SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Febre Amarela: Novo ou Efeito Sazonal do
Surto de 2017?
Desmatamento + avanço
das áreas urbanas= febre
amarela
Doenças antes encontradas
apenas em áreas silvestre
começam a aparecer em
áreas urbanas com
frequência
 “Atualmente o Brasil enfrenta epidemia decorrente do
 ciclo de transmissão silvestre de febre amarela.
 No entanto, temos de estar vigilantes sobre o potencial
 de disseminação do vírus por espécies urbanas de
mosquitos.”
 (Ricardo Lourenço de Oliveira,
 chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores
 de Hematozoários do Instituto Oswaldo
Cruz/Fiocruz))
 Embora, o Ministério da Saúde tinha
anunciado o fim do surtada doença no país,
em setembro do ano passado, alguns
especialistas afirmam que o que está
acontecendo agora não é um novo surto e, sim,
a continuidade do mesmo, tendo em vista que
o seu ápice se dá sempre
no verão (sazonalidade da doença).
De acordo com a OMS, a medida tomada em
relação ao estado de São Paulo é de
cunho preventivo mediante o aumento dos casos
de febre amarela em vários municípios do estado
(listados anteriormente pelo Ministério da Saúde)
e pelo fato de não haver condições de prever os
deslocamentos internos das pessoas (viajantes ou
os próprios habitantes) entre as áreas eminentes de
risco. Daí ser mais uma medida de cautela.
Eu tenho acompanhado os
noticiários tanto impresso, televisivo
e on line, pois considero importante
mantermos informados, ainda mais
sobre uma doença transmitida por
mosquito, que consiste em um vetor
muito comum em áreas tropicais e
equatoriais, o que reforça a nossa
preocupação e justifica a das
Entidades de Saúde.
Os riscos eminentes da febre amarela silvestre ser
convertida em febre amarela urbana, o que
agravaria muito a situação da população. Além
do quantitativo humano a ser afetado ser maior,
não podemos esquecer as implicações quanto
à proliferação do vírus, tendo em vista a
grande incidência do mosquito Aedes aegypti, que
é o vetor urbano da febre amarela. Essa situação
tende a possibilitar o retorno da doença à cidade,
erradicada desde o início da década de 40 (Século
XX);
O surto se restringe à febre amarela silvestre,
daí - geograficamente - a sua ameaça fica
limitada às áreas rurais, com matas ou
florestas. Já na cidade, no caso dela se
proliferar sob a modalidade de “febre
amarela urbana”, a situação – sobretudo –
das pessoas que se encontram em situação
de não poderem ser vacinadas se agrava
consideravelmente. E, até mesmo, para
aquelas que constam em condições de serem
vacinadas, mas que - por algum motivo
qualquer – ainda não tomaram a vacina.
Antigamente, a febre amarela era mais
ocorrente na região Norte (principal área
endêmica da doença
No entanto, desde 2016, a doença vem se
expandindo para as demais regiões do país,
sobretudo, o Sudeste (São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo),
onde desde o ano passado, concentrou a
maioria dos casos de febre amarela.
Febre Amarela: Riscos de se tornar urbana

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

6A Liryel e geovanna
6A Liryel e geovanna6A Liryel e geovanna
6A Liryel e geovannaviannota
 
EvoluçãO Do Conhecimento Sobre O Sida
EvoluçãO Do Conhecimento Sobre O  SidaEvoluçãO Do Conhecimento Sobre O  Sida
EvoluçãO Do Conhecimento Sobre O Sidacnaturais9
 
Epidemias Em Um Mundo Interligado
Epidemias Em Um Mundo Interligado  Epidemias Em Um Mundo Interligado
Epidemias Em Um Mundo Interligado Roberto Kraenkel
 
Grandes Epidemias A Febre TifóIde E A Antraz
Grandes Epidemias   A Febre TifóIde E A AntrazGrandes Epidemias   A Febre TifóIde E A Antraz
Grandes Epidemias A Febre TifóIde E A Antrazcnaturais9
 
Dengue kevin e eduardo
Dengue kevin e eduardoDengue kevin e eduardo
Dengue kevin e eduardoArgos Santos
 
Apresentacao Gripe Suina
Apresentacao Gripe SuinaApresentacao Gripe Suina
Apresentacao Gripe Suinajc_online
 
Dengue giulia e marina
Dengue giulia e marinaDengue giulia e marina
Dengue giulia e marinaArgos Santos
 
Franciscopolis 3
Franciscopolis 3Franciscopolis 3
Franciscopolis 3joelma88
 
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetores
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetoresSaúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetores
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetoresMario Gandra
 
PPT Mitos e Verdades das doenças animais
PPT Mitos e Verdades das doenças animaisPPT Mitos e Verdades das doenças animais
PPT Mitos e Verdades das doenças animaiscatycarneiro
 

Mais procurados (16)

doenças
  doenças  doenças
doenças
 
Dengue- 2017
Dengue- 2017Dengue- 2017
Dengue- 2017
 
Dengue ok
Dengue okDengue ok
Dengue ok
 
Dengue Anderson e Lucas
Dengue Anderson e LucasDengue Anderson e Lucas
Dengue Anderson e Lucas
 
Dengue Rafael e Rerisson
Dengue Rafael e RerissonDengue Rafael e Rerisson
Dengue Rafael e Rerisson
 
6A Liryel e geovanna
6A Liryel e geovanna6A Liryel e geovanna
6A Liryel e geovanna
 
EvoluçãO Do Conhecimento Sobre O Sida
EvoluçãO Do Conhecimento Sobre O  SidaEvoluçãO Do Conhecimento Sobre O  Sida
EvoluçãO Do Conhecimento Sobre O Sida
 
Epidemias Em Um Mundo Interligado
Epidemias Em Um Mundo Interligado  Epidemias Em Um Mundo Interligado
Epidemias Em Um Mundo Interligado
 
Grandes Epidemias A Febre TifóIde E A Antraz
Grandes Epidemias   A Febre TifóIde E A AntrazGrandes Epidemias   A Febre TifóIde E A Antraz
Grandes Epidemias A Febre TifóIde E A Antraz
 
Dengue kevin e eduardo
Dengue kevin e eduardoDengue kevin e eduardo
Dengue kevin e eduardo
 
Apresentacao Gripe Suina
Apresentacao Gripe SuinaApresentacao Gripe Suina
Apresentacao Gripe Suina
 
Dengue giulia e marina
Dengue giulia e marinaDengue giulia e marina
Dengue giulia e marina
 
Franciscopolis 3
Franciscopolis 3Franciscopolis 3
Franciscopolis 3
 
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetores
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetoresSaúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetores
Saúde Coletiva - 7. endemias brasileiras e controle de vetores
 
Epidemias
EpidemiasEpidemias
Epidemias
 
PPT Mitos e Verdades das doenças animais
PPT Mitos e Verdades das doenças animaisPPT Mitos e Verdades das doenças animais
PPT Mitos e Verdades das doenças animais
 

Semelhante a Febre Amarela: Riscos de se tornar urbana

Quando o coronavrus_invade_o_planeta_-_jean-pierre_willem_exclusivo_editora_l...
Quando o coronavrus_invade_o_planeta_-_jean-pierre_willem_exclusivo_editora_l...Quando o coronavrus_invade_o_planeta_-_jean-pierre_willem_exclusivo_editora_l...
Quando o coronavrus_invade_o_planeta_-_jean-pierre_willem_exclusivo_editora_l...BarbaraKato1
 
AULA 03 - DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS.pptx
AULA 03 - DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS.pptxAULA 03 - DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS.pptx
AULA 03 - DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS.pptxVanessaAlvesDeSouza4
 
Nota SBI sobre pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro
Nota SBI sobre pronunciamento do presidente Jair BolsonaroNota SBI sobre pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro
Nota SBI sobre pronunciamento do presidente Jair BolsonaroJornal do Commercio
 
Apostila_Dengue_Núcleo Telessaúde SC UFSC.pptx.pdf
Apostila_Dengue_Núcleo Telessaúde SC UFSC.pptx.pdfApostila_Dengue_Núcleo Telessaúde SC UFSC.pptx.pdf
Apostila_Dengue_Núcleo Telessaúde SC UFSC.pptx.pdfAdrieneDelduck
 
AULA 02- SAUDE E DOENCAS PANDEMICAS.pptx
AULA 02- SAUDE E DOENCAS PANDEMICAS.pptxAULA 02- SAUDE E DOENCAS PANDEMICAS.pptx
AULA 02- SAUDE E DOENCAS PANDEMICAS.pptxFranciscaalineBrito
 
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011Débora Freire
 
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptx
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptxepidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptx
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptxThaisAndreadeOliveir
 
Situação epidemiológica das doenças transmissíveis no Brasil
Situação epidemiológica das doenças transmissíveis no BrasilSituação epidemiológica das doenças transmissíveis no Brasil
Situação epidemiológica das doenças transmissíveis no BrasilKarynne Alves do Nascimento
 
Epidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisEpidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisRicardo Alanís
 
ApresentaçãO1 Ann
ApresentaçãO1 AnnApresentaçãO1 Ann
ApresentaçãO1 AnnAnita Rosa
 
AULA 002- DOENCAS PANDEMICA para aprofundamentoS.pptx
AULA 002-  DOENCAS PANDEMICA para aprofundamentoS.pptxAULA 002-  DOENCAS PANDEMICA para aprofundamentoS.pptx
AULA 002- DOENCAS PANDEMICA para aprofundamentoS.pptxFranciscaalineBrito
 

Semelhante a Febre Amarela: Riscos de se tornar urbana (20)

Quando o coronavrus_invade_o_planeta_-_jean-pierre_willem_exclusivo_editora_l...
Quando o coronavrus_invade_o_planeta_-_jean-pierre_willem_exclusivo_editora_l...Quando o coronavrus_invade_o_planeta_-_jean-pierre_willem_exclusivo_editora_l...
Quando o coronavrus_invade_o_planeta_-_jean-pierre_willem_exclusivo_editora_l...
 
AULA 03 - DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS.pptx
AULA 03 - DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS.pptxAULA 03 - DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS.pptx
AULA 03 - DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS.pptx
 
Nota SBI sobre pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro
Nota SBI sobre pronunciamento do presidente Jair BolsonaroNota SBI sobre pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro
Nota SBI sobre pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro
 
FEBRE AMARELA.pptx
FEBRE AMARELA.pptxFEBRE AMARELA.pptx
FEBRE AMARELA.pptx
 
Apostila_Dengue_Núcleo Telessaúde SC UFSC.pptx.pdf
Apostila_Dengue_Núcleo Telessaúde SC UFSC.pptx.pdfApostila_Dengue_Núcleo Telessaúde SC UFSC.pptx.pdf
Apostila_Dengue_Núcleo Telessaúde SC UFSC.pptx.pdf
 
Saude brasil2004 capitulo6
Saude brasil2004 capitulo6Saude brasil2004 capitulo6
Saude brasil2004 capitulo6
 
AULA 02- SAUDE E DOENCAS PANDEMICAS.pptx
AULA 02- SAUDE E DOENCAS PANDEMICAS.pptxAULA 02- SAUDE E DOENCAS PANDEMICAS.pptx
AULA 02- SAUDE E DOENCAS PANDEMICAS.pptx
 
9314
93149314
9314
 
Febre Amarela
Febre AmarelaFebre Amarela
Febre Amarela
 
Dssms Gripe SuíNa
Dssms   Gripe SuíNaDssms   Gripe SuíNa
Dssms Gripe SuíNa
 
Gripe SuíNa
Gripe SuíNaGripe SuíNa
Gripe SuíNa
 
Gripe SuíNa
Gripe SuíNaGripe SuíNa
Gripe SuíNa
 
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011
 
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptx
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptxepidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptx
epidemiologia-das-doenas-transmissveis.pptx
 
Situação epidemiológica das doenças transmissíveis no Brasil
Situação epidemiológica das doenças transmissíveis no BrasilSituação epidemiológica das doenças transmissíveis no Brasil
Situação epidemiológica das doenças transmissíveis no Brasil
 
Epidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisEpidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveis
 
Dengue 1
Dengue 1Dengue 1
Dengue 1
 
Simp6 dengue
Simp6 dengueSimp6 dengue
Simp6 dengue
 
ApresentaçãO1 Ann
ApresentaçãO1 AnnApresentaçãO1 Ann
ApresentaçãO1 Ann
 
AULA 002- DOENCAS PANDEMICA para aprofundamentoS.pptx
AULA 002-  DOENCAS PANDEMICA para aprofundamentoS.pptxAULA 002-  DOENCAS PANDEMICA para aprofundamentoS.pptx
AULA 002- DOENCAS PANDEMICA para aprofundamentoS.pptx
 

Febre Amarela: Riscos de se tornar urbana

  • 1. Febre Amarela: Novo ou Efeito Sazonal do Surto de 2017?
  • 2.
  • 3. Desmatamento + avanço das áreas urbanas= febre amarela Doenças antes encontradas apenas em áreas silvestre começam a aparecer em áreas urbanas com frequência
  • 4.  “Atualmente o Brasil enfrenta epidemia decorrente do  ciclo de transmissão silvestre de febre amarela.  No entanto, temos de estar vigilantes sobre o potencial  de disseminação do vírus por espécies urbanas de mosquitos.”  (Ricardo Lourenço de Oliveira,  chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores  de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz))
  • 5.
  • 6.  Embora, o Ministério da Saúde tinha anunciado o fim do surtada doença no país, em setembro do ano passado, alguns especialistas afirmam que o que está acontecendo agora não é um novo surto e, sim, a continuidade do mesmo, tendo em vista que o seu ápice se dá sempre no verão (sazonalidade da doença).
  • 7. De acordo com a OMS, a medida tomada em relação ao estado de São Paulo é de cunho preventivo mediante o aumento dos casos de febre amarela em vários municípios do estado (listados anteriormente pelo Ministério da Saúde) e pelo fato de não haver condições de prever os deslocamentos internos das pessoas (viajantes ou os próprios habitantes) entre as áreas eminentes de risco. Daí ser mais uma medida de cautela.
  • 8.
  • 9. Eu tenho acompanhado os noticiários tanto impresso, televisivo e on line, pois considero importante mantermos informados, ainda mais sobre uma doença transmitida por mosquito, que consiste em um vetor muito comum em áreas tropicais e equatoriais, o que reforça a nossa preocupação e justifica a das Entidades de Saúde.
  • 10. Os riscos eminentes da febre amarela silvestre ser convertida em febre amarela urbana, o que agravaria muito a situação da população. Além do quantitativo humano a ser afetado ser maior, não podemos esquecer as implicações quanto à proliferação do vírus, tendo em vista a grande incidência do mosquito Aedes aegypti, que é o vetor urbano da febre amarela. Essa situação tende a possibilitar o retorno da doença à cidade, erradicada desde o início da década de 40 (Século XX);
  • 11. O surto se restringe à febre amarela silvestre, daí - geograficamente - a sua ameaça fica limitada às áreas rurais, com matas ou florestas. Já na cidade, no caso dela se proliferar sob a modalidade de “febre amarela urbana”, a situação – sobretudo – das pessoas que se encontram em situação de não poderem ser vacinadas se agrava consideravelmente. E, até mesmo, para aquelas que constam em condições de serem vacinadas, mas que - por algum motivo qualquer – ainda não tomaram a vacina.
  • 12. Antigamente, a febre amarela era mais ocorrente na região Norte (principal área endêmica da doença No entanto, desde 2016, a doença vem se expandindo para as demais regiões do país, sobretudo, o Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo), onde desde o ano passado, concentrou a maioria dos casos de febre amarela.