1. TRABALHO PARA DIMINUIR INDICE DE QUEBRAS DE VIDRO NO TRANSPORTE AO CLIENTE
Por – Luiz Carlos de Almeida – Chefe de Turno Zona Fria e Armazém – Guardian Vidros
O estudo abaixo,visa ajudar na redução significativadas quebras originárias no transportede vidros,
principalmenteas relacionadasà vidros deespessura finas.
Obs.: Como foi feita a pesquisa?:
1 – Analisando claimsdequebras reportado por clientes durante os últimos anos;
2 – Conversando com motoristas, analisando trechos percorridos,ocorrências nasestradas(frenagens bruscas,
passagempor obstáculos como por exemplo buracos,quebra-molas,lombadas, posicionamento da carga,
como o vidro saiu da Guardian,como o vidro chegou ao cliente, etc...);
3 – Analisando vidrosdedevolução de clientes que chegaram quebrados;
4 – Analisando transferênciasdeoutras plantas;
5 – Analisando as embalagens,principalmente os “L”s - quanto a borrachas novaseas analisadaspela
inspeção,como boas para reutilização (borrachas do pédos “L”s).
Desenvolvimento
1.1 – Configuração de embalagens de colares;
Para proteção do vidro,é ultilizado embalagens devários tipos ex.: caixas,Izadas,colares,calhas eescoras.
Este trabalho sededica especificamenteaos colares,pois mais de90 % dos claims dequebra são oca sionados
nestas embalagens.
Definição de colares: Colares são embalagens formadas por duas peças que se encaixam:
Exitem vários motivos causadores dequebras de vidro após após expedição,este estudo visa apontar os
principaispor ordem de importância,pois a sua ocorrênciaémaior em quantidadee também com mais
frequência em vidros de espessura fina.
O vidro ou pacote com lâminas devidro é apoiado no colar por sobreuma lâmina de borracha apa rafusadana
basedo L conforme figura 1.Após o aparafusamento desta lâmina de borrcha é colocado tampas deborracha
para proteção do vidro, para que o mesmo não se choque contra o parafuso demetal, conforme figura 2.
L i GRAVATA L i
gravata
2. O vidro ou pacote de vidro é expedido e transportado sobreesta estrutura conforme figura 3.
1.2– Motivo das quebras de vidro em colares;
1.2.1 – Desgaste e/ou fadiga da sapata deborracha do “L” dos colares;
Todos os colares,quando retornam dos clientes são inspecionadosese ainda estiverem em condições
de uso são enviados novamente para a linha deprodução,para novo ciclo “guardian-cliente– cliente
guardian”.
Aqueles que não estão em condições de uso,seguem o curso para a área de manutenção de colares.
O problema é que esta inspeção évisual,a precisão é mínima não detecta problemas como desgaste,
fadiga e também não repõe as borrachas quetampam os parafusos das sapatas,conformefotos abaixo.
Quando o veículo esta em excesso de velocidade,utiliza defrenagens bruscas, passa por umtrecho de
estrada ruím ou com obstáculos (buracos,lombadas,quebra-molas,etc...) temos que imaginar quesão mais
de 2 toneladas de vidros em movimento sobre estas sapatas deborracha,produzindo umefeito de mais peso
ainda,deformando estas sapatas fazendo com que o vidro entre em contato com a cabeça do parafuso ou da
própria base do colar conforme as fotos abaixo, provocando quebra do vidro.
FIGURA 1 FIGURA 2 FIGURA 3
3. Quando a quebra ocorrenas lâminas do lado externo dos pacotes o prejuízo é menor. Porém quando a
quebra ocorrenas posições internas do pacote, ocorre um espaçamento entre as lâminasprovocando um
efeito “dominó”, onde bastante lâminasdo pacote irá quebrar ou até mesmo todo o pacote será danificado.
1.2.2 – Quebra no transporte;
1.2.2.3 – Quebra por obstáculos:
1ª – Quebra de vidro em passagempor quebra-molas em velocidadeanormal;
A) BLOCO ANTES DA
PASSAGEM PELO
QUEBRA-MOLAS.
2,0 CM ≥ 1,5 CM
B) BLOCO APÓS PASSAGEM PELO
QUEBRA-MOLAS COM QUEBRADE
LÂMINAS (CHOQUE NA BASEOU NAS
CABEÇAS DOS PARAFUSOS).
C) BLOCO APÓS DA PASSAGEM
PELO QUEBRA-MOLAS. (COM
LÂMINAS QUEBRADAS).
4. 2ª – Quebra de vidro em passagempor buracos em velocidadeanormal;
3ª – Quebra de vidro em Blocos em Curvas acentuadas,comvelocidadeacima da adequada para o trecho
percorrido;
A) BLOCO ANTES DA
PASSAGEMPOR
OBSÁCULO (BURACO).
2,0 CM ≥ 1,5 CM
B) BLOCO APÓS PASSAGEM PELO BURACO
COMQUEBRA DELÂMINAS (CHOQUENA
BASE OU NAS CABEÇAS DOS PARAFUSOS).
C) BLOCO APÓS DA
PASSAGEMPOR OBSÁCULO
(COM LÂMINAS QUEBRADAS).
A) BLOCO
TRAFEGANDO EM
LINHARETA.
B) BLOCO TRAFEGANDO
EM CURVAACENTUADAA
DIREITA.
C) BLOCO TRAFEGANDO
EM CURVAACENTUADAA
ESQUERDA.
5. 4ª – Quebra de vidro em Izadas em Curvas acentuadas,comvelocidadeacima da adequada para o trecho
percorrido;
Obs.: O ideal para transportede vidro, é o trafego com velocidadereduzida em curvas acentuadas para evitar
este tipo de quebra de vidro. Evitando trechos alternativos como por exemplo estrada da serra de Juquiá, onde
o índice deste tipo de curva é alto, e também a conservação das estradas é baixo (muitos buracos e
interferências).
4ª – Excesso de velocidade-
Obs.: A quebra por execesso de velocidade,tecnicamente não existe. A quebra do vidro só ocorrerá,quando a
velocidadefor associada a outros fatores como por exemplo:
Frenagens bruscas;
Curvas acentuadas;
Passagempor obstáculos (ex: quebra-molas,lombadas,depressões,buracos,curvasacentuadas);
Veículo trafegando por trechos alternativos,não ideais paratransportede vidro,pois as duas
situações descritasacima estão muito presentes para trafego nestes trechos.
Para confirmar as alegaçõesacima,podemos verificar nasfigurasdos discos dos tacógrafos(aparelho que
registra todos os dados de velocidade,acompanhado o transporte da empresa ao cliente).
D) DEVIDO A FORÇACENTRÍPETAÀDIREITA, O PÉDOS PACOTES LADO
DIREITO, ABSORVETODAA FORÇAEPESO DO CONJUNTO, GERANDO
QUEBRADAS LAMINAS NO COLAR. (OBS.: ESTE DEFEITO TENDE ASER
MAIOR EM EMBALAGENS DEFEITUOSAS, COMBORRACHAS
RESSECADAS, PARAFUSOS SEMPROTEÇÃO DEBORRACHANAS
CABEÇAS, OU SOBERBO, BORRACHAS DANIFICADAS, ETC...).
E) DEVIDO AFORÇACENTRÍPETAÀ ESQUEDA, O PÉDOS PACOTES
LADO ESQUERDO, ABSORVETODAA FORÇAE PESO DO CONJUNTO,
GERANDO QUEBRADAS LAMINAS NO COLAR. (OBS.: ESTE DEFEITO
TENDEA SER MAIOR EMEMBALAGENS DEFEITUOSAS, COM
BORRACHAS RESSECADAS, PARAFUSOS SEMPROTEÇÃO DEBORRACHA
NAS CABEÇAS, OU SOBERBO, BORRACHAS DANIFICADAS, ETC...).
A) IZADA
TRAFEGANDO EM
LINHARETA.
B) IZADA TRAFEGANDO
EM CURVAACENTUADAA
DIREITA.
C) IZADA TRAFEGANDO
EM CURVAACENTUADAA
ESQUERDA.
6. A) Velocidadeideal,sem anormalidades (frenagens bruscas),zero índece de quebra por transporte;
Obs.: A foto do disco do tacógrafo abaixo,é de um caminhão que transporta vidro a bastantetempo, para
vários clientes,com um índice quebra quase“zero”, por transporte.
B) Excesso de velocidadecom frenagens bruscas;
Obs.: Podemos perceber que a velocidademédia desempenhada pelo caminhão foi de 90 km por hora,sendo
que em muitos pontos ultrapassou esta velocidadecompicos de 100 à 120 km, com vários pontos de
desacelerações bruscas,possivelmenteocorridas emcurvas acentuadas,aumentando ainda mais a
possibilidadedequebra devido ao efeito da força centrípeta.
C) Velocidadeideal,mas com frenagens bruscas;
Obs.: Muitas o veículo não desenvolve velocidadealta,trafega em uma média de 80 km por hora,mas de
uma forma que provoca quebra de vidros,pois reduzbruscamente a velocidade e em muitas vezes esta
manobra é feita em curvas acentuadas,gerando quebras devido a força centrípeta, conforme demontra a foto
do disco do tacógrafo abaixo:
7. D) Passagempor trecho alternativo;
Obs.: Muitos motoristas orientados ou não, utilizamtrechos alternativos,paratrafego de vidro,com objetivo
de não passar pelo pedágio ou encurtar a viagem, reduzindo um pouco o custo da viagem. Estes trechos,
devido a má conservação das estradas somadas ou não ao excesso de curvas acentuadas provocamquebras
de vidro.Podemos citar com exemplo destes trechos a Serra de Juquiá e a Serra do Cafezal , onde a velocidade
máxima neste trecho é de 50 km por hora e isto já forçando o veículo devido às condições péssimasda estrada
e da quantidadeenorme de curvas acentuadas (muitos caminhões devidro já sofreramacidentes neste trecho
causando atéperda total da carga e até morte de motoristas).Abaixo grifado segue a foto do disco do
tacógrafo onde indica a passagempelo trecho alternativo Serra de Juquiá:
1.2.2 – Quebra por defeito corte;
A) Durante a produção do vidro plano,varios fatores podem provocar defeitos no corte, desde a dureza na
folha de vidro,ondulações entre outros defeitos oriundos da zona quente que afetam o corte da folha tanto
corte Y (direção longitudinal),quanto no corte X (direção contrária).
Porém estes defeitos também podem ser provocados no processo de produção da zona fria,como por
exemplo desgaste das roletas decorte, má regulagem das cabeças decorte, destacamento da folha no snap e
no trimm, entre outros.
Obs.:
1 - Devemos nos atentar para os fatores Zona Quente e Zona Fria,para buscar uma melhor condição decorte
sempre, visando atender melhor o cliente, pois o mesmo na maioria das vezes não possuí tecnologia igual a
Guardian para cortede seus produtos.Muitas vezes o clientefaz o corte manualmente.
2 - Devemos treinar e capacitaros operadores de Robôs e Etiqueta a identificar o problema,o mais rápido
possível para queos operadores Zona Quente e Zona Fria possamatuar eliminando o problema e fornecendo
um produto dentro das conformidades exigidaspelo cliente.
8. Estes defeitos podem gerar quebras,na montagem do pedido, no transporte interno e externo do vidro,
devido a vibração,torção e outros fatores físicos no piso ena pista de rolamento (estrada),transporte entre a
Guardian e o cliente. Soma-se a isto também diferenças de temperatura ambiente, manuseio do vidro de
forma inadequada,embalagens entre outros fatores que podem desencadear a quebra a partir do defeito de
corte.
Ex:
1.2..3 – Montagem doPedido.
Devidoasestradasbrasileirasnãoestarememmuitostrechosembomestadode conservação,
algunspedidos,principalmente vidrosde espessurafina,deveriamserevitadosamontagemem
blocos.
Outrosfatoresque geramquebrastambém de montagem, é o posicionamentodopedidoquantoa
dimensõese espessuras diferentes,muitasvezesofreiode madeiranosblocosé feitode formaase
colocar váriasmadeirasde juntaspara se conseguirfreara dimensãodesejada,deixandoacarga
instavel notransporte.
9. Devidoafirmezada embalgeme posicionamentodospacoteshá menoríndice de quebras quando
este vidroé transportadopor Izadas.
Porémmesmoassimháque se desenvolverumsistemade frenagemmaiseficiente paradiferenças
de dimensção e espessura.Principalmente emvidrosde espessurafina.
Conclusão
Existeminúmerose diversosfatoresque causamquebrasde vidros,notransporte e manuseiodo
vidropelocliente.Acimaforam citadososque maisimpactam financeiramente e tambémosmais
frequentes.
Este estudoque foi feitocombase emanálise de claims,entrevistase reportscommotoristase
clientese tambéminformaçõescolhidascomosetorde qualidade emvisitastécnicasaocliente visa
auxiliarareduçãodo númerode quebras,nacriação de novastécnicase procedimentoscomintuíto
de aprimorar a nossaeficiênciae eficácia,noatendimentoaocliente,reduzidocustosde produçãoe
buscandoa satisfaçãodo cliente criandovaloràmédioe longoprazo.
Obs.:Algumasaçõesjá foramtestadase comprovadaspeloturnotarde,como por exemplo:
1 - A orientaçãoa motoristaspara evitartrechosalternativos (exemploSerrade Juquiá), excessode
velocidade,frenagensbruscas,passagensporobstáculoscomvelocidadeirregular(quebra-molas,
lombadas,buracos);
2 - Concertodopisoda área externa;
3 - Acompanhamentode pedidosde vidrosde espessurafina(2mm) emblocose emIzadas
(comprovandoomenoríndice de quebrasemIzadas).
Borracha para calçaro bloco e
absorver o impacto em passagens
por obstáculos ecurvas acentuadas.