O documento discute o processamento e arranjos de fibras naturais lignocelulósicas, especificamente fibras de coco. Descreve os métodos de extração de fibras de coco, incluindo maceração e desfibrilamento mecânico, bem como etapas típicas de processamento como secagem, trituração e peneiração. Também aborda arranjos de fibras como tafeta, sarja e cetim e exemplos de compósitos fabricados com fibras de coco.
1. PROCESSAMENTO E
ARRANJOS DAS FNLS.
ALUNA: Géssica Nicolau
PROFESSOR: Maj Lucio Fabio Cassiano Nascimento – D.C
DISCIPLINA: Materiais Compósitos Reforçados com Fibras Naturais.
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DOS MATERIAIS / SE4
2. ORIGEM DAS FIBRAS LIGNOCELULÓSICAS
Caule
bambu, junta, malva e cana de
açúcar.
Folhas
sisal, bananeira e caruara
Fruto
Algodão e coco
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Fonte: FARIAS, João.
3. INTRODUÇÃO
As fibras de coco são retiradas da parte do
Mesocarpo.
São necessários de 13 a 15 cocos para obtenção
de cerca de 1kg de fibras.
Á água de coco:
Diurético.
Ajuda vômitos, câimbras, dor de cabeça.
Hidrata a pele, diminui o colesterol, combate
a verminose, controla a pressão arterial.
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Fig. 1 – Cocos nuciferas
Fonte: FARIAS, João.
4. EXTRAÇÃO DAS FIBRAS DE COCO
Maceração (coco verde):
As cascas ficam mergulhadas em
água quente durante 4 a 6 meses
para decompor o tecido e facilitar o
desfibrilamento.
Após esse tempo, elas são batidas
para ocorrer o desfibrilamento,
obtendo como produto final fibras
claras.
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Fig. 2 Processo de Maceração.
Fonte: FARIAS, João.
5. EXTRAÇÃO DAS FIBRAS DE COCO
Desfibrilamento mecânico (coco seco):
É feito através de um moinho de martelos, onde são usadas as cascas dos frutos,
secas ou quase secas
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6. EXTRAÇÃO DAS FIBRAS DE COCO
Em modo geral segue as seguintes etapas:
Primeiramente ocorre a coleta do coco de preferência de mesma procedência para
minimizar a variação das fibras
Ocorre a secagem.
Cortada em pedaços para diminuir o embuchamento no sistema de alimentação da
trituradora.
Desintegração/ Trituração para obtenção de fibras ou pó.
Peneiração, para separar o pó e a fibra do coco de maneira uniforme de tamanho
para melhores propriedades de compósitos.
Pode ocorrer os tratamentos, químicos ou físicos, como os das superfícies das fibras
posteriormente, visando uma melhor adesão entre a fibra e matriz
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Fonte: Embrapa.
8. FIBRAS DESCONTINUAS E CONTÍNUAS
As descontínuas aleatórias tem uma eficiência de reforço e custo menor que os
compósitos com fibras contínuas.
Já as fibras contínuas (desenvolvem uma melhor significância na resistência).
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Fonte: PIRES, Eduardo.
Fig. 3 – Descontinuas alinhadas e aleatórias, Continuas unidirecionalmente e bidirecionalmente
9. ARRANJOS DAS FIBRAS
Tafeta:
É a mais simples
Onde os fios da trama passam
alternadamente sobre e sob os fios da
teia.
Quanto mais grosso for o fio e quanto
mais próximas estiverem as carreiras mais
firme será o material.
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Fonte: Revista Maximustecidos.
Fig. 5 - Tafeta
10. ARRANJOS DAS FIBRAS
Sarja:
O fio da trama passa sobre pelo
menos dois, mas nunca mais de
quatro fios da trama.
Formam uma estria em diagonal.
O entrelaçamento diagonal é bem
mais firme que o ligamento tela.
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Fonte: Revista Maximustecidos.
Fig. 6 - Sarja 2x2 e Sarja 4x4
11. ARRANJOS DAS FIBRAS
Cetim:
Cada fio da teia passa sobre quatro a oito
fios da trama, numa disposição em
zig-zag.
A diagonal não é tão visível porque o
número de repetições é muito grande.
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Fonte: Revista Maximustecidos.
Fig. 7- Cetim
12. EXEMPLOS
PALHARES (2012) foi realizado um compósito fibra de coco/resina para construção de estofados,
utilizou-se o método de extração de fibra de coco usual sendo secado, triturado, moído e
peneirado mais de uma vez para retirada de fibras curta e rejeitos granulados das fibras a serem
usadas. Conseguindo aproveitar 50% do rejeito da fibra de coco com a produção do compósito.
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Fig. 8 - Fibras curtas e granulados descartados no processo/ Fibra utilizada para produção do
compósito/ Compósito fibra de coco/resina
13. EXEMPLOS
Trabalho de SILVA (2010), foram
fabricados dois laminados com
matriz de resina poliéster, um
unicamente com fibras de vidro e
um outro híbrido com fibras de vidro
e coco.
Laminado híbrido apresentou
ligeiro desvio de linearidade
indicando certa ductilidade.
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Fig. 9 - Curvas (Tensão x Deformação), representativas
dos compósitos laminados híbrido e de fibra de vidro
14. EXEMPLOS
O laminado de fibra de vidro,
apresentou uma fratura mais
frágil; os corpos de prova
romperam completamente em
duas partes. No caso do
laminado híbrido, as partes
permaneceram ligadas após a
fratura.
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Fig. 10 - Detalhe da região de fratura. a) laminado de
fibra de vidro. b) laminado híbrido.
15. EXEMPLOS
Trabalho de MARTINS (2014), verificou-se o
desenvolvimento de um material têxtil através da
fiação das fibras de coco. Conclui-se que se
obteve após tratamentos um fio suficientemente
coeso, macio e flexível para ser utilizado como
trama da tecelagem e que o uso de fio de algodão
usado como urdume apresentou performance
satisfatória para a tecelagem de fios de coco.
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Fig. 11 – Material têxtil.
16. EXEMPLOS
Segundo FAGURY (2005) ha 3 tipos principais de fibras de coco.
Mais longa e fina (fibra branca): confecção de cordas e esteiras.
Fibra mais grossa: usada na confecção de capachos.
Fibra mais curta: empregada em enchimento de colchões
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Fig. 12 – Rede com fibra de coco/ tapete/ enchimento.
17. BIBLIOGRAFIA
[1] FARIAS, João. “MODIFICAÇÃO SUPERFICIAL DE FIBRAS DE COCO POR TRATAMENTO A
PLASMA PARA UTILIZAÇÃO COMO FASE DE REFORÇO EM AMIDO TERMOPLÁSTICO”. Projeto
de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de Engenharia de Materiais
[2] DUARTE, Romulo. “CRESCIMENTO INICIAL DE ACÁCIA EM CONDICIONADOR FORMADO DE
FIBRA DE COCO E RESÍDUO AGREGANTE”. Rev. bras. eng. agríc. ambient. vol.14 no.11 Campina
Grande Nov. 2010.
[3] https://www.oxyblack.com/index.php/pt/compositos/laminados-e-sanduiches
[4] CALLISTER, William. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma introdução. 5ª edição, LTC Editora,
Rio de Janeiro - RJ, 2002.
[5] https://blog.maximustecidos.com.br/estruturas-dos-tecidos-tudo-que-a-costureira-precisa-saber/
[6] www.metallum.com.br/20cbecimat/resumos/trabalhos_completos/218-012.doc
[7] http://www.abcm.org.br/anais/conem/2010/PDF/CON10-0466.pdf
[8] file:///C:/Users/Gessica%20Nicolau/Desktop/Ferramentas-de-metodologia-de-projeto-o-uso-no-
projeto-dos-tecidos-tecnologicos.pdf
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