de acessibilidade. O documento destaca a importância de linguagem simples, tamanhos de fonte adequados, alinhamento à esquerda, margens amplas e contraste suficiente entre texto e plano de fundo.
3. A. TEXTO CLARO E IDIOMA DO DOCUMENTO
TEXTO
linguagem informativa e simples
estruturas gramaticais mais lineares
coesão e coerência em frases mais curtas
mensagem concisa e sentido denotativo
evitar: terminologia complexa, linguagem conotativa,
redundâncias
IDIOMA
definição do idioma para utilizadores com deficiência
visual - uso de leitores conversores de texto em voz
B. CARACTERÍSTICAS DA FONTE E TÍTULOS
FONTE
sans serif para docs impressos: arial, verdana, trebuchet
serif para leitura digital (maior resolução): times new
roman, georgia, garamond
tamanho mínimo 12
evitar letra cursiva e uso de negritos
casos de hipermetropia, miopia, visão túnel – utilizadores
que adicionalmente recorrem a sistemas de cores de elevado
contraste, fontes de grandes dimensões e ícones grandes
com a ajuda de ampliadores de ecrã.
TÍTULOS
definição da estrutura do doc – ordem lógica, coerente e
arborescente
definição de títulos com níveis 1,2,3, …
4. 1. Neste vídeo – fonte Dyslexie
2. Ainda esta fonte Read Regular
3. E esta OpenDyslexic
FONTES para disléxicos
5. C. PARÁGRAFOS, ALINHAMENTO DO TEXTO E MARGENS
Implicações para pessoas com dificuldades cognitivas e com baixa visão carecem de cuidados nos:
parágrafos e espaçamento de linhas
alinhamento: à esquerda (cf. estudos comprovam menor dificuldade na leitura)
margens: o critério de conformidade 1.4.8 da W3C1 (world wide web consortium, 2009) recomenda por linha 80
caracteres para evitar as dificuldades de leitura de linhas compridas
D. ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS DE TEXTO E ESPAÇO ENTRE PARÁGRAFOS
um espaço e meio = 150%
material impresso – parágrafos sem espaço, com avanço
material digital – parágrafos com espaço ou americano, sem avanço
6. E. QUEBRAS E INDENTAÇÕES
• Efetuar quebra de página ou quebra de secção com
as ferramentas do word, facilitando a mudança de
página
• Usar Marcas de lista ou Numeração para uniformizar
listas bem formatadas (evitando travessões,
asteriscos, símbolos)
F. COLUNAS
• Apenas se necessário na divisão de textos, usando a
ferramenta automática
• Pessoas com deficiências leem de forma corrida a
mesma linha entre colunas se o espaço for curto
G. TABELAS E TÍTULOS DE TABELAS
• Tabelas de uma só página
• Repetição dos cabeçalhos em tabelas de várias
páginas
• Desenhar tabelas simples (evitar combinar células e
tabelas complexas)
• Criar títulos para cada tabela
H. LEGENDAS NAS IMAGENS, ÍNDICES DE TÍTULOS E DE
ILUSTRAÇÕES
• Usando a ferramenta adequada – facilita a leitura e
identificação dos conteúdos
I. NÚMEROS DE PÁGINA, TEXTOS ALTERNATIVOS E
GRÁFICOS ACESSÍVEIS
• Paginar com a respetiva ferramenta
• Textos alternativos para os elementos não textuais =
fornecem informação complementar, substitui
informação visual ou sonora
• Permite às pessoas com dificuldades sensoriais não
ignorar um elemento não textual usando linhas de
braille ou leitores para aceder à mensagem
• Gráficos acessíveis – uso de cor, textos alternativos,
legendas facilitadores no acesso à informação
7. J. ELEMENTOS MULTIMÉDIA
Segundo a EBU (European Blind Union – making information accessible for all) é necessário descrever o
material multimédia para o leitor saber o que esperar do conteúdo:
audiodescrição: utilizadores com deficiência visual ou visão limitada, em que os vídeos ou os conteúdos de
imagem são descritos e narrados no momento da sua transmissão
legendagem: passar legendas do que está a ser dito num produto audiovisual, indicado para pessoas com
deficiência auditiva
grafia braille: sistema por pontos utilizado por pessoas com deficiência visual para ler e escrever
língua gestual: língua utilizada por pessoas surdas
leitura fácil: os textos em leitura fácil estão redigidos em linguagem resumida e simples para que possam
ser compreendidos por pessoas com problemas cognitivos ou deficiência intelectual
8. K. USO DA COR
Prever uma percentagem de daltónicos e de pessoas que não discriminam bem as cores
Ter cuidados no uso semântico das cores e nos contrastes
USO SEMÂNTICO
as cores do semáforo (e as do sinais de trânsito) têm uma semântica universal
que ajuda à clarificação e uniformização de significados
CONTRASTE
Assegurar que o daltonismo ou as dificuldades na perceção da cor
estão salvaguardadas:
usando tamanho 12 e fonte sans serif
usando fundos adequados à cor da fonte usada
9. L. HIPERLIGAÇÕES E CONVERSÃO DE UM DOCUMENTO EM PDF
As hiperligações acessíveis evitam “clique aqui”, “aceda ali”, “mais info”
Devem trazer informação concreta, detalhada sobre a hiperligação , obedecendo à regra das três
ligações dinâmicas para melhorar a cognição no acesso à informação:
link de cidadania – informação simples, direta e acessível ao maior número de pessoas
link de aprofundamento – mais completo, especializa o assunto
link de valor acrescentado – destinado a um aprofundamento maior da informação (por vezes só
disponível em versões pro, o que é fator de exclusão)
A conversão de docs em PDF deve verificar as opções de acessibilidade do office
10. M. Verificação de acessibilidade no Office 2010 e
AccessODF
Microsoft Office 2010 – uso de ferramenta automática
para verificação da acessibilidade do documento com
indicação de ERRO, AVISO, SUGESTÃO
AccessODF - ferramenta LibreOffice Writer para os
formatos oppen document
N. Teste de usabilidade e Conversão de documentos
em outros formatos para a sua validação
TESTE DE USABILIDADE:
AWS (software pago)
NVDA (software livre)
PARA PAGINAS EXPORTADAS COMO HTML
Examinator (Avaliação WCAG 2.0)
Achecker (Avaliação WCAG 2.0, HTML y CSS)
TAW (Avaliação WCAG 2.0 beta)
HERA (Avaliação WCAG 1.0)
WAVE, (Web Accessibility Evaluation Tool)
PARA DOCS EXPORTADOS PARA PDF
Ferramentas de validação online PDFCheck Accesibility
Egovmon
Ferramenta de validação PDF Accessibility Checker (PAC)
PASSOS A OBSERVAR...
Tema 1.2. Ferramentas de validação de acessibilidade