SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Baixar para ler offline
Um modelo in-silico do sistema imunológico
humano: um caso de estudo da autoimunidade
Gustavo Alves Oliveira Silva
(Graduando em Ciência da Computação)
Alcione de Paiva Oliveira
(Orientador)
Projeto Final de Curso – Seminários II
O Modelo
O modelo proposto neste trabalho visa
simular uma parte do sistema imunológico
a fim de estudar o comportamento do
mesmo perante doenças autoimunes. Será
implementado no framework FLAME e
segue as diretrizes dadas por Possi em sua
dissertação.
Sistema Imunológico
Imunidade é definida como a resistência a doenças, mais
especificamente às doenças infecciosas. O conjunto de
células, tecidos e moléculas que são intermediários na
resistência às infecções causadas pelos patógenos
(agentes infecciosos) é chamado de sistema imunológico.
Sua importância é clara, visto que indivíduos com
resposta imunológica defeituosa são suscetíveis a
infecções sérias, que frequentemente põem em risco a
vida do mesmo.
Sistema Imunológico
• Imunidade inata(nativa) : proteção inicial,
resposta rápida.
• Imunidade adaptativa(adquirida): responsável
pela proteção mais tardia e eficaz contra as
infecções.
Imunidade Inata
• Imunidade inata humoral
- Humoral: eliminação dos patógenos é mediada por
células que são secretadas pelos componentes do SI;
- Sistema complemento: família de moléculas
distribuídas pelo hospedeiro. Se ligam ao patógeno
visando romper sua estrutura e levá-lo a morte.
Também tem como função marcar agentes
patógenos para que sejam destruídos pela
imunidade inata celular.
Imunidade Inata
• Imunidade inata celular
- Celular: eliminação do patógeno é feita diretamente por
uma célula do SI;
- Desencadeia o processo inflamatório (acúmulo de
leucócitos na região infectada);
- Neutrófilos (mais abundantes, primeiro tipo de célula a
responder a uma infecção) e macrófagos (também
responsáveis por estimular a cicatrização além de fagocitar
células mortas limpando o local);
- Ambos agem por fagocitose;
Imunidade Inata
- Receptores de reconhecimento padrão(PRR): identificam o
que é próprio do corpo e estranho ao mesmo.
- Antígeno: estrutura molecular que possa ser reconhecida
pelo PRR.
- Autoantígeno: estrutura molecular do próprio corpo.
- Epítopo: parte específica do antígeno que permitiu seu
reconhecimento.
- Afinidade: precisão com que um antígeno é reconhecido por
um PRR.
- Células exterminadoras naturais (apoptose).
Imunidade Adaptativa
• Difere da imunidade inata principalmente
quanto a especificidade para antígenos
estruturalmente distintos e a memória
das exposições anteriores.
• Linfócitos: possuem receptores
específicos para antígenos.
• Principais: linfócito B e linfócito T.
Imunidade Adaptativa
• Linfócito B
- Originam na medula óssea;
- únicos capazes de produzir anticorpos;
- neutralizadores, marcadores.
• Linfócito T
- Originam no timo;
- T auxiliar: ajudam os linfócitos B a produzirem anticorpos e aos
fagócitos a ingerir patógenos;
- T citolítico: destroem células infectadas por patógenos intracelulares.
• Passam pro um processo de tolerância imunológica para eliminação de
linfócitos que sejam auto-reativos.
Imunidade Adaptativa
• Linfócitos de memória
- Conferem ao SI a memória imunológica;
- Assim o SI pode desenvolver respostas
imunológicas mais rápidas e eficazes para
infecções já combatidas anteriormente;
- Vacina.
Imunidade Adaptativa
• Imunidade Adaptativa Humoral
- Infecções causadas por patógenos
extracelulares;
- Linfócito B.
• Imunidade Adaptativa Celular
- Infecções causadas por patógenos
intracelulares;
- Linfócito T;
Autoimunidade
O SI saudável é capaz de reconhecer os
antígenos que são parte dos tecidos do seu
próprio organismo e não reagir contra eles,
propriedade essa alcançada através da
eliminação de linfócitos auto-reativos.
Uma doença autoimune é uma condição que
ocorre quando o sistema imunológico ataca e
destrói tecidos saudáveis do corpo por engano.
Autoimunidade
Nos pacientes com doença autoimune, o sistema
imunológico não consegue distinguir entre os
tecidos saudáveis do corpo e os antígenos.
O resultado é uma resposta imunológica que
destrói os tecidos normais do corpo. A causa
dessa incapacidade de distinguir entre os tecidos
saudáveis do corpo e os antígenos é
desconhecida.
Sistema multiagente
Sistemas multiagente são sistemas compostos de
múltiplas interações entre elementos
computacionais, conhecidos como agentes. Em um
sistema multiagente, cada agente contém suas
próprias regras de mundo e suas particularidades.
O comportamento global do sistema é simulado
através das interações entre os diversos tipos de
agentes representados no sistema.
Framework FLAME
FLAME, um acrônimo para Flexible Large-scale
Agent Modelling Environment, é um ambiente
para desenvolvimento de aplicações baseadas
em agentes. O modelador fornece uma
descrição de seu modelo e as funções que
definem as operações, comunicações e
mudanças de estado da população dos agentes
e o FLAME gera o programa de aplicações.
Framework FLAME
A comunicação entre os agentes no
FLAME é feita através de um quadro de
troca de mensagens. O comportamento
dos agentes no framework FLAME segue
uma máquina de estados, esta
estabelecida pelas funções codificadas em
C.
Protótipo
Para a execução da simulação pretendida, os
fatores que devem ser dominados são:
• Simulação comportamental dos diversos tipos
de agentes que serão incluídos na simulação;
• Interação entre estes agentes;
• Meio de simular a difusão das substâncias nas
camadas do modelo;
Protótipo
Para atender a estes requisitos, foi implementado um
protótipo que contém:
• Um agente que simula um patógeno genérico. No caso,
simulado como uma bactéria que será responsável pela
infecção;
• Um agente que simula o macrófago, responsável pelo
processo de fagocitose;
• Um agente que representa uma substância, no caso, o
antibiótico.
Prótipo
Adicionalmente, o protótipo também
contém:
• Um agente responsável por simular a
difusão do antibiótico no ambiente de
interação.
Protótipo
Máquina de
estados
Protótipo
Novo protótipo
Para o segundo protótipo, o objetivo era
conseguir simular a difusão e a
interação entre os agentes quando estes
se encontravam em zonas diferentes.
Novo protótipo
Foi implementada uma simulação, de forma
simplificada, a fim de testar esse objetivo.
Com todos esses aspectos abordados nos
protótipos, a base para a implementação
completa do projeto, contendo todos os
agentes e zonas, foi realizada.
Cronograma
Set Out Nov Dez Mar Abr Mai Jun
Estudo do modelo e do FLAME X X
Estudo da portabilidade entre o
FLAME e o REPAST
X
Implementação do modelo X X X
Testes X X
Referências bibliográficas
• ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H. Imunologia Básica: Funções e Distúrbios do
Sistema Imunológico. São Paulo: Revinter, 2003. ISBN 85-7309-729-9.
• WORTH, D. J.; CHIN, L. S.; GREENOUGH C., FLAME tutorial examples: a simple SIR
infection model , 2012.
• MACAL, C. M.; NORTH, M. J. Agent-based modeling and simulation. In: Proceedings
of the 2009 Winter Simulation Conference. [S.l.: s.n.], 2009. p. 86–98.
• Goronzy JJ, Weyand CM. The innate and adaptive immune systems. In: Goldman L,
Ausiello D, eds. Cecil Medicine. 23rd ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier;2007:
chap 42.
• POSSI, M. A. Uma Ferramenta para Simulação do Sistema Imunológico através de
Sistemas Multiagentes: Um Caso de Estudo da Autoimunidade. Dissertação de
Mestrado. Departamento de Informática. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa,
2012.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Propriedades Gerais do Sistema Imune
Propriedades Gerais do Sistema ImunePropriedades Gerais do Sistema Imune
Propriedades Gerais do Sistema ImuneLys Duarte
 
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1LABIMUNO UFBA
 
Aula 01 Propriedades gerais das respostas imunes
Aula 01   Propriedades gerais das respostas imunesAula 01   Propriedades gerais das respostas imunes
Aula 01 Propriedades gerais das respostas imunesRogério Reis
 
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaRicardo Portela
 
3. celulas e orgaos do sist imune
3. celulas e orgaos do sist imune3. celulas e orgaos do sist imune
3. celulas e orgaos do sist imuneFAMENE 2018.2b
 
Imuno introdução-ao-sistema-imunológico-zago
Imuno introdução-ao-sistema-imunológico-zagoImuno introdução-ao-sistema-imunológico-zago
Imuno introdução-ao-sistema-imunológico-zagonuria522
 
Imunidade celular
Imunidade celularImunidade celular
Imunidade celularAlex Lino
 
A resposta imune 20130325000503
A resposta imune 20130325000503A resposta imune 20130325000503
A resposta imune 20130325000503Thaís Brito
 
Imunologia i completa - arlindo
Imunologia i   completa - arlindoImunologia i   completa - arlindo
Imunologia i completa - arlindo00net
 
Apresentação imunologia
Apresentação imunologiaApresentação imunologia
Apresentação imunologiaGildo Crispim
 
Mecanismos De Defesa EspecíFicos (ApresentaçãO Nr
Mecanismos De Defesa EspecíFicos  (ApresentaçãO NrMecanismos De Defesa EspecíFicos  (ApresentaçãO Nr
Mecanismos De Defesa EspecíFicos (ApresentaçãO NrNuno Correia
 
2. aspectos gerais das respostas imunes
2. aspectos gerais das respostas imunes2. aspectos gerais das respostas imunes
2. aspectos gerais das respostas imunesFAMENE 2018.2b
 
Introducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema ImuneIntroducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema ImuneLABIMUNO UFBA
 
Aula 4 imunidade adquirida
Aula 4 imunidade adquiridaAula 4 imunidade adquirida
Aula 4 imunidade adquiridaAdila Trubat
 

Mais procurados (19)

Propriedades Gerais do Sistema Imune
Propriedades Gerais do Sistema ImunePropriedades Gerais do Sistema Imune
Propriedades Gerais do Sistema Imune
 
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
 
Aula 01 Propriedades gerais das respostas imunes
Aula 01   Propriedades gerais das respostas imunesAula 01   Propriedades gerais das respostas imunes
Aula 01 Propriedades gerais das respostas imunes
 
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
 
3. celulas e orgaos do sist imune
3. celulas e orgaos do sist imune3. celulas e orgaos do sist imune
3. celulas e orgaos do sist imune
 
Imuno introdução-ao-sistema-imunológico-zago
Imuno introdução-ao-sistema-imunológico-zagoImuno introdução-ao-sistema-imunológico-zago
Imuno introdução-ao-sistema-imunológico-zago
 
Imunidade celular
Imunidade celularImunidade celular
Imunidade celular
 
Intro a imunologia
Intro a imunologiaIntro a imunologia
Intro a imunologia
 
A resposta imune 20130325000503
A resposta imune 20130325000503A resposta imune 20130325000503
A resposta imune 20130325000503
 
Lista 3 (2) imunologia
Lista 3 (2) imunologiaLista 3 (2) imunologia
Lista 3 (2) imunologia
 
Imunologia i completa - arlindo
Imunologia i   completa - arlindoImunologia i   completa - arlindo
Imunologia i completa - arlindo
 
Apresentação imunologia
Apresentação imunologiaApresentação imunologia
Apresentação imunologia
 
Sistema imune
Sistema imuneSistema imune
Sistema imune
 
Mecanismos De Defesa EspecíFicos (ApresentaçãO Nr
Mecanismos De Defesa EspecíFicos  (ApresentaçãO NrMecanismos De Defesa EspecíFicos  (ApresentaçãO Nr
Mecanismos De Defesa EspecíFicos (ApresentaçãO Nr
 
2. aspectos gerais das respostas imunes
2. aspectos gerais das respostas imunes2. aspectos gerais das respostas imunes
2. aspectos gerais das respostas imunes
 
Introducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema ImuneIntroducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema Imune
 
Aula 4 imunidade adquirida
Aula 4 imunidade adquiridaAula 4 imunidade adquirida
Aula 4 imunidade adquirida
 
Imunidade Inata
Imunidade InataImunidade Inata
Imunidade Inata
 
Resumo 1
Resumo 1Resumo 1
Resumo 1
 

Semelhante a Um modelo in silico do sistema imunológico humano

Aula Imunologia Geral Conceitos história
Aula Imunologia Geral Conceitos históriaAula Imunologia Geral Conceitos história
Aula Imunologia Geral Conceitos históriaEmiliaCassia2
 
Sistema imunológico
Sistema imunológicoSistema imunológico
Sistema imunológicoURCA
 
Sistema imunitário Biologia 12ºano
Sistema imunitário Biologia 12ºanoSistema imunitário Biologia 12ºano
Sistema imunitário Biologia 12ºanoCátia Teixeira
 
Resumo de Artigo sobre Teoria da Computação Natural
Resumo de Artigo sobre Teoria da Computação NaturalResumo de Artigo sobre Teoria da Computação Natural
Resumo de Artigo sobre Teoria da Computação NaturalMarcio Freitas, CISM, CISA
 
Sistema imunitario
Sistema imunitarioSistema imunitario
Sistema imunitariobridges
 
Leitura complementar de imunologia II
Leitura complementar de imunologia IILeitura complementar de imunologia II
Leitura complementar de imunologia IIemanuel
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologiaMessias Miranda
 
BIBLIOTECA_3_ANO_HAB_ANALISES_CLINICAS_IMUNOLOGIA_INTRODUCAO.pptx
BIBLIOTECA_3_ANO_HAB_ANALISES_CLINICAS_IMUNOLOGIA_INTRODUCAO.pptxBIBLIOTECA_3_ANO_HAB_ANALISES_CLINICAS_IMUNOLOGIA_INTRODUCAO.pptx
BIBLIOTECA_3_ANO_HAB_ANALISES_CLINICAS_IMUNOLOGIA_INTRODUCAO.pptxssuser771325
 
AULA_IMUNOLOGIA 1 e 2.pptx
AULA_IMUNOLOGIA 1 e 2.pptxAULA_IMUNOLOGIA 1 e 2.pptx
AULA_IMUNOLOGIA 1 e 2.pptxJulianeAmorim11
 
Noções Gerais de Imunologia.pptx
Noções Gerais de Imunologia.pptxNoções Gerais de Imunologia.pptx
Noções Gerais de Imunologia.pptxAlefySantos2
 
introdução a imunologia - conceitos básicos
introdução a imunologia - conceitos básicosintrodução a imunologia - conceitos básicos
introdução a imunologia - conceitos básicosbiancafreitas97
 
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdf
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdfImunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdf
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdfvitorepalmeida1
 
Sistema imunitário parte i
Sistema imunitário   parte iSistema imunitário   parte i
Sistema imunitário parte iLuciana Pietro
 
Fabiane apresenta￧ ̄o+anticorpos
Fabiane apresenta￧ ̄o+anticorposFabiane apresenta￧ ̄o+anticorpos
Fabiane apresenta￧ ̄o+anticorposguestd78ba9e
 

Semelhante a Um modelo in silico do sistema imunológico humano (20)

Aula Imunologia Geral Conceitos história
Aula Imunologia Geral Conceitos históriaAula Imunologia Geral Conceitos história
Aula Imunologia Geral Conceitos história
 
Sistema imunológico
Sistema imunológicoSistema imunológico
Sistema imunológico
 
Imunologia
ImunologiaImunologia
Imunologia
 
Sistema imunitário Biologia 12ºano
Sistema imunitário Biologia 12ºanoSistema imunitário Biologia 12ºano
Sistema imunitário Biologia 12ºano
 
Resumo de Artigo sobre Teoria da Computação Natural
Resumo de Artigo sobre Teoria da Computação NaturalResumo de Artigo sobre Teoria da Computação Natural
Resumo de Artigo sobre Teoria da Computação Natural
 
Sistema imunitario
Sistema imunitarioSistema imunitario
Sistema imunitario
 
Imunologia fiocruz
Imunologia fiocruzImunologia fiocruz
Imunologia fiocruz
 
Leitura complementar de imunologia II
Leitura complementar de imunologia IILeitura complementar de imunologia II
Leitura complementar de imunologia II
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologia
 
BIBLIOTECA_3_ANO_HAB_ANALISES_CLINICAS_IMUNOLOGIA_INTRODUCAO.pptx
BIBLIOTECA_3_ANO_HAB_ANALISES_CLINICAS_IMUNOLOGIA_INTRODUCAO.pptxBIBLIOTECA_3_ANO_HAB_ANALISES_CLINICAS_IMUNOLOGIA_INTRODUCAO.pptx
BIBLIOTECA_3_ANO_HAB_ANALISES_CLINICAS_IMUNOLOGIA_INTRODUCAO.pptx
 
Medresumos 2016 mad ii
Medresumos 2016   mad iiMedresumos 2016   mad ii
Medresumos 2016 mad ii
 
Biologia2
Biologia2Biologia2
Biologia2
 
Slide imuno
Slide imunoSlide imuno
Slide imuno
 
AULA_IMUNOLOGIA 1 e 2.pptx
AULA_IMUNOLOGIA 1 e 2.pptxAULA_IMUNOLOGIA 1 e 2.pptx
AULA_IMUNOLOGIA 1 e 2.pptx
 
Noções Gerais de Imunologia.pptx
Noções Gerais de Imunologia.pptxNoções Gerais de Imunologia.pptx
Noções Gerais de Imunologia.pptx
 
Anticorpos Função
Anticorpos FunçãoAnticorpos Função
Anticorpos Função
 
introdução a imunologia - conceitos básicos
introdução a imunologia - conceitos básicosintrodução a imunologia - conceitos básicos
introdução a imunologia - conceitos básicos
 
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdf
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdfImunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdf
Imunidade_e_controlo_de_doencas.Parte_2.pdf
 
Sistema imunitário parte i
Sistema imunitário   parte iSistema imunitário   parte i
Sistema imunitário parte i
 
Fabiane apresenta￧ ̄o+anticorpos
Fabiane apresenta￧ ̄o+anticorposFabiane apresenta￧ ̄o+anticorpos
Fabiane apresenta￧ ̄o+anticorpos
 

Um modelo in silico do sistema imunológico humano

  • 1. Um modelo in-silico do sistema imunológico humano: um caso de estudo da autoimunidade Gustavo Alves Oliveira Silva (Graduando em Ciência da Computação) Alcione de Paiva Oliveira (Orientador) Projeto Final de Curso – Seminários II
  • 2. O Modelo O modelo proposto neste trabalho visa simular uma parte do sistema imunológico a fim de estudar o comportamento do mesmo perante doenças autoimunes. Será implementado no framework FLAME e segue as diretrizes dadas por Possi em sua dissertação.
  • 3. Sistema Imunológico Imunidade é definida como a resistência a doenças, mais especificamente às doenças infecciosas. O conjunto de células, tecidos e moléculas que são intermediários na resistência às infecções causadas pelos patógenos (agentes infecciosos) é chamado de sistema imunológico. Sua importância é clara, visto que indivíduos com resposta imunológica defeituosa são suscetíveis a infecções sérias, que frequentemente põem em risco a vida do mesmo.
  • 4. Sistema Imunológico • Imunidade inata(nativa) : proteção inicial, resposta rápida. • Imunidade adaptativa(adquirida): responsável pela proteção mais tardia e eficaz contra as infecções.
  • 5. Imunidade Inata • Imunidade inata humoral - Humoral: eliminação dos patógenos é mediada por células que são secretadas pelos componentes do SI; - Sistema complemento: família de moléculas distribuídas pelo hospedeiro. Se ligam ao patógeno visando romper sua estrutura e levá-lo a morte. Também tem como função marcar agentes patógenos para que sejam destruídos pela imunidade inata celular.
  • 6. Imunidade Inata • Imunidade inata celular - Celular: eliminação do patógeno é feita diretamente por uma célula do SI; - Desencadeia o processo inflamatório (acúmulo de leucócitos na região infectada); - Neutrófilos (mais abundantes, primeiro tipo de célula a responder a uma infecção) e macrófagos (também responsáveis por estimular a cicatrização além de fagocitar células mortas limpando o local); - Ambos agem por fagocitose;
  • 7. Imunidade Inata - Receptores de reconhecimento padrão(PRR): identificam o que é próprio do corpo e estranho ao mesmo. - Antígeno: estrutura molecular que possa ser reconhecida pelo PRR. - Autoantígeno: estrutura molecular do próprio corpo. - Epítopo: parte específica do antígeno que permitiu seu reconhecimento. - Afinidade: precisão com que um antígeno é reconhecido por um PRR. - Células exterminadoras naturais (apoptose).
  • 8. Imunidade Adaptativa • Difere da imunidade inata principalmente quanto a especificidade para antígenos estruturalmente distintos e a memória das exposições anteriores. • Linfócitos: possuem receptores específicos para antígenos. • Principais: linfócito B e linfócito T.
  • 9. Imunidade Adaptativa • Linfócito B - Originam na medula óssea; - únicos capazes de produzir anticorpos; - neutralizadores, marcadores. • Linfócito T - Originam no timo; - T auxiliar: ajudam os linfócitos B a produzirem anticorpos e aos fagócitos a ingerir patógenos; - T citolítico: destroem células infectadas por patógenos intracelulares. • Passam pro um processo de tolerância imunológica para eliminação de linfócitos que sejam auto-reativos.
  • 10. Imunidade Adaptativa • Linfócitos de memória - Conferem ao SI a memória imunológica; - Assim o SI pode desenvolver respostas imunológicas mais rápidas e eficazes para infecções já combatidas anteriormente; - Vacina.
  • 11. Imunidade Adaptativa • Imunidade Adaptativa Humoral - Infecções causadas por patógenos extracelulares; - Linfócito B. • Imunidade Adaptativa Celular - Infecções causadas por patógenos intracelulares; - Linfócito T;
  • 12. Autoimunidade O SI saudável é capaz de reconhecer os antígenos que são parte dos tecidos do seu próprio organismo e não reagir contra eles, propriedade essa alcançada através da eliminação de linfócitos auto-reativos. Uma doença autoimune é uma condição que ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano.
  • 13. Autoimunidade Nos pacientes com doença autoimune, o sistema imunológico não consegue distinguir entre os tecidos saudáveis do corpo e os antígenos. O resultado é uma resposta imunológica que destrói os tecidos normais do corpo. A causa dessa incapacidade de distinguir entre os tecidos saudáveis do corpo e os antígenos é desconhecida.
  • 14. Sistema multiagente Sistemas multiagente são sistemas compostos de múltiplas interações entre elementos computacionais, conhecidos como agentes. Em um sistema multiagente, cada agente contém suas próprias regras de mundo e suas particularidades. O comportamento global do sistema é simulado através das interações entre os diversos tipos de agentes representados no sistema.
  • 15. Framework FLAME FLAME, um acrônimo para Flexible Large-scale Agent Modelling Environment, é um ambiente para desenvolvimento de aplicações baseadas em agentes. O modelador fornece uma descrição de seu modelo e as funções que definem as operações, comunicações e mudanças de estado da população dos agentes e o FLAME gera o programa de aplicações.
  • 16. Framework FLAME A comunicação entre os agentes no FLAME é feita através de um quadro de troca de mensagens. O comportamento dos agentes no framework FLAME segue uma máquina de estados, esta estabelecida pelas funções codificadas em C.
  • 17. Protótipo Para a execução da simulação pretendida, os fatores que devem ser dominados são: • Simulação comportamental dos diversos tipos de agentes que serão incluídos na simulação; • Interação entre estes agentes; • Meio de simular a difusão das substâncias nas camadas do modelo;
  • 18. Protótipo Para atender a estes requisitos, foi implementado um protótipo que contém: • Um agente que simula um patógeno genérico. No caso, simulado como uma bactéria que será responsável pela infecção; • Um agente que simula o macrófago, responsável pelo processo de fagocitose; • Um agente que representa uma substância, no caso, o antibiótico.
  • 19. Prótipo Adicionalmente, o protótipo também contém: • Um agente responsável por simular a difusão do antibiótico no ambiente de interação.
  • 22. Novo protótipo Para o segundo protótipo, o objetivo era conseguir simular a difusão e a interação entre os agentes quando estes se encontravam em zonas diferentes.
  • 23. Novo protótipo Foi implementada uma simulação, de forma simplificada, a fim de testar esse objetivo. Com todos esses aspectos abordados nos protótipos, a base para a implementação completa do projeto, contendo todos os agentes e zonas, foi realizada.
  • 24. Cronograma Set Out Nov Dez Mar Abr Mai Jun Estudo do modelo e do FLAME X X Estudo da portabilidade entre o FLAME e o REPAST X Implementação do modelo X X X Testes X X
  • 25. Referências bibliográficas • ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H. Imunologia Básica: Funções e Distúrbios do Sistema Imunológico. São Paulo: Revinter, 2003. ISBN 85-7309-729-9. • WORTH, D. J.; CHIN, L. S.; GREENOUGH C., FLAME tutorial examples: a simple SIR infection model , 2012. • MACAL, C. M.; NORTH, M. J. Agent-based modeling and simulation. In: Proceedings of the 2009 Winter Simulation Conference. [S.l.: s.n.], 2009. p. 86–98. • Goronzy JJ, Weyand CM. The innate and adaptive immune systems. In: Goldman L, Ausiello D, eds. Cecil Medicine. 23rd ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier;2007: chap 42. • POSSI, M. A. Uma Ferramenta para Simulação do Sistema Imunológico através de Sistemas Multiagentes: Um Caso de Estudo da Autoimunidade. Dissertação de Mestrado. Departamento de Informática. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2012.