O autor escolhe seus amigos não por características superficiais, mas pela alma. Ele prefere amigos que o desafiem e o façam questionar suas crenças, que tragam dúvidas e angústias, mas também alegria. O autor quer amigos que sejam metade criança e metade velho, para nunca esquecerem a importância de viver sem pressa e aproveitar a vida.
10. Meus amigos são todos assim:
metade besteira, metade
seriedade. Não quero risos
previsíveis, nem choros piedosos.
11. Quero amigos
sérios, daqueles
que fazem da
realidade sua fonte de
aprendizagem, mas
lutam para que a
fantasia não
desapareça.
12. Não quero amigos adultos nem
chatos. Quero-os metade infância e
outra metade velhice! Crianças, para
que não esqueçam o valor do vento
no rosto; e velhos, para que nunca
tenham pressa.
13. Quero amigos para saber quem
eu sou. Pois os vendo loucos e
santos, bobos e sérios, crianças
e velhos, nunca me esquecerei
de que a normalidade é uma
ilusão imbecil e estéril.