2. Tingimento de tecidos
O tingimento de tecidos é um processo de alteração da
cor da fibra têxtil através da adição de diversas
substâncias corantes. As técnicas utilizadas são diversas
e dependem das caraterísticas de cada fibra têxtil.
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3. Tingimento
As formas primitivas de tingimento
consistiam em esfregar os pigmentos
(bagas e frutos). Este processo
desenvolveu-se e passou a cozer-se as
substâncias corantes com os
tecidos, dando assim mais resistência
perante a água e a luz.
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4. Corantes
Até meados do século XIX os corantes eram extraídos
artesanalmente das várias partes dos vegetais: das flores, das
sementes, dos frutos, das cascas, da madeira, etc. Os processos
eram também diversos:
maceração, fermentação, destilação, decantação.
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5. Tingimento
Para se obterem bons resultados no tingimento, é
fundamental preparar o tecido, que deve ser
lavado para se retirarem as gomas e a sujidade.
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6. Mordentes
No tingimento, alguns corantes necessitam de uma
fixação que pode ser feita antes, durante ou depois
do próprio tingimento. Ao longo dos tempos, foram
usados vários tipos de mordentes, como por
exemplo cinzas, tártaro, urina, ferrugem, carbonato
de soda, vinagre ou sal.
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7. Mordentes
Dos produtos químicos que podem ser usados como
mordentes, a maioria são tóxicos, todavia podem ser
substituídos por sal, vinagre ou cinzas de madeira.
O tipo de mordente influencia os resultados obtidos ao
nível da cor e da resistência às lavagens.
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8. Alguns exemplos de corantes naturais
Açafrão
Caril
Café
Casca de cebola
Chá
Pimentão doce
Sabugueiro
Beterraba
Eucalipto
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9. TIE-DYE
Tie-dye é uma técnica muito antiga, praticada por várias culturas no
mundo, sobretudo asiáticas e africanas, para decorar tecidos com
uma grande variedade de cores e de padrões. É conhecida no
Japão como shibori, onde se conhecem exemplares desta técnica
que datam do século VI. Também na China e na Índia o tie-dye é
praticado desde tempos remotos.
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10. TIE-DYE
Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento
hippie popularizou esta técnica aplicando-a
em todo o tipo de roupa.
Atualmente, as tribos africanas ainda
praticam muito esta arte de tingir
tecidos, assim como alguns criadores de
moda já se basearam no tie-dye para
criarem os seus artigos.
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11. TIE-DYE
O tie-dye não permite que se obtenham
desenhos com contornos precisos, mas
sim desenhos simples e irregulares
compostos por
manchas, espirais, riscas, círculos ou
outras composições complexas.
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12. TIE-DYE
O nome Tie-dye significa "Amarrar e Tingir" e baseia-se
principalmente em amarrar o tecido de formas diferentes e depois
tingi-lo. As ataduras exercem pressão e protegem o tecido para que
a tinta não penetre nesses espaços, produzindo assim padrões
muito variados. Os tecidos mais adequados para esta técnica são
os mais finos como o algodão, o linho ou a seda.
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13. Atados
Listas - dobra-se o tecido em ziguezague com dobras paralelas.
Com um fio de algodão, amarra-se o tecido tendo o cuidado de
tapar muito bem toda a área que não queremos tingir.
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14. Atados
Círculos concêntricos – determina-se o centro dos círculos no tecido
e coloca-se em forma de cone, fazendo coincidir o centro marcado com
o vértice do “cone”. De seguida, amarra-se o tecido com voltas
sobrepostas e em vários pontos, de modo a formar diversos círculos.
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15. Atados
Mancha radial – coloca-se o tecido em forma de cone e enrola-se o
fio, de baixo para cima, em espiral. Depois enrola-se no sentido
contrário cruzando os fios.
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16. Atados
Silhuetas – desenham-se as figuras com um lápis no tecido e faz-se
um alinhavo regular sobre a linha desenhada, depois de contornado o
desenho puxam-se os fios de forma a franzir o tecido e dá-se um nó
bem firme.
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17. Atados
Nós - O tecido pode ser enrolado e depois dão-se os nós, bem
apertados, ao acaso ou seguindo um desenho prévio.
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18. Atados
Atados com objetos envolvidos – envolver pequenos objetos
no tecido e amarrar com fio ou um elástico.
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19. Atados
Amarrotado e atado (marmoreado) – amarrotar o tecido e atá-
lo ao acaso.
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20. TIE-DYE - Tingimento
Depois de preparado o banho de
tinta, diluindo o corante na água
segundo as indicações do fabricante
(também se pode juntar sal grosso
para facilitar a aderência da tinta ao
tecido), mergulha-se o tecido de forma
a ficar todo submerso. A temperatura e
o tempo de tingimento dependem do
tipo de corante e das tonalidades
pretendidas.
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21. TIE-DYE - Tingimento
O tingimento pode ser repetido
várias vezes para que a cor fique
mais intensa. Se pretendermos
tingir com cores diferentes é
necessário proteger as partes do
tecido que se querem conservar
com a cor inicial. A cor de fundo vai
influenciar a segunda cor .
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22. TIE-DYE - Tingimento
Alguns corantes indicam que o banho de tingimento não deve
ferver, nem ultrapassar a temperatura de 40º (tintas leicht &
bunt), no entanto, outros (tintas “Raposa”) indicam que se deve
manter a fervura durante vinte minutos.
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23. TIE-DYE - Tingimento
Depois do banho na
tinta, mergulha-se o tecido no
mordente (água e uma colher
de sal por cada litro de água
ou, em alternativa, vinagre).
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24. TIE-DYE - Tingimento
Agora é só tirar os
fios, desatar os nós e
passar o tecido por água
fria até a água ficar limpa.
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25. Higiene e segurança
Atenção: A organização e ventilação do espaço, a
utilização de luvas de borracha e um avental são
muito importantes para que o trabalho de tingimento
decorra sem problemas.
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26. TIE-DYE – nas aulas de E.T.
• Decoração de umas cortinas para a sala de aula.
• Realização de uma toalha para a festa de Natal da
escola.
• Prenda para o dia da mãe.
• Pintura de uma t-shirt para o clube de dança ou do
desporto escolar.
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27. Fontes
Esteves, M. d. (2000). Corantes sulfurosos:Análise e tingimento por técnicas electroquímicas.
Obtido em 20 de outubro de 2011, de Repositorium da Universidade do Minho:
http://repositorium.sdum.uminho.pt
Fernandes, A. G., & Maurício, M. (s/d). Arte no tear - 7º ano, 2ª edição. Lisboa: Plátano Editora.
Fernandes, A. G., & Maurício, M. (s/d). Arte no tear 2 - 8º ano. Lisboa: Plátano Editora.
Jameson, N., & Hirst-Smith. (1979). Tie-Dye batik e velas - arte em sua casa. Queluz: Celditor.
Nobre, F. (s/d). Atelier de artes 10/11/12 - Materiais e técnicas de expressão plástica; 2ª edição.
Porto: Areal Editora.
S/a. (1992). Couro, tingiduras e papel absorvente / vol. 7; 2ª edição. Lisboa: Lusodidacta.
http://academiasheilaassis.ning.com/profiles/blog/list?tag=cores
http://modaspot.abril.com.br/tecidos/tecidos-tecnologia/os-corantes-naturais-sao-uma-
opcao-ecologica-para-tingir-os-tecidos
http://oficinadeestilo.uol.com.br/blog/2010/10/07/como-tingir-roupas-em-casa
http://umtrilhonafloresta7b.blogspot.com/2011/06/eucalipto.html Damasceno, S.
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