1) A utilização crescente de serviços de economia de partilha como o Uber e o Airbnb para viagens de negócios cria novos desafios em termos de riscos para as organizações.
2) As organizações devem avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios destes serviços, considerando fatores como a legislação local, o perfil do risco e o dever de cuidar dos trabalhadores.
3) A International SOS fornece recomendações e ferramentas para ajudar as organizações a gerir estes riscos e
FULLCOVER 10 - Economia de partilha para viagens de negócios
1. ECONOMIA DE
PARTILHA PARA
VIAGENS DE NEGÓCIOS
Vantagens, riscos e considerações legais
Por International SOS
NOVOS DESAFIOS PARA AS PESSOAS
RISCOS DO
FUTURO
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2. Agoraqueosprestadoresdeserviçosdaeconomia
departilhacomeçamaoferecersoluçõespara
viagensdenegócioseacriarsinergiascomoutras
aplicaçõesempresariais,entreasquaisaplicações
decomunicaçãodedespesasedemonitorizaçãode
viagens,hácadavezmaisorganizaçõesaconsiderar
seriamenteexperimentarestesserviçospelomenos
umavez.Noentanto,asvantagensfinanceiras
nuncadeverãoseroúnicocritérioateremcontana
adoçãodeserviçosnovos.Autilizaçãodeserviços
deeconomiadepartilhaparaviagensdenegócios
criaaosempregadoresnovosdesafiosemtermos
derisco,quetêmdesergeridosemitigados.
Antes de permitir que os seus trabalhadores
ou colaboradores externos utilizem serviços de
economia de partilha para fins profissionais,
nomeadamente serviços de transporte e
alojamento, as organizações têm de determinar
quais as razões de negócio para o fazer no contexto
das políticas e dos procedimentos existentes.
Aexposiçãodasorganizaçõesésignificativa,sendo
previsívelquevenhaaaumentar.Deacordocom
uminquérito2
levadoacabopelaInternational
SOSem2016,27%daspessoasqueviajarampor
razõesprofissionaisusaramserviçosdepartilha
detransporte,comoaUber,nasdeslocaçõesao
estrangeiro,equasemetadeprevêqueautilização
destetipodeserviçosiráaumentar.Alémdisso,22%
preveemumaumentonautilizaçãodeserviçosde
partilhadealojamento,comoaAirbnb.Ainvestigação
indicaquecercade75%dasorganizaçõesnão
têmpolíticaseprocedimentosclarosrespeitantes
àutilizaçãoporpartedosseuscolaboradores
destetipodeserviçosparaviagensdenegócios.
Estafaltadeclarezapareceafetardiretamenteos
colaboradores,tendo40%respondidoquenão
sabemseasorganizaçõesparaasquaistrabalham
consideramestesserviços«seguros».
Steve Bell, sócio de uma sociedade internacional
de advogados de referência, a Herbert Smith
Freehills, afirmou: «A legislação local terá
dificuldades em acompanhar os desenvolvimentos
relativos aos serviços sociais e económicos.
Os empregadores que enviam colaboradores
para o estrangeiro deverão conhecer as leis do
país de destino, o perfil do risco dos serviços de
economia partilhada em comparação com os
serviços tradicionais e, acima de tudo, deverão
guiar‑se pelo dever de diligência relativamente
aos seus trabalhadores. Em geral, isto exige uma
abordagem sofisticada
de gestão do risco.»
Ao ponderar sobre os riscos associados ao
alojamento, as vantagens de poupança de custos
e de conveniência associadas à partilha de
apartamentos ou casas têm de ser comparadas
com as oferecidas pelos hotéis de negócios, que
são, em geral, geridos por empresas reconhecidas
internacionalmente. Habitualmente, estes
hotéis têm padrões de segurança mais elevados,
incluindo controlos de acesso e capacidade de
resposta a situações de emergência.
A partilha peer to peer1
de bens e serviços, incluindo serviços de
transporte e alojamento através de empresas como a Uber e a
Airbnb, causou uma transformação sem precedentes nas viagens
de lazer. Embora estes serviços não tenham ainda atingido o mesmo
grau de popularidade entre as pessoas que viajam por razões
profissionais, os especialistas acreditam que é só uma questão de
tempo até que tal aconteça.
Os serviços peer to peer tiram proveito do uso de tecnologia que
liga consumidores a prestadores de serviços, proporcionando maior
flexibilidade, facilidade de utilização e, na maioria dos casos, melhor
relação qualidade/preço. Num momento em que a confiança dos
consumidores na economia de partilha se generalizou, atingindo
um nível assinalável, estas empresas intermediárias inovadoras
estão a dirigir a sua atenção para as pessoas que viajam por razões
profissionais.
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3.
4. Além disso, as organizações têm também de ter em
consideração os serviços de partilha de transporte,
mais frequentemente usados por trabalhadores
em viagem do que os serviços de partilha de
alojamento. Em países com uma classificação de
risco entre baixa e média, os serviços de partilha de
transporte, como a Uber, podem oferecer a quem
viaja funcionalidades adicionais de segurança
pessoal, tais como a monitorização do automóvel
e do condutor, a localização por GPS e transações
virtuais. No entanto, ao mesmo tempo, pode haver
alguma incerteza sobre o historial e a perícia do
condutor, bem como sobre a segurança do veículo.
A seleção do transporte e do alojamento deverá
adequar‑se sempre às condições locais e ao perfil
e itinerário do viajante. A utilização de serviços
de partilha de viagens poderá ser adequada em
alguns casos, mas não em outros. Não existe uma
abordagem única e universal à gestão do risco
de viagem, e as políticas têm de considerar não
apenas as localizações e os ambientes de risco
específicos para os quais enviam trabalhadores,
mas também os próprios viajantes. Idade, género,
saúde, orientação sexual, etnia e experiência de
viagens são características que influenciam o perfil
de risco de uma pessoa, como também aquilo que
vai fazer e o motivo e duração da viagem. Restam
poucas dúvidas de que os serviços de economia
de partilha vieram para ficar e continuarão a
evoluir noutros setores de serviços, criando
opções alternativas para quem viaja por motivos
profissionais e para os respetivos empregadores.
A utilização destes serviços por parte das
organizações exige uma avaliação e ponderação
criteriosas por parte dos responsáveis das
empresas, gestores do risco e trabalhadores
em viagem.
Para ajudar as organizações nesta avaliação, os
especialistas de segurança da International SOS
elaboraram um relatório com recomendações de
políticas e com listas de verificação abrangentes,
que salientam o que é preciso ter em conta no caso
específico das viagens por motivos profissionais.
A International SOS
A International SOS é uma empresa líder mundial
em serviços médicos e de proteção contra riscos
de viagem.
Acompanha clientes em mais de 850 localizações
em 92 países. Dispõe de um conhecimento
especializado único: mais de 11.000
colaboradores, chefiados por 1.400 médicos e
200 especialistas em segurança.
As equipas da International SOS trabalham 24
horas por dia para proteger os seus clientes.
A empresa é pioneira num conjunto de programas
de prevenção, reforçados pelo conhecimento
especializado com que conta em cada país.
Presta uma assistência incomparável em casos de
emergência, doença grave, acidente ou alteração
da ordem pública.
Além disso, as suas equipas estão empenhadas
em ajudar os clientes a concretizar o chamado
“duty of care” (dever de diligência). Com a
International SOS, os clientes que sejam empresas
multinacionais, os governos e as ONG podem
mitigar os riscos dos colaboradores que trabalhem
à distância ou no estrangeiro.
A International SOS e a Control Risks
Estaaliançajuntadoisdosmaioresespecialistasem
serviçosmédicoseemsegurança.Acombinaçãode
recursosedeconhecimentoespecializadodasduas
empresascoloca‑asnumaposiçãoprivilegiadapara
darrespostaànecessidadecrescentedosclientes
deserviçosintegradosdeproteçãoemviagem.
Assoluçõesapresentadasgarantemasegurança
eaprodutividadedoscolaboradoresdasempresas
nassuasviagens,eajudamosempregadoresa
cumprirasuaobrigaçãonoquerespeitaaodever
dediligênciafaceaoscolaboradores.Cinquenta
especialistasemtodoomundo,comacessoa200
especialistasemproteçãoemviagemdisponíveis
em27centrosdeassistênciaregionais,euma
rededeparceiroscommaisde700prestadores
deserviçosacreditados,produzeminformaçãoe
análiseglobalsobreproteçãoemviagem,24horas
pordia,setediasporsemana.Fornecemtambém
formaçãosobreproteçãoemviagem,análise
preventivadeviagens,apoionoestabelecimentode
apólicesdesegurosdeviagem,planosdeevacuação
eamaisavançadatecnologiaquepermiteaos
clientesoacompanhamentoecomunicaçãocom
osseuscolaboradoresdeslocados.
1 Nota do editor: entre pares.
2 O inquérito sobre economia de partilha em matéria de viagens
é realizado pela International SOS a 707 pessoas do mundo
inteiro, sobretudo a responsáveis pela gestão de viagens
de negócios ou às próprias pessoas que viajam por motivos
profissionais. A pesquisa foi levada a cabo via Internet, entre
26 de abril e 20 de maio de 2016.
É possível fazer download de uma cópia do relatório
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