1. E
m 1414, depois de D. Filipa de
Lencastre ter armado cava-
leiros os seus três filhos mais
velhos e antes do embarque da
expedição de Ceuta, a rainha lamentava-
-se e sentia-se triste. Para aliviar o seu
sofrimento, uma das suas aias levava-lhe,
todas as tardes, enquanto se passeava pelo
claustro do Mosteiro de S. Dinis, o seu
doce preferido, uma taça de marmelada
branca, receita feita pelas freiras do Con-
vento de Odivelas.
Conta-sequeonomeOdivelassurgiupelofacto
A Rainha e o coleccionador de jóias
Os alunos do 5.º F da EB 2,3 dos Pombais, em Odivelas,
fizeram uma viagem pelo tempo e escreveram esta história
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de D. Dinis, à noite, se deslocar regularmente
para encontros com raparigas do seu agrado.
Certa noite, sabendo a rainha, sua esposa, o
que se passava, resolveu esperá-lo e quando
o rei fazia o seu percurso para o encontro, ela
interpelou-o e eis que proferiu as seguintes
palavras: «– Ide vê-las senhor…»
D. FILIPA DE
LENCASTRE
Princesa inglesa,
filha de João de
Gant, I Duque
de Lencastre.
Tornou-se rainha
consorte de
Portugal através
do casamento
com o rei
D. João I
2. 47
Em Odivelas, no ano de 1295, o rei D. Dinis
mandou edificar o Mosteiro de S. Dinis, para
agradeceraprotecçãodeS.Luísnumacaçada
em que o rei foi atacado por um urso que o
derrubou do cavalo. Foi nesse mesmo mos-
teiro que, num final de uma tarde de Verão,
a rainha D. Filipa de Lencastre, sentindo-se
exaustacomtantocalor,teveumasensaçãode
desmaio, encostando-se a uma das estátuas
querodeavamojardimdomosteiro.Qualnão
foioseuespantoquandoreparouqueafigura
de pedra apontava em direcção a uma porta
doedifício.Estefactodespertouumaenorme
curiosidadenarainhaquesefezacompanhar
da sua aia até ao local.
Ao abrirem a porta, depararam-se com um
objectoestranho,nuncaantesvisto.Umavoz
suave convidou-as a entrar para um passeio
ao futuro.
A rainha, preocupada com os seus filhos
queguerreavamemCeuta
contraosmouros,não
hesitou em entrar.
Num abrir e fechar
de olhos as duas no-
bres descobriram-se
numamansãomuito
rica onde se realizava uma festa da alta socie-
dade do século XXI.
Aovê-las,osconvidadosficarampetrificados
ecuriosos,emparticularcomasjóiasdarainha
que emitiam um brilho ofuscante.
Um coleccionador que se encontrava no
local, de imediato mostrou interesse por
aquela raridade e fez uma valiosa oferta.
A rainha, ao pensar no bem que poderia
fazer ao seu povo com tanto dinheiro, não
hesitou em aceitar.
Deregressoaoseutempoecomumaver-
dadeira fortuna em mãos, D. Filipa distri-
buiu por todos os necessitados o dinheiro
conseguido.
ao futuro.
A rainha, preocupada com os seus filhos
queguerreavamemCeuta
contraosmouros,não
hesitou em entrar.
Num abrir e fechar
de olhos as duas no-
bres descobriram-se
numamansãomuito
Ilustrações de Margarida Girão
MOSTEIRO
DE S. DINIS
Mandado
construir por D.
Dinis e que serviu
para abrigar
religiosos da
Ordem de Cister,
no século XIII
MARMELADA
BRANCA DE
ODIVELAS
Doçaria
conventual,
reconhecida
como uma das
mais importantes
de Portugal
‘IDE VÊ-LAS
SENHOR...’
Frase antiga
que muitos
crêem estar na
origem do nome
Odivelas
(Ide vê-las)´
Os escritores deste mês são da turma do 5.º F da EB 2,3 dos Pombais,
em Odivelas. Foram orientados pela professora Eloísa Branco
A história Estará o Bolo
Envenenado?, da turma do 3.º ano
da EB1/JI da Cova da Moura
Aventuras
da nossa terra
Todos os meses, uma turma
do ensino básico escreve uma
história com quatro elementos
relacionados com o local
onde está inserida a
escola
www.visaojunior.pt
Em
podes ler
Os escritores deste mês são da turma do 5.º F da EB 2,3 dos Pombais,
em Odivelas. Foram orientados pela professora Eloísa Brancoem Odivelas. Foram orientados pela professora Eloísa Branco
A história do 3.º A da EB1 Quinta
Nossa Senhora do Monte Sião, da
Torre da Marinha, Seixal