A Alemanha é a principal potência econômica da Europa, com uma economia fortemente industrializada, especialmente nas áreas farmacêutica, química e de motores. A Alemanha tem uma rica história que inclui o Sacro Império Romano Germânico, a unificação no século XIX e os dois grandes conflitos mundiais do século XX. A cultura alemã enfatiza valores como estrutura, privacidade e pontualidade.
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
Alemanha 1
1. Alemanha
Principal potência econômica da Europa, a Alemanha é o maior ponto de contato entre o
ocidente desenvolvido e os países do Leste Europeu. Seu território está em terras férteis
e cultiváveis e tem uma economia fortemente industrializada – com destaque para as áreas
farmacêutica, química e de motores.
A Alemanha é um estado federal da Europa central pertencente à União Europeia. A
Alemanha é limitada a norte pelo Mar do Norte, pela Dinamarca e pelo Mar Báltico, a
leste pela Polônia e pela República Checa, a sul pela Áustria e pela Suíça e a oeste pela
França, Luxemburgo, Bélgica e Holanda. A capital da Alemanha é Berlim. A língua
nacional é o alemão.
História da Alemanha
A região da Alemanha foi inicialmente habitada por tribos finesas e, em seguida, pelos
celtas. Porém, estes últimos foram expulsos para regiões ocidentais pelas tribos
germânicas (bárbaros) que chegaram ao território por volta de 800 AC.
O mais poderoso dos estados, fundado na Gália pelos germânicos no início da Idade
Média, o reino dos francos, foi erguido por Carlos Magno.
Após o tratado de Verdun (845), passou a existir o reino da Germânia. Independente, este
reino tornou-se uma monarquia eletiva.
Em 936, o imperador germânico Otho, o Grande, conquistou regiões na Itália,
aumentando sua influência junto ao estado papal. Usou este poder para fazer-se coroar
imperador. A Alemanha passou a ser chamada de sacro Império Romano Germânico.
A autoridade dos imperadores germânicos, na Idade Média, era apenas simbólica, pois a
Alemanha passou a ser apenas uma espécie de estado feudal. Os senhores feudais
possuíam o poder de fato na região, decidindo sobre as ações políticas, jurídicas e
econômicas em seus feudos.
No século XVI, durante a reforma protestante, a Alemanha foi abalada pelas lutas
religiosas. Seu território foi praticamente dividido em duas partes: Alemanha do Norte
(protestante) e Alemanha do Sul (católica).
No começo do século XIX a região foi conquistada pelos franceses sob o comando
de Napoleão Bonaparte. O sacro Império Romano Germânico foi abolido e em seu lugar
foi criada a Confederação do Reno, que foi dissolvida pelo Congresso de Viena e
reconstituída em novas bases com o nome de Confederação Germânica (1815).
No final do século XIX a Alemanha foi unificada, formando um estado, com a atuação
diplomática do chanceler Otto von Bismarck.
2. Primeira Guerra Mundial
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império
austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações
levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra,
contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro
não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho
de 1914, declarou guerra à Servia.
Política de Alianças
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do
século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia
a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha (a
Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em
1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
Desenvolvimento
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam,
muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos
pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros.
Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por
exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as
mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.
Fim do conflito e resultados
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância: a entrada dos Estados Unidos
no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais
a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente,
forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que
assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A
Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do
corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que
pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve
repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.
Segunda Guerra Mundial
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos
dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e,
rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de
governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha
surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão,
desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na
Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito
Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
3. Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da
década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos
governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de
indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc.).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para
territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas,
uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com
planos de conquistas elaborados em comum acordo.
O Início
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De
imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política
de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos: Aliados (liderados
por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
Desenvolvimento e Fatos históricos Importantes
- O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças
armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia,
Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália
conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
- Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano
Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os
estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
- De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos
alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do
Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força
nas frentes de batalhas.
- O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os
pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados
brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
Final e Consequências
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da
Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um
forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de
Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de
cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Guerra Fria
Em 1949, são criadas a República Federal da Alemanha (RFA, ou Alemanha Ocidental),
de regime capitalista, e a República Democrática Alemã (RDA, ou Alemanha Oriental),
socialista. Durante o governo do chanceler (primeiro-ministro) democrata-cristão Konrad
4. Adenauer (1948-1961), a Alemanha Ocidental conhece um período de prosperidade,
principalmente em função da ajuda econômica norte-americana do Plano Marshall.
A Alemanha torna-se o centro do conflito entre EUA e URSS durante a Guerra Fria. Em
1948, os soviéticos ordenam o bloqueio de Berlim, que é rompido por uma gigantesca
ponte aérea dos EUA. Uma revolta de trabalhadores em Berlim Oriental é esmagada pelo
Exército soviético em 1953.
Em 1955, a Alemanha Ocidental ingressa na Organização do Tratado do Atlântico Norte
(Otan), a aliança militar ocidental. A Alemanha Oriental reage ingressando, no mesmo
ano, no Pacto de Varsóvia, a aliança militar liderada pela URSS. Em 1961, as autoridades
orientais constroem o Muro de Berlim para deter o fluxo de refugiados para o Ocidente.
O processo de aproximação entre as duas Alemanhas tem início no final da década de 60,
estimulado pelo chanceler ocidental Willy Brandt, do Partido Social-Democrata. Em
1973, RDA e RFA entram na Organização das Nações Unidas (ONU) e se reconhecem
mutuamente no ano seguinte. Na Alemanha Ocidental, os democrata-cristãos voltam ao
poder em 1982 com a eleição de Helmut Kohl, que substitui o social-democrata Helmut
Schmidt. O anúncio da instalação de mísseis nucleares norte-americanos na Alemanha
Ocidental, em 1983, provoca grandes protestos pacifistas.
Fim do Muro de Berlim
O dirigente alemão-oriental Erich Honecker, no poder desde 1971, resiste à onda de
liberalização no bloco comunista deflagrada em 1985 pelo dirigente soviético Mikhail
Gorbatchov.
Em 1989, milhares de alemães-orientais passam para a Alemanha Ocidental através da
Hungria e da Áustria. Em outubro, manifestações pró-democracia em Leipzig levam o
Partido Comunista alemão-oriental a substituir o linha-dura Honecker por Egon Krenz.
Em novembro, a queda do Muro de Berlim abre o processo de reunificação: são marcadas
as primeiras eleições livres da RDA. Em 1990, a
Aliança pela Alemanha, favorável à unificação, vence as eleições; Lothar de Mazière é o
primeiro-ministro da Alemanha Oriental.
Impulsionada por Kohl, é realizada a unificação monetária em julho de 1990. Em outubro,
ocorre a unificação política. O exército alemão-oriental é extinto e o Parlamento unificado
ratifica o tratado da União. Kohl torna-se o chanceler na Alemanha unificada.
Cultura Alemã
Fatos, costumes e tradições
Alemanha está no centro da Europa, não só geograficamente, mas também em termos de
política e economia. O país é o segundo mais populoso depois da Rússia na Europa, com
mais de 81 milhões de pessoas, de acordo com o Factbook Mundial. A economia alemã
é a maior do continente e a quinta maior do mundo.
5. A Alemanha exerce sua influência sobre os países que fazem fronteira com ela - Áustria,
Bélgica, República Checa, Dinamarca, França, Luxemburgo, Holanda, Suíça e Polónia -
todas essas culturas têm, em graus variados, uma mão na formação da Alemanha de hoje.
A população é de 91,5% alemã, com o ser turco o segundo maior grupo étnico em 2,4%,
de acordo com o Factbook Mundial. O 6,1% restante é formado principalmente por
aqueles de ascendência grega, russo, italiano, polonês, servo-croata e espanhol.
Valores
Alemães colocam uma alta prioridade na estrutura, privacidade e pontualidade. O povo
alemão abraça os valores da frugalidade e trabalho árduo. De acordo com Passport to
Trade 2.0, um guia de etiqueta de negócios on-line pela Universidade de Salford em
Manchester, Inglaterra, "Os alemães são mais confortáveis quando eles podem organizar
e compartimentar o seu mundo em unidades controláveis, portanto, é gerido com cuidado
os calendários, horários e agendas devem ser respeitados. "
Os alemães são pessoas estoicas que se esforçam para perfeccionismo e precisão em todos
os aspectos de suas vidas. Eles não admitem falhas, mesmo em tom de brincadeira, e
raramente distribuem elogios. No início a sua atitude pode parecer hostil, mas há um
senso de comunidade e de consciência social e um desejo de pertencer.
Idiomas
Sem surpresa, a língua oficial do país é o alemão. Mais de 95% da população fala alemão
como sua primeira língua, de acordo com o Centro de Angelo State University de Estudos
Internacionais. Outras línguas faladas incluem sérvio no leste da Alemanha; Norte e Oeste
Frisian, falado em torno do estuário do Reno; e dinamarquês, falado principalmente na
área ao longo da fronteira dinamarquesa. Romani, que é uma língua indígena, turca e
curda, também são falados.
Religião
O cristianismo é a religião dominante, 65 a 70% da população se identifica como cristã.
Esse número inclui 24 milhões de católicos, de acordo com a CBS News. Os muçulmanos
constituem 3,7 % da população, de acordo com Angelo State University, enquanto 28,3%
não são afiliadas ou tem uma religião diferente do cristianismo ou do islamismo.
Comida e bebida alemã
Os alemães adoram cozinha saudável, embora cada área da Alemanha tem sua própria
definição do que uma refeição tradicional parece.
Carne de porco é a carne mais consumida, de acordo com o Guia de culinária alemã.
Schweinshaxe (jarrete de porco assada) e Saumagen (estômago de porco) são um casal
de pratos tradicionais de carne de porco.
Bratwurst, uma forma de salsicha, está intimamente associada com comida alemã.
Repolho, beterraba, e nabos são comumente incorporados em refeições, pois eles são
nativos da região, e as batatas e chucrute também são estrelas da culinária alemã.
6. A cerveja é a bebida alcoólica mais popular, e o país é conhecido como o berço de uma
série de variedades de cerveja, incluindo Pilsner, Weizenbier (cerveja de trigo) e Alt.
Estas cervejas foram criados de acordo com a Reinheitsgebot, ou a "Lei de Pureza," uma
lei bávara do século 16 que decretou que a cerveja só poderia ser fabricada a partir de
cevada, lúpulo e água, de acordo com NPR. Cervejeiros utilizavam a levedura disponível
no ar. Brandy e aguardente também são bebidas alcoólicas alemãs favoritas.
As artes
Cultura não se refere apenas à forma como as pessoas interagem e olhar. "A cultura
também significa intelectual refinado, realização artística e criativa, por exemplo, como
no conhecimento cultural, ou uma pessoa culta," Cristina De Rossi, antropólogo Barnet e
Southgate College, em Londres, disse a Ciência Viva.
Os alemães fizeram enormes contribuições à música clássica, e as tradições de famosos
compositores alemães ou austríacos, tais como Johann Sebastian Bach, Wolfgang
Amadeus Mozart, Ludwig von Beethoven, Johannes Brahms, Richard Wagner e Gustav
Mahler, vivem hoje.
Com sua propensão para precisão e engenharia, não é de estranhar que os alemães têm
uma forte tradição da xilogravura. Há também uma forte representação de todas as fases
da arquitetura - incluindo românico, gótico, neoclássico, barroco, rococó e Renaissance -
representada nas catedrais, castelos e edifícios públicos. Um exemplo bem conhecido da
arte alemã clássico é o Portão de Brandenburgo, uma ex-porta da cidade que agora é usada
para simbolizar a unidade de Berlim.
Feriados e comemorações
Alemanha celebra muitas das festas cristãs tradicionais, incluindo Natal e Páscoa. O Dia
da Unificação Alemã em 3 de outubro marca o reencontro de Leste e Oeste da Alemanha
e é o único feriado federal.
Enquanto grande festa da cerveja do país é chamado de "Oktoberfest", suas partidas a
cada ano em um sábado, em setembro e termina 16 a 18 dias mais tarde, no primeiro
domingo de outubro. A tradição começou em 1810, com o casamento do príncipe Ludwig
da Baviera com a Princesa Therese von Sachsen-Hildburghausen, de acordo com a cidade
de Munique.
Alemanha Atual
Economia
A economia alemã é uma economia de mercado. A segurança social tem um peso muito
grande na economia e os alemães têm direitos sociais muito extensos. Atualmente, o
governo Social Democrata está a tentar reformar a segurança social com o objetivo de
reduzir o seu peso sobre a economia. A reunificação teve um impacto significativo no
crescimento da parte ocidental da Alemanha.
Atualmente, a Alemanha está a viver um período de ajustamento para eliminar as enormes
disparidades econômicas entre a parte oriental e a parte ocidental do seu território,
principalmente as disparidades em termos salariais e de nível de vida. A Alemanha tem
7. uma economia social de mercado. A indústria automobilística é uma das mais
importantes, a par das indústrias de engenharia mecânica e elétrica, bem como das
indústrias química e farmacêutica. As indústrias metalúrgica e siderúrgica também
desempenham um papel importante na economia.
Política
A República Federal da Alemanha é constituída por 16 Länder (estados). Cada Land
dispõe de uma constituição, de um órgão legislativo e de um governo próprios. O país
tem um regime parlamentar com duas câmaras.
A Câmara Alta ou Bundesrat tem 68 lugares. Em função da população, o número de
representantes de cada Land varia entre três e seis. O período de legislatura depende das
datas das eleições nos diferentes Länder.
O principal órgão legislativo é a Câmara Baixa, denominada Bundestag (Assembleia
Federal), a qual tem 672 deputados eleitos por um período de quatro anos, por sufrágio
universal direto, segundo um sistema proporcional.
O poder executivo é exercido pelo Governo federal, dirigido pelo Chanceler federal, que
é eleito por maioria absoluta do Bundestag e que nomeia em seguida os outros ministros.
O Presidente federal é eleito pela Bundesversammlung (uma Convenção federal)
convocada exclusivamente para o efeito e composta pelos membros do Bundestag e por
igual número de deputados eleitos pelos parlamentos dos Länder. O Presidente é, em
termos constitucionais, o Chefe de Estado, mas tem reduzida influência a nível do
governo.
Cada Land possui a sua assembleia legislativa com competência para aprovar legislação
em todos os domínios, exceto nos da defesa, dos assuntos externos e das finanças, os
quais são da competência exclusiva do Governo federal.
O dia da comemoração da unidade alemã, festejado em 17 junho até 1990, foi substituído
pelo dia da Unificação alemã, festejado a 3 de outubro.
Problemas Sociais Alemãs
A sociedade alemã é moderna e aberta. A maioria das pessoas tem um bom nível de
formação, um bom padrão de vida em termos internacionais e a liberdade equivalente
para levar uma vida própria. Mas a sociedade alemã, como outras grandes nações
industrializadas, encontra-se diante do desafio de resolver os problemas do
desenvolvimento demográfico, especialmente o do envelhecimento da população.
Também as consequências sociais da divisão do país ainda não foram totalmente
superadas duas décadas após a reunificação. No bojo da globalização, a Alemanha se
encaminhou em direção à uma sociedade moderna de imigração com uma crescente
diversidade etnocultural e aumentou os esforços para integrar os migrantes mais
adequadamente no seio da sociedade. As transformações sócio-econômicas dos últimos
anos, aceleradas pelas consequências da crise econômica e financeira no mundo inteiro,
fizeram surgir novas situações sociais de risco e uma compartimentação maior da
sociedade de acordo com a situação econômica de vida. O recente relatório do governo
federal sobre riqueza e pobreza constatou que uma em cada quatro pessoas na Alemanha
8. é considerada pobre ou precisa receber auxílio do Estado para não atingir o limite da
pobreza. Segundo definição da UE, são considerados pobres os lares com renda familiar
inferior a 60 por cento da média salarial. Para uma pessoa que vive sozinha, a linha da
pobreza é atualmente uma renda mensal líquida de 780 euros.