1. Ser catequista é ser encantador de gente, como Jesus foi. Ser
encantador de gente aperfeiçoa-se com o tempo e talvez seja uma
das coisas mais lindas do Catequista: ser capaz de “abrir os olhos”
das pessoas para a vida, para si mesmas, para o sagrado mistério
do mundo e de Deus.
É uma delícia ser catequista, mesmo em meio da dor, sofrimento,
dúvidas e deceções. Por isso, o catequista precisa ser declarado
Feliz ou Bem-Aventurado:
Bem-aventurado o catequista que se sente chamado, no fundo do
fundo de si mesmo, para essa missão. Foi capaz de ouvir a voz
amorosa de Deus que o convida a ser companheiro na tarefa de
construir um mundo novo.
Bem-aventurado o catequista que se descobre incompleto e, por
isso, se coloca a caminho, em busca de formação, de reflexões, de
conversas, de partilhas de experiências. É capaz de perder noites
de sono, de dedicar dias inteiros a estudar, a ler bons livros,
porque sabe que a educação da fé é uma arte que precisa de
muita dedicação.
Bem-aventurado o catequista que se esforça para participar no
seu grupo de catequistas porque acredita que o trabalho em
conjunto é capaz de remover obstáculos e criar coisas novas. Sabe
que a amizade é o encantador tempero da caminhada e da vida.
Bem-aventurado o catequista que, mesmo sem recursos
disponíveis, aprendeu a ser criativo, sobretudo na arte de ser
amigo dos catequizandos e soube inventar lugares e meios para
anunciar a beleza de ser cristão e viver em comunidade.
Bem-aventurado o teimoso catequista que não desiste diante de
desafios que aparecem na Igreja, na comunidade, no grupo de
catequistas, no trabalho com os catequizandos. É capaz de "chorar
as mágoas”, sem endurecer o coração. Tem o dom de se alegrar
imensamente com as pequeninas conquistas e passos dados.
Bem-aventurado o catequista que descobriu a internet e as redes
sociais como lugar de evangelização. Percebeu que Deus se
revela em todo lugar. Está atento às novas linguagens e tem na
música, na arte, no cinema, na poesia, formas privilegiadas para a
transmissão da fé no mundo de hoje.
Bem-aventurado o catequista que percebeu que, sem a Beleza a
experiência cristã e a catequese permanecem incompletas,
porque Deus é Beleza, esplendor e espanto. A educação da fé
provoca admiração, sobressaltos de infinito, paixão pelo Absoluto,
uma inexplicável emoção que nos derruba nos caminhos de
Damasco, que são os de todas as vidas e nos faz novos e
inquietos.
Bem-aventurado o catequista que, apaixonado pela Palavra de
Deus, descobriu na experiência de seguir Jesus Cristo a alegria de
viver e, por isso, anuncia a Fé na Vida. Procura ser íntegro, justo,
solidário, verdadeiro, de bem com a vida, comprometido com a
comunidade de fé.
Bem-aventurados os catequistas que foram e são capazes de
inspirar a caminhada, agregar pessoas, vislumbrar novos
horizontes para a catequese neste país. Souberam prever ou
apontar desafios e saídas em momentos de crise e escuridão.
Conseguiram manter acesa a chama da alegria, apesar dos
dramas que surgem no cumprimento da missão.
Não se trata de ser perfeito, mas consciente da sua imperfeição, o
catequista é Feliz porque ama e se deixa surpreender pelo amor de
Deus.
2. Senhor,
Tu me chamaste a ser catequista
na Tua Igreja, na Tua comunidade, que também é minha.
Tu me confiaste a Missão
de anunciar a Tua Palavra,
de denunciar o pecado,
de testemunhar, pela minha própria vida,
os valores do Evangelho.
Não recuo diante do Teu chamamento.
É pesada, Senhor, a minha responsabilidade.
Mas, se me escolheste, confio na Tua Graça.
Caminhamos juntos, Senhor,
Tu, apoiando-me, iluminando-me;
eu, colocando-me à Tua disposição,
à disposição da Igreja,
preparando-me e atualizando-me
para ser mais,
para servir melhor o Teu povo.
Faz-me Teu instrumento,
para que venha o Teu Reino,
Reino de Amor e de Paz,
de Fraternidade e Justiça,
Reino onde Deus será tudo em todos.
Ámen.
REUNIÃO GERAL DE CATEQUISTAS
PARÓQUIA DE S. PEDRO PARDILHÓ
SETEMBRO 2013