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Instrumento:
Violão - Leitura e
Acompanhamento
SEMESTRE 3
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Créditos e Copyright
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso
oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em
qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
Copyright (c) Unimes Virtual
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato.
BRAZIL, Marcelo
Instrumento: Violão - Leitura e Acompanhamento. Marcelo
Brazil. Santos: Núcleo de Educação a Distância da
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Modo de acesso: www.unimes.br
1. Ensino a distância. 2. Música. 3. Instrumento: Violão -
Leitura e Acompanhamento. I. Título
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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PLANO DE ENSINO
CURSO: Licenciatura em Música
COMPONENTE CURRICULAR: Instrumento: Violão: Leitura e Acompanhamento
SEMESTRE: 3º
CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas
EMENTA
Estudo de técnicas instrumentais aliadas à leitura musical, direcionadas para a
utilização do violão na prática docente. Explicitação das características do violão,
postura corporal e afinação do instrumento. Trabalho com cifras e acordes.
Desenvolvimento da leitura harmônica e melódica, acompanhamento e
improvisação.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver a Leitura harmônica e Melódica direcionadas para a utilização do violão
na prática docente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Exercitar diferentes padrões de dedilhados para a mão direita;
Apresentar os principais estilos musicais e sua execução no violão;
Apresentar a prática de acordes e seu contexto harmônico.
UNIDADE I
Fundamentos: Posição e Gêneros: Esta unidade tem como objetivo exercitar
diferentes padrões de dedilhados para a mão direita
UNIDADE II
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MÚSICA
Fundamentos: Posições: Nesta unidade iremos apresentar os principais estilos
musicais e sua execução no violão.
UNIDADE III: Fundamentos
Harmonia: Apresentar a prática de acordes e seu contexto harmônico.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
GALIFI, G. Iniciação ao violão: opus 41. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010.
PEREIRA, Marco. Cadernos de Harmonia para Violão - Vol. 1, 2 e 3. Rio de
Janeiro: Ed. Garbolights, 2011.
RODRIGUES, Juliano. Violão Para Iniciantes, Intermediários E Avançados.
Clube de Autores, 2013. (eBook)
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CASTAÑERA, E. Método de violão: violão prático. São Paulo: HMP, 2006.
MARIANI, S. O equilibrista das seis cordas: método de violão para crianças.
Curitiba: Editora da UFPr / Imprensa Oficial do Estado, 2002.
PEREIRA, M. Ritmos brasileiros. Rio de Janeiro: Garbolights, 2007.
SÁ, R. 211 levadas rítmicas: para violão e outros instrumentos de
acompanhamento. São Paulo: Irmãos Vitale, 2002.
TENNANT, Scott. Pumping Nylon: Learn How to Play Guitar with this Classical
Guitarist's Technique Handbook. Alfred Music, 2005. (disponível versão eBook)
METODOLOGIA:
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio
de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e
atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de
textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas,
envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo
ensino/aprendizagem.
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MÚSICA
AVALIAÇÃO:
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e
apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como
forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte
teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos
específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial,
de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.
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Sumário
Aula 01_ Toque Simultâneo.....................................................................................................................7
Aula 02_Baião ........................................................................................................................................11
Aula 03 _ O Uso do Polegar....................................................................................................................13
Aula 04_Balada pop ...............................................................................................................................16
Aula 05_ Dedilhados ..............................................................................................................................19
Aula 06_Dedilhados com notas presas – acordes..................................................................................21
Aula 07_Dedilhados Melodias................................................................................................................24
Aula 08_Dedilhados-Choro ....................................................................................................................26
Aula 09_Intervalos de uma escala e Campo Harmônico .......................................................................28
Aula 10_Campo Harmônico Maior.........................................................................................................31
Aula 11_Harmonizando Melodias Simples ............................................................................................34
Aula 12 _Harmonizando melodias simples – Praticando.......................................................................38
Aula 13_Campo Harmônico Maior-Tétrades .........................................................................................40
Aula 14_Harmonizando Melodias Simples-Praticando II.......................................................................43
Aula 15_Polifonia ...................................................................................................................................46
Aula 16_ Outros Acordes .......................................................................................................................48
Aula 17_Afinação – Parte 1....................................................................................................................51
Aula 18_Afinação Parte 2.......................................................................................................................53
Aula 19_Aspectos harmônicos (cor/tensão)..........................................................................................55
Aula 20_Estilos – Parte II........................................................................................................................57
Aula 21_3 lições de Fernando Sor..........................................................................................................59
Aula 22_Lição Dó Maior Carcassi...........................................................................................................61
Aula 23_Lição Sol Maior Carcassi...........................................................................................................63
Aula 24_Lição Lá Menor Carcassi...........................................................................................................65
Aula 25_Exercícios Op.1 Giuliani. Parte 1 ..............................................................................................67
Aula 26_ Exercícios Op1- 2a Giuliane- Parte 2.......................................................................................69
Aula 27_Exercícios Op.2ª Giuliane- Parte 3 ...........................................................................................71
Aula 28_Exercícios Op.1- 2ª Giuliane- Parte 4 Página ...........................................................................73
Aula 29_Exercícios Op.1-3ª Giuliane- Parte 5........................................................................................75
Aula 30_Estudos D. Aguado- Parte1 ......................................................................................................76
Aula 31_Estudos D. Aguado- Parte 2 .....................................................................................................77
Aula 32_Estudos D. Aguado- Parte 3 .....................................................................................................79
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MÚSICA
Aula 01_ Toque Simultâneo
Iniciaremos essa disciplina aprendendo uma nova maneira de tocar as cordas muito
utilizada para a execução de diversos ritmos brasileiros: o toque simultâneo dos
dedos indicador, médio e anular.
É muito importante levarmos em consideração alguns aspectos técnicos e de
postura para a mão direita (esquerda para os canhotos) na realização desse tipo de
toque:
1 - Manter a mão relaxada e distante das cordas, permitindo a movimentação dos
dedos para o interior da mão.
2 - Não apoiar o pulso no tampo, mantê-lo sempre afastado (sem dobrar ou torcer
demais o punho).
3 - Realizar um toque sem apoio, ou seja, os dedos devem se dirigir ao interior da
mão sem tocar em outra corda após o toque inicial.
4 - Utilizar um dedo para cada corda.
5 - Se possível, utilizar unhas nos dedos. O resultado sonoro do toque com unhas
será mais brilhante e projetado (com a unha na fôrma e polimento adequados).
As imagens abaixo mostram um bom posicionamento da mão no instrumento:
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MÚSICA
Exercício 1.1
Utilize o polegar para tocar as cordas graves e os dedos i (terceira corda), m
(segunda corda) e a (primeira corda).
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MÚSICA
Vamos realizar agora alguns exercícios para a prática do toque simultâneo. Todos
serão executados com as cordas soltas do violão. Fique atento à postura da mão e
procure extrair uma boa sonoridade, fazendo soar as três primeiras cordas de uma
forma equilibrada. Realize os exercícios sem pressa!
Observação: Em um nível mais avançado de estudos técnicos, o correto seria
"apagar" os baixos que não devem ficar soando. Por exemplo: ao iniciar o segundo
compasso (baixo no lá), o ideal seria "apagar" a corda mi grave para que o som
dessa não se misture com a da quinta corda. Como estamos em um nível de
aprendizado de postura, não se preocupe com isso, mas para informação segue
uma orientação de como pode ser feito: imediatamente após tocar a corda lá, por
exemplo, apoie rapidamente o polegar na corda mi e o som dela cessará.
Experimente!
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MÚSICA
Iniciação ao violão (Princípios básicos e elementares para principiantes) - Henrique
Pinto - Editora Ricordi
Classical Guitar Pedagogy: A Handbook for Teachers -
Anthony Glise - Editora Mel Bay
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MÚSICA
Aula 02_Baião
Já vimos na disciplina de violão 1 algumas informações sobre o Baião. Chegou a
hora de aprendermos esse ritmo na prática. Vamos lá!
Começaremos com uma levada bem simples, composta por dois toques do polegar
e uma "puxada" com os dedos i, m e a.
Reparem que os tempos de cada toque são diferentes. Uma forma de compreender
a divisão exata desse ritmo é pensar em oito semicolcheias no compasso. O
primeiro toque do polegar está na primeira semicolcheia, o segundo toque está na
quarta e a puxada está na sétima. Vejam:
O exercício que vamos tocar deve ser tocado exatamente com esse ritmo e
seguindo a sequência de acordes abaixo. Fiquem atentos às repetições. Na
Vídeoaula 2 existe uma explicação detalhada da execução do exercício e no final da
aula existe um link para o áudio.
Os acordes A, B/A e D/F# podem ser montados com os dedos 2, 3 e 4. Isso irá
facilitar a mudança dos acordes. Façam lentamente e com paciência.
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MÚSICA
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MÚSICA
Aula 03 _ O Uso do Polegar
Alguns ritmos que serão trabalhados nessa disciplina utilizam bastante o polegar
como o Baião e o Choro. Quando formos aprender os dedilhados também
utilizaremos o polegar, normalmente no início dos arpejos.
Vamos então falar um pouco sobre isso lembrando que, sempre que falamos de
postura, temos que ter em mente que as pessoas possuem anatomias diferentes e
que a música deve sempre aparecer como objetivo principal, ou seja, se para extrair
um som específico do instrumento precisamos mudar a posição da mão, é válido!
Antes de começarmos é importante lembrarmos da postura da mão direita e do
relaxamento para evitar pontos de tensão nos braços e nas mãos. Também é
bastante comum deixar a unha do polegar crescida para obter uma melhor
sonoridade.
Quando fechamos a mão direita de uma forma relaxada, percebemos que o polegar
fica para fora, sobre o dedo indicador, certo? Esse é o movimento mais relaxado e
normalmente utilizado para o toque do polegar, tocando a corda com o lado externo
do dedo. Vejam na imagem abaixo:
(Os vídeos e áudios desta aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Nesse vídeo do violonista Fábio Zanon temos um ótimo exemplo de postura
relaxada e de utilização do polegar:
http://www.youtube.com/watch?v=dj6rxGsSNxQ&feature=related
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MÚSICA
Outros exemplos:
Baden Powel : http://www.youtube.com/watch?v=olVO58S2gcA&feature=related
Reparem como, nesse outro vídeo do Baden Powell, ele muda a forma de ataque do
polegar para obter um som mais forte e metálico. Isso acontece em 1:09 do vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=MvbGsYzcVT8
Muitos outros exemplos poderão ser vistos no canal da pesquisadora Raíssa
Amaral. Aproveitem: http://www.youtube.com/user/ArquivoRaissaAmaral
Um vídeo muito interessante é esse onde podemos ver uma aula do violonista
uruguaio Abel Carlevaro sobre postura e técnica:
https://www.youtube.com/watch?v=-XbUkcjuMdsVamos praticar? Com calma,
observando bem o posicionamento do polegar e a sonoridade produzida, toque os
exercícios de cordas soltas abaixo:
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MÚSICA
Iniciação ao violão (Princípios básicos e elementares para principiantes) - Henrique Pinto -
Editora Ricordi
Escuela de la guitarra - Exposición de la teoría instrumental - Abel Carlevaro -
Editora Barry
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MÚSICA
Aula 04_Balada pop
Um tipo de acompanhamento bastante utilizado nas músicas modernas é a Balada,
também chamado de Balada Pop. Ele é um pouco mais elaborado que o Pop que
trabalhamos na disciplina Violão 1. Também possui compasso quaternário e segue o
ritmo abaixo:
Algumas informações sobre esse ritmo já foram mostradas na disciplina Violão 1 e
agora vamos realizar alguns exercícios práticos. Segue um link que mostra o ritmo
na prática:
Balada Pop
Após cada partitura abaixo existe um link com o áudio para facilitar a compreensão.
1° Passo - Sempre seguindo a legenda da ilustração acima, vamos tocar apenas no
primeiro tempo de cada pulso. Importante: a mão deve continuar o movimento
mesmo nos momentos em que não vai tocar, para cada pulso ela sobe e desce duas
vezes!
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MÚSICA
Áudio – Aula 04.1.mp3
VIOLÃO II – Leitura e Acompanhamento
2° Passo - Vamos retirar o toque do terceiro pulso do compasso. Para faciltar,
façam a contagem dos pulsos: 1, 2, 3, 4...
Áudio – Aula 04.2.mp3
3° Passo - Toquem na subida na quarta semicolcheia do segundo pulso.
Áudio – Aula 04.3.mp3
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MÚSICA
4° Passo - Agora vamos tocar a descida da terceira semicolcheia do terceiro pulso.
A levada já está quase completa!
Áudio – Aula 04.4.mp3
5° Passo - Para finalizar é só tocar na subida da segunda semicolcheia do terceiro
pulso. De uma forma mais simplificada: tocamos duas vezes para baixo, duas para
cima e duas para baixo para finalizar.
Áudio – Aula 04.5.mp3
Conseguiram? Essa foi apenas uma maneira que imaginei para que pudessem
visualizar o ritmo na pauta e ir "construindo" a levada. Quando trabalho com alunos
em sala de aula utilizo outro processo, através da audição e memorização do ritmo
através de palmas ou percussão no instrumento e em seguida a reprodução do
mesmo no instrumento. Faço com eles apenas o primeiro passo dos descritos acima
para que compreendam o movimento da mão e já passo para a realização do ritmo
memorizado.
Vamos tocar uma música com essa levada?
Dicionário de acordes cifrados - Almir Chediak - Editora Lumiar
211 levadas rítmicas - Renato Sá - Editora Vitale
Ritmos Brasileiros - Marco Pereira - Editora Garbolights
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MÚSICA
Aula 05_ Dedilhados
Os dedilhados são bastante utilizados para o acompanhamento de diversos gêneros
da música e, por isso, é muito importante que vocês conheçam esse recurso do
instrumento.
Para sua execução é necessário uma boa postura e, se possível, que os dedos da
mão direita tenham um pouco de unha para a produção do som. Os dedos irão
trabalhar de forma independente e a escrita na pauta tem, na grande maioria das
vezes, duas vozes:
Na voz inferior temos o toque do polegar, nesse caso escrito com semibreves,
indicando que as notas devem durar até o final do compasso. Na voz superior estão
as notas tocadas pelos dedos i, m e a, normalmente escritas com as hastes para
cima. O toque dos dedos devem ser sem apoio para evitar que um dedo "apague" a
nota tocada anteriormente.
Vamos praticar! Comecem tocando o exercício que está logo acima e, na sequência,
toquem os que seguem abaixo.
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MÚSICA
E mais algumas variações:
Assistam à Videoaula e pratiquem bastante!
Iniciação ao violão (Princípios básicos e elementares para principiantes) - Henrique
Pinto - Editora Ricordi
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MÚSICA
Aula 06_Dedilhados com notas presas – acordes
Agora que temos conhecimento dos recursos técnicos necessários para a execução
dos dedilhados, vamos aliar um outro conhecimento que também já adquirimos ao
longo do curso de violão: as notas presas.
Como o nosso enfoque maior no curso é o acompanhamento, vamos iniciar esse
exercício pensando em dedilhar acordes. A posição dos acordes está indicada nos
diagramas (bracinhos) mas devem ser respeitadas as notas escritas na pauta.
Reparem que, em alguns casos, algumas notas dos acordes que estão presas não
são tocadas. Ainda assim, é sugerido que o acorde fique totalmente montado para
fixação da posição e para evitar que, sem querer, algum nota estranha ao mesmo
seja tocada. Reparem também que o baixo (nota grave tocada com o polegar) a ser
tocado é a nota que dá nome ao acorde, por exemplo: para o acorde G, tocamos a
nota sol presa na sexta corda. Para o acorde C, tocamos o dó preso na quinta corda
e assim por diante.
Fiquem atentos aos acordes invertidos, ou seja, aqueles acordes onde a
fundamental não é a nota mais grave, por exemplo: D/A, G/B, E/G#, etc. Nesses
casos, a nota a ser tocada como "baixo" é a que está após a barra. Para os acordes
acima temos que tocar A, B e G# como notas mais graves.
Vamos praticar!
Antes de iniciarem, verifiquem as notas que deverão ser tocadas em cada acorde.
Reparem que, nessa sequência, o dedo 3 permanece na mesma nota, portanto deve
permanecer fixo na mudança de um acorde para o outro. Será o nosso "dedo guia".
Toquem sem pressa, deixando soar cada nota dos acordes.
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MÚSICA
Embora sejam acordes não muito simples para os iniciantes, o fato de termos um
dedo fixo auxilia na realização do exercício.
Vamos agora tocar um exercício onde o baixo fica fixo na mesma nota. Esse efeito
tem o nome de baixo pedal. No violão é muito comum termos o baixo pedal nas
cordas soltas, ou seja, no E, no A ou no D. Vamos lá:
Nesse exercício, o pedal é a nota A e os acordes são mudados nas cordas primas
(agudas). Realizem o exercício com bastante calma e vejam o resultado sonoro do
baixo pedal. Existem diversas músicas populares que utilizam esse recurso,
conhecem alguma?
Assim que se sentirem mais familiarizados com os acordes, procurem variar o
dedilhado, criem variações, experimentem!
No ambiente está disponível um arquivo para impressão com esses e outros
exercícios de dedilhados.
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MÚSICA
Iniciação ao violão (Princípios básicos e elementares para principiantes) -
Henrique Pinto - Editora Ricordi) - Henrique Pinto - Editora Ricordi
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MÚSICA
Aula 07_Dedilhados Melodias
Vamos experimentar nessa aula a execução de melodias com notas presas na
região aguda e baixos soltos e, em seguida, melodias na região grave com as
cordas agudas soltas sendo dedilhadas. Embora a leitura de violão solo não seja o
foco principal da disciplina, esses princípios de leitura a duas vozes formam a base
para essa prática. Caso alguém se interesse em desenvolver essa habilidade, serão
disponibilizados alguns materiais opcionais.
Primeiro vamos praticar com os baixos soltos e algumas notas presas na cordas 1 e
2.
Neste exemplo aparece a digitação da mão direita mas ela é opcional, ou seja, o
violonista tem total liberdade de escolher a digitação que mais lhe parecer
confortável para a execução da peça. É bastante comum essa liberdade de escolha
e isso só não se aplica aos exercícios de técnica onde o objetivo é desenvolver
algum tipo de recurso para a mão direita.
No exemplo seguinte temos a mesma melodia, no entanto agora existem outras
notas dos acordes sendo tocadas no primeiro pulso dos compassos. Reparem que
essas notas seguem exatamente a formação do acorde no braço do violão. Essa é
uma prática muito comum na elaboração de pequenos arranjos para violão solo.
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MÚSICA
Vamos imaginar agora uma melodia na região grave:
Após praticar bem essa melodia executada com o polegar, experimente tocar uma
nota sol solta na terceira corda com o dedo indicador conforme o ritmo abaixo.
Repare como uma simples nota adicionada à melodia inicial já cria um caráter de
acompanhamento para a mesma.
Agora podemos, partindo do exemplo acima, inserir também a nota si da segunda
corda, criando um dedilhado simples para acompanhar a melodia do baixo. Repare
como, nos compassos 2 e 4, esse dedilhado foi evitado para facilitar a execução e
deixar a melodia mais clara.
Esses exercícios são apenas para que vocês conheçam as diversas possibilidades
de acompanhamento ao violão e poderem, aos poucos, acrescentar
novos elementos ao uso do instrumento na atividade docente.
Iniciação ao violão (Princípios básicos e elementares para principiantes) - Henrique
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MÚSICA
Aula 08_Dedilhados-Choro
Nessa aula, vamos conhecer melhor e praticar o acompanhamento do choro. Como outros
gêneros brasileiros, o choro é escrito em compasso binário e, para o violão, possui um
fraseado mais elaborado na região grave.
A célula básica de acompanhamento do choro está representada no primeiro
compasso do exemplo abaixo. No segundo compasso, temos basicamente o mesmo
ritmo, no entanto, o polegar deve ser tocado novamente substituindo a segunda
puxada de cada célula.
No gráfico abaixo podemos visualizar onde cada ataque nas cordas acontece dentro
do pulso nos dois exemplos acima. Imagine que cada pulso do compasso está
dividido em quatro partes iguais:
Na vídeo aula 5 existe uma explicação detalhada de como esses ritmos devem ser
executados.
Existem ainda algumas variações onde a puxada é subdividida. Nesses casos, o
dedo indicar atua separado dos dedos médio e anelar. Vejam:
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MÚSICA
Para praticarem o choro, utilizem um dos dois ritmos propostos no primeiro exemplo
da aula e sigam a sequência de acordes abaixo:
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MÚSICA
Aula 09_Intervalos de uma escala e Campo Harmônico
Tendo em vista que a distância entre dois sons gera um intervalo. Obtemos uma
escala a partir de uma sequencia de sons a uma distância de 2as Maiores ou
Menores a cada nota. Por exemplo:
A escala de Dó Maior tem início com a nota Dó, que é a Tônica (T) da escala. Logo,
a cada intervalo de 2a obtemos a seguinte escala:
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ
tom tom
semi
tom
tom tom tom
semi
tom
Tônica 2a M 3a M 4a J 5a J 6a M 7a M 8a J
Vale lembrar que o intervalo entre duas notas vizinha é de 1 Tom, menos em Mi-Fá
e Si-Dó. Repare como são as duas notas cujas sílabas terminam na vogal "i". Sendo
assim, para obter um 1/2 tom entre Fá-Sol, é necessário subir o Fá: Fá#-Sol; ou
descer o Sol: Fá-Solb.
O campo harmônico é um dos assuntos mais importantes para a utilização do violão
na prática pedagógica pois, através dele, o professor é capaz de utilizar o
instrumento para harmonizar melodias de uma forma simples e rápida.
Podemos definir o campo harmônico de uma tonalidade como sendo o conjunto de
acordes (tríades ou tétrades*) construídos com as notas da escala.
(* Tríades são acordes de três sons e tétrades, de quatro sons)
O raciocínio é bem simples: se temos uma melodia tonal com notas de uma escala,
o melhor material para harmonizá-la serão os acordes construídos com as notas
dessa mesma escala.
Antes de mostrarmos um exemplo prático, vamos relembrar alguns conceitos:
- Intervalo - distância entre dois sons.
- Semitom - menor intervalo entre dois sons.
- Tom - intervalo formado por dois semitons.
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MÚSICA
- Escalas - séries de sons ascendentes ou descendentes determinados por uma
sequência de intervalos
- Cifras - símbolos que representam os acordes. Em alguns casos, as letras das
cifras também podem representar uma nota como, por exemplo, nos acordes
invertidos. A letra que está depois da barra em G/B representa uma nota (o baixo) e
não um acorde.
Como estamos falando de acordes, é importante lembrarmos como eles são
construídos. O processo mais simples se dá pela superposição de notas separadas
por intervalos de terças. Quando temos três notas, já podemos classificar o acorde e
isso se dá pela qualidade das terças utilizadas (maiores ou menores*)
(* Uma terça maior é formada por dois tons e uma terça menor, por um tom e meio)
Exemplos:
O primeiro acorde é formado pelas notas dó - mi - sol. Se verificarmos as terças
teremos que a primeira (dó - mi) é maior pois possui dois tons e a segunda (mi - sol)
é menor pois possui um tom e meio. Nesse caso temos um acorde maior pois é
formado por uma terça maior sobreposta por uma terça menor.
No segundo acorde temos exatamente o contrário, ou seja, a primeira terça é menor
(ré - fá) e a segunda maior (fá - lá). Nesse caso temos um acorde menor.
Resumindo, temos quatro tipos de tríades:
Terça maior + Terça menor = ACORDE MAIOR (exemplo: Fá - Lá - Dó)
Terça menor + Terça maior = ACORDE MENOR (exemplo: Sol - Sib - Ré)
Terça menor + Terça menor = ACORDE DIMINUTO (exemplo: Dó - Mib - Solb)
Terça maior + Terça Maior = ACORDE AUMENTADO (exemplo: Lá - Dó# - Mi#)
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30
MÚSICA
Na próxima aula vamos construir todas as tríades e tétrades de uma escala
diatônica maior, mas, partindo dos princípios aqui explanados, já podemos ir
praticando a construção e identificação das tríades em qualquer escala.
Bons estudos!
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Harmonia e Improvisação. Vols 1 e 2 - Almir Chediak - Editora Lumiar
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31
MÚSICA
Aula 10_Campo Harmônico Maior
Vamos começar a nossa prática em Campo Harmônico construindo os acordes
sobre uma escala diatônica maior. É importante lembrarmos que uma escala
diatônica maior é, na prática, um sequência de intervalos (em vermelho):
É comum alguns teóricos afirmarem que a escala diatônica maior tem oito notas pois
precisamos da oitava para formar o semitom entre o sétimo e o oitavo graus. Vamos
praticar sobre a escala de sol maior. Reparem que a escala de sol maior tem um
sustenido exatamente para garantir que os intervalos estejam dentro do padrão da
escala diatônica maior.
Se construirmos as tríades sobre as notas da escala de sol maior, teremos o
seguinte resultado:
Utilizando as regras de classificação das terças e dos acordes estudadas na Aula 9,
chegaremos ao seguinte resultado:
Podemos agora cifrar os acordes e teremos então o Campo Harmônico de sol maior,
ou seja, o conjunto de acordes formado com as notas da escala:
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32
MÚSICA
Mas para que serve isso? Para um músico que vai utilizar um instrumento
harmônico, sabendo da tonalidade ele já reduz para sete as possibilidades de
acordes a serem utilizados em uma harmonização simples. E na prática não se
utiliza a tríade diminuta, reduzindo então para seis as possibilidades de acordes.
É importante ressaltar que estamos tratando de harmonizações muito simples,
básicas, de uma melodia em tom maior. Mas pensando na atuação de um professor,
com certeza ele vai se deparar com inúmeras melodias tonais que poderão ser
harmonizadas de forma simples com o violão: exercícios de flauta doce, canções do
coro infantil, etc.
Alguns autores afirmam que é possível harmonizar qualquer melodia tonal simples
com apenas três acordes: os três maiores, I, IV e V graus. Isso é um fato verídico
pois na estrutura desses três acordes estão todas as notas da escala! Vamos
conferir?
G - sol si ré C - dó mi sol D - ré fá# lá
Agora vamos ao lado bom dessa história toda! Lá no início da aula foi dito que a
escala maior é, na verdade, uma sequência de intervalos, certo? Sendo assim, se
pegarmos qualquer escala maior e construirmos as tríades chegaremos aos
mesmos tipos de acordes!
Explicando: o primeiro grau sempre será maior, o segundo sempre será menor e
assim por diante.
Vamos ver: imaginem a escala de Si bemol maior - Sib Dó Ré Mib Fá Sol Lá Sib
Sem precisar de muito esforço ou complicação, já podemos definir os acordes do
campo harmônico:
- Bb Cm Dm Eb F Gm Ládim
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MÚSICA
Se nos depararmos com uma melodia em si bemol maior, já sabemos o grupo de
seis acordes que poderão ser utilizados para construirmos uma harmonização
simples!
Como exercício, façam o campo harmônico de outras escalas. Também pesquisem
as harmonias de canções simples e verão que elas são, na grande maioria das
vezes, baseadas apenas nos acordes do campo harmônico.
Bons estudos!!
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MÚSICA
Aula 11_Harmonizando Melodias Simples
Muito bem, agora que já sabemos construir o campo harmônico das tonalidades
maiores, vamos aplicar esse conhecimento na criação de um acompanhamento para
uma melodia simples. Mas antes, vamos abordar um aspecto bem importante, uma
pergunta que sempre surge nessas horas: "Existe uma harmonia certa para cada
melodia?"
Na minha opinião, assim como a criação de melodias, a harmonização é uma arte e
as ideias são livres. O autor pode e deve usar de criatividade para criar as relações
entre acordes e melodia que mais lhe agradam. Mas tem um detalhe importante,
uma pergunta que devemos nos fazer antes de criarmos uma harmonização: "Para
quem estamos harmonizando?" Se é uma melodia simples e será tocada por um
grupo de flautas da escola, não faz muito sentido criar uma harmonização muito
elaborada, repleta de dissonâncias, que pode não dialogar com o caráter da
melodia. Se é uma peça para o coral da escola, corremos o risco de confundir os
alunos cantores se fizermos uma harmonia muito elaborada, com acordes
dissonantes, de empréstimo modal, etc. E o mais importante: qualquer harmonia
mais sofisticada tem as mesmas funções harmônicas daquela elaborada apenas
com os acordes do campo harmônico.
Portanto, fica aqui uma primeira regra para a nossa prática nessa disciplina:
faremos, nesse início, apenas harmonizações com acordes do campo harmônico,
mesmo que surjam inúmeras ideias e possibilidades. Para aqueles que já tem
experiência, fica como um bom exercício de elaborar as harmonias pensando nos
grupos infantis que citei.
Vamos lá, vejam a melodia abaixo e acompanhem o processo:
Áudio: Aula 11.1.mp3 (Áudio no Ambiente Virtual)
Primeiro passo: identificar a tonalidade. Nesse caso, ré maior.
Segundo passo: encontrar os acordes do campo harmônico. Seguindo os
procedimentos das aulas anteriores temos:
I - D, II - Em, III - F#m, IV - G, V - A, VI - Bm, VII - C#dim
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MÚSICA
Terceiro passo: decidir quantos acordes serão colocados em cada compasso.
Vamos começar com um acorde por compasso.
Quarto passo: escolher um acorde que contenha a nota da melodia na sua estrutura.
Temos então essas possibilidades:
Reparem que foram selecionados acordes que continham a nota da melodia na sua
formação, por exemplo: para a nota lá do primeiro compasso podemos utilizar o D
(ré, fá#, lá), o F#m (fá#, lá, dó#) ou o A (lá, dó#, mi). Para os outros compassos, o
procedimento foi o mesmo. Reparem como é necessário sabermos as notas que
formam cada acorde!
Surgiram no nosso exercício diversas possibilidades e precisamos agora decidir por
uma delas. Existem algumas regras baseadas nas funções dos acordes (por isso
existe o termo Harmonia Funcional) que muito nos ajudarão na escolha final dos
acordes. No livro de Harmonia do Almir Chediak, Vol 1, existe uma pequena tabela
que explica o assunto:
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MÚSICA
Uma harmonização tonal como a que estamos elaborando respeita algumas regras
de condução das vozes dos acordes e isso acaba nos levando para alguns padrões
(clichês) que podem ser seguidos na hora de escolhermos os acordes.
- Iniciar e terminar o trecho com o acorde de Tônica (I). Em melodias simples isso é
quase uma regra.
- Utilizar o acorde de Dominante (V) antes do acorde de Tônica nas cadências
finais ou mesmo nos finais de frase.
- Utilizar um acorde de Subdominante (II ou IV) antes do acorde de Dominante nas
cadências finais ou mesmo nos finais de frase.
A maioria desses padrões não surgiu como um conjunto de regras e sim pela
prática da música tonal ao longo do tempo. Ao ouvirmos esses padrões, iremos
constatar que eles são a estrutura básica de inúmeras canções populares que
conhecemos. Portanto, se temos a intenção de criar uma harmonia simples,
devemos fazer uso deles sem restrições.
Seguindo essa regras, podemos chegar aos seguintes resultados:
(Os vídeos e áudios desta aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Na primeira opção utilizamos a sequência I - IV - V - I, escutem o efeito: Áudio: Aula
11.2.mp3
Na segunda utilizamos I - II - V - I, escutem: Áudio: Aula 11.3.mp3
Como já foi dito, não existe "certo" e "errado" para uma harmonização, mas no
nosso caso, pensando na harmonia mais simples que nos auxiliará nas atividades
em aula, essas duas opções funcionarão sem problemas.
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MÚSICA
Utilizando essa orientação, experimentem harmonizar outras melodias simples em
diversas tonalidades. Quando tratamos desse assunto, não basta entender. A
prática é que irá proporcionar o aprendizado!
Bons estudos!
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MÚSICA
Aula 12 _Harmonizando melodias simples – Praticando
Vamos realizar alguns exercícios juntos para fixarmos a harmonização de melodias
com as tríades do campo harmônico. Cabe aqui ressaltar que mesmo nas
harmonizações mais simples é comum utilizarmos tétrades, principalmente no
acorde de dominante onde aparece a sétima menor. Mas vamos continuar
praticando apenas com as tríades nesse princípio. Vamos experimentar colocar dois
acordes por compasso naquela mesma melodia da aula anterior. Relembrando, as
nossas opções de acordes para cada nota são:
Como a melodia não apresenta nenhum movimento, o fato de colocarmos dois
acordes por compasso cria um efeito interessante. As opções são pessoais,
podemos ir tocando e ouvindo até chegarmos a um resultado que nos agrade. Como
ainda estamos "presos" pela obrigação de utilizarmos apenas tríades que
contenham a nota da melodia, as possibilidades nem sempre funcionam bem
auditivamente. Vamos experimentar essa:
Ouçam o áudio: Melodia harmonizada Percebam que a condução dos acordes fica
um pouco prejudicada pela obrigação de combinarmos acordes e notas. O mais
comum em harmonias de canções simples é termos os acordes seguindo por graus
conjuntos (I - II - III...) ou por quartas como é o caso da famosa cadência II - V - I (
Em - A - D). Mas ainda assim funciona bem. Experimentem outras possibilidades!
Vamos praticar em outra tonalidade, vejam a melodia abaixo:
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MÚSICA
Ouçam: Melodia (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Vamos iniciar harmonizando com um acorde por compasso, porém temos duas
notas em cada um. Com qual das duas vamos combinar o acorde escolhido? Como
a harmonização continua com o objetivo de ser simples e não causar muitas
dissonâncias, vamos combinar o acorde com a nota do início do compasso.
Pensando nas opções disponíveis, fiz essa opção:
Reparem que a melodia tem duas frases praticamente iguais, mudando apenas a
nota final, e que a harmonia cria efeitos diferentes para cada uma. Na primeira frase
os acordes caminham por graus conjuntos e na segunda, com os baixos saltando
por quartas ascendentes.
Ouçam: Melodia harmonizada. (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Pratiquem realizando uma harmonização da melodia acima utilizando dois acordes
por compasso.
Bons estudos!
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MÚSICA
Aula 13_Campo Harmônico Maior-Tétrades
Em boa parte das canções populares que ouvimos ou mesmo em canções
folclóricas, é bastante comum encontramos acordes de quatro sons nas
harmonizações. São as chamadas tétrades. Na prática, significa acrescentar mais
uma nota, também separada por intervalo de terça, à estrutura dos acordes de três
sons que já foram estudados. Essa quarta nota é chamada de sétima por estar
distante da fundamental (que dá nome ao acorde) por um intervalo de sétima.
Vamos escolher a tonalidade de Si bemol maior para praticarmos as tétrades. A
escala com as tríades e as cifras do campo harmônico é a seguinte:
Vamos agora acrescentar uma quarta nota em cada um dos acordes:
Para classificarmos os acordes com sétima precisamos distinguir a sétima maior
(7M) da sétima menor (7). Uma dica é pensar na oitava e calcular a distância entre
essa nota e a sétima. Se existir um tom a sétima é menor e se a distância for de
meio tom, significa que a sétima é maior. Importante ressaltar que as estruturas das
tétrades continuam as mesmas (maior, menor, menor, etc...) Vamos classificar a
sétima do primeiro acorde:
sib - ré - fá - lá
Vamos colocar a oitava na sequência:
sib - ré - fá - lá - (sib)
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MÚSICA
Quando checamos a distância entre a sétima e a oitava, percebemos que existe
apenas meio tom (lá – sib), portanto essa é uma sétima maior. A cifra desse acorde
é Bb7M.
Se fizermos o mesmo processo para o segundo acorde (dó – mib – sol – sib)
encontraremos a distância de um tom entre a sétima e a oitava (sib – dó), logo esse
é um acorde com sétima menor, no caso, Cm7.
Por fim, temos o campo harmônico maior com todas as tétrades:
Reparem que o acorde do sétimo grau ganha uma característica diferente: é um
acorde menor com sétima menor e quinta diminuta. Da mesma forma que nos
exercícios com as tríades, esse acorde é pouco utilizado nas harmonizações em
tonalidade maior de caráter mais simples.
As regras de harmonização continuam as mesmas, inclusive os mesmos padrões de
cadências podem ser utilizados. A vantagem é agora cada nota está presente em
quatro acordes, aumentando as possibilidades de escolha dos acordes. O acorde do
quinto grau tem um papel muito importante pois ele é o único acorde maior com
sétima menor do campo harmônico. Esse tipo de acorde possui uma dissonância
bastante forte (trítono) que se resolve quanto partimos dele para o primeiro grau.
Esse efeito de tensão-repouso é a base da harmonia tradicional desde o período
barroco até os dias de hoje e também ocorre quando partimos do quinto grau alguns
outros, como o sexto por exemplo. Por isso é tão comum utilizarmos a cadência V - I
nas harmonizações simples.
Vamos realizar uma harmonização para a melodia abaixo:
Áudio: Aula 13.1.mp3 (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Se formos colocar um acorde em cada compasso, no primeiro devemos pensar em
um acorde que contenha a nota fá. Temos então:
Bb7M (sib, ré, fá, lá), Dm7 (ré, fá, lá, dó), F7 (fá, lá, dó, mib) e Gm7 (sol, sib, ré, fá).
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MÚSICA
Seguindo o mesmo processo, teremos muitas possibilidades e a maioria das
escolhas são pessoais, tendo sempre em mente a função do trabalho que estamos
desenvolvendo. Segue uma possibilidade de harmonização simples:
Nos compassos com mínimas, optei por colocar dois acordes pensando em uma
lógica bem comum: se a melodia está mais parada é o momento da harmonia se
movimentar.
Na primeira parte da melodia coloquei apenas os acordes na sequência, do primeiro
ao quinto grau, criando uma tensão no final da frase.
Na segunda parte iniciei com o sexto grau, finalizando com uma cadência II - V - I.
Vamos ouvir o resultado: Aula 13.2.mp3 (Encontra-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)
Pratiquem com outras tonalidades, harmonizem melodias conhecidas ou criem
algumas!
Bons estudos!
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MÚSICA
Aula 14_Harmonizando Melodias Simples-Praticando II
Vamos realizar mais algumas harmonizações com o intuito de fixar os conceitos e
conhecer outras possibilidades.
Partiremos de uma melodia com semínimas e colcheias:
Pela armadura de clave e pelo compasso final, podemos deduzir que a melodia
acima está em mi maior, uma tonalidade muito utilizada no violão. Vamos aos
acordes do campo harmônico (tríades e tétrades):
As dúvidas que pode surgir agora são "Quantos acordes eu vou colocar por
compasso?" e "Com qual das notas devo combinar o acorde?". Independente da
quantidade de notas que temos em um compasso, essa decisão continua sendo
pessoal e podemos colocar um ou mais acordes por compasso. Como estamos
trabalhando em um nível bem simples, o ideal é escolhermos um acorde que
combine com a nota do tempo forte, ou melhor, se formos colocar um acorde por
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MÚSICA
compasso, será a primeira nota do compasso e se decidirmos por dois acordes em
cada compasso, o mais comum é combinarmos com as notas dos tempos 1 e 3.
Vejamos:
Nessa harmonização , com exceção do compasso 4, foi utilizado um acorde por
compasso e o resultado é interessante. Ouçam:
Reparem que os acordes escolhidos combinam com as notas no exato tempo em
que ocorrem. Vamos ver outra harmonização da mesma melodia, agora com mais
acordes:
Reparem como foi possível colocar outros acordes e ainda assim combinar com as
notas da melodia. Além disso, também houve uma preocupação com as cadências,
procurando manter o caráter tonal da melodia.
Na verdade, nós também podemos colocar acordes sobre uma nota que não está
na sua estrutura, no entanto, precisamos identificar que efeito sonoro (dissonância)
isso causará. Utilizar acordes com mais notas na sua estrutura (nonas, por exemplo)
também amplia as possibilidades de harmonização. Os acordes com mais de quatro
notas são chamados de "tétrades com notas acrescentadas.
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MÚSICA
Sugiro que experimentem diversas possibilidades de harmonização em melodias
conhecidas ou em melodias criadas por vocês.
Bons estudos!
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Aula 15_Polifonia
Embora o aprendizado do chamado "violão solo" não seja objetivo desse curso, acho
interessante que vocês conheçam a base dessa prática e até possam praticar um
pouco.
Quando pensamos em uma escrita a duas vozes para o violão, a ideia difere um
pouco de um acompanhamento dedicado, conforme visto na aula 6, embora aquela
escrita seja a duas vozes.
O caráter aqui não é o de criar um acompanhamento e sim, o de ter uma melodia e
uma sugestão de harmonia através dos baixos. Apesar de faltar o "recheio" dos
acordes, as vozes intermediárias, já podemos perceber um resultado musical de
melodia acompanhada. Podemos também pensar em duas melodias com um caráter
contrapontístico. Mas vamos nos ater à primeira opção.
Vamos partir de uma melodia bem simples. Vou optar pela tonalidade de ré maior
para fazer uso das cordas soltas no baixo, vejam:
A melodia já foi criada com o objetivo de receber um baixo, evitando as notas
simultâneas.
Vamos imaginar uma harmonia simples que privilegie as cordas soltas no baixo:
Agora, vamos pegar as notas dos baixos dos acordes e colocar no início dos
compassos. Na casa 1 (compasso 4) teremos um ritmo diferente. Reparem que as
notas da melodia ficam com a haste para cima:
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MÚSICA
Pronto, temos agora um arranjo da melodia inicial a duas vozes para o violão.
Conhecendo um pouco de harmonia e campo harmônico, nem é necessário deixar a
cifra, ela fica subentendida:
Experimentem criar pequenos arranjos a duas vozes para melodias conhecidas.
Caso sejam necessárias notas presas no baixo, toquem para verificar se o arranjo
está fácil, se as notas da melodia estão em uma região possível de serem
executadas com o baixo preso.
Bons estudos!
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MÚSICA
Aula 16_ Outros Acordes
Além dos acordes estudados e utilizados até aqui, existe ainda uma enorme
quantidade de possibilidades de montagem de acordes no violão. Apesar de alguns
conterem mais de quatro notas, a montagem pode ser bem simples.
Acordes diminutos
Essa é uma categoria de acordes muito utilizada em música popular. É um tipo de
acorde simétrico, onde todas as suas notas estão separadas pelo mesmo intervalo.
Vejam:
C#dim - C# - E - G - Bb
Temos: C# (1 ½ tom) E (1 ½ tom) G (1 ½ tom) Bb (1 ½ tom) C#
Por causa dessa simetria, também utilizamos o símbolo " º " para indicar esse tipo
de acorde. Também em função disso, podemos concluir que os acordes de C#º, Eº,
Gº e Bbº são equivalentes pois possuem as mesmas notas na sua estrutura. Na
imagem abaixo temos as diversas possibilidades de montagem dos acordes
diminutos (exemplo em C):
(Imagem extraída do site http://aulasdeguitarraeviolao.blogspot.com.br/)
Acordes com sétima e nona
Esse é um tipo de acorde que possui cinco notas na sua estrutura, é chamado de
tétrade com nota acrescentada. No violão, existem poucos acordes de cinco notas
que permitem uma montagem completa, na maioria das vezes retiramos uma das
notas, geralmente a quinta em relação à fundamental. Vejam o exemplo:
D7(9) - D - F# - A - C - E
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MÚSICA
No violão, é praticamente impossível montar esse acorde com as cinco notas, então
a quinta é suprimida, no caso a nota A. Podemos ainda ter os acordes menores com
sétima e nona e ainda mudar a sétima (maior/menor) e a nona (maior/menor)
As posições dos acordes maiores com sétima menor no violão são basicamente
duas:
(Imagem extraída do site http://acordes-
socifrasgospel.blogspot.com.br/2010/02/violao-acordes-maiores-com-setima-e.html)
Acordes com sexta
Os acordes com sexta podem ser maiores e menores. Vejam as possibilidades de
montagem:
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MÚSICA
(Imagens extraída do site http://aopgbrasil.blogspot.com.br/2010/11/tabelas-de-
acordes-para-violao.html)
Existem muito outros tipos, pesquisem em:
http://www.violaomandriao.mus.br/dicionario/
http://aopgbrasil.blogspot.com.br/2010/11/tabelas-de-acordes-para-violao.html
Bons estudos!
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Dicionário de acordes - Almir Chediak - Editora Lumiar
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MÚSICA
Aula 17_Afinação – Parte 1
Atualmente, instrumentos como violão, piano, harpa, instrumentos virtuais
sampleados e tantos outros instrumentos de afinação fixa usam igual
temperamento. Outros instrumentos de sopro, cordas friccionadas ou a voz têm uma
maior independência em relação à afinação. Isso é especialmente importante, pois
as características dos intervalos harmônicos que produzimos ao violão soam de
acordo com essa afinação, pré-estabelecida pelo posicionamento dos trastes.
Vamos abordar brevemente um pouco da história da afinação e seu vínculo com a
prática do violão. A princípio, um único som de um instrumento de altura definida é
composto pela sua vibração fundamental (a mais grave) e seus formantes mais
agudos. Tais formantes - ou harmônicos - vibram em precisas divisões desse inteiro.
Por exemplo:
- a 6a Corda pode ser afinada na fundamental Mi (E2 ≅ 82Hz),
- se tocarmos o primeiro harmônico obteremos a nota Mi uma
oitava acima (E3 ≅ 164Hz). Obtemos isso ao tocar a 1/2 do tamanho do corda -
sobre o 12a traste.
- seguindo esse raciocínio, ao tocar essa mesma corda
 a 1/3 de seu tamanho, obtemos a frequência da nota Si (B3 ≅ 246Hz)
 1/4 - nota Mi (E4 ≅ 328Hz)
 1/5 - nota Sol Sustenido (G#4 ≅ 410Hz)
 1/6 - Si (B4 ≅ 492Hz)
 e assim por diante obtendo-se a Série Harmônica da respectiva fundamental.
O filósofo grego Pitágoras (c. 570–c. 495 a.C.) foi o primeiro a perceber e teorizar
essa proporção, a partir de seu famoso experimento sobre um monocórdio. Logo, a
escala pitagórica é aquela na qual suas notas são resultantes desses intervalos que,
por sua vez, são múltiplos inteiros em relação à fundamental.
Ao formar intervalos, sobrepondo-se dois ou mais sons dentro dessa escala,
obtemos resultados distintos aqueles possíveis dentro do igual temperamento. Por
exemplo, o intervalo de 5a Justa, na afinação pitagórica, gera uma encaixe exato de
três ondas da 5a para cada duas ondas da fundamental (3:2), enquanto a 5a Justa
temperada necessita ser menor do que a temperada.
Faça a experiência, toque diferentes intervalos de 5a Justa e procure afinar de
forma a favorecer uma sonoridade homogênea e plana - sem a presença forte de
nenhum batimento.
Sendo o som desse intervalo tão firme e agradável, por que houve a necessidade
do temperamento?
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MÚSICA
O fato é que a complexidade harmônica do repertório a partir de meados do
Renascimento culminou na necessidade de utilizar diferentes “tonalidades” - muitas
vezes, transpondo-se a fundamental para outra tonalidade.
É nesse momento que a afinação pitagórica impõe seu limite. Essa proporção de
3:2 a cada intervalo de quinta gera uma diferença significativa quando o ciclo se
completa e retorna-se para a fundamental. Nesse momento, o intervalo de uníssono
soa maior do que deveria. Essa “desafinação” se chama quinta do lobo. O
temperamento vem a corrigir esse intervalo, desafinando um pouco cada intervalo
de 5a para que, ao fechamento do ciclo após 12 quintas, o uníssono soe
afinadamente.
Logo, cada intervalo de 5a deve ser levemente diminuído. Você poderá perceber o
surgimento de um batimento. Sua frequência não poderá exceder 3 batidas a cada 2
segundos, caso contrário será mais baixo do que o necessário. Procure tocar
diferentes intervalos de 5a com esse mesmo temperamento. Afine o necessário para
o resultado ser obtido. Ao fim do processo toque diferentes acordes para apreciar a
sonoridade deste temperamento. Nele, tudo estará um pouco fora da mais estrita
afinação, mas um excelente equilíbrio em relação à diversidade.
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Aula 18_Afinação Parte 2
Escordatura / Localização das notas
Os elementos estruturais do violão limitam e favorecem suas características e
possibilidades harmônicas. As notas musicais são distribuídas ao longo de dois
eixos principais: 1) ao longo da corda e 2) entre as cordas, conforme a descrição
seguinte:
1) Ao longo da corda: os trastes do violão subdividem a corda com a
finalidade de segmentar suas frequências de vibração em intervalos regulares de
semitom. Ao violão, os trastes são fixados no momento de sua construção, pelo
luthier. Sendo assim, a afinação de cada semitom já está estabelecida previamente.
2) Intervalos entre as cordas: a distância intervalar com a qual afinamos
cada corda tem um padrão principal e diferentes alternativas a depender de
contextos particulares a cada estilo musical ou repertório específico.
A principal escordatura que usamos é aquela na qual afinamos as 6 cordas do violão
da seguinte maneira:
Para atingir tal afinação, diferentes abordagens práticas são válidas, como:
a. Uníssonos: considerando que a 5a corda esteja precisamente afinada na nota Lá
220Hz - por meio de um diapasão 440Hz - e conhecendo os intervalos musicais,
encontramos os uníssonos entre as cordas vizinhas de acordo com os diagramas
indicados na figura anterior;
b. Harmônicos: sobre os trastes 7 e 5 encontram-se o segundo e terceiro
harmônicos, respectivamente. Sendo que o segundo harmônico da corda 5 deve
estabelecer um intervalo de uníssono com o terceiro harmônico da corda 6, como
indicado na relação a seguir:
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MÚSICA
Apesar deste método de afinação ser simples e prático, devemos atentar que há
uma divergência entre o temperamento contido nos harmônicos naturais e o sistema
de igual temperamento aplicado pelo luthier na escala do instrumento. Os
harmônicos naturais estão afinado pela escala pitagórica e o igual temperamento
visa equilibrar as distâncias intervalares a fim de favorecer a execução musical em
todos os tons.
c. Intervalos de 5as justas: esse intervalo possui uma resultante fácil de
perceber. A vantagem de usar a afinação por quintas está na adequação dos
detalhes frente às necessidades da música a ser tocada. O músico deve buscar os
mais diversos intervalos de 5a justa entre as notas obtidas pelas cordas soltas e as
notas presas.
d. Afinador eletrônico: seu uso é adequado nos mais diferentes contextos.
Contudo, não diminui a importância do músico ter total percepção sobre a afinação
de seu instrumento.
Caso diferentes escordaturas sejam requeridas, as alterações estarão indicadas no
cabeçalho da composição.
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Aula 19_Aspectos harmônicos (cor/tensão)
Como pudemos observar anteriormente, a combinação intervalar entre diferentes
sons gera diferentes sonoridades. Em um primeiro contexto, intervalos são usados
como 1) sucessões de sensações de tensão e relaxamento, conduzindo uma linha
de discurso harmônico que polariza para determinado acorde ou grau do campo
harmônico; ou 2) realces ou efeitos, independentes do movimento harmônico, que
geram interesse por estabelecer cor e contribuir para a sonoridade geral da peça.
Tratando-se da tensão/relaxamento, a cada período histórico, estilo musical ou
singularidades do compositor temos características distintas e regras particulares.
Resumidamente, três grandes grupos organizam-se em torno de procedimentos
harmônicos principais, destacando-se: Modalismo, Tonalismo e Atonalismo. Em
cada um desses três grupos há uma distinta relação entre o uso da Tensão e do
Relaxamento.
Modalismo
O modalismo teve seu apogeu durante o Renascimento, trata-se de procedimentos
harmônicos específicos em que os compositores utilizavam-se texturas
contrapontísticas e polifônicas como sua forma de expressão. Há uma grande
quantidade de repertorio que podemos tocar ao violão, tendo em vista que as peças
originais para alaúde ou vihuela são facilmente adaptáveis ao nosso instrumento
moderno.
Tonalismo
Gradualmente, a música modal foi organizando-se ao redor de acordes ora mais
tensos, ora mais relaxados. E o discurso musical foi consolidado sobre frases
constituídas via funções harmônicas específicas. Essa dicotomia
relaxamento/tensão - ou tônica/dominante - foi-se estruturando ao redor da
Tonalidade a partir de finais do período Renascentista e durante todo o período que
engloba o Barroco, o Classicismo e o Romantismo.
Atonalismo
Em finais do período Romântico, os compositores exploravam um alto grau de
complexidades harmônicas e estruturais da Música. Logo, a manutenção da tensão
e a postergação do relaxamento culminaram na dissolução do sistema tonal e a
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emancipação da dissonância. O Atonalismo engloba, portanto, procedimentos
composicionais que independem das regras harmônicas da música tonal.
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Aula 20_Estilos – Parte II
Sugerimos a livre apreciação de obras musicais de diferentes compositores
relacionados aos diferentes grupos. Principalmente no que refere-se à música dos
Séculos XIX e XX, esta lista possui um pequeno recorte da grande quantidade de
compositores que podemos apreciar:
Grupo Período Histórico Compositor Obras
MODALISMORENASCIMENTO
Luis de Milán (1536) El Maestro
Luis de Narváez (1538) Los seys libros del
Delphin
Alonso Mudarra (1546) Tres Libros de Música
Enríquez de Valderrábano
(1547)
Silva de sirenas
Diego Pisador (1552) Libro de música de
Vihuela
Miguel de Fuenllana (1554) Orphénica Lyra
Estevan Daça (1576) El Pamasso
TONALISMO BARROCO
Francesco Corbetta (1615–
1681)
Varii Capriccii per la
Chitarra Spagnola
(Milão, 1643)
La Guitarre Royalle
(1674)
Gaspar Sanz (1640–1710,
Espanha)
Españoleta
Pavana
Passacalle sobre la
Ré
Canarios
Preludio y Fantasia
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MÚSICA
Robert de Visée (c.1655–
c.1735, França)
Livre de Guitarre,
dédie au roi (1682)
Ludovico Roncalli (1654-
1713)
Capricci armonici
sopra la chitarra
spagnola
Ludovico Roncalli (1654-1713) Capricci armonici sopra la
chitarra spagnola
Sylvius Leopold Weiss (1687–1750,
Alemanha)
Dezenas de Sonatas com
diversos movimentos em
diferentes tonalidades
CLÁSSICISMO
Ferdinando Carulli (1770–1841) Além de suas pecas,
destacam-se Estudos e
métodos que visam o
ensino/aprendizagem do
instrumento de forma
clara e organizada
Fernando Sor (1778–1839)
Mauro Giuliani (1781-1829)
Dionisio Aguado (1784–1849)
Luigi Legnani (1790–1877)
Matteo Carcassi (1792–1853)
ROMANTISMO
Napoléon Coste (1806–1883) Peças de diferentes graus
de complexidade técnica
e harmônica, tendo em
vista a evolução do
sistema tonal
Johann Kaspar Mertz (1806–1856)
Giulio Regondi (1822–1872)
Francisco Tárrega (1852–1909)
Século XX
Miguel Llobet (1878–1938) Durante o Século XX
diferentes procedimentos
composicionais
coexistem, do Modalismo
ao Atonalismo.
Entre os compositores,
incluem-se também não-
violonistas.
Emili Pujol (1886 –1980)
Heitor Villa-Lobos (1887–1959)
Nikita Koshkin (*1956)
Leo Brouwer (*1939)
Roland Dyens (1955–2016)
Abel Carlevaro (1918–2002)
Eduardo Sáinz de la Maza (1903–
1982)
Reginald Smith Brindle (1917–
2003)
Alberto Ginastera (1916–1983)
Joaquín Rodrigo (1901–1999)
Joaquín Turina (1882–1949)
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MÚSICA
Aula 21_3 lições de Fernando Sor.
Nas seguintes aulas faremos uma leitura dirigida das mais importantes obras
didáticas escritas durante o período Clássico. Cada peça terá uma breve análise de
seus elementos. Sugerimos que o aluno toque repetidas vezes e, caso queria mais
desafios, acesse o material de referencia disponível no link próxima à aula.
Fernando Sor – Lições Op.60 N.1-3
Fernando Sor é um compositor que busca as soluções mais adequadas para
cada contexto apresentado. As 3 lições a seguir são tecnicamente simples, mas de
estrutura bem equilibrada. As melodias são bem arquitetadas e as soluções
harmônicas engenhosas.
Repare como nesta 1a lição a Tonalidade principal Dó Maior recebe uma
breve mudança para Sol Maior apos a nota Fá#. Sendo uma composição na
estrutura AABB, a Parte A conduz de Dó para Sol Maior e o B é o retorno a Dó
Maior.
A 2a lição também encontra-se em Dó Maior, mas as notas alteradas funcionam de
maneira mais complexa do que na primeira lição. No 8o compasso, o Dó# compõe a
sensível de Ré – podemos dizer que há um breve acorde de Lá Maior. No segundo
compasso do 3o sistema temos um cromatismo com as notas Fá# e Fá entre as
notas Sol e Mi.
Claramente, a seção inicial é composta por duas frases curtas de dois
compassos e uma frase longa de 4 compassos, chamamos de Parte A. Isto é
repetido de forma similar nos próximos 8 compassos. A fantasiosa parte final expõe
desenvolvimentos motívicos da Parte A culminando em uma grande cadência a duas
vozes.
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MÚSICA
Nesta lição n.3 o aluno poderá explorar a execução de melodias com o dedo
polegar. A novidade desta estrutura está no caminho harmônico percorrido durante a
Parte B
Para mais obras de Fernando Sor, acesse
https://musikverket.se/musikochteaterbiblioteket/ladda-ner-noter/boijes-
samling/boijes-samling-s/
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MÚSICA
Aula 22_Lição Dó Maior Carcassi
Um dos principais métodos que ainda são amplamente estudados há mais de 150
anos é o Método Completo para Violão, Op.59 de Matteo Carcassi
(http://carkiv.musikverk.se/www/boije/Boije_1129.pdf). Sua organização aborda
aspectos teóricos-musicais e técnico-violonísticos. Em cada lição há uma
progressividade em desenvolvimento técnico enquanto mantem-se a mesma
tonalidade. A seguir, destaca a sequencia em Dó Maior.
Repare como há uma grande progressividade dos elementos apresentados.
Uma curiosidade aqui trata-se da digitação da mão direita, nesta época usava-se o
sinal de “+” para indicar o uso do polegar, enquanto um “.” era indicação do dedo
indicador, dois pontos – médio e 3 pontos anular
DÓ MAIOR
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MÚSICA
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MÚSICA
Aula 23_Lição Sol Maior Carcassi
O mesmo princípio que visualizamos na aula anterior repete-se em outras
tonalidades. Pratiquem também a seção em Sol Maior:
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MÚSICA
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MÚSICA
Aula 24_Lição Lá Menor Carcassi
Vejamos também como Carcassi apresenta uma sequencia de lições em
Tonalidade Menor. Desta vez, vejamos Lá Menor:
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MÚSICA
Aula 25_Exercícios Op.1 Giuliani. Parte 1
Abordamos brevemente F. Sor e M. Carcassi, agora gostaria de expor a obra
didática referencial de Mauro Giuliani – o Opus 1 – Studio per la Chitarra. Em seu
Op. 1, temos como ponto de partida 120 exercícios de mão direita. Todos são
variações sobre a cadência Dominante-Tônica de em Dó Maior:
Nos 3 primeiros exercícios a mão direita organiza-se sobre a mesma região. Nos 3
exercícios seguintes, o violonista deve reorganizar a disposição de braço direito para
facilitar a ação dos dedos:
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Nos exercícios seguintes há sincronicidade entre o ataque do dedo polegar com o
indicador, médio ou anular:
A sequencia também pode ser muito fortalecedora caso haja acordes repetidos:
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MÚSICA
Aula 26_ Exercícios Op1- 2a Giuliane- Parte 2
A Parte 2 do Método de Giuliani aborda uma habilidade de sua importância para
qualquer violonista – realizar intervalos de 3a, 6a, 8a e 10a em diferentes tonalidades.
Terças em Dó Maior
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Terças em Sol Maior
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Aula 27_Exercícios Op.2ª Giuliane- Parte 3
Seguiremos com exercícios nos intervalos de sextas em Dó Maior e Sol Maior, de M.
Giuliano Op.1:
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Aula 28_Exercícios Op.1- 2ª Giuliane- Parte 4 Página
Encerrando a Parte 2 do Método de M. Giuliani, destacaremos dois estudos em
intervalos de 8a e 10a na tonalidade de Dó Maior:
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MÚSICA
Aula 29_Exercícios Op.1-3ª Giuliane- Parte 5
A última parte do Op.1 de M. Giuliani contém exercícios de estrutura musical mais
complexa. A seguir destaco uma lição cujo trabalho rítmico desperta a sincronia
entre as mãos esquerda e direita:
Uma dica para estudo encontra-se na execução separada, ora da voz superior,
ora da inferior.
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MÚSICA
Aula 30_Estudos D. Aguado- Parte1
Um método pouco difundido atualmente é o Méthode compléte pour la Guitare e o
Nuevo Metodo para Guitarra (http://carkiv.musikverk.se/www/boije/Boije_0018.pdf),
de Dionísio Aguado. Este método é especialmente interessante pelas digitações de
mão direita apresentadas. Com repetições de dedos e uma busca por efeitos que
mais visam o colorido timbrístico do instrumento:
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MÚSICA
Aula 31_Estudos D. Aguado- Parte 2
Na sequencia, mais lições de Dionísio Aguado que abordam digitações de mão
direita que poderiam ser consideradas extravagantes durante o Século XX.
Mas há também exercícios de grande utilidade que servem ao movimento de toda
a estrutura da mão direita:
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MÚSICA
Aula 32_Estudos D. Aguado- Parte 3
Encerrando a abordagem acerca dos exercícios de Dionísio Aguado, destacaremos
algumas lições de grande utilidade presentes em seu Nuevo Método para Guitarra:
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Violão: Leitura e Acompanhamento

  • 1. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 1 MÚSICA uu Instrumento: Violão - Leitura e Acompanhamento SEMESTRE 3
  • 2. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 2 MÚSICA Créditos e Copyright Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários. A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos. Copyright (c) Unimes Virtual É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato. BRAZIL, Marcelo Instrumento: Violão - Leitura e Acompanhamento. Marcelo Brazil. Santos: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES, 2015. 32p. (Material didático. Curso de musica). Modo de acesso: www.unimes.br 1. Ensino a distância. 2. Música. 3. Instrumento: Violão - Leitura e Acompanhamento. I. Título CDD 780
  • 3. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 3 MÚSICA UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PLANO DE ENSINO CURSO: Licenciatura em Música COMPONENTE CURRICULAR: Instrumento: Violão: Leitura e Acompanhamento SEMESTRE: 3º CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 horas EMENTA Estudo de técnicas instrumentais aliadas à leitura musical, direcionadas para a utilização do violão na prática docente. Explicitação das características do violão, postura corporal e afinação do instrumento. Trabalho com cifras e acordes. Desenvolvimento da leitura harmônica e melódica, acompanhamento e improvisação. OBJETIVO GERAL Desenvolver a Leitura harmônica e Melódica direcionadas para a utilização do violão na prática docente. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Exercitar diferentes padrões de dedilhados para a mão direita; Apresentar os principais estilos musicais e sua execução no violão; Apresentar a prática de acordes e seu contexto harmônico. UNIDADE I Fundamentos: Posição e Gêneros: Esta unidade tem como objetivo exercitar diferentes padrões de dedilhados para a mão direita UNIDADE II
  • 4. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 4 MÚSICA Fundamentos: Posições: Nesta unidade iremos apresentar os principais estilos musicais e sua execução no violão. UNIDADE III: Fundamentos Harmonia: Apresentar a prática de acordes e seu contexto harmônico. BIBLIOGRAFIA BÁSICA GALIFI, G. Iniciação ao violão: opus 41. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. PEREIRA, Marco. Cadernos de Harmonia para Violão - Vol. 1, 2 e 3. Rio de Janeiro: Ed. Garbolights, 2011. RODRIGUES, Juliano. Violão Para Iniciantes, Intermediários E Avançados. Clube de Autores, 2013. (eBook) BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR CASTAÑERA, E. Método de violão: violão prático. São Paulo: HMP, 2006. MARIANI, S. O equilibrista das seis cordas: método de violão para crianças. Curitiba: Editora da UFPr / Imprensa Oficial do Estado, 2002. PEREIRA, M. Ritmos brasileiros. Rio de Janeiro: Garbolights, 2007. SÁ, R. 211 levadas rítmicas: para violão e outros instrumentos de acompanhamento. São Paulo: Irmãos Vitale, 2002. TENNANT, Scott. Pumping Nylon: Learn How to Play Guitar with this Classical Guitarist's Technique Handbook. Alfred Music, 2005. (disponível versão eBook) METODOLOGIA: A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas, envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo ensino/aprendizagem.
  • 5. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 5 MÚSICA AVALIAÇÃO: A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial, de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.
  • 6. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 6 MÚSICA Sumário Aula 01_ Toque Simultâneo.....................................................................................................................7 Aula 02_Baião ........................................................................................................................................11 Aula 03 _ O Uso do Polegar....................................................................................................................13 Aula 04_Balada pop ...............................................................................................................................16 Aula 05_ Dedilhados ..............................................................................................................................19 Aula 06_Dedilhados com notas presas – acordes..................................................................................21 Aula 07_Dedilhados Melodias................................................................................................................24 Aula 08_Dedilhados-Choro ....................................................................................................................26 Aula 09_Intervalos de uma escala e Campo Harmônico .......................................................................28 Aula 10_Campo Harmônico Maior.........................................................................................................31 Aula 11_Harmonizando Melodias Simples ............................................................................................34 Aula 12 _Harmonizando melodias simples – Praticando.......................................................................38 Aula 13_Campo Harmônico Maior-Tétrades .........................................................................................40 Aula 14_Harmonizando Melodias Simples-Praticando II.......................................................................43 Aula 15_Polifonia ...................................................................................................................................46 Aula 16_ Outros Acordes .......................................................................................................................48 Aula 17_Afinação – Parte 1....................................................................................................................51 Aula 18_Afinação Parte 2.......................................................................................................................53 Aula 19_Aspectos harmônicos (cor/tensão)..........................................................................................55 Aula 20_Estilos – Parte II........................................................................................................................57 Aula 21_3 lições de Fernando Sor..........................................................................................................59 Aula 22_Lição Dó Maior Carcassi...........................................................................................................61 Aula 23_Lição Sol Maior Carcassi...........................................................................................................63 Aula 24_Lição Lá Menor Carcassi...........................................................................................................65 Aula 25_Exercícios Op.1 Giuliani. Parte 1 ..............................................................................................67 Aula 26_ Exercícios Op1- 2a Giuliane- Parte 2.......................................................................................69 Aula 27_Exercícios Op.2ª Giuliane- Parte 3 ...........................................................................................71 Aula 28_Exercícios Op.1- 2ª Giuliane- Parte 4 Página ...........................................................................73 Aula 29_Exercícios Op.1-3ª Giuliane- Parte 5........................................................................................75 Aula 30_Estudos D. Aguado- Parte1 ......................................................................................................76 Aula 31_Estudos D. Aguado- Parte 2 .....................................................................................................77 Aula 32_Estudos D. Aguado- Parte 3 .....................................................................................................79
  • 7. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 7 MÚSICA Aula 01_ Toque Simultâneo Iniciaremos essa disciplina aprendendo uma nova maneira de tocar as cordas muito utilizada para a execução de diversos ritmos brasileiros: o toque simultâneo dos dedos indicador, médio e anular. É muito importante levarmos em consideração alguns aspectos técnicos e de postura para a mão direita (esquerda para os canhotos) na realização desse tipo de toque: 1 - Manter a mão relaxada e distante das cordas, permitindo a movimentação dos dedos para o interior da mão. 2 - Não apoiar o pulso no tampo, mantê-lo sempre afastado (sem dobrar ou torcer demais o punho). 3 - Realizar um toque sem apoio, ou seja, os dedos devem se dirigir ao interior da mão sem tocar em outra corda após o toque inicial. 4 - Utilizar um dedo para cada corda. 5 - Se possível, utilizar unhas nos dedos. O resultado sonoro do toque com unhas será mais brilhante e projetado (com a unha na fôrma e polimento adequados). As imagens abaixo mostram um bom posicionamento da mão no instrumento:
  • 8. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 8 MÚSICA Exercício 1.1 Utilize o polegar para tocar as cordas graves e os dedos i (terceira corda), m (segunda corda) e a (primeira corda).
  • 9. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 9 MÚSICA Vamos realizar agora alguns exercícios para a prática do toque simultâneo. Todos serão executados com as cordas soltas do violão. Fique atento à postura da mão e procure extrair uma boa sonoridade, fazendo soar as três primeiras cordas de uma forma equilibrada. Realize os exercícios sem pressa! Observação: Em um nível mais avançado de estudos técnicos, o correto seria "apagar" os baixos que não devem ficar soando. Por exemplo: ao iniciar o segundo compasso (baixo no lá), o ideal seria "apagar" a corda mi grave para que o som dessa não se misture com a da quinta corda. Como estamos em um nível de aprendizado de postura, não se preocupe com isso, mas para informação segue uma orientação de como pode ser feito: imediatamente após tocar a corda lá, por exemplo, apoie rapidamente o polegar na corda mi e o som dela cessará. Experimente!
  • 10. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 10 MÚSICA Iniciação ao violão (Princípios básicos e elementares para principiantes) - Henrique Pinto - Editora Ricordi Classical Guitar Pedagogy: A Handbook for Teachers - Anthony Glise - Editora Mel Bay
  • 11. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 11 MÚSICA Aula 02_Baião Já vimos na disciplina de violão 1 algumas informações sobre o Baião. Chegou a hora de aprendermos esse ritmo na prática. Vamos lá! Começaremos com uma levada bem simples, composta por dois toques do polegar e uma "puxada" com os dedos i, m e a. Reparem que os tempos de cada toque são diferentes. Uma forma de compreender a divisão exata desse ritmo é pensar em oito semicolcheias no compasso. O primeiro toque do polegar está na primeira semicolcheia, o segundo toque está na quarta e a puxada está na sétima. Vejam: O exercício que vamos tocar deve ser tocado exatamente com esse ritmo e seguindo a sequência de acordes abaixo. Fiquem atentos às repetições. Na Vídeoaula 2 existe uma explicação detalhada da execução do exercício e no final da aula existe um link para o áudio. Os acordes A, B/A e D/F# podem ser montados com os dedos 2, 3 e 4. Isso irá facilitar a mudança dos acordes. Façam lentamente e com paciência.
  • 12. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 12 MÚSICA
  • 13. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 13 MÚSICA Aula 03 _ O Uso do Polegar Alguns ritmos que serão trabalhados nessa disciplina utilizam bastante o polegar como o Baião e o Choro. Quando formos aprender os dedilhados também utilizaremos o polegar, normalmente no início dos arpejos. Vamos então falar um pouco sobre isso lembrando que, sempre que falamos de postura, temos que ter em mente que as pessoas possuem anatomias diferentes e que a música deve sempre aparecer como objetivo principal, ou seja, se para extrair um som específico do instrumento precisamos mudar a posição da mão, é válido! Antes de começarmos é importante lembrarmos da postura da mão direita e do relaxamento para evitar pontos de tensão nos braços e nas mãos. Também é bastante comum deixar a unha do polegar crescida para obter uma melhor sonoridade. Quando fechamos a mão direita de uma forma relaxada, percebemos que o polegar fica para fora, sobre o dedo indicador, certo? Esse é o movimento mais relaxado e normalmente utilizado para o toque do polegar, tocando a corda com o lado externo do dedo. Vejam na imagem abaixo: (Os vídeos e áudios desta aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Nesse vídeo do violonista Fábio Zanon temos um ótimo exemplo de postura relaxada e de utilização do polegar: http://www.youtube.com/watch?v=dj6rxGsSNxQ&feature=related
  • 14. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 14 MÚSICA Outros exemplos: Baden Powel : http://www.youtube.com/watch?v=olVO58S2gcA&feature=related Reparem como, nesse outro vídeo do Baden Powell, ele muda a forma de ataque do polegar para obter um som mais forte e metálico. Isso acontece em 1:09 do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=MvbGsYzcVT8 Muitos outros exemplos poderão ser vistos no canal da pesquisadora Raíssa Amaral. Aproveitem: http://www.youtube.com/user/ArquivoRaissaAmaral Um vídeo muito interessante é esse onde podemos ver uma aula do violonista uruguaio Abel Carlevaro sobre postura e técnica: https://www.youtube.com/watch?v=-XbUkcjuMdsVamos praticar? Com calma, observando bem o posicionamento do polegar e a sonoridade produzida, toque os exercícios de cordas soltas abaixo:
  • 15. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 15 MÚSICA Iniciação ao violão (Princípios básicos e elementares para principiantes) - Henrique Pinto - Editora Ricordi Escuela de la guitarra - Exposición de la teoría instrumental - Abel Carlevaro - Editora Barry
  • 16. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 16 MÚSICA Aula 04_Balada pop Um tipo de acompanhamento bastante utilizado nas músicas modernas é a Balada, também chamado de Balada Pop. Ele é um pouco mais elaborado que o Pop que trabalhamos na disciplina Violão 1. Também possui compasso quaternário e segue o ritmo abaixo: Algumas informações sobre esse ritmo já foram mostradas na disciplina Violão 1 e agora vamos realizar alguns exercícios práticos. Segue um link que mostra o ritmo na prática: Balada Pop Após cada partitura abaixo existe um link com o áudio para facilitar a compreensão. 1° Passo - Sempre seguindo a legenda da ilustração acima, vamos tocar apenas no primeiro tempo de cada pulso. Importante: a mão deve continuar o movimento mesmo nos momentos em que não vai tocar, para cada pulso ela sobe e desce duas vezes!
  • 17. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 17 MÚSICA Áudio – Aula 04.1.mp3 VIOLÃO II – Leitura e Acompanhamento 2° Passo - Vamos retirar o toque do terceiro pulso do compasso. Para faciltar, façam a contagem dos pulsos: 1, 2, 3, 4... Áudio – Aula 04.2.mp3 3° Passo - Toquem na subida na quarta semicolcheia do segundo pulso. Áudio – Aula 04.3.mp3
  • 18. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 18 MÚSICA 4° Passo - Agora vamos tocar a descida da terceira semicolcheia do terceiro pulso. A levada já está quase completa! Áudio – Aula 04.4.mp3 5° Passo - Para finalizar é só tocar na subida da segunda semicolcheia do terceiro pulso. De uma forma mais simplificada: tocamos duas vezes para baixo, duas para cima e duas para baixo para finalizar. Áudio – Aula 04.5.mp3 Conseguiram? Essa foi apenas uma maneira que imaginei para que pudessem visualizar o ritmo na pauta e ir "construindo" a levada. Quando trabalho com alunos em sala de aula utilizo outro processo, através da audição e memorização do ritmo através de palmas ou percussão no instrumento e em seguida a reprodução do mesmo no instrumento. Faço com eles apenas o primeiro passo dos descritos acima para que compreendam o movimento da mão e já passo para a realização do ritmo memorizado. Vamos tocar uma música com essa levada? Dicionário de acordes cifrados - Almir Chediak - Editora Lumiar 211 levadas rítmicas - Renato Sá - Editora Vitale Ritmos Brasileiros - Marco Pereira - Editora Garbolights
  • 19. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 19 MÚSICA Aula 05_ Dedilhados Os dedilhados são bastante utilizados para o acompanhamento de diversos gêneros da música e, por isso, é muito importante que vocês conheçam esse recurso do instrumento. Para sua execução é necessário uma boa postura e, se possível, que os dedos da mão direita tenham um pouco de unha para a produção do som. Os dedos irão trabalhar de forma independente e a escrita na pauta tem, na grande maioria das vezes, duas vozes: Na voz inferior temos o toque do polegar, nesse caso escrito com semibreves, indicando que as notas devem durar até o final do compasso. Na voz superior estão as notas tocadas pelos dedos i, m e a, normalmente escritas com as hastes para cima. O toque dos dedos devem ser sem apoio para evitar que um dedo "apague" a nota tocada anteriormente. Vamos praticar! Comecem tocando o exercício que está logo acima e, na sequência, toquem os que seguem abaixo.
  • 20. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 20 MÚSICA E mais algumas variações: Assistam à Videoaula e pratiquem bastante! Iniciação ao violão (Princípios básicos e elementares para principiantes) - Henrique Pinto - Editora Ricordi
  • 21. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 21 MÚSICA Aula 06_Dedilhados com notas presas – acordes Agora que temos conhecimento dos recursos técnicos necessários para a execução dos dedilhados, vamos aliar um outro conhecimento que também já adquirimos ao longo do curso de violão: as notas presas. Como o nosso enfoque maior no curso é o acompanhamento, vamos iniciar esse exercício pensando em dedilhar acordes. A posição dos acordes está indicada nos diagramas (bracinhos) mas devem ser respeitadas as notas escritas na pauta. Reparem que, em alguns casos, algumas notas dos acordes que estão presas não são tocadas. Ainda assim, é sugerido que o acorde fique totalmente montado para fixação da posição e para evitar que, sem querer, algum nota estranha ao mesmo seja tocada. Reparem também que o baixo (nota grave tocada com o polegar) a ser tocado é a nota que dá nome ao acorde, por exemplo: para o acorde G, tocamos a nota sol presa na sexta corda. Para o acorde C, tocamos o dó preso na quinta corda e assim por diante. Fiquem atentos aos acordes invertidos, ou seja, aqueles acordes onde a fundamental não é a nota mais grave, por exemplo: D/A, G/B, E/G#, etc. Nesses casos, a nota a ser tocada como "baixo" é a que está após a barra. Para os acordes acima temos que tocar A, B e G# como notas mais graves. Vamos praticar! Antes de iniciarem, verifiquem as notas que deverão ser tocadas em cada acorde. Reparem que, nessa sequência, o dedo 3 permanece na mesma nota, portanto deve permanecer fixo na mudança de um acorde para o outro. Será o nosso "dedo guia". Toquem sem pressa, deixando soar cada nota dos acordes.
  • 22. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 22 MÚSICA Embora sejam acordes não muito simples para os iniciantes, o fato de termos um dedo fixo auxilia na realização do exercício. Vamos agora tocar um exercício onde o baixo fica fixo na mesma nota. Esse efeito tem o nome de baixo pedal. No violão é muito comum termos o baixo pedal nas cordas soltas, ou seja, no E, no A ou no D. Vamos lá: Nesse exercício, o pedal é a nota A e os acordes são mudados nas cordas primas (agudas). Realizem o exercício com bastante calma e vejam o resultado sonoro do baixo pedal. Existem diversas músicas populares que utilizam esse recurso, conhecem alguma? Assim que se sentirem mais familiarizados com os acordes, procurem variar o dedilhado, criem variações, experimentem! No ambiente está disponível um arquivo para impressão com esses e outros exercícios de dedilhados. ______
  • 23. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 23 MÚSICA Iniciação ao violão (Princípios básicos e elementares para principiantes) - Henrique Pinto - Editora Ricordi) - Henrique Pinto - Editora Ricordi
  • 24. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 24 MÚSICA Aula 07_Dedilhados Melodias Vamos experimentar nessa aula a execução de melodias com notas presas na região aguda e baixos soltos e, em seguida, melodias na região grave com as cordas agudas soltas sendo dedilhadas. Embora a leitura de violão solo não seja o foco principal da disciplina, esses princípios de leitura a duas vozes formam a base para essa prática. Caso alguém se interesse em desenvolver essa habilidade, serão disponibilizados alguns materiais opcionais. Primeiro vamos praticar com os baixos soltos e algumas notas presas na cordas 1 e 2. Neste exemplo aparece a digitação da mão direita mas ela é opcional, ou seja, o violonista tem total liberdade de escolher a digitação que mais lhe parecer confortável para a execução da peça. É bastante comum essa liberdade de escolha e isso só não se aplica aos exercícios de técnica onde o objetivo é desenvolver algum tipo de recurso para a mão direita. No exemplo seguinte temos a mesma melodia, no entanto agora existem outras notas dos acordes sendo tocadas no primeiro pulso dos compassos. Reparem que essas notas seguem exatamente a formação do acorde no braço do violão. Essa é uma prática muito comum na elaboração de pequenos arranjos para violão solo.
  • 25. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 25 MÚSICA Vamos imaginar agora uma melodia na região grave: Após praticar bem essa melodia executada com o polegar, experimente tocar uma nota sol solta na terceira corda com o dedo indicador conforme o ritmo abaixo. Repare como uma simples nota adicionada à melodia inicial já cria um caráter de acompanhamento para a mesma. Agora podemos, partindo do exemplo acima, inserir também a nota si da segunda corda, criando um dedilhado simples para acompanhar a melodia do baixo. Repare como, nos compassos 2 e 4, esse dedilhado foi evitado para facilitar a execução e deixar a melodia mais clara. Esses exercícios são apenas para que vocês conheçam as diversas possibilidades de acompanhamento ao violão e poderem, aos poucos, acrescentar novos elementos ao uso do instrumento na atividade docente. Iniciação ao violão (Princípios básicos e elementares para principiantes) - Henrique Pinto - Editora Ricordi
  • 26. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 26 MÚSICA Aula 08_Dedilhados-Choro Nessa aula, vamos conhecer melhor e praticar o acompanhamento do choro. Como outros gêneros brasileiros, o choro é escrito em compasso binário e, para o violão, possui um fraseado mais elaborado na região grave. A célula básica de acompanhamento do choro está representada no primeiro compasso do exemplo abaixo. No segundo compasso, temos basicamente o mesmo ritmo, no entanto, o polegar deve ser tocado novamente substituindo a segunda puxada de cada célula. No gráfico abaixo podemos visualizar onde cada ataque nas cordas acontece dentro do pulso nos dois exemplos acima. Imagine que cada pulso do compasso está dividido em quatro partes iguais: Na vídeo aula 5 existe uma explicação detalhada de como esses ritmos devem ser executados. Existem ainda algumas variações onde a puxada é subdividida. Nesses casos, o dedo indicar atua separado dos dedos médio e anelar. Vejam:
  • 27. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 27 MÚSICA Para praticarem o choro, utilizem um dos dois ritmos propostos no primeiro exemplo da aula e sigam a sequência de acordes abaixo:
  • 28. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 28 MÚSICA Aula 09_Intervalos de uma escala e Campo Harmônico Tendo em vista que a distância entre dois sons gera um intervalo. Obtemos uma escala a partir de uma sequencia de sons a uma distância de 2as Maiores ou Menores a cada nota. Por exemplo: A escala de Dó Maior tem início com a nota Dó, que é a Tônica (T) da escala. Logo, a cada intervalo de 2a obtemos a seguinte escala: DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ tom tom semi tom tom tom tom semi tom Tônica 2a M 3a M 4a J 5a J 6a M 7a M 8a J Vale lembrar que o intervalo entre duas notas vizinha é de 1 Tom, menos em Mi-Fá e Si-Dó. Repare como são as duas notas cujas sílabas terminam na vogal "i". Sendo assim, para obter um 1/2 tom entre Fá-Sol, é necessário subir o Fá: Fá#-Sol; ou descer o Sol: Fá-Solb. O campo harmônico é um dos assuntos mais importantes para a utilização do violão na prática pedagógica pois, através dele, o professor é capaz de utilizar o instrumento para harmonizar melodias de uma forma simples e rápida. Podemos definir o campo harmônico de uma tonalidade como sendo o conjunto de acordes (tríades ou tétrades*) construídos com as notas da escala. (* Tríades são acordes de três sons e tétrades, de quatro sons) O raciocínio é bem simples: se temos uma melodia tonal com notas de uma escala, o melhor material para harmonizá-la serão os acordes construídos com as notas dessa mesma escala. Antes de mostrarmos um exemplo prático, vamos relembrar alguns conceitos: - Intervalo - distância entre dois sons. - Semitom - menor intervalo entre dois sons. - Tom - intervalo formado por dois semitons.
  • 29. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 29 MÚSICA - Escalas - séries de sons ascendentes ou descendentes determinados por uma sequência de intervalos - Cifras - símbolos que representam os acordes. Em alguns casos, as letras das cifras também podem representar uma nota como, por exemplo, nos acordes invertidos. A letra que está depois da barra em G/B representa uma nota (o baixo) e não um acorde. Como estamos falando de acordes, é importante lembrarmos como eles são construídos. O processo mais simples se dá pela superposição de notas separadas por intervalos de terças. Quando temos três notas, já podemos classificar o acorde e isso se dá pela qualidade das terças utilizadas (maiores ou menores*) (* Uma terça maior é formada por dois tons e uma terça menor, por um tom e meio) Exemplos: O primeiro acorde é formado pelas notas dó - mi - sol. Se verificarmos as terças teremos que a primeira (dó - mi) é maior pois possui dois tons e a segunda (mi - sol) é menor pois possui um tom e meio. Nesse caso temos um acorde maior pois é formado por uma terça maior sobreposta por uma terça menor. No segundo acorde temos exatamente o contrário, ou seja, a primeira terça é menor (ré - fá) e a segunda maior (fá - lá). Nesse caso temos um acorde menor. Resumindo, temos quatro tipos de tríades: Terça maior + Terça menor = ACORDE MAIOR (exemplo: Fá - Lá - Dó) Terça menor + Terça maior = ACORDE MENOR (exemplo: Sol - Sib - Ré) Terça menor + Terça menor = ACORDE DIMINUTO (exemplo: Dó - Mib - Solb) Terça maior + Terça Maior = ACORDE AUMENTADO (exemplo: Lá - Dó# - Mi#)
  • 30. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 30 MÚSICA Na próxima aula vamos construir todas as tríades e tétrades de uma escala diatônica maior, mas, partindo dos princípios aqui explanados, já podemos ir praticando a construção e identificação das tríades em qualquer escala. Bons estudos! ____ Harmonia e Improvisação. Vols 1 e 2 - Almir Chediak - Editora Lumiar
  • 31. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 31 MÚSICA Aula 10_Campo Harmônico Maior Vamos começar a nossa prática em Campo Harmônico construindo os acordes sobre uma escala diatônica maior. É importante lembrarmos que uma escala diatônica maior é, na prática, um sequência de intervalos (em vermelho): É comum alguns teóricos afirmarem que a escala diatônica maior tem oito notas pois precisamos da oitava para formar o semitom entre o sétimo e o oitavo graus. Vamos praticar sobre a escala de sol maior. Reparem que a escala de sol maior tem um sustenido exatamente para garantir que os intervalos estejam dentro do padrão da escala diatônica maior. Se construirmos as tríades sobre as notas da escala de sol maior, teremos o seguinte resultado: Utilizando as regras de classificação das terças e dos acordes estudadas na Aula 9, chegaremos ao seguinte resultado: Podemos agora cifrar os acordes e teremos então o Campo Harmônico de sol maior, ou seja, o conjunto de acordes formado com as notas da escala:
  • 32. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 32 MÚSICA Mas para que serve isso? Para um músico que vai utilizar um instrumento harmônico, sabendo da tonalidade ele já reduz para sete as possibilidades de acordes a serem utilizados em uma harmonização simples. E na prática não se utiliza a tríade diminuta, reduzindo então para seis as possibilidades de acordes. É importante ressaltar que estamos tratando de harmonizações muito simples, básicas, de uma melodia em tom maior. Mas pensando na atuação de um professor, com certeza ele vai se deparar com inúmeras melodias tonais que poderão ser harmonizadas de forma simples com o violão: exercícios de flauta doce, canções do coro infantil, etc. Alguns autores afirmam que é possível harmonizar qualquer melodia tonal simples com apenas três acordes: os três maiores, I, IV e V graus. Isso é um fato verídico pois na estrutura desses três acordes estão todas as notas da escala! Vamos conferir? G - sol si ré C - dó mi sol D - ré fá# lá Agora vamos ao lado bom dessa história toda! Lá no início da aula foi dito que a escala maior é, na verdade, uma sequência de intervalos, certo? Sendo assim, se pegarmos qualquer escala maior e construirmos as tríades chegaremos aos mesmos tipos de acordes! Explicando: o primeiro grau sempre será maior, o segundo sempre será menor e assim por diante. Vamos ver: imaginem a escala de Si bemol maior - Sib Dó Ré Mib Fá Sol Lá Sib Sem precisar de muito esforço ou complicação, já podemos definir os acordes do campo harmônico: - Bb Cm Dm Eb F Gm Ládim
  • 33. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 33 MÚSICA Se nos depararmos com uma melodia em si bemol maior, já sabemos o grupo de seis acordes que poderão ser utilizados para construirmos uma harmonização simples! Como exercício, façam o campo harmônico de outras escalas. Também pesquisem as harmonias de canções simples e verão que elas são, na grande maioria das vezes, baseadas apenas nos acordes do campo harmônico. Bons estudos!! ______ Harmonia e Improvisação. Vols 1 e 2 - Almir Chediak - Editora Lumiar
  • 34. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 34 MÚSICA Aula 11_Harmonizando Melodias Simples Muito bem, agora que já sabemos construir o campo harmônico das tonalidades maiores, vamos aplicar esse conhecimento na criação de um acompanhamento para uma melodia simples. Mas antes, vamos abordar um aspecto bem importante, uma pergunta que sempre surge nessas horas: "Existe uma harmonia certa para cada melodia?" Na minha opinião, assim como a criação de melodias, a harmonização é uma arte e as ideias são livres. O autor pode e deve usar de criatividade para criar as relações entre acordes e melodia que mais lhe agradam. Mas tem um detalhe importante, uma pergunta que devemos nos fazer antes de criarmos uma harmonização: "Para quem estamos harmonizando?" Se é uma melodia simples e será tocada por um grupo de flautas da escola, não faz muito sentido criar uma harmonização muito elaborada, repleta de dissonâncias, que pode não dialogar com o caráter da melodia. Se é uma peça para o coral da escola, corremos o risco de confundir os alunos cantores se fizermos uma harmonia muito elaborada, com acordes dissonantes, de empréstimo modal, etc. E o mais importante: qualquer harmonia mais sofisticada tem as mesmas funções harmônicas daquela elaborada apenas com os acordes do campo harmônico. Portanto, fica aqui uma primeira regra para a nossa prática nessa disciplina: faremos, nesse início, apenas harmonizações com acordes do campo harmônico, mesmo que surjam inúmeras ideias e possibilidades. Para aqueles que já tem experiência, fica como um bom exercício de elaborar as harmonias pensando nos grupos infantis que citei. Vamos lá, vejam a melodia abaixo e acompanhem o processo: Áudio: Aula 11.1.mp3 (Áudio no Ambiente Virtual) Primeiro passo: identificar a tonalidade. Nesse caso, ré maior. Segundo passo: encontrar os acordes do campo harmônico. Seguindo os procedimentos das aulas anteriores temos: I - D, II - Em, III - F#m, IV - G, V - A, VI - Bm, VII - C#dim
  • 35. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 35 MÚSICA Terceiro passo: decidir quantos acordes serão colocados em cada compasso. Vamos começar com um acorde por compasso. Quarto passo: escolher um acorde que contenha a nota da melodia na sua estrutura. Temos então essas possibilidades: Reparem que foram selecionados acordes que continham a nota da melodia na sua formação, por exemplo: para a nota lá do primeiro compasso podemos utilizar o D (ré, fá#, lá), o F#m (fá#, lá, dó#) ou o A (lá, dó#, mi). Para os outros compassos, o procedimento foi o mesmo. Reparem como é necessário sabermos as notas que formam cada acorde! Surgiram no nosso exercício diversas possibilidades e precisamos agora decidir por uma delas. Existem algumas regras baseadas nas funções dos acordes (por isso existe o termo Harmonia Funcional) que muito nos ajudarão na escolha final dos acordes. No livro de Harmonia do Almir Chediak, Vol 1, existe uma pequena tabela que explica o assunto:
  • 36. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 36 MÚSICA Uma harmonização tonal como a que estamos elaborando respeita algumas regras de condução das vozes dos acordes e isso acaba nos levando para alguns padrões (clichês) que podem ser seguidos na hora de escolhermos os acordes. - Iniciar e terminar o trecho com o acorde de Tônica (I). Em melodias simples isso é quase uma regra. - Utilizar o acorde de Dominante (V) antes do acorde de Tônica nas cadências finais ou mesmo nos finais de frase. - Utilizar um acorde de Subdominante (II ou IV) antes do acorde de Dominante nas cadências finais ou mesmo nos finais de frase. A maioria desses padrões não surgiu como um conjunto de regras e sim pela prática da música tonal ao longo do tempo. Ao ouvirmos esses padrões, iremos constatar que eles são a estrutura básica de inúmeras canções populares que conhecemos. Portanto, se temos a intenção de criar uma harmonia simples, devemos fazer uso deles sem restrições. Seguindo essa regras, podemos chegar aos seguintes resultados: (Os vídeos e áudios desta aula encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Na primeira opção utilizamos a sequência I - IV - V - I, escutem o efeito: Áudio: Aula 11.2.mp3 Na segunda utilizamos I - II - V - I, escutem: Áudio: Aula 11.3.mp3 Como já foi dito, não existe "certo" e "errado" para uma harmonização, mas no nosso caso, pensando na harmonia mais simples que nos auxiliará nas atividades em aula, essas duas opções funcionarão sem problemas.
  • 37. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 37 MÚSICA Utilizando essa orientação, experimentem harmonizar outras melodias simples em diversas tonalidades. Quando tratamos desse assunto, não basta entender. A prática é que irá proporcionar o aprendizado! Bons estudos! ____ Harmonia e Improvisação. Vols 1 e 2 - Almir Chediak - Editora Lumiar
  • 38. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 38 MÚSICA Aula 12 _Harmonizando melodias simples – Praticando Vamos realizar alguns exercícios juntos para fixarmos a harmonização de melodias com as tríades do campo harmônico. Cabe aqui ressaltar que mesmo nas harmonizações mais simples é comum utilizarmos tétrades, principalmente no acorde de dominante onde aparece a sétima menor. Mas vamos continuar praticando apenas com as tríades nesse princípio. Vamos experimentar colocar dois acordes por compasso naquela mesma melodia da aula anterior. Relembrando, as nossas opções de acordes para cada nota são: Como a melodia não apresenta nenhum movimento, o fato de colocarmos dois acordes por compasso cria um efeito interessante. As opções são pessoais, podemos ir tocando e ouvindo até chegarmos a um resultado que nos agrade. Como ainda estamos "presos" pela obrigação de utilizarmos apenas tríades que contenham a nota da melodia, as possibilidades nem sempre funcionam bem auditivamente. Vamos experimentar essa: Ouçam o áudio: Melodia harmonizada Percebam que a condução dos acordes fica um pouco prejudicada pela obrigação de combinarmos acordes e notas. O mais comum em harmonias de canções simples é termos os acordes seguindo por graus conjuntos (I - II - III...) ou por quartas como é o caso da famosa cadência II - V - I ( Em - A - D). Mas ainda assim funciona bem. Experimentem outras possibilidades! Vamos praticar em outra tonalidade, vejam a melodia abaixo:
  • 39. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 39 MÚSICA Ouçam: Melodia (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Vamos iniciar harmonizando com um acorde por compasso, porém temos duas notas em cada um. Com qual das duas vamos combinar o acorde escolhido? Como a harmonização continua com o objetivo de ser simples e não causar muitas dissonâncias, vamos combinar o acorde com a nota do início do compasso. Pensando nas opções disponíveis, fiz essa opção: Reparem que a melodia tem duas frases praticamente iguais, mudando apenas a nota final, e que a harmonia cria efeitos diferentes para cada uma. Na primeira frase os acordes caminham por graus conjuntos e na segunda, com os baixos saltando por quartas ascendentes. Ouçam: Melodia harmonizada. (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Pratiquem realizando uma harmonização da melodia acima utilizando dois acordes por compasso. Bons estudos! _____ Harmonia e Improvisação. Vols 1 e 2 - Almir Chediak - Editora Lumiar
  • 40. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 40 MÚSICA Aula 13_Campo Harmônico Maior-Tétrades Em boa parte das canções populares que ouvimos ou mesmo em canções folclóricas, é bastante comum encontramos acordes de quatro sons nas harmonizações. São as chamadas tétrades. Na prática, significa acrescentar mais uma nota, também separada por intervalo de terça, à estrutura dos acordes de três sons que já foram estudados. Essa quarta nota é chamada de sétima por estar distante da fundamental (que dá nome ao acorde) por um intervalo de sétima. Vamos escolher a tonalidade de Si bemol maior para praticarmos as tétrades. A escala com as tríades e as cifras do campo harmônico é a seguinte: Vamos agora acrescentar uma quarta nota em cada um dos acordes: Para classificarmos os acordes com sétima precisamos distinguir a sétima maior (7M) da sétima menor (7). Uma dica é pensar na oitava e calcular a distância entre essa nota e a sétima. Se existir um tom a sétima é menor e se a distância for de meio tom, significa que a sétima é maior. Importante ressaltar que as estruturas das tétrades continuam as mesmas (maior, menor, menor, etc...) Vamos classificar a sétima do primeiro acorde: sib - ré - fá - lá Vamos colocar a oitava na sequência: sib - ré - fá - lá - (sib)
  • 41. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 41 MÚSICA Quando checamos a distância entre a sétima e a oitava, percebemos que existe apenas meio tom (lá – sib), portanto essa é uma sétima maior. A cifra desse acorde é Bb7M. Se fizermos o mesmo processo para o segundo acorde (dó – mib – sol – sib) encontraremos a distância de um tom entre a sétima e a oitava (sib – dó), logo esse é um acorde com sétima menor, no caso, Cm7. Por fim, temos o campo harmônico maior com todas as tétrades: Reparem que o acorde do sétimo grau ganha uma característica diferente: é um acorde menor com sétima menor e quinta diminuta. Da mesma forma que nos exercícios com as tríades, esse acorde é pouco utilizado nas harmonizações em tonalidade maior de caráter mais simples. As regras de harmonização continuam as mesmas, inclusive os mesmos padrões de cadências podem ser utilizados. A vantagem é agora cada nota está presente em quatro acordes, aumentando as possibilidades de escolha dos acordes. O acorde do quinto grau tem um papel muito importante pois ele é o único acorde maior com sétima menor do campo harmônico. Esse tipo de acorde possui uma dissonância bastante forte (trítono) que se resolve quanto partimos dele para o primeiro grau. Esse efeito de tensão-repouso é a base da harmonia tradicional desde o período barroco até os dias de hoje e também ocorre quando partimos do quinto grau alguns outros, como o sexto por exemplo. Por isso é tão comum utilizarmos a cadência V - I nas harmonizações simples. Vamos realizar uma harmonização para a melodia abaixo: Áudio: Aula 13.1.mp3 (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Se formos colocar um acorde em cada compasso, no primeiro devemos pensar em um acorde que contenha a nota fá. Temos então: Bb7M (sib, ré, fá, lá), Dm7 (ré, fá, lá, dó), F7 (fá, lá, dó, mib) e Gm7 (sol, sib, ré, fá).
  • 42. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 42 MÚSICA Seguindo o mesmo processo, teremos muitas possibilidades e a maioria das escolhas são pessoais, tendo sempre em mente a função do trabalho que estamos desenvolvendo. Segue uma possibilidade de harmonização simples: Nos compassos com mínimas, optei por colocar dois acordes pensando em uma lógica bem comum: se a melodia está mais parada é o momento da harmonia se movimentar. Na primeira parte da melodia coloquei apenas os acordes na sequência, do primeiro ao quinto grau, criando uma tensão no final da frase. Na segunda parte iniciei com o sexto grau, finalizando com uma cadência II - V - I. Vamos ouvir o resultado: Aula 13.2.mp3 (Encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem) Pratiquem com outras tonalidades, harmonizem melodias conhecidas ou criem algumas! Bons estudos! _____ Harmonia e Improvisação. Vols 1 e 2 - Almir Chediak - Editora Lumiar
  • 43. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 43 MÚSICA Aula 14_Harmonizando Melodias Simples-Praticando II Vamos realizar mais algumas harmonizações com o intuito de fixar os conceitos e conhecer outras possibilidades. Partiremos de uma melodia com semínimas e colcheias: Pela armadura de clave e pelo compasso final, podemos deduzir que a melodia acima está em mi maior, uma tonalidade muito utilizada no violão. Vamos aos acordes do campo harmônico (tríades e tétrades): As dúvidas que pode surgir agora são "Quantos acordes eu vou colocar por compasso?" e "Com qual das notas devo combinar o acorde?". Independente da quantidade de notas que temos em um compasso, essa decisão continua sendo pessoal e podemos colocar um ou mais acordes por compasso. Como estamos trabalhando em um nível bem simples, o ideal é escolhermos um acorde que combine com a nota do tempo forte, ou melhor, se formos colocar um acorde por
  • 44. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 44 MÚSICA compasso, será a primeira nota do compasso e se decidirmos por dois acordes em cada compasso, o mais comum é combinarmos com as notas dos tempos 1 e 3. Vejamos: Nessa harmonização , com exceção do compasso 4, foi utilizado um acorde por compasso e o resultado é interessante. Ouçam: Reparem que os acordes escolhidos combinam com as notas no exato tempo em que ocorrem. Vamos ver outra harmonização da mesma melodia, agora com mais acordes: Reparem como foi possível colocar outros acordes e ainda assim combinar com as notas da melodia. Além disso, também houve uma preocupação com as cadências, procurando manter o caráter tonal da melodia. Na verdade, nós também podemos colocar acordes sobre uma nota que não está na sua estrutura, no entanto, precisamos identificar que efeito sonoro (dissonância) isso causará. Utilizar acordes com mais notas na sua estrutura (nonas, por exemplo) também amplia as possibilidades de harmonização. Os acordes com mais de quatro notas são chamados de "tétrades com notas acrescentadas.
  • 45. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 45 MÚSICA Sugiro que experimentem diversas possibilidades de harmonização em melodias conhecidas ou em melodias criadas por vocês. Bons estudos! _____ Harmonia e Improvisação. Vols 1 e 2 - Almir Chediak - Editora Lumiar
  • 46. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 46 MÚSICA Aula 15_Polifonia Embora o aprendizado do chamado "violão solo" não seja objetivo desse curso, acho interessante que vocês conheçam a base dessa prática e até possam praticar um pouco. Quando pensamos em uma escrita a duas vozes para o violão, a ideia difere um pouco de um acompanhamento dedicado, conforme visto na aula 6, embora aquela escrita seja a duas vozes. O caráter aqui não é o de criar um acompanhamento e sim, o de ter uma melodia e uma sugestão de harmonia através dos baixos. Apesar de faltar o "recheio" dos acordes, as vozes intermediárias, já podemos perceber um resultado musical de melodia acompanhada. Podemos também pensar em duas melodias com um caráter contrapontístico. Mas vamos nos ater à primeira opção. Vamos partir de uma melodia bem simples. Vou optar pela tonalidade de ré maior para fazer uso das cordas soltas no baixo, vejam: A melodia já foi criada com o objetivo de receber um baixo, evitando as notas simultâneas. Vamos imaginar uma harmonia simples que privilegie as cordas soltas no baixo: Agora, vamos pegar as notas dos baixos dos acordes e colocar no início dos compassos. Na casa 1 (compasso 4) teremos um ritmo diferente. Reparem que as notas da melodia ficam com a haste para cima:
  • 47. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 47 MÚSICA Pronto, temos agora um arranjo da melodia inicial a duas vozes para o violão. Conhecendo um pouco de harmonia e campo harmônico, nem é necessário deixar a cifra, ela fica subentendida: Experimentem criar pequenos arranjos a duas vozes para melodias conhecidas. Caso sejam necessárias notas presas no baixo, toquem para verificar se o arranjo está fácil, se as notas da melodia estão em uma região possível de serem executadas com o baixo preso. Bons estudos!
  • 48. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 48 MÚSICA Aula 16_ Outros Acordes Além dos acordes estudados e utilizados até aqui, existe ainda uma enorme quantidade de possibilidades de montagem de acordes no violão. Apesar de alguns conterem mais de quatro notas, a montagem pode ser bem simples. Acordes diminutos Essa é uma categoria de acordes muito utilizada em música popular. É um tipo de acorde simétrico, onde todas as suas notas estão separadas pelo mesmo intervalo. Vejam: C#dim - C# - E - G - Bb Temos: C# (1 ½ tom) E (1 ½ tom) G (1 ½ tom) Bb (1 ½ tom) C# Por causa dessa simetria, também utilizamos o símbolo " º " para indicar esse tipo de acorde. Também em função disso, podemos concluir que os acordes de C#º, Eº, Gº e Bbº são equivalentes pois possuem as mesmas notas na sua estrutura. Na imagem abaixo temos as diversas possibilidades de montagem dos acordes diminutos (exemplo em C): (Imagem extraída do site http://aulasdeguitarraeviolao.blogspot.com.br/) Acordes com sétima e nona Esse é um tipo de acorde que possui cinco notas na sua estrutura, é chamado de tétrade com nota acrescentada. No violão, existem poucos acordes de cinco notas que permitem uma montagem completa, na maioria das vezes retiramos uma das notas, geralmente a quinta em relação à fundamental. Vejam o exemplo: D7(9) - D - F# - A - C - E
  • 49. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 49 MÚSICA No violão, é praticamente impossível montar esse acorde com as cinco notas, então a quinta é suprimida, no caso a nota A. Podemos ainda ter os acordes menores com sétima e nona e ainda mudar a sétima (maior/menor) e a nona (maior/menor) As posições dos acordes maiores com sétima menor no violão são basicamente duas: (Imagem extraída do site http://acordes- socifrasgospel.blogspot.com.br/2010/02/violao-acordes-maiores-com-setima-e.html) Acordes com sexta Os acordes com sexta podem ser maiores e menores. Vejam as possibilidades de montagem:
  • 50. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 50 MÚSICA (Imagens extraída do site http://aopgbrasil.blogspot.com.br/2010/11/tabelas-de- acordes-para-violao.html) Existem muito outros tipos, pesquisem em: http://www.violaomandriao.mus.br/dicionario/ http://aopgbrasil.blogspot.com.br/2010/11/tabelas-de-acordes-para-violao.html Bons estudos! _____ Dicionário de acordes - Almir Chediak - Editora Lumiar
  • 51. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 51 MÚSICA Aula 17_Afinação – Parte 1 Atualmente, instrumentos como violão, piano, harpa, instrumentos virtuais sampleados e tantos outros instrumentos de afinação fixa usam igual temperamento. Outros instrumentos de sopro, cordas friccionadas ou a voz têm uma maior independência em relação à afinação. Isso é especialmente importante, pois as características dos intervalos harmônicos que produzimos ao violão soam de acordo com essa afinação, pré-estabelecida pelo posicionamento dos trastes. Vamos abordar brevemente um pouco da história da afinação e seu vínculo com a prática do violão. A princípio, um único som de um instrumento de altura definida é composto pela sua vibração fundamental (a mais grave) e seus formantes mais agudos. Tais formantes - ou harmônicos - vibram em precisas divisões desse inteiro. Por exemplo: - a 6a Corda pode ser afinada na fundamental Mi (E2 ≅ 82Hz), - se tocarmos o primeiro harmônico obteremos a nota Mi uma oitava acima (E3 ≅ 164Hz). Obtemos isso ao tocar a 1/2 do tamanho do corda - sobre o 12a traste. - seguindo esse raciocínio, ao tocar essa mesma corda  a 1/3 de seu tamanho, obtemos a frequência da nota Si (B3 ≅ 246Hz)  1/4 - nota Mi (E4 ≅ 328Hz)  1/5 - nota Sol Sustenido (G#4 ≅ 410Hz)  1/6 - Si (B4 ≅ 492Hz)  e assim por diante obtendo-se a Série Harmônica da respectiva fundamental. O filósofo grego Pitágoras (c. 570–c. 495 a.C.) foi o primeiro a perceber e teorizar essa proporção, a partir de seu famoso experimento sobre um monocórdio. Logo, a escala pitagórica é aquela na qual suas notas são resultantes desses intervalos que, por sua vez, são múltiplos inteiros em relação à fundamental. Ao formar intervalos, sobrepondo-se dois ou mais sons dentro dessa escala, obtemos resultados distintos aqueles possíveis dentro do igual temperamento. Por exemplo, o intervalo de 5a Justa, na afinação pitagórica, gera uma encaixe exato de três ondas da 5a para cada duas ondas da fundamental (3:2), enquanto a 5a Justa temperada necessita ser menor do que a temperada. Faça a experiência, toque diferentes intervalos de 5a Justa e procure afinar de forma a favorecer uma sonoridade homogênea e plana - sem a presença forte de nenhum batimento. Sendo o som desse intervalo tão firme e agradável, por que houve a necessidade do temperamento?
  • 52. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 52 MÚSICA O fato é que a complexidade harmônica do repertório a partir de meados do Renascimento culminou na necessidade de utilizar diferentes “tonalidades” - muitas vezes, transpondo-se a fundamental para outra tonalidade. É nesse momento que a afinação pitagórica impõe seu limite. Essa proporção de 3:2 a cada intervalo de quinta gera uma diferença significativa quando o ciclo se completa e retorna-se para a fundamental. Nesse momento, o intervalo de uníssono soa maior do que deveria. Essa “desafinação” se chama quinta do lobo. O temperamento vem a corrigir esse intervalo, desafinando um pouco cada intervalo de 5a para que, ao fechamento do ciclo após 12 quintas, o uníssono soe afinadamente. Logo, cada intervalo de 5a deve ser levemente diminuído. Você poderá perceber o surgimento de um batimento. Sua frequência não poderá exceder 3 batidas a cada 2 segundos, caso contrário será mais baixo do que o necessário. Procure tocar diferentes intervalos de 5a com esse mesmo temperamento. Afine o necessário para o resultado ser obtido. Ao fim do processo toque diferentes acordes para apreciar a sonoridade deste temperamento. Nele, tudo estará um pouco fora da mais estrita afinação, mas um excelente equilíbrio em relação à diversidade.
  • 53. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 53 MÚSICA Aula 18_Afinação Parte 2 Escordatura / Localização das notas Os elementos estruturais do violão limitam e favorecem suas características e possibilidades harmônicas. As notas musicais são distribuídas ao longo de dois eixos principais: 1) ao longo da corda e 2) entre as cordas, conforme a descrição seguinte: 1) Ao longo da corda: os trastes do violão subdividem a corda com a finalidade de segmentar suas frequências de vibração em intervalos regulares de semitom. Ao violão, os trastes são fixados no momento de sua construção, pelo luthier. Sendo assim, a afinação de cada semitom já está estabelecida previamente. 2) Intervalos entre as cordas: a distância intervalar com a qual afinamos cada corda tem um padrão principal e diferentes alternativas a depender de contextos particulares a cada estilo musical ou repertório específico. A principal escordatura que usamos é aquela na qual afinamos as 6 cordas do violão da seguinte maneira: Para atingir tal afinação, diferentes abordagens práticas são válidas, como: a. Uníssonos: considerando que a 5a corda esteja precisamente afinada na nota Lá 220Hz - por meio de um diapasão 440Hz - e conhecendo os intervalos musicais, encontramos os uníssonos entre as cordas vizinhas de acordo com os diagramas indicados na figura anterior; b. Harmônicos: sobre os trastes 7 e 5 encontram-se o segundo e terceiro harmônicos, respectivamente. Sendo que o segundo harmônico da corda 5 deve estabelecer um intervalo de uníssono com o terceiro harmônico da corda 6, como indicado na relação a seguir:
  • 54. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 54 MÚSICA Apesar deste método de afinação ser simples e prático, devemos atentar que há uma divergência entre o temperamento contido nos harmônicos naturais e o sistema de igual temperamento aplicado pelo luthier na escala do instrumento. Os harmônicos naturais estão afinado pela escala pitagórica e o igual temperamento visa equilibrar as distâncias intervalares a fim de favorecer a execução musical em todos os tons. c. Intervalos de 5as justas: esse intervalo possui uma resultante fácil de perceber. A vantagem de usar a afinação por quintas está na adequação dos detalhes frente às necessidades da música a ser tocada. O músico deve buscar os mais diversos intervalos de 5a justa entre as notas obtidas pelas cordas soltas e as notas presas. d. Afinador eletrônico: seu uso é adequado nos mais diferentes contextos. Contudo, não diminui a importância do músico ter total percepção sobre a afinação de seu instrumento. Caso diferentes escordaturas sejam requeridas, as alterações estarão indicadas no cabeçalho da composição.
  • 55. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 55 MÚSICA Aula 19_Aspectos harmônicos (cor/tensão) Como pudemos observar anteriormente, a combinação intervalar entre diferentes sons gera diferentes sonoridades. Em um primeiro contexto, intervalos são usados como 1) sucessões de sensações de tensão e relaxamento, conduzindo uma linha de discurso harmônico que polariza para determinado acorde ou grau do campo harmônico; ou 2) realces ou efeitos, independentes do movimento harmônico, que geram interesse por estabelecer cor e contribuir para a sonoridade geral da peça. Tratando-se da tensão/relaxamento, a cada período histórico, estilo musical ou singularidades do compositor temos características distintas e regras particulares. Resumidamente, três grandes grupos organizam-se em torno de procedimentos harmônicos principais, destacando-se: Modalismo, Tonalismo e Atonalismo. Em cada um desses três grupos há uma distinta relação entre o uso da Tensão e do Relaxamento. Modalismo O modalismo teve seu apogeu durante o Renascimento, trata-se de procedimentos harmônicos específicos em que os compositores utilizavam-se texturas contrapontísticas e polifônicas como sua forma de expressão. Há uma grande quantidade de repertorio que podemos tocar ao violão, tendo em vista que as peças originais para alaúde ou vihuela são facilmente adaptáveis ao nosso instrumento moderno. Tonalismo Gradualmente, a música modal foi organizando-se ao redor de acordes ora mais tensos, ora mais relaxados. E o discurso musical foi consolidado sobre frases constituídas via funções harmônicas específicas. Essa dicotomia relaxamento/tensão - ou tônica/dominante - foi-se estruturando ao redor da Tonalidade a partir de finais do período Renascentista e durante todo o período que engloba o Barroco, o Classicismo e o Romantismo. Atonalismo Em finais do período Romântico, os compositores exploravam um alto grau de complexidades harmônicas e estruturais da Música. Logo, a manutenção da tensão e a postergação do relaxamento culminaram na dissolução do sistema tonal e a
  • 56. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 56 MÚSICA emancipação da dissonância. O Atonalismo engloba, portanto, procedimentos composicionais que independem das regras harmônicas da música tonal.
  • 57. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 57 MÚSICA Aula 20_Estilos – Parte II Sugerimos a livre apreciação de obras musicais de diferentes compositores relacionados aos diferentes grupos. Principalmente no que refere-se à música dos Séculos XIX e XX, esta lista possui um pequeno recorte da grande quantidade de compositores que podemos apreciar: Grupo Período Histórico Compositor Obras MODALISMORENASCIMENTO Luis de Milán (1536) El Maestro Luis de Narváez (1538) Los seys libros del Delphin Alonso Mudarra (1546) Tres Libros de Música Enríquez de Valderrábano (1547) Silva de sirenas Diego Pisador (1552) Libro de música de Vihuela Miguel de Fuenllana (1554) Orphénica Lyra Estevan Daça (1576) El Pamasso TONALISMO BARROCO Francesco Corbetta (1615– 1681) Varii Capriccii per la Chitarra Spagnola (Milão, 1643) La Guitarre Royalle (1674) Gaspar Sanz (1640–1710, Espanha) Españoleta Pavana Passacalle sobre la Ré Canarios Preludio y Fantasia
  • 58. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 58 MÚSICA Robert de Visée (c.1655– c.1735, França) Livre de Guitarre, dédie au roi (1682) Ludovico Roncalli (1654- 1713) Capricci armonici sopra la chitarra spagnola Ludovico Roncalli (1654-1713) Capricci armonici sopra la chitarra spagnola Sylvius Leopold Weiss (1687–1750, Alemanha) Dezenas de Sonatas com diversos movimentos em diferentes tonalidades CLÁSSICISMO Ferdinando Carulli (1770–1841) Além de suas pecas, destacam-se Estudos e métodos que visam o ensino/aprendizagem do instrumento de forma clara e organizada Fernando Sor (1778–1839) Mauro Giuliani (1781-1829) Dionisio Aguado (1784–1849) Luigi Legnani (1790–1877) Matteo Carcassi (1792–1853) ROMANTISMO Napoléon Coste (1806–1883) Peças de diferentes graus de complexidade técnica e harmônica, tendo em vista a evolução do sistema tonal Johann Kaspar Mertz (1806–1856) Giulio Regondi (1822–1872) Francisco Tárrega (1852–1909) Século XX Miguel Llobet (1878–1938) Durante o Século XX diferentes procedimentos composicionais coexistem, do Modalismo ao Atonalismo. Entre os compositores, incluem-se também não- violonistas. Emili Pujol (1886 –1980) Heitor Villa-Lobos (1887–1959) Nikita Koshkin (*1956) Leo Brouwer (*1939) Roland Dyens (1955–2016) Abel Carlevaro (1918–2002) Eduardo Sáinz de la Maza (1903– 1982) Reginald Smith Brindle (1917– 2003) Alberto Ginastera (1916–1983) Joaquín Rodrigo (1901–1999) Joaquín Turina (1882–1949)
  • 59. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 59 MÚSICA Aula 21_3 lições de Fernando Sor. Nas seguintes aulas faremos uma leitura dirigida das mais importantes obras didáticas escritas durante o período Clássico. Cada peça terá uma breve análise de seus elementos. Sugerimos que o aluno toque repetidas vezes e, caso queria mais desafios, acesse o material de referencia disponível no link próxima à aula. Fernando Sor – Lições Op.60 N.1-3 Fernando Sor é um compositor que busca as soluções mais adequadas para cada contexto apresentado. As 3 lições a seguir são tecnicamente simples, mas de estrutura bem equilibrada. As melodias são bem arquitetadas e as soluções harmônicas engenhosas. Repare como nesta 1a lição a Tonalidade principal Dó Maior recebe uma breve mudança para Sol Maior apos a nota Fá#. Sendo uma composição na estrutura AABB, a Parte A conduz de Dó para Sol Maior e o B é o retorno a Dó Maior. A 2a lição também encontra-se em Dó Maior, mas as notas alteradas funcionam de maneira mais complexa do que na primeira lição. No 8o compasso, o Dó# compõe a sensível de Ré – podemos dizer que há um breve acorde de Lá Maior. No segundo compasso do 3o sistema temos um cromatismo com as notas Fá# e Fá entre as notas Sol e Mi. Claramente, a seção inicial é composta por duas frases curtas de dois compassos e uma frase longa de 4 compassos, chamamos de Parte A. Isto é repetido de forma similar nos próximos 8 compassos. A fantasiosa parte final expõe desenvolvimentos motívicos da Parte A culminando em uma grande cadência a duas vozes.
  • 60. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 60 MÚSICA Nesta lição n.3 o aluno poderá explorar a execução de melodias com o dedo polegar. A novidade desta estrutura está no caminho harmônico percorrido durante a Parte B Para mais obras de Fernando Sor, acesse https://musikverket.se/musikochteaterbiblioteket/ladda-ner-noter/boijes- samling/boijes-samling-s/
  • 61. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 61 MÚSICA Aula 22_Lição Dó Maior Carcassi Um dos principais métodos que ainda são amplamente estudados há mais de 150 anos é o Método Completo para Violão, Op.59 de Matteo Carcassi (http://carkiv.musikverk.se/www/boije/Boije_1129.pdf). Sua organização aborda aspectos teóricos-musicais e técnico-violonísticos. Em cada lição há uma progressividade em desenvolvimento técnico enquanto mantem-se a mesma tonalidade. A seguir, destaca a sequencia em Dó Maior. Repare como há uma grande progressividade dos elementos apresentados. Uma curiosidade aqui trata-se da digitação da mão direita, nesta época usava-se o sinal de “+” para indicar o uso do polegar, enquanto um “.” era indicação do dedo indicador, dois pontos – médio e 3 pontos anular DÓ MAIOR
  • 62. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 62 MÚSICA
  • 63. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 63 MÚSICA Aula 23_Lição Sol Maior Carcassi O mesmo princípio que visualizamos na aula anterior repete-se em outras tonalidades. Pratiquem também a seção em Sol Maior:
  • 64. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 64 MÚSICA
  • 65. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 65 MÚSICA Aula 24_Lição Lá Menor Carcassi Vejamos também como Carcassi apresenta uma sequencia de lições em Tonalidade Menor. Desta vez, vejamos Lá Menor:
  • 66. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 66 MÚSICA
  • 67. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 67 MÚSICA Aula 25_Exercícios Op.1 Giuliani. Parte 1 Abordamos brevemente F. Sor e M. Carcassi, agora gostaria de expor a obra didática referencial de Mauro Giuliani – o Opus 1 – Studio per la Chitarra. Em seu Op. 1, temos como ponto de partida 120 exercícios de mão direita. Todos são variações sobre a cadência Dominante-Tônica de em Dó Maior: Nos 3 primeiros exercícios a mão direita organiza-se sobre a mesma região. Nos 3 exercícios seguintes, o violonista deve reorganizar a disposição de braço direito para facilitar a ação dos dedos:
  • 68. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 68 MÚSICA Nos exercícios seguintes há sincronicidade entre o ataque do dedo polegar com o indicador, médio ou anular: A sequencia também pode ser muito fortalecedora caso haja acordes repetidos:
  • 69. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 69 MÚSICA Aula 26_ Exercícios Op1- 2a Giuliane- Parte 2 A Parte 2 do Método de Giuliani aborda uma habilidade de sua importância para qualquer violonista – realizar intervalos de 3a, 6a, 8a e 10a em diferentes tonalidades. Terças em Dó Maior
  • 70. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 70 MÚSICA Terças em Sol Maior
  • 71. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 71 MÚSICA Aula 27_Exercícios Op.2ª Giuliane- Parte 3 Seguiremos com exercícios nos intervalos de sextas em Dó Maior e Sol Maior, de M. Giuliano Op.1:
  • 72. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 72 MÚSICA
  • 73. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 73 MÚSICA Aula 28_Exercícios Op.1- 2ª Giuliane- Parte 4 Página Encerrando a Parte 2 do Método de M. Giuliani, destacaremos dois estudos em intervalos de 8a e 10a na tonalidade de Dó Maior:
  • 74. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 74 MÚSICA
  • 75. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 75 MÚSICA Aula 29_Exercícios Op.1-3ª Giuliane- Parte 5 A última parte do Op.1 de M. Giuliani contém exercícios de estrutura musical mais complexa. A seguir destaco uma lição cujo trabalho rítmico desperta a sincronia entre as mãos esquerda e direita: Uma dica para estudo encontra-se na execução separada, ora da voz superior, ora da inferior.
  • 76. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 76 MÚSICA Aula 30_Estudos D. Aguado- Parte1 Um método pouco difundido atualmente é o Méthode compléte pour la Guitare e o Nuevo Metodo para Guitarra (http://carkiv.musikverk.se/www/boije/Boije_0018.pdf), de Dionísio Aguado. Este método é especialmente interessante pelas digitações de mão direita apresentadas. Com repetições de dedos e uma busca por efeitos que mais visam o colorido timbrístico do instrumento:
  • 77. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 77 MÚSICA Aula 31_Estudos D. Aguado- Parte 2 Na sequencia, mais lições de Dionísio Aguado que abordam digitações de mão direita que poderiam ser consideradas extravagantes durante o Século XX. Mas há também exercícios de grande utilidade que servem ao movimento de toda a estrutura da mão direita:
  • 78. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 78 MÚSICA
  • 79. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 79 MÚSICA Aula 32_Estudos D. Aguado- Parte 3 Encerrando a abordagem acerca dos exercícios de Dionísio Aguado, destacaremos algumas lições de grande utilidade presentes em seu Nuevo Método para Guitarra:
  • 80. UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Núcleo de Educação a Distância 80 MÚSICA