Este documento descreve uma pesquisa que investigou os modelos de significação construídos por adultos em problemas de soma e subtração. A pesquisa usou entrevistas e o método clínico de Piaget para capturar como os adultos pensam sobre esses problemas matemáticos. Os resultados mostraram que quando os métodos são automatizados, a compreensão é limitada, mas quando os adultos podem explicar o raciocínio, sua compreensão é mais sofisticada.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS DE FORMA INTERDISCIPLINAR ABORDANDO O TEMA...
Adultos constroem significado em problemas de adição e subtração
1. MODELOS DE SIGNIFICAÇÃO CONSTRUÍDOS POR ADULTOS EM PROBLEMAS DE
SOMA E SUBTRAÇÃO
ALUNAS: LEDIMAR RANZAN, MICHELE COSTA E NADIA MARA BATTAGLION.
INTRODUÇÃO
Pesquisa realizada pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, visando compreender a
necessidade que o sujeito tem de criar conexões
para assimilar conceitos teóricos e a prática, que é
algo fundamental para a construção de meios
(ferramentas) para aprendizagem.
O objetivo foi averiguar a significação que os
sujeitos podem construir a respeito dos métodos
utilizados na resolução de problemas aritméticos.
A perspectiva teórica que embasa o artigo é o
Método Clinico e suas variações da obra de
Piaget. Pesquisa de estudo exploratório,
descritivo e qualitativo.
Conceitos matemáticos foram sendo
construído gradativamente ate chegar ao presente
avanço tecnológico. (ARANÃO, 1996, p. 27)
“o ensino da matemática deve fundir-se à
aprendizagem natural, espontânea e prazerosa
que as crianças experimentam desde o nascer”
(ARANÃO,1996, p. 22).
MÉTODO
O procedimento metodológico foi feito em
três etapas. Em primeiro momento é apresentado
um cálculo ao sujeito e pede-se que este resolva o
mesmo com a seguinte pergunta: "Resolva este
cálculo como tu fazias na escola e vá me contando o
que estás fazendo". Após é realizada uma entrevista
semiestruturada.
O objetivo é fazer uma primeira "foto" do
modelo de significação do adulto e num segundo
momento seria aplicado o Método Clínico,
explorando o pensamento do sujeito.
Então, a entrevista permite a confecção de
uma foto estática do pensamento do sujeito e o
Método Clínico capta o movimento e faz um
"filme", evidenciando os processos e as operações
mentais envolvidas. Por último volta-se a entrevista
com pequena variação em relação a situação inicial.
A análise de dados é a evolução entre a
primeira e última "foto" e as características de
mobilidade do pensamento durante o Método
Clínico, onde se propõe situações em que o sujeito
possa operar sobre conteúdos evitando respostas
prontas.
RESULTADOS & DISCUSSÃO
Quando se colocam situações e problemas diferentes deve-
se compreender e não apenas conseguir a solução, é claro que
nos casos mais simples o nível de significação é menor e quando
há mais complexidade, demanda maior compreensão da situação.
O sujeito elabora uma significação em função dos resultados que
se quer alcançar, não basta à existência de uma estrutura formal,
é preciso que seja organizada em função das propriedades e
coordenações dos objetos.
Se a resolução de cálculos matemáticos de adição e
subtração, é feita através de métodos automatizados a
significação a respeito dessas operações é abreviada e limitada,
mas se o sujeito possuir conceituação elaborada e dominar o
mecanismo das operações, apresentando o "como" e o "porquê",
construirá uma significação mais sofisticada.
Os procedimentos automatizados de uma aprendizagem
restringem o desenvolvimento diante de nova situações.
CONCLUSÕES
Percebemos agora que, apenas chegar ao
resultado não é o suficiente, se além de chegar a
uma resolução correta, pudermos fazer isso de
maneira consciente, conseguindo explicar o
“como” e o “por que” do resultado que obtivemos,
nossa vida pode ser mais organizada e produtiva.
REFERÊNCIAS
ARANÃO, Ivana Valéria Denófrio. A MATEMÁTICA ATRAVÉS
DE BRINCADEIRAS E JOGOS, 5 Ed. Campinas, SP: Papirus,
1996.
SILVA, João Alberto da. MODELOS DE SIGNIFICAÇÃO
CONSTRUÍDOS POR ADULTOS EM PROBLEMAS DE SOMA E
SUBTRAÇÃO. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
BAMPI, Maria Alice Moreira. O MÉTODO CLÍNICO
EXPERIMENTAL DE JEAN PIAGET COMO REFERÊNCIA PARA
O CONHECIMENTO DO PENSAMENTO INFANTIL NA
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA.
Dissertação de Mestrado apresentada como pré-requisito para conclusão
do Curso de Mestrado em Psicopedagogia do Programa de Pós-
Graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL/
Orientador: Dr. Paulo Hentz- Florianópolis 2006.