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APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 1
Revisão teórica
Índice
Cargas de alimentação sensíveis .....................................2
Tipos de perturbações eléctricas..........................................................2
Principais perturbações na energia eléctrica de baixa tensão..............3
UPS...................................................................................4
A solução UPS .....................................................................................4
Aplicações UPS....................................................................................5
Tipos de UPS....................................................................7
UPS estáticas ou rotativas ...................................................................7
Tipos de UPS estáticas ........................................................................9
Componentes de UPS e funcionamento...........................16
Componentes de uma UPS..................................................................16
Principais características dos componentes de UPS ...........................19
Diagrama de resumo das características principais.............................24
Modos de funcionamento da UPS........................................................25
Configurações da UPS.........................................................................26
Tecnologia ........................................................................28
UPS sem transformador.......................................................................28
Compatibilidade electromagnética (CEM).........................34
Perturbações electromagnéticas..........................................................34
Normas de CEM e recomendações ....................................................35
Normas relativas a UPS....................................................36
Âmbito e cumprimento das normas......................................................36
Normas principais relativas a UPS.......................................................36
Armazenamento de energia..............................................39
Tecnologias possíveis ..........................................................................39
Baterias ................................................................................................39
Volantes ...............................................................................................43
Combinação de UPS/gerador ...........................................46
Utilização de um gerador .....................................................................46
Combinação de UPS/gerador...............................................................46
Condições transitórias da carga........................................48
Revisão de correntes de irrupção.........................................................48
Harmónicas.......................................................................49
Harmónicas ..........................................................................................49
Valores característicos de harmónicas.................................................51
Cargas não lineares e tecnologia PWM (gerador de impulsos
modulados) .......................................................................54
Desempenho de carga não linear de UPS com tecnologia PWM ........54
Comparação de fontes diferentes ........................................................57
Corte de frequência livre ......................................................................58
Rectificador de PFC..........................................................60
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 2
Alimentação de cargas sensíveis
Os sistemas de distribuição de energia, tanto públicos como privados, em teoria
fornecem aos equipamentos eléctricos uma tensão sinusoidal de amplitude e
frequência fixas (por exemplo, 400 volts rms, 50 Hz, em sistemas de baixa tensão.
No entanto, em condições reais, as redes de distribuição de energia eléctrica
públicas indicam que o nível de flutuação se situa entre os valores nominais. A
norma EN 50160 define as flutuações normais na tensão de alimentação de baixa
tensão nos sistemas de distribuição europeus da seguinte forma:
• Tensão +10% a -15% (rms (valor eficaz) médio a intervalos de 10 minutos),
da qual 95% têm de estar no intervalo +10% por semana.
• Frequência +4 a 6% ao longo de um ano com ±1% para 99,5% do tempo (ligações
síncronas num sistema interligado).
Na prática, contudo, além das flutuações indicadas, a tensão sinusoidal é sempre
distorcida até certo nível pelas várias perturbações que ocorrem no sistema.
 Consulte a Nota de Aplicação NA 18 “Os Sete Tipos de Problemas de Potência”
Origens das perturbações
Energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública
A energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública pode sofrer
perturbações, ou até cortes, devido aos fenómenos seguintes:
• Fenómenos atmosféricos que afectem as linhas aéreas ou os cabos subterrâneos
- raios que podem provocar uma sobretensão súbita no sistema,
- o gelo que se pode acumular nas linhas aéreas e fazer com que estas sejam
cortadas,
• Acidentes:
- um ramo cair sobre uma linha, o que pode provocar um curto-circuito ou o corte de
uma linha,
- o corte de um cabo, por exemplo durante a escavação de valas ou outros trabalhos
de construção,
- uma falha na rede de distribuição de energia eléctrica pública
• Desequilíbrio entre fases
• A ligação de dispositivos de protecção ou de controlo ao sistema público de
distribuição de energia eléctrica, para fins de rejeição de carga ou de manutenção.
Equipamento do utilizador
Alguns equipamentos podem provocar perturbações no sistema de distribuição de
energia eléctrica público, por exemplo:
• Equipamento industrial:
- motores, que podem provocar quedas de tensão devido a correntes de irrupção no
arranque,
- equipamento como fornos de arco e máquinas de soldagem, que podem provocar
quedas de tensão e interferências de frequência muito alta,
• Equipamento electrónico de potência (fontes de alimentação com modo de
comutação, unidades de velocidade variável, balastros electrónicos, etc.), que
provocam frequentemente harmónicas,
• Instalações de edifícios, como elevadores, que provocam correntes de irrupção ou
lâmpadas fluorescentes que provocam harmónicas.
Tipos de perturbações
As perturbações devidas às causas acima são resumidas na tabela seguinte, de
acordo com as definições contidas nas normas EN 50160 e ANSI 1100-1992.
Consulte
WP 18 
Tipos de perturbações
eléctricas
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 3
Alimentação de cargas sensíveis (Cont.)
Perturbações Características Causas principal Consequências principais
Falhas de energia
Micro-falhas Ausência total de tensão ≤ 10 min Condições atmosféricas,
comutação, falhas, intervenções
na rede.
Funcionamento com falhas e
perda de dados (sistemas
informáticos) ou produção
interrompida (processos
contínuos).
Falhas Ausência total de tensão por mais
do que um período.
- breve falha de energia: ≤ 3
minutos
(70% das falhas duram menos de
1 s)
- falha prolongada: > 3 minutos
Condições atmosféricas,
comutação, falhas, acidentes,
cortes de linhas, intervenções na
rede de distribuição.
Dependendo da duração,
inoperatividade das máquinas e
riscos para as pessoas (por
exemplo, elevadores), perda de
dados (sistemas informáticos) ou
produção interrompida (processos
contínuos).
Variações de tensão
Quebras de tensão Redução no valor da tensão rms
para menos de 90% do valor
nominal (mas superior a 0%), com
regresso a um valor superior a
90% num intervalo de 10 min a 1
minuto.
Fenómenos atmosféricos,
flutuações de carga, curto-circuito
num circuito vizinho.
Inoperatividade de máquinas,
anomalias, danos no equipamento
e perda de dados.
Sobretensão Aumento temporário para mais do
que 10% da tensão nominal, por
um período de 10 min a alguns
segundos.
- Qualidade dos geradores
utilitários e dos sistemas de
transmissão.
- Interacção entre geradores e
flutuações de carga no sistema de
potência utilitário.
- Ligar o sistema de potência utilitário.
- Interrupção de cargas de alta
potência (por exemplo, motores,
baterias de condensadores).
- Para sistemas informáticos:
Corrupção dos dados, erros de
processamento, encerramento do
sistema, tensão sobre
componentes.
- Aumento de temperatura e
envelhecimento prematuro do
equipamento.
Subtensão Queda de tensão com a duração
de alguns minutos a dias.
Pico de consumo, quando o
utilitário não consegue satisfazer a
necessidade e tem de reduzir a
sua tensão para limitar a potência.
Encerramento de sistemas
informáticos.
Corrupção ou perda de dados.
Aumento da temperatura.
Envelhecimento prematuro do
equipamento.
Picos de tensão Salto súbito e de grandes
dimensões na tensão (por
exemplo, 6 kV).
Queda de raios nas proximidades,
descargas estáticas.
Erros de processamento,
corrupção de dados,
encerramento do sistema.
Danos em computadores, placas
electrónicas.
Desequilíbrio de tensão
(em sistemas trifásicos)
Situação em que o valor de rms
das tensões de fase ou os
desequilíbrios entre fases são
desiguais.
- Fornos de indução
- Cargas monofásicas
desequilibradas.
- Aumento da temperatura.
- Desactivação de uma fase.
Variações de frequência
Flutuações de frequência Instabilidade de frequência.
Normalmente +5%, - 6% (media
para intervalos de tempo de dez
segundos).
- Regulação de geradores.
- Funcionamento irregular de
geradores.
- Fonte (gerador) de frequência
instável.
Estas variações ultrapassam as
tolerâncias de determinados
instrumentos e hardware de
computador (frequentemente ±
1%) e, por isso podem provocar a
perda ou corrupção de dados
Oscilações As oscilações nos sistemas de
iluminação devido a queda de
tensão e frequência.
(< 35 Hz).
Máquinas de soldagem, motores,
fornos de arco, máquinas de raios-
X, laser, baterias de
condensadores.
Perturbações fisiológicas.
Outras perturbações
Transitórias de AF Salto de tensão súbito, de grandes
dimensões e muito curto.
Semelhante a um pico de tensão.
Fenómenos atmosféricos (raios) e
comutação.
Destruição de equipamento,
envelhecimento acelerado, avaria
de componentes ou isoladores.
Curta duração < 1 µs
Amplitude < 1 a 2 kV em
frequências de várias dezenas de
MHz.
Abertura e fecho repetidos de
relés e contactores.
Média duração > 1 µs e ≤ 100 µs
Valor de pico 8 a 10 veze superior
ao do valor nominal até vários MHz.
As falhas (raios) ou a comutação de
alta tensão são transmitidas ao
sistema de baixa tensão por
acoplamento electromagnético.
Longa duração > 100 µs
Valor de pico 5 a 6 vezes superior
ao do valor nominal até várias
centenas de MHz.
Interrupção de cargas indutivas ou
de falhas de alta tensão
transmitidas ao sistema de baixa
tensão por acoplamento
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 4
Alimentação de cargas sensíveis (Cont.)
electromagnético.
Distorção harmónica Distorção da corrente e da tensão
sinusoidais devido às correntes
harmónicas absorvidas pelas
cargas não lineares. O efeito das
harmónicas acima da 25ª ordem é
negligenciável.
As máquinas eléctricas com
núcleos magnéticos (motores,
transformadores de descarga,
etc.), fontes de alimentação com
modo de comutação, fornos de
arco, unidades de velocidade
variável.
Sobredimensionamento do
equipamento, aumento da
temperatura, fenómenos de
ressonância com condensadores,
destruição de equipamento
(transformadores).
Compatibilidade electromagnética
(CEM)
Perturbações de condução ou
radiação electromagnética ou
electroestática.
O objectivo é assegurar níveis
reduzidos de emissões e uma alta
imunidade.
A comutação de componentes
electrónicos (transístores,
tirístores, díodos, descargas
electroestáticas.
Avarias de dispositivos
electrónicos sensíveis.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 5
UPS
As actividades económicas modernas dependem cada vez mais das tecnologias
digitais, que são muito sensíveis a perturbações eléctricas.
Como resultado, inúmeras aplicações necessitam de uma fonte de alimentação de
reserva para se protegerem do risco das perturbações na rede de distribuição de
energia eléctrica pública:
• Os processos industriais e os respectivos sistemas de controlo/monitorização –
riscos de perdas de produção,
• Aeroportos e hospitais – riscos para a segurança das pessoas,
• Tecnologias de informação e comunicação relacionadas com a Internet – riscos
de paragens nos processamentos, com custos extremamente elevados por cada
hora de indisponibilidade, devido à interrupção na troca de dados vitais, necessária
para as empresas globais.
UPS
Uma UPS (sistema de alimentação ininterrupta) é utilizada para fornecer uma
alimentação segura a aplicações sensíveis.
Uma UPS é um dispositivo eléctrico instalado entre o utilitário e as cargas sensíveis
que fornece tensão oferecendo:
• Alta qualidade: a sinusoidal de saída está livre de todas e quaisquer perturbações
da rede de distribuição de energia eléctrica pública e dentro das tolerâncias estritas
de amplitude e frequência,
• Disponibilidade elevada: o fornecimento contínuo de tensão, dentro das
tolerâncias especificadas, é assegurado for uma fonte de alimentação de reserva. A
alimentação de reserva é geralmente uma bateria que, se necessário, intervém sem
interrupções de alimentação, para substituir a energia eléctrica distribuída pela rede
pública e fornecer o tempo de reserva de que a aplicação necessita.
Estas características fazem das UPS a fonte de alimentação ideal para todas as
aplicações sensíveis, uma vez que asseguram a qualidade e a disponibilidade da
alimentação, independentemente do estado da rede de distribuição de energia
eléctrica pública.
Componentes de uma UPS
Uma UPS inclui normalmente os componentes principais listados a seguir.
Rectificador/carregador
Absorve a energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública e produz uma
corrente CC para alimentar o inversor e carregar ou recarregar a bateria.
Inversor
Regenera completamente uma sinusoidal de saída de tensão de alta qualidade:
• Livre de todas as perturbações da rede de distribuição de energia eléctrica
pública, nomeadamente das micro-interrupções de energia,
• Dentro das tolerâncias compatíveis com os requisitos dos dispositivos electrónicos
sensíveis (por exemplo, tolerâncias de amplitude ± 0,5% e frequência ± 1%,
comparadas com ± 10% e ± 5% nos sistemas de distribuição de energia eléctrica
públicos, que correspondem a factores de melhoria de 20 e 5, respectivamente.
Nota. O termo inversor é utilizado algumas vezes para designar uma UPS, quando,
na realidade, se trata de uma peça da UPS.
Bateria
A bateria fornece tempo de reserva de funcionamento suficiente (de 6 minutos a
várias horas), intervindo para substituir a energia da rede de distribuição de energia
eléctrica pública.
Bypass estático
O bypass estático assegura uma transferência sem interrupções da carga do
inversor para a rede de distribuição de energia eléctrica pública directa e vice-versa.
A transferência sem interrupções é realizada por um dispositivo que implementa
SCR (por vezes denominados de comutadores estáticos).
O bypass estático torna possível continuar a fornecer a carga, mesmo que ocorra
um erro interno ou durante a manutenção dos módulos rectificadores/carregadores e
inversores. Também pode servir para transferências para solicitar a potência total
disponível a montante, em caso de sobrecargas (por exemplo, curto-circuitos) que
ultrapassem a capacidade da UPS.
The UPS solution
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 6
UPS
Durante o funcionamento com base no bypass estático, a carga é fornecida
directamente pela rede de distribuição de energia eléctrica pública e deixa de estar
protegida (funcionamento em modo reduzido).
Bypass de manutenção
Este bypass pode ser utilizado para fornecer a carga directamente com a energia da
rede pública, sem recorrer ao inversor ou ao comutador estático. A transferência
para o bypass de manutenção é iniciada pelo utilizador através de comutadores.
Accionar os comutadores necessários é a forma de isolar o bypass estático e o
inversor para manutenção, ao mesmo tempo que se continua a fornecer a carga em
modo reduzido.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 7
UPS (Cont.)
HV/LV
transformer
HV system
Non-sensitive loads
Normal utility power
(disturbances and
system tolerances)
Static
bypass
Maintenance
bypass
Inverter
Battery
Rectifier/
charger
Sensitive loads
UPS
Reliable power
(no disturbances, within
strict tolerances
and available due to
battery backup power)
Fig. 5.1. A solução UPS.
As UPS são utilizadas para uma ampla gama de aplicações que necessitam de
corrente eléctrica que está disponível em permanência e que não é afectada pelas
perturbações da rede de distribuição de energia eléctrica pública. A tabela abaixo
apresenta várias aplicações.
Para cada uma delas, indica a sensibilidade da aplicação a perturbações e o tipo de
UPS adequado para protecção.
As aplicações que necessitam deste tipo de instalação são:
• Sistemas informáticos,
• Telecomunicações,
• Indústria e instrumentos,
• Outras aplicações.
As tipologias de UPS necessárias são apresentadas na página 9, “Tipos de UPS
estáticas”.
Entre estas incluem-se as UPS estáticas que implementam as tipologias seguintes:
• Estado em espera passivo,
• Interacção com o sistema de distribuição,
• Conversão dupla.
Aplicações UPS
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 8
UPS (Cont.)
Aplicações UPS
Aplicação Dispositivos protegidos Necessária protecção contra Tipo de UPS
(consulte p. 8)Micro-
interrupçõ
es
Interrupçõ
es
Variações
de tensão
Variações
de
frequência
Outra
Sistemas informáticos
Centros de dados - Compartimento de grandes dimensões
para servidores montados em
bastidores
- Centros de dados da Internet
***** ***** ***** ***** ***** Conversão dupla
Redes empresariais - Conjuntos de computadores com
terminais e dispositivos periféricos
(unidades de armazenamento de banda,
unidades de disco, etc.)
***** ***** ***** ***** ***** Conversão dupla
Pequenas redes ou
servidores
- Redes compostas por PC ou estações
de trabalho, redes de servidores (WAN,
LAN)
**** **** *** *** ** Interacção com o
sistema de
distribuição
Computadores
autónomos
- PC, estações de trabalho
- Dispositivos periféricos: Impressoras,
plotters, correio de voz
** ** * * ** Em espera passiva
Telecomunicações
Telecomunicações - PPCA digitais ***** ***** ***** ***** ***** Conversão dupla
Indústria e instrumentos
Processos industriais - Controlo de processo
- PLC
- Sistemas de controlo numérico
- Sistemas de controlo
- Sistemas de controlo
robotizado/monitorização
- Máquinas automáticas
*** ***** *** *** **** Conversão dupla
Medicina e laboratórios - Instrumentação
- Scanners (60 Hz)
**** ***** **** **** *** Conversão dupla
Equipamento industrial - Máquinas-ferramentas
- Robôs de soldagem
- Prensas de injecção do plástico
- Dispositivos de regulação precisa
(sector têxtil, do papel, etc.)
- Equipamento de aquecimento para
fabrico de semi-condutores, vidro,
materiais puros
*** **** *** *** *** Conversão dupla
Sistemas de iluminação - Edifícios públicos (elevadores,
equipamento de segurança)
- Túneis
- Iluminação de pistas em aeroportos
** **** *** *** ** Conversão dupla
Interacção com o
sistema de
distribuição
Outras aplicações
Frequências especiais - Conversão de frequência
- Fontes de alimentação para aeronaves
(400 Hz)
**** **** **** ***** *** Conversão dupla
* reduzida sensibilidade a perturbações
***** elevada sensibilidade a perturbações
APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 9
Tipos de UPS
Soluções de UPS estáticas ou rotativas
Existem dois tipos principais de UPS (figura 5.2 e detalhes em  Nota de Aplicação
NA 92 - "Comparação de UPS Estáticas e Rotativas") que diferem basicamente no
modo como a função de inversor da UPS é implementada.
Solução estática
Estas UPS utilizam componentes electrónicos para executar a função de inversor.
Obtém-se uma “função de inversor estático”.
Solução rotativa
Estas UPS utilizam máquinas rotativas para executar a função de inversor.
Obtém-se uma “função de inversor rotativo”.
Na realidade, estas UPS combinam um motor e um gerador com um inversor
estático extremamente simplificado.
O inversor filtra as perturbações da rede de distribuição de energia eléctrica pública
e regula apenas a frequência da sua tensão de saída (normalmente em forma de
"ondas quadradas") que alimenta um conjunto de motor/gerador regulado que, por
vezes, é combinado com um volante.
O conjunto de motor/gerador gera uma tensão de saída sinusoidal, assumindo a
frequência de saída do inversor como referência.
Fig. 5.2. UPS estáticas e rotativas
Comparação
Solução rotativa
Os argumentos frequentemente apresentados a favor desta solução são os
seguintes:
• Corrente elevada de curto-circuito do gerador na ordem dos 10 In (dez vezes a
corrente nominal), o que facilita a instalações de dispositivos de protecção,
• Capacidade de sobrecarga de 150% (da corrente nominal) num período mais
alargado (dois minutos em vez de um),
• Instalação a jusante, isolada galvanicamente da fonte de CA a montante devido
ao conjunto motor/gerador,
• Impedância interna que fornece alta tolerância às cargas não lineares
frequentemente detectadas com as fontes de alimentação com modo de comutação
utilizadas pelos sistemas informáticos.
UPS estáticas ou rotativas
Consulte WP 92

APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 10
Tipos de UPS (Cont.)
Solução estática
Comparada com as vantagens das soluções rotativas
As UPS estáticas da APC by Schneider Electric oferecem as vantagens listadas
abaixo.
• Funcionamento em modo de limitação de corrente (por exemplo, até 2,33 In para
MGE Galaxy 5000) com descriminação assegurada para circuitos calculados até
In/2.
Estas características, que na prática são mais do que suficientes, previnem as
desvantagens dos sistemas rotativos:
- sobreaquecimento de cabos,
- os efeitos de uma corrente de curto-circuito excessiva e a correspondente queda
de tensão nos dispositivos sensíveis, durante o tempo que os dispositivos de
protecção demoram a eliminar a falha.
• Capacidade de sobrecarga de 150% (da corrente nominal) por um minuto.
A capacidade de sobrecarga de dois minutos não tem qualquer utilidade prática,
uma vez que a maior parte das sobrecargas é muito curta (menos de um segundo,
por exemplo, em correntes de irrupção de motores, transformadores e electrónica de
potência.
• Isolamento galvânico, quando necessário, através de um transformador de
isolamento.
• Operação de conversão dupla que isola completamente a carga da rede de
distribuição de energia eléctrica pública e regenera a tensão de saída através
de uma regulação precisa da amplitude da tensão e da frequência.
• Impedância interna muito baixa para um mais elevado desempenho com cargas
não lineares devido à utilização das tecnologias de transístor de potência.
Outras vantagens
 As soluções estáticas fornecem muitas outras vantagens, devido à tecnologia de
transístor de potência combinada com a técnica de corte de PWM.
• Concepção geral simplificada, com uma redução do número de peças e ligações,
bem como do número de possíveis causas de erro.
• Capacidade de reagir instantaneamente à amplitude e às flutuações de frequência
da energia eléctrica da rede de distribuição pública através da regulação da
comutação controlada por microprocessadores baseada em técnicas de
amostragem digital. A amplitude da tensão volta às condições reguladas (± 0.5% ou
± 1% dependendo do modelo) em menos de 10 milissegundos para alterações do
escalão da carga de até 100%. No intervalo de tempo indicado, uma alteração do
escalão da carga como esta produz uma variação da tensão da carga inferior a, por
exemplo, ± 2% para MGE Galaxy PW e Galaxy 5000.
• Uma eficiência elevada e constante, independentemente da carga em
percentagem, que é uma grande vantagem para unidades UPS redundantes com
baixas cargas em percentagem. Uma unidade UPS estática com uma carga de 50%
mantém uma eficiência elevada (94%), enquanto a eficiência de uma UPS rotativa
cai para o intervalo entre 88-90% (valor típico), o que tem um impacto directo nos
custos operacionais.
• Configurações redundantes que fornecem uma disponibilidade elevada na
estrutura de sistemas de alimentação ultra-fiáveis (por exemplo, para centros de
dados).
• Integração possível em arquitecturas redundantes com funções separadas que
facilitam a manutenção, isolando partes da instalação.
Os sistemas rotativos integram a UPS, a fonte de alimentação de reserva e o
gerador como um único componente, impossibilitando assim a separação das
funções.
• Sem pontos únicos de falha. Os sistemas rotativos que incorporam volantes
dependem da capacidade do motor para arrancar rapidamente (normalmente em
menos de 12 segundos). Isto significa que o motor tem de estar em perfeito estado e
ser alvo de uma manutenção rigorosa. Se o motor não arrancar, não existe tempo
para desligar as cargas críticas ordenadamente.
 Pense também nas seguintes vantagens que não podem ser negligenciadas.
• reduzidas dimensões e peso,
• sem desgaste das peças rotativas, o que torna a manutenção mais fácil e rápida.
Por exemplo, os sistemas rotativos requerem a verificação do alinhamento das
partes rotativas e a substituição dos rolamentos após 2 a 6 a nos é uma operação
de grandes dimensões (mecanismo de elevação, aquecimento e arrefecimento dos
rolamentos durante a substituição).
APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 11
Tipos de UPS (Cont.)
Conclusão
Dadas as vantagens apresentadas acima, as UPS estáticas são utilizadas numa
grande maioria dos casos e, em particular, para aplicações de alta potência.
 Nas páginas seguintes, entende-se que o termo fonte de alimentação ininterrupta
(UPS) significa a solução estática.
APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 12
Tipos de UPS (Cont.)
Normas
UPS
Devido a um enorme aumento do número de cargas sensíveis, o termo "UPS" inclui
agora dispositivos que vão de algumas centenas de VA para computadores de
secretária a vários MVA para centros de dados e sites de telecomunicações.
Ao mesmo tempo, foram desenvolvidas tipologias diferentes e os nomes utilizados
para os produtos disponíveis no mercado nem sempre são claros (ou chegam a ser
enganadores) para os utilizadores finais.
Foi por isso que a IEC (Comissão Electrotécnica Internacional) estabeleceu normas
que regem os tipos de UPS, bem como as técnicas utilizadas para medir os seus
níveis de desempenho, e esses critérios foram adoptados pelo CENELEC (Comité
Europeu de Normalização).
A norma IEC 62040-3 e a sua equivalente europeia EN 62040-3 definem três tipos
de normas (topologias) de UPS e os seus níveis de desempenho.
As tecnologias da UPS incluem:
● Modo em espera passivo,
● Interactividade linear,
● Conversão dupla.
Potência de entrada de CA
Estas definições dizem respeito ao funcionamento da UPS relativamente à fonte de
alimentação, incluindo o sistema de distribuição a montante da UPS.
As normas definem os termos seguintes:
• Alimentação primária: alimentação normalmente disponível em contínuo que, em
geral, é fornecida por uma companhia de distribuição de energia eléctrica, mas por
vezes é-o pelo gerador do próprio utilizador,
• Potência em espera: A potência que se destina a substituir a alimentação primária
em caso de uma falha desta última,
Na prática, uma UPS tem uma ou duas entradas:
• Entrada de CA normal (ou Principal 1), alimentada pela alimentação principal,
• Entrada de CA de Bypass (ou Principal 2), alimentada pela potência em espera
(em geral, através de um cabo separado a partir do mesmo quadro de comutação
principal de baixa voltagem (MLVS).
UPS em funcionamento no modo em espera passivo
 A UPS é instalada em paralelo com a rede de distribuição pública e serve de
reserve à mesma. A bateria é carregada por um carregador separado do inversor.
Princípio de funcionamento
• Modo normal
- O inversor funciona em modo em espera passivo.
- A carga é fornecida através da rede de distribuição de energia eléctrica pública por
intermédio de um filtro que elimina determinadas perturbações e fornece um certo
nível de regulação da tensão.
- As normas não mencionam este filtro, falando simplesmente de um "comutador
UPS". Indicam igualmente que "podem ser incorporados dispositivos adicionais para
fornecer o condicionamento da potência, por exemplo, um transformador ferro-
ressonante ou um transformador com regulação".
• Modo de reserva da bateria
- Quando a tensão de entrada de CA está fora das tolerâncias especificadas para a
UPS, ou quando ocorre uma falha da rede de distribuição de energia eléctrica
pública, o inversor e a bateria intervêm para assegurar uma fornecimento contínuo
de potência à carga após um tempo de transferência muito curto (geralmente,
inferior a 10 min). As normas não estipulam um tempo, mas indicam que "a carga [é]
transferida directamente para o inversor ou através do comutador da UPS (que pode
ser electrónico ou electromecânico)".
- A UPS continua a funcionar com base na potência da bateria até ao fim do tempo
de reserva da bateria ou até a rede de distribuição de energia eléctrica pública ser
reposta, o que provoca uma transferência da carga de novo para a entrada de CA
(modo normal).
Tipos de UPS estáticas
APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 13
Tipos de UPS (Cont.)
Fig. 5.3. UPS em funcionamento no modo em espera passivo
Vantagens
• Diagrama simples.
• Custo reduzido.
Desvantagens
• Não existe um verdadeiro isolamento da carga relativamente ao sistema de
distribuição a montante.
• Tempo de transferência. Funciona sem um comutador estático real, por isso é
necessário algum tempo para transferir a carga para o inversor. Este tempo é
aceitável para algumas aplicações individuais, mas é incompatível com o
desempenho exigido por sistemas mais sofisticados e mais sensíveis (grandes
centros de informática, centrais telefónicas, etc.).
• Sem regulação da frequência de saída, que é simplesmente a da rede de
distribuição de energia eléctrica pública.
Utilização
Esta configuração é, de facto, um compromisso entre um nível aceitável de
protecção contra perturbações e custo.
As desvantagens mencionadas significam que, na prática, este tipo de UPS só pode
ser utilizado para classificações de baixa tensão (< 2 kVA) e não pode ser
utilizado como conversor de frequência.
UPS em funcionamento no modo de interactividade linear
 O inversor está ligado em paralelo com a entrada de CA numa configuração
em espera, e carrega igualmente a bateria. Interage assim (exploração reversível)
com a fonte de entrada de CA.
Princípio de funcionamento
• Modo normal
A carga é fornecida com potência condicionada através de uma ligação de porta
paralela da entrada de CA e do inversor. Enquanto a energia da rede de distribuição
de energia eléctrica pública se mantiver dentro das tolerâncias, o inversor regula as
flutuações da tensão de entrada. Caso contrário (exploração reversível), carrega a
bateria. A frequência de saída depende da frequência de entrada de CA.
• Modo de reserva da bateria
- Quando a tensão de entrada de CA se encontrar fora das tolerâncias para UPS ou
ocorrer uma falha da rede de distribuição de energia eléctrica pública, o inversor e a
bateria intervêm para assegurar um fornecimento contínuo de potência à carga. O
comutador de potência (por exemplo, o comutador estático) também desliga a
entrada de CA para impedir que a potência do inversor flua para montante.
- A UPS continua a funcionar com base na potência da bateria até ao fim do tempo
de reserva da bateria ou até a rede de distribuição de energia eléctrica pública ser
APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 14
Tipos de UPS (Cont.)
reposta, o que provoca uma transferência da carga de novo para a entrada de CA
(modo normal).
APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 15
Tipos de UPS (Cont.)
• Modo bypass
Este tipo de UPS pode ser equipado com um bypass. Se uma das funções da UPS
falhar, a carga pode ser transferida para a entrada de CA do bypass através do
bypass de manutenção.
Fig. 5.4. UPS em funcionamento no modo de interactividade linear
Vantagens
• O custo pode ser inferior ao de uma UPS de conversão dupla com a classificação
de potência equivalente porque o inversor não funciona em contínuo.
Desvantagens
• Não existe um verdadeiro isolamento da carga relativamente ao sistema de
distribuição a montante, assim:
- a sensibilidade às variações da tensão da rede de distribuição de energia eléctrica
pública e as solicitações frequentes do inversor,
- influência das cargas não lineares a jusante na tensão de entrada a montante.
• Sem regulação da frequência de saída, que é simplesmente a da rede de
distribuição de energia eléctrica pública.
• Condicionamento medíocre da tensão de saída por o inversor não estar instalado
em série com a entrada de CA. A norma fala de "potência condicionada", dada a
ligação em paralelo da entrada de CA e do inversor. Contudo, o condicionamento é
limitado pela sensibilidade das flutuações da tensão a jusante e a montante e pelo
modo de exploração reversível do inversor.
• A eficiência depende de:
- o tipo de carga. Com cargas não lineares, a corrente absorvida inclui harmónicas
que alteram a fundamental. As correntes harmónicas são fornecidas pelo inversor
reversível que regula a tensão e a eficiência é bastante reduzida.
- a carga em percentagem. A potência necessária para carregar a bateria torna-se
cada vez mais significativa enquanto a carga em percentagem diminui.
• Existe um ponto único de falha devido à inexistência de um bypass estático, i.e. se
ocorrer uma avaria, a UPS é encerrada.
Utilização
Esta configuração não é adequada para a regulação de cargas sensíveis na
classificação de média a alta potência porque a regulação da potência não é
possível. Por este motivo, raramente é utilizada para além das classificações de
baixa potência.
APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 16
Tipos de UPS (Cont.)
UPS de conversão dupla
 O inversor é ligado em série entre a entrada de CA e a aplicação. A
alimentação fornecida continuamente à carga flui através do inversor.
Princípio de funcionamento
• Modo normal
Durante o funcionamento normal, toda a alimentação fornecida à carga passa
através do rectificador/carregador e inversor que, juntos, executam uma conversão
dupla (CA-CC-CA), e daqui o nome. A tensão é regenerada e regulada em contínuo.
• Modo de reserva da bateria
- Quando a tensão de entrada de CA se encontra fora das tolerâncias especificadas
para a UPS ou existe uma falha da rede de distribuição de energia eléctrica pública,
o inversor e a bateria intervêm para assegurar um fornecimento contínuo de
potência à carga.
- A UPS continua a funcionar com base na potência da bateria até ao fim do tempo
de reserva da bateria ou até a rede de distribuição de energia eléctrica pública ser
reposta, o que provoca uma transferência da carga de novo para a entrada de CA
(modo normal).
• Modo bypass
Este tipo de UPS inclui um bypass estático (por vezes denominado comutador
estático) que assegura uma transferência ininterrupta da carga do inversor para a
rede de distribuição de energia eléctrica pública directa e vice-versa.
A carga é transferida para o bypass estático, nas situações seguintes:
- falha da UPS,
- transitórios de correntes de carga (correntes de irrupção ou de falha),
- sobrecargas,
- fim do tempo de reserve da bateria.
A presença de um bypass estático assume que as frequências de entrada e de
saída são idênticas, o que significa que não pode ser utilizado como um conversor
de frequência. Se os níveis de tensão não forem idênticos, é necessário um
transformador de bypass.
A UPS é sincronizada com a entrada de CA do bypass para assegurar
transferências ininterruptas do inversor para a linha do bypass.
Nota. Está disponível uma outra linha de bypass, frequentemente denominada
bypass de manutenção, para fins de manutenção. É fechada por um comutador
manual.
Fig. 5.5. UPS de conversão dupla.
APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 17
Tipos de UPS (Cont.)
Vantagens
• Regeneração completa da potência de saída, quer esta provenha da rede de
distribuição de energia eléctrica pública ou da bateria.
• Isolamento total da carga do sistema de distribuição e respectivas perturbações.
• Intervalo de tensão de entrada bastante alargado, mas com uma regulação
precisa da tensão de saída.
• Independência das frequências de entrada e de saída, assegurando assim uma
frequência de saída dentro das tolerâncias estritas. Capacidade para funcionar
como um conversor de frequência (se planeado para esse efeito), através da
desactivação do comutador estático.
• Níveis de desempenho bastante mais elevados sob condições transitórias e em
estado estável.
• Passagem instantânea para o modo de reserva da bateria se ocorre uma falha da
rede de distribuição de energia eléctrica pública.
• Transferência ininterrupta para uma linha de bypass (modo bypass).
• Bypass manual (normalmente normalizado) para facilitar a manutenção.
Desvantagens
• Preço mais elevado, que é compensado pelas inúmeras vantagens.
Utilização
Esta configuração é a mais completa em termos de protecção da carga,
possibilidades de regulação e níveis de desempenho. Assegura nomeadamente a
independência da tensão e à frequência de saída relativamente à tensão e à
frequência de entrada.
As suas inúmeras vantagens significam que se trata praticamente da única
configuração utilizada para classificações de média e de alta potência (acima
de 10 kVA).
Conclusão
As UPS de conversão dupla representam a grande maioria dos sistemas de
média a alta potência vendidos (95% começando por poucos kVA e 98% para as
de 10 kVA e superior).
Isto deve-se aos seus inúmeros pontos fortes na satisfação das necessidades das
cargas sensíveis com estas classificações de potência e é em grande parte
resultado do inversor posicionado em série com a entrada de CA.
E o que é mais importante, têm muito poucos pontos fracos à excepção do custo
elevado, que é necessário para oferecer um nível de desempenho frequentemente
indispensável, dada a natureza crítica das cargas protegidas. Um outro ponto fraco
são perdas um pouco mais altas (algumas por cento).
Nas classificações de potência em consideração, as outras tecnologias são
marginais, apesar de um custo significativamente inferior.
Têm as desvantagens listadas abaixo.
• Sem regulação de tensão para UPS no modo em espera passivo.
• Sem regulação de frequência para UPS no modo em espera passivo e UPS no
modo de interactividade linear.
• Isolamento medíocre (frequentemente um protector contra picos) da entrada de
CA devido à configuração em paralelo do inversor.
Conclusão
 Para classificações de baixa potência (< 2 kVA), as três tecnologias
normalizadas coexistem.
É a relação custo-eficácia das funções de protecção relativamente aos requisitos
das cargas e os riscos corridos (para pessoas, produção, etc.) que determinam a
selecção de uma das três tipologias.
A UPS online de conversão delta
Esta concepção de UPS, ilustrada na Figura 5.6, é uma tecnologia mais recente,
com 10 anos, que foi introduzida para eliminar os inconvenientes da consepção
online de conversão dupla e está disponível em tamanhos que vão dos 5 kVA a 1,6
APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 18
Tipos de UPS (Cont.)
MW. Semelhante à concepção online de conversão dupla, a UPS online de
conversão delta tem sempre o inversor a fornecer a tensão de carga. No entanto, o
conversor delta adicional também fornece potência à saída do inversor. Em
condições de uma falha ou perturbações de CA, esta concepção exibe um
comportamento idêntico ao do online de conversão dupla.
DELTA
CONVERTER
BATTERY
MAIN
INVERTER
AC
DC DC
AC
STATIC BYPASS
SWITCH
DELTA
TRANSFORMER
Figura 5.6: UPS online de conversão delta
Uma forma simples de compreender a eficiência energética da topologia de
conversão delta é pensar na energia necessária para entregar um pacote do 4º
andar ao 5º andar de um edifício, como exemplificado na Figura 5.7. A tecnologia
de conversão Delta economiza energia transportando o pacote apenas na diferença
(delta) entre os pontos de início e de fim. A UPS online de conversão dupla
converte a potência para a bateria e vice-versa enquanto o conversor delta move os
componentes da potência da entrada para a saída.
X
4th
Floor
5th
Floor
DOUBLE CONVERSION DELTA CONVERSION
X
4th
Floor
5th
Floor
Figura 5.7: Analogia da conversão dupla vs. conversão delta
Na concepção online da conversão delta, o conversor delta actua com um duplo
objectivo. O primeiro é controlar as características da potência de entrada. Esta
unidade inicial activa absorve a potência de modo sinusoidal, minimizando as
harmónicas reflectidas na rede de distribuição pública. Isto assegura uma
compatibilidade optimizada entre a rede de distribuição pública e o sistema do
APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 19
Tipos de UPS (Cont.)
gerador, reduzindo o aquecimento e o desgaste do sistema no sistema de distribuição
de potência. A segunda função do conversor delta é controlar a corrente de entrada de
modo a regular o carregamento do sistema da bateria.
A UPS online de conversão delta fornece as mesmas características de saída que a
concepção online de conversão dupla. No entanto, as características de entrada são
frequentemente diferentes. As concepções online de conversão delta fornecem
entrada controlada dinamicamente, com correcção com factor de potência, sem a
utilização ineficiente de bancos de filtros associados a soluções tradicionais. O
benefício mais importante é uma redução significativa das perdas de energia. O
controlo da potência de entrada torna igualmente a UPS compatível com todos os
conjuntos de geradores e reduz a necessidade de um sobredimensionamento da
cablagem e do gerador. A tecnologia online da conversão delta é a única tecnologia
de UPS de núcleo actualmente protegida por patente e, portanto, não é provável que
esteja disponível numa gama alargada de fornecedores de UPS.
Durante as condições do estado estável o conversor delta permite que a UPS forneça
potência à carga com uma eficiência bastante maior do que a da concepção de
conversão dupla.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 20
Componentes de UPS e funcionamento
As informações apresentadas abaixo dizem respeito a uma UPS de conversão
dupla, a tecnologia mais comummente utilizada pela APC by Schneider Electric
para classificações de potência superiores a 10 kVA.
Diagrama geral de uma UPS
Foram atribuídos números aos vários itens do diagrama abaixo que correspondem
aos sectores das páginas seguintes.
Fig. 5.6. Componentes de uma UPS
Fontes de alimentação e entradas de UPS
Na prática, uma UPS tem uma ou duas entradas:
• Entrada de CA normal (ou Principal 1), alimentada pela alimentação principal,
• Entrada de CA de Bypass (ou Principal 2), alimentada pela potência em espera
(em geral, através de um cabo separado a partir do mesmo quadro de comutação
principal de baixa voltagem (MLVS).
 Fontes de CA, consulte a p. 9
A ligação da UPS às fontes de alimentação primária e de potência em espera
(entradas da UPS alimentadas por dois circuitos separados do MLVS) é
recomendada porque a fiabilidade do sistema em geral aumenta. No entanto, se não
estiverem disponíveis dois circuitos separados do MLVS, é possível que as duas
entradas de CA (normal e de bypass) sejam alimentadas pela alimentação principal
(segundo cabo).
A gestão de transferências entre as duas linhas de entrada é organizada do modo
seguinte.
• A UPS sincroniza a tensão de saída do inversor com a da linha de bypass
enquanto esta última se situar dentro das tolerâncias. Assim, será possível, se
necessário, ao comutador estático transferir a carga para a entrada de CA de
bypass, sem uma interrupção (porque as duas tensões estão sincronizadas e em
Componentes de uma UPS
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 21
Componentes de UPS e funcionamento
fase) ou perturbações (porque a potência de standby está dentro das tolerâncias)
para a carga.
• Quando a potência em espera não se encontra dentro das tolerâncias, o inversor
fica dessincronizado e a transferência é desactivada. No entanto, pode ser realizado
manualmente.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 22
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Componentes de uma UPS
Rectificador/carregador (1)
Transforma a potência de CA da fonte de alimentação primária em tensão de CC e a
corrente utilizada para:
• Alimentar o inversor,
• Carregar e transferir carga flutuante para a bateria.
Inversor (2)
Utilizando a potência de CC fornecida por:
• Rectificador, durante o funcionamento normal,
• Bateria, durante o funcionamento autónomo,
o inversor regenera completamente o sinal de saída sinusoidal, dentro de uma
amplitude estrita e das tolerâncias de frequência.
Bateria (3)
Torna a UPS autónoma relativamente à rede de distribuição de energia eléctrica
pública em caso de:
• Uma falha da rede de distribuição de energia eléctrica pública,
• Características da energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública fora
das tolerâncias especificadas para a UPS.
Os tempos de reserva da bateria vão dos 6 aos 30 minutos como norma e podem
ser prolongados a pedido. Dependendo da duração do tempo de reserva, a bateria
está instalada no mesmo armário da UPS ou num armário separado.
Bypass estático (4)
É utilizado um comutador estático para transferir a carga do inversor para o bypass
sem qualquer interrupção* no fornecimento de potência à carga (sem interrupções
porque a transferência é realizada por componentes electrónicos em detrimento dos
mecânicos). A comutação é possível quando as frequências a montante e a jusante
da UPS são idênticas.
A transferência é efectuada automaticamente por qualquer uma das razões
seguintes:
• Encerramento voluntário da UPS,
• Uma sobrecarga que exceda a capacidade limitadora do inversor (esta
transferência pode ser desactivada),
• Uma falha interna.
Também pode ser realizado manualmente.
* A transferência ininterrupta é possível quando as tensões na saída do inversor e na entrada
de CA do bypass estão sincronizadas. A UPS mantém a sincronização enquanto a potência
em espera se mantiver dentro das tolerâncias.
Bypass manual (5)
É utilizado um comutador manual para transferir a carga para o bypass para fins de
manutenção. A comutação é possível quando as frequências a montante e a jusante
da UPS são idênticas.
A passagem para o modo de bypass manual é realizada através de comutadores
manuais.
Comutadores manuais (6, 7, 8)
Estes dispositivos isolam os módulos do rectificador/carregador e do inversor e/ou a
linha de bypass para assistência ou manutenção.
Disjuntor da bateria (9)
O disjuntor da bateria protege-a de descargas excessivas, e o
rectificador/carregador e inversor protegem-na de um curto-circuito.
Transformador de isolamento a montante (10)
(equipamento opcional)
Fornece isolamento de entrada/saída à UPS quando a instalação a jusante é
alimentada através de bypass.
É particularmente útil quando as disposições de ligação à terra do sistema a jusante
são diferentes. Pode ser instalado no armário da UPS na gama MGE Galaxy PW.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 23
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Transformador de correspondência da tensão (11)
(equipamento opcional)
Adapta a tensão para o valor pretendido.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 24
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Filtros (12)
(equipamento opcional)
• A montante do rectificador/carregador, quando são do tipo ponte de Graetz
baseados em tirístor (o caso do MGE Galaxy PW e 9000 UPS), um filtro harmónico
(consulte “Factores principais da instalação da UPS”, na pág. 24) reduz as
harmónicas da corrente resultantes da comutação dos tirístores do rectificador. Isto
reduz a distorção da tensão nos terminais a montante resultantes do fluxo das
correntes harmónicas (o nível necessário é geralmente a <5%). E o que é mais
importante, estas UPS da APC by Schneider Electric estão equipadas com um
condutor neutro de um tamanho for a do normal instalado de origem para
ultrapassar as consequências das harmónicas de terceira ordem e dos seus
múltiplos que fluem no condutor neutro.
• Todas as outras UPS das gamas MGE Galaxy e Symmetra estão equipadas com
um rectificador do tipo PFC, que elimina a necessidade de um filtro (Factores
principais da instalação da UPS”, na pág. 24).
• A jusante, as UPS que implementam novas técnicas de corte PWM podem estar
directamente ligadas a cargas não lineares. Esta técnica possibilita que as UPS da
APC by Schneider Electric mantenham a THDU abaixo de 3%.
Comunicação incorporada (13) (14)
Além da necessidade de uma interface ser humano/máquina de fácil utilização para
uma monitorização eficaz do funcionamento da UPS, actualmente é cada vez mais
importante que as UPS possam comunicar com os seus ambientes eléctrico e
informático (sistemas de supervisão, sistemas de gestão de edifícios (BMS),
sistemas de gestão informática, etc.).
As UPS da APC by Schneider Electric são desenhadas com uma capacidade
incorporada de comunicação total e incluem:
• Uma interface ser humano/máquina (HMI) de fácil utilização com um monitor
gráfico avançado e um painel sinóptico. A interface é construída em volta de sistemas
de auto-monitorização e de auto-diagnóstico que indicam continuamente o estado dos
vários componentes da UPS; em especial das baterias.
Por exemplo, para as gamas MGE Galaxy:
- o sistema Digibat monitoriza continuamente o estado da bateria com
funcionalidades completas de gestão da bateria,
- o B2000 ou sistema de monitorização de bateria Cellwatch detecta imediatamente
e localiza as falhas da bateria e fornece uma monitorização preditiva.
Para as gamas Symmetra:
- O sistema de gestão da bateria APC (1 U) que pode ser montado em bastido,
acessível através de um browser da Web, combina a monitorização da bateria e a
realização de testes com um carregamento rápido individual para um desempenho
inexcedível da bateria.
• Uma vasta selecção de placas de comunicação compatíveis com as normas de
mercado:
-Placa de gestão de rede (Ethernet)
- Placa Modbus – Jbus (RS232 e RS485)
- Placa de relé (contactos secos) para indicações
- Placa de modem de telesserviços
Estas placas podem ser utilizadas para implementar supervisão, notificação,
encerramento controlado e funções de telesserviços.
 Interface ser-humano – máquina e Comunicação Consulte “Factores principais
na instalação da UPS” na pág. 49
Distribuição a montante e/ou a jusante e dispositivos de protecção (15)
(16)
(equipamento opcional)
AS UPS podem ser fornecidas com o equipamento seguinte:
• Disjuntores de BT a montante para entradas de CA (normal e bypass)
• Quadro de comutação de BT a montante com protecção de disjuntor para as
entradas de CA (normal e bypass),
• Quadro de comutação de BT a jusante com protecção de disjuntor para os
diferentes circuitos de saída.
APC by Schneider Electric pode fornecer uma selecção de UPS e de dispositivos de
protecção que são perfeitamente coordenados em termos de classificações e de
desempenho.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 25
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Soluções completas
A APC by Schneider Electric pode fornecer soluções completas que incluem todos
os componentes listados acima, incluindo soluções de condicionamento do ar para
centros de dados, em conjunto com a Schneider Electric. Para os utilizadores, o
resultado é um único parceiro e uma instalação que fornece desempenho e
fiabilidade optimizados.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 26
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Estas características baseiam-se nas principais especificações técnicas
apresentadas nas normas IEC 62040-3/EN 62040-3 relativas aos requisitos de
desempenho de UPS.
Alguns termos aqui utilizados diferem da linguagem comumente utilizada e algumas
das características ainda não foram assimiladas pelos fabricantes. Os novos termos
ou características utilizados pela norma são indicados entre parênteses e
precedidos por um asterisco.
Por exemplo, o título de uma secção "corrente de entrada durante a transferência de
carga flutuante para a bateria", um termo comummente utilizado, é seguido por
(*corrente de entrada nominal), o termo utilizado na norma.
Tenha em atenção que uma série de valores numéricos é indicada como exemplo.
Na sua maior parte, são retirados das características técnicas das UPS
correspondentes, indicados no capítulo 4, ou indicados simplesmente a título de
exemplo.
Potência de entrada de CA
Número de fases e disposições de ligação à terra no sistema
A fonte de alimentação de entrada de CA (alimentação primária) é trifásica + neutra.
As entradas monofásicas não são utilizadas para os níveis de potência abordados
aqui.
A disposição de ligação à terra do sistema é geralmente imposto pelas normas (IT,
TT, TNS ou TNC).
Entrada de CA normal
A entrada de CA normal é alimentada com a energia da rede de distribuição de
energia eléctrica pública para o rectificador/carregador, dentro das tolerâncias
especificadas.
• Exemplo: 400 V rms ± 15% com uma frequência de 50 ou 60 Hz ± 5%, trifásica.
Entrada de CA de bypass
A entrada de CA de bypass é alimentada com potência em espera. Na prática, trata-
se de um cabo ligado a um alimentador utilitário no MLVS diferente do que alimenta
a entrada de CA normal.
Em geral, fornece tensão com as mesmas características das da alimentação
principal.
• Exemplo: 400 V rms ± 15% a uma frequência de 50 ou 60 Hz ± 5%, e uma
corrente de curto-circuito Isc2 = 12,5 kA. A corrente de curto-circuito é uma
informação importante para os dispositivos de protecção a jusante, em caso de
funcionamento através do bypass estático ou de manutenção.
É recomendado o fornecimento de alimentação primária e de potência em standby
em separado porque aumenta a fiabilidade geral do sistema, mas não é obrigatório.
No entanto, se não estiverem disponíveis dois circuitos separados do MLVS, é
possível que as duas entradas de CA (normal e de bypass) sejam alimentadas pela
alimentação principal (segundo cabo).
Rectificador/carregador
Tensão flutuante
É a tensão fornecida pelo rectificador/carregador que mantém a bateria
completamente carregada.
Depende das baterias utilizadas e das recomendações do fabricante.
Corrente de entrada durante a transferência de carga flutuante (*
corrente de entrada nominal)
Em condições de funcionamento normais, é a corrente necessária para alimentar o
inversor à sua potência nominal enquanto se transfere carga flutuante para a
bateria.
 Exemplo: para uma MGE Galaxy PW de 100 kVA, com tempo de reserva da
bateria de 10 minutos, esta corrente é I flutuante de entrada = 166 A enquanto se
transfere carga flutuante para a bateria.
Corrente de entrada durante o carregamento da bateria
Principais características
dos componentes de UPS
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 27
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Isto corresponde à corrente necessária para alimentar o inversor à sua potência
nominal durante o carregamento da bateria. É consequentemente mais alta do que
a corrente anterior e é utilizada para dimensionar os cabos de entrada do
carregador.
 Exemplo: para a mesma UPS como a descrita acima, a corrente de entrada é I
flutuante de entrada = 182 A, i.e. mais alta do que acima porque é necessária para
carregar a bateria.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 28
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Corrente de entrada máxima
É a corrente de entrada com a UPS a funcionar nas piores condições de sobrecarga
permitidas, com a bateria descarregada. É mais alta do que a corrente de entrada
acima durante o carregamento da bateria (devido à corrente de sobrecarga) mas é
limitada no tempo (tal como a sobrecarga).
 Exemplo: para uma UPS idêntica à acima descrita, a MGE Galaxy PW tem
capacidade para aceitar uma sobrecarga de 25% durante dez minutos e uma
sobrecarga de 50% durante um minuto. Nos piores cenários de carregamento da
bateria, a corrente de entrada pode alcançar:
I máx. entrada = 182 A x 1,25 = 227,5 A durante dez minutos,
I máx. entrada = 182 A x 1,5 = 273 A durante um minuto.
Acima dos limites acima referidos, a UPS inicia uma transferência ininterrupta da
carga para a linha de bypass e transfere-a automaticamente de volta quando a
sobrecarga tiver cessado ou quando tiver sido eliminada pelos dispositivos de
protecção respectivos.
Bateria (* armazenamento de energia significa)
Tipo
Uma bateria caracteriza-se pelo seu tipo (ácido de chumbo ventilado ou selado, ou
níquel/cádmio e pela forma como está instalada.
A APC by Schneider Electric propõe as baterias de ácido de chumbo seladas
montadas em armários.
Vida útil
Define-se como o período de funcionamento, em condições de utilização normais,
durante o qual a bateria fornece pelo menos 50% do tempo de reserva inicial.
 Por exemplo, a MGE Galaxy PW é fornecida de origem com as baterias de ácido
de chumbo seladas com uma vida útil de dez anos ou mais. Este tipo de bateria,
com a classificação de 30 minutos de tempo de reserva, Fornecerá contratualmente
apenas 15 minutos no final da vida útil especificada.
Pode fornecer mais, se tiver sido utilizada em condições optimizadas
(nomeadamente no que respeita à temperatura). No entanto, está contratualmente
garantido que não fornecerá menos, salvo se utilizada de modo indevido.
Modos de funcionamento
A bateria pode estar em:
• Carregamento. Absorve uma corrente de carga (Carga de I1) fornecida pelo
rectificador/carregador.
• Transferência de carga flutuante. A bateria absorve uma corrente baixa,
denominada flutuante (flutuante de I1), fornecida pelo rectificador/carregador, que
mantém a sua carga, compensando as perdas do curto-circuito.
• Descarga. A bateria alimenta o inversor até a sua tensão de encerramento ser
alcançada.
Quando esta tensão, definida pelo fabricante da bateria, é alcançada, esta é
automaticamente desligada (UPS da APC by Schneider Electric) para evitar danos
por descarga profunda.
Tensão nominal
É a tensão de saída de CC que a bateria fornece ao inversor.
 Exemplo: CC de 450 V para a gama MGE Galaxy PW.
Capacidade
A capacidade da bateria é expressa em ampere/horas.
 Exemplo: para uma MGE Galaxy PW de 100 kVA equipada com uma bateria que
forneça dez minutos de tempo de reserva e com uma vida útil de cinco anos, a
capacidade é de 85 A/h.
Número de células
Número de células de bateria única que compõem toda a cadeia de baterias.
 Exemplo: a bateria de uma MGE Galaxy PW de 100 kVA inclui, para um
determinado tipo de bateria, 33 células, fornecendo 13,6 V cada uma, para um
tempo de reserva de dez minutos.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 29
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Tensão flutuante
É a tensão de CC utilizada para manter a carga da bateria, fornecida pelo
rectificador/carregador.
 Exemplo: para uma MGE Galaxy PW, a tensão flutuante é de entre 423 e 463 V
de CC.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 30
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Tempo de reserva (* tempo de energia armazenada)
Trata-se do tempo, especificado no início da vida útil da bateria, durante o qual a
bateria tem capacidade para alimentar o inversor funcionando com a carga nominal
total, na ausência de uma alimentação de entrada de CA.
 Exemplo: A MGE Galaxy PW fornece, como padrão, tempos de reserve de 8, 10,
15, 20, 30 e 60 minutos.
Este tempo depende da carga em percentagem da UPS.
• Para uma UPS que funcione com a carga nominal completa (100% da carga
nominal), o fim do tempo de reserva da bateria é alcançado quando a tensão desta
cai para a tensão de encerramento especificada pelo fabricante. Isto provoca um
encerramento automático da UPS da APC by Schneider Electric.
• Para uma UPS que funcione com uma carga em percentagem inferior (por
exemplo, 75%), o tempo de reserva real pode ser mais longo. No entanto, termina
sempre quando a tensão de encerramento é alcançada.
Tempo de recarregamento (* tempo nominal de energia restaurada)
Trata-se do tempo necessário para a bateria recuperar 80% do seu tempo de
reserva (90% da sua capacidade), a partir da tensão de encerramento da bateria. O
rectificador/carregador fornece a potência.
 Exemplo: para uma UPS MGE Galaxy 5500, o tempo de recarregamento é de
oito a dez horas, dependendo da bateria e do tempo de reserve. Tenha em atenção
que a probabilidade de a bateria ser solicitada para fornecer potência duas vezes
num período de tempo tão curto é reduzida. Isto significa que o tempo de
recarregamento indicado é representativo do desempenho real.
Corrente máxima da bateria (bl (bateria local))
Durante o descarregamento, a bateria alimenta o inversor com uma corrente bl que
atinge o seu valor máximo no final do descarregamento. Este valor determina a
protecção da bateria e as dimensões do cabo.
 Exemplo: Para uma UPS MGE Galaxy 5500 de 100 kVA esta corrente é máx. bl =
257 A.
Inversor
Potência nominal (Sn)
(*potência nominal aparente de saída)
Trata-se da potência aparente máxima Sn (kVA) que o inversor pode fornecer a uma
carga linear com um factor de potência de 0,8, durante o funcionamento normal em
condições de estado estacionário.
As normas definem igualmente este parâmetro para funcionamento com base na
potência da bateria. Em teoria, significa o mesmo que se a bateria tiver as
dimensões corretas.
 Exemplo: uma MGE Galaxy 5500 com uma potência nominal (Sn) de 100 kVA.
Potência ativa de saída (Pa)
(* potência nominal ativa de saída para carga linear ou referencial não
linear)
Trata-se da potência ativa Pa (kW) correspondente à potência de saída aparente Sn
(kVA), nas condições de medição acima mencionadas. Este valor também pode ser
indicado para uma carga normalizada referencial não linear.
 Exemplo: a UPS anterior, uma MGE Galaxy 5500 com uma tensão nominal de
100 kVA fornece uma potência ativa de Pa= Sn x 0,8 = 80 kW.
Corrente nominal (In)
É a corrente que corresponde à potência nominal.
 Exemplo: mais uma vez, para uma UPS MGE Galaxy 5500 de 100 kVA e com
uma tensão de saída de 400 V, esta corrente é:
In
Sn
Un
=
3
=
100000
400 1732x ,
= 144,3 A
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 31
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Potência de carga aparente (Su) e carga em percentagem
Trata-se da potência aparente Sn (kVA) realmente fornecida pelo inversor à carga,
nas condições de funcionamento selecionadas.
Este valor é uma fracção da potência nominal, dependendo da carga em
percentagem.
.Su ≤ Sn. e .Tc = Carga em percentagem (%) = Su / Sn..
 Exemplo: para a UPS mencionada acima, se o inversor fornecer 3/4 da sua
potência nominal (carga de 75%), distribui uma potência aparente de 75 kVA, o que
em condições de funcionamento normalizadas (PF = 0,8) corresponde a uma
potência de carga ativa de
Pa = Su x PF = 75 x 0,8 = 60 kW.
Corrente de carga (lu)
Trata-se da corrente correspondente à potência de carga, ou seja, à carga em
percentagem em questão. Calcula-se a partir de Pu, tal como para a corrente
nominal, na qual a tensão é a tensão nominal Un (valor regulado pelo inversor).
 Exemplo: Para a UPS acima mencionada (carga de 75%)
Iu
Su
Un
=
3
=
75000
400 1732x ,
= 108,2 A
que é o mesmo que:
.Iu = In x Tc. = 144,3 x 0,75 = 108,2 A
Eficiência (η)
Trata-se do rácio da potência activa Pu (kW) fornecida pela UPS à carga ao Pin de
potência (kW) que absorve na sua entrada, seja pelo rectificador quer seja pela
bateria.
.η= Pu / Pin.
Para a maioria das UPS, a eficiência é óptimizada com uma carga nominal completa
e cai drasticamente com cargas em percentagem inferiores. Devido à sua baixa
impedância e às perdas sem carga, a eficiência das UPS MGE Galaxy é
praticamente estável para cargas que vão dos 25 aos 100%. A gama MGE Galaxy
fornece uma eficiência superior a 90%, começando numa carga de 25% e indo até
93% com carga nominal total, assim como um modo ECO que aumenta a eficiência
em 4%, ou seja até 97%.
Na prática, para as UPS MGE Galaxy, um valor de eficiência de 0,93 pode ser
utilizado para todos os calculos de potência de entrada para cargas que vão de 30 a
100%.
 Exemplo: para uma MGE Galaxy de 100 kVA com carga a 75%, uma eficiência
de 0,93 corresponde a uma potência de entrada activa da UPS de
Pin = Pu / η = 60/0,93 = 64,5 kW.
Tensão de saída Un
Número de fases
A saída pode ser trifásica (UPS 3f-3f) ou monofásica (UPS 3f-1f), dependendo da
situação. Tenha em atenção que as disposições de ligação à terra do sistema a
montante e a jusante podem ser diferentes.
Tensão nominal de saída
Em geral, é a mesma que a da entrada de CA. No entanto, é possível instalar um
transformador de correspondência de tensão.
Características estáticas
Trata-se de tolerâncias (máximo de variações permissíveis) para a amplitude e a
frequência da tensão de saída em condições de estado estacionário. Mais estritas
do que as que se aplicam à energia da rede de distribuição de energia eléctrica
pública, são medidas para funcionamento normal com base em potência de entrada
de CA e para funcionamento com base em modo de reserva da bateria.
• Variação de tensão de saída
A tolerância de amplitude é expressa sob a forma de uma percentagem do valor rms
nominal e pode ser ajustável.
 Exemplo: para uma MGE Galaxy, a tensão 400 V rms ± 1% pode ser ajustada
para ± 3%.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 32
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
As normas estipulam igualmente uma tensão nominal de saída de pico e a
tolerância relativamente ao valor nominal.
• Variação de frequência de saída
A tolerância é expressa sob a forma de uma percentagem da frequência nominal.
 Exemplo: Para uma MGE Galaxy, 50 ou 60 Hz ± 0,1% durante o funcionamento
normal com base em alimentação principal e ± 0,5% com base no modo de reserva
da bateria.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 33
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Sincronização da frequência com a alimentação principal
O inversor fornece uma tensão de saída dentro das tolerâncias acima referidas,
independentemente das perturbações que afectem a potência a montante.
Para esse efeito, a UPS:
• Monitoriza os parâmetros de tensão (amplitude, frequência, fase) para que a fonte
de alimentação principal determine se se encontram dentro das tolerâncias
especificadas.
• Reage a qualquer desvio nos parâmetros de forma a:
- reajustar o inversor (fase e frequência) à potência em espera, desde que o desvio
se mantenha dentro das tolerâncias, com vista à transferência da carga, se
necessário,
- transferir a carga para a potência da bateria, assim que o desvio ultrapasse as
tolerâncias.
As novas tecnologias de corte IGBT e PWM utilizadas nas UPS da APC by
Schneider Electric permitem uma adaptação excelente a estas variações.
 Exemplo: para as UPS MGE Galaxy, a variação máxima de frequência
correspondente à tolerância é 50 Hz x 0,5% = 0,25 Hz.
É possível sincronizar a frequência com potência de CA de bypass dos 0,25 aos 2
Hz, em escalões de 0,25 Hz. Na prática, isto significa que aas variações de
frequência podem ser monitorizadas a dF/dt = 0,25 Hz/s e os reajustamentos
realizados entre 0,25 a 1 segundo.
Características dinâmicas
São as tolerâncias sob condições transitórias da carga.
As UPS MGE Galaxy têm capacidade para resistir às seguintes condições:
• Desequilíbrio da carga
Para desequilíbrio na tensão da carga (fase-para-neutro ou fase-para-fase) de:
- 30%, a variação da tensão de saída é inferior a 0,1%,
- 100% (uma fase a Pn e as outras a 0), a tensão de saída não varia mais do que
0,2%.
• Alterações do escalão da carga (transitórios de tensão)
Para escalões de carga de 0 a 100% ou de 100 a 0% da carga nominal, a tensão
não varia mais do que:
± 2% com energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública;
+ 2% a -4 % com base na potência da bateria.
Capacidade de sobrecarga e de curto-circuito
• Sobrecargas
- 1,1 In durante 2 horas,
- 1,5 In durante 1 minuto,
sem alterações das tolerâncias de saída.
• Curto-circuitos
Para além dos 1,65 In, os inversores MGE Galaxy funcionam no modo de limitação
de corrente até 2,33 In durante 1 segundo, correspondendo a:
Máx. pico I . = √2 x 1,65 In = 2,33 In.
Para além deste valor, o inversor transfere a carga para a potência em standby ou
efectua um encerramento estático (função de auto-protecção).
Distorção total da tensão de saída
As UPS têm de garantir os níveis de desempenho para todos os tipos de cargas,
incluindo cargas não lineares.
 Exemplo: As UPS MGE Galaxy limitam a distorção de tensão harmónica total
(THDU) na potência de saída aos níveis seguintes para:
• Cargas lineares a 100%:
- THDU f/f < 1,5 %,
- THDU f/N < 2%,
• Cargas não lineares a 100%:
- THDU f/f < 2 %,
- THDU f/N < 3%.
As UPS MGE Galaxy funcionam em conformidade com as características
especificadas para todos os tipos de cargas.
Nota geral. A norma especifica alguns dos níveis de desempenho anteriormente
mencionados relativamente a potência de saída durante o funcionamento normal e
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 34
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
durante o funcionamento com base em potência da bateria. Em geral, são idênticos.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 35
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Diagrama de resumo das
características principais
Fig. 5.7. Diagrama que descreve as características principais (consulte a lista abaixo).
Entrada de CA normal
● Tensão Un + 10% a - 15%
● Frequência f + 4% a - 6%
Entrada de CA de bypass
● Tensão Un + 10% a - 15%
● Frequência f + 4% a - 6%
● Corrente de curto-circuito lsc2 (capacidade de resistência do bypass estático)
Rectificador/carregador
● Tensão flutuante
● Correntes de entrada
- nominal (transferência de carga flutuante para a bateria)
- máximo (carregamento da bateria)
Bateria
● Tempo de reserva: padrão 5, 6, 8, 10, 15, 20, 30, 60 minutos, tempos mais
longos, a pedido)
● Vida útil: 10 anos ou mais longa
● Corrente máxima máx. bl
Inversor
● Potência aparente de saída:
- nominal: Sn (kVA)
- potência de carga: Su (kVA) = Sn x Tc%
● Carga em percentagem da UPS Tc% = Su / Sn
● Potência activa de saída:
- nominal: Pn (kW) = Sn (kVA) x 0,8
- potência de carga: Pu (kW) = Su (kVA) x PF = Sn x Tc% x PF = Un Iu PF
● Eficiência: η Pu / Pn = 93% (97% em modo ECO).
● Características estáticas (tolerâncias de tensão de saída sob condições de estado
estacionário)
- amplitude: Un ± 1% ajustável a ± 3%
- frequência: f ± 1% durante o funcionamento normal, f ± 0.5% em modo de reserva
da bateria
- tensão de saída do inversor sincronizada (frequência e fase) com a da potência em
standby, desde que a última se encontre dentro das tolerâncias.
● Características dinâmicas (tolerâncias sob condições transitórias)
- tensão máxima e variações de frequência para alterações de escalão de carga de
0% a 100% ou de 100% a 0% Un ± 2%, f ± 0.5%
● Distorção da tensão de saída
- Cargas não lineares a 100% THDU < 2%
● Capacidade de sobrecarga e de curto-circuito:
- sobrecargas: 1,5 In durante 1 minuto
- curto-circuitos: Limitação de corrente a 2.33 ln durante 1 segundo
Carga
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Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
● Corrente de carga (lu)
● Factor de potência FP
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Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Modo normal (com base na energia da rede de distribuição de energia
eléctrica pública, consulte a fig. 5.8 do lado esquerdo)
A UPS absorve a potência de CA da rede de distribuição pública para funcionar
através do rectificador/carregado que fornece corrente de CC.
Parte da corrente da rede de distribuição pública absorvida é utilizada para carregar
ou transferir carga flutuante para a bateria:
• Flutuante l1, se a bateria já estiver completamente carregada,
• carga I1 , se a bateria não estiver completamente carregado (ou seja, carregamento
na sequência de um descarregamento recente)
A corrente restante é fornecida ao inversor que gera uma sinusoidal de tensão de
saída dentro das tolerâncias de frequência e de amplitude especificadas.
Modo de reserva da bateria (com base em potência da bateria, consulte fig. 5.8
do lado direito)
A bateria intervém para substituir a alimentação principal e fornece a potência
necessária ao inversor para a carga, com as mesmas tolerâncias do modo normal.
Isto decorre através da transferência imediata (a bateria está ligada em paralelo) em
caso de:
• Falha normal da entrada de CA (falha da rede de distribuição pública),
• Entrada de CA normal fora das tolerâncias (degradação da tensão da rede de
distribuição de energia eléctrica pública).
Modo normal. Modo de reserva da bateria.
Fig. 5.8. Modo normal e modo de reserva da bateria.
Modo de bypass (com base na linha de bypass estático, consulte fig. 5.9. do
lado esquerdo)
Um comutador estático (SS) assegura uma transferência ininterrupta da carga para
a entrada de CA de bypass para alimentação directa da carga através de potência
em standby.
A transferência é automática em caso de:
• Uma sobrecarga a montante da UPS excedendo a sua capacidade de sobrecarga,
• Uma falha interna nos módulos retificador/carregador e inversor.
A transferência decorre sempre para falhas internas, mas também só é possível se
a tensão da potência em standby estiver dentro das tolerâncias e em fase com o
inversor.
Para esse efeito:
• A UPS sincroniza a tensão de saída do inversor com a da linha de bypass
enquanto esta última se situar dentro das tolerâncias. A transferência é então
possível:
- sem uma quebra na alimentação: Uma vez que as tensões se encontram em fase,
as SCR nos dois canais do comutador estático têm tensão zero em simultâneo.
- sem perturbar a carga. A carga é transferida para uma linha de bypass que se
encontra dentro das tolerâncias.
Modos de funcionamento de
UPS
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Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
• Quando a potência em standby não está dentro das tolerâncias, o inversor
dessincroniza-se e funciona em modo autónomo com a sua própria frequência. A
transferência é desactivada.
No entanto, pode ser realizada manualmente.
Nota 1. Esta função aumenta bastante a fiabilidade devido à muito reduzida
probabilidade de uma sobrecarga a jusante e uma falha de potência em standby
ocorrerem em simultâneo.
Nota 2. Para assegurar o correcto funcionamento da linha de bypass, a
discriminação tem de ser assegurada entre o dispositivo de protecção a montante
da entrada de CA de bypass (no MLVS de saída) e os dos circuitos de saída da
UPS (consulte as informações sobre discriminação abaixo).
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 39
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Modo de manutenção (ou bypass de manutenção, consulte a fig. 5.9 do lado
direito)
A manutenção é possível sem a interrupção da operação de carga. A carga é
fornecida com potência em standby através do bypass de manutenção. A
transferência para o bypass de manutenção é realizada através de comutadores
manuais.
O rectificador/carregador, inversor e o comutador estático são encerrados e isolados
das fontes de alimentação. A bateria é isolada pelo seu disjuntor de protecção.
Modo de bypass (bypass estático) Modo de manutenção (bypass de
manutenção).
Fig. 5.9. Modo de bypass e modo de manutenção.
UPS em paralelo com redundância
O capítulo dois é totalmente dedicado à apresentação das várias configurações.
Abaixo, apresentamos algumas informações adicionais sobre ligação em paralelo
para redundância.
Refere-se a UPS MGE
TM
Galaxy
TM
em particular. A modular UPS Symmetra
TM
também utiliza uma ligação em paralelo.
 Configurações, consulte “Selecção da configuração da UPS”
Tipos de configurações em paralelo
Existem dois tipos de configurações em paralelo.
• Unidades integradas de UPS em paralelo
Esta configuração actualizável pode ser iniciada utilizando uma única unidade UPS
com um bypass estático integrado e um bypass de manutenção manual. Para
configurações com mais de duas unidades UPS, um bypass de manutenção comum
é alojado num cubículo externo (consulte a fig. 5.10)
• Unidades de UPS em paralelo com um cubicúlo de comutador estático
centralizado (SSC)
O cubículo do comutador estático inclui um bypass automático e um bypass de
manutenção que são comuns para uma série de unidades UPS que não têm bypass
(consulte a fig. 5.11).
Esta configuração, menos actualizável do que a anterior devido à classificação do
bypass, fornece uma maior fiabilidade (as unidades SSC e UPS são
independentes).
• UPS modulares
As UPS da gama Symmetra
TM
são compostas por módulos dedicados e
redundantes (potência, inteligência, bateria e bypass).
A concepção modular com módulos de potência plug-in melhora a fiabilidade, em
particular a facilidade de manutenção e a disponibilidade, bem como a actualização
da instalação.
Configurações de UPS
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Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Redundância
A redundância em configurações em paralelo pode ser N+1, N+2, etc.
Isto significa que x unidades UPS são necessárias para fornecer a carga, mas N+1
ou N+2 estão instaladas e todas partilham a carga.
Consulte o exemplo abaixo.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 41
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Exemplo
• Imagine uma carga crítica com uma classificação de 100 kVA.
• redundância 2+1
- 2 unidades UPS têm de ter capacidade para alimentarem completamente a carga
se a redundância se perder.
- Cada unidade UPS tem de ter assim uma classificação de 50 kVA.
- 3 unidades UPS partilham normalmente a carga de 100 kVA, isto é, cada uma
fornece 33,3 kVA.
- As 3 unidades UPS funcionam normalmente com uma carga em percentagem de
33,3 / 50 = 66,6%.
- As unidades UPS integradas em paralelo estão equipadas com um bypass
estático. A transferência é gerida de forma a que as três unidades UPS transfiram o
bypass em simultâneo, se necessário.
Fig. 5.10. Unidades UPS integradas em paralelo com um bypass comum de manutenção e
redundância 2+1. Funcionamento com todas as unidades OK (redundância disponível).
• Perda da redundância
- Uma unidade UPS é encerrada, as duas unidades restantes funcionam a 100%.
- A UPS que sofreu a falha pode ser objecto de assistência devido ao bypass de
manutenção.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 42
Componentes de UPS e funcionamento
(Cont.)
Fig. 5.11. Unidades UPS integradas em paralelo com um bypass comum de manutenção e
redundância 2+1. Funcionamento após a perda de redundância.
APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 43
Tecnologia: UPS sem transformador
Princípio
Originalmente, todas as UPS incluíam um transformador de saída que era
utilizado para ajustar a tensão de saída ao valor necessário, recriar um neutro
e assegurar o isolamento galvânico entre os sistemas de alimentação a
montante e a jusante (Fig. 5.12).
Actualmente, o progresso tecnológico e os custos mais baixos dos semi-
condutores IGBT torna possível eliminar este transformador (Fig. 5.13).
Normal
AC input
Rectifier
charger
UPS
Bypass
AC input
Q4S
Q1
Inverter
Q5N
K3N
Static
bypass
Battery QF1
Manual
bypass
Loads
Q3BP
Normal
AC input
Rectifier
charger
UPS
Bypass
AC input
Q4S
Q1
Inverter
Q5N
K3N
Static
bypass
Battery QF1
Manual
bypass
Loads
Q3BP
Fig. 5.12. UPS com transformador de saída Fig. 5.13. UPS sem transformador.
Vantagens
Esta tecnologia fornece aos utilizadores uma série de vantagens fundamentais.
● Uma pegada mais reduzida: menos espaço necessário sem o transformador
● Menos peso: redução do peso através da eliminação do transformador
Maior eficiência: eliminação das perdas do transformador
● regulação da tensão através da modulação do sinal para uma melhor
correspondência com a carga. A electrónica actua directamente sobre a tensão de
saída para uma regulação mais rápida e mais precisa da tensão.
A tendência
A utilização de UPS sem transformador começou no início da década de 90 do
século XX para classificações até algumas centenas de kVA. Dadas as suas
inúmeras vantagens, são agora amplamente utilizadas até às classificações
mais altas, tal como exibido na figura 5.14. A classificação de média potência
que utiliza a técnica sem transformador aumentou num factor de 50 ao longo
dos últimos 50 anos
100
400
P(kVA)
1990 1995 2000 2010
years
200
300
5
2005
500
Fig. 5.14. Classificações de média potência das UPS sem transformador.
Tecnologia de UPS sem
transformador
APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 44
Tecnologia: UPS sem transformador
Isolamento galvânico
Uma das razões citadas para a utilização de transformadores de saída é fornecer
isolamento galvânico.
No entanto, as UPS trifásicas acima de uma determinada classificação de potência
estão equipadas com um bypass para assegurar a continuidade da potência. A
presença de um bypass significa que uma UPS, com ou sem um transformador de
saída, não pode fornecer isolamento galvânico entre a fonte e as cargas. Por este
motivo, a tecnologia de UPS sem transformador está a tornar-se progressivamente a
solução preferencial para classificações mais altas.
Este aspecto será debatido abaixo, comparando a utilização das duas tecnologias,
dependendo da disposição de ligação à terra do sistema encontrada.
Revisão das disposições de ligação à terra do sistema
As disposições de ligação à terra referem-se à ligação à terra de:
● o ponto neutro do sistema de distribuição,
● as partes condutoras expostas (ECP) das cargas.
Estas ECP estão sempre interligadas, quer juntas, quer em grupos. Cada grupo
interligado está ligado a um terminal de ligação à terra através de um condutor
protector (PE ou PEN, dependendo de se está combinado ou não com o condutor
neutro ou se está separado).
A norma IEC 60364
(1)
utiliza 2 letras para identificar as diferentes disposições
de ligação à terra.
● A 1ª letra descreve a ligação à terra do ponto neutro do transformador:
- T: ligado à terra,
- I: não ligado à terra.
● A 2ª letra descreve a ligação à terra das ECP do equipamento de carga:
- T: ligado à terra,
- N: ligado ao neutro, que está ligado à terra.
Neste caso (N), uma 3ª letra indica a relação entre os condutores neutro (N) e
protector (PE):
- C: condutor único utilizado para as duas funções,
- S: condutores separados.
(1) Substituído pela norma IECI 60076-7 Ed. 1. relativa a Power Transformer Loading Guide
(Guia de Carregamento de Transformador de Potência).
A norma define assim os sistemas seguintes:
● IT: neutro isolado
● TT: neutro ligado à terra
● TN-C: Condutor combinado protector ligado à terra e neutro (PEN)
● TN-S: Condutores separados neutro ligado à terra (N) e protector ligado à terra
(PE).
Disposições de ligação à terra para salas de computadores
Utilização sistemática do sistema TN-S
O sistema TN-S é a disposição de ligação à terra recomendada pelos fabricantes e
pelas normas para sistemas informáticos. Isto é porque fornece uma distribuição
monofásica ao mesmo tempo que assegura um potencial referencial para as ECP
com um condutor protector.
L1
L2
L3
PE
N
ECPs ECPs
3-ph loads ph-N loads
Fases: L1, L2, L3
Neutro: N
Condutor protector: PE
Pólo disjuntor: x
N e PE separados
Fig. 5.15. Sistema TN-S para centros informáticos
Os sistemas IT e TT são pouco adequados aos sistemas informáticos
Utilização com cargas de
computadores
APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 45
Tecnologia: UPS sem transformador
● O sistema de TI requer equipas operacionais competentes e uma monitorização
do isolamento sofisticada para localizar e eliminar falhas de isolamento antes de
uma segunda falha com uma corrente de activação alta poder provocar
perturbações.
APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 46
Tecnologia: UPS sem transformador
● O sistema TT é demasiado sensível a sobrecargas devido a raios para
dispositivos informáticos sensíveis.
● O sistema TN-C
(1)
(neutro ligado à terra combinado com condutor PE) não fornece
um potencial referencial fiável como o sistema TN-S.
As cargas monofásicas, frequentes em sistemas informáticos, provocam harmónicas
H3 e respectivos múltiplos de 3 (H6, H9, etc.) no neutro. As harmónicas fluem
posteriormente para o condutor PEN, onde podem provocar:
- perda de equipotencialidade PEN que se espalha pela blindagem e pode afectar o
funcionamento do sistema informático.
- correntes desequilibradoras elevadas nos caminhos dos cabos e na estrutura do
edifício devido a ligações à terra PEN frequentes. A radiação electromagnética
resultante nos caminhos dos cabos pode perturbar os dispositivos sensíveis.
(1)
O sistema TN-C pode ser utilizado a montante de um sistema TN-S, mas o contrário não é
permitido, porque pode provocar uma interrupção a montante do condutor protector, criando
assim um risco para a segurança de pessoas a jusante.
Recomendações dos fabricantes de computadores: recrie uma rede com
um neutro ligado à terra à entrada da sala de computadores
Os fabricantes de computadores recomendam que o sistema TN-S com o neutro
ligado à terra seja criado o mais perto possível das cargas. Isto deve ser posto em
prática, geralmente, à entrada da sala de computadores).
A utilização de um sistema TN-S sem esta medida, ou seja com o neutro ligado à
terra criado bastante mais a montante) pode criar uma potencial diferença entre a
terra e o neutro devido à distribuição a montante.
 Em conclusão, é aconselhável que crie um sistema TN-S à entrada da sala de
computadores com o neutro ligado à terra neste ponto para assegurar a distribuição
eléctrica limpa e adequada para o sistema informático.
Isto é realizado geralmente através de PDU (Unidades de distribuição de potência)
que incluem um transformador de entrada, possibilitando a obtenção de um
potencial referencial neutro fiável e assegurando o isolamento galvânico em todos
os modos de funcionamento da UPS (em entrada de CA normal ou de bypass).
Além disso, esta solução utiliza transformadores padrão que fornecem uma
fiabilidade bastante elevada ultrapassando a dos transformadores de saída de UPS.
Esta solução com um transformador de entrada é amplamente utilizada nos EUA
onde um sistema de distribuição trifásico de 480 V é instalado à entrada das salas
de computadores para alimentar um transformador de 208/480 V (fig. 5.16).
UPS A
PDU A
UPS B
PDU A
Blade server
Isolating
transformers
used to recreate
a TN-S system
with neutral
x
x x
x
..
Fig. 5.6. Exemplo de transformadores utilizados na entrada PDU para criar um sistema de
distribuição TN-S com um neutro.
APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 47
Tecnologia: UPS sem transformador
APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 48
Tecnologia: UPS sem transformador
Sistema IT ou TT a montante
Neste caso, a disposição de ligação à terra do sistema tem de ser alterada
para TN-S a jusante da UPS. Uma vez que o neutro não pode ter duas
referências à terra, o isolamento galvânico é necessário para todos os modos
de funcionamento da UPS (normal ou bypass).
● Para UPS com um transformador de saída, um transformador é adicionado
geralmente na entrada do bypass (consulte a fig. 5.17).
Esta solução tem dois inconvenientes:
- os dispositivos de protecção de 4 pólos têm de ser utilizados para ligar e
interromper o neutro no bypass,
- a distância D2 do neutro da UPS e das cargas podem afectar o potencial
neutro porque os transformadores de isolamento não estão localizados perto
das cargas.
● As UPS sem transformador da APC by Schneider Electric podem funcionar
em 3 fases sem um neutro. Isto possibilita a utilização de um sistema trifásico,
com três ligações até ao PDU ou equivalente e a recriação do sistema TN-S o
mais perto possível da aplicação (consulte o lado direito da fig. 5.17). Esta
disposição assegura um potencial referencial "limpo" para o PE.
 Além destas vantagens em termos de eficiência, pegada, peso e
correspondência de tensão, a tecnologia sem transformador é simples e
económica.
Solução com um transformador de potência Solução sem transformador
IT ou TT a montante - TN-S a jusante IT ou TT a montante - TN-S a jusante
Normal AC
input
Rectifier
charger
L1
L2
L3
N
LVMS
UPS
PE
Bypass AC
input
Bypass
transformer
Q3BP
Q4S
Q1
Inverter
Static
bypass
Battery QF1
Q5N
K3N
PE
Earthing
terminal
L1
L2
L3
N
Output
transformer
LVS
D2
IT
TT
Normal AC
input
Rectifier
charger
L1
L2
L3
N
LVMS
UPS
Bypass AC
input
Q3BP
Q4S
Q1
Inverter
Battery QF1
Q5N
K3N
PE
L1
L2
L3
N
LVS
Static
bypass
D1
IT
TT
Power Distribution Unit
transformer
Fixed and clean
reference for
Neutral
PE
Comparação das
diferente disposições
de ligação à terra a
montante
APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 49
Tecnologia: UPS sem transformador
Fig. 5.17. IT ou TT a monatnte e TN-S a jusante.
APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 50
Tecnologia: UPS sem transformador (Cont.)
Sistema TN-C ou TN-S a montante
Estas duas situações podem ser abordadas do mesmo modo. Com um
sistema TNH-C a montante, é possível separar o neutro e o PE a montante da
UPS (separando as ligações) e criar assim a situação com TN-S tanto a
montante como a jusante. No diagrama abaixo, o TN-C a montante simplifica a
distribuição. A Fig. 5.18 lustra o único caso de um sistema TN-C a montante.
Para fornecer um potencial referencial, é necessário criar um sistema de
distribuição "limpa", instalando um transformador à entrada das ala de
computadores (geralmente utilizando um PDU ou equivalente). Quanto maior
for a distância de D1 entre o transformador a montante e a saída da UPS, mais
necessária é esta solução, porque o potencial neutro pode ser afectado pela
distribuição a montante.
 Neste caso, as soluções que utilizam as UPS com ou sem um
transformador são idênticas, no entanto, a tecnologia sem transformadores
apresenta vantagens em temos de eficiência, pegada, peso e rigor da
regulação da potência.
Solução com um transformador de potência Solução sem transformador
TN-C a montante e TN-S a jusante TN-C a montante e TN-S a jusante
Normal AC
input
Rectifier/
charger
L1
L2
L3
N
LVMS
UPS
Bypass AC
input
Q3BP
Q4S
Q1
Inverter
Battery QF1
Q5N
K3N
L1
L2
L3
N
Static
bypass
D1
PE LVS
Power Distribution Unit
transformer
Fixed and clean
reference for
Neutral
Normal AC
input
Rectifier/
charger
L1
L2
L3
N
LVMS
UPS
Bypass AC
input
Q3BP
Q4S
Q1
Inverter
Battery QF1
Q5N
K3N
PE
L1
L2
L3
N
Static
bypass
D1
LVS
Power Distribution Unit
transformer
Fixed and clean
reference for
Neutral
Fig. 5,18. TN a montante e a jusante.
APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 51
Tecnologia: UPS sem transformador (Cont.)
Resultados da comparação
Soluções com um transformador de saída
● O transformador na saída da UPS é de um tipo específico, mais dispendioso e
exige mais espaço.
● É necessário adicionar um transformador na entrada de bypass, ou seja, a
instalação requer dispositivos de quatro pólos e um cabo neutro, ou é necessário
instalar um transformador de saída.
● O transformador adicionado não está localizado tão perto quanto possível das
cargas.
Soluções sem transformador
● As limitações provocadas por um transformador de saída da UPS são evitados.
● Um transformador é instalado à entrada da sala dos computadores, geralmente
num PDU. Não são necessários dispositivos de quatro pólos no bypass nem a
distribuição a montante do neutro.
No entanto, continua a ser necessário adicionar um transformador, mas existem
vantagens em termos de:
● Custo da UPS, isto é, sem transformador de potência específico e sem neutro na
linha de bypass,
● pegada e peso reduzidos,
● melhor regulação de saída para flutuações de carga rápidas.
 Pelas suas inúmeras vantagens, a tecnologia sem transformador está a
tornar-se rapidamente a solução preferida para UPS.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 52
Compatibilidade electromagnética (EMC)
Perturbações electromagnéticas
Todas as perturbações electromagnéticas envolvem três elementos.
Uma fonte
Uma fonte natural (atmosfera, terra, sol, etc.) ou, mais frequentemente, uma fonte
industrial (dispositivos eléctricos e electrónicos).
A fonte gera perturbações através de variações repentinas (impulso) nos valores
eléctricos (tensão ou corrente), definidas por:
• Uma forma de onda,
• Uma amplitude de onda (valor de pico),
• Um espectro de frequências,
• Um nível de energia.
Um modo de acoplamento
O acoplamento permite a transmissão de perturbações e pode ser:
• Capacitivo (ou galvânico), por exemplo, através de enrolamentos do
transformador,
• Indutivo, por um campo magnético radiado,
• Conduzido, por uma impedância comum, através de uma ligação à terra.
Uma vítima
Trata-se de qualquer dispositivo susceptível de sofrer perturbações e que funciona
incorrectamente devido à presença das perturbações.
Exemplos
Fontes
Em instalações de baixa tensão, as fontes incluem correntes variáveis súbitas
resultantes de:
• Falhas ou curto-circuitos,
• Comutação electrónica,
• Harmónicas de alta ordem,
• Descargas ou interrupção do transformador.
As frequências podem ser baixas (< 1 MHz) para frequências de alimentação e
respectivas harmónicas ou altas (> 1 MHz) no caso de descargas.
Acoplamento
• Capacitivo: transmissão de uma onde de descarga através de um transformador.
• Indutivo: Radiação de um campo magnético criado por uma das correntes acima.
A radiação cria uma força electromotiva induzida, ou seja, uma corrente capaz de
provocar perturbação induzida, nas ligações dos condutores que constituem os
cabos que alimentam os dispositivos e nos condutores de ligação à terra dos
dispositivos.
A título indicativo, uma radiação de 0,7 A/m pode causar perturbações num monitor
de vídeo.
Isso corresponde ao campo criado de 2,2 m à volta de um condutor que transporte
uma corrente de 10 A.
• Conduzido (impedância comum): aumento no potencial de uma ligação à terra.
Perturbações
Emissão, imunidade, susceptibilidade
Um dispositivo eléctrico está instalado num ambiente que pode sofrer mais ou
menos perturbações electromagneticamente. O mesmo tem de ser considerado
como uma fonte e possível vítima de perturbações electromagnéticas.
Dependendo do ponto de vista, pode falar-se de:
• O nível de emissão de uma fonte,
• O nível de compatibilidade de um ambiente,
• Os níveis de imunidade e susceptibilidade de uma vítima.
Estas noções são abordadas na página seguinte na secção sobre níveis de
perturbação definidos pelas normas.
Perturbações
electromagnéticas
Normas e recomendações
EMC
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 53
Compatibilidade electromagnética (EMC)
(Cont.)
Níveis de perturbação
A norma IEC 6100-2-4 define vários níveis de perturbação da EMC:
• Nível 0: sem perturbação,
• Nível de emissão: nível máximo autorizado para um utilizador num serviço
público ou para um dispositivo,
• Nível de compatibilidade: nível máximo de perturbação esperado um
determinado ambiente,
• Nível de imunidade: nível de perturbação que um dispositivo pode suportar,
• Nível de susceptibilidade: nível a partir do qual um dispositivo ou sistema
funciona incorrectamente.
Consequentemente, devem ser tomados em consideração dispositivos e
equipamento:
• Fontes, devem ser definidos limites (níveis de emissão) relativamente a
perturbações emitidas por dispositivos para evitar atingir níveis de
compatibilidade,
• Vítimas, devem também suportar níveis de perturbação superiores aos níveis de
compatibilidade, se ultrapassados, o que é permitido numa fase transitória. Estes
níveis superiores são os níveis de imunidade.
As normas EMC definem estes níveis.
 Lista das normas EMC, ver secção na página 34 sobre normas EMC.
Fig. 5.19 Níveis de perturbação de EMC para dispositivos susceptíveis de sofrer/provocar
perturbações.
Valores medidos
Os dispositivos são submetidos a testes.
São medidos cinco valores principais:
• CE – emissões conduzidas,
• RE – emissões radiadas,
• ESD – descargas electrostáticas,
• CS – susceptibilidade conduzida,
• RS – susceptibilidade radiada.
Os testes requerem recursos importantes, nomeadamente uma gaiola de Faraday
para as emissões conduzidas e a susceptibilidade e uma câmara anecóica para as
emissões radiadas.
A APC by Schneider Electric possui câmaras de teste anecóicas certificadas.
APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 54
Compatibilidade electromagnética (EMC)
(Cont.)
Fig. 5.20 Cinco valores de medição principais.
Ups funcionamento  lard 8 k6kbb-r2_pt
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  • 1. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 1 Revisão teórica Índice Cargas de alimentação sensíveis .....................................2 Tipos de perturbações eléctricas..........................................................2 Principais perturbações na energia eléctrica de baixa tensão..............3 UPS...................................................................................4 A solução UPS .....................................................................................4 Aplicações UPS....................................................................................5 Tipos de UPS....................................................................7 UPS estáticas ou rotativas ...................................................................7 Tipos de UPS estáticas ........................................................................9 Componentes de UPS e funcionamento...........................16 Componentes de uma UPS..................................................................16 Principais características dos componentes de UPS ...........................19 Diagrama de resumo das características principais.............................24 Modos de funcionamento da UPS........................................................25 Configurações da UPS.........................................................................26 Tecnologia ........................................................................28 UPS sem transformador.......................................................................28 Compatibilidade electromagnética (CEM).........................34 Perturbações electromagnéticas..........................................................34 Normas de CEM e recomendações ....................................................35 Normas relativas a UPS....................................................36 Âmbito e cumprimento das normas......................................................36 Normas principais relativas a UPS.......................................................36 Armazenamento de energia..............................................39 Tecnologias possíveis ..........................................................................39 Baterias ................................................................................................39 Volantes ...............................................................................................43 Combinação de UPS/gerador ...........................................46 Utilização de um gerador .....................................................................46 Combinação de UPS/gerador...............................................................46 Condições transitórias da carga........................................48 Revisão de correntes de irrupção.........................................................48 Harmónicas.......................................................................49 Harmónicas ..........................................................................................49 Valores característicos de harmónicas.................................................51 Cargas não lineares e tecnologia PWM (gerador de impulsos modulados) .......................................................................54 Desempenho de carga não linear de UPS com tecnologia PWM ........54 Comparação de fontes diferentes ........................................................57 Corte de frequência livre ......................................................................58 Rectificador de PFC..........................................................60
  • 2. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 2 Alimentação de cargas sensíveis Os sistemas de distribuição de energia, tanto públicos como privados, em teoria fornecem aos equipamentos eléctricos uma tensão sinusoidal de amplitude e frequência fixas (por exemplo, 400 volts rms, 50 Hz, em sistemas de baixa tensão. No entanto, em condições reais, as redes de distribuição de energia eléctrica públicas indicam que o nível de flutuação se situa entre os valores nominais. A norma EN 50160 define as flutuações normais na tensão de alimentação de baixa tensão nos sistemas de distribuição europeus da seguinte forma: • Tensão +10% a -15% (rms (valor eficaz) médio a intervalos de 10 minutos), da qual 95% têm de estar no intervalo +10% por semana. • Frequência +4 a 6% ao longo de um ano com ±1% para 99,5% do tempo (ligações síncronas num sistema interligado). Na prática, contudo, além das flutuações indicadas, a tensão sinusoidal é sempre distorcida até certo nível pelas várias perturbações que ocorrem no sistema.  Consulte a Nota de Aplicação NA 18 “Os Sete Tipos de Problemas de Potência” Origens das perturbações Energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública A energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública pode sofrer perturbações, ou até cortes, devido aos fenómenos seguintes: • Fenómenos atmosféricos que afectem as linhas aéreas ou os cabos subterrâneos - raios que podem provocar uma sobretensão súbita no sistema, - o gelo que se pode acumular nas linhas aéreas e fazer com que estas sejam cortadas, • Acidentes: - um ramo cair sobre uma linha, o que pode provocar um curto-circuito ou o corte de uma linha, - o corte de um cabo, por exemplo durante a escavação de valas ou outros trabalhos de construção, - uma falha na rede de distribuição de energia eléctrica pública • Desequilíbrio entre fases • A ligação de dispositivos de protecção ou de controlo ao sistema público de distribuição de energia eléctrica, para fins de rejeição de carga ou de manutenção. Equipamento do utilizador Alguns equipamentos podem provocar perturbações no sistema de distribuição de energia eléctrica público, por exemplo: • Equipamento industrial: - motores, que podem provocar quedas de tensão devido a correntes de irrupção no arranque, - equipamento como fornos de arco e máquinas de soldagem, que podem provocar quedas de tensão e interferências de frequência muito alta, • Equipamento electrónico de potência (fontes de alimentação com modo de comutação, unidades de velocidade variável, balastros electrónicos, etc.), que provocam frequentemente harmónicas, • Instalações de edifícios, como elevadores, que provocam correntes de irrupção ou lâmpadas fluorescentes que provocam harmónicas. Tipos de perturbações As perturbações devidas às causas acima são resumidas na tabela seguinte, de acordo com as definições contidas nas normas EN 50160 e ANSI 1100-1992. Consulte WP 18  Tipos de perturbações eléctricas
  • 3. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 3 Alimentação de cargas sensíveis (Cont.) Perturbações Características Causas principal Consequências principais Falhas de energia Micro-falhas Ausência total de tensão ≤ 10 min Condições atmosféricas, comutação, falhas, intervenções na rede. Funcionamento com falhas e perda de dados (sistemas informáticos) ou produção interrompida (processos contínuos). Falhas Ausência total de tensão por mais do que um período. - breve falha de energia: ≤ 3 minutos (70% das falhas duram menos de 1 s) - falha prolongada: > 3 minutos Condições atmosféricas, comutação, falhas, acidentes, cortes de linhas, intervenções na rede de distribuição. Dependendo da duração, inoperatividade das máquinas e riscos para as pessoas (por exemplo, elevadores), perda de dados (sistemas informáticos) ou produção interrompida (processos contínuos). Variações de tensão Quebras de tensão Redução no valor da tensão rms para menos de 90% do valor nominal (mas superior a 0%), com regresso a um valor superior a 90% num intervalo de 10 min a 1 minuto. Fenómenos atmosféricos, flutuações de carga, curto-circuito num circuito vizinho. Inoperatividade de máquinas, anomalias, danos no equipamento e perda de dados. Sobretensão Aumento temporário para mais do que 10% da tensão nominal, por um período de 10 min a alguns segundos. - Qualidade dos geradores utilitários e dos sistemas de transmissão. - Interacção entre geradores e flutuações de carga no sistema de potência utilitário. - Ligar o sistema de potência utilitário. - Interrupção de cargas de alta potência (por exemplo, motores, baterias de condensadores). - Para sistemas informáticos: Corrupção dos dados, erros de processamento, encerramento do sistema, tensão sobre componentes. - Aumento de temperatura e envelhecimento prematuro do equipamento. Subtensão Queda de tensão com a duração de alguns minutos a dias. Pico de consumo, quando o utilitário não consegue satisfazer a necessidade e tem de reduzir a sua tensão para limitar a potência. Encerramento de sistemas informáticos. Corrupção ou perda de dados. Aumento da temperatura. Envelhecimento prematuro do equipamento. Picos de tensão Salto súbito e de grandes dimensões na tensão (por exemplo, 6 kV). Queda de raios nas proximidades, descargas estáticas. Erros de processamento, corrupção de dados, encerramento do sistema. Danos em computadores, placas electrónicas. Desequilíbrio de tensão (em sistemas trifásicos) Situação em que o valor de rms das tensões de fase ou os desequilíbrios entre fases são desiguais. - Fornos de indução - Cargas monofásicas desequilibradas. - Aumento da temperatura. - Desactivação de uma fase. Variações de frequência Flutuações de frequência Instabilidade de frequência. Normalmente +5%, - 6% (media para intervalos de tempo de dez segundos). - Regulação de geradores. - Funcionamento irregular de geradores. - Fonte (gerador) de frequência instável. Estas variações ultrapassam as tolerâncias de determinados instrumentos e hardware de computador (frequentemente ± 1%) e, por isso podem provocar a perda ou corrupção de dados Oscilações As oscilações nos sistemas de iluminação devido a queda de tensão e frequência. (< 35 Hz). Máquinas de soldagem, motores, fornos de arco, máquinas de raios- X, laser, baterias de condensadores. Perturbações fisiológicas. Outras perturbações Transitórias de AF Salto de tensão súbito, de grandes dimensões e muito curto. Semelhante a um pico de tensão. Fenómenos atmosféricos (raios) e comutação. Destruição de equipamento, envelhecimento acelerado, avaria de componentes ou isoladores. Curta duração < 1 µs Amplitude < 1 a 2 kV em frequências de várias dezenas de MHz. Abertura e fecho repetidos de relés e contactores. Média duração > 1 µs e ≤ 100 µs Valor de pico 8 a 10 veze superior ao do valor nominal até vários MHz. As falhas (raios) ou a comutação de alta tensão são transmitidas ao sistema de baixa tensão por acoplamento electromagnético. Longa duração > 100 µs Valor de pico 5 a 6 vezes superior ao do valor nominal até várias centenas de MHz. Interrupção de cargas indutivas ou de falhas de alta tensão transmitidas ao sistema de baixa tensão por acoplamento
  • 4. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 4 Alimentação de cargas sensíveis (Cont.) electromagnético. Distorção harmónica Distorção da corrente e da tensão sinusoidais devido às correntes harmónicas absorvidas pelas cargas não lineares. O efeito das harmónicas acima da 25ª ordem é negligenciável. As máquinas eléctricas com núcleos magnéticos (motores, transformadores de descarga, etc.), fontes de alimentação com modo de comutação, fornos de arco, unidades de velocidade variável. Sobredimensionamento do equipamento, aumento da temperatura, fenómenos de ressonância com condensadores, destruição de equipamento (transformadores). Compatibilidade electromagnética (CEM) Perturbações de condução ou radiação electromagnética ou electroestática. O objectivo é assegurar níveis reduzidos de emissões e uma alta imunidade. A comutação de componentes electrónicos (transístores, tirístores, díodos, descargas electroestáticas. Avarias de dispositivos electrónicos sensíveis.
  • 5. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 5 UPS As actividades económicas modernas dependem cada vez mais das tecnologias digitais, que são muito sensíveis a perturbações eléctricas. Como resultado, inúmeras aplicações necessitam de uma fonte de alimentação de reserva para se protegerem do risco das perturbações na rede de distribuição de energia eléctrica pública: • Os processos industriais e os respectivos sistemas de controlo/monitorização – riscos de perdas de produção, • Aeroportos e hospitais – riscos para a segurança das pessoas, • Tecnologias de informação e comunicação relacionadas com a Internet – riscos de paragens nos processamentos, com custos extremamente elevados por cada hora de indisponibilidade, devido à interrupção na troca de dados vitais, necessária para as empresas globais. UPS Uma UPS (sistema de alimentação ininterrupta) é utilizada para fornecer uma alimentação segura a aplicações sensíveis. Uma UPS é um dispositivo eléctrico instalado entre o utilitário e as cargas sensíveis que fornece tensão oferecendo: • Alta qualidade: a sinusoidal de saída está livre de todas e quaisquer perturbações da rede de distribuição de energia eléctrica pública e dentro das tolerâncias estritas de amplitude e frequência, • Disponibilidade elevada: o fornecimento contínuo de tensão, dentro das tolerâncias especificadas, é assegurado for uma fonte de alimentação de reserva. A alimentação de reserva é geralmente uma bateria que, se necessário, intervém sem interrupções de alimentação, para substituir a energia eléctrica distribuída pela rede pública e fornecer o tempo de reserva de que a aplicação necessita. Estas características fazem das UPS a fonte de alimentação ideal para todas as aplicações sensíveis, uma vez que asseguram a qualidade e a disponibilidade da alimentação, independentemente do estado da rede de distribuição de energia eléctrica pública. Componentes de uma UPS Uma UPS inclui normalmente os componentes principais listados a seguir. Rectificador/carregador Absorve a energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública e produz uma corrente CC para alimentar o inversor e carregar ou recarregar a bateria. Inversor Regenera completamente uma sinusoidal de saída de tensão de alta qualidade: • Livre de todas as perturbações da rede de distribuição de energia eléctrica pública, nomeadamente das micro-interrupções de energia, • Dentro das tolerâncias compatíveis com os requisitos dos dispositivos electrónicos sensíveis (por exemplo, tolerâncias de amplitude ± 0,5% e frequência ± 1%, comparadas com ± 10% e ± 5% nos sistemas de distribuição de energia eléctrica públicos, que correspondem a factores de melhoria de 20 e 5, respectivamente. Nota. O termo inversor é utilizado algumas vezes para designar uma UPS, quando, na realidade, se trata de uma peça da UPS. Bateria A bateria fornece tempo de reserva de funcionamento suficiente (de 6 minutos a várias horas), intervindo para substituir a energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública. Bypass estático O bypass estático assegura uma transferência sem interrupções da carga do inversor para a rede de distribuição de energia eléctrica pública directa e vice-versa. A transferência sem interrupções é realizada por um dispositivo que implementa SCR (por vezes denominados de comutadores estáticos). O bypass estático torna possível continuar a fornecer a carga, mesmo que ocorra um erro interno ou durante a manutenção dos módulos rectificadores/carregadores e inversores. Também pode servir para transferências para solicitar a potência total disponível a montante, em caso de sobrecargas (por exemplo, curto-circuitos) que ultrapassem a capacidade da UPS. The UPS solution
  • 6. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 6 UPS Durante o funcionamento com base no bypass estático, a carga é fornecida directamente pela rede de distribuição de energia eléctrica pública e deixa de estar protegida (funcionamento em modo reduzido). Bypass de manutenção Este bypass pode ser utilizado para fornecer a carga directamente com a energia da rede pública, sem recorrer ao inversor ou ao comutador estático. A transferência para o bypass de manutenção é iniciada pelo utilizador através de comutadores. Accionar os comutadores necessários é a forma de isolar o bypass estático e o inversor para manutenção, ao mesmo tempo que se continua a fornecer a carga em modo reduzido.
  • 7. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 7 UPS (Cont.) HV/LV transformer HV system Non-sensitive loads Normal utility power (disturbances and system tolerances) Static bypass Maintenance bypass Inverter Battery Rectifier/ charger Sensitive loads UPS Reliable power (no disturbances, within strict tolerances and available due to battery backup power) Fig. 5.1. A solução UPS. As UPS são utilizadas para uma ampla gama de aplicações que necessitam de corrente eléctrica que está disponível em permanência e que não é afectada pelas perturbações da rede de distribuição de energia eléctrica pública. A tabela abaixo apresenta várias aplicações. Para cada uma delas, indica a sensibilidade da aplicação a perturbações e o tipo de UPS adequado para protecção. As aplicações que necessitam deste tipo de instalação são: • Sistemas informáticos, • Telecomunicações, • Indústria e instrumentos, • Outras aplicações. As tipologias de UPS necessárias são apresentadas na página 9, “Tipos de UPS estáticas”. Entre estas incluem-se as UPS estáticas que implementam as tipologias seguintes: • Estado em espera passivo, • Interacção com o sistema de distribuição, • Conversão dupla. Aplicações UPS
  • 8. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 8 UPS (Cont.) Aplicações UPS Aplicação Dispositivos protegidos Necessária protecção contra Tipo de UPS (consulte p. 8)Micro- interrupçõ es Interrupçõ es Variações de tensão Variações de frequência Outra Sistemas informáticos Centros de dados - Compartimento de grandes dimensões para servidores montados em bastidores - Centros de dados da Internet ***** ***** ***** ***** ***** Conversão dupla Redes empresariais - Conjuntos de computadores com terminais e dispositivos periféricos (unidades de armazenamento de banda, unidades de disco, etc.) ***** ***** ***** ***** ***** Conversão dupla Pequenas redes ou servidores - Redes compostas por PC ou estações de trabalho, redes de servidores (WAN, LAN) **** **** *** *** ** Interacção com o sistema de distribuição Computadores autónomos - PC, estações de trabalho - Dispositivos periféricos: Impressoras, plotters, correio de voz ** ** * * ** Em espera passiva Telecomunicações Telecomunicações - PPCA digitais ***** ***** ***** ***** ***** Conversão dupla Indústria e instrumentos Processos industriais - Controlo de processo - PLC - Sistemas de controlo numérico - Sistemas de controlo - Sistemas de controlo robotizado/monitorização - Máquinas automáticas *** ***** *** *** **** Conversão dupla Medicina e laboratórios - Instrumentação - Scanners (60 Hz) **** ***** **** **** *** Conversão dupla Equipamento industrial - Máquinas-ferramentas - Robôs de soldagem - Prensas de injecção do plástico - Dispositivos de regulação precisa (sector têxtil, do papel, etc.) - Equipamento de aquecimento para fabrico de semi-condutores, vidro, materiais puros *** **** *** *** *** Conversão dupla Sistemas de iluminação - Edifícios públicos (elevadores, equipamento de segurança) - Túneis - Iluminação de pistas em aeroportos ** **** *** *** ** Conversão dupla Interacção com o sistema de distribuição Outras aplicações Frequências especiais - Conversão de frequência - Fontes de alimentação para aeronaves (400 Hz) **** **** **** ***** *** Conversão dupla * reduzida sensibilidade a perturbações ***** elevada sensibilidade a perturbações
  • 9. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 9 Tipos de UPS Soluções de UPS estáticas ou rotativas Existem dois tipos principais de UPS (figura 5.2 e detalhes em  Nota de Aplicação NA 92 - "Comparação de UPS Estáticas e Rotativas") que diferem basicamente no modo como a função de inversor da UPS é implementada. Solução estática Estas UPS utilizam componentes electrónicos para executar a função de inversor. Obtém-se uma “função de inversor estático”. Solução rotativa Estas UPS utilizam máquinas rotativas para executar a função de inversor. Obtém-se uma “função de inversor rotativo”. Na realidade, estas UPS combinam um motor e um gerador com um inversor estático extremamente simplificado. O inversor filtra as perturbações da rede de distribuição de energia eléctrica pública e regula apenas a frequência da sua tensão de saída (normalmente em forma de "ondas quadradas") que alimenta um conjunto de motor/gerador regulado que, por vezes, é combinado com um volante. O conjunto de motor/gerador gera uma tensão de saída sinusoidal, assumindo a frequência de saída do inversor como referência. Fig. 5.2. UPS estáticas e rotativas Comparação Solução rotativa Os argumentos frequentemente apresentados a favor desta solução são os seguintes: • Corrente elevada de curto-circuito do gerador na ordem dos 10 In (dez vezes a corrente nominal), o que facilita a instalações de dispositivos de protecção, • Capacidade de sobrecarga de 150% (da corrente nominal) num período mais alargado (dois minutos em vez de um), • Instalação a jusante, isolada galvanicamente da fonte de CA a montante devido ao conjunto motor/gerador, • Impedância interna que fornece alta tolerância às cargas não lineares frequentemente detectadas com as fontes de alimentação com modo de comutação utilizadas pelos sistemas informáticos. UPS estáticas ou rotativas Consulte WP 92 
  • 10. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 10 Tipos de UPS (Cont.) Solução estática Comparada com as vantagens das soluções rotativas As UPS estáticas da APC by Schneider Electric oferecem as vantagens listadas abaixo. • Funcionamento em modo de limitação de corrente (por exemplo, até 2,33 In para MGE Galaxy 5000) com descriminação assegurada para circuitos calculados até In/2. Estas características, que na prática são mais do que suficientes, previnem as desvantagens dos sistemas rotativos: - sobreaquecimento de cabos, - os efeitos de uma corrente de curto-circuito excessiva e a correspondente queda de tensão nos dispositivos sensíveis, durante o tempo que os dispositivos de protecção demoram a eliminar a falha. • Capacidade de sobrecarga de 150% (da corrente nominal) por um minuto. A capacidade de sobrecarga de dois minutos não tem qualquer utilidade prática, uma vez que a maior parte das sobrecargas é muito curta (menos de um segundo, por exemplo, em correntes de irrupção de motores, transformadores e electrónica de potência. • Isolamento galvânico, quando necessário, através de um transformador de isolamento. • Operação de conversão dupla que isola completamente a carga da rede de distribuição de energia eléctrica pública e regenera a tensão de saída através de uma regulação precisa da amplitude da tensão e da frequência. • Impedância interna muito baixa para um mais elevado desempenho com cargas não lineares devido à utilização das tecnologias de transístor de potência. Outras vantagens  As soluções estáticas fornecem muitas outras vantagens, devido à tecnologia de transístor de potência combinada com a técnica de corte de PWM. • Concepção geral simplificada, com uma redução do número de peças e ligações, bem como do número de possíveis causas de erro. • Capacidade de reagir instantaneamente à amplitude e às flutuações de frequência da energia eléctrica da rede de distribuição pública através da regulação da comutação controlada por microprocessadores baseada em técnicas de amostragem digital. A amplitude da tensão volta às condições reguladas (± 0.5% ou ± 1% dependendo do modelo) em menos de 10 milissegundos para alterações do escalão da carga de até 100%. No intervalo de tempo indicado, uma alteração do escalão da carga como esta produz uma variação da tensão da carga inferior a, por exemplo, ± 2% para MGE Galaxy PW e Galaxy 5000. • Uma eficiência elevada e constante, independentemente da carga em percentagem, que é uma grande vantagem para unidades UPS redundantes com baixas cargas em percentagem. Uma unidade UPS estática com uma carga de 50% mantém uma eficiência elevada (94%), enquanto a eficiência de uma UPS rotativa cai para o intervalo entre 88-90% (valor típico), o que tem um impacto directo nos custos operacionais. • Configurações redundantes que fornecem uma disponibilidade elevada na estrutura de sistemas de alimentação ultra-fiáveis (por exemplo, para centros de dados). • Integração possível em arquitecturas redundantes com funções separadas que facilitam a manutenção, isolando partes da instalação. Os sistemas rotativos integram a UPS, a fonte de alimentação de reserva e o gerador como um único componente, impossibilitando assim a separação das funções. • Sem pontos únicos de falha. Os sistemas rotativos que incorporam volantes dependem da capacidade do motor para arrancar rapidamente (normalmente em menos de 12 segundos). Isto significa que o motor tem de estar em perfeito estado e ser alvo de uma manutenção rigorosa. Se o motor não arrancar, não existe tempo para desligar as cargas críticas ordenadamente.  Pense também nas seguintes vantagens que não podem ser negligenciadas. • reduzidas dimensões e peso, • sem desgaste das peças rotativas, o que torna a manutenção mais fácil e rápida. Por exemplo, os sistemas rotativos requerem a verificação do alinhamento das partes rotativas e a substituição dos rolamentos após 2 a 6 a nos é uma operação de grandes dimensões (mecanismo de elevação, aquecimento e arrefecimento dos rolamentos durante a substituição).
  • 11. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 11 Tipos de UPS (Cont.) Conclusão Dadas as vantagens apresentadas acima, as UPS estáticas são utilizadas numa grande maioria dos casos e, em particular, para aplicações de alta potência.  Nas páginas seguintes, entende-se que o termo fonte de alimentação ininterrupta (UPS) significa a solução estática.
  • 12. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 12 Tipos de UPS (Cont.) Normas UPS Devido a um enorme aumento do número de cargas sensíveis, o termo "UPS" inclui agora dispositivos que vão de algumas centenas de VA para computadores de secretária a vários MVA para centros de dados e sites de telecomunicações. Ao mesmo tempo, foram desenvolvidas tipologias diferentes e os nomes utilizados para os produtos disponíveis no mercado nem sempre são claros (ou chegam a ser enganadores) para os utilizadores finais. Foi por isso que a IEC (Comissão Electrotécnica Internacional) estabeleceu normas que regem os tipos de UPS, bem como as técnicas utilizadas para medir os seus níveis de desempenho, e esses critérios foram adoptados pelo CENELEC (Comité Europeu de Normalização). A norma IEC 62040-3 e a sua equivalente europeia EN 62040-3 definem três tipos de normas (topologias) de UPS e os seus níveis de desempenho. As tecnologias da UPS incluem: ● Modo em espera passivo, ● Interactividade linear, ● Conversão dupla. Potência de entrada de CA Estas definições dizem respeito ao funcionamento da UPS relativamente à fonte de alimentação, incluindo o sistema de distribuição a montante da UPS. As normas definem os termos seguintes: • Alimentação primária: alimentação normalmente disponível em contínuo que, em geral, é fornecida por uma companhia de distribuição de energia eléctrica, mas por vezes é-o pelo gerador do próprio utilizador, • Potência em espera: A potência que se destina a substituir a alimentação primária em caso de uma falha desta última, Na prática, uma UPS tem uma ou duas entradas: • Entrada de CA normal (ou Principal 1), alimentada pela alimentação principal, • Entrada de CA de Bypass (ou Principal 2), alimentada pela potência em espera (em geral, através de um cabo separado a partir do mesmo quadro de comutação principal de baixa voltagem (MLVS). UPS em funcionamento no modo em espera passivo  A UPS é instalada em paralelo com a rede de distribuição pública e serve de reserve à mesma. A bateria é carregada por um carregador separado do inversor. Princípio de funcionamento • Modo normal - O inversor funciona em modo em espera passivo. - A carga é fornecida através da rede de distribuição de energia eléctrica pública por intermédio de um filtro que elimina determinadas perturbações e fornece um certo nível de regulação da tensão. - As normas não mencionam este filtro, falando simplesmente de um "comutador UPS". Indicam igualmente que "podem ser incorporados dispositivos adicionais para fornecer o condicionamento da potência, por exemplo, um transformador ferro- ressonante ou um transformador com regulação". • Modo de reserva da bateria - Quando a tensão de entrada de CA está fora das tolerâncias especificadas para a UPS, ou quando ocorre uma falha da rede de distribuição de energia eléctrica pública, o inversor e a bateria intervêm para assegurar uma fornecimento contínuo de potência à carga após um tempo de transferência muito curto (geralmente, inferior a 10 min). As normas não estipulam um tempo, mas indicam que "a carga [é] transferida directamente para o inversor ou através do comutador da UPS (que pode ser electrónico ou electromecânico)". - A UPS continua a funcionar com base na potência da bateria até ao fim do tempo de reserva da bateria ou até a rede de distribuição de energia eléctrica pública ser reposta, o que provoca uma transferência da carga de novo para a entrada de CA (modo normal). Tipos de UPS estáticas
  • 13. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 13 Tipos de UPS (Cont.) Fig. 5.3. UPS em funcionamento no modo em espera passivo Vantagens • Diagrama simples. • Custo reduzido. Desvantagens • Não existe um verdadeiro isolamento da carga relativamente ao sistema de distribuição a montante. • Tempo de transferência. Funciona sem um comutador estático real, por isso é necessário algum tempo para transferir a carga para o inversor. Este tempo é aceitável para algumas aplicações individuais, mas é incompatível com o desempenho exigido por sistemas mais sofisticados e mais sensíveis (grandes centros de informática, centrais telefónicas, etc.). • Sem regulação da frequência de saída, que é simplesmente a da rede de distribuição de energia eléctrica pública. Utilização Esta configuração é, de facto, um compromisso entre um nível aceitável de protecção contra perturbações e custo. As desvantagens mencionadas significam que, na prática, este tipo de UPS só pode ser utilizado para classificações de baixa tensão (< 2 kVA) e não pode ser utilizado como conversor de frequência. UPS em funcionamento no modo de interactividade linear  O inversor está ligado em paralelo com a entrada de CA numa configuração em espera, e carrega igualmente a bateria. Interage assim (exploração reversível) com a fonte de entrada de CA. Princípio de funcionamento • Modo normal A carga é fornecida com potência condicionada através de uma ligação de porta paralela da entrada de CA e do inversor. Enquanto a energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública se mantiver dentro das tolerâncias, o inversor regula as flutuações da tensão de entrada. Caso contrário (exploração reversível), carrega a bateria. A frequência de saída depende da frequência de entrada de CA. • Modo de reserva da bateria - Quando a tensão de entrada de CA se encontrar fora das tolerâncias para UPS ou ocorrer uma falha da rede de distribuição de energia eléctrica pública, o inversor e a bateria intervêm para assegurar um fornecimento contínuo de potência à carga. O comutador de potência (por exemplo, o comutador estático) também desliga a entrada de CA para impedir que a potência do inversor flua para montante. - A UPS continua a funcionar com base na potência da bateria até ao fim do tempo de reserva da bateria ou até a rede de distribuição de energia eléctrica pública ser
  • 14. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 14 Tipos de UPS (Cont.) reposta, o que provoca uma transferência da carga de novo para a entrada de CA (modo normal).
  • 15. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 15 Tipos de UPS (Cont.) • Modo bypass Este tipo de UPS pode ser equipado com um bypass. Se uma das funções da UPS falhar, a carga pode ser transferida para a entrada de CA do bypass através do bypass de manutenção. Fig. 5.4. UPS em funcionamento no modo de interactividade linear Vantagens • O custo pode ser inferior ao de uma UPS de conversão dupla com a classificação de potência equivalente porque o inversor não funciona em contínuo. Desvantagens • Não existe um verdadeiro isolamento da carga relativamente ao sistema de distribuição a montante, assim: - a sensibilidade às variações da tensão da rede de distribuição de energia eléctrica pública e as solicitações frequentes do inversor, - influência das cargas não lineares a jusante na tensão de entrada a montante. • Sem regulação da frequência de saída, que é simplesmente a da rede de distribuição de energia eléctrica pública. • Condicionamento medíocre da tensão de saída por o inversor não estar instalado em série com a entrada de CA. A norma fala de "potência condicionada", dada a ligação em paralelo da entrada de CA e do inversor. Contudo, o condicionamento é limitado pela sensibilidade das flutuações da tensão a jusante e a montante e pelo modo de exploração reversível do inversor. • A eficiência depende de: - o tipo de carga. Com cargas não lineares, a corrente absorvida inclui harmónicas que alteram a fundamental. As correntes harmónicas são fornecidas pelo inversor reversível que regula a tensão e a eficiência é bastante reduzida. - a carga em percentagem. A potência necessária para carregar a bateria torna-se cada vez mais significativa enquanto a carga em percentagem diminui. • Existe um ponto único de falha devido à inexistência de um bypass estático, i.e. se ocorrer uma avaria, a UPS é encerrada. Utilização Esta configuração não é adequada para a regulação de cargas sensíveis na classificação de média a alta potência porque a regulação da potência não é possível. Por este motivo, raramente é utilizada para além das classificações de baixa potência.
  • 16. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 16 Tipos de UPS (Cont.) UPS de conversão dupla  O inversor é ligado em série entre a entrada de CA e a aplicação. A alimentação fornecida continuamente à carga flui através do inversor. Princípio de funcionamento • Modo normal Durante o funcionamento normal, toda a alimentação fornecida à carga passa através do rectificador/carregador e inversor que, juntos, executam uma conversão dupla (CA-CC-CA), e daqui o nome. A tensão é regenerada e regulada em contínuo. • Modo de reserva da bateria - Quando a tensão de entrada de CA se encontra fora das tolerâncias especificadas para a UPS ou existe uma falha da rede de distribuição de energia eléctrica pública, o inversor e a bateria intervêm para assegurar um fornecimento contínuo de potência à carga. - A UPS continua a funcionar com base na potência da bateria até ao fim do tempo de reserva da bateria ou até a rede de distribuição de energia eléctrica pública ser reposta, o que provoca uma transferência da carga de novo para a entrada de CA (modo normal). • Modo bypass Este tipo de UPS inclui um bypass estático (por vezes denominado comutador estático) que assegura uma transferência ininterrupta da carga do inversor para a rede de distribuição de energia eléctrica pública directa e vice-versa. A carga é transferida para o bypass estático, nas situações seguintes: - falha da UPS, - transitórios de correntes de carga (correntes de irrupção ou de falha), - sobrecargas, - fim do tempo de reserve da bateria. A presença de um bypass estático assume que as frequências de entrada e de saída são idênticas, o que significa que não pode ser utilizado como um conversor de frequência. Se os níveis de tensão não forem idênticos, é necessário um transformador de bypass. A UPS é sincronizada com a entrada de CA do bypass para assegurar transferências ininterruptas do inversor para a linha do bypass. Nota. Está disponível uma outra linha de bypass, frequentemente denominada bypass de manutenção, para fins de manutenção. É fechada por um comutador manual. Fig. 5.5. UPS de conversão dupla.
  • 17. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 17 Tipos de UPS (Cont.) Vantagens • Regeneração completa da potência de saída, quer esta provenha da rede de distribuição de energia eléctrica pública ou da bateria. • Isolamento total da carga do sistema de distribuição e respectivas perturbações. • Intervalo de tensão de entrada bastante alargado, mas com uma regulação precisa da tensão de saída. • Independência das frequências de entrada e de saída, assegurando assim uma frequência de saída dentro das tolerâncias estritas. Capacidade para funcionar como um conversor de frequência (se planeado para esse efeito), através da desactivação do comutador estático. • Níveis de desempenho bastante mais elevados sob condições transitórias e em estado estável. • Passagem instantânea para o modo de reserva da bateria se ocorre uma falha da rede de distribuição de energia eléctrica pública. • Transferência ininterrupta para uma linha de bypass (modo bypass). • Bypass manual (normalmente normalizado) para facilitar a manutenção. Desvantagens • Preço mais elevado, que é compensado pelas inúmeras vantagens. Utilização Esta configuração é a mais completa em termos de protecção da carga, possibilidades de regulação e níveis de desempenho. Assegura nomeadamente a independência da tensão e à frequência de saída relativamente à tensão e à frequência de entrada. As suas inúmeras vantagens significam que se trata praticamente da única configuração utilizada para classificações de média e de alta potência (acima de 10 kVA). Conclusão As UPS de conversão dupla representam a grande maioria dos sistemas de média a alta potência vendidos (95% começando por poucos kVA e 98% para as de 10 kVA e superior). Isto deve-se aos seus inúmeros pontos fortes na satisfação das necessidades das cargas sensíveis com estas classificações de potência e é em grande parte resultado do inversor posicionado em série com a entrada de CA. E o que é mais importante, têm muito poucos pontos fracos à excepção do custo elevado, que é necessário para oferecer um nível de desempenho frequentemente indispensável, dada a natureza crítica das cargas protegidas. Um outro ponto fraco são perdas um pouco mais altas (algumas por cento). Nas classificações de potência em consideração, as outras tecnologias são marginais, apesar de um custo significativamente inferior. Têm as desvantagens listadas abaixo. • Sem regulação de tensão para UPS no modo em espera passivo. • Sem regulação de frequência para UPS no modo em espera passivo e UPS no modo de interactividade linear. • Isolamento medíocre (frequentemente um protector contra picos) da entrada de CA devido à configuração em paralelo do inversor. Conclusão  Para classificações de baixa potência (< 2 kVA), as três tecnologias normalizadas coexistem. É a relação custo-eficácia das funções de protecção relativamente aos requisitos das cargas e os riscos corridos (para pessoas, produção, etc.) que determinam a selecção de uma das três tipologias. A UPS online de conversão delta Esta concepção de UPS, ilustrada na Figura 5.6, é uma tecnologia mais recente, com 10 anos, que foi introduzida para eliminar os inconvenientes da consepção online de conversão dupla e está disponível em tamanhos que vão dos 5 kVA a 1,6
  • 18. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 18 Tipos de UPS (Cont.) MW. Semelhante à concepção online de conversão dupla, a UPS online de conversão delta tem sempre o inversor a fornecer a tensão de carga. No entanto, o conversor delta adicional também fornece potência à saída do inversor. Em condições de uma falha ou perturbações de CA, esta concepção exibe um comportamento idêntico ao do online de conversão dupla. DELTA CONVERTER BATTERY MAIN INVERTER AC DC DC AC STATIC BYPASS SWITCH DELTA TRANSFORMER Figura 5.6: UPS online de conversão delta Uma forma simples de compreender a eficiência energética da topologia de conversão delta é pensar na energia necessária para entregar um pacote do 4º andar ao 5º andar de um edifício, como exemplificado na Figura 5.7. A tecnologia de conversão Delta economiza energia transportando o pacote apenas na diferença (delta) entre os pontos de início e de fim. A UPS online de conversão dupla converte a potência para a bateria e vice-versa enquanto o conversor delta move os componentes da potência da entrada para a saída. X 4th Floor 5th Floor DOUBLE CONVERSION DELTA CONVERSION X 4th Floor 5th Floor Figura 5.7: Analogia da conversão dupla vs. conversão delta Na concepção online da conversão delta, o conversor delta actua com um duplo objectivo. O primeiro é controlar as características da potência de entrada. Esta unidade inicial activa absorve a potência de modo sinusoidal, minimizando as harmónicas reflectidas na rede de distribuição pública. Isto assegura uma compatibilidade optimizada entre a rede de distribuição pública e o sistema do
  • 19. APC by Schneider Electric 05/2012 edition p. 19 Tipos de UPS (Cont.) gerador, reduzindo o aquecimento e o desgaste do sistema no sistema de distribuição de potência. A segunda função do conversor delta é controlar a corrente de entrada de modo a regular o carregamento do sistema da bateria. A UPS online de conversão delta fornece as mesmas características de saída que a concepção online de conversão dupla. No entanto, as características de entrada são frequentemente diferentes. As concepções online de conversão delta fornecem entrada controlada dinamicamente, com correcção com factor de potência, sem a utilização ineficiente de bancos de filtros associados a soluções tradicionais. O benefício mais importante é uma redução significativa das perdas de energia. O controlo da potência de entrada torna igualmente a UPS compatível com todos os conjuntos de geradores e reduz a necessidade de um sobredimensionamento da cablagem e do gerador. A tecnologia online da conversão delta é a única tecnologia de UPS de núcleo actualmente protegida por patente e, portanto, não é provável que esteja disponível numa gama alargada de fornecedores de UPS. Durante as condições do estado estável o conversor delta permite que a UPS forneça potência à carga com uma eficiência bastante maior do que a da concepção de conversão dupla.
  • 20. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 20 Componentes de UPS e funcionamento As informações apresentadas abaixo dizem respeito a uma UPS de conversão dupla, a tecnologia mais comummente utilizada pela APC by Schneider Electric para classificações de potência superiores a 10 kVA. Diagrama geral de uma UPS Foram atribuídos números aos vários itens do diagrama abaixo que correspondem aos sectores das páginas seguintes. Fig. 5.6. Componentes de uma UPS Fontes de alimentação e entradas de UPS Na prática, uma UPS tem uma ou duas entradas: • Entrada de CA normal (ou Principal 1), alimentada pela alimentação principal, • Entrada de CA de Bypass (ou Principal 2), alimentada pela potência em espera (em geral, através de um cabo separado a partir do mesmo quadro de comutação principal de baixa voltagem (MLVS).  Fontes de CA, consulte a p. 9 A ligação da UPS às fontes de alimentação primária e de potência em espera (entradas da UPS alimentadas por dois circuitos separados do MLVS) é recomendada porque a fiabilidade do sistema em geral aumenta. No entanto, se não estiverem disponíveis dois circuitos separados do MLVS, é possível que as duas entradas de CA (normal e de bypass) sejam alimentadas pela alimentação principal (segundo cabo). A gestão de transferências entre as duas linhas de entrada é organizada do modo seguinte. • A UPS sincroniza a tensão de saída do inversor com a da linha de bypass enquanto esta última se situar dentro das tolerâncias. Assim, será possível, se necessário, ao comutador estático transferir a carga para a entrada de CA de bypass, sem uma interrupção (porque as duas tensões estão sincronizadas e em Componentes de uma UPS
  • 21. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 21 Componentes de UPS e funcionamento fase) ou perturbações (porque a potência de standby está dentro das tolerâncias) para a carga. • Quando a potência em espera não se encontra dentro das tolerâncias, o inversor fica dessincronizado e a transferência é desactivada. No entanto, pode ser realizado manualmente.
  • 22. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 22 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Componentes de uma UPS Rectificador/carregador (1) Transforma a potência de CA da fonte de alimentação primária em tensão de CC e a corrente utilizada para: • Alimentar o inversor, • Carregar e transferir carga flutuante para a bateria. Inversor (2) Utilizando a potência de CC fornecida por: • Rectificador, durante o funcionamento normal, • Bateria, durante o funcionamento autónomo, o inversor regenera completamente o sinal de saída sinusoidal, dentro de uma amplitude estrita e das tolerâncias de frequência. Bateria (3) Torna a UPS autónoma relativamente à rede de distribuição de energia eléctrica pública em caso de: • Uma falha da rede de distribuição de energia eléctrica pública, • Características da energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública fora das tolerâncias especificadas para a UPS. Os tempos de reserva da bateria vão dos 6 aos 30 minutos como norma e podem ser prolongados a pedido. Dependendo da duração do tempo de reserva, a bateria está instalada no mesmo armário da UPS ou num armário separado. Bypass estático (4) É utilizado um comutador estático para transferir a carga do inversor para o bypass sem qualquer interrupção* no fornecimento de potência à carga (sem interrupções porque a transferência é realizada por componentes electrónicos em detrimento dos mecânicos). A comutação é possível quando as frequências a montante e a jusante da UPS são idênticas. A transferência é efectuada automaticamente por qualquer uma das razões seguintes: • Encerramento voluntário da UPS, • Uma sobrecarga que exceda a capacidade limitadora do inversor (esta transferência pode ser desactivada), • Uma falha interna. Também pode ser realizado manualmente. * A transferência ininterrupta é possível quando as tensões na saída do inversor e na entrada de CA do bypass estão sincronizadas. A UPS mantém a sincronização enquanto a potência em espera se mantiver dentro das tolerâncias. Bypass manual (5) É utilizado um comutador manual para transferir a carga para o bypass para fins de manutenção. A comutação é possível quando as frequências a montante e a jusante da UPS são idênticas. A passagem para o modo de bypass manual é realizada através de comutadores manuais. Comutadores manuais (6, 7, 8) Estes dispositivos isolam os módulos do rectificador/carregador e do inversor e/ou a linha de bypass para assistência ou manutenção. Disjuntor da bateria (9) O disjuntor da bateria protege-a de descargas excessivas, e o rectificador/carregador e inversor protegem-na de um curto-circuito. Transformador de isolamento a montante (10) (equipamento opcional) Fornece isolamento de entrada/saída à UPS quando a instalação a jusante é alimentada através de bypass. É particularmente útil quando as disposições de ligação à terra do sistema a jusante são diferentes. Pode ser instalado no armário da UPS na gama MGE Galaxy PW.
  • 23. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 23 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Transformador de correspondência da tensão (11) (equipamento opcional) Adapta a tensão para o valor pretendido.
  • 24. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 24 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Filtros (12) (equipamento opcional) • A montante do rectificador/carregador, quando são do tipo ponte de Graetz baseados em tirístor (o caso do MGE Galaxy PW e 9000 UPS), um filtro harmónico (consulte “Factores principais da instalação da UPS”, na pág. 24) reduz as harmónicas da corrente resultantes da comutação dos tirístores do rectificador. Isto reduz a distorção da tensão nos terminais a montante resultantes do fluxo das correntes harmónicas (o nível necessário é geralmente a <5%). E o que é mais importante, estas UPS da APC by Schneider Electric estão equipadas com um condutor neutro de um tamanho for a do normal instalado de origem para ultrapassar as consequências das harmónicas de terceira ordem e dos seus múltiplos que fluem no condutor neutro. • Todas as outras UPS das gamas MGE Galaxy e Symmetra estão equipadas com um rectificador do tipo PFC, que elimina a necessidade de um filtro (Factores principais da instalação da UPS”, na pág. 24). • A jusante, as UPS que implementam novas técnicas de corte PWM podem estar directamente ligadas a cargas não lineares. Esta técnica possibilita que as UPS da APC by Schneider Electric mantenham a THDU abaixo de 3%. Comunicação incorporada (13) (14) Além da necessidade de uma interface ser humano/máquina de fácil utilização para uma monitorização eficaz do funcionamento da UPS, actualmente é cada vez mais importante que as UPS possam comunicar com os seus ambientes eléctrico e informático (sistemas de supervisão, sistemas de gestão de edifícios (BMS), sistemas de gestão informática, etc.). As UPS da APC by Schneider Electric são desenhadas com uma capacidade incorporada de comunicação total e incluem: • Uma interface ser humano/máquina (HMI) de fácil utilização com um monitor gráfico avançado e um painel sinóptico. A interface é construída em volta de sistemas de auto-monitorização e de auto-diagnóstico que indicam continuamente o estado dos vários componentes da UPS; em especial das baterias. Por exemplo, para as gamas MGE Galaxy: - o sistema Digibat monitoriza continuamente o estado da bateria com funcionalidades completas de gestão da bateria, - o B2000 ou sistema de monitorização de bateria Cellwatch detecta imediatamente e localiza as falhas da bateria e fornece uma monitorização preditiva. Para as gamas Symmetra: - O sistema de gestão da bateria APC (1 U) que pode ser montado em bastido, acessível através de um browser da Web, combina a monitorização da bateria e a realização de testes com um carregamento rápido individual para um desempenho inexcedível da bateria. • Uma vasta selecção de placas de comunicação compatíveis com as normas de mercado: -Placa de gestão de rede (Ethernet) - Placa Modbus – Jbus (RS232 e RS485) - Placa de relé (contactos secos) para indicações - Placa de modem de telesserviços Estas placas podem ser utilizadas para implementar supervisão, notificação, encerramento controlado e funções de telesserviços.  Interface ser-humano – máquina e Comunicação Consulte “Factores principais na instalação da UPS” na pág. 49 Distribuição a montante e/ou a jusante e dispositivos de protecção (15) (16) (equipamento opcional) AS UPS podem ser fornecidas com o equipamento seguinte: • Disjuntores de BT a montante para entradas de CA (normal e bypass) • Quadro de comutação de BT a montante com protecção de disjuntor para as entradas de CA (normal e bypass), • Quadro de comutação de BT a jusante com protecção de disjuntor para os diferentes circuitos de saída. APC by Schneider Electric pode fornecer uma selecção de UPS e de dispositivos de protecção que são perfeitamente coordenados em termos de classificações e de desempenho.
  • 25. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 25 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Soluções completas A APC by Schneider Electric pode fornecer soluções completas que incluem todos os componentes listados acima, incluindo soluções de condicionamento do ar para centros de dados, em conjunto com a Schneider Electric. Para os utilizadores, o resultado é um único parceiro e uma instalação que fornece desempenho e fiabilidade optimizados.
  • 26. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 26 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Estas características baseiam-se nas principais especificações técnicas apresentadas nas normas IEC 62040-3/EN 62040-3 relativas aos requisitos de desempenho de UPS. Alguns termos aqui utilizados diferem da linguagem comumente utilizada e algumas das características ainda não foram assimiladas pelos fabricantes. Os novos termos ou características utilizados pela norma são indicados entre parênteses e precedidos por um asterisco. Por exemplo, o título de uma secção "corrente de entrada durante a transferência de carga flutuante para a bateria", um termo comummente utilizado, é seguido por (*corrente de entrada nominal), o termo utilizado na norma. Tenha em atenção que uma série de valores numéricos é indicada como exemplo. Na sua maior parte, são retirados das características técnicas das UPS correspondentes, indicados no capítulo 4, ou indicados simplesmente a título de exemplo. Potência de entrada de CA Número de fases e disposições de ligação à terra no sistema A fonte de alimentação de entrada de CA (alimentação primária) é trifásica + neutra. As entradas monofásicas não são utilizadas para os níveis de potência abordados aqui. A disposição de ligação à terra do sistema é geralmente imposto pelas normas (IT, TT, TNS ou TNC). Entrada de CA normal A entrada de CA normal é alimentada com a energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública para o rectificador/carregador, dentro das tolerâncias especificadas. • Exemplo: 400 V rms ± 15% com uma frequência de 50 ou 60 Hz ± 5%, trifásica. Entrada de CA de bypass A entrada de CA de bypass é alimentada com potência em espera. Na prática, trata- se de um cabo ligado a um alimentador utilitário no MLVS diferente do que alimenta a entrada de CA normal. Em geral, fornece tensão com as mesmas características das da alimentação principal. • Exemplo: 400 V rms ± 15% a uma frequência de 50 ou 60 Hz ± 5%, e uma corrente de curto-circuito Isc2 = 12,5 kA. A corrente de curto-circuito é uma informação importante para os dispositivos de protecção a jusante, em caso de funcionamento através do bypass estático ou de manutenção. É recomendado o fornecimento de alimentação primária e de potência em standby em separado porque aumenta a fiabilidade geral do sistema, mas não é obrigatório. No entanto, se não estiverem disponíveis dois circuitos separados do MLVS, é possível que as duas entradas de CA (normal e de bypass) sejam alimentadas pela alimentação principal (segundo cabo). Rectificador/carregador Tensão flutuante É a tensão fornecida pelo rectificador/carregador que mantém a bateria completamente carregada. Depende das baterias utilizadas e das recomendações do fabricante. Corrente de entrada durante a transferência de carga flutuante (* corrente de entrada nominal) Em condições de funcionamento normais, é a corrente necessária para alimentar o inversor à sua potência nominal enquanto se transfere carga flutuante para a bateria.  Exemplo: para uma MGE Galaxy PW de 100 kVA, com tempo de reserva da bateria de 10 minutos, esta corrente é I flutuante de entrada = 166 A enquanto se transfere carga flutuante para a bateria. Corrente de entrada durante o carregamento da bateria Principais características dos componentes de UPS
  • 27. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 27 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Isto corresponde à corrente necessária para alimentar o inversor à sua potência nominal durante o carregamento da bateria. É consequentemente mais alta do que a corrente anterior e é utilizada para dimensionar os cabos de entrada do carregador.  Exemplo: para a mesma UPS como a descrita acima, a corrente de entrada é I flutuante de entrada = 182 A, i.e. mais alta do que acima porque é necessária para carregar a bateria.
  • 28. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 28 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Corrente de entrada máxima É a corrente de entrada com a UPS a funcionar nas piores condições de sobrecarga permitidas, com a bateria descarregada. É mais alta do que a corrente de entrada acima durante o carregamento da bateria (devido à corrente de sobrecarga) mas é limitada no tempo (tal como a sobrecarga).  Exemplo: para uma UPS idêntica à acima descrita, a MGE Galaxy PW tem capacidade para aceitar uma sobrecarga de 25% durante dez minutos e uma sobrecarga de 50% durante um minuto. Nos piores cenários de carregamento da bateria, a corrente de entrada pode alcançar: I máx. entrada = 182 A x 1,25 = 227,5 A durante dez minutos, I máx. entrada = 182 A x 1,5 = 273 A durante um minuto. Acima dos limites acima referidos, a UPS inicia uma transferência ininterrupta da carga para a linha de bypass e transfere-a automaticamente de volta quando a sobrecarga tiver cessado ou quando tiver sido eliminada pelos dispositivos de protecção respectivos. Bateria (* armazenamento de energia significa) Tipo Uma bateria caracteriza-se pelo seu tipo (ácido de chumbo ventilado ou selado, ou níquel/cádmio e pela forma como está instalada. A APC by Schneider Electric propõe as baterias de ácido de chumbo seladas montadas em armários. Vida útil Define-se como o período de funcionamento, em condições de utilização normais, durante o qual a bateria fornece pelo menos 50% do tempo de reserva inicial.  Por exemplo, a MGE Galaxy PW é fornecida de origem com as baterias de ácido de chumbo seladas com uma vida útil de dez anos ou mais. Este tipo de bateria, com a classificação de 30 minutos de tempo de reserva, Fornecerá contratualmente apenas 15 minutos no final da vida útil especificada. Pode fornecer mais, se tiver sido utilizada em condições optimizadas (nomeadamente no que respeita à temperatura). No entanto, está contratualmente garantido que não fornecerá menos, salvo se utilizada de modo indevido. Modos de funcionamento A bateria pode estar em: • Carregamento. Absorve uma corrente de carga (Carga de I1) fornecida pelo rectificador/carregador. • Transferência de carga flutuante. A bateria absorve uma corrente baixa, denominada flutuante (flutuante de I1), fornecida pelo rectificador/carregador, que mantém a sua carga, compensando as perdas do curto-circuito. • Descarga. A bateria alimenta o inversor até a sua tensão de encerramento ser alcançada. Quando esta tensão, definida pelo fabricante da bateria, é alcançada, esta é automaticamente desligada (UPS da APC by Schneider Electric) para evitar danos por descarga profunda. Tensão nominal É a tensão de saída de CC que a bateria fornece ao inversor.  Exemplo: CC de 450 V para a gama MGE Galaxy PW. Capacidade A capacidade da bateria é expressa em ampere/horas.  Exemplo: para uma MGE Galaxy PW de 100 kVA equipada com uma bateria que forneça dez minutos de tempo de reserva e com uma vida útil de cinco anos, a capacidade é de 85 A/h. Número de células Número de células de bateria única que compõem toda a cadeia de baterias.  Exemplo: a bateria de uma MGE Galaxy PW de 100 kVA inclui, para um determinado tipo de bateria, 33 células, fornecendo 13,6 V cada uma, para um tempo de reserva de dez minutos.
  • 29. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 29 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Tensão flutuante É a tensão de CC utilizada para manter a carga da bateria, fornecida pelo rectificador/carregador.  Exemplo: para uma MGE Galaxy PW, a tensão flutuante é de entre 423 e 463 V de CC.
  • 30. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 30 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Tempo de reserva (* tempo de energia armazenada) Trata-se do tempo, especificado no início da vida útil da bateria, durante o qual a bateria tem capacidade para alimentar o inversor funcionando com a carga nominal total, na ausência de uma alimentação de entrada de CA.  Exemplo: A MGE Galaxy PW fornece, como padrão, tempos de reserve de 8, 10, 15, 20, 30 e 60 minutos. Este tempo depende da carga em percentagem da UPS. • Para uma UPS que funcione com a carga nominal completa (100% da carga nominal), o fim do tempo de reserva da bateria é alcançado quando a tensão desta cai para a tensão de encerramento especificada pelo fabricante. Isto provoca um encerramento automático da UPS da APC by Schneider Electric. • Para uma UPS que funcione com uma carga em percentagem inferior (por exemplo, 75%), o tempo de reserva real pode ser mais longo. No entanto, termina sempre quando a tensão de encerramento é alcançada. Tempo de recarregamento (* tempo nominal de energia restaurada) Trata-se do tempo necessário para a bateria recuperar 80% do seu tempo de reserva (90% da sua capacidade), a partir da tensão de encerramento da bateria. O rectificador/carregador fornece a potência.  Exemplo: para uma UPS MGE Galaxy 5500, o tempo de recarregamento é de oito a dez horas, dependendo da bateria e do tempo de reserve. Tenha em atenção que a probabilidade de a bateria ser solicitada para fornecer potência duas vezes num período de tempo tão curto é reduzida. Isto significa que o tempo de recarregamento indicado é representativo do desempenho real. Corrente máxima da bateria (bl (bateria local)) Durante o descarregamento, a bateria alimenta o inversor com uma corrente bl que atinge o seu valor máximo no final do descarregamento. Este valor determina a protecção da bateria e as dimensões do cabo.  Exemplo: Para uma UPS MGE Galaxy 5500 de 100 kVA esta corrente é máx. bl = 257 A. Inversor Potência nominal (Sn) (*potência nominal aparente de saída) Trata-se da potência aparente máxima Sn (kVA) que o inversor pode fornecer a uma carga linear com um factor de potência de 0,8, durante o funcionamento normal em condições de estado estacionário. As normas definem igualmente este parâmetro para funcionamento com base na potência da bateria. Em teoria, significa o mesmo que se a bateria tiver as dimensões corretas.  Exemplo: uma MGE Galaxy 5500 com uma potência nominal (Sn) de 100 kVA. Potência ativa de saída (Pa) (* potência nominal ativa de saída para carga linear ou referencial não linear) Trata-se da potência ativa Pa (kW) correspondente à potência de saída aparente Sn (kVA), nas condições de medição acima mencionadas. Este valor também pode ser indicado para uma carga normalizada referencial não linear.  Exemplo: a UPS anterior, uma MGE Galaxy 5500 com uma tensão nominal de 100 kVA fornece uma potência ativa de Pa= Sn x 0,8 = 80 kW. Corrente nominal (In) É a corrente que corresponde à potência nominal.  Exemplo: mais uma vez, para uma UPS MGE Galaxy 5500 de 100 kVA e com uma tensão de saída de 400 V, esta corrente é: In Sn Un = 3 = 100000 400 1732x , = 144,3 A
  • 31. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 31 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Potência de carga aparente (Su) e carga em percentagem Trata-se da potência aparente Sn (kVA) realmente fornecida pelo inversor à carga, nas condições de funcionamento selecionadas. Este valor é uma fracção da potência nominal, dependendo da carga em percentagem. .Su ≤ Sn. e .Tc = Carga em percentagem (%) = Su / Sn..  Exemplo: para a UPS mencionada acima, se o inversor fornecer 3/4 da sua potência nominal (carga de 75%), distribui uma potência aparente de 75 kVA, o que em condições de funcionamento normalizadas (PF = 0,8) corresponde a uma potência de carga ativa de Pa = Su x PF = 75 x 0,8 = 60 kW. Corrente de carga (lu) Trata-se da corrente correspondente à potência de carga, ou seja, à carga em percentagem em questão. Calcula-se a partir de Pu, tal como para a corrente nominal, na qual a tensão é a tensão nominal Un (valor regulado pelo inversor).  Exemplo: Para a UPS acima mencionada (carga de 75%) Iu Su Un = 3 = 75000 400 1732x , = 108,2 A que é o mesmo que: .Iu = In x Tc. = 144,3 x 0,75 = 108,2 A Eficiência (η) Trata-se do rácio da potência activa Pu (kW) fornecida pela UPS à carga ao Pin de potência (kW) que absorve na sua entrada, seja pelo rectificador quer seja pela bateria. .η= Pu / Pin. Para a maioria das UPS, a eficiência é óptimizada com uma carga nominal completa e cai drasticamente com cargas em percentagem inferiores. Devido à sua baixa impedância e às perdas sem carga, a eficiência das UPS MGE Galaxy é praticamente estável para cargas que vão dos 25 aos 100%. A gama MGE Galaxy fornece uma eficiência superior a 90%, começando numa carga de 25% e indo até 93% com carga nominal total, assim como um modo ECO que aumenta a eficiência em 4%, ou seja até 97%. Na prática, para as UPS MGE Galaxy, um valor de eficiência de 0,93 pode ser utilizado para todos os calculos de potência de entrada para cargas que vão de 30 a 100%.  Exemplo: para uma MGE Galaxy de 100 kVA com carga a 75%, uma eficiência de 0,93 corresponde a uma potência de entrada activa da UPS de Pin = Pu / η = 60/0,93 = 64,5 kW. Tensão de saída Un Número de fases A saída pode ser trifásica (UPS 3f-3f) ou monofásica (UPS 3f-1f), dependendo da situação. Tenha em atenção que as disposições de ligação à terra do sistema a montante e a jusante podem ser diferentes. Tensão nominal de saída Em geral, é a mesma que a da entrada de CA. No entanto, é possível instalar um transformador de correspondência de tensão. Características estáticas Trata-se de tolerâncias (máximo de variações permissíveis) para a amplitude e a frequência da tensão de saída em condições de estado estacionário. Mais estritas do que as que se aplicam à energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública, são medidas para funcionamento normal com base em potência de entrada de CA e para funcionamento com base em modo de reserva da bateria. • Variação de tensão de saída A tolerância de amplitude é expressa sob a forma de uma percentagem do valor rms nominal e pode ser ajustável.  Exemplo: para uma MGE Galaxy, a tensão 400 V rms ± 1% pode ser ajustada para ± 3%.
  • 32. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 32 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) As normas estipulam igualmente uma tensão nominal de saída de pico e a tolerância relativamente ao valor nominal. • Variação de frequência de saída A tolerância é expressa sob a forma de uma percentagem da frequência nominal.  Exemplo: Para uma MGE Galaxy, 50 ou 60 Hz ± 0,1% durante o funcionamento normal com base em alimentação principal e ± 0,5% com base no modo de reserva da bateria.
  • 33. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 33 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Sincronização da frequência com a alimentação principal O inversor fornece uma tensão de saída dentro das tolerâncias acima referidas, independentemente das perturbações que afectem a potência a montante. Para esse efeito, a UPS: • Monitoriza os parâmetros de tensão (amplitude, frequência, fase) para que a fonte de alimentação principal determine se se encontram dentro das tolerâncias especificadas. • Reage a qualquer desvio nos parâmetros de forma a: - reajustar o inversor (fase e frequência) à potência em espera, desde que o desvio se mantenha dentro das tolerâncias, com vista à transferência da carga, se necessário, - transferir a carga para a potência da bateria, assim que o desvio ultrapasse as tolerâncias. As novas tecnologias de corte IGBT e PWM utilizadas nas UPS da APC by Schneider Electric permitem uma adaptação excelente a estas variações.  Exemplo: para as UPS MGE Galaxy, a variação máxima de frequência correspondente à tolerância é 50 Hz x 0,5% = 0,25 Hz. É possível sincronizar a frequência com potência de CA de bypass dos 0,25 aos 2 Hz, em escalões de 0,25 Hz. Na prática, isto significa que aas variações de frequência podem ser monitorizadas a dF/dt = 0,25 Hz/s e os reajustamentos realizados entre 0,25 a 1 segundo. Características dinâmicas São as tolerâncias sob condições transitórias da carga. As UPS MGE Galaxy têm capacidade para resistir às seguintes condições: • Desequilíbrio da carga Para desequilíbrio na tensão da carga (fase-para-neutro ou fase-para-fase) de: - 30%, a variação da tensão de saída é inferior a 0,1%, - 100% (uma fase a Pn e as outras a 0), a tensão de saída não varia mais do que 0,2%. • Alterações do escalão da carga (transitórios de tensão) Para escalões de carga de 0 a 100% ou de 100 a 0% da carga nominal, a tensão não varia mais do que: ± 2% com energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública; + 2% a -4 % com base na potência da bateria. Capacidade de sobrecarga e de curto-circuito • Sobrecargas - 1,1 In durante 2 horas, - 1,5 In durante 1 minuto, sem alterações das tolerâncias de saída. • Curto-circuitos Para além dos 1,65 In, os inversores MGE Galaxy funcionam no modo de limitação de corrente até 2,33 In durante 1 segundo, correspondendo a: Máx. pico I . = √2 x 1,65 In = 2,33 In. Para além deste valor, o inversor transfere a carga para a potência em standby ou efectua um encerramento estático (função de auto-protecção). Distorção total da tensão de saída As UPS têm de garantir os níveis de desempenho para todos os tipos de cargas, incluindo cargas não lineares.  Exemplo: As UPS MGE Galaxy limitam a distorção de tensão harmónica total (THDU) na potência de saída aos níveis seguintes para: • Cargas lineares a 100%: - THDU f/f < 1,5 %, - THDU f/N < 2%, • Cargas não lineares a 100%: - THDU f/f < 2 %, - THDU f/N < 3%. As UPS MGE Galaxy funcionam em conformidade com as características especificadas para todos os tipos de cargas. Nota geral. A norma especifica alguns dos níveis de desempenho anteriormente mencionados relativamente a potência de saída durante o funcionamento normal e
  • 34. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 34 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) durante o funcionamento com base em potência da bateria. Em geral, são idênticos.
  • 35. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 35 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Diagrama de resumo das características principais Fig. 5.7. Diagrama que descreve as características principais (consulte a lista abaixo). Entrada de CA normal ● Tensão Un + 10% a - 15% ● Frequência f + 4% a - 6% Entrada de CA de bypass ● Tensão Un + 10% a - 15% ● Frequência f + 4% a - 6% ● Corrente de curto-circuito lsc2 (capacidade de resistência do bypass estático) Rectificador/carregador ● Tensão flutuante ● Correntes de entrada - nominal (transferência de carga flutuante para a bateria) - máximo (carregamento da bateria) Bateria ● Tempo de reserva: padrão 5, 6, 8, 10, 15, 20, 30, 60 minutos, tempos mais longos, a pedido) ● Vida útil: 10 anos ou mais longa ● Corrente máxima máx. bl Inversor ● Potência aparente de saída: - nominal: Sn (kVA) - potência de carga: Su (kVA) = Sn x Tc% ● Carga em percentagem da UPS Tc% = Su / Sn ● Potência activa de saída: - nominal: Pn (kW) = Sn (kVA) x 0,8 - potência de carga: Pu (kW) = Su (kVA) x PF = Sn x Tc% x PF = Un Iu PF ● Eficiência: η Pu / Pn = 93% (97% em modo ECO). ● Características estáticas (tolerâncias de tensão de saída sob condições de estado estacionário) - amplitude: Un ± 1% ajustável a ± 3% - frequência: f ± 1% durante o funcionamento normal, f ± 0.5% em modo de reserva da bateria - tensão de saída do inversor sincronizada (frequência e fase) com a da potência em standby, desde que a última se encontre dentro das tolerâncias. ● Características dinâmicas (tolerâncias sob condições transitórias) - tensão máxima e variações de frequência para alterações de escalão de carga de 0% a 100% ou de 100% a 0% Un ± 2%, f ± 0.5% ● Distorção da tensão de saída - Cargas não lineares a 100% THDU < 2% ● Capacidade de sobrecarga e de curto-circuito: - sobrecargas: 1,5 In durante 1 minuto - curto-circuitos: Limitação de corrente a 2.33 ln durante 1 segundo Carga
  • 36. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 36 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) ● Corrente de carga (lu) ● Factor de potência FP
  • 37. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 37 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Modo normal (com base na energia da rede de distribuição de energia eléctrica pública, consulte a fig. 5.8 do lado esquerdo) A UPS absorve a potência de CA da rede de distribuição pública para funcionar através do rectificador/carregado que fornece corrente de CC. Parte da corrente da rede de distribuição pública absorvida é utilizada para carregar ou transferir carga flutuante para a bateria: • Flutuante l1, se a bateria já estiver completamente carregada, • carga I1 , se a bateria não estiver completamente carregado (ou seja, carregamento na sequência de um descarregamento recente) A corrente restante é fornecida ao inversor que gera uma sinusoidal de tensão de saída dentro das tolerâncias de frequência e de amplitude especificadas. Modo de reserva da bateria (com base em potência da bateria, consulte fig. 5.8 do lado direito) A bateria intervém para substituir a alimentação principal e fornece a potência necessária ao inversor para a carga, com as mesmas tolerâncias do modo normal. Isto decorre através da transferência imediata (a bateria está ligada em paralelo) em caso de: • Falha normal da entrada de CA (falha da rede de distribuição pública), • Entrada de CA normal fora das tolerâncias (degradação da tensão da rede de distribuição de energia eléctrica pública). Modo normal. Modo de reserva da bateria. Fig. 5.8. Modo normal e modo de reserva da bateria. Modo de bypass (com base na linha de bypass estático, consulte fig. 5.9. do lado esquerdo) Um comutador estático (SS) assegura uma transferência ininterrupta da carga para a entrada de CA de bypass para alimentação directa da carga através de potência em standby. A transferência é automática em caso de: • Uma sobrecarga a montante da UPS excedendo a sua capacidade de sobrecarga, • Uma falha interna nos módulos retificador/carregador e inversor. A transferência decorre sempre para falhas internas, mas também só é possível se a tensão da potência em standby estiver dentro das tolerâncias e em fase com o inversor. Para esse efeito: • A UPS sincroniza a tensão de saída do inversor com a da linha de bypass enquanto esta última se situar dentro das tolerâncias. A transferência é então possível: - sem uma quebra na alimentação: Uma vez que as tensões se encontram em fase, as SCR nos dois canais do comutador estático têm tensão zero em simultâneo. - sem perturbar a carga. A carga é transferida para uma linha de bypass que se encontra dentro das tolerâncias. Modos de funcionamento de UPS
  • 38. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 38 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) • Quando a potência em standby não está dentro das tolerâncias, o inversor dessincroniza-se e funciona em modo autónomo com a sua própria frequência. A transferência é desactivada. No entanto, pode ser realizada manualmente. Nota 1. Esta função aumenta bastante a fiabilidade devido à muito reduzida probabilidade de uma sobrecarga a jusante e uma falha de potência em standby ocorrerem em simultâneo. Nota 2. Para assegurar o correcto funcionamento da linha de bypass, a discriminação tem de ser assegurada entre o dispositivo de protecção a montante da entrada de CA de bypass (no MLVS de saída) e os dos circuitos de saída da UPS (consulte as informações sobre discriminação abaixo).
  • 39. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 39 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Modo de manutenção (ou bypass de manutenção, consulte a fig. 5.9 do lado direito) A manutenção é possível sem a interrupção da operação de carga. A carga é fornecida com potência em standby através do bypass de manutenção. A transferência para o bypass de manutenção é realizada através de comutadores manuais. O rectificador/carregador, inversor e o comutador estático são encerrados e isolados das fontes de alimentação. A bateria é isolada pelo seu disjuntor de protecção. Modo de bypass (bypass estático) Modo de manutenção (bypass de manutenção). Fig. 5.9. Modo de bypass e modo de manutenção. UPS em paralelo com redundância O capítulo dois é totalmente dedicado à apresentação das várias configurações. Abaixo, apresentamos algumas informações adicionais sobre ligação em paralelo para redundância. Refere-se a UPS MGE TM Galaxy TM em particular. A modular UPS Symmetra TM também utiliza uma ligação em paralelo.  Configurações, consulte “Selecção da configuração da UPS” Tipos de configurações em paralelo Existem dois tipos de configurações em paralelo. • Unidades integradas de UPS em paralelo Esta configuração actualizável pode ser iniciada utilizando uma única unidade UPS com um bypass estático integrado e um bypass de manutenção manual. Para configurações com mais de duas unidades UPS, um bypass de manutenção comum é alojado num cubículo externo (consulte a fig. 5.10) • Unidades de UPS em paralelo com um cubicúlo de comutador estático centralizado (SSC) O cubículo do comutador estático inclui um bypass automático e um bypass de manutenção que são comuns para uma série de unidades UPS que não têm bypass (consulte a fig. 5.11). Esta configuração, menos actualizável do que a anterior devido à classificação do bypass, fornece uma maior fiabilidade (as unidades SSC e UPS são independentes). • UPS modulares As UPS da gama Symmetra TM são compostas por módulos dedicados e redundantes (potência, inteligência, bateria e bypass). A concepção modular com módulos de potência plug-in melhora a fiabilidade, em particular a facilidade de manutenção e a disponibilidade, bem como a actualização da instalação. Configurações de UPS
  • 40. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 40 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Redundância A redundância em configurações em paralelo pode ser N+1, N+2, etc. Isto significa que x unidades UPS são necessárias para fornecer a carga, mas N+1 ou N+2 estão instaladas e todas partilham a carga. Consulte o exemplo abaixo.
  • 41. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 41 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Exemplo • Imagine uma carga crítica com uma classificação de 100 kVA. • redundância 2+1 - 2 unidades UPS têm de ter capacidade para alimentarem completamente a carga se a redundância se perder. - Cada unidade UPS tem de ter assim uma classificação de 50 kVA. - 3 unidades UPS partilham normalmente a carga de 100 kVA, isto é, cada uma fornece 33,3 kVA. - As 3 unidades UPS funcionam normalmente com uma carga em percentagem de 33,3 / 50 = 66,6%. - As unidades UPS integradas em paralelo estão equipadas com um bypass estático. A transferência é gerida de forma a que as três unidades UPS transfiram o bypass em simultâneo, se necessário. Fig. 5.10. Unidades UPS integradas em paralelo com um bypass comum de manutenção e redundância 2+1. Funcionamento com todas as unidades OK (redundância disponível). • Perda da redundância - Uma unidade UPS é encerrada, as duas unidades restantes funcionam a 100%. - A UPS que sofreu a falha pode ser objecto de assistência devido ao bypass de manutenção.
  • 42. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 42 Componentes de UPS e funcionamento (Cont.) Fig. 5.11. Unidades UPS integradas em paralelo com um bypass comum de manutenção e redundância 2+1. Funcionamento após a perda de redundância.
  • 43. APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 43 Tecnologia: UPS sem transformador Princípio Originalmente, todas as UPS incluíam um transformador de saída que era utilizado para ajustar a tensão de saída ao valor necessário, recriar um neutro e assegurar o isolamento galvânico entre os sistemas de alimentação a montante e a jusante (Fig. 5.12). Actualmente, o progresso tecnológico e os custos mais baixos dos semi- condutores IGBT torna possível eliminar este transformador (Fig. 5.13). Normal AC input Rectifier charger UPS Bypass AC input Q4S Q1 Inverter Q5N K3N Static bypass Battery QF1 Manual bypass Loads Q3BP Normal AC input Rectifier charger UPS Bypass AC input Q4S Q1 Inverter Q5N K3N Static bypass Battery QF1 Manual bypass Loads Q3BP Fig. 5.12. UPS com transformador de saída Fig. 5.13. UPS sem transformador. Vantagens Esta tecnologia fornece aos utilizadores uma série de vantagens fundamentais. ● Uma pegada mais reduzida: menos espaço necessário sem o transformador ● Menos peso: redução do peso através da eliminação do transformador Maior eficiência: eliminação das perdas do transformador ● regulação da tensão através da modulação do sinal para uma melhor correspondência com a carga. A electrónica actua directamente sobre a tensão de saída para uma regulação mais rápida e mais precisa da tensão. A tendência A utilização de UPS sem transformador começou no início da década de 90 do século XX para classificações até algumas centenas de kVA. Dadas as suas inúmeras vantagens, são agora amplamente utilizadas até às classificações mais altas, tal como exibido na figura 5.14. A classificação de média potência que utiliza a técnica sem transformador aumentou num factor de 50 ao longo dos últimos 50 anos 100 400 P(kVA) 1990 1995 2000 2010 years 200 300 5 2005 500 Fig. 5.14. Classificações de média potência das UPS sem transformador. Tecnologia de UPS sem transformador
  • 44. APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 44 Tecnologia: UPS sem transformador Isolamento galvânico Uma das razões citadas para a utilização de transformadores de saída é fornecer isolamento galvânico. No entanto, as UPS trifásicas acima de uma determinada classificação de potência estão equipadas com um bypass para assegurar a continuidade da potência. A presença de um bypass significa que uma UPS, com ou sem um transformador de saída, não pode fornecer isolamento galvânico entre a fonte e as cargas. Por este motivo, a tecnologia de UPS sem transformador está a tornar-se progressivamente a solução preferencial para classificações mais altas. Este aspecto será debatido abaixo, comparando a utilização das duas tecnologias, dependendo da disposição de ligação à terra do sistema encontrada. Revisão das disposições de ligação à terra do sistema As disposições de ligação à terra referem-se à ligação à terra de: ● o ponto neutro do sistema de distribuição, ● as partes condutoras expostas (ECP) das cargas. Estas ECP estão sempre interligadas, quer juntas, quer em grupos. Cada grupo interligado está ligado a um terminal de ligação à terra através de um condutor protector (PE ou PEN, dependendo de se está combinado ou não com o condutor neutro ou se está separado). A norma IEC 60364 (1) utiliza 2 letras para identificar as diferentes disposições de ligação à terra. ● A 1ª letra descreve a ligação à terra do ponto neutro do transformador: - T: ligado à terra, - I: não ligado à terra. ● A 2ª letra descreve a ligação à terra das ECP do equipamento de carga: - T: ligado à terra, - N: ligado ao neutro, que está ligado à terra. Neste caso (N), uma 3ª letra indica a relação entre os condutores neutro (N) e protector (PE): - C: condutor único utilizado para as duas funções, - S: condutores separados. (1) Substituído pela norma IECI 60076-7 Ed. 1. relativa a Power Transformer Loading Guide (Guia de Carregamento de Transformador de Potência). A norma define assim os sistemas seguintes: ● IT: neutro isolado ● TT: neutro ligado à terra ● TN-C: Condutor combinado protector ligado à terra e neutro (PEN) ● TN-S: Condutores separados neutro ligado à terra (N) e protector ligado à terra (PE). Disposições de ligação à terra para salas de computadores Utilização sistemática do sistema TN-S O sistema TN-S é a disposição de ligação à terra recomendada pelos fabricantes e pelas normas para sistemas informáticos. Isto é porque fornece uma distribuição monofásica ao mesmo tempo que assegura um potencial referencial para as ECP com um condutor protector. L1 L2 L3 PE N ECPs ECPs 3-ph loads ph-N loads Fases: L1, L2, L3 Neutro: N Condutor protector: PE Pólo disjuntor: x N e PE separados Fig. 5.15. Sistema TN-S para centros informáticos Os sistemas IT e TT são pouco adequados aos sistemas informáticos Utilização com cargas de computadores
  • 45. APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 45 Tecnologia: UPS sem transformador ● O sistema de TI requer equipas operacionais competentes e uma monitorização do isolamento sofisticada para localizar e eliminar falhas de isolamento antes de uma segunda falha com uma corrente de activação alta poder provocar perturbações.
  • 46. APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 46 Tecnologia: UPS sem transformador ● O sistema TT é demasiado sensível a sobrecargas devido a raios para dispositivos informáticos sensíveis. ● O sistema TN-C (1) (neutro ligado à terra combinado com condutor PE) não fornece um potencial referencial fiável como o sistema TN-S. As cargas monofásicas, frequentes em sistemas informáticos, provocam harmónicas H3 e respectivos múltiplos de 3 (H6, H9, etc.) no neutro. As harmónicas fluem posteriormente para o condutor PEN, onde podem provocar: - perda de equipotencialidade PEN que se espalha pela blindagem e pode afectar o funcionamento do sistema informático. - correntes desequilibradoras elevadas nos caminhos dos cabos e na estrutura do edifício devido a ligações à terra PEN frequentes. A radiação electromagnética resultante nos caminhos dos cabos pode perturbar os dispositivos sensíveis. (1) O sistema TN-C pode ser utilizado a montante de um sistema TN-S, mas o contrário não é permitido, porque pode provocar uma interrupção a montante do condutor protector, criando assim um risco para a segurança de pessoas a jusante. Recomendações dos fabricantes de computadores: recrie uma rede com um neutro ligado à terra à entrada da sala de computadores Os fabricantes de computadores recomendam que o sistema TN-S com o neutro ligado à terra seja criado o mais perto possível das cargas. Isto deve ser posto em prática, geralmente, à entrada da sala de computadores). A utilização de um sistema TN-S sem esta medida, ou seja com o neutro ligado à terra criado bastante mais a montante) pode criar uma potencial diferença entre a terra e o neutro devido à distribuição a montante.  Em conclusão, é aconselhável que crie um sistema TN-S à entrada da sala de computadores com o neutro ligado à terra neste ponto para assegurar a distribuição eléctrica limpa e adequada para o sistema informático. Isto é realizado geralmente através de PDU (Unidades de distribuição de potência) que incluem um transformador de entrada, possibilitando a obtenção de um potencial referencial neutro fiável e assegurando o isolamento galvânico em todos os modos de funcionamento da UPS (em entrada de CA normal ou de bypass). Além disso, esta solução utiliza transformadores padrão que fornecem uma fiabilidade bastante elevada ultrapassando a dos transformadores de saída de UPS. Esta solução com um transformador de entrada é amplamente utilizada nos EUA onde um sistema de distribuição trifásico de 480 V é instalado à entrada das salas de computadores para alimentar um transformador de 208/480 V (fig. 5.16). UPS A PDU A UPS B PDU A Blade server Isolating transformers used to recreate a TN-S system with neutral x x x x .. Fig. 5.6. Exemplo de transformadores utilizados na entrada PDU para criar um sistema de distribuição TN-S com um neutro.
  • 47. APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 47 Tecnologia: UPS sem transformador
  • 48. APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 48 Tecnologia: UPS sem transformador Sistema IT ou TT a montante Neste caso, a disposição de ligação à terra do sistema tem de ser alterada para TN-S a jusante da UPS. Uma vez que o neutro não pode ter duas referências à terra, o isolamento galvânico é necessário para todos os modos de funcionamento da UPS (normal ou bypass). ● Para UPS com um transformador de saída, um transformador é adicionado geralmente na entrada do bypass (consulte a fig. 5.17). Esta solução tem dois inconvenientes: - os dispositivos de protecção de 4 pólos têm de ser utilizados para ligar e interromper o neutro no bypass, - a distância D2 do neutro da UPS e das cargas podem afectar o potencial neutro porque os transformadores de isolamento não estão localizados perto das cargas. ● As UPS sem transformador da APC by Schneider Electric podem funcionar em 3 fases sem um neutro. Isto possibilita a utilização de um sistema trifásico, com três ligações até ao PDU ou equivalente e a recriação do sistema TN-S o mais perto possível da aplicação (consulte o lado direito da fig. 5.17). Esta disposição assegura um potencial referencial "limpo" para o PE.  Além destas vantagens em termos de eficiência, pegada, peso e correspondência de tensão, a tecnologia sem transformador é simples e económica. Solução com um transformador de potência Solução sem transformador IT ou TT a montante - TN-S a jusante IT ou TT a montante - TN-S a jusante Normal AC input Rectifier charger L1 L2 L3 N LVMS UPS PE Bypass AC input Bypass transformer Q3BP Q4S Q1 Inverter Static bypass Battery QF1 Q5N K3N PE Earthing terminal L1 L2 L3 N Output transformer LVS D2 IT TT Normal AC input Rectifier charger L1 L2 L3 N LVMS UPS Bypass AC input Q3BP Q4S Q1 Inverter Battery QF1 Q5N K3N PE L1 L2 L3 N LVS Static bypass D1 IT TT Power Distribution Unit transformer Fixed and clean reference for Neutral PE Comparação das diferente disposições de ligação à terra a montante
  • 49. APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 49 Tecnologia: UPS sem transformador Fig. 5.17. IT ou TT a monatnte e TN-S a jusante.
  • 50. APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 50 Tecnologia: UPS sem transformador (Cont.) Sistema TN-C ou TN-S a montante Estas duas situações podem ser abordadas do mesmo modo. Com um sistema TNH-C a montante, é possível separar o neutro e o PE a montante da UPS (separando as ligações) e criar assim a situação com TN-S tanto a montante como a jusante. No diagrama abaixo, o TN-C a montante simplifica a distribuição. A Fig. 5.18 lustra o único caso de um sistema TN-C a montante. Para fornecer um potencial referencial, é necessário criar um sistema de distribuição "limpa", instalando um transformador à entrada das ala de computadores (geralmente utilizando um PDU ou equivalente). Quanto maior for a distância de D1 entre o transformador a montante e a saída da UPS, mais necessária é esta solução, porque o potencial neutro pode ser afectado pela distribuição a montante.  Neste caso, as soluções que utilizam as UPS com ou sem um transformador são idênticas, no entanto, a tecnologia sem transformadores apresenta vantagens em temos de eficiência, pegada, peso e rigor da regulação da potência. Solução com um transformador de potência Solução sem transformador TN-C a montante e TN-S a jusante TN-C a montante e TN-S a jusante Normal AC input Rectifier/ charger L1 L2 L3 N LVMS UPS Bypass AC input Q3BP Q4S Q1 Inverter Battery QF1 Q5N K3N L1 L2 L3 N Static bypass D1 PE LVS Power Distribution Unit transformer Fixed and clean reference for Neutral Normal AC input Rectifier/ charger L1 L2 L3 N LVMS UPS Bypass AC input Q3BP Q4S Q1 Inverter Battery QF1 Q5N K3N PE L1 L2 L3 N Static bypass D1 LVS Power Distribution Unit transformer Fixed and clean reference for Neutral Fig. 5,18. TN a montante e a jusante.
  • 51. APC by Schneider Electric 01/2012 Edition p. 51 Tecnologia: UPS sem transformador (Cont.) Resultados da comparação Soluções com um transformador de saída ● O transformador na saída da UPS é de um tipo específico, mais dispendioso e exige mais espaço. ● É necessário adicionar um transformador na entrada de bypass, ou seja, a instalação requer dispositivos de quatro pólos e um cabo neutro, ou é necessário instalar um transformador de saída. ● O transformador adicionado não está localizado tão perto quanto possível das cargas. Soluções sem transformador ● As limitações provocadas por um transformador de saída da UPS são evitados. ● Um transformador é instalado à entrada da sala dos computadores, geralmente num PDU. Não são necessários dispositivos de quatro pólos no bypass nem a distribuição a montante do neutro. No entanto, continua a ser necessário adicionar um transformador, mas existem vantagens em termos de: ● Custo da UPS, isto é, sem transformador de potência específico e sem neutro na linha de bypass, ● pegada e peso reduzidos, ● melhor regulação de saída para flutuações de carga rápidas.  Pelas suas inúmeras vantagens, a tecnologia sem transformador está a tornar-se rapidamente a solução preferida para UPS.
  • 52. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 52 Compatibilidade electromagnética (EMC) Perturbações electromagnéticas Todas as perturbações electromagnéticas envolvem três elementos. Uma fonte Uma fonte natural (atmosfera, terra, sol, etc.) ou, mais frequentemente, uma fonte industrial (dispositivos eléctricos e electrónicos). A fonte gera perturbações através de variações repentinas (impulso) nos valores eléctricos (tensão ou corrente), definidas por: • Uma forma de onda, • Uma amplitude de onda (valor de pico), • Um espectro de frequências, • Um nível de energia. Um modo de acoplamento O acoplamento permite a transmissão de perturbações e pode ser: • Capacitivo (ou galvânico), por exemplo, através de enrolamentos do transformador, • Indutivo, por um campo magnético radiado, • Conduzido, por uma impedância comum, através de uma ligação à terra. Uma vítima Trata-se de qualquer dispositivo susceptível de sofrer perturbações e que funciona incorrectamente devido à presença das perturbações. Exemplos Fontes Em instalações de baixa tensão, as fontes incluem correntes variáveis súbitas resultantes de: • Falhas ou curto-circuitos, • Comutação electrónica, • Harmónicas de alta ordem, • Descargas ou interrupção do transformador. As frequências podem ser baixas (< 1 MHz) para frequências de alimentação e respectivas harmónicas ou altas (> 1 MHz) no caso de descargas. Acoplamento • Capacitivo: transmissão de uma onde de descarga através de um transformador. • Indutivo: Radiação de um campo magnético criado por uma das correntes acima. A radiação cria uma força electromotiva induzida, ou seja, uma corrente capaz de provocar perturbação induzida, nas ligações dos condutores que constituem os cabos que alimentam os dispositivos e nos condutores de ligação à terra dos dispositivos. A título indicativo, uma radiação de 0,7 A/m pode causar perturbações num monitor de vídeo. Isso corresponde ao campo criado de 2,2 m à volta de um condutor que transporte uma corrente de 10 A. • Conduzido (impedância comum): aumento no potencial de uma ligação à terra. Perturbações Emissão, imunidade, susceptibilidade Um dispositivo eléctrico está instalado num ambiente que pode sofrer mais ou menos perturbações electromagneticamente. O mesmo tem de ser considerado como uma fonte e possível vítima de perturbações electromagnéticas. Dependendo do ponto de vista, pode falar-se de: • O nível de emissão de uma fonte, • O nível de compatibilidade de um ambiente, • Os níveis de imunidade e susceptibilidade de uma vítima. Estas noções são abordadas na página seguinte na secção sobre níveis de perturbação definidos pelas normas. Perturbações electromagnéticas Normas e recomendações EMC
  • 53. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 53 Compatibilidade electromagnética (EMC) (Cont.) Níveis de perturbação A norma IEC 6100-2-4 define vários níveis de perturbação da EMC: • Nível 0: sem perturbação, • Nível de emissão: nível máximo autorizado para um utilizador num serviço público ou para um dispositivo, • Nível de compatibilidade: nível máximo de perturbação esperado um determinado ambiente, • Nível de imunidade: nível de perturbação que um dispositivo pode suportar, • Nível de susceptibilidade: nível a partir do qual um dispositivo ou sistema funciona incorrectamente. Consequentemente, devem ser tomados em consideração dispositivos e equipamento: • Fontes, devem ser definidos limites (níveis de emissão) relativamente a perturbações emitidas por dispositivos para evitar atingir níveis de compatibilidade, • Vítimas, devem também suportar níveis de perturbação superiores aos níveis de compatibilidade, se ultrapassados, o que é permitido numa fase transitória. Estes níveis superiores são os níveis de imunidade. As normas EMC definem estes níveis.  Lista das normas EMC, ver secção na página 34 sobre normas EMC. Fig. 5.19 Níveis de perturbação de EMC para dispositivos susceptíveis de sofrer/provocar perturbações. Valores medidos Os dispositivos são submetidos a testes. São medidos cinco valores principais: • CE – emissões conduzidas, • RE – emissões radiadas, • ESD – descargas electrostáticas, • CS – susceptibilidade conduzida, • RS – susceptibilidade radiada. Os testes requerem recursos importantes, nomeadamente uma gaiola de Faraday para as emissões conduzidas e a susceptibilidade e uma câmara anecóica para as emissões radiadas. A APC by Schneider Electric possui câmaras de teste anecóicas certificadas.
  • 54. APC by Schneider Electric 01/2012 edition p. 54 Compatibilidade electromagnética (EMC) (Cont.) Fig. 5.20 Cinco valores de medição principais.