SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 57
Eloi Rufato Junior
Marcos José Rodrigues dos Santos
IMPACTO DE SISTEMAS EÓLICOS NA QUALIDADE DE ENERGIA
Estudo complementar realizado no âmbito da disciplina de pós graduação
Desempenho de Linhas Aéreas Frente a Descargas Atmosféricas – USP/IEE
Coordenador:
Prof. Dr. Alexandre Piantini
maio/2011
2
Tópicos tratados
 Evolução da capacidade de geração eólica instalada no mundo
 Algumas peculiaridades da geração eólica
 Qualidade da Energia – principais indicadores
 Potência reativa
 Variação de tensão
 Nível de potência de curto circuito
 Cintilação ou “flikers”
 Harmônicas
 Operações de chaveamento
 Considerações finais
Relatório da Nona Conferência Mundial de Energia Eólica (2009)
Evolução da capacidade instalada entre 2001 e 2009
3
Evolução da capacidade de geração
eólica instalada no mundo
24 31 39 47 59 74 93 120 159 203 1900 (2020)
4
Evolução da capacidade de geração
eólica instalada no mundo
Liderança mundial em capacidade instalada:
 EUA: 22%
 China: 16,3%.
 EUA, China, Alemanha, Espanha e Índia: 72,9%.
 Energia eólica:
 Resp. por apenas 2% da demanda mundial de Eletricidade.
 Países com Indicadores de demanda mais relevantes:
 Dinamarca: 20%
 Portugal: 15%
 Espanha: 14%
 Alemanha: 9%
5
 Potência instalada na América Latina (2006 a 2009):
 Maior crescimento do mundo(113%)
 Alcançou 1406 Megawatt
 Desenvolvimento se deve principalmente ao Brasil (aumento de
78,5%, total de 600 Megawatts) e México (372,9%, 402 Megawatt)
 Potencial eólico brasileiro: ordem de 272 TWh/ano de energia
elétrica = 64% do consumo nacional de energia elétrica = 424
TWh/ano (fonte: Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, n. 1, 1304 (2008).
Evolução da capacidade de geração
eólica instalada no mundo
6
Evolução da capacidade de geração
eólica instalada no mundo
Figura 3 – Oferta Interna de energia Elétrica por fonte – 2009
Fonte: Balanço Energético Nacional 2010 (ano base 2009)
7
 Mar:
 Instalado: 1,2%
 Crescimento de 30% em 2009, com destaque para a Dinamarca,
Alemanha, Inglaterra, Suécia e China.
Evolução da capacidade de geração
eólica instalada no mundo
8
 Em quatro anos, o setor de energia eólica mais do que duplicou o
número de empregado (diretos e indiretos) em todo o mundo. Passou
de 235.000 no ano de 2005 a 550.000 em 2009. Espera-se
1minhão de empregados e 2012
 Futuro: está sendo prevista a fabricação de turbinas de 10 MW, bem
maiores do que as turbinas de 2,5 – 3 MW fabricadas
atualmente. Essas turbinas, têm hélices com até 245 metros de
diâmetro e devem ser colocadas em mar aberto pelos EUA, Noruega
e Inglaterra
Evolução da capacidade de geração
eólica instalada no mundo
9
Algumas peculiaridades da
geração eólica
 Dimensões reduzidas - caso das turbinas de vento individuais -(WT)
 São ligadas a redes de distribuição de baixa ou média tensão ao invés
de redes de transmissão de alta tensão - implica especial atenção: fluxos
de energia e com a proteção do sistema
 Natureza variável do vento
 Adequados cuidados no projeto, associados à tecnologia atualmente
utilizada permitem que sejam enfrentados poucos problemas
10
Algumas peculiaridades daa
geração eólica
 Tipo de gerador elétrico
 Inicialmente: geradores síncronos
 Atualmente: geradores de indução*
(*) Considerando-se a evolução da eletrônica de potência (ex: PWM - Pulse Width
Modulation)
11
TIPOS DE GERAÇÃO EÓLICA
Utilizados desde os anos 80
Baseado no gerador de indução de gaiola, diretamente
ligado à rede
Sua velocidade só pode variar 1% ou 2%
Fabricante: Suzion, Nordex, Siemens, Ecotecnia
Mercado Europeu: 30%
Introduzido e utilizado pela Vestas nos anos 80 e 90
Baseado no gerador de indução com rotor bobinado,
estator conectado diretamente à rede e resistência do
rotor controlada por conversor de energia
Sua velocidade só pode variar 10% durante rajadas de
vento para maior qualidade de energia e redução do
estresse da caixa de engrenagens
Controle Pich das pás
Fabricante: Vestas (V27, V34, V47)
Mercado Europeu: 10%
TIPOS DE GERAÇÃO EÓLICA
Baseado no gerador de indução de rotor bobinado. O
estator é ligado diretamente à rede. O rotor é ligado à
rede atráves de um conversor de tensão back-to-back
para controlar o sistema de excitação.
Controle de potência ativa e reativa, controle ativo de
tensão. A alimentação através de conversor é de aprox.
40% do total.
Velocidade pode variar: ± 40% da velocidade síncrona
Fabricante: GE, Repower, Vestas, Nordex, Gamesa,
Ecotecnia, Suzion.
Mercado Europeu: 30%
Geradores síncronos com base no rotor bobinado e um
gerador de indução tipo gaiola.
Completamente dissociado da rede, com amplo controle de
potência reativa e tensão.
Tecnologia de conversores variáveis de pontes duplas SCR
(conversores de fonte de corrente) para os tipos mais
antigos - anos 90. Para modernos: conversores de fonte de
tensão de alta potência (> 2MW).
Fabricante: ABB, Enercon, MG, GE, Winwind, Siemens,
Made, Leitner, Areva, outros.
Mercado Europeu: 15%
12
TIPOS DE GERAÇÃO EÓLICA
Turbinas tipo D
13
TIPOS DE GERAÇÃO EÓLICA
Turbinas tipo D
14
TIPOS DE GERAÇÃO EÓLICA
Turbinas tipo D
15
16
Principais indicadores da
qualidade da energia
Qualidade de energia de turbinas eólicas
O termo qualidade de energia de uma turbina eólica (WT) descreve
o desempenho elétrico da turbina no sistema de geração de
eletricidade. É o reflexo das interferências da geração na rede e,
assim, a influência de um gerador eólico sobre a qualidade da
tensão da rede
17
Principais indicadores da
qualidade da energia
Parâmetros de qualidade
 Potência Reativa
 Tensão no estado estacionário
 Flicker ( até 35 Hz)
 Harmônicos
 Operações de Chaveamentos
18
INTERFERÊNCIAS NA REDE CAUSADAS POR
TURBINAS EÓLICAS
OPERAÇÕES DE CHAVEAMENTOPICOS E AFUNDAMENTOS DE TENSÃO
COMPONENTES INDUTIVAS OU GERADORES
SINCRONOS
CONSUMO DE POTÊNCIA REATIVA
CONTROLES TIRISTORIZADOS
INVERSOR DE FREQUÊNCIA
HARMÔNICOS
FLUTUAÇÕES NA VELOCIDADE DO VENTO
FLUTUAÇÕES NA VELOCIDADE DO VENTO
CISALHAMENTO DO VENTO
ERRO DE GUINADA
ERRO DE PASSO DE PÁ
EFEITOS DE SOMBRA DE TORRES
OPERAÇÕES DE CHAVEAMENTO
FLUTUAÇÃO DE TENSÃO E FLICKER
PRODUÇÃO DE ENERGIAAUMENTO DE TENSÃO
CAUSASPARÂMETROS
19
Principais indicadores da
qualidade da energia
Potência Reativa
 Tipos de geradores
 Geradores de indução consomem energia reativa (60% em plena
carga)
 Geradores síncronos consomem energia reativa (sub excitados)
 Geradores síncronos produzem energia reativa (super excitados)
20
 Perda associadas à potência reativa
 A corrente associada ao fluxo de potência reativa é perpendicular (ou
defasado de 90 graus) à corrente associada à potência ativa
 Devido a esta perpendicularidade, a corrente total resultante é a raiz
da soma ao quadrado das duas correntes
 As perdas no sistema são proporcionais ao quadrado da corrente total.
 Corrente reativa deve ser minimizada, pois contribui tanto para as
perdas do sistema como a corrente ativa.
 Corrente reativa também provoca queda de tensão no sistema
Principais indicadores da
qualidade da energia
21
Turbinas eólicas de velocidade fixa com geradores de
indução acoplado direto:
A demanda de potência reativa do gerador assíncrono é parcialmente
compensada pelos bancos de capacitores. Assim, o fator de potência da
turbina eólica, que é a relação entre potência ativa e aparente, é, em geral
na faixa acima de 0,96.
Turbinas eólicas de velocidade variável com inversor
com largura de pulso modulada (PWM):
Para turbinas eólicas com inversor com largura de pulso modulada a
potência reativa pode ser controlado pelo inversor. Assim, as turbinas
eólicas podem ter fator de potência de 1,00. Mas esses sistemas inversor
também tem a possibilidade de controle de tensão, controlando a potência
reativa (geração ou consumo de potência reativa)
Principais indicadores da
qualidade da energia
22
Consumo de Potência Reativa –
gerador velocidade fixa
23
Tensão em regime permanente
Em muitos dos casos, o aumento da tensão no estado permanente ou queda é o
principal problema para a ligação à rede
• Em redes fracas uma grande queda de tensão em Regime Permanente é causada
por:
Linhas aéreas longas
- demanda de potência reativa dos consumidores
- demanda de potência reativa de turbinas eólicas
• Método de cálculo
- cálculo do fluxo de complexos de carga (melhor solução)
- De uma forma simplificada:
Principais indicadores da
qualidade da energia
24
 Para minimizar as perdas:
 instalação de capacitores próximos à carga indutiva, se for o caso
 Compensação da turbinas de modo que trabalhe dentro dos limites de
fator de potência entre as condições de marcha lenta e plena carga.
 Controle da energia produzida por meio de inversores de largura de
pulso modulada (PWM)
Principais indicadores da
qualidade da energia
25
 Variação de Tensão
 Causada por flutuações de cargas e/ou de produção de energia
 É a causa mais comum de reclamações sobre a qualidade da tensão.
 Sob o ponto de vista da produção – “vilão”: são as variações cíclicas
diárias do vento
 OBS: A caracterização do potencial eólico permite conhecer as variações
lentas da tensão e averiguar a eventual necessidade ações corretivas.
Principais indicadores da
qualidade da energia
26
 Sob o ponto de vista da carga, grandes distúrbios podem ser
causados por aparelhos de fusão, máquinas de solda a arco e
partida de grandes motores.
 Em sistemas bem projetados, lentas variações de tensão entre -
10% e +6% do valor nominal (em degraus de 3%) são
freqüentes (ocorrem algumas vezes por dia) e não são
preocupantes, apesar de visíveis a olho nu.
Principais indicadores da
qualidade da energia
27
 Diante de tensão fora dos padrões convém:
 Instalação de transformadores com regulação em carga
 Instalação de bancos de capacitores variáveis e controláveis
 Reajuste dos TAPs dos transformadores instalados
 Ajuste da potência reativa fornecida localmente
 Reforço da rede elétrica
 Desligamento da central eólica (último caso)
Principais indicadores da
qualidade da energia
28
 Nível de Potência de Curto Circuito
 O nível de potência de curto circuito num dado ponto de uma rede
de energia elétrica é um indicador da sua capacidade de absorver
distúrbios sem se desequilibrar
Principais indicadores da
qualidade da energia
29
RSC = SSC / P é uma medida da força. A rede é forte em relação à
instalação se RSC é acima de 20 a 25 vezes e fraca para RSC abaixo
de 8 a 10 vezes.
Principais indicadores da
qualidade da energia
Figura 2 – circuito equivalente
Ssc = Usc2 / Zsc
30
 Cintilação ou “Flickers”
 São pequenas e rápidas variações de tensão, normalmente
provocadas por variações da velocidade do vento em escalas de
tempo de milisegundos a minutos, aliadas a aspectos dinâmicos
estruturais das turbinas eólicas.
Principais indicadores da
qualidade da energia
31
Coeficiente de flicker “C”
A distorção de cintilação para a operação contínua das turbinas eólicas podem
ser calculadas por:
Sk = Potência de curto-circuito da rede no ponto de acoplamento comum (PCC).
ψk: ângulo de impedância da rede no PCC
Va: velocidade do vento média anual
Sn: potência aparente do Gerador a potência Nominal
c (Ψk, va): coeficiente de cintilação
Plt: distorção cintilação
Principais indicadores da
qualidade da energia
32
 Há equações específicas para os casos de:
 Emissão de “flicker” de uma única turbina eólica durante operação de
mudança de gerador e partida da mesma
 emissão “flicker” contínua de várias turbinas eólicas
 Emissão de “flicker” de várias turbinas durante as operações de
mudança de gerador e partida das mesmas
Principais indicadores da
qualidade da energia
33
Flicker
Variações rápidas de tensão na faixa de freqüência até 35 Hz são chamados de
Flicker.
A Pst = 1 dá a curva de nível, onde a cintilação visível é um fator preocupante
para as pessoas. A freqüência mais sensível é de 8,8 Hz.
Principais indicadores da
qualidade da energia
34
Medições de flicker
Flickers avaliados e flutuação de tensão
Baseados na ICE 61000-4 - 15
• Medição da corrente no Gerador Eólico
• Para converter a variação de tensão na rede com o parâmetro padrão
• Avaliação de cintilação da flutuação de tensão calculada
Principais indicadores da
qualidade da energia
35
Medições de flicker para turbina de velocidade fixa de
500 kw
Principais indicadores da
qualidade da energia
36
Coeficiente de flicker “C”
O coeficiente c flicker dá uma medida adimensional normalizado da cintilação,
independente da situação da rede e, portanto, adequados para comparar
geradores eólicos de diferentes tamanhos e tipos.
O coeficiente c flicker determina a relação entre a potência de curto-circuito e a
potência aparente do gerador para um nível de cintilação a longo prazo de Plt
= 1.
Com a potência de curto circuito conhecida, potência nominal, o ângulo de
impedância da rede e do ângulo de fase do gerador o nível de cintilação pode
ser calculado a partir de c para um determinado ponto de acoplamento
comum:
Principais indicadores da
qualidade da energia
37
Limites de valores de flicker conforme normas IEC
Plt < 0.25 (IEC 61000-3-7)
Pst < 0.35 (IEC 61000-3-7)
Pst – Cálculo de Flicker para Tempo Curto até 10 minutos
Plt – Cálculo de Flicker para Tempo Longo = 2 horas
Principais indicadores da
qualidade da energia
38
Harmônicos
 É um fenômeno associado à distorção da onda senoidal
fundamental da rede tensões, que por sua vez, é puramente
senoidal na situação ideal.
 Josef Fourier: qualquer função periódica pode ser expressa como
uma soma de curvas senoidais com diferentes freqüências que
vão desde a freqüência fundamental - a primeira harmônica – até
os seus múltiplos inteiros, onde o inteiro designa a ordem da
harmônica.
Principais indicadores da
qualidade da energia
39
Principais indicadores da
qualidade da energia
Figura 3 - Distorção harmônica de terceira ordem
Fonte: Energie - Wind Turbine Grid Connection and Interaction
40
 Perturbações Harmônicas:
 Emitidas por vários equipamentos
 Dependendo de sua ordem: diferentes tipos de danos a diferentes
tipos de equipamentos
 Causam aumento da corrente circulante, implicando possível
superaquecimento em capacitores
 Como harmônicos com ordem três e múltiplos ímpares mais elevados
do que três estão em fase em uma rede trifásica equilibrada, não
podem se cancelar entre as fases, o que causa correntes circulantes
nos enrolamentos de transformadores conectados em delta,
novamente implicando um possível superaquecimento de
componentes do sistema.
 Harmônicos mais altos podem ainda dar origem a um aumento do
ruído nos circuitos de telefones analógicos.
Principais indicadores da
qualidade da energia
41
 Cargas mais antigas são mais propensas a gerar harmônicos, pois se
utilizam conversores de freqüência com base na tecnologia de tiristores
(chaveamento do sinal uma vez em cada meio período = gera grandes
quantidades de harmônicas de ordens menores...até N = 40)
 Atualmente: “Pulse Width Modulation” (PWM) – INVERSOR COM
MODULAÇÃO DE PULSO - executa o chaveamento do sinal muitas
vezes por ciclo - passa a produzir harmônicas a partir do ponto onde a
tecnologia antiga para (2kHz). A amplitude do sinal produzido é
pequena - facilmente suprimida por filtragem
 IEC 61000-03-06 estabelece diretrizes para níveis de compatibilização e
planejamento no que se refere a redes de média e alta tensão. Também
apresenta métodos para avaliação da contribuição de individual em
relação ao nível de distúrbio total.
Principais indicadores da
qualidade da energia
42
 Os inversores PWM geram Harmônicos de Corrente na ordem de KHz (
múltiplos de 3)
Principais indicadores da
qualidade da energia
43
Principais indicadores da
qualidade da energia
Onde, Un são as harmônicas individuais e U1 a amplitude fundamental (ou
valor RMS).
 A distorção é expressa como Distorção Harmônica Total (THD) e o
nível de compatibilidade recomendada em um sistema de média
tensão é de 8%, enquanto os níveis indicativos de planejamento
para um sistema de média tensão é de 6,5% e 3% em um sistema
de alta tensão.
 Com base nas amplitudes (ou valores RMS) dos harmônicos
presentes na tensão, a THD pode ser calculada por:
44
 Limites de harmônicos de corrente
 Alemanha
Principais indicadores da
qualidade da energia
45
 Limites de harmônicos de corrente
 Dinamarca
Principais indicadores da
qualidade da energia
46
 Limites de harmônicos
De tensão
COPEL
0,5> 12
0,512
0,510
0,58
0,56
14
22Pares
0,5> 21
0,521
0,515
1,59
53Impares
múltiplas
de 3
1> 25
1,525
1,523
1,519
217
313
3,511
57
65Impares não
múltiplas de 3
1 kV < Vn ≤ 13,8
kV
Harmônica
Distorção Harmônica Individual
de Tensão [%]
Ordem
Harmônica
613,8 kV < Vn ≤ 69 kV
81 kV ≤ Vn ≤ 13,8 kV
DISTORÇÃO HARMONICA TOTAL DE
TENSÃO (DTT) [%]
TENSÃO NOMINAL DO BARRAMENTO
47
Operações de Chaveamento
 Conexão e desconexão de equipamentos elétricos e máquinas de
indução geram:
 Perturbações na rede
 Elevados picos de torque no acionamento de uma turbina de
vento ligada diretamente a um gerador de indução.
 Neste contexto, as turbinas Eólicas classificam-se em:
 Primeiro grupo:
 utilizam-se de eletrônica de potência, para conduzir toda a potência
nominal do gerador num circuito principal.
 Controlam a corrente de entrada continuamente de zero ao valor
nominal. Geram perturbações mínimas durante a comutação
Principais indicadores da
qualidade da energia
48
 Segundo grupo:
 Conduz somente uma pequena parcela da potência nominal
eletronicamente por meio de um circuito secundário - geralmente
correspondente ao circuito do rotor de um gerador de indução.
 A tecnologia adotada pode permitir a circulação de corrente de
cinco a sete vezes a corrente nominal por menos de 100ms, onde
os picos são de até 18 vezes a corrente nominal.
Principais indicadores da
qualidade da energia
49
 Diminuição dos efeitos com a instalação de limitadores de
corrente (ou “Soft Starter”) baseados na tecnologia de tiristores:
 Limita a corrente a cerca de duas vezes a corrente nominal
do gerador.
 Tem uma capacidade limitada térmica e é curto circuitado
por um contator que pode conduzir a corrente de plena
carga quando a ligação à rede for concluída.
 Atenua os picos de torque no entreferro do gerador
associadas com os picos de corrente e, conseqüentemente,
reduz a cargas sobre a caixa de velocidades.
Principais indicadores da
qualidade da energia
50
Proteção com chaveamentos rápidos
Os geradores eólicos são desconectados do sistema, quando do
afundamento de tensão, provocados por curto circuitos ao longo da rede.
 Algumas aplicações podem exigir que as falhas na rede, não
afetem os sistemas de geração distribuída (por exemplo, onde a
qualidade da energia é essencial)
Neste caso, a comutação rápida, de estado sólido 3 fases podem
ser usados para desconexão rápida da rede. Estes dispositivos
incluem:
- Interruptores AC • baseado em SCRs back-to-back
abrindo em um ciclo da Rede – 16,67 ms
 - Chaves do tipo Estado Sólido tipo GTO ou IGCT – abertura em 2
a 3 ms.
Principais indicadores da
qualidade da energia
51
Gerador eólico durante um curto na carga sem svc
(recuperador estático de tensão)
Principais indicadores da
qualidade da energia
52
Interruptor de estado sólido
Principais indicadores da
qualidade da energia
53
 Os acessantes de geração devem adotar medidas necessárias para que
a flutuação de tensão decorrente da operação de seus equipamentos,
bem como outros efeitos dentro de suas instalações não provoque no
respectivo ponto de conexão a superação dos limites de PST (Probability
Short Time) e PLT (Probability Long Time) apresentados na Tabela XI:
FLUTUAÇÃO DE TENSÃO
54
 TERMINOLOGIA - PST (Probability Short Time) e PLT (Probability Long
Time):
FLUTUAÇÃO DE TENSÃO
55
Considerações finais
 Interfaces eletrônicas para a geração distribuída de energia estão
se aproximando de uma estrutura comum.
 Geradores de velocidade variável (turbinas eólicas e gás) estão
evoluindo para alternadores conectados diretamente,
especialmente na faixa de MW, e utilizando retificadores ativos ou
passivos (diodos).
 Fontes de energia renováveis (painéis fotovoltaicos,
aerogeradores) são mais freqüentemente utilizadas em paralelo
para atingir o nível de potência desejado.
 A integração destas fontes podem ser realizadas num link DC
como alternativa ao paralelo normal ( AC) a nível de rede. Neste
caso inversores centralizados de alta potência são utilizados como
interface com a rede.
56
Considerações finais
 A questão da variação de tensão apresentou-se de forma
polêmica, mas podemos admitir que se bem projetadas, as
turbinas eólicas não oferecem, de fato, variações de tensão em
níveis descontrolados
 A julgar pelo potencial eólico brasileiro e pelo atual nível de
domínio da tecnologia empregada em sistema eólicos, é razoável
entender que a energia eólica tem um futuro promissor no Brasil e
no mundo
FIM
Obrigado!!!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Sep 1 cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
Sep 1   cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidadeSep 1   cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
Sep 1 cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidadeEwerton Farias
 
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétricaMódulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétricarenan_correa_moura
 
Aula 1 gestao de energia e operacao de sistemas eletroenergeticos
Aula 1 gestao de energia e operacao de sistemas eletroenergeticosAula 1 gestao de energia e operacao de sistemas eletroenergeticos
Aula 1 gestao de energia e operacao de sistemas eletroenergeticosIxieto Ngonga Ixieto
 
18.ago ametista 15.00_534_celesc-d
18.ago ametista 15.00_534_celesc-d18.ago ametista 15.00_534_celesc-d
18.ago ametista 15.00_534_celesc-ditgfiles
 
Tgm transmissão de energia elétrica - parte 3
Tgm   transmissão de energia elétrica - parte 3Tgm   transmissão de energia elétrica - parte 3
Tgm transmissão de energia elétrica - parte 3Jupira Silva
 
Redes e Subestação de Energia Iª PARTE
Redes e Subestação de Energia Iª PARTERedes e Subestação de Energia Iª PARTE
Redes e Subestação de Energia Iª PARTEAdão manuel Gonga
 
Nbr 5422 nb 182 projeto de linhas aereas de transmissao de energia eletrica
Nbr 5422 nb 182   projeto de linhas aereas de transmissao de energia eletricaNbr 5422 nb 182   projeto de linhas aereas de transmissao de energia eletrica
Nbr 5422 nb 182 projeto de linhas aereas de transmissao de energia eletricaFrederico_Koch
 
ARTIGO: IMPACTO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO AFUNDAMENTO DE TENSÃO EM REDES ...
ARTIGO: IMPACTO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO AFUNDAMENTO DE TENSÃO EM REDES ...ARTIGO: IMPACTO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO AFUNDAMENTO DE TENSÃO EM REDES ...
ARTIGO: IMPACTO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO AFUNDAMENTO DE TENSÃO EM REDES ...Vera Azevedo
 
Weg energia-solar-50038865-catalogo-portugues-br
Weg energia-solar-50038865-catalogo-portugues-brWeg energia-solar-50038865-catalogo-portugues-br
Weg energia-solar-50038865-catalogo-portugues-brDaniel García
 
Ampla normas tecnicas_20131014_7382_forn. em 15_kv (1)
Ampla normas tecnicas_20131014_7382_forn. em 15_kv (1)Ampla normas tecnicas_20131014_7382_forn. em 15_kv (1)
Ampla normas tecnicas_20131014_7382_forn. em 15_kv (1)Júlia Fernandes Araujo
 
Não pague mais conta de energia elétrica!
Não pague mais conta de energia elétrica!Não pague mais conta de energia elétrica!
Não pague mais conta de energia elétrica!claudioguerhardt
 
Distorção harmônica em_redes_elétricas
Distorção harmônica em_redes_elétricasDistorção harmônica em_redes_elétricas
Distorção harmônica em_redes_elétricasMarcio Oliani
 
Harmônicas nas instalações elétricas procobre
Harmônicas nas instalações elétricas    procobreHarmônicas nas instalações elétricas    procobre
Harmônicas nas instalações elétricas procobrehsr50
 
Manual de orientação aos Consumidores - Energia reativa excedente
Manual de orientação aos Consumidores - Energia reativa excedenteManual de orientação aos Consumidores - Energia reativa excedente
Manual de orientação aos Consumidores - Energia reativa excedenteCátia Sanchez Roboredo
 
Introdução a segurança com eletricidadee
Introdução a segurança com eletricidadeeIntrodução a segurança com eletricidadee
Introdução a segurança com eletricidadeeJupira Silva
 
Atividades de manutenção e inspeção nos sistemas elétricos
Atividades de manutenção e inspeção nos sistemas elétricosAtividades de manutenção e inspeção nos sistemas elétricos
Atividades de manutenção e inspeção nos sistemas elétricosDiegoAugusto86
 

Mais procurados (20)

Sep 1 cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
Sep 1   cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidadeSep 1   cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
Sep 1 cap 2 introducao a sep -modo de compatibilidade
 
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétricaMódulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
 
Aula 1 gestao de energia e operacao de sistemas eletroenergeticos
Aula 1 gestao de energia e operacao de sistemas eletroenergeticosAula 1 gestao de energia e operacao de sistemas eletroenergeticos
Aula 1 gestao de energia e operacao de sistemas eletroenergeticos
 
18.ago ametista 15.00_534_celesc-d
18.ago ametista 15.00_534_celesc-d18.ago ametista 15.00_534_celesc-d
18.ago ametista 15.00_534_celesc-d
 
Tgm transmissão de energia elétrica - parte 3
Tgm   transmissão de energia elétrica - parte 3Tgm   transmissão de energia elétrica - parte 3
Tgm transmissão de energia elétrica - parte 3
 
Redes e Subestação de Energia Iª PARTE
Redes e Subestação de Energia Iª PARTERedes e Subestação de Energia Iª PARTE
Redes e Subestação de Energia Iª PARTE
 
Nbr 5422 nb 182 projeto de linhas aereas de transmissao de energia eletrica
Nbr 5422 nb 182   projeto de linhas aereas de transmissao de energia eletricaNbr 5422 nb 182   projeto de linhas aereas de transmissao de energia eletrica
Nbr 5422 nb 182 projeto de linhas aereas de transmissao de energia eletrica
 
ARTIGO: IMPACTO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO AFUNDAMENTO DE TENSÃO EM REDES ...
ARTIGO: IMPACTO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO AFUNDAMENTO DE TENSÃO EM REDES ...ARTIGO: IMPACTO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO AFUNDAMENTO DE TENSÃO EM REDES ...
ARTIGO: IMPACTO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO AFUNDAMENTO DE TENSÃO EM REDES ...
 
Weg energia-solar-50038865-catalogo-portugues-br
Weg energia-solar-50038865-catalogo-portugues-brWeg energia-solar-50038865-catalogo-portugues-br
Weg energia-solar-50038865-catalogo-portugues-br
 
Ampla normas tecnicas_20131014_7382_forn. em 15_kv (1)
Ampla normas tecnicas_20131014_7382_forn. em 15_kv (1)Ampla normas tecnicas_20131014_7382_forn. em 15_kv (1)
Ampla normas tecnicas_20131014_7382_forn. em 15_kv (1)
 
Padrão ampla
Padrão amplaPadrão ampla
Padrão ampla
 
Não pague mais conta de energia elétrica!
Não pague mais conta de energia elétrica!Não pague mais conta de energia elétrica!
Não pague mais conta de energia elétrica!
 
Distorção harmônica em_redes_elétricas
Distorção harmônica em_redes_elétricasDistorção harmônica em_redes_elétricas
Distorção harmônica em_redes_elétricas
 
Harmônicas nas instalações elétricas procobre
Harmônicas nas instalações elétricas    procobreHarmônicas nas instalações elétricas    procobre
Harmônicas nas instalações elétricas procobre
 
Manual de orientação aos Consumidores - Energia reativa excedente
Manual de orientação aos Consumidores - Energia reativa excedenteManual de orientação aos Consumidores - Energia reativa excedente
Manual de orientação aos Consumidores - Energia reativa excedente
 
Introdução a segurança com eletricidadee
Introdução a segurança com eletricidadeeIntrodução a segurança com eletricidadee
Introdução a segurança com eletricidadee
 
TARIFAÇÃO COELBA
TARIFAÇÃO COELBATARIFAÇÃO COELBA
TARIFAÇÃO COELBA
 
Nr 10 sep
Nr 10 sepNr 10 sep
Nr 10 sep
 
Atividades de manutenção e inspeção nos sistemas elétricos
Atividades de manutenção e inspeção nos sistemas elétricosAtividades de manutenção e inspeção nos sistemas elétricos
Atividades de manutenção e inspeção nos sistemas elétricos
 
Jornadas Isep 2010
Jornadas Isep 2010Jornadas Isep 2010
Jornadas Isep 2010
 

Destaque

Geradores e receptores
Geradores e receptoresGeradores e receptores
Geradores e receptoresfisicaatual
 
Preço da Energia, Derivativos e Gestão de Excedentes
Preço da Energia, Derivativos e Gestão de ExcedentesPreço da Energia, Derivativos e Gestão de Excedentes
Preço da Energia, Derivativos e Gestão de ExcedentesInformaGroup
 
El por qué de un grupo de energia en la UTPL
El por qué de un grupo de energia en la UTPLEl por qué de un grupo de energia en la UTPL
El por qué de un grupo de energia en la UTPLJorge Luis Jaramillo
 
Gestión de la Energía ISO 5001 (ABB) - IV Congreso Nacional de Sistemas de G...
Gestión de la Energía ISO 5001 (ABB) - IV  Congreso Nacional de Sistemas de G...Gestión de la Energía ISO 5001 (ABB) - IV  Congreso Nacional de Sistemas de G...
Gestión de la Energía ISO 5001 (ABB) - IV Congreso Nacional de Sistemas de G...Gestión de la Calidad de UTN BA
 
Consumption analysis method for optimizing reactive compensation at MV
Consumption analysis method for optimizing reactive compensation at MVConsumption analysis method for optimizing reactive compensation at MV
Consumption analysis method for optimizing reactive compensation at MVFrancesc Fornieles Castells
 
Qualidade da energia elétrica
Qualidade da energia elétricaQualidade da energia elétrica
Qualidade da energia elétricaclovisbosco
 
Webinar #1: "Sistemas de Produção Eficiente de Energia Elétrica” pela Dra Mar...
Webinar #1: "Sistemas de Produção Eficiente de Energia Elétrica” pela Dra Mar...Webinar #1: "Sistemas de Produção Eficiente de Energia Elétrica” pela Dra Mar...
Webinar #1: "Sistemas de Produção Eficiente de Energia Elétrica” pela Dra Mar...Green Campus
 
Manual de-educacao-consumo-sustentavel
Manual de-educacao-consumo-sustentavelManual de-educacao-consumo-sustentavel
Manual de-educacao-consumo-sustentavelAmigo da Horta
 
Validação de Voltímetro Via Regressão
Validação de Voltímetro Via RegressãoValidação de Voltímetro Via Regressão
Validação de Voltímetro Via RegressãoMarcos
 
O aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014
O aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014O aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014
O aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014Marcos
 
Discussão do artigo "GROHNHEIT, P. E. Annual Models for Electricity Capacity ...
Discussão do artigo "GROHNHEIT, P. E. Annual Models for Electricity Capacity ...Discussão do artigo "GROHNHEIT, P. E. Annual Models for Electricity Capacity ...
Discussão do artigo "GROHNHEIT, P. E. Annual Models for Electricity Capacity ...Marcos
 
Resenha do Primeiro Relatório de Avaliação Nacional Volume 3. Mitigação à Mud...
Resenha do Primeiro Relatório de Avaliação Nacional Volume 3. Mitigação à Mud...Resenha do Primeiro Relatório de Avaliação Nacional Volume 3. Mitigação à Mud...
Resenha do Primeiro Relatório de Avaliação Nacional Volume 3. Mitigação à Mud...Marcos
 
Aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014 apresentação
Aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014 apresentaçãoAproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014 apresentação
Aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014 apresentaçãoMarcos
 
MODELAGEM PARA OTIMIZAÇÃO DE FLUXO DE ENERGIA
MODELAGEM PARA OTIMIZAÇÃO DE FLUXO DE ENERGIAMODELAGEM PARA OTIMIZAÇÃO DE FLUXO DE ENERGIA
MODELAGEM PARA OTIMIZAÇÃO DE FLUXO DE ENERGIAMarcos
 
Smart Grid no Brasil: Até quando esperar?
Smart Grid no Brasil: Até  quando esperar?Smart Grid no Brasil: Até  quando esperar?
Smart Grid no Brasil: Até quando esperar?Marcos
 

Destaque (19)

Geradores E Receptores
Geradores E ReceptoresGeradores E Receptores
Geradores E Receptores
 
Geradores e receptores
Geradores e receptoresGeradores e receptores
Geradores e receptores
 
Slideshare
SlideshareSlideshare
Slideshare
 
Preço da Energia, Derivativos e Gestão de Excedentes
Preço da Energia, Derivativos e Gestão de ExcedentesPreço da Energia, Derivativos e Gestão de Excedentes
Preço da Energia, Derivativos e Gestão de Excedentes
 
El por qué de un grupo de energia en la UTPL
El por qué de un grupo de energia en la UTPLEl por qué de un grupo de energia en la UTPL
El por qué de un grupo de energia en la UTPL
 
Gestión de la Energía ISO 5001 (ABB) - IV Congreso Nacional de Sistemas de G...
Gestión de la Energía ISO 5001 (ABB) - IV  Congreso Nacional de Sistemas de G...Gestión de la Energía ISO 5001 (ABB) - IV  Congreso Nacional de Sistemas de G...
Gestión de la Energía ISO 5001 (ABB) - IV Congreso Nacional de Sistemas de G...
 
Consumption analysis method for optimizing reactive compensation at MV
Consumption analysis method for optimizing reactive compensation at MVConsumption analysis method for optimizing reactive compensation at MV
Consumption analysis method for optimizing reactive compensation at MV
 
As novas tecnologias e arquiteturas de mercado e o futuro do ACL - 7º Encontr...
As novas tecnologias e arquiteturas de mercado e o futuro do ACL - 7º Encontr...As novas tecnologias e arquiteturas de mercado e o futuro do ACL - 7º Encontr...
As novas tecnologias e arquiteturas de mercado e o futuro do ACL - 7º Encontr...
 
Qualidade da energia elétrica
Qualidade da energia elétricaQualidade da energia elétrica
Qualidade da energia elétrica
 
Paquimetro
PaquimetroPaquimetro
Paquimetro
 
Webinar #1: "Sistemas de Produção Eficiente de Energia Elétrica” pela Dra Mar...
Webinar #1: "Sistemas de Produção Eficiente de Energia Elétrica” pela Dra Mar...Webinar #1: "Sistemas de Produção Eficiente de Energia Elétrica” pela Dra Mar...
Webinar #1: "Sistemas de Produção Eficiente de Energia Elétrica” pela Dra Mar...
 
Manual de-educacao-consumo-sustentavel
Manual de-educacao-consumo-sustentavelManual de-educacao-consumo-sustentavel
Manual de-educacao-consumo-sustentavel
 
Validação de Voltímetro Via Regressão
Validação de Voltímetro Via RegressãoValidação de Voltímetro Via Regressão
Validação de Voltímetro Via Regressão
 
O aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014
O aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014O aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014
O aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014
 
Discussão do artigo "GROHNHEIT, P. E. Annual Models for Electricity Capacity ...
Discussão do artigo "GROHNHEIT, P. E. Annual Models for Electricity Capacity ...Discussão do artigo "GROHNHEIT, P. E. Annual Models for Electricity Capacity ...
Discussão do artigo "GROHNHEIT, P. E. Annual Models for Electricity Capacity ...
 
Resenha do Primeiro Relatório de Avaliação Nacional Volume 3. Mitigação à Mud...
Resenha do Primeiro Relatório de Avaliação Nacional Volume 3. Mitigação à Mud...Resenha do Primeiro Relatório de Avaliação Nacional Volume 3. Mitigação à Mud...
Resenha do Primeiro Relatório de Avaliação Nacional Volume 3. Mitigação à Mud...
 
Aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014 apresentação
Aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014 apresentaçãoAproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014 apresentação
Aproveitamento de calor residual nos estádios da copa 2014 apresentação
 
MODELAGEM PARA OTIMIZAÇÃO DE FLUXO DE ENERGIA
MODELAGEM PARA OTIMIZAÇÃO DE FLUXO DE ENERGIAMODELAGEM PARA OTIMIZAÇÃO DE FLUXO DE ENERGIA
MODELAGEM PARA OTIMIZAÇÃO DE FLUXO DE ENERGIA
 
Smart Grid no Brasil: Até quando esperar?
Smart Grid no Brasil: Até  quando esperar?Smart Grid no Brasil: Até  quando esperar?
Smart Grid no Brasil: Até quando esperar?
 

Semelhante a Impacto de sistemas eólicos na qualidade de energia

18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpe18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpeitgfiles
 
18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpe18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpeitgfiles
 
18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpe18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpeitgfiles
 
Sistema veicular geracao_acumulacao_distribuicao_parte2
Sistema veicular geracao_acumulacao_distribuicao_parte2Sistema veicular geracao_acumulacao_distribuicao_parte2
Sistema veicular geracao_acumulacao_distribuicao_parte2Lauro Vilhena
 
Geração, transmissão e distribuição de energia
Geração, transmissão e distribuição de energiaGeração, transmissão e distribuição de energia
Geração, transmissão e distribuição de energiaDiegoAugusto86
 
1.1.c) A partir dos itens anteriores, qual o valor médio da potência na chave...
1.1.c) A partir dos itens anteriores, qual o valor médio da potência na chave...1.1.c) A partir dos itens anteriores, qual o valor médio da potência na chave...
1.1.c) A partir dos itens anteriores, qual o valor médio da potência na chave...AzulAssessoriaAcadmi7
 

Semelhante a Impacto de sistemas eólicos na qualidade de energia (7)

18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpe18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpe
 
18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpe18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpe
 
18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpe18.ago ametista 12.00_186_celpe
18.ago ametista 12.00_186_celpe
 
Sistema veicular geracao_acumulacao_distribuicao_parte2
Sistema veicular geracao_acumulacao_distribuicao_parte2Sistema veicular geracao_acumulacao_distribuicao_parte2
Sistema veicular geracao_acumulacao_distribuicao_parte2
 
Ups funcionamento lard 8 k6kbb-r2_pt
Ups funcionamento  lard 8 k6kbb-r2_ptUps funcionamento  lard 8 k6kbb-r2_pt
Ups funcionamento lard 8 k6kbb-r2_pt
 
Geração, transmissão e distribuição de energia
Geração, transmissão e distribuição de energiaGeração, transmissão e distribuição de energia
Geração, transmissão e distribuição de energia
 
1.1.c) A partir dos itens anteriores, qual o valor médio da potência na chave...
1.1.c) A partir dos itens anteriores, qual o valor médio da potência na chave...1.1.c) A partir dos itens anteriores, qual o valor médio da potência na chave...
1.1.c) A partir dos itens anteriores, qual o valor médio da potência na chave...
 

Impacto de sistemas eólicos na qualidade de energia

  • 1. Eloi Rufato Junior Marcos José Rodrigues dos Santos IMPACTO DE SISTEMAS EÓLICOS NA QUALIDADE DE ENERGIA Estudo complementar realizado no âmbito da disciplina de pós graduação Desempenho de Linhas Aéreas Frente a Descargas Atmosféricas – USP/IEE Coordenador: Prof. Dr. Alexandre Piantini maio/2011
  • 2. 2 Tópicos tratados  Evolução da capacidade de geração eólica instalada no mundo  Algumas peculiaridades da geração eólica  Qualidade da Energia – principais indicadores  Potência reativa  Variação de tensão  Nível de potência de curto circuito  Cintilação ou “flikers”  Harmônicas  Operações de chaveamento  Considerações finais
  • 3. Relatório da Nona Conferência Mundial de Energia Eólica (2009) Evolução da capacidade instalada entre 2001 e 2009 3 Evolução da capacidade de geração eólica instalada no mundo 24 31 39 47 59 74 93 120 159 203 1900 (2020)
  • 4. 4 Evolução da capacidade de geração eólica instalada no mundo Liderança mundial em capacidade instalada:  EUA: 22%  China: 16,3%.  EUA, China, Alemanha, Espanha e Índia: 72,9%.  Energia eólica:  Resp. por apenas 2% da demanda mundial de Eletricidade.  Países com Indicadores de demanda mais relevantes:  Dinamarca: 20%  Portugal: 15%  Espanha: 14%  Alemanha: 9%
  • 5. 5  Potência instalada na América Latina (2006 a 2009):  Maior crescimento do mundo(113%)  Alcançou 1406 Megawatt  Desenvolvimento se deve principalmente ao Brasil (aumento de 78,5%, total de 600 Megawatts) e México (372,9%, 402 Megawatt)  Potencial eólico brasileiro: ordem de 272 TWh/ano de energia elétrica = 64% do consumo nacional de energia elétrica = 424 TWh/ano (fonte: Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, n. 1, 1304 (2008). Evolução da capacidade de geração eólica instalada no mundo
  • 6. 6 Evolução da capacidade de geração eólica instalada no mundo Figura 3 – Oferta Interna de energia Elétrica por fonte – 2009 Fonte: Balanço Energético Nacional 2010 (ano base 2009)
  • 7. 7  Mar:  Instalado: 1,2%  Crescimento de 30% em 2009, com destaque para a Dinamarca, Alemanha, Inglaterra, Suécia e China. Evolução da capacidade de geração eólica instalada no mundo
  • 8. 8  Em quatro anos, o setor de energia eólica mais do que duplicou o número de empregado (diretos e indiretos) em todo o mundo. Passou de 235.000 no ano de 2005 a 550.000 em 2009. Espera-se 1minhão de empregados e 2012  Futuro: está sendo prevista a fabricação de turbinas de 10 MW, bem maiores do que as turbinas de 2,5 – 3 MW fabricadas atualmente. Essas turbinas, têm hélices com até 245 metros de diâmetro e devem ser colocadas em mar aberto pelos EUA, Noruega e Inglaterra Evolução da capacidade de geração eólica instalada no mundo
  • 9. 9 Algumas peculiaridades da geração eólica  Dimensões reduzidas - caso das turbinas de vento individuais -(WT)  São ligadas a redes de distribuição de baixa ou média tensão ao invés de redes de transmissão de alta tensão - implica especial atenção: fluxos de energia e com a proteção do sistema  Natureza variável do vento  Adequados cuidados no projeto, associados à tecnologia atualmente utilizada permitem que sejam enfrentados poucos problemas
  • 10. 10 Algumas peculiaridades daa geração eólica  Tipo de gerador elétrico  Inicialmente: geradores síncronos  Atualmente: geradores de indução* (*) Considerando-se a evolução da eletrônica de potência (ex: PWM - Pulse Width Modulation)
  • 11. 11 TIPOS DE GERAÇÃO EÓLICA Utilizados desde os anos 80 Baseado no gerador de indução de gaiola, diretamente ligado à rede Sua velocidade só pode variar 1% ou 2% Fabricante: Suzion, Nordex, Siemens, Ecotecnia Mercado Europeu: 30% Introduzido e utilizado pela Vestas nos anos 80 e 90 Baseado no gerador de indução com rotor bobinado, estator conectado diretamente à rede e resistência do rotor controlada por conversor de energia Sua velocidade só pode variar 10% durante rajadas de vento para maior qualidade de energia e redução do estresse da caixa de engrenagens Controle Pich das pás Fabricante: Vestas (V27, V34, V47) Mercado Europeu: 10%
  • 12. TIPOS DE GERAÇÃO EÓLICA Baseado no gerador de indução de rotor bobinado. O estator é ligado diretamente à rede. O rotor é ligado à rede atráves de um conversor de tensão back-to-back para controlar o sistema de excitação. Controle de potência ativa e reativa, controle ativo de tensão. A alimentação através de conversor é de aprox. 40% do total. Velocidade pode variar: ± 40% da velocidade síncrona Fabricante: GE, Repower, Vestas, Nordex, Gamesa, Ecotecnia, Suzion. Mercado Europeu: 30% Geradores síncronos com base no rotor bobinado e um gerador de indução tipo gaiola. Completamente dissociado da rede, com amplo controle de potência reativa e tensão. Tecnologia de conversores variáveis de pontes duplas SCR (conversores de fonte de corrente) para os tipos mais antigos - anos 90. Para modernos: conversores de fonte de tensão de alta potência (> 2MW). Fabricante: ABB, Enercon, MG, GE, Winwind, Siemens, Made, Leitner, Areva, outros. Mercado Europeu: 15% 12
  • 13. TIPOS DE GERAÇÃO EÓLICA Turbinas tipo D 13
  • 14. TIPOS DE GERAÇÃO EÓLICA Turbinas tipo D 14
  • 15. TIPOS DE GERAÇÃO EÓLICA Turbinas tipo D 15
  • 16. 16 Principais indicadores da qualidade da energia Qualidade de energia de turbinas eólicas O termo qualidade de energia de uma turbina eólica (WT) descreve o desempenho elétrico da turbina no sistema de geração de eletricidade. É o reflexo das interferências da geração na rede e, assim, a influência de um gerador eólico sobre a qualidade da tensão da rede
  • 17. 17 Principais indicadores da qualidade da energia Parâmetros de qualidade  Potência Reativa  Tensão no estado estacionário  Flicker ( até 35 Hz)  Harmônicos  Operações de Chaveamentos
  • 18. 18 INTERFERÊNCIAS NA REDE CAUSADAS POR TURBINAS EÓLICAS OPERAÇÕES DE CHAVEAMENTOPICOS E AFUNDAMENTOS DE TENSÃO COMPONENTES INDUTIVAS OU GERADORES SINCRONOS CONSUMO DE POTÊNCIA REATIVA CONTROLES TIRISTORIZADOS INVERSOR DE FREQUÊNCIA HARMÔNICOS FLUTUAÇÕES NA VELOCIDADE DO VENTO FLUTUAÇÕES NA VELOCIDADE DO VENTO CISALHAMENTO DO VENTO ERRO DE GUINADA ERRO DE PASSO DE PÁ EFEITOS DE SOMBRA DE TORRES OPERAÇÕES DE CHAVEAMENTO FLUTUAÇÃO DE TENSÃO E FLICKER PRODUÇÃO DE ENERGIAAUMENTO DE TENSÃO CAUSASPARÂMETROS
  • 19. 19 Principais indicadores da qualidade da energia Potência Reativa  Tipos de geradores  Geradores de indução consomem energia reativa (60% em plena carga)  Geradores síncronos consomem energia reativa (sub excitados)  Geradores síncronos produzem energia reativa (super excitados)
  • 20. 20  Perda associadas à potência reativa  A corrente associada ao fluxo de potência reativa é perpendicular (ou defasado de 90 graus) à corrente associada à potência ativa  Devido a esta perpendicularidade, a corrente total resultante é a raiz da soma ao quadrado das duas correntes  As perdas no sistema são proporcionais ao quadrado da corrente total.  Corrente reativa deve ser minimizada, pois contribui tanto para as perdas do sistema como a corrente ativa.  Corrente reativa também provoca queda de tensão no sistema Principais indicadores da qualidade da energia
  • 21. 21 Turbinas eólicas de velocidade fixa com geradores de indução acoplado direto: A demanda de potência reativa do gerador assíncrono é parcialmente compensada pelos bancos de capacitores. Assim, o fator de potência da turbina eólica, que é a relação entre potência ativa e aparente, é, em geral na faixa acima de 0,96. Turbinas eólicas de velocidade variável com inversor com largura de pulso modulada (PWM): Para turbinas eólicas com inversor com largura de pulso modulada a potência reativa pode ser controlado pelo inversor. Assim, as turbinas eólicas podem ter fator de potência de 1,00. Mas esses sistemas inversor também tem a possibilidade de controle de tensão, controlando a potência reativa (geração ou consumo de potência reativa) Principais indicadores da qualidade da energia
  • 22. 22 Consumo de Potência Reativa – gerador velocidade fixa
  • 23. 23 Tensão em regime permanente Em muitos dos casos, o aumento da tensão no estado permanente ou queda é o principal problema para a ligação à rede • Em redes fracas uma grande queda de tensão em Regime Permanente é causada por: Linhas aéreas longas - demanda de potência reativa dos consumidores - demanda de potência reativa de turbinas eólicas • Método de cálculo - cálculo do fluxo de complexos de carga (melhor solução) - De uma forma simplificada: Principais indicadores da qualidade da energia
  • 24. 24  Para minimizar as perdas:  instalação de capacitores próximos à carga indutiva, se for o caso  Compensação da turbinas de modo que trabalhe dentro dos limites de fator de potência entre as condições de marcha lenta e plena carga.  Controle da energia produzida por meio de inversores de largura de pulso modulada (PWM) Principais indicadores da qualidade da energia
  • 25. 25  Variação de Tensão  Causada por flutuações de cargas e/ou de produção de energia  É a causa mais comum de reclamações sobre a qualidade da tensão.  Sob o ponto de vista da produção – “vilão”: são as variações cíclicas diárias do vento  OBS: A caracterização do potencial eólico permite conhecer as variações lentas da tensão e averiguar a eventual necessidade ações corretivas. Principais indicadores da qualidade da energia
  • 26. 26  Sob o ponto de vista da carga, grandes distúrbios podem ser causados por aparelhos de fusão, máquinas de solda a arco e partida de grandes motores.  Em sistemas bem projetados, lentas variações de tensão entre - 10% e +6% do valor nominal (em degraus de 3%) são freqüentes (ocorrem algumas vezes por dia) e não são preocupantes, apesar de visíveis a olho nu. Principais indicadores da qualidade da energia
  • 27. 27  Diante de tensão fora dos padrões convém:  Instalação de transformadores com regulação em carga  Instalação de bancos de capacitores variáveis e controláveis  Reajuste dos TAPs dos transformadores instalados  Ajuste da potência reativa fornecida localmente  Reforço da rede elétrica  Desligamento da central eólica (último caso) Principais indicadores da qualidade da energia
  • 28. 28  Nível de Potência de Curto Circuito  O nível de potência de curto circuito num dado ponto de uma rede de energia elétrica é um indicador da sua capacidade de absorver distúrbios sem se desequilibrar Principais indicadores da qualidade da energia
  • 29. 29 RSC = SSC / P é uma medida da força. A rede é forte em relação à instalação se RSC é acima de 20 a 25 vezes e fraca para RSC abaixo de 8 a 10 vezes. Principais indicadores da qualidade da energia Figura 2 – circuito equivalente Ssc = Usc2 / Zsc
  • 30. 30  Cintilação ou “Flickers”  São pequenas e rápidas variações de tensão, normalmente provocadas por variações da velocidade do vento em escalas de tempo de milisegundos a minutos, aliadas a aspectos dinâmicos estruturais das turbinas eólicas. Principais indicadores da qualidade da energia
  • 31. 31 Coeficiente de flicker “C” A distorção de cintilação para a operação contínua das turbinas eólicas podem ser calculadas por: Sk = Potência de curto-circuito da rede no ponto de acoplamento comum (PCC). ψk: ângulo de impedância da rede no PCC Va: velocidade do vento média anual Sn: potência aparente do Gerador a potência Nominal c (Ψk, va): coeficiente de cintilação Plt: distorção cintilação Principais indicadores da qualidade da energia
  • 32. 32  Há equações específicas para os casos de:  Emissão de “flicker” de uma única turbina eólica durante operação de mudança de gerador e partida da mesma  emissão “flicker” contínua de várias turbinas eólicas  Emissão de “flicker” de várias turbinas durante as operações de mudança de gerador e partida das mesmas Principais indicadores da qualidade da energia
  • 33. 33 Flicker Variações rápidas de tensão na faixa de freqüência até 35 Hz são chamados de Flicker. A Pst = 1 dá a curva de nível, onde a cintilação visível é um fator preocupante para as pessoas. A freqüência mais sensível é de 8,8 Hz. Principais indicadores da qualidade da energia
  • 34. 34 Medições de flicker Flickers avaliados e flutuação de tensão Baseados na ICE 61000-4 - 15 • Medição da corrente no Gerador Eólico • Para converter a variação de tensão na rede com o parâmetro padrão • Avaliação de cintilação da flutuação de tensão calculada Principais indicadores da qualidade da energia
  • 35. 35 Medições de flicker para turbina de velocidade fixa de 500 kw Principais indicadores da qualidade da energia
  • 36. 36 Coeficiente de flicker “C” O coeficiente c flicker dá uma medida adimensional normalizado da cintilação, independente da situação da rede e, portanto, adequados para comparar geradores eólicos de diferentes tamanhos e tipos. O coeficiente c flicker determina a relação entre a potência de curto-circuito e a potência aparente do gerador para um nível de cintilação a longo prazo de Plt = 1. Com a potência de curto circuito conhecida, potência nominal, o ângulo de impedância da rede e do ângulo de fase do gerador o nível de cintilação pode ser calculado a partir de c para um determinado ponto de acoplamento comum: Principais indicadores da qualidade da energia
  • 37. 37 Limites de valores de flicker conforme normas IEC Plt < 0.25 (IEC 61000-3-7) Pst < 0.35 (IEC 61000-3-7) Pst – Cálculo de Flicker para Tempo Curto até 10 minutos Plt – Cálculo de Flicker para Tempo Longo = 2 horas Principais indicadores da qualidade da energia
  • 38. 38 Harmônicos  É um fenômeno associado à distorção da onda senoidal fundamental da rede tensões, que por sua vez, é puramente senoidal na situação ideal.  Josef Fourier: qualquer função periódica pode ser expressa como uma soma de curvas senoidais com diferentes freqüências que vão desde a freqüência fundamental - a primeira harmônica – até os seus múltiplos inteiros, onde o inteiro designa a ordem da harmônica. Principais indicadores da qualidade da energia
  • 39. 39 Principais indicadores da qualidade da energia Figura 3 - Distorção harmônica de terceira ordem Fonte: Energie - Wind Turbine Grid Connection and Interaction
  • 40. 40  Perturbações Harmônicas:  Emitidas por vários equipamentos  Dependendo de sua ordem: diferentes tipos de danos a diferentes tipos de equipamentos  Causam aumento da corrente circulante, implicando possível superaquecimento em capacitores  Como harmônicos com ordem três e múltiplos ímpares mais elevados do que três estão em fase em uma rede trifásica equilibrada, não podem se cancelar entre as fases, o que causa correntes circulantes nos enrolamentos de transformadores conectados em delta, novamente implicando um possível superaquecimento de componentes do sistema.  Harmônicos mais altos podem ainda dar origem a um aumento do ruído nos circuitos de telefones analógicos. Principais indicadores da qualidade da energia
  • 41. 41  Cargas mais antigas são mais propensas a gerar harmônicos, pois se utilizam conversores de freqüência com base na tecnologia de tiristores (chaveamento do sinal uma vez em cada meio período = gera grandes quantidades de harmônicas de ordens menores...até N = 40)  Atualmente: “Pulse Width Modulation” (PWM) – INVERSOR COM MODULAÇÃO DE PULSO - executa o chaveamento do sinal muitas vezes por ciclo - passa a produzir harmônicas a partir do ponto onde a tecnologia antiga para (2kHz). A amplitude do sinal produzido é pequena - facilmente suprimida por filtragem  IEC 61000-03-06 estabelece diretrizes para níveis de compatibilização e planejamento no que se refere a redes de média e alta tensão. Também apresenta métodos para avaliação da contribuição de individual em relação ao nível de distúrbio total. Principais indicadores da qualidade da energia
  • 42. 42  Os inversores PWM geram Harmônicos de Corrente na ordem de KHz ( múltiplos de 3) Principais indicadores da qualidade da energia
  • 43. 43 Principais indicadores da qualidade da energia Onde, Un são as harmônicas individuais e U1 a amplitude fundamental (ou valor RMS).  A distorção é expressa como Distorção Harmônica Total (THD) e o nível de compatibilidade recomendada em um sistema de média tensão é de 8%, enquanto os níveis indicativos de planejamento para um sistema de média tensão é de 6,5% e 3% em um sistema de alta tensão.  Com base nas amplitudes (ou valores RMS) dos harmônicos presentes na tensão, a THD pode ser calculada por:
  • 44. 44  Limites de harmônicos de corrente  Alemanha Principais indicadores da qualidade da energia
  • 45. 45  Limites de harmônicos de corrente  Dinamarca Principais indicadores da qualidade da energia
  • 46. 46  Limites de harmônicos De tensão COPEL 0,5> 12 0,512 0,510 0,58 0,56 14 22Pares 0,5> 21 0,521 0,515 1,59 53Impares múltiplas de 3 1> 25 1,525 1,523 1,519 217 313 3,511 57 65Impares não múltiplas de 3 1 kV < Vn ≤ 13,8 kV Harmônica Distorção Harmônica Individual de Tensão [%] Ordem Harmônica 613,8 kV < Vn ≤ 69 kV 81 kV ≤ Vn ≤ 13,8 kV DISTORÇÃO HARMONICA TOTAL DE TENSÃO (DTT) [%] TENSÃO NOMINAL DO BARRAMENTO
  • 47. 47 Operações de Chaveamento  Conexão e desconexão de equipamentos elétricos e máquinas de indução geram:  Perturbações na rede  Elevados picos de torque no acionamento de uma turbina de vento ligada diretamente a um gerador de indução.  Neste contexto, as turbinas Eólicas classificam-se em:  Primeiro grupo:  utilizam-se de eletrônica de potência, para conduzir toda a potência nominal do gerador num circuito principal.  Controlam a corrente de entrada continuamente de zero ao valor nominal. Geram perturbações mínimas durante a comutação Principais indicadores da qualidade da energia
  • 48. 48  Segundo grupo:  Conduz somente uma pequena parcela da potência nominal eletronicamente por meio de um circuito secundário - geralmente correspondente ao circuito do rotor de um gerador de indução.  A tecnologia adotada pode permitir a circulação de corrente de cinco a sete vezes a corrente nominal por menos de 100ms, onde os picos são de até 18 vezes a corrente nominal. Principais indicadores da qualidade da energia
  • 49. 49  Diminuição dos efeitos com a instalação de limitadores de corrente (ou “Soft Starter”) baseados na tecnologia de tiristores:  Limita a corrente a cerca de duas vezes a corrente nominal do gerador.  Tem uma capacidade limitada térmica e é curto circuitado por um contator que pode conduzir a corrente de plena carga quando a ligação à rede for concluída.  Atenua os picos de torque no entreferro do gerador associadas com os picos de corrente e, conseqüentemente, reduz a cargas sobre a caixa de velocidades. Principais indicadores da qualidade da energia
  • 50. 50 Proteção com chaveamentos rápidos Os geradores eólicos são desconectados do sistema, quando do afundamento de tensão, provocados por curto circuitos ao longo da rede.  Algumas aplicações podem exigir que as falhas na rede, não afetem os sistemas de geração distribuída (por exemplo, onde a qualidade da energia é essencial) Neste caso, a comutação rápida, de estado sólido 3 fases podem ser usados para desconexão rápida da rede. Estes dispositivos incluem: - Interruptores AC • baseado em SCRs back-to-back abrindo em um ciclo da Rede – 16,67 ms  - Chaves do tipo Estado Sólido tipo GTO ou IGCT – abertura em 2 a 3 ms. Principais indicadores da qualidade da energia
  • 51. 51 Gerador eólico durante um curto na carga sem svc (recuperador estático de tensão) Principais indicadores da qualidade da energia
  • 52. 52 Interruptor de estado sólido Principais indicadores da qualidade da energia
  • 53. 53  Os acessantes de geração devem adotar medidas necessárias para que a flutuação de tensão decorrente da operação de seus equipamentos, bem como outros efeitos dentro de suas instalações não provoque no respectivo ponto de conexão a superação dos limites de PST (Probability Short Time) e PLT (Probability Long Time) apresentados na Tabela XI: FLUTUAÇÃO DE TENSÃO
  • 54. 54  TERMINOLOGIA - PST (Probability Short Time) e PLT (Probability Long Time): FLUTUAÇÃO DE TENSÃO
  • 55. 55 Considerações finais  Interfaces eletrônicas para a geração distribuída de energia estão se aproximando de uma estrutura comum.  Geradores de velocidade variável (turbinas eólicas e gás) estão evoluindo para alternadores conectados diretamente, especialmente na faixa de MW, e utilizando retificadores ativos ou passivos (diodos).  Fontes de energia renováveis (painéis fotovoltaicos, aerogeradores) são mais freqüentemente utilizadas em paralelo para atingir o nível de potência desejado.  A integração destas fontes podem ser realizadas num link DC como alternativa ao paralelo normal ( AC) a nível de rede. Neste caso inversores centralizados de alta potência são utilizados como interface com a rede.
  • 56. 56 Considerações finais  A questão da variação de tensão apresentou-se de forma polêmica, mas podemos admitir que se bem projetadas, as turbinas eólicas não oferecem, de fato, variações de tensão em níveis descontrolados  A julgar pelo potencial eólico brasileiro e pelo atual nível de domínio da tecnologia empregada em sistema eólicos, é razoável entender que a energia eólica tem um futuro promissor no Brasil e no mundo