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Edifício Copan - São Paulo/SP
        Oscar Niemeyer
ARQUITETURA E URBANISMO
           3º SEMESTRE – 2012




FERNANDA CRISTINA DA SILVA   B0225C-0
KAROLINE CANTELLI            A7238A-0
MICAELLA MELL MACCARIO       B056DH-2




         CAMPINAS – SWIFT - 2012
FICHA TÉCNICA
      Projeto
   Edificio Copan

    Arquiteto
  Oscar Niemeyer

      Local
   São Paulo, SP

  Início do projeto
         1952

 Conclusão da obra
       1971

  Área do terreno
     11,500 m2

  Área construída
    120.000 m2
INTRODUÇÃO
Projetado na década de 50 do século XX por Oscar Niemeyer, o
edifício COPAN surgiu como um monumento aos paradigmas da
capital paulista naqueles anos: verticalização, adensamento
populacional, dentre outros. Na década de 80 do século XX o COPAN
entrou num processo de degradação, acompanhando a decadência do
próprio local onde o edifício se localiza, o centro novo de São Paulo,
fato que já ocorria desde final dos anos 60.
Grandes empresas, bancos, comércio de luxo, hotéis e equipamentos
de lazer saíram da região e, com eles, o interesse imobiliário.
A partir da última década do século XX o poder público começou um
processo de revitalização do centro de São Paulo e busca investidores
e parceiros nesta intenção.
Volumetria
          O Edifício Copan é a maior estrutura
de concreto armado do país, com cerca de
400 quilos por metro cúbico construído. O
prédio tem 115 metros de altura, 120 mil
metros quadrados de área construída, 1.160
apartamentos que variam de 26 a 350 metros
quadrados e cerca de 5 mil moradores
distribuídos em seis blocos. No térreo
distribuem-se cerca de 70 lojas.
Implantação
         Sua arquitetura em forma
de “S” constituiu-se em um símbolo
da cidade moderna. Não só pelas
linhas arrojadas, mas também pelas
outras características do edifício:
concreto armado, altura, ocupação
mista de apartamentos e comércio e
alta densidade populacional.
Tipos de apartamento
Com a modificação dos Blocos E e F2 os tipos dos
apartamentos do edifício COPAN efetivamente
construído vão de kitchenettes até apartamentos de
3 dormitórios.
Cada um dos seis blocos do edifício tem uma ou
duas tipologias específicas de apartamento.
Características dos apartamentos
BLOCO   QTD DE APTOS   TIPOLOGIA DOS APTOS


                                                                      Estar/jantar, banheiro social, 2 dormitórios,
  A          64        2 DORMITÓRIOS         84,13                    cozinha, área de serviço, 1 dorm. empregada e
                                                                      1 banheiro de empregada

  B         640        Kitchenette           24,67                    Sala multifuncional, cozinha e
                                                                      banheiro

                       1 DORMITÓRIO          32,37                    Estar/jantar, dormitório, banheiro e
                                                                      cozinha.
  C          64        3 DORMITÓRIOS         122,48                   Estar/jantar, banheiro social, 3 dormitórios,
                                                                      cozinha, área de serviço, 1 dorm. empregada
                                                                      e
                                                                      1 banheiro de empregada

  D          64        3 DORMITÓRIOS         161,23                   Estar/jantar, banheiro social, 3 dormitórios,
                                                                      cozinha, área de serviço, 1 dorm. empregada
                                                                      e
                                                                      1 banheiro de empregada

  E         168        Kitchenette           27,56 - 28,31 -30,46 -   Estar/jantar, dormitório, banheiro e
                                             38,31 - 38,58            cozinha.
                                                                      Sala multifuncional, cozinha e
                       1 DORMITÓRIO          59-69                    banheiro

  F         160        Kitchenette           25,98 - 29,85 - 36,48    Sala multifuncional, cozinha e
                                                                      banheiro

                       1 dormitório          54,43 – 62,15            Estar/jantar, dormitório, banheiro e
                                                                      cozinha.
AVALIAÇÃO FÍSICA.
Nos apartamentos do bloco A, 8,70% (7,35m²) da área útil constitui-se em corredores
de circulação e 7% (5,90m²) em dependências da empregada (dormitório e banheiro). No
bloco C estes dados correspondem a 10,60% (14,13m²) e 10,10% (13,53 m²) e no bloco D, a
3,70% (6,35m²) e 6,10% (10,53m²).
Analisando-se a média de 2,18 moradores por apartamento no universo amostral dos blocos
A, C e D10, conclui-se que as médias de área útil/morador são de 38,60 m² (bloco A), 56,18
m² (bloco C) e 73,95 m² (bloco D).
Não considerando as dependências de empregada, os valores caem para 35,88 m², 50,00 m² e
69,12 m². Considerando-se que Boueri Filho (1989) preconiza 17,86 m²/morador como ideal
nas habitações, os valores observados nos apartamentos dos blocos A, C e D estão acima
deste valor.
As áreas úteis dos apartamentos destes blocos estão acima dos valores recomendados por
Boueri Filho (1989) ou mesmo o IPT (1987)11, bem como as Legislações do Município -
Código de Obras (1975) e do Estado de São Paulo – Código Sanitário (1978).
Esta generosidade em áreas úteis deve-se ao fato de as dimensões dos cômodos estarem
além dos dados recomendados, exceto as salas dos apartamentos dos
blocos A e C.
DIAGNÓSTICOS
Especialistas e usuários concordam quanto às dimensões adequadas dos ambientes
dos apartamentos dos blocos A, C e D e consideram que a quantidade de ambientes
habitáveis por morador está acima do necessário para a boa qualidade de desempenho
funcional.
As kitchenettes têm quantidade de cômodos insuficientes para os usuários e, nas
kitchenettes do bloco B e na maior parte de kitchenettes dos blocos E e F, as áreas
úteis/morador estão abaixo dos padrões de boa qualidade de desempenho funcional. As
portas dos banheiros voltadas para as cozinhas dificultam sua utilização, pois criam uma
circulação no centro do ambiente.
Os apartamentos de 1 dormitório do bloco B não são considerados congestionados, e
a área útil por morador tem padrão regular de desempenho funcional. Já os apartamentos
de 1 dormitório dos blocos E e F têm áreas úteis/morador compatíveis com o bom padrão
de qualidade funcional e não são considerados congestionados.
CONCLUSÃO
No que diz respeito aos aspectos dimensionais, certamente, se comparados com os
apartamentos de um, dois e três dormitórios dos dias de hoje, as unidades habitacionais do
COPAN ratificam as afirmações que os apartamentos antigos são maiores que os atuais21,
sendo um importante atrativo para o aproveitamento dos edifícios antigos existentes no
centro de São Paulo, onde existem estas tipologias de apartamentos.
Por outro lado o desconforto com as dimensões exíguas das kitchenettes fica claro
em depoimento de uma moradora do COPAN22 (vídeo Edifício COPAN, 2006): “Lá em
Sergipe, de onde eu vim, tem um lado bem pobre, mas dificilmente a gente mora num
espaço deste tamanho. Apesar de todas as dificuldades, um espaço deste tamanho
normalmente é só o quarto...”.
No edifício COPAN a necessidade de separação física entre as atividades íntimas e
coletivas, na habitação, torna-se evidente, visto que, em 57% das kitchenettes visitadas, a
tentativa desta separação acontece, demonstrando que a privacidade é um fenômeno
existencial vital na arquitetura. Vale acrescentar que todas as kitchenettes,onde houve a
separação espacial eram habitadas por uma pessoa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BOUERI Filho, José Jorge. Antropometria: fator de dimensionamento na habitação. São Paulo.
Tese (doutorado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 1989.
• EDIFÍCIO COPAN. Direção de Luiz Bargmann; Coord. Profa. Dra. Sheila Walbe Ornstein. São
Paulo: VideoFAU, 2006. DVD (26 min.): Son., color. Narrado. Port.
• GALVÃO, Walter José Ferreira. COPAN/SP: A trajetória de um mega empreendimento da
concepção ao uso. Estudo compreensivo do processo com base na Avaliação Pós-Ocupação.
Dissertação (mestrado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo,
2007.
• IMAI. César. Avaliação Pós-Ocupação (APO) no projeto casa fácil. Dissertação (mestrado).
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2000.
• Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Manual de Orientação para
Execução Racionalizada de Instalações em Intervenções para ajuda mútua. São Paulo: IPT,
1987.
• ORNSTEIN, Sheila Walbe; ROMÉRO, Marcelo de Andrade (colab.). Avaliação Pós-Ocupação
do ambiente construído. São Paulo: EDUSP/Studio Nobel, 1992.
• PEDRO, João Branco. Programa habitacional. Espaços e compartimentos. Laboratório
Nacional de Engenharia Civil (LNEC). Lisboa, 2001.
• PICCINI, Andréa. Cortiços na cidade. Conceito e preconceito na reestruturação do centro
urbano de São Paulo. São Paulo Annablume, 1999.
• ROMÉRO, Marcelo de Andrade; ORNSTEIN, Sheila Walbe (edits.). Avaliação Pós-Ocupação:
métodos e técnicas aplicados à habitação social. Porto Alegre: Associação Nacional de
Tecnologia do Ambiente Construído, 2003.
• SÃO PAULO (cidade) Leis, Decretos, etc. Código de Edificações. Lei n° 8.266 de 20/06/1975.
• SÃO PAULO (estado) Leis, Decretos, etc. Código Sanitário do Estado de São Paulo. Decreto
Lei n°12.342 de 27/09/1978.
• VESPUCCI, Ana Cândida. Imóveis do centro exigem restauro. Revista Urbs, São Paulo, n. 34
p. 14-16, 2004.
• http://www.imovelweb.com.br – Acessado em 21/03/2006

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  • 2. ARQUITETURA E URBANISMO 3º SEMESTRE – 2012 FERNANDA CRISTINA DA SILVA B0225C-0 KAROLINE CANTELLI A7238A-0 MICAELLA MELL MACCARIO B056DH-2 CAMPINAS – SWIFT - 2012
  • 3. FICHA TÉCNICA Projeto Edificio Copan Arquiteto Oscar Niemeyer Local São Paulo, SP Início do projeto 1952 Conclusão da obra 1971 Área do terreno 11,500 m2 Área construída 120.000 m2
  • 4. INTRODUÇÃO Projetado na década de 50 do século XX por Oscar Niemeyer, o edifício COPAN surgiu como um monumento aos paradigmas da capital paulista naqueles anos: verticalização, adensamento populacional, dentre outros. Na década de 80 do século XX o COPAN entrou num processo de degradação, acompanhando a decadência do próprio local onde o edifício se localiza, o centro novo de São Paulo, fato que já ocorria desde final dos anos 60. Grandes empresas, bancos, comércio de luxo, hotéis e equipamentos de lazer saíram da região e, com eles, o interesse imobiliário. A partir da última década do século XX o poder público começou um processo de revitalização do centro de São Paulo e busca investidores e parceiros nesta intenção.
  • 5. Volumetria O Edifício Copan é a maior estrutura de concreto armado do país, com cerca de 400 quilos por metro cúbico construído. O prédio tem 115 metros de altura, 120 mil metros quadrados de área construída, 1.160 apartamentos que variam de 26 a 350 metros quadrados e cerca de 5 mil moradores distribuídos em seis blocos. No térreo distribuem-se cerca de 70 lojas.
  • 6. Implantação Sua arquitetura em forma de “S” constituiu-se em um símbolo da cidade moderna. Não só pelas linhas arrojadas, mas também pelas outras características do edifício: concreto armado, altura, ocupação mista de apartamentos e comércio e alta densidade populacional.
  • 7. Tipos de apartamento Com a modificação dos Blocos E e F2 os tipos dos apartamentos do edifício COPAN efetivamente construído vão de kitchenettes até apartamentos de 3 dormitórios. Cada um dos seis blocos do edifício tem uma ou duas tipologias específicas de apartamento.
  • 8. Características dos apartamentos BLOCO QTD DE APTOS TIPOLOGIA DOS APTOS Estar/jantar, banheiro social, 2 dormitórios, A 64 2 DORMITÓRIOS 84,13 cozinha, área de serviço, 1 dorm. empregada e 1 banheiro de empregada B 640 Kitchenette 24,67 Sala multifuncional, cozinha e banheiro 1 DORMITÓRIO 32,37 Estar/jantar, dormitório, banheiro e cozinha. C 64 3 DORMITÓRIOS 122,48 Estar/jantar, banheiro social, 3 dormitórios, cozinha, área de serviço, 1 dorm. empregada e 1 banheiro de empregada D 64 3 DORMITÓRIOS 161,23 Estar/jantar, banheiro social, 3 dormitórios, cozinha, área de serviço, 1 dorm. empregada e 1 banheiro de empregada E 168 Kitchenette 27,56 - 28,31 -30,46 - Estar/jantar, dormitório, banheiro e 38,31 - 38,58 cozinha. Sala multifuncional, cozinha e 1 DORMITÓRIO 59-69 banheiro F 160 Kitchenette 25,98 - 29,85 - 36,48 Sala multifuncional, cozinha e banheiro 1 dormitório 54,43 – 62,15 Estar/jantar, dormitório, banheiro e cozinha.
  • 9. AVALIAÇÃO FÍSICA. Nos apartamentos do bloco A, 8,70% (7,35m²) da área útil constitui-se em corredores de circulação e 7% (5,90m²) em dependências da empregada (dormitório e banheiro). No bloco C estes dados correspondem a 10,60% (14,13m²) e 10,10% (13,53 m²) e no bloco D, a 3,70% (6,35m²) e 6,10% (10,53m²). Analisando-se a média de 2,18 moradores por apartamento no universo amostral dos blocos A, C e D10, conclui-se que as médias de área útil/morador são de 38,60 m² (bloco A), 56,18 m² (bloco C) e 73,95 m² (bloco D). Não considerando as dependências de empregada, os valores caem para 35,88 m², 50,00 m² e 69,12 m². Considerando-se que Boueri Filho (1989) preconiza 17,86 m²/morador como ideal nas habitações, os valores observados nos apartamentos dos blocos A, C e D estão acima deste valor. As áreas úteis dos apartamentos destes blocos estão acima dos valores recomendados por Boueri Filho (1989) ou mesmo o IPT (1987)11, bem como as Legislações do Município - Código de Obras (1975) e do Estado de São Paulo – Código Sanitário (1978). Esta generosidade em áreas úteis deve-se ao fato de as dimensões dos cômodos estarem além dos dados recomendados, exceto as salas dos apartamentos dos blocos A e C.
  • 10.
  • 11. DIAGNÓSTICOS Especialistas e usuários concordam quanto às dimensões adequadas dos ambientes dos apartamentos dos blocos A, C e D e consideram que a quantidade de ambientes habitáveis por morador está acima do necessário para a boa qualidade de desempenho funcional. As kitchenettes têm quantidade de cômodos insuficientes para os usuários e, nas kitchenettes do bloco B e na maior parte de kitchenettes dos blocos E e F, as áreas úteis/morador estão abaixo dos padrões de boa qualidade de desempenho funcional. As portas dos banheiros voltadas para as cozinhas dificultam sua utilização, pois criam uma circulação no centro do ambiente. Os apartamentos de 1 dormitório do bloco B não são considerados congestionados, e a área útil por morador tem padrão regular de desempenho funcional. Já os apartamentos de 1 dormitório dos blocos E e F têm áreas úteis/morador compatíveis com o bom padrão de qualidade funcional e não são considerados congestionados.
  • 12. CONCLUSÃO No que diz respeito aos aspectos dimensionais, certamente, se comparados com os apartamentos de um, dois e três dormitórios dos dias de hoje, as unidades habitacionais do COPAN ratificam as afirmações que os apartamentos antigos são maiores que os atuais21, sendo um importante atrativo para o aproveitamento dos edifícios antigos existentes no centro de São Paulo, onde existem estas tipologias de apartamentos. Por outro lado o desconforto com as dimensões exíguas das kitchenettes fica claro em depoimento de uma moradora do COPAN22 (vídeo Edifício COPAN, 2006): “Lá em Sergipe, de onde eu vim, tem um lado bem pobre, mas dificilmente a gente mora num espaço deste tamanho. Apesar de todas as dificuldades, um espaço deste tamanho normalmente é só o quarto...”. No edifício COPAN a necessidade de separação física entre as atividades íntimas e coletivas, na habitação, torna-se evidente, visto que, em 57% das kitchenettes visitadas, a tentativa desta separação acontece, demonstrando que a privacidade é um fenômeno existencial vital na arquitetura. Vale acrescentar que todas as kitchenettes,onde houve a separação espacial eram habitadas por uma pessoa.
  • 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • BOUERI Filho, José Jorge. Antropometria: fator de dimensionamento na habitação. São Paulo. Tese (doutorado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 1989. • EDIFÍCIO COPAN. Direção de Luiz Bargmann; Coord. Profa. Dra. Sheila Walbe Ornstein. São Paulo: VideoFAU, 2006. DVD (26 min.): Son., color. Narrado. Port. • GALVÃO, Walter José Ferreira. COPAN/SP: A trajetória de um mega empreendimento da concepção ao uso. Estudo compreensivo do processo com base na Avaliação Pós-Ocupação. Dissertação (mestrado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2007. • IMAI. César. Avaliação Pós-Ocupação (APO) no projeto casa fácil. Dissertação (mestrado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2000. • Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Manual de Orientação para Execução Racionalizada de Instalações em Intervenções para ajuda mútua. São Paulo: IPT, 1987. • ORNSTEIN, Sheila Walbe; ROMÉRO, Marcelo de Andrade (colab.). Avaliação Pós-Ocupação do ambiente construído. São Paulo: EDUSP/Studio Nobel, 1992. • PEDRO, João Branco. Programa habitacional. Espaços e compartimentos. Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). Lisboa, 2001. • PICCINI, Andréa. Cortiços na cidade. Conceito e preconceito na reestruturação do centro urbano de São Paulo. São Paulo Annablume, 1999. • ROMÉRO, Marcelo de Andrade; ORNSTEIN, Sheila Walbe (edits.). Avaliação Pós-Ocupação: métodos e técnicas aplicados à habitação social. Porto Alegre: Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, 2003. • SÃO PAULO (cidade) Leis, Decretos, etc. Código de Edificações. Lei n° 8.266 de 20/06/1975. • SÃO PAULO (estado) Leis, Decretos, etc. Código Sanitário do Estado de São Paulo. Decreto Lei n°12.342 de 27/09/1978. • VESPUCCI, Ana Cândida. Imóveis do centro exigem restauro. Revista Urbs, São Paulo, n. 34 p. 14-16, 2004. • http://www.imovelweb.com.br – Acessado em 21/03/2006