O documento discute focos de raiva canina em municípios da região em 2008, com um caso urbano em cada um de Marabá e Tucurui. Também menciona uma pesquisa sobre níveis de infestação de roedores em aldeias indígenas e testes com iscas venenosas.
1. indicado a antecipação da
campanha de vacinação cani-
na no município para auxiliar
no controle de foco, sendo
realizado casa a casa.
Em Marabá os casos de cães
positivados na área urbana
diminuíram em relação aos
anos de 2006 e 2007 (ver
mapa na pág. 2).
Outros casos podem estar
ocorrendo, pois quando se
analisa o surgimento dos ca-
sos de raiva canina desde o
ano de 2006 e os municípios
onde foram detectados como:
Jacundá, Marabá, São Ge-
raldo do Araguaia e São Jo-
ão do Araguaia, bem como o
fato que a maioria dos de-
mais municípios do 11º CRS
não está realizando envio
rotineiro de amostras de en-
céfalos para detecção de
circulação viral, isto se torna
mais provável estatisticamen-
te.
Dos 21 municípios sob jurisdição
do 11º CRS, três possuíram foco
de raiva canina em 2008 (ver
mapa, pág. 2).
No município de São Geraldo do
Araguaia o foco de raiva canina
ocorrera na Zona Rural à aproxi-
madamente 80km da área urba-
na. O animal apresentando com-
portamento estranho foi removido
de um sítio localizado na vicinal
entre a Vila 2 irmãos e Fortaleza.
O proprietário do animal acio-
nou as autoridades locais do Nú-
cleo de Controle de Zoo-
nose que chegou a cap-
turar o animal ainda
vivo. Após observação
até o óbito se realizou a
colheita de encéfalo.
Para o controle de foco
fora indicado a anteci-
pação da campanha na
referida área onde a-
brangeriam vicinais e
Vilas dentro de um raio
superior a 5km.
A confirmação veio do Instituto
Evandro Chagas – IEC que
confirmou o resultado positivo
na primeira quinzena de se-
tembro.
Outro caso de raiva canina
localizado na Zona Urbana
ocorrera no município de Tucu-
rui. Um cão errante do sexo
feminino foi capturada em 04
de julho no bairro da COHAB.
Diante do significativo atraso
na remessa de encéfalo para
a pesquisa laboratorial fora
Focos de Raiva Canina
Pesquisa no Controle de Roedores em Aldeias Indígenas
Entre os meses de setembro e no-
vembro de 2008, fora realiza-
do,por solicitação da FUNASA/Pólo
Base Marabá, análise do nível de
infestação por atividade de roedo-
res (ratos) nas Aldeias Sororó em
São Geraldo do Araguaia e na
tribo Djudjeko em Parauapebas,
onde considerou-se baixo e alto
nível respectivamente.
Além desta análise, avaliou-se a
eficiência de tubos com raticidas na
Aldeia Djudjeko. Tal estudo consistia
também na sua introdução em ambi-
ente com vasto resíduo de alimentos
atrativos aos roedores.
Os tubos com venenos, idealizado
pelo Médico Veterinário Neu-
der Wesley França da Silva,
foram montados de modo que
as crianças indígenas não pu-
dessem ter acesso ao veneno,
sendo comunicado aos indíge-
nas todos os cuidados necessá-
rios a respeito do produto.
O material empregado na a-
ção foi adquirido com recursos
do 11ºCRS e seus resultados
encaminhados ao GT-
Zoonoses/Nível Central, FUNA-
SA e FUNAI.
Nas atividades contou-se com
a participação de funcionários
destes dois últimos órgãos.
Paralelamente a esta ação reali-
zou-se a Investigação de agres-
sões por morcegos hematófagos
em indígenas e animais nas Aldei-
as citadas e na OO-Djã a qual
está localizada na reserva Xikrin
do Kateté em Parauapebas.
Reunião com técnicos em Tucurui
Interesses especiais:
• EDUCAÇÃO EM SAÚDE.
• INFORME TÉCNICO DAS
ATIVIDADES DESENVOL-
VIDAS PELO SETOR.
CAMPANHA ANTI-
RÁBICA ANIMAL EM
MAIO
2
CAMPANHA ANTI-
RÁBICA ANIMAL EM
SETEMBRO
3
DADOS
EPIDEMIOLÓGICOS
4-7
EPIZOOTIA EM MACA-
COS E FOCO DE FEBRE
AMARELA
8
CENTRO ESPECIAL DE
NOVA IPIXUNA
8
CAPTURA DE QUIRÓP-
TEROS E;
CAPACITAÇÃO EM
BRASÍLIA
9
PALESTRA NA CÂMARA
DOS VEREADORES
9
OUTROS DESTAQUES 10
Nesta edição:
Marabá, PA 31 de dezembro de 2008Ano III, Nº 1
SETOR DE PROFILAXIA E CONTROLE DA RAIVA / 11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE
Boletim Epidemiológico da Raiva 2008
Modelo de Tubo com raticidaModelo de Tubo com raticidaModelo de Tubo com raticidaModelo de Tubo com raticida
2. A campanha de intensificação
vacinal anti-rábica de cães e
gatos de maio abrangeu ape-
nas 10 dos 21 municípios da
Regional.
A vacinação foi realizada nos
municípios considerados como
de risco para raiva, sendo
adotados critérios como a o-
corrência de casos de raiva
animal e/ou pelo fato de não
terem alcançado os percentu-
ais preconizados pelo Progra-
ma de Profilaxia e Controle
da Raiva na Campanha de
Vacinação em 2007, ou por se-
rem considerados limítrofes com
outros municípios com positivida-
de para a raiva foram incluídos
nessa Intensificação, como os ad-
jacentes de Marabá.
Os municípios envolvidos na cam-
panha foram: Curionópolis, Eldo-
rado dos Carajás, Goianésia do
Pará, Itupiranga, Jacundá, Mara-
bá, Nova Ipixuna, Parauapebas,
São Domingos do Araguaia e
São João do Araguaia.
Da vacinação de maio, apenas o
município de Itupiranga não al-
cançou a meta mínima de 90%
de cães vacinados.
Conforme mostra o gráfico dos
percentuais da campanha, foram
vacinados 82,60% dos cães e
86,21% dos gatos descritos na
meta do município de Itupiranga.
Observa-se ainda que o índice
de felinos vacinados tem alcan-
çado valores significativos no
decorrer das campanhas (ver
gráficos).
Página 2
Campanha Vacinal Anti-rábica Animal
Maio de 2008
Boletim Epidemiológico da Raiva 2008
CÃES
GATOS
Curion.Eldorad. Goian. Itupir.
Jacundá Marabá Nova
Parauap.
São
Dom.
São João
TOTAL
Curion. Eldorad. Goian. Itupir. Jacundá Marabá Nova Parauap. São Dom. São João TOTAL
CÃES 99,31 134,01 101,74 82,60 90,14 126,45 133,98 100,67 94,13 106,17 110,78
GATOS 89,75 145,34 107,70 86,21 115,72 208,34 148,17 127,62 161,96 108,08 150,01
PERCENTUAISALCANÇADOSSEGUNDO CÃESEGATOS VACINADOS
CÃES
GATOS
Curion. Eldorad
.
Goian. Itupir. Jacundá Marabá Nova Paraua
p.
São
Dom.
São
João
TOTAL
META 2.187 2.743 2.187 7.743 6.046 28.805 1.922 11.084 3.050 1.976 67.743
ALCANÇADO 956 686 1.091 2.568 3.193 7.802 737 2.947 1.104 495 21.579
% 99,31 134,01 101,74 82,60 90,14 126,45 133,98 100,67 94,13 106,17 110,78
NÚMERODECÃESVACINADOSSEGUNDOMETAEALCANCEEM
MAIODE2008
META
ALCANÇADO
% Curion. Eldorad
.
Goian. Itupir. Jacund
á
Marabá Nova Paraua
p.
São
Dom.
São
João
TOTAL
META 956 686 1.091 2.568 3.193 7.802 737 2.947 1.104 495 21.579
ALCANÇADO 858 997 1.175 2.214 3.695 16.255 1.092 3.761 1.788 535 32.370
% 89,75 145,34 107,70 86,21 115,72 208,34 148,17 127,62 161,96 108,08 150,01
NÚMERODEGATOSVACINADOSSEGUNDOMETAEALCANCEEM
MAIODE2008
META
ALCANÇADO
%
Raiva Canina, 2008: um caso urbano
Raiva Canina e bovina, 2008: um
em cada espécie, urbanos
Ano Urbana Rural
2006 22 -
2007 35 02
2008 06 -
Total 63 02
Raiva Canina, 2006:
Jacundá: um caso urbano
S. João: um caso rural
Localização dos Focos de Raiva na Regional
Raiva Canina
“Missão do DiaDiaDiaDia
Mundial da Raiva:Mundial da Raiva:Mundial da Raiva:Mundial da Raiva:
aumentar a cons-
cientização do
público em geral
visando melhorar
a prevenção, vigi-
lância e controle
da doença.”
3. Campanha Vacinal Anti-rábica Animal
Setembro de 2008
Página 3
Boletim Epidemiológico da Raiva 2008
Abel B.Jes. B.
Gran.
Breu. Canaã Curio. Eldor. Goian. Itupir. Jacun. Marab
á
N.Ipix. N.Rep. Pales. Paraup
.
Piçar. Rond. S.Domi
.
S.Gera. S.João Tucuru
í
TOTAL
META 1.888 3.757 2.195 11.420 4.700 3.680 4.200 3.545 15.957 8.743 38.631 3.473 10.084 1.629 14.094 4.671 13.945 4.878 5.991 2.773 18.733 178.98
ALCANÇADO 1.920 3.670 2.131 11.352 1.257 3.680 5.367 3.552 3.423 9.191 53.535 4.024 11.554 579 12.978 5.241 15.464 4.177 6.127 2.283 18.278 179.78
% 102% 98% 97% 99% 27% 100% 128% 100% 21% 105% 139% 116% 115% 36% 92% 112% 111% 86% 102% 82% 98% 100%
CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO ANTI-RÁBICA ANIMAL
SETEMBRO DE 2008
Abel B.Jes. B.
Gran.
Breu. Canaã Curio. Eldor. Goian. Itupir. Jacun. Marabá N.Ipix. N.Rep. Pales. Paraup. Piçar. Rond. S.Domi. S.Gera. S.João Tucuruí TOTAL
META 1.242 2.838 1.533 7.964 3.450 2.533 3.248 2.450 10.989 5.437 29.166 2.480 7.565 1.238 10.584 3.440 9.149 3.410 4.621 2.212 13.254 128.80
ALCANÇADO 1.294 2.745 1.483 7.960 1.058 2.533 4.275 2.117 2.536 6.105 36.178 3.000 8.683 426 9.687 3.545 10.214 2.877 4.414 1.835 13.317 126.28
PERCENTUAL 104% 97% 97% 100% 31% 100% 132% 86% 23% 112% 124% 121% 115% 34% 92% 103% 112% 84% 96% 83% 100% 98%
METAS E VALORES ALCANÇADOS EM VACINAÇÃO ANTI-RÁBICA DE CANINOS
SETEMBRO DE 2008
Abel B.Jes. B. Gran. Breu. Canaã Curio. Eldor. Goian. Itupir. Jacun. Marabá N.Ipix. N.Rep. Pales. Paraup. Piçar. Rond. S.Domi. S.Gera. S.João Tucuruí TOTAL
META 646 919 662 3.456 1.250 1.147 952 1.095 4.968 3.306 9.465 993 2.519 391 3.510 1.231 4.796 1.468 1.370 561 5.479 50.184
ALCANÇADO 626 925 648 3.392 199 1.147 1.092 1.435 887 3.086 17.357 1.024 2.871 153 3.291 1.696 5.250 1.300 1.713 448 4.961 53.501
PERCENTUAL 97% 101% 98% 98% 16% 100% 115% 131% 18% 93% 183% 103% 114% 39% 94% 138% 109% 89% 125% 80% 91% 107%
METAS E VALORES ALCANÇADOS DE VACINAÇÃO ANTI-RABICA DE FELINOS
SETEMBRO DE 2008
O resultado da campanha de setembro deixou preocupações à Regional, uma vez que alguns municípios não cumpriram
com suas metas, pois não alcançaram o mínimo de 90% em relação aos caninos, como observado nos dados de Canaã dos
Carajás (31%), Goianésia do Pará (86%), Itupiranga (23%), Palestina do Pará (34%), São Domingos do Araguaia (84%)
e São João do Araguaia (83%).
Os resultados foram encaminhados à CIB, a qual tomará as devidas providencias, haja vista que todos os municípios rece-
beram imunobiológicos e recursos financeiros para a realização da campanha, sendo que alguns municípios, até mesmo
deixaram perder diversas doses por falta de conservação adequada.
Itupiranga, Ca-
naã dos Cara-
jás e Palestina
do Pará foram
os municípios
que obtiveram
as piores metas
na vacinação
de caninos.
Conseqüentemente, os
resultados na vacinação
de felinos também acom-
panharam os mesmos
passos dos alcançados
para caninos, conforme
indicado no gráfico ao
lado.
As metas superadas
em alguns municí-
pios, foram em de-
corrência da vaci-
nação ser realizada
casa a casa ou por
sua meta não ter
sido definida com
base em dados re-
ais de sua popula-
ção existente.
4. Página 4
Boletim Epidemiológico da Raiva 2008
Dados Epidemiológicos
Conforme demonstrado na tabela acima, os municípios de Abel Figueiredo e Curionópolis realizaram mais tratamento que a-
tendimento. Apesar da solicitação previa aos municípios sobre retificação de dados, muitos não se manifestaram sobre tais
possíveis equívocos. Palestina do Pará não mais informou as semanas epidemiológicas a partir de julho e Canaã dos Carajás
ficou também pendente o mês de dezembro.
Abel B. JesusB. Grand Breu Canaã Curion. Eldorad. Goian. Itupir. JacundáMarabáNova Ipix.Nov Rep.Palest.Parauap.Piçarra RondonSão Dom.São Gera.São JoãoTucuruí Total
ATENDIDAS 45 51 9 244 210 46 71 65 257 472 1.897 70 353 19 931 59 233 161 67 29 724 6.013
TOTAL TRATADAS 57 51 9 158 203 52 70 65 193 176 1.191 69 312 14 922 59 231 161 31 25 691 4.740
% NECESSITOU DE ALGUMA FORMA DE TTO 127% 100% 100% 65% 97% 113% 99% 100% 75% 37% 63% 99% 88% 74% 99% 100% 99% 100% 46% 86% 95% 79%
NÚMERODE PESSOAS ATENDIDAS E TRATADAS SEGUNDO O MUNICÍPIO
Abel B. Jesus B. Grand Breu Canaã Curion. Eldorad. Goian. Itupir. Jacundá Marabá Nova Ipix. Nov Rep. Palest. Parauap. Piçarra Rondon São Dom. São Gera. São João Tucuruí Total
Total de Pessoas tratadas vac. + soro 57 51 9 158 203 52 70 65 193 176 1.191 69 312 14 922 59 231 161 31 25 691 4.740
Abandono de Tratamento 0 0 0 0 46 0 63 0 17 18 112 1 0 8 221 1 28 0 32 14 36 597
Percentural de abandono 0% 0% 0% 0% 23% 0% 90% 0% 9% 10% 9% 1% 0% 57% 24% 2% 12% 0% 103% 56% 5% 13%
NÚMERO DE PESSOAS TRATADAS E ABANDONO SEGUNDO O MUNICÍPIO
5. Página 5
Boletim Epidemiológico da Raiva 2008
Apesar de alguns municípios apresentarem alguns casos de agressões por quirópteros, nenhum encaminhou
ao Setor da Raiva relatórios de captura de morcegos.
O número maior de doses aplicadas em relação as recebidas em determinados municípios, deve-se ao esto-
ques do ano anterior.
Abel B. JesusB. Grand Breu Canaã Curion. Eldorad. Goian. Itupir. JacundáMarabáNova Ipix.Nov Rep.Palest. Parauap. Piçarra RondonSão Dom.São Gera.São JoãoTucuruí Total
CANINA 40 43 7 210 122 45 32 58 244 361 1.536 59 278 11 713 50 180 125 107 32 525 4.778
FELINA 7 4 0 30 23 5 0 2 16 66 280 7 60 0 102 8 42 19 13 1 91 776
QUIRÓPTERA 0 1 0 2 11 0 0 2 8 25 7 2 10 0 8 0 4 0 0 1 6 87
OUTROS 1 3 2 11 27 0 0 1 3 19 72 1 2 8 29 1 2 11 13 0 5 211
ESPÉCIES AGRESSORAS SEGUNDO O MUNICÍPIO
Abel B. JesusB. Grand Breu Canaã Curion.Eldorad.Goian. Itupir.JacundáMarabáN. Ipix.N. Rep.Palest.Parauap.PiçarraRondonS. Dom.S. Gera.S. JoãoTucuruí Total
DOSES DE VACINAS RECEBIDAS 125 160 40 270 320 140 180 144 240 740 4.210 140 750 45 1.592 160 430 270 230 95 1.000 11.281
DOSES DE VACINAS APLICADAS 88 124 18 315 275 93 47 160 429 596 3.954 111 613 19 1.847 156 424 334 150 48 1.043 10.844
REAÇÕES ADVERSAS 0 0 0 0 21 0 5 0 8 8 0 0 0 0 0 1 40 0 0 0 0 83
RELAÇÃO DE DOSES DE VACINAS ANTI-RÁBICAS RECEBIDAS, APLICADAS E REAÇÕES
6. Página 6
Boletim Epidemiológico da Raiva 2008
Abel B. Jesus B. Grand Breu Canaã Curion. Eldorad. Goian. Itupir. Jacundá Marabá N. Ipix. N. Rep. Palest. Parauap. Piçarra Rondon S. Dom. S. Gera. S. João Tucuruí Total
Nº DE PESSOAS TTA 4 9 0 19 45 0 13 2 23 15 69 2 12 1 60 0 19 0 0 10 91 394
SORO RECEBIDO 35 20 5 35 44 0 0 20 30 125 365 20 41 5 170 15 50 20 30 5 225 1.260
RELAÇÃO DE SORO ANTI-RÁBICO RECEBIDO E Nº PESSOAS TRATADAS
AbelB. JesusB. GrandBreu CanaãCurion.Eldorad.Goian.Itupir.JacundáMarabáN. Ipix.N. Rep.Palest.Parauap.PiçarraRondonS. Dom.S. Gera.S. JoãoTucuruíTotal
META 2,48 5,67 3,06 15,9 6,9 5,06 6,49 4,9 21,9 10,8 58,3 4,96 15,1 2,47 21,1 6,88 18,3 6,82 9,24 4,42 26,5 257,
NÚMERO DE AMOSTRAS ENVIADAS 10 0 0 0 0 0 0 0 2 12 429 0 10 0 0 5 0 0 17 0 81 566
NÚMERO DE AMOSTRAS REMETIDAS P/ LABORATÓRIO
7. Página 7
Boletim Epidemiológico da Raiva 2008
MOVIMENTO ANUAL DE IMUNOBIOLÓGICO ANTI-RABICO
0
1
1
2
2
3
3
4
4
5
5
Abel B. JesusB. GrandBreu CanaãCurion.Eldorad.Goian. Itupir.JacundáMarabáN. Ipix.N. Rep.Palest.Parauap.PiçarraRondonS. Dom.S. Gera.S. JoãoTucuruí
Médias 2 2 2 2 1 2 1 2 2 3 3 2 2 1 2 3 2 2 5 2 2
MÉDIA DE APLICAÇÕES DE VACINA ANTI-RÁBICA HUMANASEGUNDO O MUNICÍPIO
8. do alguns equipamentos de UTI que
estavam inativos, transferidos para o
Hospital Regional de Tucuruí. A Regio-
nal utilizou em torno de 40.000 reais
em reparos como: telhado, portas,
pinturas, instalação hidráulica e elétri-
ca, dentre outros.
O Setor da Raiva esteve presente no
local, através do Médico Veterinário
Neuder Wesley, auxiliando no levan-
tamento de dados para elaboração
de relatório sobre a avaliação do
respectivo Centro conjuntamente a
Direção.
Construído em outubro de 2001 com
recursos do Estado e inaugurado em
setembro de 2002, o Centro apre-
senta 12 doze leitos, encontra-se sob
gestão Estadual, sendo gerenciado
pelo 11º CRS.
Com poucas manutenções, sendo a
última reforma realizada em 2005 e
apresentando 123m2, no dia 25 de
julho foi realizada avaliação in loco
de sua estrutura física e recursos hu-
manos. Efetivado pelo Diretor do
11ºCRS, Paulo Geraldo de Souza, o
Centro recebeu reparos gerais, sen-
Setor Investiga Epizootias em Macacos e Focos de Febre Amarela
Regional Avalia Centro Especial de Nova Ipixuna
1,2km de distância do Foco de Febre
Amarela ocorrido em 2004 que resul-
tou em óbito de uma criança de qua-
tro anos de idade.
Em meados de julho, durante a inves-
tigação de um óbito em humano por
Febre Amarela na Vila Sanção, tam-
bém na zona rural em Parauapebas,
não se detectou óbitos de macacos
devido à região de mata densa. Na
ocasião dezenas de pessoas foram
vacinadas no bloqueio de foco.
Em Novo Repartimento (NR) uma sus-
peita de epizootia em macacos na
região das ilhas do lago da Usina
Hidrelétrica de Tucuruí, fora investi-
gada em janeiro, não constatando-se
nenhum caso, entretanto, em julho, na
Vila Belo Monte, durante investigação
do óbito de um rapaz de 25 anos
por FA, encontrou-se apenas ossada
de uma preguiça na reserva de mata
onde a vítima costumava freqüentar.
No quadro abaixo tem-se a relação
de vilas envolvidas no bloqueio vaci-
nal desta área.
Pela estreita relação existente entre o
surgimento de Epizootias em Primatas não
Humanos (macacos) e a Febre Amarela, o
Setor realizou investigação dos casos de
óbitos em macacos em alguns municípios
da Regional. Em 2008 a epizootia fora
detectada principalmente em Eldorado
dos Carajás na Vila São João, Zona Rural.
Os achados de seis carcaças distribuídas
em três propriedades rurais da Vila cons-
tataram a Epizootia, apesar de não ser
possível a detecção da cauda dos óbitos.
Todas as ossadas encontradas foram de
macacos adultos e pertencentes ao gêne-
ro Alouatta sp, mas conhecidos como Gua-
ribas.
Em fevereiro, no município de Parauape-
bas, mas precisamente em divisa com Ma-
rabá, na conhecida área do contestado,
observou-se a Epizootia onde foram en-
contradas duas ossadas dos sete óbitos
de macacos informados ao Setor, sendo
uma ossada de Cebus Apella - Macaco
Prego e outro de Callithrix Penicillata -
Sagui, ambos jovens. Os óbitos ocorreram
na Vila Rio Branco à aproximadamente
Página 8
Crânio de Alouatta sp (Guariba) encon-
trado na Vila São João, Zona Rural de
Eldorado dos Carajás.
As ossadas encontradas localizavam-se
em pequenas reservas de matas de al-
guns Sítios e Fazendas.
Durante a investigação não foram de-
tectadas pessoas sem vacinação contra
a Febre Amarela
Boletim Epidemiológico da Raiva 2008
Imagem do Centro de Saúde Especial
de Nova Ipixuna
Funcionária do município de Novo Re-
partimento em ação de bloqueio vacinal
na Vila Belo Monte.
Áreas de Vacinação Doses Aplicadas Data de Atuação
Vila Carajás 21 15/julho
Vila Sunil 17 17/julho
Vila Maranhense 64 17/julho
Vila Meteolândia 129 18/julho
Posto da Vila Belo Monte 365 16/julho
Vila Belo Monte – casa a casa 400 15 a 17/julho
BLOQUEIO DE FOCO DE FEBRE AMARELA NA VILA BELO MONTE
9. Em decorrência do foco de raiva canina
na zona rural do município de São Ge-
raldo do Araguaia, a equipe do Setor
realizou captura de morcegos com o in-
tuito de detectar se a espécie agressora
das aves da propriedade foco era resul-
tado da ação de Desmodus rotundus e
assim analisar sua relação com o foco de
raiva. Apesar do cão positivado para a
raiva ser da própria fazenda, há relatos
de diversos moradores sobre a existên-
cia de diversos cães errantes nas reser-
vas de matas da região.
Foram capturados dois machos da espé-
cie Diaemus Youngi por volta das
19:00h, sendo que as redes ficaram fi-
xadas até uma hora da manhã.
Estas espécies possuem preferências
por aves, dificilmente atacando o ser
humano se houver outra fonte animal
para alimentação.
Durante a ação fora observado que
apesar do poleiro (localizado entre
mangueiras) estar completamente cir-
culado por redes de espera e utiliza-
da a altura de duas redes, um Diae-
mus ainda conseguiu ter acesso às
aves, o que foi motivo de nossa obser-
vação por aproximadamente 2 horas.
Por todo este tempo o referido mor-
cego alternou na sua alimentação
dentre as aves, chegando a atacar
cinco das doze presentes.
para animais errantes o que tem
sido um problema para o Centro de
Controle de Zoonoses. Marabá está
sendo considerado o maior foco de
raiva canina do Brasil, assim medi-
das sanitárias devem ser tomadas”.
Esta foi uma das citações realizadas
na Câmara de Vereadores com o
intuito de alertar as autoridades
sobre o caso.
No evento participaram mais de 100
pessoas entre populares, representan-
tes da sociedade civil e autoridades.
Durante palestra sobre a Situação dos
Estabelecimentos de Abate de Bovinos
em Marabá - Qualidade da Carne
Consumida, realizada em 29 de abril
pelo Médico Veterinário Neuder Wes-
ley, o qual atua no Serviço de Inspeção
Municipal de Marabá, fora abordado
o tema sobre os resíduos provenientes
de açougues os quais não são recolhi-
dos com periodicidade e que são lan-
çados nas ruas e contains de lixo.
“O resultado desta irregularidade au-
menta a oferta de alimentos nas ruas
Capturas de Quirópteros
Palestra na Câmara de Vereadores de Marabá
Página 9
Momento da palestra na Câmara
dos Vereadores de Marabá
(Recorte do Jornal Correio do To-
cantins, 02/05/08)
Capacitação do Programa da Raiva em Brasília
Promovido pela Secretaria de Vigilância
em Saúde do Ministério da Saúde, no
período de 26 a 30 de maio o evento
fora realizado em Brasília – Distrito Fe-
deral, e correspondeu na Capacitação
para Gestores Municipais do Programa
da Raiva em Municípios Prioritários.
O evento reuniu diversos profissionais
Médicos Veterinários de vários Estados
do Brasil, onde foram abordados inúme-
ros temas como: Pacto pela vida, Plano
de eliminação da raiva urbana, Situação
da raiva urbana no Brasil, Fisiopatogeni-
a da raiva humana e animal, Componen-
tes operacionais da campanha de vaci-
nação anti-rábica animal, Execução da
campanha e sua metodologia, Gestão
de projetos, Visão geral e marco lógico do
projeto, Elaboração da estrutura analítica e
cronograma de projeto, Monitoramento, contro-
le e avaliação, Sensibilização e mobilização
gerencial do programa da raiva.
O contexto da capacitação foi bem elaborado
e a participação de Veterinários que estão
vivenciando ou já estiveram à frente de focos
de raiva em situações distintas das que enfren-
tamos no Pará, foi excelente, pois as permutas
de experiências são primordiais para o avanço
do conhecimento.
A Drª Lucia Montebello (MS) que esteve em
Marabá em 2007, avaliando in loco as ações
diante dos casos de raiva, foi uma das respon-
sáveis pela organização do evento.
Diaemus Youngi sob aves, após realizar
repasto sangüíneo em outras ao seu lado.
Boletim Epidemiológico da Raiva 2008
“EVENTO
REALIZADO EM
BRASÍLIA, COM
MÉDICOS
VETERINÁRIOS
QUE ATUAM NO
PROGRAMA DA
RAIVA EM VÁRIOS
ESTADOS, AUXILIA
NA PERMUTAÇÃO
DE
EXPERIÊNCIAS .”
10. O Departamento de Endemias
conta agora com uma Médica
Veterinária no Setor de Profi-
laxia e Controle da Raiva.
A funcionária foi convocada do
último concurso realizado em
2005. Também 2º Tenente do
Exército, Fabíola Paiva Ribeiro,
formada na antiga Faculdade
de Ciências Agrárias do Pará
– FCAP, hoje a atual Universi-
dade Federal Rural da Amazô-
nia, atuará conjuntamente a
equipe nas diversas atividades
que o Setor vem desenvolven-
do, entretanto realizará maior
participação nos casos de Lei-
shmaniose Visceral, Tegumentar
e Leptospirose.
Durante as atividades desen-
volvidas em campo, principal-
O Setor de Profilaxia e Con-
trole da Raiva, através do
apoio da gestão do atual ob-
teve recursos materiais de ex-
celente qualidade e que, como
as redes dos exercito, confe-
rem maior comodidade para
a única equipe que realiza
atuações à noite, em localida-
des como a região das ilhas
isoladas do Lago da Usina
Hidrelétrica de Tucurui.
Durante muito tempo o Setor
realizava suas atividades utili-
zando GPS que, por ser de
outros Setores tinham que ter
suas posições geográficas de-
letadas, bem como utilizava-se
câmara digital pessoal.
Desta maneira, foi fundamen-
tal a aquisição de um apare-
lho GPSMAP CSX60PS, dois
pares de aparelho de radio-
comunicação Cobra (walk
talk), uma Câmara digital
Sony 7,2 megapixels e o pro-
grama TrackMaker PRO, sen-
do todos adquiridos em 2008.
mente nas investigações epi-
demiológicas nos focos de
Febre Amarela e Epizootias,
foram coletados alguns mate-
riais como: partes de esquele-
tos de macacos e jaguatirica.
O material fora tratado pelo
Médico Veterinário do Setor e
serve de acervo para auxiliar
na identificação de três espé-
cimes de macacos, sendo: seis
do gênero Alouatta sp, um
Callithrix Penicillata - Sagui e
um de Cebus Apella - Macaco
Prego. Na imagem abaixo, um
crânio de Leopardus wiedii -
Gato Maracajá ou jaguatirica
pode ser observado.
Outros Destaques
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HISTÓRICO DO SETOR
O Setor de Profilaxia da Raiva iniciou sua estruturação no 11º CRS
em novembro de 2006 com objetivo de criar um trabalho sólido, cuja
missão é coordenar, supervisionar e quando necessário executar ativi-
dades pertinentes ao Programa Nacional da Raiva nos 21 municípios
sob a jurisdição do respectivo Centro. O Setor também desenvolve
ações relacionadas a Prevenção de Acidentes por Animais Peçonhen-
tos e quando acionado realiza atendimento de foco de Febre Amare-
la e epizootias em primatas não humanos (macacos). Missões em Al-
deias Indígenas também são realizadas, porém em parceria e confor-
me solicitações das Instituições representativas dos indígenas.
SETOR DE PROFILAXIA E CONTROLE DA RAIVA / 11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE
2008 - 11º Centro Regional de
Saúde / SESPA
Publicação anual.
Elaboração e Edição: Neuder
Wesley França da Silva - Médico
Veterinário
Tiragem: 150 unidades
3ª Publicação - dezembro 2008
Marabá - Pará - Brasil
“Rede do exército”, um dos
materiais adquiridos pelo
Setor e que é de grande
auxílio para a ação da e-
quipe.
Diretor Regional: Paulo Geraldo de Sousa
Chefe Deptº. de Endemias: Raimundo N. de Jesus
Setor Raiva: Neuder Wesley França da Silva
Médica Veterinária na
Equipe do Setor da Raiva
ACERVO DO SETOR
No canto esquerdo, porção
do aparelho hióide do
macaco guariba.
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ / SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA / SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE / 11º CENTRO REGIONAL DE SAÚDE / DIVISÃO DE CONTOLE DE ENDEMIAS / SETOR DE PROFILAXIA E CONTROLE DA RAIVA