SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 43
Life, is like giving a concert on the violin while learning to
play the instrument (Samuel Butler)
Dra. Maria de Mello
mariademello@technocare.net.br
 Abordagens terapêuticas mais recentes concentram no
desempenho da tarefa, o que muitas vezes requer a
utilização de uma cadeira de rodas motorizadas por
crianças, que de outra forma não podem executar a sua
rotina diária com eficiência semelhante aos seus pares
não deficientes.
 Cadeiras de rodas manuais não fornecem eficiência
adequada para crianças com fadiga, comprometimento
da capacidade respiratória, a coordenação motora ou
força limitada.
 A capacidade de uma
criança para conduzir uma
cadeira de rodas motorizada
não está relacionada com a
idade cronológica; e sim,
está relacionada com
prontidão cognitiva.
 Supervisão de acordo com a
idade é natural e pode ser
necessária para a segurança,
e para melhorar o
aprendizado do uso da
cadeira motorizada.
 Nem todo mundo que é incapaz de andar ou
impulsionar uma cadeira de rodas manual de forma
eficaz é um candidato a CRM:
Motivação, compreensão básica da relação causa
e efeito, relações espaciais e conceitos de resolução de
problemas, atenção e capacidade física para acionar de
forma consistente e propositadamente são essenciais.
“É a posição da RESNA que a idade, a visão ou cognição
limitada , problemas comportamentais, a capacidade de
andar ou impulsionar uma cadeira de rodas manual por
curta distâncias não devem, em si mesmas, serem usado
scomo fatores discriminatórias impedindo o uso de
cadeiras motorizadas por crianças.
A RESNA recomenda o início da utilização de
mobilidade motorizada o mais precoce possível como
aspecto medicamente necessário para promover o
desenvolvimento psico-social, reduzir as dificuldades de
aprendizagem, facilitar a inclusão social e educacional e
promover a independência.”
O uso de uma cadeira de rodas motorizada por crianças
foi muitas vezes visto como um fracasso da aquisição de
habilidades motoras (Wiart, Darrah, 2002).
Nas teorias neurodesenvolvimentais tradicionais há
uma dominância de incentivo a estratégias de
intervenção que aspiram a normalização dos padrões de
movimento, focando na “alteração/modificação” do
desempenho da criança , com pouca consideração para
adaptação da tarefa ou ambiente.
Nas abordagens terapêuticas mais recente fundamentadas
na Teoria dos Sistemas Dinâmicos (TSD) (Smith & Thelen,
A Dynamic Systems Approach to Development:
Applications, MIT Press, 1993) é considerado o efeito das
interações entre pessoas, tarefa e do ambiente sobre o
desenvolvimento motor.
 TSD é um modelo não-hierárquica em que a função
impulsiona o comportamento motor, e permite
intervenções paralelas.
 Centra-se na função e realização da tarefa, ao contrário de
aparência normalizada, tal como definido pelas nossas
percepções sociais tradicionais (Wiart, Darrah, 2002)
 As crianças tornam-se mais
interativas,motivadas e ágéis; a interação com o
meio ambiente torna-se motivadora,
resultando em um estilo de vida mais ativo. O
uso de CRM aumenta o sucesso e motivação
quando comparada a todos os métodos de
mobilidade (Butler, Okamoto, O McKay, 1983),
e não reduz as funções motoras grossas(Bottos,
Molcati, 2001).
 Informar aos pais e equipe de cuidados a destes
achados é fundamental para maximizar a
mobilidade funcional global a longo prazo.
Como as crianças ainda não desenvolveram o
estigma social da deficiência associado ao uso
de produtos assistivos, elas não vêem a CRM
como "incapacitantës” e sim , uma forma
de aumentar sua eficiência na exploração
e circulação nos ambientes para
satisfazer a sua curiosidade, facilitando
a experiência, participação, socialização e
aprendizagem.
1. O acesso físico aos controles de acionamento de
energia: Isto pode ser conseguido através de
qualquer parte do corpo através de vários tipos de
acionadores. Estes mesmos acionadores podem ser
configurados para a criança para alterar sua posição no
espaço e sua gestão de pressão.
2. Endurance é necessária para que a criança seja capaz
de manter o controlo do método de acesso ao longo do
período de uso da CRM.
 A mobilidade deve ser eficiente, e não deve ser
confundida com o exercício.
 As crianças com deficiência, assim como seus pares,
precisa de exercício cardiovascular que pode ser
aumentada com terapia.
 Exercício, por definição, é cansativo, que é a razão pela
qual a população em geral não usa a sua mobilidade
diária como tal.
 Preocupações acerca do ganho de peso e perda de
função devem ser abordadas através de outros meios.
A. Desenvolvimento Psicossocial e Intelectual
A mobilidade está associada com a aquisição de
importantes habilidades cognitivas e perceptivas devida
ao fato de que quando as crianças se movem
independentemente eles são confrontados com um
conjunto complexo de problemas espaciais tais a não
colidir com obstáculos, não cair fora da borda da escada,
lembrar-se de como ir de um lugar para outro
(Kermoian, 1997; Kermoian, 1997).
Consequentemente, as crianças que não têm a
oportunidade de mover-se têm um fraco desempenho
em uma ampla gama no desenvolvimento de
habilidades fundamentais, porque simplesmente elas
não são relevantes para a sua vida.
Bebês que não têm mobilidade funcional, por exemplo,
não conseguem localizar objectos ocultos (falta de
permanência do objeto), não são apropriadamente
cauteloso em alturas e são mais dependentes do que os
seus pares da visão para controlar sua postura
(Bai, Bertenthal, 1992; Campos, Berthental, Kermoian, 1992; Campos,
Berthental, Kermoian, 1996; Higgins, Campos, Kermoian, 1996;
Kermoian, 1997; Kermoian, Campos, 1988).
As crianças mais velhas e adultos
jovens com dificuldade de
locomoção têm pior
desempenho do que seus pares
que tiveram acesso antecipado a
mobilidade funcional, quando
testado em habilidade de leitura
de mapas, lembrando-se como ir
de um lugar para outro e estimar
a sua capacidade de lidar com
espaços apertados (Simms, 1987;
Stanton, Wilson, Foreman,
2002).
Dada ao crítico papel da
experiência no
desenvolvimento do cérebro
(Stiles, 2000), não é de
estranhar que possibilidade da
mobilidade foi comprovado
como fator para melhorar a
função cerebral (Bell, Fox,
1997).
A mobilidade também impactos a capacidade da criança
de aprender e participar plenamente no mundo por
aumentando dramaticamente a independência da
criança (Biringen, et al, 1995; Campos, Kermoian,
Zumbahlen, 1992).
Ela ajuda a evitar o sentimento de impotência, ajuda a
criar a identidade, confiança e reduzir a apatia e
depressão (Butler, 1991; McDermott, Akina,1972; Kohn,
1997).
O sentimento de
impotência/desamparo
aprendido é uma condição
psicológica em que uma
pessoa aprendeu a acreditar
que ela é impotente e não
tem controle sobre seu
ambiente. Esta condição
está firmemente
estabelecida em crianças de
quatro anos de idade que
não tiveram mobilidade
funcional (Butler, 1991).
Uma vez que o sentimento de
impotência/desamparo aprendido está
totalmente desenvolvido, os resultados
são duradouros e prejudicam a atuação
de uma pessoa no mundo: apresentam
comportamentos passivos, dependentes.
Eles não têm curiosidade e iniciativa.
Academicamente, eles tem desempenho
fraco.
https://www.youtube.com/watch?v=tmqBccoB8BA&noredirect=1
 As crianças com deficiência quando jogam com seus pares, elas
freqüentemente assumem papéis de menor status que pode levar a um
sentimento de isolamento e um sentimento confuso de identidade
(Doubt, McColl, 2003; Missiuna, Pollock, 1991; Tamm, Skar, 200).
 Em contraste, as crianças que recebem CRM tornam-se mais ativas e
empenhadas no mundo (Butler, 1996).
 Elas iniciam o movimento e interação com os outros com mais frequência,
são mais exploratórias, mais curiosas e persistentes em face da frustração.
 Esta atitude de independência está relacionada com o aumento de
vocalizações espontâneas, melhora do hábito de sono, disposição e maior
participação em programas educacionais e capacidade para interagem
significativamente com os seus pares em crianças que usam CRM(Deitz,
Swinth, White, 2002; Furumasu, Guerette, Tefft, 2004).
 Lactentes que não possuem capacidade visual são
afetados na sua aquisição da estabilidade postural e
apresentam significativos atrasos motores (Prechtl,
et al, 2001).
 Por sua vez, o movimento indepenente impacta o
desenvolvimento visual , fornecendo experiência
visual para o desenvolvimento cortical, compreensão
da relação espacial, e desenvolvimento da percepção
de profundidade (Nawrot, 2003), e fornecendo
informação vestibular.
 A CRM para uma criança não-ambulatorial pode
fornecer a oportunidade de maximizar o
desenvolvimento em todos estes domínios.
Avaliações padronizadas não são um substituto para o julgamento
clínico. Pediatric Powered Wheelchair Screening Test (Tefft,
Guerette, Furumasu, 1999) pode ser usado para determinar a idade
de desenvolvimento cognitivo.
PPWST foi dsenvolvida para ajudar os profissionais de saúde a
determinar se uma criança tem atualmente as habilidades
cognitivas específicas a serem relacionadas à condução de cadeira
de rodas motorizada, mas não se destina a ser utilizado
exclusivamente para determinar se uma criança é em última
instância um candidato para a mobilidade motorizada.
.
Para usar uma cadeira de rodas eléctrica funcional, uma criança
deve demonstrar a capacidade de usar um método de acionamento
efetivamente e mostrar que eles têm as necessárias habilidades
cognitivas, sensório-motora e de enfrentamento
As habilidades cognitivas incluem causa e efeito, conceitos
direcionais, uma compreensão de resolução de problemas e
relações espaciais, e julgamento.
Habilidades sensório-motoras incluem percepção, processamento,
planejamento motor e tempo de reação.
As habilidades de enfrentamento incluem tempo de atenção,
motivação e persistência.
O treinamento é geralmente necessáriao antes que uma criança seja capaz
de demonstrar prontidão.
A estratégia é usar a própria motivação ou curiosidade de uma criança a
aprender habilidades para conduzir uma CRM por meio de jogos, e não
para realmente ensinar a condução (Furumasu, Guerette, Tefft, 1996).
O uso da CRM é vivida espontaneamente, explorando o movimento
através de habilidades básicas.
Deve-se promover a introdução progressiva de tarefas para promover a
integração dessas habilidades para desenvolver a mobilidade mais
funcional.
A quantidade e tipo de treinamento irá variar de acordo com o indivíduo;
suas necessidades, deficits, motivações e estilos de aprendizagem.
Em geral, uma criança que demonstra habilidades emergentes
e motivação para dirigir de um local para outro, com pouca orientação e
sem bater em obstáculos, está pronta para uma cadeira de rodas
motoriza.
 Usuários Exploratórios
 Usuários com Supervissão
 Usuários Independentes
57% da variância nas habilidades de usar cadeira de rodas
entre as crianças que usaram joystick como acionadores
estavam associados a melhora nos domínios cognitivos de
relações espaciais e resolução de problemas (Furumasu,
Guerrette, Tefft, 1996).
Resolução de problemas ajuda a criança a determinar as
formas mais adequadas para manobrar a cadeira de rodas em
espaços/ambientes de diferentes complexidade.
As relações espaciais ajudam a criança a compreender a sua
própria relação a outros objetos e a navegar através dos
lugares apertados, em torno de objetos fixos, ou
em multidões de pessoas em movimento.
QI não é um bom determinante da capacidade de uma
criança para operar uma cadeira de rodas motorizada.
Crianças com QI na casa de 50 pode aprender a dirigir uma
cadeira de rodas poder, se o tempo de treinamento necessário
é fornecida (Bottos, Bolcati, 2001).
É importante perceber que a dirigir uma CRM não é como
dirigir um carro, e sim a mobilidade humana regular.
Quando crianças típicas aprendem a andar, eles
inconscientemente desenvolvem um padrão de movimento
para mover a partir de um ponto para outro.
Um processo semelhante ocorre durante a condução de uma
CRM.
Treinamento de mobilidade pode ser necessário se a
criança não demonstrar as necessárias habilidades
cognitivas para operar com segurança uma CRM, com ou
sem supervisão. Para receber uma CRM, uma criança só
precisa demonstrar habilidades emergentes e não
maestria das habilidades citadas.
O domínio dessas habilidades, geralmente ocorre apenas
com a experiência da condução real experiência, o que
não é possível obter, a menos que uma cadeira de rodas
motorizada personalizada para o
indivíduo é seja consistentemente disponível.
A idade cronológica não é o melhor indicador da capacidade de
conduzir uma cadeira de rodas motorizada.
A idade cognitivo da criança está diretamente relacionada com as
expectativas de condução:
Estudos com crianças cognitivamente intactas têm mostrado que
aos 18-20 meses elas podem aprender a dirigir em menos de dez
horas de treinamento (Butler, Okamoto, McKay, 1984).
Outro estudo realizado com crianças fisicamente capazes mostrou
que crianças com 3-4 meses elas exploravam e manipulavam as
funções do joystick, e tão cedo quanto 7-8 meses de idade tinham
desenvolvido uma compreensão de como os acionadores podem
ser usadas para mover a cadeira na direção de um objecto (Nilsson,
Nyberg, 1998).
A experiência clínica mostra que aos 11-12 meses de idade as
crianças têm a capacidade de operar uma CRM.
Mia
https://www.youtube.com/watch?v=C4ASSNxiuQ0
Jakson
https://www.youtube.com/watch?v=5WTlhyZcbOw
As crianças pequenas que usam CRM precisam ser
supervisionados tal como os seus colegas sem deficiência.
Dirigir uma CRM significa força e poder e pode ter
significativa implicações de segurança.
As crianças têm uma curiosidade natural, mas não
necessariamente a compreensão do dano ou perigo que pode
acompanhar a tarefa.
Estas preocupações, no entanto, não deve impedir um
profissional ou pai a permitir e incentivar uma criança a
dirigir, e sim servir como um lembrete da necessidade
especial de atenção à segurança.
Nós não limitamos a marcha em crianças com
desenvolvimento normal devido ao comportamento
impulsivo ou distraídas.
Em vez disso, modificamos ou limitamos os ambientes
em que a criança anda e melhora a supervisão.
Estratégias de treino eficazes, tais como Análise
Comportamental Aplicada (Cooper, Garça, Heward,
2006) combinada com modificações ambientais e
dispositivos de segurança devem ser utilizados durante
as sessões de treinamento.
Ausência ou limitação nas compreensão do conceito de
causa e efeito, na resolução de problemas limitada,
relação espacial, falta de motivação / iniciativa,
diminuição do nível de alerta, comportamentos
impulsivos e/ou compulsivos e
falta de acessibilidade (ambientes de condução são
acessíveis ou não acessíveis, transporte está disponível
em todos).
O método de acionamento não deve ser um fator
limitante, pois muitos métodos de condução estão
disponíveis.
mariademello@technocare.net.br

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Foundation Portfolio Evaluation
Foundation Portfolio EvaluationFoundation Portfolio Evaluation
Foundation Portfolio EvaluationPatrickJohnSmith
 
austinnordstromportfolio
austinnordstromportfolioaustinnordstromportfolio
austinnordstromportfolioPatrick Sims Jr
 
Cloud Webquest 1st Grade
Cloud Webquest 1st GradeCloud Webquest 1st Grade
Cloud Webquest 1st Gradesmscheurer
 
El cambio y la administración del cambio
El cambio y la administración del cambioEl cambio y la administración del cambio
El cambio y la administración del cambioRosario Vazquez
 
Identificacion y comunicacion de peligros y riesgos por
Identificacion y comunicacion de peligros y riesgos porIdentificacion y comunicacion de peligros y riesgos por
Identificacion y comunicacion de peligros y riesgos porMiguel Angel Perez
 
The Immeasurable Classroom
The Immeasurable ClassroomThe Immeasurable Classroom
The Immeasurable Classroomsarrrer
 

Destaque (11)

Google disk
Google diskGoogle disk
Google disk
 
Compex EX01 - EX04
Compex EX01 - EX04Compex EX01 - EX04
Compex EX01 - EX04
 
Wiki
WikiWiki
Wiki
 
Foundation Portfolio Evaluation
Foundation Portfolio EvaluationFoundation Portfolio Evaluation
Foundation Portfolio Evaluation
 
austinnordstromportfolio
austinnordstromportfolioaustinnordstromportfolio
austinnordstromportfolio
 
Cloud Webquest 1st Grade
Cloud Webquest 1st GradeCloud Webquest 1st Grade
Cloud Webquest 1st Grade
 
El cambio y la administración del cambio
El cambio y la administración del cambioEl cambio y la administración del cambio
El cambio y la administración del cambio
 
Question 1)
Question 1)Question 1)
Question 1)
 
Mad max fury
Mad max fury Mad max fury
Mad max fury
 
Identificacion y comunicacion de peligros y riesgos por
Identificacion y comunicacion de peligros y riesgos porIdentificacion y comunicacion de peligros y riesgos por
Identificacion y comunicacion de peligros y riesgos por
 
The Immeasurable Classroom
The Immeasurable ClassroomThe Immeasurable Classroom
The Immeasurable Classroom
 

Semelhante a Cadeiras de rodas motorizadas para crianças - por quê não as temos no Brasil?

estimulação cognitiva
 estimulação cognitiva estimulação cognitiva
estimulação cognitivacristinaaziani
 
Apressamento cognitivo infantil possíveis consequências márcia maria loss de...
Apressamento cognitivo infantil  possíveis consequências márcia maria loss de...Apressamento cognitivo infantil  possíveis consequências márcia maria loss de...
Apressamento cognitivo infantil possíveis consequências márcia maria loss de...Caminhos do Autismo
 
Desenvolvimento Motor em C
Desenvolvimento Motor em CDesenvolvimento Motor em C
Desenvolvimento Motor em CDaniela Bandeira
 
Palestra edudopedia
Palestra edudopediaPalestra edudopedia
Palestra edudopediaRogerio Melo
 
Perfil motor de crianças com si ndrome de down
Perfil motor de crianças com si ndrome de downPerfil motor de crianças com si ndrome de down
Perfil motor de crianças com si ndrome de downAmanda Regina
 
Trabalhando com o aprendizado motor em deficientes.pptx
Trabalhando com o aprendizado motor em deficientes.pptxTrabalhando com o aprendizado motor em deficientes.pptx
Trabalhando com o aprendizado motor em deficientes.pptxandreenoksawazaki
 
Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...
Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...
Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...anatgomes
 
APRENDIZAGEM_MOTORA_E_DESENVOLVIMENTO_MO.ppt
APRENDIZAGEM_MOTORA_E_DESENVOLVIMENTO_MO.pptAPRENDIZAGEM_MOTORA_E_DESENVOLVIMENTO_MO.ppt
APRENDIZAGEM_MOTORA_E_DESENVOLVIMENTO_MO.pptAdrianaThomazottiCla
 
Educação física escolar conhecimento e especificidade
Educação física escolar conhecimento e especificidadeEducação física escolar conhecimento e especificidade
Educação física escolar conhecimento e especificidadeLeandro Colodro
 
lideres-efetivos-que-geram-resultados
lideres-efetivos-que-geram-resultadoslideres-efetivos-que-geram-resultados
lideres-efetivos-que-geram-resultadosPatricia Alexandra
 
competencias_socioemocionais BNCC 2024.pdf
competencias_socioemocionais BNCC 2024.pdfcompetencias_socioemocionais BNCC 2024.pdf
competencias_socioemocionais BNCC 2024.pdfHellintonSantos
 
Pellegrini, ana maria et al. desenvolvendo a coordenação motora no ensino fun...
Pellegrini, ana maria et al. desenvolvendo a coordenação motora no ensino fun...Pellegrini, ana maria et al. desenvolvendo a coordenação motora no ensino fun...
Pellegrini, ana maria et al. desenvolvendo a coordenação motora no ensino fun...oficinadeaprendizagemace
 
Livro de bolso - Intervenção pedagógica em crianças com nee
Livro de bolso -  Intervenção pedagógica em crianças com neeLivro de bolso -  Intervenção pedagógica em crianças com nee
Livro de bolso - Intervenção pedagógica em crianças com neeLiliana Ferreira
 
VER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDERVER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDERedmarap
 
PPA aula I.pptx
PPA aula I.pptxPPA aula I.pptx
PPA aula I.pptxrosyvarela
 

Semelhante a Cadeiras de rodas motorizadas para crianças - por quê não as temos no Brasil? (20)

estimulação cognitiva
 estimulação cognitiva estimulação cognitiva
estimulação cognitiva
 
Psicomotricidade
PsicomotricidadePsicomotricidade
Psicomotricidade
 
Apressamento cognitivo infantil possíveis consequências márcia maria loss de...
Apressamento cognitivo infantil  possíveis consequências márcia maria loss de...Apressamento cognitivo infantil  possíveis consequências márcia maria loss de...
Apressamento cognitivo infantil possíveis consequências márcia maria loss de...
 
Desenvolvimento Motor em C
Desenvolvimento Motor em CDesenvolvimento Motor em C
Desenvolvimento Motor em C
 
Palestra edudopedia
Palestra edudopediaPalestra edudopedia
Palestra edudopedia
 
Avaliação da Atividade e Participação Social de Crianças com Incapacidades Mo...
Avaliação da Atividade e Participação Social de Crianças com Incapacidades Mo...Avaliação da Atividade e Participação Social de Crianças com Incapacidades Mo...
Avaliação da Atividade e Participação Social de Crianças com Incapacidades Mo...
 
Perfil motor de crianças com si ndrome de down
Perfil motor de crianças com si ndrome de downPerfil motor de crianças com si ndrome de down
Perfil motor de crianças com si ndrome de down
 
Funções executivas e aprendizagem
Funções executivas e aprendizagemFunções executivas e aprendizagem
Funções executivas e aprendizagem
 
Movimento wallon
Movimento wallonMovimento wallon
Movimento wallon
 
Trabalhando com o aprendizado motor em deficientes.pptx
Trabalhando com o aprendizado motor em deficientes.pptxTrabalhando com o aprendizado motor em deficientes.pptx
Trabalhando com o aprendizado motor em deficientes.pptx
 
Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...
Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...
Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...
 
APRENDIZAGEM_MOTORA_E_DESENVOLVIMENTO_MO.ppt
APRENDIZAGEM_MOTORA_E_DESENVOLVIMENTO_MO.pptAPRENDIZAGEM_MOTORA_E_DESENVOLVIMENTO_MO.ppt
APRENDIZAGEM_MOTORA_E_DESENVOLVIMENTO_MO.ppt
 
Educação física escolar conhecimento e especificidade
Educação física escolar conhecimento e especificidadeEducação física escolar conhecimento e especificidade
Educação física escolar conhecimento e especificidade
 
lideres-efetivos-que-geram-resultados
lideres-efetivos-que-geram-resultadoslideres-efetivos-que-geram-resultados
lideres-efetivos-que-geram-resultados
 
competencias_socioemocionais BNCC 2024.pdf
competencias_socioemocionais BNCC 2024.pdfcompetencias_socioemocionais BNCC 2024.pdf
competencias_socioemocionais BNCC 2024.pdf
 
Pellegrini, ana maria et al. desenvolvendo a coordenação motora no ensino fun...
Pellegrini, ana maria et al. desenvolvendo a coordenação motora no ensino fun...Pellegrini, ana maria et al. desenvolvendo a coordenação motora no ensino fun...
Pellegrini, ana maria et al. desenvolvendo a coordenação motora no ensino fun...
 
Educação
EducaçãoEducação
Educação
 
Livro de bolso - Intervenção pedagógica em crianças com nee
Livro de bolso -  Intervenção pedagógica em crianças com neeLivro de bolso -  Intervenção pedagógica em crianças com nee
Livro de bolso - Intervenção pedagógica em crianças com nee
 
VER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDERVER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDER
 
PPA aula I.pptx
PPA aula I.pptxPPA aula I.pptx
PPA aula I.pptx
 

Mais de dramariademello

ABRIDEF - Parecer Técnico 01/2013 - Almofadas para Usuários de Cadeiras de Rodas
ABRIDEF - Parecer Técnico 01/2013 - Almofadas para Usuários de Cadeiras de RodasABRIDEF - Parecer Técnico 01/2013 - Almofadas para Usuários de Cadeiras de Rodas
ABRIDEF - Parecer Técnico 01/2013 - Almofadas para Usuários de Cadeiras de Rodasdramariademello
 
Tecnologia Assistiva para MObilidade Sentada para Pessoas com Lessão Medular
Tecnologia Assistiva para MObilidade Sentada para Pessoas com Lessão MedularTecnologia Assistiva para MObilidade Sentada para Pessoas com Lessão Medular
Tecnologia Assistiva para MObilidade Sentada para Pessoas com Lessão Medulardramariademello
 
Potenciais e Limites da Tecnoologia Assistiva No brasil
Potenciais e Limites da Tecnoologia Assistiva No brasilPotenciais e Limites da Tecnoologia Assistiva No brasil
Potenciais e Limites da Tecnoologia Assistiva No brasildramariademello
 
Por que os produtos assistivos não deveriam ser tratados como bens de consumo...
Por que os produtos assistivos não deveriam ser tratados como bens de consumo...Por que os produtos assistivos não deveriam ser tratados como bens de consumo...
Por que os produtos assistivos não deveriam ser tratados como bens de consumo...dramariademello
 
Sistemas de Posicionamento Assentado e Cadeira de Rodas: Como e quê Prescrever
Sistemas de Posicionamento Assentado e Cadeira de Rodas: Como e quê PrescreverSistemas de Posicionamento Assentado e Cadeira de Rodas: Como e quê Prescrever
Sistemas de Posicionamento Assentado e Cadeira de Rodas: Como e quê Prescreverdramariademello
 
O uso de Tecnologia Asssitiva por idosos
O uso de Tecnologia Asssitiva por idososO uso de Tecnologia Asssitiva por idosos
O uso de Tecnologia Asssitiva por idososdramariademello
 
Potenciais e Limites da Tecnologia Assistiva no Brasil
Potenciais e Limites da Tecnologia Assistiva no BrasilPotenciais e Limites da Tecnologia Assistiva no Brasil
Potenciais e Limites da Tecnologia Assistiva no Brasildramariademello
 
Indicações e contra indicações de cadeiras de rodas motorizadas
Indicações e contra indicações de cadeiras de rodas motorizadasIndicações e contra indicações de cadeiras de rodas motorizadas
Indicações e contra indicações de cadeiras de rodas motorizadasdramariademello
 
Fundamentos reabilitacao
Fundamentos reabilitacaoFundamentos reabilitacao
Fundamentos reabilitacaodramariademello
 

Mais de dramariademello (9)

ABRIDEF - Parecer Técnico 01/2013 - Almofadas para Usuários de Cadeiras de Rodas
ABRIDEF - Parecer Técnico 01/2013 - Almofadas para Usuários de Cadeiras de RodasABRIDEF - Parecer Técnico 01/2013 - Almofadas para Usuários de Cadeiras de Rodas
ABRIDEF - Parecer Técnico 01/2013 - Almofadas para Usuários de Cadeiras de Rodas
 
Tecnologia Assistiva para MObilidade Sentada para Pessoas com Lessão Medular
Tecnologia Assistiva para MObilidade Sentada para Pessoas com Lessão MedularTecnologia Assistiva para MObilidade Sentada para Pessoas com Lessão Medular
Tecnologia Assistiva para MObilidade Sentada para Pessoas com Lessão Medular
 
Potenciais e Limites da Tecnoologia Assistiva No brasil
Potenciais e Limites da Tecnoologia Assistiva No brasilPotenciais e Limites da Tecnoologia Assistiva No brasil
Potenciais e Limites da Tecnoologia Assistiva No brasil
 
Por que os produtos assistivos não deveriam ser tratados como bens de consumo...
Por que os produtos assistivos não deveriam ser tratados como bens de consumo...Por que os produtos assistivos não deveriam ser tratados como bens de consumo...
Por que os produtos assistivos não deveriam ser tratados como bens de consumo...
 
Sistemas de Posicionamento Assentado e Cadeira de Rodas: Como e quê Prescrever
Sistemas de Posicionamento Assentado e Cadeira de Rodas: Como e quê PrescreverSistemas de Posicionamento Assentado e Cadeira de Rodas: Como e quê Prescrever
Sistemas de Posicionamento Assentado e Cadeira de Rodas: Como e quê Prescrever
 
O uso de Tecnologia Asssitiva por idosos
O uso de Tecnologia Asssitiva por idososO uso de Tecnologia Asssitiva por idosos
O uso de Tecnologia Asssitiva por idosos
 
Potenciais e Limites da Tecnologia Assistiva no Brasil
Potenciais e Limites da Tecnologia Assistiva no BrasilPotenciais e Limites da Tecnologia Assistiva no Brasil
Potenciais e Limites da Tecnologia Assistiva no Brasil
 
Indicações e contra indicações de cadeiras de rodas motorizadas
Indicações e contra indicações de cadeiras de rodas motorizadasIndicações e contra indicações de cadeiras de rodas motorizadas
Indicações e contra indicações de cadeiras de rodas motorizadas
 
Fundamentos reabilitacao
Fundamentos reabilitacaoFundamentos reabilitacao
Fundamentos reabilitacao
 

Cadeiras de rodas motorizadas para crianças - por quê não as temos no Brasil?

  • 1. Life, is like giving a concert on the violin while learning to play the instrument (Samuel Butler) Dra. Maria de Mello mariademello@technocare.net.br
  • 2.
  • 3.  Abordagens terapêuticas mais recentes concentram no desempenho da tarefa, o que muitas vezes requer a utilização de uma cadeira de rodas motorizadas por crianças, que de outra forma não podem executar a sua rotina diária com eficiência semelhante aos seus pares não deficientes.  Cadeiras de rodas manuais não fornecem eficiência adequada para crianças com fadiga, comprometimento da capacidade respiratória, a coordenação motora ou força limitada.
  • 4.  A capacidade de uma criança para conduzir uma cadeira de rodas motorizada não está relacionada com a idade cronológica; e sim, está relacionada com prontidão cognitiva.  Supervisão de acordo com a idade é natural e pode ser necessária para a segurança, e para melhorar o aprendizado do uso da cadeira motorizada.
  • 5.  Nem todo mundo que é incapaz de andar ou impulsionar uma cadeira de rodas manual de forma eficaz é um candidato a CRM: Motivação, compreensão básica da relação causa e efeito, relações espaciais e conceitos de resolução de problemas, atenção e capacidade física para acionar de forma consistente e propositadamente são essenciais.
  • 6. “É a posição da RESNA que a idade, a visão ou cognição limitada , problemas comportamentais, a capacidade de andar ou impulsionar uma cadeira de rodas manual por curta distâncias não devem, em si mesmas, serem usado scomo fatores discriminatórias impedindo o uso de cadeiras motorizadas por crianças. A RESNA recomenda o início da utilização de mobilidade motorizada o mais precoce possível como aspecto medicamente necessário para promover o desenvolvimento psico-social, reduzir as dificuldades de aprendizagem, facilitar a inclusão social e educacional e promover a independência.”
  • 7. O uso de uma cadeira de rodas motorizada por crianças foi muitas vezes visto como um fracasso da aquisição de habilidades motoras (Wiart, Darrah, 2002). Nas teorias neurodesenvolvimentais tradicionais há uma dominância de incentivo a estratégias de intervenção que aspiram a normalização dos padrões de movimento, focando na “alteração/modificação” do desempenho da criança , com pouca consideração para adaptação da tarefa ou ambiente.
  • 8. Nas abordagens terapêuticas mais recente fundamentadas na Teoria dos Sistemas Dinâmicos (TSD) (Smith & Thelen, A Dynamic Systems Approach to Development: Applications, MIT Press, 1993) é considerado o efeito das interações entre pessoas, tarefa e do ambiente sobre o desenvolvimento motor.  TSD é um modelo não-hierárquica em que a função impulsiona o comportamento motor, e permite intervenções paralelas.  Centra-se na função e realização da tarefa, ao contrário de aparência normalizada, tal como definido pelas nossas percepções sociais tradicionais (Wiart, Darrah, 2002)
  • 9.
  • 10.
  • 11.  As crianças tornam-se mais interativas,motivadas e ágéis; a interação com o meio ambiente torna-se motivadora, resultando em um estilo de vida mais ativo. O uso de CRM aumenta o sucesso e motivação quando comparada a todos os métodos de mobilidade (Butler, Okamoto, O McKay, 1983), e não reduz as funções motoras grossas(Bottos, Molcati, 2001).  Informar aos pais e equipe de cuidados a destes achados é fundamental para maximizar a mobilidade funcional global a longo prazo.
  • 12. Como as crianças ainda não desenvolveram o estigma social da deficiência associado ao uso de produtos assistivos, elas não vêem a CRM como "incapacitantës” e sim , uma forma de aumentar sua eficiência na exploração e circulação nos ambientes para satisfazer a sua curiosidade, facilitando a experiência, participação, socialização e aprendizagem.
  • 13. 1. O acesso físico aos controles de acionamento de energia: Isto pode ser conseguido através de qualquer parte do corpo através de vários tipos de acionadores. Estes mesmos acionadores podem ser configurados para a criança para alterar sua posição no espaço e sua gestão de pressão.
  • 14.
  • 15. 2. Endurance é necessária para que a criança seja capaz de manter o controlo do método de acesso ao longo do período de uso da CRM.
  • 16.  A mobilidade deve ser eficiente, e não deve ser confundida com o exercício.  As crianças com deficiência, assim como seus pares, precisa de exercício cardiovascular que pode ser aumentada com terapia.  Exercício, por definição, é cansativo, que é a razão pela qual a população em geral não usa a sua mobilidade diária como tal.  Preocupações acerca do ganho de peso e perda de função devem ser abordadas através de outros meios.
  • 17. A. Desenvolvimento Psicossocial e Intelectual A mobilidade está associada com a aquisição de importantes habilidades cognitivas e perceptivas devida ao fato de que quando as crianças se movem independentemente eles são confrontados com um conjunto complexo de problemas espaciais tais a não colidir com obstáculos, não cair fora da borda da escada, lembrar-se de como ir de um lugar para outro (Kermoian, 1997; Kermoian, 1997).
  • 18. Consequentemente, as crianças que não têm a oportunidade de mover-se têm um fraco desempenho em uma ampla gama no desenvolvimento de habilidades fundamentais, porque simplesmente elas não são relevantes para a sua vida.
  • 19. Bebês que não têm mobilidade funcional, por exemplo, não conseguem localizar objectos ocultos (falta de permanência do objeto), não são apropriadamente cauteloso em alturas e são mais dependentes do que os seus pares da visão para controlar sua postura (Bai, Bertenthal, 1992; Campos, Berthental, Kermoian, 1992; Campos, Berthental, Kermoian, 1996; Higgins, Campos, Kermoian, 1996; Kermoian, 1997; Kermoian, Campos, 1988).
  • 20. As crianças mais velhas e adultos jovens com dificuldade de locomoção têm pior desempenho do que seus pares que tiveram acesso antecipado a mobilidade funcional, quando testado em habilidade de leitura de mapas, lembrando-se como ir de um lugar para outro e estimar a sua capacidade de lidar com espaços apertados (Simms, 1987; Stanton, Wilson, Foreman, 2002).
  • 21. Dada ao crítico papel da experiência no desenvolvimento do cérebro (Stiles, 2000), não é de estranhar que possibilidade da mobilidade foi comprovado como fator para melhorar a função cerebral (Bell, Fox, 1997).
  • 22. A mobilidade também impactos a capacidade da criança de aprender e participar plenamente no mundo por aumentando dramaticamente a independência da criança (Biringen, et al, 1995; Campos, Kermoian, Zumbahlen, 1992). Ela ajuda a evitar o sentimento de impotência, ajuda a criar a identidade, confiança e reduzir a apatia e depressão (Butler, 1991; McDermott, Akina,1972; Kohn, 1997).
  • 23. O sentimento de impotência/desamparo aprendido é uma condição psicológica em que uma pessoa aprendeu a acreditar que ela é impotente e não tem controle sobre seu ambiente. Esta condição está firmemente estabelecida em crianças de quatro anos de idade que não tiveram mobilidade funcional (Butler, 1991).
  • 24. Uma vez que o sentimento de impotência/desamparo aprendido está totalmente desenvolvido, os resultados são duradouros e prejudicam a atuação de uma pessoa no mundo: apresentam comportamentos passivos, dependentes. Eles não têm curiosidade e iniciativa. Academicamente, eles tem desempenho fraco.
  • 26.  As crianças com deficiência quando jogam com seus pares, elas freqüentemente assumem papéis de menor status que pode levar a um sentimento de isolamento e um sentimento confuso de identidade (Doubt, McColl, 2003; Missiuna, Pollock, 1991; Tamm, Skar, 200).  Em contraste, as crianças que recebem CRM tornam-se mais ativas e empenhadas no mundo (Butler, 1996).  Elas iniciam o movimento e interação com os outros com mais frequência, são mais exploratórias, mais curiosas e persistentes em face da frustração.  Esta atitude de independência está relacionada com o aumento de vocalizações espontâneas, melhora do hábito de sono, disposição e maior participação em programas educacionais e capacidade para interagem significativamente com os seus pares em crianças que usam CRM(Deitz, Swinth, White, 2002; Furumasu, Guerette, Tefft, 2004).
  • 27.  Lactentes que não possuem capacidade visual são afetados na sua aquisição da estabilidade postural e apresentam significativos atrasos motores (Prechtl, et al, 2001).  Por sua vez, o movimento indepenente impacta o desenvolvimento visual , fornecendo experiência visual para o desenvolvimento cortical, compreensão da relação espacial, e desenvolvimento da percepção de profundidade (Nawrot, 2003), e fornecendo informação vestibular.  A CRM para uma criança não-ambulatorial pode fornecer a oportunidade de maximizar o desenvolvimento em todos estes domínios.
  • 28. Avaliações padronizadas não são um substituto para o julgamento clínico. Pediatric Powered Wheelchair Screening Test (Tefft, Guerette, Furumasu, 1999) pode ser usado para determinar a idade de desenvolvimento cognitivo. PPWST foi dsenvolvida para ajudar os profissionais de saúde a determinar se uma criança tem atualmente as habilidades cognitivas específicas a serem relacionadas à condução de cadeira de rodas motorizada, mas não se destina a ser utilizado exclusivamente para determinar se uma criança é em última instância um candidato para a mobilidade motorizada. .
  • 29. Para usar uma cadeira de rodas eléctrica funcional, uma criança deve demonstrar a capacidade de usar um método de acionamento efetivamente e mostrar que eles têm as necessárias habilidades cognitivas, sensório-motora e de enfrentamento As habilidades cognitivas incluem causa e efeito, conceitos direcionais, uma compreensão de resolução de problemas e relações espaciais, e julgamento. Habilidades sensório-motoras incluem percepção, processamento, planejamento motor e tempo de reação. As habilidades de enfrentamento incluem tempo de atenção, motivação e persistência.
  • 30.
  • 31. O treinamento é geralmente necessáriao antes que uma criança seja capaz de demonstrar prontidão. A estratégia é usar a própria motivação ou curiosidade de uma criança a aprender habilidades para conduzir uma CRM por meio de jogos, e não para realmente ensinar a condução (Furumasu, Guerette, Tefft, 1996). O uso da CRM é vivida espontaneamente, explorando o movimento através de habilidades básicas. Deve-se promover a introdução progressiva de tarefas para promover a integração dessas habilidades para desenvolver a mobilidade mais funcional. A quantidade e tipo de treinamento irá variar de acordo com o indivíduo; suas necessidades, deficits, motivações e estilos de aprendizagem. Em geral, uma criança que demonstra habilidades emergentes e motivação para dirigir de um local para outro, com pouca orientação e sem bater em obstáculos, está pronta para uma cadeira de rodas motoriza.
  • 32.  Usuários Exploratórios  Usuários com Supervissão  Usuários Independentes
  • 33. 57% da variância nas habilidades de usar cadeira de rodas entre as crianças que usaram joystick como acionadores estavam associados a melhora nos domínios cognitivos de relações espaciais e resolução de problemas (Furumasu, Guerrette, Tefft, 1996). Resolução de problemas ajuda a criança a determinar as formas mais adequadas para manobrar a cadeira de rodas em espaços/ambientes de diferentes complexidade. As relações espaciais ajudam a criança a compreender a sua própria relação a outros objetos e a navegar através dos lugares apertados, em torno de objetos fixos, ou em multidões de pessoas em movimento.
  • 34.
  • 35. QI não é um bom determinante da capacidade de uma criança para operar uma cadeira de rodas motorizada. Crianças com QI na casa de 50 pode aprender a dirigir uma cadeira de rodas poder, se o tempo de treinamento necessário é fornecida (Bottos, Bolcati, 2001). É importante perceber que a dirigir uma CRM não é como dirigir um carro, e sim a mobilidade humana regular. Quando crianças típicas aprendem a andar, eles inconscientemente desenvolvem um padrão de movimento para mover a partir de um ponto para outro. Um processo semelhante ocorre durante a condução de uma CRM.
  • 36. Treinamento de mobilidade pode ser necessário se a criança não demonstrar as necessárias habilidades cognitivas para operar com segurança uma CRM, com ou sem supervisão. Para receber uma CRM, uma criança só precisa demonstrar habilidades emergentes e não maestria das habilidades citadas. O domínio dessas habilidades, geralmente ocorre apenas com a experiência da condução real experiência, o que não é possível obter, a menos que uma cadeira de rodas motorizada personalizada para o indivíduo é seja consistentemente disponível.
  • 37.
  • 38. A idade cronológica não é o melhor indicador da capacidade de conduzir uma cadeira de rodas motorizada. A idade cognitivo da criança está diretamente relacionada com as expectativas de condução: Estudos com crianças cognitivamente intactas têm mostrado que aos 18-20 meses elas podem aprender a dirigir em menos de dez horas de treinamento (Butler, Okamoto, McKay, 1984). Outro estudo realizado com crianças fisicamente capazes mostrou que crianças com 3-4 meses elas exploravam e manipulavam as funções do joystick, e tão cedo quanto 7-8 meses de idade tinham desenvolvido uma compreensão de como os acionadores podem ser usadas para mover a cadeira na direção de um objecto (Nilsson, Nyberg, 1998). A experiência clínica mostra que aos 11-12 meses de idade as crianças têm a capacidade de operar uma CRM.
  • 40. As crianças pequenas que usam CRM precisam ser supervisionados tal como os seus colegas sem deficiência. Dirigir uma CRM significa força e poder e pode ter significativa implicações de segurança. As crianças têm uma curiosidade natural, mas não necessariamente a compreensão do dano ou perigo que pode acompanhar a tarefa. Estas preocupações, no entanto, não deve impedir um profissional ou pai a permitir e incentivar uma criança a dirigir, e sim servir como um lembrete da necessidade especial de atenção à segurança.
  • 41. Nós não limitamos a marcha em crianças com desenvolvimento normal devido ao comportamento impulsivo ou distraídas. Em vez disso, modificamos ou limitamos os ambientes em que a criança anda e melhora a supervisão. Estratégias de treino eficazes, tais como Análise Comportamental Aplicada (Cooper, Garça, Heward, 2006) combinada com modificações ambientais e dispositivos de segurança devem ser utilizados durante as sessões de treinamento.
  • 42. Ausência ou limitação nas compreensão do conceito de causa e efeito, na resolução de problemas limitada, relação espacial, falta de motivação / iniciativa, diminuição do nível de alerta, comportamentos impulsivos e/ou compulsivos e falta de acessibilidade (ambientes de condução são acessíveis ou não acessíveis, transporte está disponível em todos). O método de acionamento não deve ser um fator limitante, pois muitos métodos de condução estão disponíveis.

Notas do Editor

  1. Not every child with CP is going to be able to drive a power chair independently. Some children will only ever use power mobility in an exploratory way, but there are still developmental gains to be made through the experience. They may use powered mobility toys, loaned or shared equipment. Other children will be supervised drivers – they may need a long training period, perhaps using a chair on loan but may progress to using a chair independently in some settings. Children with visual impairments may be able to use a power chair only within specific and supportive environments. Other children will be independent drivers and will quickly progress to using the power chair as a means of moving around and participating in activities.