A alfazema verdadeira é uma planta medicinal usada para tratar reumatismo, anúria, câimbras, sinusite e afecções do fígado e baço. Suas partes usadas são as flores e sumidades floridas, e pode ser consumida em infusões, decoctos ou alcoolaturas. Contém óleo essencial e outros compostos químicos. Seu uso excessivo deve ser evitado durante a gravidez e aleitamento.
1. ====== Planta Medicinal: Alfazema verdadeira ======
===== Nome Científico: Lavandula angustifolia Mill. =====
==== Sinonímia Vulgar: Alfazema, lavanda, lavanda-inglesa. ====
Sinonímia Científica: Lavandula vera DC.; Lavandula officinalis Chaix.;
Lavandula angustifolia Bulbani; Lavandula angustifolia Moench.; Lavandula spica
Desf.; Lavandula spica L.
Descrição Planta herbácea, vivaz, de caule quadrangular, com 30 a 60 cm de
altura.
Quando cultivada pode atingir até 1 m de altura. Nativa da Europa e cultivada em
vários países de clima temperado. Folhas opostas, oblongas, lanceoladas,
estreitas, de bordas arredondadas na base, e tomentosas na face inferior. Flores
violetas, brancas, pequenas, surgindo de junho a setembro, dispostas em espigas
laxas na base, comprimidas na extremidade, longas, estreitas e terminais. Cada
espiga tem na base uma bráctea romboidea, acuminada e cada flor é acompanhada de
uma bráctea menor e estreita. Cálice e corola recobertos de pequenos pelos
estrelados providos de glândulas oleíferas pequenas e luzidias, acontecendo o
mesmo com as folhas e os pedúnculos. As glândulas são constituídas de uma célula
basilar e uma extremidade arredondada contendo 4 células, dentro das quais a
essência
secretada acumula-se sob a cutícula da face superior, levantando-se em forma de
vesícula. Androceu contendo 4 estames didínamos. Multiplica-se por semente ou
estacas e raramente floresce em Minas Gerais. Lavandula spica L. distingue-se da
anterior por ter folhas mais largas no ápice do caule que é mais ramificado e
possuir odor mais intenso, porém menos agradável.
Partes Usadas Flores e sumidades floridas.
Formas Farmacêuticas Infuso, decocto, alcoolatura, cataplasma ou óleo.
Emprego Reumatismo, anúria, aperitivo, câimbras, sinusite e afecções do fígado e
do baço, e asma.
Usa-se o infuso de 3 a 5 g de flor seca em 1 xícara de água fervente, de 3 a 4
vezes ao dia. Decocto: 50 g de flores secas por litro de 4 a 6 xícaras das de
café para a asma.
Alcoolatura, cataplasma ou óleo. Externamente, é usado emloções estimulantes
antissépticas e cicatrizantes.
Constituição Química Óleo essencial (cariofileno, pineno, cadineno, -ocimeno),
álcoois (geraniol, furfurol, lavandulol e borneol, predominando o linalol) e
seus ésteres como acetato de linalila, e ainda, cumarina (herniarina), ácidos
(acético, propiônico, butírico, valérico, e caproico); taninos, saponinas ácidas
e princípios
amargos.
Interações Medicamentosas e Associações A alfazema pode ser associada ao alecrim
para auxiliar caso de depressão. Com a valeriana e o rabo-de-tatu para cefaleia.
Sedativos do SNC (álcool, benzodiazepínicos, narcóticos) podem
potencializar seus efeitos. Portanto, evitar o uso concomitante.
Contraindicação Seu uso excessivo interno deve ser evitado no início da gravidez
devido ao efeito emenagogo. Para lactentes, pacientes em uso de agentes
sedativos.
Toxicidade Reações colaterais: cefaleia, dermatite de contato, miose,
constipação, euforia, embotamento e confusão mental, náuseas, depressão
respiratória e do SNC, sonolência, vômitos (em altas doses, devido ao seu
potencial de tipo narcótico).
2. Cautela no uso interno do óleo essencial. É seguro usá-lo como tempero e
externamente o óleo, extrato e óleo-resina. Alergia às espécies da família.
==== Imagem: Alfazema Verdadeira - Lavandula angustifolia Mill. ====
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Referências:
http://www.cura-pela-natureza.cf/alfazema_verdadeira