Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
A Canção de Amergin: uma ode à Natureza e à filosofia celta
1. Um dos mais belos exemplos dessa magia é o poema recitado por Amergin, o
primeiro bardo da Irlanda, ao desembarcar em solo irlandês:
Sou o vento que sopra sobre o mar;
Sou a onda das profundezas;
Sou o rugido do oceano;
Sou o Gamo de Sete Batalhas;
Sou um falcão no penhasco;
Sou um raio de sol;
Sou a mais verdejante das plantas;
Sou um javali em fúria;
Sou um salmão no rio;
Sou um lago na planície;
Sou uma palavra de Sabedoria;
Sou a ponta de uma lança;
Sou a fascinação para além dos confins da terra;
Como os deuses, posso mudar de forma.
Conhecido como a Canção de Amergin, esse poema é uma ode à Natureza -
tão nobre e inspirador quanto os textos sagrados hindus. Parafraseando Peter
Beresford-Ellis, grande pesquisador dos mitos e lendas celtas, “nesta canção
Amergin une o universo a seu próprio ser, num pensamento filosófico
que remete à declaração de Krishna no Bhagavad Gita hindu”.