O número de autorizações de trabalho para estrangeiros no Brasil cresceu 24% no primeiro semestre deste ano. Os Estados Unidos enviaram o maior número de trabalhadores, enquanto os haitianos receberam o segundo maior número de permissões. A maioria dos trabalhadores estrangeiros tem nível superior ou médio/técnico e trabalha em embarcações ou plataformas estrangeiras no Brasil.
1. MERCADO DO TRABALHO PARA
ESTRANGEIROS
No primeiro semestre deste ano, o número de autorizações de trabalho para
estrangeiros concedidos pelo governo brasileiro cresceu 24%, passando de
26.545 concessões no mesmo período do ano passado para 32.913. Segundo
balanço divulgado na terça-feira (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
das autorizações concedidas no primeiro semestre, 29.065 é temporário e
3.848 permanentes.
Os Estados Unidos são o país que mais mandou profissionais para o Brasil.
Foram 4.646 trabalhadores, 334 a menos do que no mesmo período de 2011.
Os haitianos receberam 2.311 permissões. Em seguida, estão Filipinas (2.302
permissões) e os trabalhadores do Reino Unido, 2.083.
“A vinda de trabalhadores dos EUA está relacionada aos investimentos feitos
pelas empresas e também porque a maior parte de artistas que vêm ao Brasil é
daquele país”,
A maioria dos trabalhadores que receberam permissão de trabalho tem nível
superior completo, ou ensino médio ou técnico. Dos 32 mil, 28.734 se
enquadram nesses níveis de escolaridade.
Por tipo de função a que se destina o trabalho a bordo de embarcação ou
plataforma estrangeira continua absorvendo a maioria dos estrangeiros, com
8.257 deles autorizados a trabalhar temporariamente no país. Do total de
autorizações temporárias, 6.713 estão ligadas à assistência técnica por prazo
de até 90 dias (sem vínculo empregatício) e 5.696 a artistas ou desportistas.
A maioria das autorizações de trabalho temporário foi para os estados do Rio
de Janeiro e São Paulo, com 11.896 e 10.943, respectivamente.
Foi divulgado que, no primeiro semestre, 490 investidores pessoa física foram
autorizados a trabalhar no país e trouxeram R$ 107,8 milhões. Os italianos
foram os que mais direcionaram recursos, da ordem de R$ 25,5 milhões;
seguidos por portugueses, R$ 25,3 milhões, e chineses, com R$ 11,4 milhões.
São Paulo, com R$ 29,1 milhões, e Rio Grande do Norte e Bahia, ambos com
R$ 19,5 milhões, foram os estados que mais receberam recursos. Investidores
pessoa física são pequenos empresários que, para se estabelecer no Brasil,
precisam trazer recursos próprios para a abertura do negócio.
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