SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Baixar para ler offline
Trabalho de
BioDesign
Ingrid Ohana de Pina Xavier
Elementos Naturais
Para o estudo e desenvolvimento desse
projeto, foram selecionados 3 (três)
elementos naturais:
Cuttlefish (Sepia officinalis)
Mycena Chlorophos
Besouro Tartaruga Dourada
(Charidotella sexpuntacta)
2
Cuttlefish
Sepia officinalis
Visão Geral
O Cuttlefish (Sepia officinalis), também
conhecido como Choco, é um cefalópode
muito conhecido por suas incríveis
habilidades de mudar de cor e se misturar
com o substrato. Mestres do disfarce, os
Chocos podem alterar rapidamente sua
aparência utilizando órgãos cromáticos
controlados neural e hormonalmente,
como os cromatóforos, os iridócitos e os
fotóforos.
4
Visão Geral
Os cromatóforos são células que contém
grânulos de pigmentos (vermelho, laranja,
preto, amarelo, azul) circundados por pequenos
músculos radiais que permitem sua contração,
permitindo que os Chocos de adaptem às cores
do ambiente. Os iridócitos não contêm
pigmentos, mas têm a propriedade de refratar a
luz em um comprimento de onda específico
toda vez que os cromatóforos se contraem,
dando uma aparência iridescente de cor
prateada, azulada ou esverdeada, que muda de
acordo com a incidência dos raios de luz. Já os
fotóforos são órgãos bioluminescentes
contendo células fotogênicas produtoras de luz.
5
Mycena
Chlorophos
Visão Geral
Mycena chlorophos, é um fungo bioluminescente
encontrado na Ásia subtropical. Os fungos que emitem
luz são saprófitos (decompõem matéria orgânica de
origem animal). A bioluminescência seria um
subproduto de processos metabólicos associados à
destruição de lignina para atingir a celulose. A lignina
(um polímero de glicose, como o amido) é a substância
que forma a base da madeira, e a emissão de luz pelos
fungos poderia estar associada a um efeito
antioxidante, conferindo alta capacidade para decompor
esse substrato sem o ônus da intoxicação pelas
espécies reativas ao oxigênio geradas. Nesse caso, a
emissão de luz não teria uma função direta, mas seria
consequência do processo digestivo do fungo.
7
Besouro
Tartaruga
Dourada
Charidotella sexpuntacta
Forma
O Besouro Tartaruga Dourada possui
uma forma arredondada, podendo
medir entre 5 e 7mm de diâmetro. Seu
contorno é transparente, com uma área
central dourada, que se assemelha ao
formato do casco de uma tartaruga. A
coloração dourada pode mudar de
acordo com o seu humor, variando em
tons de laranja, vermelho e marrom.
9
Estrutura
O besouro é revestido por uma película
transparente. A parede interna dessa
película possui uma camada
microscópica de líquido, e qualquer
alteração nessa camada é capaz de
modificar a cor refletida pelo besouro.
Isso ocorre por meio de uma série de
válvulas minúsculas que controlam
não apenas as cores, mas também os
níveis de umidade do corpo do besouro.
10
Descritivo Geográfico
Espécimes desse besouro são
encontrados mais comumente pela
América do Norte (Estados Unidos e
Canadá), mas também podemos
encontra-lo na América Central ,
América do Sul e em algumas das ilhas
do Caribe.
11
Descritivo Cultural
O Besouro Tartaruga Dourada chama a
atenção devido a sua delicadeza e sua
coloração metálica/dourada. Muitos
chamam esse besouro como “Besouro
Joia” ou “Minijoia”.
Além dos aspectos estéticos, este besouro
tem grande importância ecológica,
mantendo o equilíbrio do ecossistema,
contribuindo para a fertilização do solo,
através de suas fezes que atuam como
adubo natural, fornecendo nutrientes para
a terra.
12
Comportamento
Geralmente o Besouro Tartaruga Amarela pode ser
encontrado em folhas de plantas como a Corriola,
a Glória da Manhã e a Batata Doce, seus
alimentos favoritos.
No processo de acasalamento, a cor desse
besouro sofre variação, principalmente no
macho, como forma de atrair a fêmea. O besouro-
de-ouro macho muda sua tonalidade para um
dourado vivo, como forma de sinalizar à fêmea
que está pronto para acasalar. Ao copularem, a
tonalidade de cor também passa por variação, indo
de dourado para vermelho cintilante. A cópula
pode levar de 15 a 583 minutos.
13
Comportamento
A fêmea de besouro-de-ouro se reproduz pondo 20
ovos de cor branca, nos caules e na parte debaixo
das folhas de plantas, das quais se alimentam.
Após 5 a 10 dias saem as larvas avermelhadas e
espinhosas.
Outros motivos para a alteração de cor do besouro
são as mudanças de estação – levando ele a ficar
com uma coloração alaranjada no Outono, e no
Inverno, com a tonalidade acastanhada –
proximidade de predadores – o besouro pode
imitar a coloração da joaninha, com a finalidade de
“enganar” pássaros que não gostam dela como
alimento – barulhos e a iluminação ambiente.
14
Análise de Vida
De 2 a 3 semanas após o eclodir das
larvas avermelhadas, elas se tornam
uma pupa marrom espinhosa envolta
com os próprios excrementos, oriundos
das suas películas e fezes. Essa estrutura
é conhecida como garfo anal e serve
como um escudo de proteção contra
predadores. Após 1 ou 2 semanas desse
período de pupa, o besouro emerge, em
uma tonalidade avermelhada.
15
Processo de
Criação
Painéis Semânticos e Sketches
16
Estilo de Vida
Expressão do
Produto
Tema Visual
20
Sketches
Obrigada!
@ohana.artsy
21

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Trabalho de BioDesign 1.pdf

Mimetismo e camuflagem
Mimetismo e camuflagemMimetismo e camuflagem
Mimetismo e camuflagemAltair Hoepers
 
Calopsitas Mansas - www.calopsitabr.blogspot.com
Calopsitas Mansas - www.calopsitabr.blogspot.comCalopsitas Mansas - www.calopsitabr.blogspot.com
Calopsitas Mansas - www.calopsitabr.blogspot.comAntonio Silva
 
Mundo dos Insectos
Mundo dos InsectosMundo dos Insectos
Mundo dos Insectosoitavob
 
Formação das pérolas
Formação das pérolasFormação das pérolas
Formação das pérolascrishmuler
 
Formação das pérolas
Formação das pérolasFormação das pérolas
Formação das pérolascrishmuler
 
Especilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptxEspecilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptxIsmaelMarinho4
 
Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02
Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02
Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02balinsoares
 
Guia de campo animais peçonhentos
Guia de campo animais peçonhentosGuia de campo animais peçonhentos
Guia de campo animais peçonhentosEmerson Silva
 
Bichosdoparana repteis
Bichosdoparana repteisBichosdoparana repteis
Bichosdoparana repteisAndre Benedito
 
Entrevista com a coruja
Entrevista com a corujaEntrevista com a coruja
Entrevista com a corujaRaquel Becker
 
2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentas2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentaskarol_ribeiro
 
Guia de aves jb(out-2011)
Guia de aves jb(out-2011)Guia de aves jb(out-2011)
Guia de aves jb(out-2011)Saulo Gomes
 
Ficha Técnica - Broca-da-cana
Ficha Técnica - Broca-da-canaFicha Técnica - Broca-da-cana
Ficha Técnica - Broca-da-canaehickel
 

Semelhante a Trabalho de BioDesign 1.pdf (20)

Mimetismo e camuflagem
Mimetismo e camuflagemMimetismo e camuflagem
Mimetismo e camuflagem
 
Itapua cogumelos artigo
Itapua cogumelos artigoItapua cogumelos artigo
Itapua cogumelos artigo
 
Calopsitas Mansas - www.calopsitabr.blogspot.com
Calopsitas Mansas - www.calopsitabr.blogspot.comCalopsitas Mansas - www.calopsitabr.blogspot.com
Calopsitas Mansas - www.calopsitabr.blogspot.com
 
Mundo dos Insectos
Mundo dos InsectosMundo dos Insectos
Mundo dos Insectos
 
Corn snake brazil
Corn snake brazil Corn snake brazil
Corn snake brazil
 
Especialidade de Animais Noturnos
Especialidade de Animais NoturnosEspecialidade de Animais Noturnos
Especialidade de Animais Noturnos
 
Animais peçonhentos ofidismo
Animais peçonhentos ofidismoAnimais peçonhentos ofidismo
Animais peçonhentos ofidismo
 
Formação das pérolas
Formação das pérolasFormação das pérolas
Formação das pérolas
 
Formação das pérolas
Formação das pérolasFormação das pérolas
Formação das pérolas
 
Reino animalia
Reino animaliaReino animalia
Reino animalia
 
Escorpiões
EscorpiõesEscorpiões
Escorpiões
 
Especilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptxEspecilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptx
 
Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02
Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02
Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02
 
Guia de campo animais peçonhentos
Guia de campo animais peçonhentosGuia de campo animais peçonhentos
Guia de campo animais peçonhentos
 
Bichosdoparana repteis
Bichosdoparana repteisBichosdoparana repteis
Bichosdoparana repteis
 
Mamiferos
MamiferosMamiferos
Mamiferos
 
Entrevista com a coruja
Entrevista com a corujaEntrevista com a coruja
Entrevista com a coruja
 
2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentas2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentas
 
Guia de aves jb(out-2011)
Guia de aves jb(out-2011)Guia de aves jb(out-2011)
Guia de aves jb(out-2011)
 
Ficha Técnica - Broca-da-cana
Ficha Técnica - Broca-da-canaFicha Técnica - Broca-da-cana
Ficha Técnica - Broca-da-cana
 

Trabalho de BioDesign 1.pdf

  • 2. Elementos Naturais Para o estudo e desenvolvimento desse projeto, foram selecionados 3 (três) elementos naturais: Cuttlefish (Sepia officinalis) Mycena Chlorophos Besouro Tartaruga Dourada (Charidotella sexpuntacta) 2
  • 4. Visão Geral O Cuttlefish (Sepia officinalis), também conhecido como Choco, é um cefalópode muito conhecido por suas incríveis habilidades de mudar de cor e se misturar com o substrato. Mestres do disfarce, os Chocos podem alterar rapidamente sua aparência utilizando órgãos cromáticos controlados neural e hormonalmente, como os cromatóforos, os iridócitos e os fotóforos. 4
  • 5. Visão Geral Os cromatóforos são células que contém grânulos de pigmentos (vermelho, laranja, preto, amarelo, azul) circundados por pequenos músculos radiais que permitem sua contração, permitindo que os Chocos de adaptem às cores do ambiente. Os iridócitos não contêm pigmentos, mas têm a propriedade de refratar a luz em um comprimento de onda específico toda vez que os cromatóforos se contraem, dando uma aparência iridescente de cor prateada, azulada ou esverdeada, que muda de acordo com a incidência dos raios de luz. Já os fotóforos são órgãos bioluminescentes contendo células fotogênicas produtoras de luz. 5
  • 7. Visão Geral Mycena chlorophos, é um fungo bioluminescente encontrado na Ásia subtropical. Os fungos que emitem luz são saprófitos (decompõem matéria orgânica de origem animal). A bioluminescência seria um subproduto de processos metabólicos associados à destruição de lignina para atingir a celulose. A lignina (um polímero de glicose, como o amido) é a substância que forma a base da madeira, e a emissão de luz pelos fungos poderia estar associada a um efeito antioxidante, conferindo alta capacidade para decompor esse substrato sem o ônus da intoxicação pelas espécies reativas ao oxigênio geradas. Nesse caso, a emissão de luz não teria uma função direta, mas seria consequência do processo digestivo do fungo. 7
  • 9. Forma O Besouro Tartaruga Dourada possui uma forma arredondada, podendo medir entre 5 e 7mm de diâmetro. Seu contorno é transparente, com uma área central dourada, que se assemelha ao formato do casco de uma tartaruga. A coloração dourada pode mudar de acordo com o seu humor, variando em tons de laranja, vermelho e marrom. 9
  • 10. Estrutura O besouro é revestido por uma película transparente. A parede interna dessa película possui uma camada microscópica de líquido, e qualquer alteração nessa camada é capaz de modificar a cor refletida pelo besouro. Isso ocorre por meio de uma série de válvulas minúsculas que controlam não apenas as cores, mas também os níveis de umidade do corpo do besouro. 10
  • 11. Descritivo Geográfico Espécimes desse besouro são encontrados mais comumente pela América do Norte (Estados Unidos e Canadá), mas também podemos encontra-lo na América Central , América do Sul e em algumas das ilhas do Caribe. 11
  • 12. Descritivo Cultural O Besouro Tartaruga Dourada chama a atenção devido a sua delicadeza e sua coloração metálica/dourada. Muitos chamam esse besouro como “Besouro Joia” ou “Minijoia”. Além dos aspectos estéticos, este besouro tem grande importância ecológica, mantendo o equilíbrio do ecossistema, contribuindo para a fertilização do solo, através de suas fezes que atuam como adubo natural, fornecendo nutrientes para a terra. 12
  • 13. Comportamento Geralmente o Besouro Tartaruga Amarela pode ser encontrado em folhas de plantas como a Corriola, a Glória da Manhã e a Batata Doce, seus alimentos favoritos. No processo de acasalamento, a cor desse besouro sofre variação, principalmente no macho, como forma de atrair a fêmea. O besouro- de-ouro macho muda sua tonalidade para um dourado vivo, como forma de sinalizar à fêmea que está pronto para acasalar. Ao copularem, a tonalidade de cor também passa por variação, indo de dourado para vermelho cintilante. A cópula pode levar de 15 a 583 minutos. 13
  • 14. Comportamento A fêmea de besouro-de-ouro se reproduz pondo 20 ovos de cor branca, nos caules e na parte debaixo das folhas de plantas, das quais se alimentam. Após 5 a 10 dias saem as larvas avermelhadas e espinhosas. Outros motivos para a alteração de cor do besouro são as mudanças de estação – levando ele a ficar com uma coloração alaranjada no Outono, e no Inverno, com a tonalidade acastanhada – proximidade de predadores – o besouro pode imitar a coloração da joaninha, com a finalidade de “enganar” pássaros que não gostam dela como alimento – barulhos e a iluminação ambiente. 14
  • 15. Análise de Vida De 2 a 3 semanas após o eclodir das larvas avermelhadas, elas se tornam uma pupa marrom espinhosa envolta com os próprios excrementos, oriundos das suas películas e fezes. Essa estrutura é conhecida como garfo anal e serve como um escudo de proteção contra predadores. Após 1 ou 2 semanas desse período de pupa, o besouro emerge, em uma tonalidade avermelhada. 15