Este documento discute a importância da adaptação ao meio aquático para o desenvolvimento das crianças. Ele descreve uma atividade de natação na piscina municipal que beneficiou o crescimento e competências das crianças. Além disso, relata experiências das crianças na água que contribuíram para seu desenvolvimento físico, social e cognitivo.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Atividades na piscina municipal desenvolvem competências nas crianças
1.
2. À terça-feira, vamos à piscina municipal da Azueira
Esta atividade, dinamizada no âmbito da parceria entre as salas do Jardim
de Infância e a Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/JI
de S. Miguel, nasceu da evidência de que o espaço de adequação ao meio
aquático é uma estratégia fundamental para o desenvolvimento integrado e
holístico da criança e, com o apoio da Câmara Municipal de Mafra, tornou-
se possível após um espaço de preparação e análise detalhada das
condições necessárias e existentes.
Findo o primeiro semestre de atividade, tornou-se evidente, quer no espaço
de avaliação individual, quer no espaço de avaliação global, os efeitos
notórios no crescimento e no desenvolvimento de competências das
crianças que frequentam a atividade.
3. IMPORTÂNCIA DE UMA BOA ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO
Entende-se por adaptação ao meio aquático, “o processo que envolve a
iniciação à natação, recorrendo ao domínio do corpo na água, com base nos
objetivos de cinco domínios: equilíbrio, respiração, imersão, propulsão e salto”
(Campaniço, 1988).
A natação favorece a tomada de consciência do aluno em relação a si, ao
meio, ao grupo e à sociedade, contribuindo no seu desenvolvimento e
favorecendo o desenvolvimento de todas as suas aptidões.
A natação dá-nos a possibilidade de, utilizando a água, desencadearmos na
criança uma nova vivência que irá provocar novas capacidades de adaptação.
O meio aquático cria novas sensações, modifica o equilíbrio abrindo um largo
campo de experiências à capacidade motora sob o efeito de uma certa
ausência de gravidade.
O equilíbrio, a respiração e a propulsão são as componentes básicas inerentes
ao ato de nadar e cujo domínio é necessário para garantir um comportamento
ajustado na água.
4. “Descobrimos que
afinal existem
brinquedos que
podemos utilizar na
piscina para brincar,
jogar e criar, assim
como fazer
experiências na sala”
“Saber nomear e utilizar diferentes equipamentos e utensílios, utilizar
objetos para construir novas formas, reconhecer e nomear diferentes cores,
sensações e sentimentos…” (OCEPE, p.81)
5. “Através da
orientação no espaço,
onde nos
encontramos,
aprendemos a
orientar-nos no nosso
corpo”
“Há, por exemplo, conteúdos relativos à biologia, conhecimento dos órgãos
do corpo, dos animais, do seu habitat e costumes, plantas, etc., e ainda a
experiências da física e da química (luz, ar, água, etc.) que podem ser
realizadas por crianças em idade pré-escolar…” (OCEPE, p.81)
6. “Por sermos
curiosos, descobrimos
que nem só os
materiais que
experimentámos são
leves ou pesados.
Quando estamos dentro
da água também nós
ficamos leves e
flutuamos”
“Brincar com a água, encher e esvaziar recipientes pode ser, por
exemplo, um meio de compreender que o ar ocupa espaço, experimentar o
princípio dos vasos comunicantes, questionar porque há objetos que
flutuam e outros que vão ao fundo…” (OCEPE, p.81)
7. “Ao entrarmos no autocarro
estamos a partir à
descoberta. Pomos o cinto
de segurança e aí vamos
nós!
Mas caminhar também nos
leva a explorar outros sítios
e outros meios.”
“Estão também neste caso a geografia que pode alargar-se para além do
meio imediato, ou aprofundar-se e diversificar-se a partir dele…”
(OCEPE, p.82)
8. “Ao ouvirmos contar
uma história, a
nossa imaginação
voa…
Mas é tão giro ver
que há histórias que
falam da nossa
vida.”
“Assim, a partir de uma situação ou problema, as crianças terão
oportunidade de propor explicações e confrontar as suas perspetivas da
realidade…” (OCEPE, p.82)
9. “A jogar com as palavras, os
gestos, os traços, as tintas e
os borrões para recriar as
nossas experiências na
água, interessamo-nos pelo
mundo que nos
cerca, criando, explorando
transformando e
respeitando-o.”
“O Conhecimento do Mundo deverá mobilizar e enriquecer os diferentes
domínios de Expressão e Comunicação (…), a linguagem e a matemática;
implica também o desenvolvimento de atitudes de relação com os outros, de
cuidado consigo próprio, de respeito pelo ambiente e pela cultura que
também se relacionam com a área de Formação Pessoal e Social…”
(OCEPE, p.83)
10. “Aprendemos a despir-
nos e a vestir-nos e que
existem regras que
devem ser
cumpridas, como
passar o corpo na água
antes e depois de irmos
para a piscina, ou não
correr…”
“Assim, a educação para a saúde e higiene fazem parte do dia a dia do
jardim de infância, onde a criança terá oportunidade de cuidar da sua
higiene e saúde…” (OCEPE, p.84)
11. “E nós a pensar que os
berlindes serviam só
para jogar…
…afinal também
pintamos com eles e
fazemos experiências
que nos mostram que
os líquidos e os sólidos
são diferentes.”
“O tratamento da área do Conhecimento do Mundo não visa promover um
saber enciclopédico, mas proporcionar aprendizagens pertinentes com
significado para as crianças que podem não estar obrigatoriamente
relacionadas com a experiência imediata…” (OCEPE, p.85)
12.
13. Obrigado!
Os educadores de Infância.
Irene Carreto
Henrique Santos
Filomena Andrade
ME (1997) Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Editorial do
Ministério da Educação, Lisboa.
Silva, A. & Campaniço, J. (1988) Prontidão aquática. I Seminário da Natação. UTAD, Vila
Real, pp 11-130.