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11 argumentos contra os mega-agrupamento de escolas e uma razão de esperança.  José Matias Alves 26 de Maio de 2011
Primeiras palavras Organização 1. Breve caracterização das racionalidades que têm comandado a agregação de escolas 2. Teses 3. Conclusões
A fase experimental (final da década de 90 e início de 2000) A fase expansionista (2010) A fase da paragem (2011) A fase da retoma (?) As fases do processo de agrupar escolas
Uma acção autoritária Uma acção de legitimidade duvidosa Uma acção de desautorização e desrespeito Uma acção de desinserção territorial (a par da CCompras) Uma acção de desvinculação comunitária Uma acção que desiste da construção de comunidades educativas. Breve caracterização da fase expansionista
Racionalidade económica Racionalidade pedagógica Racionalidade organizacional Racionalidade política Os argumentos do poder
Fica mais barato  organizar,  dirigir e  controlar  a acção educativa (menos órgãos de direcção e gestão; menos estruturas de suporte administrativo) (mas o núcleo duro ligado ao ensino mantém as mesmas exigências financeiras) Racionalidade económica
A articulação dos vários ciclos e de unidades orgânicas territorialmente situadas facilita  - a articulação vertical e horizontal,  - potencia a comunicação entre os actores,  - reforça as condições de sucesso. A pedagogia faz-se através de circulares e normativos internos na lógica top-down Racionalidade pedagógica
É possível aplicar aos mega-agrupamentos a lógica do comando e do controlo distanciado As partes são menos importantes que o todo (perda de identidade e de visibilidade das partes (ver E.Morin) Racionalidade organizacional
Os agrupamentos são uma periferia mais controlável pelo poder central dado o menor número;  As unidades de gestão, sendo em menor número, são mais facilmente correias de transmissão da administração educativa. Os interesses são aparentemente mais manipuláveis. Racionalidade política
De um modo genérico, a criação dos mega-agrupamentos é um erro Crassoporque destrói a ideia de escola, a ideia de comunidade educativa, a ideia de projecto. E produz, por isso, uma perda nas aprendizagens dos alunos. Enuncio 11 argumentos:  Tese geral (teórica)
a) as lideranças instrucionais, transacionais etransformacionais (que a literatura reconhece como forças poderosas de mudança educacional) perdem as condições de exercício e tendem a transformar-se em mera gestão burocrática de estruturas;  1. Lideranças
A comunicação intra-agrupamentos era um ponto crítico reconhecido na generalidade das situações o que limitava fortemente a coerência e a coesão na acção; com esta medida a comunicação tende a ser um simulacro; e as articulações verticais e horizontais - outro ponto crítico do sistema – tendem a serdefinitivamente enterradas;  2. Comunicação
A necessidade de uma missão e de uma visão comuns construídas pelo maior número possível de actores (e autores), já de si tendencialmente inexistente, mas que toda a investigação reconhece como central na promoção da eficácia organizacional, tende aser erradicada. Muitos anos se vão passar até ser possível restaurar o que agora se perde (a prosseguir-se este caminho)   3. Visão comum
Os climas de escola - reconhecidamente uma variável central na promoção das aprendizagens dos alunos - são seriamente danificados com este processo caótico e irracional (em termos educativos);  4. Climas de escola
A monitorização e auto-avaliação dos processos e resultados - um dos maiores pontos críticos identificados pela avaliação externa realizada pela IGE - vão ser ainda mais fragilizadas, perdendo, por muito tempo, a esperança de colocar a auto-avaliação ao serviço da melhoria das organizações educativas;  5. Fragilização da monitorização e auto-avaliação
O trabalho colaborativo, designadamente em sede de departamentos, ciclos, anos de escolaridade, tão necessário para enfrentar os complexos desafios educativos, tende a ser impossível com as mega-estruturas entretanto fundidas;  6. Ameaça ao trabalho colaborativo
A confiança numa ordem legal estável e confiável é definitivamente enterrada; conselhos gerais eleitos há pouco mais de um ano são desfeitos; directores seleccionados e eleitos no mesmo prazo temporal são agora chamados e despedidos uns e promovidos outros a directores fictícios de conglomerados organizacionais;    7. Lógica da desconfiança
As relações entre os membros da organização - factor chave de sucesso - são seriamente afectadas criando-se um ethosdestrutivo e nefasto;    8. Relações
A concentração e a hierarquização do poder - ao invés do pretendido - são factores de perda, de ameaça ao necessário empowerment , de reforço das tendências centrífugas e anárquicas, sendo expectável o cenário da ingovernabilidade destas mega-organizações;  9. Concentração e hierarquização do poder formal
As ligações escola-família - outro factor crítico - nada ganham com esta solução, podendo, pelo contrário, afectar a comunicação com o dirigente máximo;  10. Défice de participação
A co-existência de culturas profissionais em conflito de visões e percepções pode transformar a escola numa arena política ainda mais destrutiva e numa anarquia organizada. 11. Sobredimensionamento da “arena política” e da “anarquia organizada”
O projecto tem sido um instrumento de gestão das escolas que visa  ,[object Object]
federar vontades,
criar dinâmicas de acção mais convergentes Os mega, na prática, tornam quase impossível esta concretização. 12. Balcanização do projecto educativo ou enterro definitivo
Os mega-agrupamentos são a consagração oficial "da anarquia organizada", da "balcanização" das organizações escolares, dos "sistemas debilmente articulados", da impossibilidade de unidade de referência na acção educativa, como a investigação largamente documenta.
Por outro lado, poderão ser um instrumento de diluição de responsabilidade, de acréscimo de dificuldade de articulação vertical e horizontal. A ineficiência e ineficácia da acção serão muito mais plausíveis nestes monstros organizacionais.
Nos casos em que havia  ,[object Object]
fluidez de compromissos em torno de um projecto educativo aglutinador;
onde as dinâmicas de comunicação e articulação eram frágeis ou inexistentes;
onde a lógica do simulacro e do faz de conta marcavam a acção do quotidiano;  ,[object Object]

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11 Argumentos Contra Mega-Agrupamentos

  • 1. 11 argumentos contra os mega-agrupamento de escolas e uma razão de esperança. José Matias Alves 26 de Maio de 2011
  • 2. Primeiras palavras Organização 1. Breve caracterização das racionalidades que têm comandado a agregação de escolas 2. Teses 3. Conclusões
  • 3. A fase experimental (final da década de 90 e início de 2000) A fase expansionista (2010) A fase da paragem (2011) A fase da retoma (?) As fases do processo de agrupar escolas
  • 4. Uma acção autoritária Uma acção de legitimidade duvidosa Uma acção de desautorização e desrespeito Uma acção de desinserção territorial (a par da CCompras) Uma acção de desvinculação comunitária Uma acção que desiste da construção de comunidades educativas. Breve caracterização da fase expansionista
  • 5. Racionalidade económica Racionalidade pedagógica Racionalidade organizacional Racionalidade política Os argumentos do poder
  • 6. Fica mais barato organizar, dirigir e controlar a acção educativa (menos órgãos de direcção e gestão; menos estruturas de suporte administrativo) (mas o núcleo duro ligado ao ensino mantém as mesmas exigências financeiras) Racionalidade económica
  • 7. A articulação dos vários ciclos e de unidades orgânicas territorialmente situadas facilita - a articulação vertical e horizontal, - potencia a comunicação entre os actores, - reforça as condições de sucesso. A pedagogia faz-se através de circulares e normativos internos na lógica top-down Racionalidade pedagógica
  • 8. É possível aplicar aos mega-agrupamentos a lógica do comando e do controlo distanciado As partes são menos importantes que o todo (perda de identidade e de visibilidade das partes (ver E.Morin) Racionalidade organizacional
  • 9. Os agrupamentos são uma periferia mais controlável pelo poder central dado o menor número; As unidades de gestão, sendo em menor número, são mais facilmente correias de transmissão da administração educativa. Os interesses são aparentemente mais manipuláveis. Racionalidade política
  • 10. De um modo genérico, a criação dos mega-agrupamentos é um erro Crassoporque destrói a ideia de escola, a ideia de comunidade educativa, a ideia de projecto. E produz, por isso, uma perda nas aprendizagens dos alunos. Enuncio 11 argumentos: Tese geral (teórica)
  • 11. a) as lideranças instrucionais, transacionais etransformacionais (que a literatura reconhece como forças poderosas de mudança educacional) perdem as condições de exercício e tendem a transformar-se em mera gestão burocrática de estruturas; 1. Lideranças
  • 12. A comunicação intra-agrupamentos era um ponto crítico reconhecido na generalidade das situações o que limitava fortemente a coerência e a coesão na acção; com esta medida a comunicação tende a ser um simulacro; e as articulações verticais e horizontais - outro ponto crítico do sistema – tendem a serdefinitivamente enterradas; 2. Comunicação
  • 13. A necessidade de uma missão e de uma visão comuns construídas pelo maior número possível de actores (e autores), já de si tendencialmente inexistente, mas que toda a investigação reconhece como central na promoção da eficácia organizacional, tende aser erradicada. Muitos anos se vão passar até ser possível restaurar o que agora se perde (a prosseguir-se este caminho)   3. Visão comum
  • 14. Os climas de escola - reconhecidamente uma variável central na promoção das aprendizagens dos alunos - são seriamente danificados com este processo caótico e irracional (em termos educativos); 4. Climas de escola
  • 15. A monitorização e auto-avaliação dos processos e resultados - um dos maiores pontos críticos identificados pela avaliação externa realizada pela IGE - vão ser ainda mais fragilizadas, perdendo, por muito tempo, a esperança de colocar a auto-avaliação ao serviço da melhoria das organizações educativas; 5. Fragilização da monitorização e auto-avaliação
  • 16. O trabalho colaborativo, designadamente em sede de departamentos, ciclos, anos de escolaridade, tão necessário para enfrentar os complexos desafios educativos, tende a ser impossível com as mega-estruturas entretanto fundidas; 6. Ameaça ao trabalho colaborativo
  • 17. A confiança numa ordem legal estável e confiável é definitivamente enterrada; conselhos gerais eleitos há pouco mais de um ano são desfeitos; directores seleccionados e eleitos no mesmo prazo temporal são agora chamados e despedidos uns e promovidos outros a directores fictícios de conglomerados organizacionais;   7. Lógica da desconfiança
  • 18. As relações entre os membros da organização - factor chave de sucesso - são seriamente afectadas criando-se um ethosdestrutivo e nefasto;   8. Relações
  • 19. A concentração e a hierarquização do poder - ao invés do pretendido - são factores de perda, de ameaça ao necessário empowerment , de reforço das tendências centrífugas e anárquicas, sendo expectável o cenário da ingovernabilidade destas mega-organizações; 9. Concentração e hierarquização do poder formal
  • 20. As ligações escola-família - outro factor crítico - nada ganham com esta solução, podendo, pelo contrário, afectar a comunicação com o dirigente máximo; 10. Défice de participação
  • 21. A co-existência de culturas profissionais em conflito de visões e percepções pode transformar a escola numa arena política ainda mais destrutiva e numa anarquia organizada. 11. Sobredimensionamento da “arena política” e da “anarquia organizada”
  • 22.
  • 24. criar dinâmicas de acção mais convergentes Os mega, na prática, tornam quase impossível esta concretização. 12. Balcanização do projecto educativo ou enterro definitivo
  • 25. Os mega-agrupamentos são a consagração oficial "da anarquia organizada", da "balcanização" das organizações escolares, dos "sistemas debilmente articulados", da impossibilidade de unidade de referência na acção educativa, como a investigação largamente documenta.
  • 26. Por outro lado, poderão ser um instrumento de diluição de responsabilidade, de acréscimo de dificuldade de articulação vertical e horizontal. A ineficiência e ineficácia da acção serão muito mais plausíveis nestes monstros organizacionais.
  • 27.
  • 28. fluidez de compromissos em torno de um projecto educativo aglutinador;
  • 29. onde as dinâmicas de comunicação e articulação eram frágeis ou inexistentes;
  • 30.
  • 31. onde as pessoas eram sobretudo números num jogo de xadrez impessoal;
  • 32. onde as escolas eram sobretudo lugares de desencontros... a imposição dos mega-agrupamentos vai constituir-se um grave problema organizacional que demorará muitos anos a atenuar.
  • 33. As 4 racionalidades geradoras desta solução poderão produzir os danos colaterais supra invocados e gerar prejuízos de vária ordem (incluindo prejuízos financeiros).
  • 34.
  • 35.
  • 36. Não estamos condenados a isto…. ..presentaçõespresentaçõesppt fábula do cavalo velho.ppt Obrigado Mas