O documento apresenta uma resenha do filme "O Lado Bom da Vida", resumindo a história sobre um homem chamado Pat que sai de uma instituição psiquiátrica e tenta reconquistar sua esposa com a ajuda de Tiffany, cunhada de seu melhor amigo. A resenha elogia as atuações de Bradley Cooper e Jennifer Lawrence, mas critica algumas diferenças em relação ao livro. No geral, o autor aprecia a mensagem positiva do filme.
1. Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR
Curso: Farmácia Turno: Matutino
Disciplina: Farmacologia II Docente: Kelle Oliveira Silva
Discente: Izabelita Maia Gil Semestre: 5º
Resenha do filme Lado bom da vida
Primeiro, devo dizer que estou nervoso, porque essa é a minha primeira resenha de filme. Eu
já escrevi sobre filmes em outros tipos de posts, mas nunca numa resenha. Vamos ver se eu
me saio bem falando de um dos meus mais recentes filmes favoritos. :P
“O Lado Bom da Vida” é um filme escrito e dirigido por David O. Russel (“O Vencedor”),
baseado no livro homônimo de Matthew Quick. A história é sobre Pat Solitano, um homem na
casa dos trinta anos que acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Seu lema de vida é
“Excelsior”, cuja ideia é de “grandiosidade” e “mais ao alto”, que combinam bem com a vida
que Pat quer levar agora: manter-se sempre positivo e fazer de tudo para melhorar e
reconquistar sua (ex-)esposa, Nikki.
Porém, vai ser difícil conseguir alcançar isso, pois o incidente que o levou a cuidar de sua
saúde mental fez também com que ele tivesse uma ordem de restrição que impede seu contato
com Nikki. É aí que entra Tiffany, a cunhada de seu melhor amigo Ronnie. Ela também passou
por um momento difícil e a personalidade conflitante dos dois entra em atrito num primeiro
momento, mas eles acabam se entendendo e fazendo um acordo que beneficia ambos. A
história vai se desenrolando a partir disso, Tiffany ajuda Pat a falar com Nikki e Pat ajuda
Tiffany em um concurso de dança.
Devo confessar que não gostei tanto do filme quando eu assisti pela primeira vez. O fato de eu
ter amado o livro (como disse na resenha) aliado às altas expectativas que eu tinha fizeram
com que eu me decepcionasse um pouco. Há várias diferenças e eu só conseguia pensar “Ei,
Russel, você estragou tudo!”.
Só comecei a gostar de verdade do filme depois de pensar um pouco sobre ele, relaxar e
assistir novamente. Não que “O Lado Bom da Vida” seja um filme difícil, pelo contrário, ele é
bem simples e por conta disso não agradou algumas pessoas. Meu erro foi não esquecer o
livro, mas depois que o fiz, me apaixonei mais e mais pelo filme.
Vi bastante gente reclamando que o filme é muito “água com açúcar” e que o final é clichê. “O
Lado Bom da Vida” não tem nada de extraordinário nem promete nada que revolucione, é
apenas um drama (com certos toques de humor) que está contando uma história diferente,
sobre duas pessoas com transtornos psicológicos. E não há como negar que o final é clichê e
2. previsível, mas a história pedia isso. O protagonista adora finais felizes (e há uma cena que
enfatiza bem isso), então, dar um final feliz e simples para a história foi uma escolha perfeita.
O roteiro me agradou bastante, porque é bem ágil e funciona. Russel se saiu muito bem na
tarefa de adaptar o livro, porque, mesmo tendo deixado grandes detalhes para trás, ele
conseguiu passar o essencial da história para as telas.
A direção propriamente dita de Russel também merece ser comentada. O uso das câmeras foi
muito bem trabalhado, tanto por causa das câmeras na altura do ombro de um dos atores nos
diálogos quanto pelo auxílio que elas deram para contar a história. Nas primeiras cenas do
filme, a câmera é meio trêmula e se movimenta bastante, mas depois se torna estável e o
desconforto inicial vai embora. Essa mudança coincide também com a mudança do estado de
espírito de Pat; no início ele está confuso e não sabe direito o que fazer, depois, ele encontra
seu caminho.
As atuações também são pontos altos, senão o filme não teria recebido indicações em todas as
categorias de atuação do Oscar desse ano. Bradley Cooper mostra que pode ser um bom ator
e a Jennifer Lawrence prova que pode melhorar a cada filme que ela faz. A mudança dela entre
os papéis é bem visível, não há nada da Katniss na Tiffany nem vice-versa. O pai de Pat
recebeu um destaque maior do que no livro e Robert De Niro se saiu muito bem no papel. A
única que eu não vi nada demais foi a Jacki Weaver, que nem chega a ter uma cena de
destaque.
“O Lado Bom da Vida” é um filme para se assistir sem ter qualquer pretensão de encontrar um
novo favorito nem nada. Diria que é bem para quem está procurando algo descontraído mas
sem perder o drama.