O documento discute a criatividade em economia, identificando características comuns em economistas criativos. Apresenta exemplos atuais e históricos de economistas que trabalharam em áreas não tradicionais. Também analisa prêmios em economia para identificar padrões de pesquisa valorizados e elabora dez regras para a criatividade na área.
1. Aplicações Criativas em
Economia no Século XXI
Matheus Albergaria de Magalhães
Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP)
São Paulo, 21 de Agosto de 2012
3. Objetivos
● Discutir Criatividade em Economia
● Identificar características
economistas criativos
comuns
a
● Motivar alunos da FAAP com potenciais
aplicações criativas da Economia Moderna
4. Motivação (I)
● Criatividade pode assumir
significados em Economia
distintos
● Criatividade em Economia é diferente de
Economia Criativa
● Temas
Criativos
crescentemente
valorizados em Economia
5. Motivação (II)
● Steven Levitt: exemplo de economista criativo
Steven Levitt
Criminalidade, Corrupção, Educação, Política
Fonte: Google Imagens (http://images.google.com.br/)
6. Motivação (III)
● Outros economistas criativos da atualidade
Roland Fryer
Justin Wolfers
Nathan Nunn
Discriminação
Felicidade
História
Fonte: Google Imagens (http://images.google.com.br/)
7. Motivação (IV)
● Economistas criativos pioneiros
Gary Becker
Robert Lucas Jr.
Joseph Stiglitz
Paul Krugman
Microeconomia
Prêmio Nobel (1992)
Macroeconomia
Prêmio Nobel (1995)
Microeconomia
Prêmio Nobel (2001)
Econ. Internacional
Prêmio Nobel (2008)
Fonte: Google Imagens (http://images.google.com.br/)
8. Motivação (V)
● Afinal, o que estes economistas têm em
comum?
● A princípio, cada um deles trabalhou em
áreas e temas de pesquisa distintos
● Por quê suas contribuições são valorizadas?
9. Motivação (VI)
● Nos últimos anos, economistas parecem
valorizar cada vez mais temas criativos
● Alguns Exemplos:
i. Corrupção na Organização das Nações
Unidas (ONU)
ii. Impactos Macroeconômicos da Incerteza
iii. Luminosidade e Crescimento Econômico
10. Motivação (VII)
Índice de Corrupção (Multas de Estacionamento da ONU)
Fonte: FISMAN, R.; MIGUEL, E. Corruption, Norms and Legal Enforcement: evidence from
diplomatic parking tickets. Journal of Political Economy, v.115, n.6, p.1020-1048, 2007.
11. Motivação (VIII)
Índice de Corrupção (Transparência Internacional)
Fonte: Transparência Internacional (http://www.transparency.org)
12. Motivação (IX)
Índice de Incerteza Agregada, 1990-2010
Fonte: BLOOM, N. The impact of uncertainty shocks. Econometrica, v.77, n.3, p.623-685, May 2009.
13. Motivação (X)
Luzes da Terra à Noite (Imagens via Satélite)
Fonte: National Aeronautics and Space Administration (NASA) (http://visibleearth.nasa.gov/).
14. Evidência (I)
● Insight: poderíamos olhar para Premiações
em Economia e tentar enxergar padrões
comuns
● Quais são as tendências de pesquisa
valorizadas pela profissão?
● Há padrões predominantes ao longo do
tempo?
15. Evidência (II)
Prêmio Nobel de Economia (1969-2011)
Fonte: Elaboração Própria, a partir de dados da Fundação Nobel (Nobelstiftelsen)
(www.nobelprize.org).
16. Evidência (III)
Medalha John Bates Clark (1947-2011)
Fonte: Elaboração Própria, a partir de dados da American Economic Association
(www.aeaweb.org).
17. Evidência (IV)
● Mas, afinal, o que é ser criativo em
Economia?
● Há mais de uma resposta para esta questão
● Dada a diversidade de trajetórias de
economistas criativos, termo "criatividade"
assume distintas conotações
18. Dez Regras (I)
● Criatividade em Economia pode ter diversos
significados:
i. Criação de uma nova área de pesquisa
ii.Contribuições em distintas áreas ou campos
do conhecimento
iii.Utilização de novos métodos para responder
antigas questões
19. Dez Regras (II)
● Existem "regras" de criatividade?
● Elaboração de lista com 10 (dez) regras de
criatividade
● Ressalva:
lista
idiossincrático...
possui
caráter
● ...mas pode nos ajudar a enxergar alguns
padrões
20. Dez Regras (III)
● Regra n.1: Atente aos pequenos detalhes (noção
de Custos de Menu de N.G. Mankiw)
● Regra n.2: Questione o senso comum
(abordagem de Equilíbrio com Expectativas
Racionais de Robert Lucas Jr.)
● Regra n.3: Evite rótulos (divisões de economistas
em grupos nada dizem a respeito de
contribuições em termos de substância)
21. Dez Regras (IV)
● Regra n.4: Economia não é religião (debates
relacionados à legitimidade de idéias específicas
são, em geral, pouco frutíferos)
● Regra n.5: Interaja com pessoas que possuem
maneiras distintas de pensar da sua
(importância da multidisciplinaridade)
● Regra n.6: Nunca menospreze uma boa idéia
apenas por falta de rigor (trajetória de Paul
Krugman)
22. Dez Regras (V)
● Regra n.7: Não deixe de pesquisar por conta
de limitações do método de análise (não há
métodos perfeitos)
● Regra n.8: Respeite a tradição, mas não se
deixe escravizar (caráter "autofágico" da
pesquisa contemporânea)
23. Dez Regras (VI)
● Regra n.9: Existe mais diversidade do que se
imagina à primeira vista (debates da crise de
2007-2008)
● Regra n.10: Pesquise assuntos que você julgue
motivantes (importância de interesses
genuínos de pesquisa)
24. Dez Regras (VII)
● Frase de John Maynard Keynes (1883-1946)
parece válida ainda nos dias de hoje:
“Bons economistas são os pássaros mais raros. Eles
devem alcançar um alto padrão em várias direções
diferentes e combinar talentos que não é comum
encontrar juntos. Devem ser a um só tempo historiadores,
homens públicos e filósofos. Devem entender de símbolos
e falar com palavras. Devem ser tão incorruptíveis e
distantes quanto um artista, ainda que por vezes tão pé
no chão quanto um político”
Fonte: KEYNES, J.M. Essays in Biography. London: MacMillan, 1933.
25. Conclusões
● Criatividade pode, de fato, assumir diversas
conotações em Economia
● Atualmente, economistas analisam temas
pertencentes
a
distintos
campos
de
conhecimento
● Alunos e Cientistas Sociais da atualidade:
necessidade de manter a mente aberta +
atenção à multidisciplinaridade inerente a
alguns temas
26. OBRIGADO!
Matheus Albergaria de Magalhães
Economista
matheus.albergaria.magalhaes@gmail.com
www.sites.google.com/site/malbergariademagalhaes