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RESENHA
MORAES, Rozangela. Fonética e fonologia da língua portuguesa. Rio de Janeiro: SESES,
2015.
Resenhado por Stefanie Magalhães Madeira
(Nome da instituição - Curso)
Palavras-chave: Fonética; Fonologia; Ortografia; Aplicação.
O livro Fonética e fonologia da língua portuguesa tem como base central a construção
de conhecimento estrutural sob uma ótica didática e generalista referente aos conceitos de
fonêmica e fonética, diversidade linguística no plano fonológico, interferências fonológicas no
registro escrito e após uma estruturação devidamente formada, apresentar a ortografia da língua
portuguesa, incluindo-a nesta visão ampliada, no intuito de desenvolver estratégias de ensino
de ortografia. Destina-se principalmente a um público docente, abrindo discussões sobre o
ensino-aprendizagem e ampliando perspectivas da própria língua para um ensino de maior
qualidade. Constitui-se de cinco capítulos nomeados, “O processo de fonação e a representação
dos sons da fala”, “A análise fonética e fonológica”, “Classificação articulatória das vogais e
das consoantes; transcrição fonológica – processos fonológicos”, “O estudo da sílaba e noções
de prosódia: acento, ritmo e entoação” e “Letra e fonema; fonologia e ensino de ortografia”.
A análise parte da disposição do livro, cada capítulo obtendo uma seção inicial intitulada
“objetivos” que narram o conhecimento que o leitor supostamente deverá adquirir ao final do
capítulo, nesse, apresentando mais três seções padrões: “Atividades”, “Reflexão” e
“Referências Bibliográficas”. Esse arranjo didático que retoma os objetivos depois de uma
fixação do conteúdo através de exercícios e divide as referências por assunto, é muito amigável
para um estudante de um conteúdo tão complexo como a área de fonética. O que não podemos
deixar de avaliar, no entanto, é se esses objetivos determinados foram alcançados de forma
satisfatória durante o desenvolvimento da obra.
O primeiro capítulo [nome do capítulo], dividido como todos os outros em diversos
subcapítulos, procura primeiramente esclarecer as divergências entre fonética e fonologia em
2
um breve resumo histórico das duas áreas científicas. Em seguida, continua uma espécie de
introdução ao dedicar um subcapítulo às aplicações da fonética em diversas áreas de atuação.
Pode-se destacar pela primeira vez o uso excessivo de referências, descontextualizadas e
esquecidas sem um comentário ou um desenvolvimento que pudesse de fato enriquecer o texto.
Esse abuso é visto várias vezes no decorrer do livro, tornando-se um fator negativo grave nesta
análise.
Na continuação desta primeira parte, a autora apresenta o aparelho fonador e seus
respectivos sistemas. A explicação novamente contém muitas referências, que tornaram a
compreensão geral do aparelho fonador mais complicada, ainda que vaga. Considerando-o
como um material de primeira leitura, pode-se aceitar como um defeito relevante, já que a não
compreensão do aparelho fonador não oferecerá a base desejada para os assuntos posteriores.
No mesmo sub-capítulo são abordadas diversas classificações do processo de fonação, tais
como os mecanismos de corrente de ar, articuladores passivos e ativos, modos e lugares de
articulação. Percebe-se um acúmulo de conteúdo, um após o outro, não dando oportunidade
para a digestão do que foi lido, com poucos exemplos, esses ainda desenvolvidos de maneira
pouco clara. O uso de tabelas é corrente, o que ajuda a visualização da matéria extensa, apesar
disso, há pouco interesse que o leitor entenda o pronunciamento dos fonemas, centrando-se
principalmente na classificação.
Encerra-se o capítulo um, culminando as ideias anteriores em explicitações sobre os
alfabetos fonéticos, quais existem e por que existem; diferenças entre transcrição restrita e
ampla; e finalmente o funcionamento dos alfabetos, seus elementos e os símbolos usados no
português em todas as suas variantes. Exige-se, porém, um olhar para além do conteúdo
apresentado, atentando-se para a repetição que há nos títulos dos últimos subtítulos, ambos
denominados como “Transcrição Fonética”. Este erro não afeta só a organização da obra como
um todo, mas dificulta também a busca do leitor por um dado específico dentro de uma enorme
quantidade de informações, função primária da separação de textos em capítulos e subcapítulos,
agravando-se ainda mais pela consecutividade de ambos.
Após as atividades propostas ao fim do capítulo anterior, é retomada a discussão das
distinções no que tange às áreas de fonética e fonologia. O discurso no entanto, alonga-se e
torna-se redundante, com repetições desnecessárias e muitas conceituações dos mesmos objetos
em referências distintas, que se mostram confusas pois não há interação ou desenvolvimento
entre elas.
3
Nas páginas seguintes, apresenta-se as três principais áreas da fonética: fonética
articulatória, fonética auditiva e fonética acústica, citando também a fonética instrumental e
algumas outras classificações. Depois da exposição a nível puramente demonstrativo, é dado
início a outra bateria de explicações, dedicando-se primeiramente aos segmentos vocálicos,
situando-os quanto a zona de articulação, intensidade, timbre, nasalidade e elevação, expondo
também os encontros vocálicos, suas especificações e modalidades.
Retoma-se então a identificação dos segmentos consonantais, finalmente dando
esclarecimentos às identificações mostradas no capítulo anterior no que diz respeito às
classificações quanto ao modo de articulação, zona de articulação, nasalidade e vozeamento, já
citadas quando o assunto se dedicava aos alfabetos fonéticos. Por último, tem-se a
conceitualização de fones, fonemas e alofones, com uma breve explicação de como ocorrem
essas diferenciações através da comutação, seguido dos exercícios finais de cada capítulo.
Os principais apontamentos em relação ao capítulo dois, se referem à recapitulação de
informações já ditas de forma quase idêntica, que não acrescentam qualquer riqueza ao texto, e
principalmente exemplos complicados e abertos a muitas dúvidas, inclusive dentro dos
exercícios propostos, o que prejudica o entendimento também pela grande quantidade de
informações, entregues sem a clareza necessária sobre os sons produzidos, elemento
imprescindível no estudo fonético e fonológico.
O capítulo três, inicia-se novamente com o assunto de transcrição fonética, destacando
agora a transcrição fonológica e suas diferenças. Há uma grande repetição de assuntos
contemplados anteriormente, mudando nada ou muito pouco da perspectiva. Os dados são
importantes e relevantes, contudo, há uma desorganização na exibição e ordenação desses
conhecimentos. Aquele que ler pela primeira vez, provavelmente precisará de mais de uma
releitura para acompanhar a ordem crescente e até mesmo um pouco caótica de informações,
em um nível acelerado e vago.
A seguir, os alfabetos fonéticos novamente tomam foco agora enfatizados pela sua
importância, ao compará-los com o alfabeto ortográfico. Aqui, é onde realmente se entende
com clareza a necessidade de um alfabeto fonético. A autora então volta para um assunto
pendente citado pela primeira vez ao final do capítulo um, sem explicações devidas,
aprofundando a pequena noção de variantes, exibindo os motivos para sua existência, utilizando
a comutação dos fonemas como fonte da explanação, e afirmando ao fim que a variação é
4
inerente ao sistema linguístico, mesmo que suas determinações sejam, em sua maioria,
extralinguísticas.
É buscada a conceitualização de neutralização no subcapítulo seguinte, processo
especialmente confuso devido a todas as pontuações feitas até então sobre a construção da obra.
Essa conceitualização introduz nos subcapítulos seguintes os processos fonológicos, dividido
em processos de inserção, supressão e permuta. A inserção divide-se em prótese, epêntese e
paragoge. A supressão, em aférese, síncope e apócope. Já a permuta divide-se em assimilação,
dissimilação, sonorização, labialização, metátese, vocalização, nasalização, desnasalização,
palatização, crase, ditongação e redução vocálica, todos exemplificados com mudanças práticas
que atuam e atuaram na língua portuguesa.
O capítulo quatro nos traz em sua abertura, um outro aspecto dos assuntos fonéticos, a
prosódia, classificada em intensidade, curva de pitch (f0) e entonação, resumida no que a autora
chama no título de uma “noção” sobre o conteúdo. O capítulo segue para a abordagem e
conceitualização de sílabas, com diversas definições de autores distintos, mas construções que
se assemelham em vários aspectos. Prossegue-se às possibilidades e impossibilidades de um
onset simples e complexo dentro da língua portuguesa, fazendo o mesmo com a coda silábica
no subcapítulo subsequente, além das classificações de palavras pela sua quantidade silábica.
Posteriormente, chega-se a especificação da sílaba quanto a sua tonicidade, na qual a discussão
se dá tanto nas sílabas átonas, tônicas e subtônicas, quanto na classificação das palavras pela
sílaba tônica: oxítona, paroxítona e proparoxítona.
Retoma-se então para um assunto já tratado mais cedo na obra (capítulo dois), os
encontros vocálicos, ditongo, tritongo e hiato, a fim de situá-lo junto aos encontros consonantais
abordados logo em seguida, classificados como próprios ou impróprio, dando espaço também
para o dígrafo e a letra diacrítica.
O último capítulo inicia-se com o conceito e reflexão sobre o que é ortografia. A discussão
muito enfatizada no decorrer do capítulo sobre o novo acordo ortográfico tem foco logo após,
apresentando as dificuldades e discussões no processo de aceitação e ratificação dos países da
língua portuguesa para com o novo acordo ortográfico.
Após essa breve reflexão, o livro passa por uma extensa demonstração de regras
ortográficas, primeiramente de letras e dígrafos: o uso das vogais átonas “e” e do “i”; uso da
vogal “e”; uso da vogal “i”; uso da letra G; uso da letra J; emprego da letra S; uso de SS;
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emprego da letra Z; uso da letra X e do dígrafo CH. Seguido pelas regras de acentuação dos
monossílabos tônicos, das palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas e hiatos. Também é
disposta regras dos outros sinais gráficos da língua, como o desaparecimento do trema, o uso
da crase, o emprego do hífen, encerrando com a demonstração da pronunciação correta
conforme a tonicidade das palavras.
Percebe-se que a discussão e reflexão do tema foi deixado para o fim, pois os subcapítulos
anteriores tratam a ortografia de forma simples e direta, resumindo-se a descrição da regra, crua
e pura. A discussão se volta para o aprofundamento da noção de ortografia e da importância da
padronização da língua portuguesa, seguida por um histórico de acordos ortográficos anteriores
aceitos, negados, mudados e esquecidos, assim como reflexões sobre a relevância de se adotar
este acordo no momento que foi adotado, quando haveria outras questões mais importantes a
serem tratadas.
No entanto, a discussão acaba aqui, junto ao livro, mostrando-se mais como uma parte
extra do que seria supostamente o principal foco da obra. Muito pouco há, sob uma visão
integral, quaisquer discussões no que se refere a ensino-aprendizagem. Vê-se no livro uma
proposta que condiz com sua estruturação geral: uma fala didática, direta e de fácil
compreensão, junto a elementos educativos, citados anteriormente, como a existência de
objetivos traçados ao início de cada capítulo, com reflexões ao fim, somados a dicas de leitura
e ainda atividades. Contudo, sob um olhar mais atento, nota-se que os objetivos propostos, são
realizados com dificuldades ou nem mesmo isso. As reflexões se tratam de um parágrafo apenas
e as atividades muitas vezes são complicadas demais para o conteúdo confuso e desorganizado
que é tratado no capítulo em questão, pois o discurso sucinto sofre em assuntos mais
aprofundados conforme o livro se debruça na complexidade delicada da fonética e fonologia,
aumentando a confusão ainda mais pelo exagero de referências utilizadas em todos os
momentos, por vezes, tomando subcapítulos inteiros, sem a contextualização da autora.
Em síntese, o livro Fonética e fonologia da língua portuguesa, ao meu ver, não traz
contribuições marcantes para o universo acadêmico, e dificilmente poderia servir também como
um livro para consultas rápidas, mesmo com o seu caráter direto e descritivo, supostamente
adequado para checagem de muitas regras de ortografias e classificações tabeladas, pois há uma
carência de organização generalizada, de títulos de subcapítulos repetidos, até a distribuição
picotada de alguns assuntos e a repetição de outros. Por fim, considero uma obra descartável da
prateleira dos estudantes e estudiosos de Letras e fonologia, e uma péssima escolha para uma
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primeira leitura do tema, podendo enganar pela sua facilidade, confundir e até limitar visões
mais produtivas dos assuntos dispostos.

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  • 1. 1 RESENHA MORAES, Rozangela. Fonética e fonologia da língua portuguesa. Rio de Janeiro: SESES, 2015. Resenhado por Stefanie Magalhães Madeira (Nome da instituição - Curso) Palavras-chave: Fonética; Fonologia; Ortografia; Aplicação. O livro Fonética e fonologia da língua portuguesa tem como base central a construção de conhecimento estrutural sob uma ótica didática e generalista referente aos conceitos de fonêmica e fonética, diversidade linguística no plano fonológico, interferências fonológicas no registro escrito e após uma estruturação devidamente formada, apresentar a ortografia da língua portuguesa, incluindo-a nesta visão ampliada, no intuito de desenvolver estratégias de ensino de ortografia. Destina-se principalmente a um público docente, abrindo discussões sobre o ensino-aprendizagem e ampliando perspectivas da própria língua para um ensino de maior qualidade. Constitui-se de cinco capítulos nomeados, “O processo de fonação e a representação dos sons da fala”, “A análise fonética e fonológica”, “Classificação articulatória das vogais e das consoantes; transcrição fonológica – processos fonológicos”, “O estudo da sílaba e noções de prosódia: acento, ritmo e entoação” e “Letra e fonema; fonologia e ensino de ortografia”. A análise parte da disposição do livro, cada capítulo obtendo uma seção inicial intitulada “objetivos” que narram o conhecimento que o leitor supostamente deverá adquirir ao final do capítulo, nesse, apresentando mais três seções padrões: “Atividades”, “Reflexão” e “Referências Bibliográficas”. Esse arranjo didático que retoma os objetivos depois de uma fixação do conteúdo através de exercícios e divide as referências por assunto, é muito amigável para um estudante de um conteúdo tão complexo como a área de fonética. O que não podemos deixar de avaliar, no entanto, é se esses objetivos determinados foram alcançados de forma satisfatória durante o desenvolvimento da obra. O primeiro capítulo [nome do capítulo], dividido como todos os outros em diversos subcapítulos, procura primeiramente esclarecer as divergências entre fonética e fonologia em
  • 2. 2 um breve resumo histórico das duas áreas científicas. Em seguida, continua uma espécie de introdução ao dedicar um subcapítulo às aplicações da fonética em diversas áreas de atuação. Pode-se destacar pela primeira vez o uso excessivo de referências, descontextualizadas e esquecidas sem um comentário ou um desenvolvimento que pudesse de fato enriquecer o texto. Esse abuso é visto várias vezes no decorrer do livro, tornando-se um fator negativo grave nesta análise. Na continuação desta primeira parte, a autora apresenta o aparelho fonador e seus respectivos sistemas. A explicação novamente contém muitas referências, que tornaram a compreensão geral do aparelho fonador mais complicada, ainda que vaga. Considerando-o como um material de primeira leitura, pode-se aceitar como um defeito relevante, já que a não compreensão do aparelho fonador não oferecerá a base desejada para os assuntos posteriores. No mesmo sub-capítulo são abordadas diversas classificações do processo de fonação, tais como os mecanismos de corrente de ar, articuladores passivos e ativos, modos e lugares de articulação. Percebe-se um acúmulo de conteúdo, um após o outro, não dando oportunidade para a digestão do que foi lido, com poucos exemplos, esses ainda desenvolvidos de maneira pouco clara. O uso de tabelas é corrente, o que ajuda a visualização da matéria extensa, apesar disso, há pouco interesse que o leitor entenda o pronunciamento dos fonemas, centrando-se principalmente na classificação. Encerra-se o capítulo um, culminando as ideias anteriores em explicitações sobre os alfabetos fonéticos, quais existem e por que existem; diferenças entre transcrição restrita e ampla; e finalmente o funcionamento dos alfabetos, seus elementos e os símbolos usados no português em todas as suas variantes. Exige-se, porém, um olhar para além do conteúdo apresentado, atentando-se para a repetição que há nos títulos dos últimos subtítulos, ambos denominados como “Transcrição Fonética”. Este erro não afeta só a organização da obra como um todo, mas dificulta também a busca do leitor por um dado específico dentro de uma enorme quantidade de informações, função primária da separação de textos em capítulos e subcapítulos, agravando-se ainda mais pela consecutividade de ambos. Após as atividades propostas ao fim do capítulo anterior, é retomada a discussão das distinções no que tange às áreas de fonética e fonologia. O discurso no entanto, alonga-se e torna-se redundante, com repetições desnecessárias e muitas conceituações dos mesmos objetos em referências distintas, que se mostram confusas pois não há interação ou desenvolvimento entre elas.
  • 3. 3 Nas páginas seguintes, apresenta-se as três principais áreas da fonética: fonética articulatória, fonética auditiva e fonética acústica, citando também a fonética instrumental e algumas outras classificações. Depois da exposição a nível puramente demonstrativo, é dado início a outra bateria de explicações, dedicando-se primeiramente aos segmentos vocálicos, situando-os quanto a zona de articulação, intensidade, timbre, nasalidade e elevação, expondo também os encontros vocálicos, suas especificações e modalidades. Retoma-se então a identificação dos segmentos consonantais, finalmente dando esclarecimentos às identificações mostradas no capítulo anterior no que diz respeito às classificações quanto ao modo de articulação, zona de articulação, nasalidade e vozeamento, já citadas quando o assunto se dedicava aos alfabetos fonéticos. Por último, tem-se a conceitualização de fones, fonemas e alofones, com uma breve explicação de como ocorrem essas diferenciações através da comutação, seguido dos exercícios finais de cada capítulo. Os principais apontamentos em relação ao capítulo dois, se referem à recapitulação de informações já ditas de forma quase idêntica, que não acrescentam qualquer riqueza ao texto, e principalmente exemplos complicados e abertos a muitas dúvidas, inclusive dentro dos exercícios propostos, o que prejudica o entendimento também pela grande quantidade de informações, entregues sem a clareza necessária sobre os sons produzidos, elemento imprescindível no estudo fonético e fonológico. O capítulo três, inicia-se novamente com o assunto de transcrição fonética, destacando agora a transcrição fonológica e suas diferenças. Há uma grande repetição de assuntos contemplados anteriormente, mudando nada ou muito pouco da perspectiva. Os dados são importantes e relevantes, contudo, há uma desorganização na exibição e ordenação desses conhecimentos. Aquele que ler pela primeira vez, provavelmente precisará de mais de uma releitura para acompanhar a ordem crescente e até mesmo um pouco caótica de informações, em um nível acelerado e vago. A seguir, os alfabetos fonéticos novamente tomam foco agora enfatizados pela sua importância, ao compará-los com o alfabeto ortográfico. Aqui, é onde realmente se entende com clareza a necessidade de um alfabeto fonético. A autora então volta para um assunto pendente citado pela primeira vez ao final do capítulo um, sem explicações devidas, aprofundando a pequena noção de variantes, exibindo os motivos para sua existência, utilizando a comutação dos fonemas como fonte da explanação, e afirmando ao fim que a variação é
  • 4. 4 inerente ao sistema linguístico, mesmo que suas determinações sejam, em sua maioria, extralinguísticas. É buscada a conceitualização de neutralização no subcapítulo seguinte, processo especialmente confuso devido a todas as pontuações feitas até então sobre a construção da obra. Essa conceitualização introduz nos subcapítulos seguintes os processos fonológicos, dividido em processos de inserção, supressão e permuta. A inserção divide-se em prótese, epêntese e paragoge. A supressão, em aférese, síncope e apócope. Já a permuta divide-se em assimilação, dissimilação, sonorização, labialização, metátese, vocalização, nasalização, desnasalização, palatização, crase, ditongação e redução vocálica, todos exemplificados com mudanças práticas que atuam e atuaram na língua portuguesa. O capítulo quatro nos traz em sua abertura, um outro aspecto dos assuntos fonéticos, a prosódia, classificada em intensidade, curva de pitch (f0) e entonação, resumida no que a autora chama no título de uma “noção” sobre o conteúdo. O capítulo segue para a abordagem e conceitualização de sílabas, com diversas definições de autores distintos, mas construções que se assemelham em vários aspectos. Prossegue-se às possibilidades e impossibilidades de um onset simples e complexo dentro da língua portuguesa, fazendo o mesmo com a coda silábica no subcapítulo subsequente, além das classificações de palavras pela sua quantidade silábica. Posteriormente, chega-se a especificação da sílaba quanto a sua tonicidade, na qual a discussão se dá tanto nas sílabas átonas, tônicas e subtônicas, quanto na classificação das palavras pela sílaba tônica: oxítona, paroxítona e proparoxítona. Retoma-se então para um assunto já tratado mais cedo na obra (capítulo dois), os encontros vocálicos, ditongo, tritongo e hiato, a fim de situá-lo junto aos encontros consonantais abordados logo em seguida, classificados como próprios ou impróprio, dando espaço também para o dígrafo e a letra diacrítica. O último capítulo inicia-se com o conceito e reflexão sobre o que é ortografia. A discussão muito enfatizada no decorrer do capítulo sobre o novo acordo ortográfico tem foco logo após, apresentando as dificuldades e discussões no processo de aceitação e ratificação dos países da língua portuguesa para com o novo acordo ortográfico. Após essa breve reflexão, o livro passa por uma extensa demonstração de regras ortográficas, primeiramente de letras e dígrafos: o uso das vogais átonas “e” e do “i”; uso da vogal “e”; uso da vogal “i”; uso da letra G; uso da letra J; emprego da letra S; uso de SS;
  • 5. 5 emprego da letra Z; uso da letra X e do dígrafo CH. Seguido pelas regras de acentuação dos monossílabos tônicos, das palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas e hiatos. Também é disposta regras dos outros sinais gráficos da língua, como o desaparecimento do trema, o uso da crase, o emprego do hífen, encerrando com a demonstração da pronunciação correta conforme a tonicidade das palavras. Percebe-se que a discussão e reflexão do tema foi deixado para o fim, pois os subcapítulos anteriores tratam a ortografia de forma simples e direta, resumindo-se a descrição da regra, crua e pura. A discussão se volta para o aprofundamento da noção de ortografia e da importância da padronização da língua portuguesa, seguida por um histórico de acordos ortográficos anteriores aceitos, negados, mudados e esquecidos, assim como reflexões sobre a relevância de se adotar este acordo no momento que foi adotado, quando haveria outras questões mais importantes a serem tratadas. No entanto, a discussão acaba aqui, junto ao livro, mostrando-se mais como uma parte extra do que seria supostamente o principal foco da obra. Muito pouco há, sob uma visão integral, quaisquer discussões no que se refere a ensino-aprendizagem. Vê-se no livro uma proposta que condiz com sua estruturação geral: uma fala didática, direta e de fácil compreensão, junto a elementos educativos, citados anteriormente, como a existência de objetivos traçados ao início de cada capítulo, com reflexões ao fim, somados a dicas de leitura e ainda atividades. Contudo, sob um olhar mais atento, nota-se que os objetivos propostos, são realizados com dificuldades ou nem mesmo isso. As reflexões se tratam de um parágrafo apenas e as atividades muitas vezes são complicadas demais para o conteúdo confuso e desorganizado que é tratado no capítulo em questão, pois o discurso sucinto sofre em assuntos mais aprofundados conforme o livro se debruça na complexidade delicada da fonética e fonologia, aumentando a confusão ainda mais pelo exagero de referências utilizadas em todos os momentos, por vezes, tomando subcapítulos inteiros, sem a contextualização da autora. Em síntese, o livro Fonética e fonologia da língua portuguesa, ao meu ver, não traz contribuições marcantes para o universo acadêmico, e dificilmente poderia servir também como um livro para consultas rápidas, mesmo com o seu caráter direto e descritivo, supostamente adequado para checagem de muitas regras de ortografias e classificações tabeladas, pois há uma carência de organização generalizada, de títulos de subcapítulos repetidos, até a distribuição picotada de alguns assuntos e a repetição de outros. Por fim, considero uma obra descartável da prateleira dos estudantes e estudiosos de Letras e fonologia, e uma péssima escolha para uma
  • 6. 6 primeira leitura do tema, podendo enganar pela sua facilidade, confundir e até limitar visões mais produtivas dos assuntos dispostos.