Terceiro livro do escritor augusto nunes filho - titul (1) - cópia
Dúvidas sobre sentimentos e responsabilidades
1. Um tanto quanto confuso.
Duvidas, duvidas, duvidas... Por que de tanta confusão e bagunça? Normal?
Acredito que sim, ou não? Grrr, o que é isso? Do que se trata exatamente?
Vazio? Na garganta? “garganta vazia”? Pode soar estranho, porem penso que os
sentimentos estejam todos guardados nela, se manifestando quando sinto a dor
maçante da agonia, vinda de tristezas, ou mesmo a ânsia e adrenalina das
felicidades, às vezes espalhando-se, mas sempre começando por ela.
Dizem que, pessoas caladas possuem mentes barulhentas, bom não sei se sou
muito calada, mas com certeza tenho uma mente bastante barulhenta, até de mais,
principalmente na hora que eu supostamente deveria estar dormindo (como agora),
mas não consigo, pois o fuzuê dentro da cabeça não deixa.
Curiosidade, isso eu tenho e muito, quero saber e conhecer tudo. O quão
maravilhoso seria ser literalmente a “sabe tudo”, se eu pudesse fazer todas as
faculdades existentes, aprender sobre todas as crenças e religiões, tais quais as
pessoas acreditam e dedicam sua vida as, seria incrível. Penso que não seria legal
nascer sendo a sabe tudo, o processo de aprendizado e muito prazeroso e
satisfatório.
Que negocio é esse de “se eu pudesse”? Eu posso, eu devo poder, por que tenho
que me sentir tão oprimida por pessoas que na maioria das vezes nem da minha
família são, pra que tanta lealdade, a pondo de me policiar a todo tempo, com medo
de fazer algo que eu acredite que possa decepcionar as pessoas a minha volta.
Eu essa coisa de querer ser sempre forte e perfeita em todos os aspectos, o que
será que aconteceria se eu deixasse esse perfeccionismo de lado? Teria algum
sentimento de liberdade? De um peso retirado das costas? Ou de derrota e
fracasso? Seria feliz ou infeliz?
Nunca tive isso que vejo na maioria das pessoas da minha idade, isso de não estar
nem ai para o que pode acontecer ou o que meus familiares e essas pessoas
pensariam. Sei lá, eles parecem mais livre com tanta falta de responsabilidade.
Perguntaram de onde vem tanta responsabilidade? Pelo amor ou pela dor? Não sei,
não acho que eu possa ser considerada uma pessoa que tenha sofrido, não há
nenhuma história dramática no meu passado, também não acho que um pouco mais
de amor teria feito falta.
Desde pequena, sempre que eu via os maus exemplos e suas consequências, por
mais “próximas” que fossem as fontes dos mesmos, nunca pensei que se ele(a) fez
significa que eu posso fazer também, ao contrario, terminou mal, não vou querer o
mesmo para mim, quero felicidades duradouras e não momentâneas.
Fernanda S. Matos