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Sumário
Imobilização de uma vítima e suas diferentes técnicas............................3
Imobilização da vítima em pé....................................................................3
Imobilização da vítima deitada..................................................................5
Extricação..................................................................................................6
Transporte de pessoas acidentadas.........................................................8
Considerações finais.................................................................................8
Referências bibliográficas.........................................................................8
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Imobilização de uma vítima e suas diferentes técnicas
Quando pensarmos na imobilização do paciente, é importante refletirmos acerca da sua situação
e do local do acidente para então realizarmos um efetivo atendimento. Contudo, primeiramente
precisamos conhecer o conceito de imobilização: o procedimento envolve as diferentes técnicas
utilizadas em remoção de vítimas acidentadas, incluindo o devido transporte ao serviço especia-
lizado.
Ao realizarmos uma imobilização, é necessário segurança e cautela no procedimento, pois, con-
forme vimos em outro momento, o socorrista tem como função garantir o primeiro atendimento de
forma a não agravar as lesões existentes e a evitar o surgimento de novas, o que pode ocorrer
se forem empregadas técnicas incorretas.
A partir desse entendimento, vamos então conhecer as diferentes técnicas de imobilização.
Imobilização da vítima em pé
Para a escolha deste tipo de procedimento, obrigatoriamente a vítima deve estar lúcida. Esta
técnica é utilizada geralmente em vítimas que, após o trauma, deslocaram-se sozinhas sem
nenhuma orientação de um profissional. Exemplo: acidente de moto em que a vítima se levanta
do local.
É importante lembrarmos que, em caso de acidente, devemos orientar as vítimas para que não
se levantem. Elas devem permanecer no local sem se movimentar até que seja oferecido atendi-
mento por profissional especializado.
Devido à complexidade do trauma e ao possível estado da vítima, é importante lembrarmos que
o atendimento deve ser realizado sempre em equipe, evitando assim o manejo do paciente por
apenas um profissional.
Segue a técnica a ser aplicada:
●● Primeiramente, deve-se estabilizar a cabeça da vítima, tendo-se cuidado
para não a movimentar e não a tirar da posição anatômica
●● Depois, outro socorrista deve imobilizar a vítima com o colar cervical.
Veja a imagem 1:
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Imagem 1
●● Em seguida, utilizaremos a maca rígida. Deve-se colocá-la atrás da ví-
tima. O braço mais próximo à vítima deve ser inserido por baixo da sua
axila segurando-se com a mão a abertura lateral da maca, e o braço
distal deve permanecer imobilizando a sua cabeça. Este procedimento
evita que a vítima deslize pela maca durante a colocação desta no chão.
Imagem 2
●● Depois, os socorristas inclinam a vítima de forma a posicioná-la horizon-
talmente.
Imagem 3
●● Ao se colocar a maca no chão, caso seja necessário, deve-se arrumar a
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vítima para que fique totalmente dentro dela e não se desloque.
●● Estando a vítima na maca, deve-se iniciar a fixação prendendo primei-
ramente os cintos da cabeça, depois os cintos do tórax, do quadril e das
pernas.
Imobilização da vítima deitada
Este procedimento deve ser realizado na imobilização da vítima com ela deitada e sempre no
local do acidente. Como anteriormente, a complexidade do caso e o estado da vítima após o
trauma influenciam diretamente o atendimento. Portanto, é importante lembrarmos que o aten-
dimento deve ser realizado sempre em equipe e que se deve evitar o manejo do paciente por
apenas um profissional.
Segue a técnica a ser aplicada:
●● Um socorrista deve segurar a região da cabeça da vítima imobilizando a
região cervical enquanto outro coloca o colar cervical – o socorrista que
estiver segurando a cabeça não deve soltá-la até a total imobilização em
maca rígida.
Imagem 4
●● Após a imobilização da cervical, deve-se rolar a vítima para colocá-la
na maca rígida. Para a realização do rolamento, é necessário o auxílio
de outros socorristas, sendo que devem estar posicionados na lateral
da vítima. Ao comando do socorrista que está imobilizando a cabeça, a
vítima será rolada, a maca será posicionada próximo a ela, e depois ela
será rolada novamente para cima da maca. O socorrista que está esta-
bilizando a cervical jamais deve soltar a cabeça da vítima e deve sempre
acompanhar o movimento de rotação mantendo a cabeça em posição
neutra. Observe a imagem 5.
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Imagem 5
●● Neste momento, deve-se colocar a maca rígida por baixo da vítima, rea-
lizando o alinhamento do corpo de forma gradual, para evitar movimen-
tos bruscos e estabilizá-lo em uma posição neutra. Realiza-se a imobi-
lização com os cintos, colocam-se os coxins, e a vítima é encaminhada
para serviço especializado. Observe a imagem 6.
Imagem 6
Extricação
Esta técnica consiste em retirar a vítima do local do acidente utilizando equipamentos e profissio-
nais especializados para auxílio.
Este caso é um exemplo e refere-se ao corpo de uma vítima presa nas ferragens de um veículo:
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Extricação rápida – Nesta técnica, deve-se retirar a vítima de forma rápida do local do acidente
devido à falta de segurança no local. Deve-se utilizar esta técnica como último recurso. Exemplo:
local com alto risco de incêndio.
Transporte de pessoas acidentadas
Transporte de pessoas acidentadas – O transporte de acidentados deve ser feito por equipe
especializada em resgate (Corpo de Bombeiros, resgatistas, entre outros).
O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões e provocar sequelas irrever-
síveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnicas e meios próprios nos casos em que não
for possível contar com equipes especializadas em resgate.
Considerações finais
É sempre importante solicitarmos socorro especializado em caso de ocorrência de trauma. Quan-
to mais eficiente for o atendimento, melhor e mais rápida será a recuperação da vítima.
Esperamos que ao longo dos estudos deste componente você tenha conseguido apreender os
conhecimentos apresentados, de forma que contribuam de forma significativa para a sua forma-
ção profissional e cidadã.
Referências de imagem
Imagem 1: http://bombeirosstn.blogspot.com.br/2009/11/os-acidentes-de-transito-sao-as-cau-
sas.html
Imagem 2: http://bombeirosstn.blogspot.com.br/2009/11/os-acidentes-de-transito-sao-as-cau-
sas.html
Imagem 3: http://bombeirosstn.blogspot.com.br/2009/11/os-acidentes-de-transito-sao-as-cau-
sas.html
Imagem 4: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/samu/neu-pdf/08-imob_trans-
porte.pdf
Imagem 5: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/samu/neu-pdf/08-imob_trans-
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Avaliação secundária
A avaliação secundária consiste em uma observação complementar pelo socorrista, momento
em que busca analisar a existência de lesões menos importantes em termos de gravidade. Nesse
momento, a vítima já se encontra imobilizada ou sendo transportada. O socorrista realiza o exa-
me físico, a verificação de sinais vitais e a entrevista. A avaliação então é subjetiva, pelos dados
coletados em entrevista; e objetiva, pelo exame físico e pela verificação dos sinais vitais.
O socorrista realiza essa manobra para descobrir outros problemas que a vítima possa vir a ter,
relacionados aos seus sintomas e aos seus sinais. Vamos observá-los individualmente para me-
lhor compreender:
• Sintomas da vítima
Relacionam-se às sensações que a vítima consegue descrever. Em alguns momentos, o so-
corrista pode fazer algumas perguntas para incluir ou excluir sintomas. Ele pode perguntar se a
vítima sente dor e onde sente dor, se está com falta de ar, etc. Depois dessa coleta de informa-
ções, é necessário observar a parte do corpo da vítima em que ela diz sentir algo para procurar
descobrir lesões ou traumas.
• Sinais da vítima
Neste momento, o socorrista fará uso de seus sentidos (visão, tato, audição e olfato) para, tate-
ando o corpo da vítima, localizar fraturas, pulso rápido, sudorese excessiva.
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• Respiração da vítima
Ao avaliar a vítima, é importante observar o seu padrão ventilatório, se a sua respiração é fácil,
se apresenta sinais faciais de dor ou de esforço, se respira, se a expansão do tórax da vítima é
normal, se é excessiva, se é lenta. Dica importante: palpar o pulso radial distrai a vítima e facilita
para o socorrista verificar o seu padrão ventilatório sem que ela perceba ou respire de forma
alterada.
Avaliação das pupilas da vítima
As pupilas têm o mesmo diâmetro e contornos regulares, e reagem com a luz. O socorrista
pode, com a luz de uma lanterna de bolso, observar o aumento ou a diminuição das pupilas.
As pupilas podem indicar um estado de inconsciência. Por vezes, ocorre que, no caso de
uma parada cardíaca, as pupilas reagem de formas diferentes. Ao serem comparadas, podem
indicar um acidente vascular cerebral, lesões no crânio. Quando a vítima vem a óbito, as suas
pupilas já não reagem à luz, ficando dilatadas.
As reações das pupilas podem ser classificadas da seguinte forma:
• As pupilas que reagem com a luz são classificadas como reativas.
• Quanto à simetria, as pupilas se classificam em isocóricas (de tamanho igual) ou anisocóricas
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(de tamanhos diferentes).
• Quanto ao tamanho, as pupilas se classificam em midriáticas (dilatadas) e mióticas (constri-
tas).
Avaliação cefalocaudal
O socorrista olha a vítima desde a cabeça até os membros inferiores, buscando lesões, esco-
riações e fraturas que antes passaram despercebidas por serem pequenas ou que, no momen-
to do primeiro atendimento, não representavam riscos. Nesse momento, o socorrista pode ter
um olhar mais completo.
• Na região da cabeça, o socorrista busca ferimentos, deformidades, secreção pela boca ou
pelo nariz, prótese dentária, dentes quebrados, hematomas, sangramentos.
• No pescoço, o socorrista busca ferimentos, traqueia deslocada, edema, hematomas.
• No tórax, o socorrista busca ferimentos e observa a respiração da vítima, a movimentação do
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tórax, a crepitação óssea, deformidades, hematomas, sangramentos; busca também auscultá-
-lo.
• No abdômen, o socorrista busca ferimentos, palpação abdominal com relato ou expressão de
dor, sangramentos, hematomas, deformidades; busca também auscultá-lo.
• Nas extremidades superiores e inferiores, o socorrista busca ferimentos, deformidades ósse-
as, pulsação, calor nas extremidades (pontas dos dedos); busca também conhecer a perfusão
sanguínea.
Complicações: toda técnica mal empregada, bem como uma má avaliação primária ou se-
cundária, pode gerar agravo ou até mesmo novas lesões à vítima. Pequenas lesões podem se
tornar grandes lesões se não forem tratadas prévia e corretamente.
Tratamento especializado
A busca por um serviço especializado é de suma importância para a vítima, pois não adianta
transportá-la para um hospital que não é referência para a lesão que tem.
Vamos a um exemplo: uma vítima de acidente de trânsito com múltiplas fraturas necessita de
avalição médica com urgência em uma unidade especializada de tratamento de politraumati-
zados. O hospital mais próximo, sem esse atendimento, está a dois quilômetros; e o hospital
referência nesse tipo de atendimento está a dez quilômetros. Nessa situação, o socorrista deve
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prosseguir para o hospital que fica mais longe, pois assim poderá prestar o atendimento ade-
quado.
Referências bibliográficas
1. http://bombeirosstn.blogspot.com.br/2009/11/os-acidentes-de-transito-sao-as-causas.html
2. http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/samu/neu-pdf/08-imob_transporte.pdf
3. PHTLS suporte básico em atendimento pré-hospitalar, quinta edição.
4. http://bombeirosstn.blogspot.com.br/2009/11/os-acidentes-de-transito-sao-as-causas.html
5. http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/programas/samu/neu-pdf/08-imob_transporte.pdf
6. NAEMT. Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado (PHTLS). 5ª ed. Rio de Janeiro: Else-
vier, 2004.
7. http://bombeirosstn.blogspot.com.br/2009/11/os-acidentes-de-transito-sao-as-causas.html
8. http://www.uff.br/ph/artigos/extric_veic_pes.pdf
9. http://uo.costa.zip.net/arch2011-03-06_2011-03-12.html
10. http://www.bombeirosemergencia.com.br/analiseprimaria4.html