O documento descreve as estatuetas pré-históricas conhecidas como Vênus, representando mulheres obesas ou grávidas. Essas figuras foram encontradas na Europa e Sibéria e datam do Paleolítico Superior, sendo feitas de pedra, osso ou argila. A primeira foi descoberta na França em 1864 e desde então cerca de 200 figuras semelhantes foram achadas, retratando de forma exagerada partes do corpo feminino.
1. Vénus
As estatuetas de Vénus são uma série de estatuetas pré-históricas (do Período
Aurignaciano do Paleolítico Superior, por exemplo) de mulheres, que compartilham
certas características (muitas delas são de mulheres obesas ou grávidas). Essas
estatuetas já foram encontradas da Europa Oriental até a Sibéria e foram feitas em
pedras moles, como esteatite, calcita ou calcário, ossos ou marfim, ou ainda criadas
em argila e depois aquecidas. Algumas delas são os objectos de cerâmica mais antigos
de que se tem conhecimento.
A primeira representação de uma mulher do Paleolítico Superior foi descoberta em
1864 pelo Marquês de Vibraye, em Laugerie-Basse, na Dordonha, apelidada de Vênus
impudica.
Essa Vénus do Período Magdaleniano não tem cabeça, pés ou braços, mas apresenta
uma grande abertura vaginal.
Nos anos seguintes, foram encontrados pequenos bustos em uma caverna de um
maciço dos Pirineus e, em 1894, a Vénus de Brassempouy, em expedições do
arqueólogo francês Édouard Piette.
Quatro anos mais tarde, outros exemplares foram encontradas na caverna de Balzi
Rossi pelo arqueólogo Salomon Reinach.
A famosa Vénus de Willendorf foi encontrada em 1908 em um depósito de Loess, no
vale do Danúbio, na Áustria.
Desde então, cerca de 200 figuras semelhantes já foram descobertas desde
os Pirineus até as planícies da Sibéria, próximas do Lago Baikal. São coletivamente
descritas como figuras de Vénus, em referência à deusa da beleza na romana.
Em alguns exemplos, certas partes da anatomia humana são
exageradas: abdômen, quadril, seios, coxas e vulva. A questão sobre a Esteatopigia de
algumas das figuras foi levantada pela primeira vez por Édouard Piette, que descobriu
a Vénus de Brassempouy e outras estatuetas nos Pirineus.