O documento discute como as redes sociais funcionam como ecossistemas baseados em trocas de interesses que podem levar a consequências negativas como polarização e câmara de eco. É sugerido revisar sua bolha social seguindo pessoas com opiniões diferentes e ouvir mais do que falar para reduzir esses efeitos.
28. REVISE SUA BOLHA.
- Siga pessoas com opiniões contrárias as suas;
- Se lembre das pessoas e não dos avatares;
- Não julgue, busque entender;
- Sem preciosismo com a timeline;
- Só ouça e não fale;
- Use uma rede social com menos curadoria;
- Resultando em Criatividade***
***Eclesiastes 1: 9
31. - Lealdade;
- Segurança e Proteção;
- Pertencimento;
- Discussão dos problemas;
- Cultura e Interesse real;
- Burburinho;
- Falta de acolhimento;
- Corrosão de confiança;
- Problemas ignorados;
- Vulnerabilidade à mudança
- Falar COM o outro. - Falar PARA o outro.
32.
33.
34.
35. - SABER POR ONDE COMEÇAR;
- FOCO E TRANSPARÊNCIA;
- POSSIBILIDADE DE AJUSTAR A ESTRATÉGIA.
- APROVEITAR OPORTUNIDADES.
39. - REUNA QUEM PENSA COMO VOCÊ;
- ESTABELEÇA CONEXÕES;
- VOCÊ NÃO PRECISA DE TODOS
40.
41. O maior desejo das pessoas é que sintam falta delas quando
elas não estiverem lá.
- ESTIMULE A CRIAÇÃO DE CONTEÚDO;
- FORNEÇA INFORMAÇÕES
RELEVANTES;
- HÁBITOS APARECERÃO, GERANDO CULTURA;
42.
43.
44. - SE APROPRIE DAS PEQUENAS ROTINAS;
- RECONHEÇA OS INDIVÍDUOS DO GRUPO;
- CRIE INFLUENCIADORES INTERNOS;
- LINGUAGEM ADAPTADA A COMUNIDADE;
- SE POSSÍVEL, PROMOVA ENCONTROS;
- SE POSICIONE EM CONFLITOS;
- SEJA HUMILDE E SE DEDIQUE.
45. Se estabelecer na URSS;
Conexão com os Russos;
Hábitos e Insights;
Moldou a cultura.
O que um hambúrguer e o sentido da vida tem em comum? Bem, além deles me ajudarem a começar a apresentação de maneira confusa, os 2 nos deixam pistas de como sobreviver nas redes sociais.
Nessa data aconteceram duas coisas importantes que nos trouxeram aqui hoje:
Gabriel, 26 anos, Social Media e está dando uma palestra nessa sala aqui hoje. A segunda coisa aconteceu no mesmo dia, mas há 17 horas de voo daqui de SP....
Esses arcos dourados foram parafusados na Praça Pushkin em Moscou em plena União Soviética.
Se eu to em casa e um amigo: “Aí, vamos na abertura do Mc Donalds la em Itaquera?”. A não ser que eles estejam dando lanche e sorvete de graça na porta do lugar, não vou sair de casa pra ir numa inauguração de Mc. Se você tropeçar, você cai num Mc Donalds, pra que eu iria no lançamento de um?
1 mês e 2 semanas depois do meu nascimento e do nascimento daquele letreiro, no dia 31/01/1990, 33 mil pessoas pensaram diferente de mim e compareceram na inauguração.
Mitya Kushelevich, é um dos russos que estava presente no dia da abertura, disse que as filas ao redor do parque eram gigantes e também as para ir ao banheiro depois de provar o lanche eram tão grandes quanto as que rodeavam o parque para a entrada no MC.
Não é fácil agradar os russos, quem já viu House of Cards sabe que não é fácil lidar com eles, o que fica pior com as barreiras culturais:
A burocracia lá é absurda. Foram 22 anos de conversa, sendo 14 só de planejamento e problemas.
- Além disso, os estabelecimentos na Rússia se baseavam no seguinte fato: Quem deve agradar é você e não a empresa. Se você chegar num restaurante vazio e o garçom não for com a sua cara, ele vai falar que não tem lugar vago e ainda vai te expulsar. É mais ou menos como ser atendido no Rio de Janeiro. Isso era um problema, pois diferente da cultura russa, os americanos se matavam pra te oferecer uma boa experiência.
Juntamente com a Disney, o Mc Donalds é uma das maiores, se não for, a maior marca que se promove por meio conceito de Experiência / Felicidade. É só ver o Slogan: I lovin it.
Um dos selecionados para fazer parte do quadro de funcionários que trabalhariam no primeiro restaurante.
“Sorrir não é algo normal para os Russos”, ele acrescenta. “A gente aprende que a vida é esforço, é luta. Sorrimos apenas para amigos, familiares e situações especiais, é algo muito íntimo pra nós. Temos até uma frase que fala sobre isso:
Achei que isso era mentira, até achar relatos dessa frase e de outras duas que eles costumam dizer:
“Последний смех лучше первого,” “A última risada é melhor que a primeira (porque depois a risadaria acaba),”
e
“Идеалом русской женщины является неулыбчивая женщина,” “A Russa ideal é aquela que não sorri.”
Ou seja, para se dar bem na Rússia, os EUA teriam que penetrar no fundo das almas russas e moldar uma cultura.
Sabendo dessa desvantagem, o Mc levou o Yuri, juntamente como os outros selecionados foram levados para a Universidade do Hamburguer, o quartel general do Mc Donald's em Ilinóis nos EUA. Lá eles tiveram muitas horas de treinamento, vídeos, manuais, além de entrarem em contato com a cultura americana da época.
Yuri e os outros funcionários deveriam dominar ferramentas que não eram comuns a eles, como: Fazer contato visual com os clientes, usar frases cordiais como “Obrigado”, “Volte Sempre”, “Em que posso servi-lo” e estar sempre sorrindo.
Tudo isso com o intuito de criar novos hábitos que resultem numa nova cultura de atendimento.
O ensinamento foi mútuo. O contato mais próximo com os Russos de verdade, levou os americanos a modificaram sua estratégia, adicionando ao cardápio do futuro restaurante, coisas como Mc Café até então só existente na Austrália (com uma opção: Extra Forte), Tortas de Repolho, Batata Canoa ao invés das fritas tradicionais e torta de frutas vermelhas.
Com o passar dos dias, Yuri notou que o comportamento dos clientes era totalmente diferente. Se antes os clientes que antes já entravam na defensiva, agora eram bem mais amigáveis e relaxados. As pessoas não estavam indo pra lá somente por causa dos lanches, pois vamos falar a verdade, não são grandes coisas… Mas estavam indo pra lá, pois diferentemente dos outros estabelecimentos, o Mc não era estressante, as pessoas sorriam, te atendiam bem, você podia, apesar de estar num lugar que culturalmente diferente do seu, ficar de boa.
Mais do que hamburguers, o Mc Donald’s obteve sucesso em exportar sorrisos. Sabem o que isso quer dizer?
Claro, tirando...
que eu quero dizer é que a URSS tinham suas barreiras culturais e mesmo sendo difícil de superá-las, os EUA tiveram sucesso em fazer parte dessa bolha e moldar uma cultura. Essa bolha não é uma característica apenas Russa, a humanidade sempre criou bolhas. É cômodo, queremos nos agrupar com quem pensa parecido com a gente, queremos validação da nossa opinião e nos auto-afirmar, é normal.
E sabem onde essas bolhas culturais ficam mais evidentes?
Dica: Estamos no Social Media Week e não no União Soviética Week.
As redes sociais nada mais são do que um reflexo hiper exposto do ser humano.
O Mc Donald’s neste episódio da URSS, se utilizou de algumas características humanas que podemos também usar nas redes sociais ao nosso favor.
É importante vocês saberem que essas mudanças culturais acontecem por partes, de dentro pra fora, em efeito dominó. Por isso separei a apresentação em 3 tópicos: Anatomia (Estudo). Usuários (Transformação) e Comunidade (Cultura).
É importante conhecermos o terreno. O Mc Donalds estudou por 22 anos a URSS antes de conseguir entrar em campo. Por isso, entenda as nuances da sua plataforma digital.
As redes sociais são, geralmente, ecosistemas digitais baseados em trocas motivadas por interesses pessoais.
[ DIAGRAMA NA TELA ]
O Facebook é o melhor exemplo: Ele te dá a plataforma para que você sacie sua vontade de se expressar e de ver o que os seus amigos estão fazendo.
Ao se expressar você fornece ao Facebook, dados e informações sobre você e conteúdos para a plataforma e consequentemente para os usuários.
Em troca do seu conteúdo, os usuários eles te dão uma recompensa. Likes, Retweets, Views… Recompensas essas que te mantém “”””feliz”””” por se ganhar validação de outras pessoas, tem mantendo mais tempo no facebook.
Quanto mais seu conteúdo agrada, mais ele aparece na timeline dos usuários que se familiarizaram com ele, enquanto aparece cada vez menos na timeline de quem você não chamou tanto atenção. Quanto mais tempo você passa na plataforma, mais conteúdo você gera e mais conteúdo personalizado é mostrado pra você e mais informação você devolve em troca.
Trocas também entre terceiros. Enquanto você está na rodinha do hamster, o Facebook também tem seus intere$$es e usa os dados que conseguiu de você para fazer uma ponte assertiva entre marcas que querem conver$ar com você, tornando a sua timeline ainda mais PERSONALIZADA.
É uma ponte tão assertiva que o Facebook no caso nem se denomina mais uma rede social, ela é a maior empresa de mídia no mundo que POR UM ACASO é uma rede social.
Todo mundo sai ganhando com esse sistema, certo? Se você falar que não, já sai na frente da maioria dos internautas, pois toda essa estrutura funciona bem porém possuem reflexos:
A excelente curadoria (feita pelos algoritmos e por você mesmo com seus likes, comentários, tempo de visualização e etc) faz com que não tenhamos contato com o que é novo, o pouco contato com os pensamentos diferentes dos seus, resulta em falta de novas conexões. Faz com que a gente, enquanto usuários (pessoas), acreditemos que nossa timeline é o mundo lá fora, geramos mais estereótipos, maus julgamentos e miopia social. Diminui nossa capacidade de reconhecer os valores humanos das pessoas por trás de um avatar, faz a gente pensar que qualquer opinião contrária a nossa é basicamente uma provocação a nossa pessoa. Levando em consideração de que 72% dos usuários presentes nos Facebook se informam pelo Facebook já dá pra ter ideia de como as pessoas estão se voltando para a sua Caverna de Platão.
Fora que acabamos falando sempre para as mesmas pessoas, criando uma câmara de Eco, só falamos para as mesmas pessoas, que por sua vez só falam a mesma coisa que a gente. Ciclo vicioso digital.
Aumenta a nossa resistência a mudança. Tudo que nos desagrada, nos contraria, nós já bloqueamos da timeline. Ficamos impacientes e mimados, sempre em busca da recompensa rápida e livre de esforço. Faz com que queiramos comer só o sorvete sem comer a salada antes.
Tá, ai você já entendeu o funcionamento da plataforma digital, foi alertado das consequências relacionadas ao design... Parabéns, você agora faz parte de mais uma bolha. Uma pequena e seleta bolha, na qual a maioria dos usuários nunca vão sentir falta. Mas e ai? O que você faz com isso?
Bem, nessa hora, faz de conta que você está no filme Matrix e que esse negão aqui é o Morpheus. Se você tomar a pílula azul, a palestra acaba aqui, você continua sua vidinha de fazer post “Curta se X, Compartilhe se Y”, fazendo posts pro dia internacional do papel toalha e querendo salvar o mundo gerenciando uma página de leite de coco. O que é ótimo, é confortável. Mas se você tomar a pílula vermelha, você vai ter enjoo, vai ficar puto, vai querer desistir, vai virar noite, mas pode ser que no final você seja o “The Chosen One”, salve o dia, ganhe milhões de dólares e seja entrevistado pelo Jô Soares por ter revolucionado o mercado de Leite de coco, nunca se sabe né?. Então toma ai 2 pílulas vermelhas diferentes para você usar a seu favor, mas assim, eu só te mostro a porta, quem atravessa é você.
A nossa bolha não se refere apenas a nossa OPINIÃO sobre algo, mas também o ASSUNTO que falamos. Exemplo: Enquanto na nossa rede debate sobre ser de esquerda ou direita (OPINIAO), existem redes onde nem se debate sobre política (ASSUNTO).
Isso provoca coisas como, as pessoas serem pegas de surpresa pela comoção com a morte do cantor Cristiano Araújo, o cantor mais famoso do Brasil que nossa bolha não conhecia.
Por isso devemos revisar nossa bolha e utilizar melhor nossa ferramenta. Essa é a pílula dolorosa e vai precisar ser tomada com uma boa jarra de resiliência:
Siga pessoas e páginas com opiniões e assuntos contrários aos seus. Mas assim, faça esse exercício de coração aberto e com curiosidade.
Reconheça o valor das pessoas que pensam diferente de você e estão atrás daquele computador, a internet não é “Você versus Eles”.
Tente não julgar, busque entender. Siga até passar daquele momento “Essas pessoas estão arruinando minha timeline” e mantenha elas lá.
E a parte mais difícil de todas: Durante todo esse processo: Só ouça e não fale. Não questione, não comece uma discussão. Essa jornada precisa ser só sua sem ajuda da outra pessoa pra te convencer. SE VOCÊ SOBREVIVER A ISSO, depois de um tempo, você vai entender os porquês das opiniões ou ideias e acredite, você vai poder continuar discordando delas, mas ao mesmo tempo diminuirá a nossa miopia.
Você sabe qual o segredo da criatividade? É a mistura de referências. Não sou eu que to falando não, tá na bíblia. Eclesiastes capítulo 1, versículo 9: “Não há nada novo sob o sol”. Se você acha que algo é original é porque você não conhece as referências. Para se conseguir novas referências é preciso diversidade, sair do lugar comum para mudar sua abordagem com a ferramenta.
Se você já tem conhecimento da sua bolha, por que não usar ela a seu favor? Se você participa de várias redes sociais, pegue o Facebook por exemplo e siga mais pessoas com o pensamento igual ao seu, mais páginas que postam sobre assuntos que você goste. Use essa bolha para fazer com que sua curadoria de conteúdo seja cada vez mais fina e você fique sabendo dos assuntos primeiro, gerando reputação ou até mesmo gerar novos insights a partir disso. Entre em mais grupos, os conteúdos costumam ser mais frescos por conta da pouca presença de filtros nos grupos.
E como costumam dizer por ai: “O “conteúdo é rei”. Se o conteúdo é rei, o contexto é a rainha, use dessa bolha para saber o momento certo de gerar ou não seu conteúdo.
Mc Donalds conhecia suas ferramentas, sabia como utilizar bem o contato visual, o hábito de sorrir, a ideia de ser agradável, mas também teve a humildade de se agrupar com aqueles que pensavam diferente deles, resultando em geração de insights e ampliando seu leque de possibilidades criativas, e consequentemente ao sucesso.
O que nos leva a terceira parte, entender sua plataforma e refletir sobre como você a usa só fazem efeito se você botar em prática e a melhor maneira de moldar culturas é com comunidades.
Fazer parte de uma comunidade digital é diferente de fazer parte de uma rede social.
Comunidade digital pressupõe coisas como: Lealdade. Segurança. Pertencimento. Proteção. Discussão dos Problemas. O que resulta em engajamento real e consequentemente em cultura (pessoas fazendo coisas sem que ninguém peça pra elas, conjunto de hábitos que nascem em habitats).
Rede social é: Burburinho. Falta de acolhimento. Corrosão da confiança. Problemas varridos pra de baixo do tapete. É espalhamento das ideias. É ficar a mercê de uma mudança de código do Mark Zuckerberg que pode destruir tudo o que você construiu até agora.
E a melhor maneira de sobreviver as mudanças digitais e moldar culturas é trocar o “Falar PARA o outro” para “Falar COM o outro”, é transformar nossas bolhas em comunidades, comunidades sobrevivem a qualquer mudança de algoritmos, pois a plataforma pouco importa.
Quando o Facebook mudou seus algoritmos mais uma vez há menos de 2 meses, várias marcas / páginas reclamaram da diminuição do alcance das suas publicações e da queda do número de fãs. Porém não o Tasty. Em uma entrevista ao Youpix, eles revelaram que essa mudança pouco afetou a página deles que continua tendo a mesma média de likes e views por publicação. E quando paramos para ver a fanpage do Tasty, conseguimos enxergar diversas características de comunidade digital.
A ferramenta precisa servir a você e não você servir a ferramenta. Usar essa ferramenta somente como vitrine é ignorar todo o potencial que ela possui.
Tá, tudo muito legal, mas como construir comunidades transformadoras de cultura: Esse é o caminho que você deve percorrer se quiser moldar uma cultura.
Primeiramente e o mais importante de tudo (e aqui eu to me segurando pra não falar Fora Temer): Tenha um PORQUE, um objetivo. Acho que essa dica é importante pra tudo na vida, mas aqui é mais do que importante é essencial, sem um objetivo claro você não sabe qual direção tomar ou por onde começar. Você pode ter as melhores ferramentas e pessoas ao seu alcance, se não tiver um objetivo claro, nada vai fazer efeito.
Ter um objetivo te dá foco e transparência fazendo com que sua mensagem se torne verdadeira, assim, seus conteúdos se tornam relevantes.
Vamos supor que você tenha o objetivo de fazer com que crianças se mexam mais para combater o sedentarismo. Você pode mandar elas darem 3 voltas ao redor da quadra. E todas elas vão te mandar tomar no cu, porque são crianças e criança é um bicho ruim. Mas se você pedir para elas irem brincar no playground, brincar de esconde-esconde ou caçar pokémon, por exemplo, elas vão ficar lá muito mais tempo se movimentando muito mais e com muito menos reclamações, alcançando o mesmo objetivo. Comunicação não é o que você fala, mas o que o outro entende, se você tem um objetivo claro, você consegue fazer esses ajustes na sua abordagem ou estratégia.
Quando se tem um objetivo fica mais fácil de aproveitar as oportunidades rápidas como a de usar o modelo de Slide da operação Lava a Jato pra enaltecer o seu trabalho numa palestra.
Mais do que tudo isso, quando você tem um objetivo você consegue fazer com que as pessoas confiem em você. É aquele conceito de Golden Circle, sabem?
Se as pessoas acreditarem no seu PORQUE, você vende seu O QUE. Se você convencer as pessoas do seu Think Different, você vende seu iPhone de 6mil, se você convence os russos de I’m Lovin It, você vende seu Big Mac, se você tiver um PORQUE sólido você pode até convencer as pessoas a darem dinheiro pro seu Zebeleo.
E quando você tem um objetivo claro, suas ideias passam a ser conhecidas…
… Você consegue atrair pessoas que pensam como você.
Ache um grupo que está desconectado, estabeleça conexões, junte-os. Estimule relacionamentos e conversas. E lembre-se, você não precisa de todo mundo, você precisa das pessoas que se importam. É melhor 100 pessoas engajadas do que 1000 que falam: Foda-se.
Quando você reune pessoas que pensam coomo você, você consegue provocar mudanças.
As pessoas geram conteúdo e engajamento, para serem notadas, para se conectarem. O Facebook fornece as ferramentas pra isso, como diz o Bob Dylan “Se você der garfos e facas paras as pessoas, logo elas estarão cortando algo”, então, cada vez que nasce um usuário, nasce um produtor de conteúdo. Esse sentimento é só um reflexo do desejo de se fazer parte de um grupo, é humano, é natural. Gere conteúdo, mas se esqueça que não existe uma conversa se só você tiver falando, então estimule os usuários a gerarem conteúdo, engajamento e não só a espalharem sua opinião, forneça materiais da sua marca ou informações bacanas relevantes do seu movimento ou ideia. Assim o sentimento de pertencimento de uma comunidade, só fica cada vez mais forte. Os hábitos começarão a aparecer e uma cultura é criada.
Zeca Pagodinho diz: Deixe a vida te levar (Vida leva eu). Eu discordo, se você deixar a vida te levar, ela vai te levar pra onde você não quer. Se você já faz parte de uma comunidade, ela produz conteúdo, já está formando sua própria cultura, e você quer que a comunidade alcance um objetivo, lidere o movimento.
O Jovem Nerd não inventou os Nerds, ele os liderou. A Kéfera não inventou os adolescentes, ela os liderou. O Felipe Neto não inventou as pessoas brancas privilegiadas com problemas fúteis de primeiro mundo que reclamam de qualquer coisa, ele liderou essas pessoas.
Mas é muito mais fácil falar de liderança no PPT do que fazer, então separei algumas atitudes para você tomar as rédeas da comunidade:
Ache as pequenas rotinas diárias e se aproprie disso. Essas pequenas rotinas quando reverberadas, fortalecem os laços entre os colaboradores e a cultura, fazendo com que as pessoas se espelhem em você;
Reconheça os indivíduos do grupo, as pessoas querem reconhecimento e elas se conectarão mais com quem as ajudar se tornar um melhor colaborador.
Crie influenciadores internos. Reuna um pequeno grupo de pessoas engajadas para discutir questões internas da comunidade. Se quer ir rápido vá sozinho, mas se quiser ir mais longe, vá acompanhado;
Crie uma linguagem adaptada a sua comunidade. Vai fazer com quem conhece a cultura se sinta mais especial do que quem não faz parte;
Se possível, promova encontros entre os membros, conhecer a pessoa por trás do avatar gera confiança, segurança e lealdade;
Irão existir conflitos, é natural de uma comunidade diversificada e saudável. Entenda a natureza do conflito, entenda que por trás de cada discussão existe uma pessoa que quis fazer parte da conversa, ou buscar afirmação, Status, ou que tenha se expressado por impulso, ou vontade mesmo de argumentar e entender. A melhor maneira de se posicionar é entender que por trás da interação há o desejo do envolvimento, assim você pode tomar a atitude mais correta com relação aquilo. E claro: Não alimente os Trolls, esses não ligam pra nada mesmo.
Seja humilde. Para formar comunidades é preciso estar aos pés dela e não acima dela despejando informação. Observe, pergunte, construa e pegue junto. Reputações são voláteis, se dedique.
O Mc Donalds usou esse raciocínio. Começou o ciclo com o Objetivo de se estabelecer na URSS, se conectou com um pequeno grupo DE RUSSOS, na geração de dados e troca de informações com esse grupo, criou hábitos e gerou insights, liderou o movimento e fez que essa filial do Mc fosse a maior em faturamento do mundo até alguns anos após o lançamento, revolucionou a cultura de atendimento Russo e ajudou a botar o último prego no caixão do comunismo na URSS.
Talvez essas dicas, nossa reflexão sobre nós mesmos e sobre a cultura digital, no nosso dia-a-dia, não nos tragam resultados expressivos como esses, mas o mais arriscado nessa vida é não arriscar.
Ah e vocês querem saber o sentido da vida?
Pra frente. Evolução, mudança, adaptação e sobrevivência, tudo isso por meio de conexões, troca de ideias, novas visões, seja nas redes sociais ou no mundo offline.
Pode parecer clichê, mas como diz uma amiga minha: “Somente os clichês são verdade”.