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Rede de ONGs da Mata Atlântica
Scrs 515 - Bloco B - Nº 27 - 2º Andar 70381-520 Brasília DF Telefone: 3445 1907
www.rma.org.br
Resultados do Projeto
A Mata Atlântica e Sua Biodiversidade no
Contexto da Mitigação das Mudanças Climáticas:
a contribuição da sociedade civil
Coordenação Nacional RMA | Biênio 2007/2009
REGIÃO SUL
Titulares:
Pau Campeche (SC)
Eloísa Neves Mendonça
paucampeche@yahoo.com.br
IASB (MS)
Liliane Lacerda
iasb@iasb.org.br
Fuconams (MS)
Leonardo Sampaio Costa
fuconams@terra.com.br
Suplentes:
Mater Natura (PR)
Carolina Muller
carolcmuller@yahoo.com.br
Mira Serra (RS)
Lisiane Becker
ecologus@terra.com.br
Associação Ação Nascente
Maquiné (ANAMA)
Natavie de Cesaro Kaemmerer
contato@onganama.org.br
REGIÃO SUDESTE
Titulares:
Ipema (ES)
Elizete Siqueira – Coordenadora
Geral
elizetesiqueira@hotmail.com
Vale Verde (SP)
Marcos Antônio dos Reis
administracao@valeverde.org.br
Instituto Terra (RJ)
Mauricio Ruiz
mauricio@institutoterra.org.br
Suplentes:
Proter (SP)
Ana Aparecida Rebeschini
Vidágua (SP)
Klaudio Coffani Nunes
kpacidadeacao@gmail.com
AMDA (MG)
Cristina Kistemann Chiodi
juridico@amda.org.br
REGIÃO NORDESTE
Titulares:
IESB (BA)
Adriano Wild
famwild@uol.com.br
GESCQ (PE)
Kenia Valença Correa -
Coordenadora Institucional
kandaluzbr@yahoo.com.br
ASSUMA (CE)
Ednaldo Vieira
ednaldo.nascimento@bol.com.br
Suplentes:
MOPEC (SE)
Lizaldo Vieira
mopec_se@yahoo.com.br
APAN (PB)
Maria do Perpétuo Socorro
Fernandes
sos_fernandes@ig.com.br
FURPA (PI)
Francisco Soares
francisco.furpa@gmail.com
Cartilha Resultados do Projeto
A Mata Atlântica e Sua Biodiversidade no Contexto da Mitigação das Mudanças Climáticas:
a contribuição da sociedade civil
Coordenação de produção e edição: Fabrício Fonseca Ângelo (MTb 937/AL)
Estagiária: Andressa Gracina
Projeto gráfico e diagramação Flavia Amadeu
Fotos gentilmente cedidas pelos autores e entidades
Secretaria Executiva da RMA
SCRS 515, Bloco B, Entrada 27, 2º andar (acesso pela W2) CEP: 70381-520 Brasília - DF
Telefones: (61) 3445-1907 e 3445 2315 Fax: (61) 3345-3987 rma@rma.org.br
Secretaria Executiva
Bruno de Amorim Maciel | Eliana Jorge Leite | Amarilis Araújo
Apresentação
Durante os meses de setembro e outu-
bro de 2008, a Rede de ONGs da Mata
Atlântica (RMA) reuniu diversos represen-
tantes do governo, de empresas e de suas
filiadas para capacitá-los sobre a mata
atlântica e a atual realidade das mudanças
climáticas, com foco em projetos Florestais
de Carbono.
Foram realizadas cinco oficinas nos
estados da Bahia, São Paulo, Pernambu-
co, Rio Grande do Sul e Minas Gerais,
a iniciativa fez parte do projeto “A Mata
Atlântica e sua biodiversidade no contexto
da mitigação das Mudanças Climáticas - A
contribuição da Sociedade Civil”, coorde-
nado pela Rede.
Com o objetivo de contribuir com a
conservação e recuperação da mata atlân-
tica valorizando a biodiversidade, as insti-
tuições tiveram oportunidade para debates
e apresentações de seus projetos que prio-
rizam o bioma.
A ação além de gerar condições para a
elaboração e implementação do Programa
da MataAtlântica, apóia a capacitação da so-
ciedade civil organizada sobre a temática das
mudanças de clima e mercado de carbono.
A coordenadora da RMA, Elizete Siquei-
ra, afirmou que a capacitação além de ser
um meio de inclusão da sociedade à causa
ambiental possibilita a implementação de
novos projetos para o mercado de carbono.
Alguns projetos, já em andamento por
todo Brasil, foram localizados pela RMA e
o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para
que fossem referência no desenvolvimen-
to das oficinas. O coordenador do projeto,
Bruno Maciel, afirma que a importância de
projetos como esses está no resultado final
da implementação de novas ações.
2
Oficinas
Minas Gerais
A oficina de
capacitação
chegou à Mi-
nas Gerais nos
dias 06 e 07
de outubro.
Durante o
evento,aRMA
contou com a
participação
substancial de suas filiadas da região sudeste e
também com presença de participantes do ES.
Nessa oficina, a Lei da Mata Atlântica foi
apresentada pela assessora jurídica da Associa-
ção Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA),
Cristina Chiodi. O mercado de carbono foi
mostrado pelo consultor técnico do MMA,
Lauro Rodrigues.
Durante um dos debates, os participantes
muito envolvidos com a temática, entraram em
um acordo a respeito da criação de métodos
que ajudem pequenos municípios na luta pelo
meio ambiente. O principal argumento levanta-
do foi o fato de que muitas vezes as pequenas
comunidades não possuem estrutura e recursos
(até humanos) para trabalharem com a questão
da preservação ambiental.
Para Elizete Siqueira, o importante é não
isolar os municípios mais carentes. Ao final
das apresentações e debates, os participantes
tiveram a oportunidade de avaliar o encontro
proposto pela RMA. Segundo a gerente de Edu-
cação e Cultura do Instituto Terra, Gladys Nu-
nes, essa oportunidade favorece a ligação dos
ambientalistas e seus projetos.
Pernambuco
Nos dia 26
e 27 de se-
tembro, a
RMA con-
t e m p l o u
P e r n a m -
buco com
uma ofici-
na de ca-
pacitação,
que teve a participação de todo os estados do
Nordeste, menos Bahia. Sendo a primeira região
a receber o projeto, ONGs, empresas e governo
do nordeste aprenderam e contribuíram para o
desenvolvimento da proposta de mitigação das
mudanças climáticas.
Durante os debates, questões relacionadas
à criação de campanhas valorizando a mata
atlântica e a sua função na sociedade foram
constantemente abordadas. Outro ponto le-
vantado foi o desenvolvimento de parcerias da
RMA com a mídia e outras redes ambientais
para que reforcem a conscientização das co-
munidades sobre a presença da mata atlântica
em seus municípios.
A representante da Associação de Preserva-
ção do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi),
Míriam Prochnow apresentou a Lei 11.428, co-
nhecida como a Lei da Mata Atlântica, para os
participantes e ressaltou a importância do con-
trole da atual situação de risco que alguns muni-
cípios correm com as mudanças climáticas.
Na segunda parte da oficina, o engenheiro
florestal, Gilberto Tiepolo, apresentou o mer-
cado de carbono e demonstrou como é pos-
sível elaborar projetos que contribuem para o
sequestro do gás carbônico (CO2).
Um dos projetos já desenvolvidos no nordes-
te e apresentado na oficina foi o da comunida-
de Açude Grande. Ambientalistas da Sociedade
Nordestina de Ecologia (SNE) trabalham a agri-
cultura socioambiental com produtores rurais de
um assentamento em Pernambuco. O resultado
é o desenvolvimento de sistemas agroflorestais.
3
Porto Alegre
O projeto da RMA chegou à região sul do
país, nos dias 09 e 10 de outubro. Diversas ONGs
estiveram reunidas com representantes da Fun-
dação Zoobotância do Rio Grande do Sul (FZB/
RS) e também da Fundação Estadual de Proteção
Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam).
A abertura do encontro em Porto Alegre foi
um diferencial, ficou por conta da diretora do
Museu da FZB/RS, Drª Maria de Lourdes.
Já os palestrantes sobre a Lei da Mata Atlân-
tica e o Mercado de Carbono não foram no-
vidade. Miriam Prochnow e Lauro Nogueira,
respectivamente, mais uma vez esclareceram e
tiraram as dúvidas dos presentes.
Dentre os projetos apresentados na oficina
estava o “Planejamento das Águas, com trecho
livre de novos barramentos”. A engenheira quí-
mica, Cláudia Ribeiro representou o Cômite de
Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio
Caí, responsável pelo projeto atuante na região.
Outras instituições que também apresen-
taram os seus projetos foram a Associação de
Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte (Apro-
mac), Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem
(SPVS) e a Prefeitura Municipal de Osório/RS.
Em meio a tantos participantes, represen-
tantes do Conselho da Reserva da Biosfera da
Mata Atlântica/RS também compareceram ao
encontro.
Bahia
Ilhéus foi
mais uma
c i d a d e
nordestina
a receber
as oficinas
de capa-
c i t a ç ã o
promovida pela RMA. Nos dias 15 e 16 de ou-
tubro, a exposição de estratégias econômicas
no âmbito de fortalecer o desenvolvimento de
projetos ambientais foi a grande questão expos-
ta pelos participantes do encontro.
Na ocasião, a Lei da Mata Atlântica foi apresen-
tada por Miriam Prochnow e Lauro Rodrigues ofe-
receu a capacitação sobre o mercado de carbono.
Nas discussões, a necessidade de mostrar
a contribuição econômica do desenvolvimen-
to sustentável nos negócios foi uma das idéias
apresentadas pelo gerente de projetos do Insti-
tuto BioAtlântica, Jéferson Pecin.
Em resumo, sobre a integração entre am-
bientalistas e produtores, Elizete Siqueira afir-
mou que a inclusão social é fundamental no
desenvolvimento ecológico.
Um dos projetos apresentados no encontro,
o Programa Floresta Bahia Global é um exem-
plo de que a unificação de interesses em favor
do meio ambiente geram resultados positivos.
Gerenciado pela Organização Floresta
Viva, o programa tem por objetivo neutralizar
as emissões de CO2. Atuando em 30 hectares
de restauração, a organização reúne agricul-
tores familiares da região para a utilização de
práticas agroecológicas, como o uso de adubo
e mudas orgânicos e assim, garantem renda aos
produtores com a venda da produção.
4
São Paulo
Para finalizar
a trajetória das
oficinas de ca-
pacitação, a
RMA esteve
em São José
dos Campos
nos dias 21 e
22 de outubro.
C a m p a n h a s
na mídia e es-
tratégias econômicas para contribuírem com a
preservação da mata atlântica e mitigação das
mudanças climáticas foram assuntos finalizados
pelo grupo.
A distribuição de cartilhas e a realização de
parcerias com organizações jurídicas para a di-
vulgação e esclarecimentos sobre a Lei da Mata
Atlântica foram estratégias defendidas pelo grupo.
E para que o meio ambiente tenha o reco-
nhecimento econômico da sociedade, a im-
plementação efetiva de impostos ecológicos
(ICMS, Imposto de Renda, etc.) que possam
contribuir para a preservação de biomas, como
a mata atlântica foi uma alternativa levantada
durante o encontro.
Depois de diversas contribuições dos par-
ticipantes, uma avaliação foi feita pelo coor-
denador de projetos do Instituto Eco-solidário,
Marcos da Costa.
Resultados alcançados
Depois de cinco encontros com ONGs, em-
presas e governo de todos os estados em que a
mata atlântica está presente, a RMA obteve o
resultado esperado. Pessoas que sabiam ou não
da existência da Lei 11.428 e do mercado de
carbono tiveram a oportunidade de conhecer e
contribuir para a preservação ambiental.
Para Bruno Maciel, a avaliação que a Rede
faz é positiva sobre o desenvolvimento do pro-
jeto, pois conseguiam identificar vários proje-
tos com potencial para entrar no mercado de
carbono. Segundo ele foram levantadas uma
série de sugestões para o futuro Programa Mata
Atlântica do MMA, que, em logo prazo, vão
contribuir para a recuperação do bioma.
O diferencial das oficinas foi o espaço ofe-
recido para debates sobre as atuais necessida-
des do meio ambiente. Além disso, as palestras
e a divulgação de projetos já existentes foram
ferramentas indispensáveis para o sucesso dos
encontros.
Projetos como esse devem ter continuidade.
Os planos da RMA são de que a mata atlântica,
que já teve grande parte de sua fauna e flora de-
vastadas, possa ter a possibilidade de continuar
existindo e fornecendo a sua vida e beleza para
a humanidade.
5
Propostas consolidadas
Lei da Mata Atlântica
Políticas Públicas e
Articulação Institucional
Fazer parcerias com Anamma e Abema para•	
divulgação e implementação da lei.
Trabalhar os Planos Municipais diretamente•	
nos municípios.
Fazer ações com Ministério Público Estadual/•	
Federal sobre a Lei da Mata Atlântica - capaci-
tação com promotores, procuradores
Parceria com MDA•	
Estabelecimento de plano de ação da RMA,•	
com ONGs e MP, para aplicação da Lei.
Municípios pequenos não têm instrumentos•	
ou recursos humanos para produzir planos
municipais. Pensar modelo regional, respei-
tando diferenças.
Usar a microbacia como espaço de planeja-•	
mento – áreas menores, biologia relativamen-
te uniforme. Já tem arcabouço institucional
bem definido, comitês bacias, etc.
Ter cautela elaboração do fundo, não travar•	
administrativamente. Usar critérios técnicos
acima dos políticos. Usar exemplo do PDA,
não do FNMA
Lei da Mata Atlântica –Mecanismo para abrir•	
para outras entidades.
Fundo da Mata Atlântica poderia ser usado•	
para o Pagamento de Serviços Ambientais.
Lei Pagamento de Serviços Ambientais deve ter•	
normas para valoração da Mata Atlântica.
Criar estrutura para facilitar averbação de RL.•	
Sistema de Recursos Hídricos deve ter infor-•	
mações sobre o bioma, remanescentes etc.
da Mata Atlântica. Cada bacia deve ter infor-
mação sobre o bioma.
Na implementação do fundo para beneficiar•	
proprietários rurais que protegem e/ou recu-
peram. Financiamento, pagamento de servi-
ços ambientais, etc.
Comunicação e Educação
Sugestão de realizar Campanha “Aqui tem•	
mata atlântica”, abordando lei, decreto,
mapa bioma.
Trabalhar material específico para outros pú-•	
blicos: produtores rurais, como fazer coope-
ração com eles.
Aproximar lei de pagamento por serviços•	
ambientais com a Lei da Mata Atlântica e as
campanhas.
Trabalhar instrumentos específicos em todas•	
as mídias (Imprensa, virtual, TV e rádio).
Envolver outras redes para a divulgação e im-•	
plementação da lei (Rebea, Rede Certificação,
Fóruns, Pacto, Diálogo Florestal e outros).
Produzir versão popular da lei, de fácil en-•	
tendimento inclusive para crianças.
Utilizar outras linguagens (teatro, por exemplo).•	
Elaborar material para conferência infanto•	
juvenil.
Fazer parcerias com MEC e SBPC.•	
Ao trabalhar a lei, relacionar com o tema•	
mudança climática.
Produzir Material Educativo específico para•	
a RMA.
Investimento em comunicação visual e ma-•	
terial didático e informativo com a intenção
de mobilizar a sociedade.
Criar mecanismos para que a população es-•	
teja ao “nosso lado”.
Capacitação de agentes locais de fiscaliza-•	
ção e multiplicadores.
6
Aumentar capacidade local para implemen-•	
tar a lei – incluir capacitação para conselhos
relevantes e efetivar com espaço de controle
social.
Incentivar contratação de técnicos.•	
Agentes de fiscalização “voluntários”. Incenti-•	
vos (até financeiros) para o conjunto de pesso-
as que podem sensibilizar e proteger.
Criação de um observatório para monitorar•	
a aplicação da lei. Como os setores se com-
portam? O que cada setor está fazendo?
(Ex. monitorar imprensa e fazer os links).
PROGRAMA DA MATA ATLÂNTICA
Comunicação e Educação
Cadastrar participantes das Oficinas e criar•	
banco de dados para MMA.
Aumentarofertasde capacitaçãoqualificadas/•	
focadas, elaboração de projetos – valorizan-
do as experiências/potencialidades locais.
Promover assessoria a elaboração de projetos.•	
Estender informações das oficinas para•	
conselhos profissionais que possuem liga-
ção com meio ambiente, para elaboração e
apoio de projetos de carbono.
Articular oficina regional a partir de realidade•	
local (parecido com idéia anterior).
Organizar curso de capacitação para elabo-•	
ração de projetos de carbono para agriculto-
res organizados.
Utilizar experiências de outras instituições no•	
processo de capacitação para elaboração de
projetos de carbono (ou semelhantes), como
vistas à restauração.
Criar agente de capacitação.•	
Focar no público adulto, economicamente•	
ativo.
Elaboração de cartilhas educativas, para di-•	
ferentes públicos.
Banco de dados e sistema de comunicação•	
eficientes. Criar site específico.
Promover troca de experiência em oficinas etc.•	
de instituições que trabalham com produção de
mudas, viveiros – ajuda no processo de restaura-
ção – surgem propostas independente do MMA.
Elaborar estudo para avaliar onde sobra re-•	
curso para restauração e avaliar o que preci-
sa mudar para que o recurso seja acessado.
Oportunidades desperdiçadas.
PolíticasPúblicaseArticulaçãoInstitucional
Banco de áreas – realizar mapeamento re-•	
gional de áreas com potencial de restaura-
ção com vistas a projetos de carbono.
Estudo de simplificação/barateamento dos•	
DCPs (participativo)
Associar o seqüestro de carbono a outros•	
serviços ambientais - capacitação para ela-
boração de projetos vinculados ao pagamen-
to de serviços ambientais – trocas de experi-
ências exitosas com recursos hídricos.
Priorizar a utilização dos fundos ambientais•	
(fundo da MA, comitês de bacias etc.) para
incluir pagamento dos serviços ambientais
para agricultores que executem práticas con-
servacionistas e sustentáveis
Incluir a questão dos pagamentos de ser-•	
viços ambientais nos Planos Municipais de
Conservação da Mata Atlântica.
Mapear casos concretos, das comunidades•	
que estão em risco (futuro próximo).
Proporcionar vínculo direto das instituições•	
com poder político em Brasília.
Elaborar programa com vários atores em di-•	
ferentes frentes de atuação.
RMA deve ser parceira técnica e política no•
7
processo de restauração do PMA.
Elaborar programa semelhante ao PDA (não•	
mais demonstrativo) para restauração da
Mata Atlântica. Usar modelo do PDA.
Aproximar o PMA do “Pacto para restaura-•	
ção da Mata Atlântica - o referencial teórico
está pronto – onde, como o que fazer.
Priorizar áreas de entorno de UCs.•	
Priorizar UC des. Sustentável para pagamen-•	
to de serviços ambientais.
Criar padrão de projeto florestais para car-•	
bono, para ser aplicado e adaptado para as
várias regiões.
Iniciativas devem considerar fortemente o•	
REDD – tendência mundial.
Energias alternativas – PCH, por exemplo,•	
deve ser mais bem estudado, causa danos,
degrada floresta, além do gás Metano.
Bolsa floresta: salário mínimo para proprietá-•	
rio fiscalize e mantenha floresta.
Reunir diversos órgãos de fiscalização am-•	
biental: guarda municipal, polícia ambiental,
Ibama, órgãos ambientais, MP, PRF, ONGs,
Polícias Civil e Militar – fiscalização conjunta.
Incentivar e intensificar a participação e par-•	
ceria com redes e universidades.
Priorizar compensações para proprietários:•	
questão de água é primordial.
Trabalhar com ICMS ecológico associado à•	
Lei e ao Plano municipal.
Reunir prefeitos da MA.•	
Inclusão dos aspectos econômicos na dis-•	
cussão. Fazer um arranjo maior, envolvendo
vários atores – produtores, ONGs, empresá-
rios, Governo.
Buscar soluções “mercadológicas”. Argu-•	
mentos econômicos. Acordo direto entre
quem paga e quem recebe – regulamentar
essas soluções. Atuar em conjunto, compar-
tilhar experiências. Focar na questão do que
podemos fazer para o produtor rural ser um
parceiro, debater junto.
Trabalhar com comunidade, ponta. Trabalhar•	
melhor a comunicação. Projeto Reflorestavi-
da, projetos pequenos se somados formam
um projetão.
Para restauração é fundamental inclusão•	
social, ponto de vista cultural, ambiental,
social. Aliar pequeno produtor, benefícios
econômicos inclusive na restauração, pro-
dução de sementes e mudas e outras. Base
importante.
Trabalhar espaço como estratégia de imple-•	
mentação. Projetos devem ter espaço territo-
rial bem definido.
Restauração: entender e abordar peculiarida-•	
des locais. Aí sim, processo de restauração
será completo. Conservar o que existe e res-
taurar quando possível. Várias possibilidades
devem estar refletidas no Programa.
Fazer uso das experiências adquiridas (PDA,•	
por exemplo). Até agora, houve muitos pro-
jetos pilotos – daqui pra frente usar experiên-
cias para elaboração e execução do Progra-
ma Mata Atlântica.
Viabilizar pequenos projetos.•	
Promover a cooperação, e não a competição•	
entre instituições.
Trabalhar o turismo e serviços ambientais•	
nos processos de restauração.
Não se deve limitar a restauração ao mer-•	
cado de carbono - usar nichos que não são
mercado de carbono como ICMS ecológico,
por exemplo.
Usar mecanismos menos burocráticos para pro-•	
piciar acesso a recursos para a restauração.
Trazer outras fontes de financiamento, para•	
dar início ao DCP, por exemplo. Créditos de
Carbono poderiam ser contrapartida.
Criar bolsa de projetos para compradores e ven-•	
dedores - mais transparente e democrático.
Articular um grande projeto para projetos•	
pequenos. Fazer projeto único – tipo progra-
ma de atividades.
DCP tem uma parte que pode ser financiada.•	
Alguns bancos financiam inclusive o a custo
perdido. Facilitar acesso a essas ferramentas.
Detectar agentes financiadores e fazer fórum•	
entre as partes e RMA para proporcionar a
troca.
Criar mecanismos para empresas doarem•	
para o fundo, de modo que repassem para
ONGs.
8
Prever associação do mecanismo à lei do•	
IR ecológico, proporcionando alimentação
do Fundo.
Descentralização cria oportunidades dife-•	
rentes e mais adequadas à realidades locais.
Por exemplo, por meio das bacias.
Conversar com Funbio.•	
Planejamento no sentido de agir primeiro•	
onde é prioritário. Os critérios devem ser
compartilhados, integrados. Direcionar esfor-
ços e recursos para onde é mais necessário.
Estruturar todas as etapas.•	
Não deixar fechados nos pequenos redutos.•	
Promover encontros técnicos. Ao avaliar
projeto, ter critérios claros, usando sempre
mesmo peso e medida.
Proporcionar acesso a informações e SIG, e de•	
forma fácil. MMA poderia ter sistema integra-
do de SIG para projetos (prever no plano). Sis-
tematizar/padronizar dados para sociedade.
Conselhos estaduais de recursos hídricos são•	
caminho para trabalhar restauração e tam-
bém aporte de recursos.

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  • 1.
  • 2. Rede de ONGs da Mata Atlântica Scrs 515 - Bloco B - Nº 27 - 2º Andar 70381-520 Brasília DF Telefone: 3445 1907 www.rma.org.br
  • 3. Resultados do Projeto A Mata Atlântica e Sua Biodiversidade no Contexto da Mitigação das Mudanças Climáticas: a contribuição da sociedade civil
  • 4. Coordenação Nacional RMA | Biênio 2007/2009 REGIÃO SUL Titulares: Pau Campeche (SC) Eloísa Neves Mendonça paucampeche@yahoo.com.br IASB (MS) Liliane Lacerda iasb@iasb.org.br Fuconams (MS) Leonardo Sampaio Costa fuconams@terra.com.br Suplentes: Mater Natura (PR) Carolina Muller carolcmuller@yahoo.com.br Mira Serra (RS) Lisiane Becker ecologus@terra.com.br Associação Ação Nascente Maquiné (ANAMA) Natavie de Cesaro Kaemmerer contato@onganama.org.br REGIÃO SUDESTE Titulares: Ipema (ES) Elizete Siqueira – Coordenadora Geral elizetesiqueira@hotmail.com Vale Verde (SP) Marcos Antônio dos Reis administracao@valeverde.org.br Instituto Terra (RJ) Mauricio Ruiz mauricio@institutoterra.org.br Suplentes: Proter (SP) Ana Aparecida Rebeschini Vidágua (SP) Klaudio Coffani Nunes kpacidadeacao@gmail.com AMDA (MG) Cristina Kistemann Chiodi juridico@amda.org.br REGIÃO NORDESTE Titulares: IESB (BA) Adriano Wild famwild@uol.com.br GESCQ (PE) Kenia Valença Correa - Coordenadora Institucional kandaluzbr@yahoo.com.br ASSUMA (CE) Ednaldo Vieira ednaldo.nascimento@bol.com.br Suplentes: MOPEC (SE) Lizaldo Vieira mopec_se@yahoo.com.br APAN (PB) Maria do Perpétuo Socorro Fernandes sos_fernandes@ig.com.br FURPA (PI) Francisco Soares francisco.furpa@gmail.com Cartilha Resultados do Projeto A Mata Atlântica e Sua Biodiversidade no Contexto da Mitigação das Mudanças Climáticas: a contribuição da sociedade civil Coordenação de produção e edição: Fabrício Fonseca Ângelo (MTb 937/AL) Estagiária: Andressa Gracina Projeto gráfico e diagramação Flavia Amadeu Fotos gentilmente cedidas pelos autores e entidades Secretaria Executiva da RMA SCRS 515, Bloco B, Entrada 27, 2º andar (acesso pela W2) CEP: 70381-520 Brasília - DF Telefones: (61) 3445-1907 e 3445 2315 Fax: (61) 3345-3987 rma@rma.org.br Secretaria Executiva Bruno de Amorim Maciel | Eliana Jorge Leite | Amarilis Araújo
  • 5.
  • 6. Apresentação Durante os meses de setembro e outu- bro de 2008, a Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) reuniu diversos represen- tantes do governo, de empresas e de suas filiadas para capacitá-los sobre a mata atlântica e a atual realidade das mudanças climáticas, com foco em projetos Florestais de Carbono. Foram realizadas cinco oficinas nos estados da Bahia, São Paulo, Pernambu- co, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, a iniciativa fez parte do projeto “A Mata Atlântica e sua biodiversidade no contexto da mitigação das Mudanças Climáticas - A contribuição da Sociedade Civil”, coorde- nado pela Rede. Com o objetivo de contribuir com a conservação e recuperação da mata atlân- tica valorizando a biodiversidade, as insti- tuições tiveram oportunidade para debates e apresentações de seus projetos que prio- rizam o bioma. A ação além de gerar condições para a elaboração e implementação do Programa da MataAtlântica, apóia a capacitação da so- ciedade civil organizada sobre a temática das mudanças de clima e mercado de carbono. A coordenadora da RMA, Elizete Siquei- ra, afirmou que a capacitação além de ser um meio de inclusão da sociedade à causa ambiental possibilita a implementação de novos projetos para o mercado de carbono. Alguns projetos, já em andamento por todo Brasil, foram localizados pela RMA e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para que fossem referência no desenvolvimen- to das oficinas. O coordenador do projeto, Bruno Maciel, afirma que a importância de projetos como esses está no resultado final da implementação de novas ações.
  • 7. 2 Oficinas Minas Gerais A oficina de capacitação chegou à Mi- nas Gerais nos dias 06 e 07 de outubro. Durante o evento,aRMA contou com a participação substancial de suas filiadas da região sudeste e também com presença de participantes do ES. Nessa oficina, a Lei da Mata Atlântica foi apresentada pela assessora jurídica da Associa- ção Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA), Cristina Chiodi. O mercado de carbono foi mostrado pelo consultor técnico do MMA, Lauro Rodrigues. Durante um dos debates, os participantes muito envolvidos com a temática, entraram em um acordo a respeito da criação de métodos que ajudem pequenos municípios na luta pelo meio ambiente. O principal argumento levanta- do foi o fato de que muitas vezes as pequenas comunidades não possuem estrutura e recursos (até humanos) para trabalharem com a questão da preservação ambiental. Para Elizete Siqueira, o importante é não isolar os municípios mais carentes. Ao final das apresentações e debates, os participantes tiveram a oportunidade de avaliar o encontro proposto pela RMA. Segundo a gerente de Edu- cação e Cultura do Instituto Terra, Gladys Nu- nes, essa oportunidade favorece a ligação dos ambientalistas e seus projetos. Pernambuco Nos dia 26 e 27 de se- tembro, a RMA con- t e m p l o u P e r n a m - buco com uma ofici- na de ca- pacitação, que teve a participação de todo os estados do Nordeste, menos Bahia. Sendo a primeira região a receber o projeto, ONGs, empresas e governo do nordeste aprenderam e contribuíram para o desenvolvimento da proposta de mitigação das mudanças climáticas. Durante os debates, questões relacionadas à criação de campanhas valorizando a mata atlântica e a sua função na sociedade foram constantemente abordadas. Outro ponto le- vantado foi o desenvolvimento de parcerias da RMA com a mídia e outras redes ambientais para que reforcem a conscientização das co- munidades sobre a presença da mata atlântica em seus municípios. A representante da Associação de Preserva- ção do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), Míriam Prochnow apresentou a Lei 11.428, co- nhecida como a Lei da Mata Atlântica, para os participantes e ressaltou a importância do con- trole da atual situação de risco que alguns muni- cípios correm com as mudanças climáticas. Na segunda parte da oficina, o engenheiro florestal, Gilberto Tiepolo, apresentou o mer- cado de carbono e demonstrou como é pos- sível elaborar projetos que contribuem para o sequestro do gás carbônico (CO2). Um dos projetos já desenvolvidos no nordes- te e apresentado na oficina foi o da comunida- de Açude Grande. Ambientalistas da Sociedade Nordestina de Ecologia (SNE) trabalham a agri- cultura socioambiental com produtores rurais de um assentamento em Pernambuco. O resultado é o desenvolvimento de sistemas agroflorestais.
  • 8. 3 Porto Alegre O projeto da RMA chegou à região sul do país, nos dias 09 e 10 de outubro. Diversas ONGs estiveram reunidas com representantes da Fun- dação Zoobotância do Rio Grande do Sul (FZB/ RS) e também da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam). A abertura do encontro em Porto Alegre foi um diferencial, ficou por conta da diretora do Museu da FZB/RS, Drª Maria de Lourdes. Já os palestrantes sobre a Lei da Mata Atlân- tica e o Mercado de Carbono não foram no- vidade. Miriam Prochnow e Lauro Nogueira, respectivamente, mais uma vez esclareceram e tiraram as dúvidas dos presentes. Dentre os projetos apresentados na oficina estava o “Planejamento das Águas, com trecho livre de novos barramentos”. A engenheira quí- mica, Cláudia Ribeiro representou o Cômite de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Caí, responsável pelo projeto atuante na região. Outras instituições que também apresen- taram os seus projetos foram a Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte (Apro- mac), Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS) e a Prefeitura Municipal de Osório/RS. Em meio a tantos participantes, represen- tantes do Conselho da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica/RS também compareceram ao encontro. Bahia Ilhéus foi mais uma c i d a d e nordestina a receber as oficinas de capa- c i t a ç ã o promovida pela RMA. Nos dias 15 e 16 de ou- tubro, a exposição de estratégias econômicas no âmbito de fortalecer o desenvolvimento de projetos ambientais foi a grande questão expos- ta pelos participantes do encontro. Na ocasião, a Lei da Mata Atlântica foi apresen- tada por Miriam Prochnow e Lauro Rodrigues ofe- receu a capacitação sobre o mercado de carbono. Nas discussões, a necessidade de mostrar a contribuição econômica do desenvolvimen- to sustentável nos negócios foi uma das idéias apresentadas pelo gerente de projetos do Insti- tuto BioAtlântica, Jéferson Pecin. Em resumo, sobre a integração entre am- bientalistas e produtores, Elizete Siqueira afir- mou que a inclusão social é fundamental no desenvolvimento ecológico. Um dos projetos apresentados no encontro, o Programa Floresta Bahia Global é um exem- plo de que a unificação de interesses em favor do meio ambiente geram resultados positivos. Gerenciado pela Organização Floresta Viva, o programa tem por objetivo neutralizar as emissões de CO2. Atuando em 30 hectares de restauração, a organização reúne agricul- tores familiares da região para a utilização de práticas agroecológicas, como o uso de adubo e mudas orgânicos e assim, garantem renda aos produtores com a venda da produção.
  • 9. 4 São Paulo Para finalizar a trajetória das oficinas de ca- pacitação, a RMA esteve em São José dos Campos nos dias 21 e 22 de outubro. C a m p a n h a s na mídia e es- tratégias econômicas para contribuírem com a preservação da mata atlântica e mitigação das mudanças climáticas foram assuntos finalizados pelo grupo. A distribuição de cartilhas e a realização de parcerias com organizações jurídicas para a di- vulgação e esclarecimentos sobre a Lei da Mata Atlântica foram estratégias defendidas pelo grupo. E para que o meio ambiente tenha o reco- nhecimento econômico da sociedade, a im- plementação efetiva de impostos ecológicos (ICMS, Imposto de Renda, etc.) que possam contribuir para a preservação de biomas, como a mata atlântica foi uma alternativa levantada durante o encontro. Depois de diversas contribuições dos par- ticipantes, uma avaliação foi feita pelo coor- denador de projetos do Instituto Eco-solidário, Marcos da Costa. Resultados alcançados Depois de cinco encontros com ONGs, em- presas e governo de todos os estados em que a mata atlântica está presente, a RMA obteve o resultado esperado. Pessoas que sabiam ou não da existência da Lei 11.428 e do mercado de carbono tiveram a oportunidade de conhecer e contribuir para a preservação ambiental. Para Bruno Maciel, a avaliação que a Rede faz é positiva sobre o desenvolvimento do pro- jeto, pois conseguiam identificar vários proje- tos com potencial para entrar no mercado de carbono. Segundo ele foram levantadas uma série de sugestões para o futuro Programa Mata Atlântica do MMA, que, em logo prazo, vão contribuir para a recuperação do bioma. O diferencial das oficinas foi o espaço ofe- recido para debates sobre as atuais necessida- des do meio ambiente. Além disso, as palestras e a divulgação de projetos já existentes foram ferramentas indispensáveis para o sucesso dos encontros. Projetos como esse devem ter continuidade. Os planos da RMA são de que a mata atlântica, que já teve grande parte de sua fauna e flora de- vastadas, possa ter a possibilidade de continuar existindo e fornecendo a sua vida e beleza para a humanidade.
  • 10. 5 Propostas consolidadas Lei da Mata Atlântica Políticas Públicas e Articulação Institucional Fazer parcerias com Anamma e Abema para• divulgação e implementação da lei. Trabalhar os Planos Municipais diretamente• nos municípios. Fazer ações com Ministério Público Estadual/• Federal sobre a Lei da Mata Atlântica - capaci- tação com promotores, procuradores Parceria com MDA• Estabelecimento de plano de ação da RMA,• com ONGs e MP, para aplicação da Lei. Municípios pequenos não têm instrumentos• ou recursos humanos para produzir planos municipais. Pensar modelo regional, respei- tando diferenças. Usar a microbacia como espaço de planeja-• mento – áreas menores, biologia relativamen- te uniforme. Já tem arcabouço institucional bem definido, comitês bacias, etc. Ter cautela elaboração do fundo, não travar• administrativamente. Usar critérios técnicos acima dos políticos. Usar exemplo do PDA, não do FNMA Lei da Mata Atlântica –Mecanismo para abrir• para outras entidades. Fundo da Mata Atlântica poderia ser usado• para o Pagamento de Serviços Ambientais. Lei Pagamento de Serviços Ambientais deve ter• normas para valoração da Mata Atlântica. Criar estrutura para facilitar averbação de RL.• Sistema de Recursos Hídricos deve ter infor-• mações sobre o bioma, remanescentes etc. da Mata Atlântica. Cada bacia deve ter infor- mação sobre o bioma. Na implementação do fundo para beneficiar• proprietários rurais que protegem e/ou recu- peram. Financiamento, pagamento de servi- ços ambientais, etc. Comunicação e Educação Sugestão de realizar Campanha “Aqui tem• mata atlântica”, abordando lei, decreto, mapa bioma. Trabalhar material específico para outros pú-• blicos: produtores rurais, como fazer coope- ração com eles. Aproximar lei de pagamento por serviços• ambientais com a Lei da Mata Atlântica e as campanhas. Trabalhar instrumentos específicos em todas• as mídias (Imprensa, virtual, TV e rádio). Envolver outras redes para a divulgação e im-• plementação da lei (Rebea, Rede Certificação, Fóruns, Pacto, Diálogo Florestal e outros). Produzir versão popular da lei, de fácil en-• tendimento inclusive para crianças. Utilizar outras linguagens (teatro, por exemplo).• Elaborar material para conferência infanto• juvenil. Fazer parcerias com MEC e SBPC.• Ao trabalhar a lei, relacionar com o tema• mudança climática. Produzir Material Educativo específico para• a RMA. Investimento em comunicação visual e ma-• terial didático e informativo com a intenção de mobilizar a sociedade. Criar mecanismos para que a população es-• teja ao “nosso lado”. Capacitação de agentes locais de fiscaliza-• ção e multiplicadores.
  • 11. 6 Aumentar capacidade local para implemen-• tar a lei – incluir capacitação para conselhos relevantes e efetivar com espaço de controle social. Incentivar contratação de técnicos.• Agentes de fiscalização “voluntários”. Incenti-• vos (até financeiros) para o conjunto de pesso- as que podem sensibilizar e proteger. Criação de um observatório para monitorar• a aplicação da lei. Como os setores se com- portam? O que cada setor está fazendo? (Ex. monitorar imprensa e fazer os links). PROGRAMA DA MATA ATLÂNTICA Comunicação e Educação Cadastrar participantes das Oficinas e criar• banco de dados para MMA. Aumentarofertasde capacitaçãoqualificadas/• focadas, elaboração de projetos – valorizan- do as experiências/potencialidades locais. Promover assessoria a elaboração de projetos.• Estender informações das oficinas para• conselhos profissionais que possuem liga- ção com meio ambiente, para elaboração e apoio de projetos de carbono. Articular oficina regional a partir de realidade• local (parecido com idéia anterior). Organizar curso de capacitação para elabo-• ração de projetos de carbono para agriculto- res organizados. Utilizar experiências de outras instituições no• processo de capacitação para elaboração de projetos de carbono (ou semelhantes), como vistas à restauração. Criar agente de capacitação.• Focar no público adulto, economicamente• ativo. Elaboração de cartilhas educativas, para di-• ferentes públicos. Banco de dados e sistema de comunicação• eficientes. Criar site específico. Promover troca de experiência em oficinas etc.• de instituições que trabalham com produção de mudas, viveiros – ajuda no processo de restaura- ção – surgem propostas independente do MMA. Elaborar estudo para avaliar onde sobra re-• curso para restauração e avaliar o que preci- sa mudar para que o recurso seja acessado. Oportunidades desperdiçadas. PolíticasPúblicaseArticulaçãoInstitucional Banco de áreas – realizar mapeamento re-• gional de áreas com potencial de restaura- ção com vistas a projetos de carbono. Estudo de simplificação/barateamento dos• DCPs (participativo) Associar o seqüestro de carbono a outros• serviços ambientais - capacitação para ela- boração de projetos vinculados ao pagamen- to de serviços ambientais – trocas de experi- ências exitosas com recursos hídricos. Priorizar a utilização dos fundos ambientais• (fundo da MA, comitês de bacias etc.) para incluir pagamento dos serviços ambientais para agricultores que executem práticas con- servacionistas e sustentáveis Incluir a questão dos pagamentos de ser-• viços ambientais nos Planos Municipais de Conservação da Mata Atlântica. Mapear casos concretos, das comunidades• que estão em risco (futuro próximo). Proporcionar vínculo direto das instituições• com poder político em Brasília. Elaborar programa com vários atores em di-• ferentes frentes de atuação. RMA deve ser parceira técnica e política no•
  • 12. 7 processo de restauração do PMA. Elaborar programa semelhante ao PDA (não• mais demonstrativo) para restauração da Mata Atlântica. Usar modelo do PDA. Aproximar o PMA do “Pacto para restaura-• ção da Mata Atlântica - o referencial teórico está pronto – onde, como o que fazer. Priorizar áreas de entorno de UCs.• Priorizar UC des. Sustentável para pagamen-• to de serviços ambientais. Criar padrão de projeto florestais para car-• bono, para ser aplicado e adaptado para as várias regiões. Iniciativas devem considerar fortemente o• REDD – tendência mundial. Energias alternativas – PCH, por exemplo,• deve ser mais bem estudado, causa danos, degrada floresta, além do gás Metano. Bolsa floresta: salário mínimo para proprietá-• rio fiscalize e mantenha floresta. Reunir diversos órgãos de fiscalização am-• biental: guarda municipal, polícia ambiental, Ibama, órgãos ambientais, MP, PRF, ONGs, Polícias Civil e Militar – fiscalização conjunta. Incentivar e intensificar a participação e par-• ceria com redes e universidades. Priorizar compensações para proprietários:• questão de água é primordial. Trabalhar com ICMS ecológico associado à• Lei e ao Plano municipal. Reunir prefeitos da MA.• Inclusão dos aspectos econômicos na dis-• cussão. Fazer um arranjo maior, envolvendo vários atores – produtores, ONGs, empresá- rios, Governo. Buscar soluções “mercadológicas”. Argu-• mentos econômicos. Acordo direto entre quem paga e quem recebe – regulamentar essas soluções. Atuar em conjunto, compar- tilhar experiências. Focar na questão do que podemos fazer para o produtor rural ser um parceiro, debater junto. Trabalhar com comunidade, ponta. Trabalhar• melhor a comunicação. Projeto Reflorestavi- da, projetos pequenos se somados formam um projetão. Para restauração é fundamental inclusão• social, ponto de vista cultural, ambiental, social. Aliar pequeno produtor, benefícios econômicos inclusive na restauração, pro- dução de sementes e mudas e outras. Base importante. Trabalhar espaço como estratégia de imple-• mentação. Projetos devem ter espaço territo- rial bem definido. Restauração: entender e abordar peculiarida-• des locais. Aí sim, processo de restauração será completo. Conservar o que existe e res- taurar quando possível. Várias possibilidades devem estar refletidas no Programa. Fazer uso das experiências adquiridas (PDA,• por exemplo). Até agora, houve muitos pro- jetos pilotos – daqui pra frente usar experiên- cias para elaboração e execução do Progra- ma Mata Atlântica. Viabilizar pequenos projetos.• Promover a cooperação, e não a competição• entre instituições. Trabalhar o turismo e serviços ambientais• nos processos de restauração. Não se deve limitar a restauração ao mer-• cado de carbono - usar nichos que não são mercado de carbono como ICMS ecológico, por exemplo. Usar mecanismos menos burocráticos para pro-• piciar acesso a recursos para a restauração. Trazer outras fontes de financiamento, para• dar início ao DCP, por exemplo. Créditos de Carbono poderiam ser contrapartida. Criar bolsa de projetos para compradores e ven-• dedores - mais transparente e democrático. Articular um grande projeto para projetos• pequenos. Fazer projeto único – tipo progra- ma de atividades. DCP tem uma parte que pode ser financiada.• Alguns bancos financiam inclusive o a custo perdido. Facilitar acesso a essas ferramentas. Detectar agentes financiadores e fazer fórum• entre as partes e RMA para proporcionar a troca. Criar mecanismos para empresas doarem• para o fundo, de modo que repassem para ONGs.
  • 13. 8 Prever associação do mecanismo à lei do• IR ecológico, proporcionando alimentação do Fundo. Descentralização cria oportunidades dife-• rentes e mais adequadas à realidades locais. Por exemplo, por meio das bacias. Conversar com Funbio.• Planejamento no sentido de agir primeiro• onde é prioritário. Os critérios devem ser compartilhados, integrados. Direcionar esfor- ços e recursos para onde é mais necessário. Estruturar todas as etapas.• Não deixar fechados nos pequenos redutos.• Promover encontros técnicos. Ao avaliar projeto, ter critérios claros, usando sempre mesmo peso e medida. Proporcionar acesso a informações e SIG, e de• forma fácil. MMA poderia ter sistema integra- do de SIG para projetos (prever no plano). Sis- tematizar/padronizar dados para sociedade. Conselhos estaduais de recursos hídricos são• caminho para trabalhar restauração e tam- bém aporte de recursos.