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LEQUES LEQUES
História dos leques Os leques existentes séculos antes de Cristo eram enormes, não podiam ser fechados e quem os movimentava eram os escravos.  Na época dos grandes descobrimentos, os portugueses trouxeram do Japão a novidade dos leques retráteis, que logo se espalhou pela Europa, invadindo a França, tomando conta da Corte e dos salões e inspirando poetas e pintores. Nessa época os leques eram presos à cintura por delicadas e artísticas correntinhas. Para o Brasil foi trazida a moda com a vinda da família real portuguesa, no início do século XIX.
Linguagem dos leques O leque não exercia, somente, a função de refrescar. Era, também, fonte de linguagem codificada das damas para os cavalheiros. Alguns exemplos: Eu te amo - Esconder os olhos com o leque aberto. Aproxime-se - Andar com o leque, conduzindo-o aberto na mão esquerda. Quando nos veremos? Leque aberto no colo. Não me esqueça - Tocar o cabelo com o leque fechado. Adeus - Abrir e fechar o leque. Sim - Apoiar o leque no lado direito do rosto. Não - Apoiar o leque no lado esquerdo do rosto. Espertinhas, as damas da época!
Leque espanhol com varetas de nácar branco entalhadas e com incrustações de ouro. Tela dupla de seda pintada dos dois lados por Miguel Drago. Século XX.
Leque tipo baralho (somente varetas, sem  guarnição   de tecido – neste caso, as varetas estão unidas por uma fita de 1 cm de largura), feito de  ébano totalmente entalhado, gravado e pintado à mão pelo esmerado artesão valenciano R. Quiles .
Leque francês com varetas de nácar oriental, montado em pele de cabrito com apliques de tule bordado com lantejoulas e pinturas amorosas campestres. Século XVIII.
Leque francês do século XVIII de nácar oriental liso, montado em renda bordada à mão com a letra “F” ao centro,  provavelmente a inicial da dama (Françoise, Florence?) a quem pertenceu naqueles anos de 1700.
Leque com varetas de marfim filigranadas. Tela dupla, pintada por Grassman, representando uma cópia da pintura de Ricci, “O concerto”. No reverso, a pintura é a suave paisagem de um lago. Primeira metade do século XX.
Leque tipo baralho, confeccionado totalmente em nácar branco com delicados entalhes feitos a cinzel por Blay Villa e com transparências também em nácar.
Leque francês com varetas buriladas de nácar oriental e tartaruga, pintado à mão em tela dupla . Século XIX.
Leque francês com varetas de nácar oriental, montado em seda natural com pinturas feitas à mão e apliques de renda bordados com lantejoulas douradas. Século XIX.
Leque francês com varetas de tartaruga entalhadas e gravadas à mão, com incrustações em ouro. Tela de algodão pintada por Gabarda.  Século XIX. Texto e fotos: Internet By Miroca [email_address]

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  • 2. História dos leques Os leques existentes séculos antes de Cristo eram enormes, não podiam ser fechados e quem os movimentava eram os escravos. Na época dos grandes descobrimentos, os portugueses trouxeram do Japão a novidade dos leques retráteis, que logo se espalhou pela Europa, invadindo a França, tomando conta da Corte e dos salões e inspirando poetas e pintores. Nessa época os leques eram presos à cintura por delicadas e artísticas correntinhas. Para o Brasil foi trazida a moda com a vinda da família real portuguesa, no início do século XIX.
  • 3. Linguagem dos leques O leque não exercia, somente, a função de refrescar. Era, também, fonte de linguagem codificada das damas para os cavalheiros. Alguns exemplos: Eu te amo - Esconder os olhos com o leque aberto. Aproxime-se - Andar com o leque, conduzindo-o aberto na mão esquerda. Quando nos veremos? Leque aberto no colo. Não me esqueça - Tocar o cabelo com o leque fechado. Adeus - Abrir e fechar o leque. Sim - Apoiar o leque no lado direito do rosto. Não - Apoiar o leque no lado esquerdo do rosto. Espertinhas, as damas da época!
  • 4. Leque espanhol com varetas de nácar branco entalhadas e com incrustações de ouro. Tela dupla de seda pintada dos dois lados por Miguel Drago. Século XX.
  • 5. Leque tipo baralho (somente varetas, sem guarnição de tecido – neste caso, as varetas estão unidas por uma fita de 1 cm de largura), feito de ébano totalmente entalhado, gravado e pintado à mão pelo esmerado artesão valenciano R. Quiles .
  • 6. Leque francês com varetas de nácar oriental, montado em pele de cabrito com apliques de tule bordado com lantejoulas e pinturas amorosas campestres. Século XVIII.
  • 7. Leque francês do século XVIII de nácar oriental liso, montado em renda bordada à mão com a letra “F” ao centro, provavelmente a inicial da dama (Françoise, Florence?) a quem pertenceu naqueles anos de 1700.
  • 8. Leque com varetas de marfim filigranadas. Tela dupla, pintada por Grassman, representando uma cópia da pintura de Ricci, “O concerto”. No reverso, a pintura é a suave paisagem de um lago. Primeira metade do século XX.
  • 9. Leque tipo baralho, confeccionado totalmente em nácar branco com delicados entalhes feitos a cinzel por Blay Villa e com transparências também em nácar.
  • 10. Leque francês com varetas buriladas de nácar oriental e tartaruga, pintado à mão em tela dupla . Século XIX.
  • 11. Leque francês com varetas de nácar oriental, montado em seda natural com pinturas feitas à mão e apliques de renda bordados com lantejoulas douradas. Século XIX.
  • 12. Leque francês com varetas de tartaruga entalhadas e gravadas à mão, com incrustações em ouro. Tela de algodão pintada por Gabarda. Século XIX. Texto e fotos: Internet By Miroca [email_address]