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LÍNGUA PORTUGUESA 1ª série do Ensino Médio
UTILIZE O LEITOR RESPOSTA ABAIXO DESSA LINHA ENQUADRANDO A CÂMERA APENAS NAS BOLINHAS
SEQUÊNCIA DIGITAL DE AGOSTO
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Leia o texto abaixo.
Pesquisadores trabalham em robô que pode andar na gravidade lunar
SpaceBok está em teste e tem características diferentes de tudo que já foi usado em
explorações espaciais
[...] O robô de quatro patas foi projetado e construído por uma equipe de estudantes [...] e vem
para redefinir a locomoção para a exploração espacial. O diferencial do protótipo é que, além de
andar, correr e até dar saltos mortais, ele é capaz de pular alto e rápido em gravidade lunar. Seu
salto pode chegar a 2 metros de altura, o que significa que ele se moveria com uma velocidade
surpreendente na lua.
Os pesquisadores conectaram-no a uma plataforma de testes que simula a gravidade lunar
e permite que pratique suas habilidades. Com tamanho semelhante ao de um cachorro de porte
médio, o Spacebok realiza uma caminhada dinâmica, como os animais: enquanto na caminhada
estática pelo menos três pernas permanecem no solo o tempo todo, a dinâmica permite que ande
em todas as fases, mesmo durante o pulo. Todas as pernas ficam fora do chão, como se ele fosse
capaz de voar. [...]
MUNDO ROBÓTICA. Pesquisadores trabalham em robô que pode andar na gravidade lunar. 2019. Disponível em: <https://www.obr.org.br/
mundorobotica/2019_MundoRobotica_v6n15.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P080097H6_SUP)
01) (P080098H6) Nesse texto, no trecho “... ele se moveria com uma velocidade surpreendente na lua.”
(1º parágrafo), a forma verbal destacada foi usada para
A) apontar uma ação possível de ocorrer no futuro.
B) expressar uma ação interrompida no passado.
C) indicar uma ação que ocorreu anterior ao momento da fala.
D) sugerir uma ação que ocorrerá depois do momento da fala.
Leia o texto abaixo.
O homem de giz
1986
– Hoje vai cair um temporal, Eddie.
Meu pai gostava de fazer a previsão do tempo com uma voz grave e impostada, como as pessoas
na TV. Ele sempre falava com uma certeza absoluta, apesar de em geral errar as previsões.
Olhei para o perfeito céu azul pela janela, um azul tão brilhante que era preciso estreitar um
pouco os olhos para vê-lo.
– Não parece que vai cair um temporal, pai – questionei com a boca cheia de sanduíche de queijo.
– É porque não vai cair nenhum temporal – retrucou minha mãe, entrando na cozinha súbita e
silenciosamente, como uma espécie de ninja. [...] E não fale com a boca cheia, Eddie.
– Hummm – murmurou meu pai, que sempre fazia isso quando discordava da mamãe, embora
não ousasse dizer que ela estava errada. Ninguém ousava discordar da mamãe. [...]
TUDOR, C. J. O homem de giz. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018. Disponível em: <https://www.intrinseca.com.br/upload/
livros/1%C2%BACAP_OHomemDeGiz.pdf>. Acesso em: 22 jul. 2022. Fragmento. (P080093H6_SUP)
02) (P080094H6) Nesse texto, há uma opinião no trecho:
A) “Meu pai gostava de fazer a previsão do tempo com uma voz grave...”. (2º parágrafo)
B) “Olhei para o perfeito céu azul pela janela, um azul tão brilhante...”. (3º parágrafo)
C) “... retrucou minha mãe, entrando na cozinha...”. (5º parágrafo)
D) “... murmurou meu pai, que sempre fazia isso...”. (6º parágrafo)
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Leia o texto abaixo.
Sabe picles?
É bom demais.
A história das conservas caminha junto com a história da civilização humana. Desde que
nos organizamos em sociedade, trabalhamos para conservar os alimentos devido à falta de
refrigeradores e aos invernos rigorosos (onde isso é uma realidade).
Atualmente a conservação artesanal dos alimentos não é mais uma necessidade, mas
continuamos utilizando geleias, compotas e conservas em vinagre e salmoura simplesmente
porque elas são deliciosas.
O uso de vinagre ou salmoura é um dos métodos mais antigos de conservação de alimentos.
Apesar de suas origens exatas serem desconhecidas, acredita-se que os mesopotâmios
conservavam alimentos já em 2400 a.C., de acordo com o Museu Food New York. Também
reza a lenda de que ninguém menos do que Cleópatra era uma grande consumidora de picles –
supostamente o consumo de pepinos em conserva seria o segredo de sua implacável beleza. [...]
Hoje, quando pensamos em picles, logo nos vem à mente os pickles americanos de pepino ou
os tradicionais gurken alemães que acompanham tão bem um hambúrguer ou salada de batata.
Ainda que o picles de pepino seja o mais comum, são também populares os de mini cebola,
cenoura e couve-flor. Mas, acredite, é possível fazer até picles de ovo (!).
O picles nada mais é do que uma conserva de vegetais, ovos ou frutos do mar em vinagre
e algum tipo de açúcar. Esses elementos produzem uma fermentação natural no alimento,
responsável por preservá-lo por semanas. E o bacana é que fazer o seu próprio picles não tem
mistério. A fórmula básica leva vinagre, água e açúcar (ou mel) e o item que você quiser conservar.
Depois, é só acrescentar temperinhos a gosto e aproveitar. E o melhor: você tem o trabalho de
fazer uma vez, mas pode curtir seus picles até semanas depois (isso se não acabar antes!). [...]
COMA COMO UMA GAROTA. Sabe picles? Disponível em: <https://medium.com/cozinhadoclube/picles-16914e0f1863>.
Acesso em: 4 jan. 2020. Fragmento. (P070298I7_SUP)
03) (P070298I7) Nesse texto, no trecho “Mas, acredite, é possível fazer até picles de ovo (!).” (4º parágrafo),
o verbo destacado foi usado para
A) convencer o leitor.
B) fazer um pedido.
C) instruir o leitor.
D) propor um convite.
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Leia o texto abaixo.
Larissa Manoela e Thati Lopes falam de sonhos em Diários de Intercâmbio
O novo filme brasileiro [...] chegou com tudo! Diários de Intercâmbio, protagonizado por Larissa
Manoela e Thati Lopes, é uma história que fala sobre sonhos, desafios e amizade. Tudo isso com
muitos momentos engraçados e divertidos.
Lançada na última quarta-feira (18/8), a comédia já conquistou o primeiro lugar das produções
mais assistidas na plataforma de streaming no Brasil, trazendo um enredo que acompanha
Bárbara e Taila. As duas jovens são melhores amigas e trabalham no aeroporto do Rio de Janeiro.
Bárbara sempre sonhou em viajar para fora do Brasil enquanto Taila não tem a mesma vontade.
Quando a ideia de fazer um intercâmbio surge, a personagem de Lari faz de tudo para
convencer a amiga de acompanhá-la. É assim que as duas embarcam juntas em uma jornada
que vai te conquistar. [...]
Outro ponto que está chamando bastante a atenção da galera são os acontecimentos inusitados
e as reviravoltas surpreendentes apresentadas durante o longa. Alguns desenvolvimentos
deixaram muita gente chocada, aliás, a própria Thati disse que ficou de “queixo caído” enquanto
Lari contou que ficou bem impactada: “É tão bom quando a gente vê um filme que nos surpreende,
que tem uma reviravolta que faz a gente até voltar as cenas para rever e sentir novamente o
impacto. Acho que foi isso que senti, um frio bom na barriga”, afirmou. [...]
Você, que já assistiu ao filme, percebeu algumas vozes conhecidas na trilha sonora? Acontece
que as atrizes também participaram da trilha sonora do longa. “A música caminha na minha vida
no mesmo ritmo da dramaturgia. Fico muito feliz e realizada quando consigo conciliar essas duas
artes que tanto amo”, disse Larissa. Já Thati revelou que sentia falta da música: “Estava com
saudade de cantar. Comecei minha carreira fazendo musicais e de um tempo pra cá não canto
em lugar nenhum. A música é linda, gostosa de ouvir, amei o resultado”, declarou. [...]
Disponível em: <https://capricho.abril.com.br/entretenimento/larissa-manoela-e-thati-lopes-falam-de-sonhos-em-diarios-de-intercambio/>.
Acesso em: 7 fev. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P081474I7_SUP)
04) (P081474I7) Nesse texto, há uma opinião no trecho:
A) “... é uma história que fala sobre sonhos, desafios...”. (1º parágrafo)
B) “... as duas embarcam juntas em uma jornada...”. (3º parágrafo)
C) “‘Estava com saudade de cantar.”. (5º parágrafo)
D) “‘A música é linda, gostosa de ouvir, amei o resultado’”. (5º parágrafo)
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Leia o texto abaixo.
O impacto das redes sociais no cenário musical
Durante anos, a música foi trabalhada em função dos videoclipes. [...] Agora, com o avanço
das redes sociais, essa função do vídeo se transformou, e a música passou a ser pensada de uma
forma que gere engajamento1
na internet, seja por meio de campanhas específicas ou desafios
virais no Tik Tok.
Recentemente, diversos artistas fizeram de suas músicas um grito nas redes sociais, como
foi o caso de “Língua dos Animais”, de Marisa Monte. A canção veio acompanhada da hashtag2
#AdoteComMarisa, que estimulava a adoção de animais domésticos. [...]
Além das campanhas, os challenges3
se tornaram parte da composição musical. [...] Quando
produzimos uma música, temos que pensar em um trecho que cause mais impacto naqueles 3
minutos de reprodução. É uma nova forma de se comunicar e consumir. Se uma pessoa assiste
alguns challenges3
com a mesma canção, ela já decorou pelo menos 15 segundos daquela
música, e a partir daí vai atrás da versão completa [...].
O Tik Tok e o [...] Instagram deixaram de ser apenas tendências e se tornaram uma realidade
dentro do cenário musical. Seja no lado de quem cria ou consome, é preciso se atentar a essas
mudanças [...]. O digital não é mais o futuro, já se tornou o presente.
*Vocabulário:
1
engajamento: interação.
2
hashtag: expressão referente a #.
3
challenges: desafios.
ROZENBLIT, Bonne. O impacto das redes sociais no cenário musical. In: Hoje em dia.
Disponível em: <https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-impacto-das-redes-sociais-no-cenario-musical-1.90868>.
Acesso em: 20 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P080073H6_SUP)
05) (P080074H6) Nesse texto, no trecho “... ou desafios virais...” (1º parágrafo), a expressão em destaque
foi utilizada para
A) citar a forma como desafios se espalham pelas redes sociais.
B) demarcar uma função específica dos desafios de redes sociais.
C) indicar que as pessoas se sentem intimidadas por desafios.
D) mostrar que uma pessoa fez um desafio sobre uma indisposição.
Leia o texto abaixo.
Inverno e magia
Era um sonho tão antigo que eu trazia na vida por anos seguidos. Conhecer a França, o país
da origem de minha família. Um belo dia ganhei a tão sonhada viagem, presente de aniversário
dos meus filhos. O primeiro voo, o medo, as turbulências, mas tudo muito fascinante. A chegada
à tardinha numa cidade do interior, a subida para os Alpes, os túneis, o rio Sena em quase todo
trajeto, a diferença de altitude, os chalés com a cobertura de pedras, a neve, o orvalho, o frio
que fazia o corpo todo tremer. O coração acelerado, os olhos embevecidos de tanta beleza. À
noite, debaixo das cobertas vendo da janela o céu ofuscado pelas nuvens, não se via estrelas e
nem a lua. O vento completava a magia do lugar. Pela manhã as montanhas encobertas de gelo,
os flocos de neve encobriam a vidraça do quarto. A paisagem encoberta pela geada. E, eu ali,
entorpecida e encantada por tanta magnificência. Um passeio memorável, um inverno intenso de
magia, deslumbre e êxtase. Hoje na lembrança e no álbum de fotografias.
LOPES, Maria de Fátima Fontenele. Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br/contoscotidianos/7488407l>. Acesso em: 5 abr. 2022.
Adaptado para fins didáticos. (P111834I7_SUP)
06) (P111845I7) Nesse texto, a expressão “olhos embevecidos” foi usada para
A) indicar que a narradora se encantou com o que via.
B) mostrar que a narradora tinha os olhos bonitos.
C) revelar que a narradora estava com a visão turva.
D) sinalizar que a narradora precisava usar óculos.
E) sugerir que a narradora estava chorando.
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Leia os textos abaixo.
Texto 1 Texto 2
Espelho D’água
Emoção,
Os rios falam pelas cachoeiras.
E por paixão,
Os peixes nadam contra a correnteza.
Sim ou Não,
As dúvidas protegem as certezas.
Tudo é um rio refletindo a paisagem,
Espelho d’água levando as imagens pro mar.
Cada pessoa levando um destino,
Cada destino levando um sonho
E sonhar é a arte da vida
Sonhar nas sombras de um jardim
Nas noites de lua que não tem fim
Estações,
As flores falam pela primavera.
Eu quero te dizer, meu grande amor,
Amar é como abrir uma janela.
Sol é Luz,
E a luz é o que seduz e o que pondera.
SATER, Almir; TEIXEIRA, Renato. Espelho d’água. In: Vaga
lume. Disponível em: <https://bit.ly/2LJTkq0>. Acesso em: 25 jul.
2022. Fragmento.
O rio e o mar
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no
oceano ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada,
os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso
através das florestas,
através dos povoados,
e vê à sua frente um oceano tão vasto
que entrar nele nada mais é
do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano
é que o medo desaparece.
Porque, apenas então,
o rio saberá que não se trata
de desaparecer no oceano.
Mas tornar-se oceano,
Por um lado é desaparecimento
e por outro lado é renascimento.
OSHO. O rio e o mar. In: Luso-poemas. Disponível em:
<https://bit.ly/3orOzmo>. Acesso em: 25 jul. 2022.
(P100600H6_SUP)
07) (P100600H6) Esses textos são parecidos pois
A) afirmam que os peixes nadam contra a correnteza.
B) indicam que o rio reflete as paisagens.
C) informam que o rio treme de medo de cair no oceano.
D) mostram o destino do rio que é desaguar no mar.
E) relacionam o sol com a luz que seduz.
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Leia o texto abaixo.
“Drummond e o Elefante Geraldão”, Fernando Jorge
[...] No livro Drummond e o Elefante Geraldão, publicado pela Ed. Novo Século em 2012, que
somente agora chegou em minhas mãos, temos a satisfação de conviver um pouquinho com
uma das mentes mais brilhantes deste país. Não se trata de uma biografia, especialidade de
Fernando Jorge, mas relatos lançados em livro de momentos que viveram juntos. Fernando Jorge
frequentou a casa de Drummond, com ele conviveu e trocou muitas palavras, sempre anotando os
detalhes para nos presentear com um livro repleto de peculiaridades e particularidades do poeta.
Com sua conhecida capacidade de absorver informações, Fernando Jorge apresenta
um Drummond caseiro e reservado, como todo bom mineiro. Consta no livro que em certa
oportunidade, questionado por Fernando Sabino, outro gigante escritor das Alterosas, o poeta
assim respondeu ao ser perguntado como o pai mineiro deve dar conselhos ao seu filho:
“– Meu filho, preste atenção. Se você sair de casa, não se esqueça de pegar o guarda-chuva,
mas não leve muito dinheiro. E ao levá-lo, não entre em qualquer lugar. Mas se entrar num lugar
confiável, não o desperdice. [...] E ao pagar a conta, pague só a sua parte.” (pág. 48).
Essas e outras passagens são relatadas com primazia por Fernando Jorge. As conversas
trocadas entre os escritores, recheadas de vida e inteligência, mostram a riqueza da amizade e
abordavam diversos assuntos [...], não apenas literatura, ainda que esse fosse o mote principal.
Lendo o livro nos sentimos próximos a Drummond, como se ouvíssemos sua voz pausada e
suave, sempre baixa, declamando uma de suas poesias.
A leitura de Drummond e o Elefante Geraldão é prazerosa, gostosa, um passeio divertido e
repleto de novidades pela vida do poeta mineiro. [...]
HRUSCHKA, Cristian Luis. “Drummond e o Elefante Geraldão”, Fernando Jorge. In: Resenhas literárias. Disponível em
<https://bit.ly/34SIwxE> Acesso em: 29 dez. 2020. Fragmento. (P101093I7_SUP)
08) (P101093I7) O trecho desse texto que apresenta uma marca de opinião é:
A) “... publicado pela Ed. Novo Século em 2012, que somente agora chegou em minhas mãos,...”.
(1º parágrafo)
B) “Não se trata de uma biografia, especialidade de Fernando Jorge, mas relatos lançados em livro de
momentos que viveram juntos.”. (1º parágrafo)
C) “Fernando Jorge frequentou a casa de Drummond, com ele conviveu e trocou muitas palavras,…”.
(1º parágrafo)
D) “... o poeta assim respondeu ao ser perguntado como o pai mineiro deve dar conselhos...”. (2º parágrafo)
E) “A leitura de Drummond e o Elefante Geraldão é prazerosa, gostosa, um passeio divertido e repleto de
novidades pela vida do poeta mineiro.”. (5º parágrafo)
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Leia o texto abaixo.
Do sol & da chuva com pequeno milagre
Naquele ano de 1925, [...] a estação das chuvas tanto se prolongara além do normal e
necessário que os fazendeiros, como um bando assustado, cruzavam-se nas ruas a perguntar
uns aos outros, o medo nos olhos e na voz:
– Será que não vai parar?
Referiam-se às chuvas, nunca se vira tanta água descendo dos céus, dia e noite, quase sem
intervalos.
– Mais uma semana e estará tudo em perigo.
– A safra inteira… [...]
Falavam da safra anunciando-se excepcional, a superar de longe todas as anteriores. Com
os preços do cacau em constante alta, significava ainda maior riqueza, prosperidade, fartura,
dinheiro a rodo. Os filhos dos coronéis indo cursar os colégios mais caros das grandes cidades,
novas residências para as famílias nas novas ruas recém-abertas, móveis de luxo mandados vir
do Rio, pianos de cauda para compor as salas, as lojas sortidas, multiplicando-se, o comércio
crescendo, [...] o progresso enfim, a tão falada civilização.
E dizer-se que essas chuvas agora demasiado copiosas, ameaçadoras, diluviais, tinham
demorado a chegar, tinham-se feito esperar e rogar! Meses antes, os coronéis levantavam os
olhos para o céu límpido em busca de nuvens, de sinais de chuva próxima. Cresciam as roças
de cacau, estendendo-se por todo o sul da Bahia, esperavam as chuvas indispensáveis ao
desenvolvimento dos frutos acabados de nascer, substituindo as flores nos cacauais. [...]
AMADO, Jorge. Gabriela, Cravo e canela. Companhia da Letras, 2012. Fragmento. (P100599H6_SUP)
09) (P100599H6) O contexto social a que esse texto faz referência é
A) a abertura de escolas na região das lavouras de cacau.
B) a importância da construção civil para a economia da Bahia.
C) a prosperidade trazida pela produção de cacau.
D) o crescimento do comércio no sul da Bahia.
E) o prestígio da música tocada com piano na Bahia.
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Leia o texto abaixo.
Resenha: o que achamos de Vingadores – Ultimato. Sem spoilers!
Ontem, 25 de abril, estreou no Brasil o filme mais aguardado do ano – e de toda uma era de
super-heróis: Vingadores – Ultimato. A obra marca o final, ou quase, de uma saga de 22 filmes [...].
A primeira parte de Ultimato foca nas consequências deixadas por Thanos, que ainda afetam
profundamente os heróis que permaneceram vivos após a jogada fatal do vilão. O filme, então,
em sua segunda metade, aborda a missão de resgate do restante da equipe [...].
O longa também exibe uma faceta diferente para cada personagem da equipe principal. [...]
CapitãoAmérica é, sem dúvidas, elevado para outro patamar. O personagem consegue mostrar
uma força inabalável, tanto nas cenas de ação quanto no processo de recuperação da perda de
seus companheiros de equipe. Acredito que, se não estava claro antes, agora ele mostra que sim:
é insubstituível e digno de toda aclamação. [...]
As três horas passam sem que se perceba. O filme quebra expectativas e entrega – até
demais – fan service1
. O humor, marca de outros filmes dos Vingadores, continua presente e,
sem esforço, consegue genuinamente divertir.
É um final digno para quem acompanhou desde o começo – sem escapatória, é triste também.
Os diretores apreciam os fãs e entregam homenagens e cenas que jamais esperaríamos ver. No
final, o que fica é uma mescla de orgulho por fazer parte de uma legião de fãs tão apaixonados,
e a enorme curiosidade para saber o que virá pela frente.
*Vocabulário:
1
fan service: expressão utilizada para indicar que a produção entregou o que os fãs esperavam
SOUSA, Alana. Resenha: o que achamos de Vingadores – Ultimato. Sem spoilers! Disponível em: <https://bityli.com/RMBqov>.
Acesso em: 25 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P100589H6_SUP)
10) (P100589H6) Nesse texto, no trecho “A obra marca o final...” (1º parágrafo), a expressão destacada foi
utilizada para
A) apontar que o filme prejudicou o final de uma série de filmes.
B) evidenciar que o filme se sobressaiu em uma série de filmes.
C) indicar que o filme foi o último de uma série de filmes.
D) mostrar que o filme impediu a realização de uma série de filmes.
E) revelar que o filme limitou as expectativas sobre uma série de filmes.
11) (P100590H6) Nesse texto, no trecho “... consegue genuinamente divertir...” (5º parágrafo), o sufixo
destacado foi utilizado para
A) apontar modo.
B) indicar tempo.
C) marcar intensidade.
D) mostrar dúvida.
E) revelar lugar.
12) (P100591H6) Nesse texto, o trecho que apresenta uma opinião é
A) “A obra marca o final, ou quase, de uma saga de 22 filmes...”. (1º parágrafo)
B) “A primeira parte de Ultimato foca nas consequências deixadas por Thanos...”. (2º parágrafo)
C) “O longa também exibe uma faceta diferente para cada personagem da equipe principal.”. (3º parágrafo)
D) “O filme, então, em sua segunda metade, aborda a missão de resgate do restante da equipe.”. (4º parágrafo)
E) “Acredito que, se não estava claro antes, agora ele mostra que sim: é insubstituível...”. (4º parágrafo)
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Leia o texto abaixo.
De Tanto Amor
Ah! Eu vim aqui amor só pra me despedir
E as últimas palavras desse nosso amor, você
vai ter que ouvir
Me perdi de tanto amor [...]
Ninguém podia amar assim e eu amei
E devo confessar, aí foi que eu errei
Vou te olhar mais uma vez, na hora de dizer adeus
Vou chorar mais uma vez quando olhar nos olhos
seus, nos olhos seus
A saudade vai chegar e por favor meu bem
Me deixe pelo menos só te ver passar
Eu nada vou dizer, perdoa se eu chorar
REIS, Nando. De tanto amor. In: Letras. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/nando-reis/de-tanto-amor/>. Acesso em: 26 jul. 2022.
(P100598H6_SUP)
13) (P100598H6) Apesar de esse texto pertencer à Contemporaneidade, a característica do Romantismo que
está em evidência é
A) a desilusão amorosa.
B) a luta pela liberdade.
C) o culto à natureza.
D) o pessimismo exagerado.
E) o retorno ao passado.
Leia o texto abaixo.
Por que os microplásticos soltos na natureza fazem mal à saúde?
Enquanto escrevo este texto, percebo que a meu redor há uma sacola, um copo, um porta-lápis,
[...] – e vou parar por aqui! –, tudo feito de plástico. [...]
Mas o que isso tem a ver com o título deste texto? Vou chegar lá! Primeiro, preciso contar que
o plástico é um material muito resistente e que leva muito tempo para se decompor na natureza.
[...] E, no ambiente, ele vai se quebrando em pedaços cada vez menores, transformando-se nos
chamados microplásticos, que, de tão miúdos, a gente mal percebe.
O microplástico também pode vir em alguns produtos que usamos. Por exemplo: uniformes de
futebol. [...] Há microplástico, ainda, em sabonetes esfoliantes e em algumas pastas de dentes...
Sabe aquelas bolinhas azuis? São elas!
Pense comigo: o microplástico [...] que sai do sabonete e escorre pelo ralo, o que cuspimos da
pasta de dente e desce pelo cano da pia, todos eles passam direto pelas estações de tratamento
de água das nossas cidades, indo parar nos rios e nos oceanos. E é aí que mora o problema!
Quando estão nos rios e oceanos, os microplásticos podem ser confundidos com comida por
diversos animais, indo dos menores seres vivos como plâncton até as maiores baleias [...]. Outros
animais que se alimentam de seres marinhos, o que inclui a nós, humanos, podem se contaminar
com microplásticos. O que fazer?!?
Nos dias de hoje, banir o plástico de nossas vidas é praticamente impossível. Mas podemos
reduzir o consumo, [...] reutilizar embalagens e dar o destino adequado ao plástico (e aos
demais materiais) que jogamos fora. Ah! E podemos, também, evitar os produtos que contenham
microplásticos na sua fórmula. Vamos agir!
ARAUJO, Fábio Vieira de; CASTRO, Rebeca Oliveira. Por que os microplásticos soltos na natureza fazem mal à saúde?
In: Ciência Hoje das Crianças. 2015. Disponível em: <https://cienciahoje.periodicos.capes.gov.br/storage/acervo/chc/chc_274.pdf>.
Acesso em: 13 dez. 2021. Fragmento. (P111526I7_SUP)
14) (P111530I7) Nesse texto, na palavra “reutilizar” (6º parágrafo), o prefixo “re” foi usado para
A) apontar duplicidade.
B) indicar afastamento.
C) marcar repetição.
D) revelar contrariedade.
E) sugerir anterioridade.
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Leia o texto abaixo.
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Meus olhos são verdes enquanto sonho
Saudade é um punhado de areia nos olhos.
Penso no passado enquanto a pressa entra pelos vãos do vidro do carro.
Perto de casa existe um campinho de futebol, observei de soslaio, dias atrás, naquele
breve momento que a febre da pressa me abandonou.
E vi um menino correndo num campo de terra atrás de uma bola velha.
Areia nos olhos...
Ah, minha mãe, me conte histórias, de quem era aquela carroça atravessando a Avenida
Contorno, o caminho cheirando estrume de cavalo, me levando de passageiro?
Hoje apenas sonho com aquelas manhãs fagueiras, reencontro o mesmo céu bordado de
estrelas e nele voam as asas ligeiras das borboletas azuis que versou o poeta Casimiro de Abreu.
Eu não deveria sentir saudades daqueles tempos rudes, mas sinto. E sonho às vezes.
Meus filhos eram pequenos quando acelerei a vontade de vê-los crescidos.
Agora que cresceram, não tenho como fazer o tempo voltar e sinto saudades de quando
suas mãos pequenas abraçavam o meu rosto. As folhas das árvores caíram e os outonos se
foram, apressados como eu. Uso um relógio de pulso dos ponteiros grandes parados, mas
os segundos atropelam os pensamentos.
Meus olhos mudavam de cor quando eu era menino; pela manhã eram castanhos, quando
o sol se punha se transformavam num quase verde e assim prosseguiam durante o sonho.
Ninguém me disse isso, ninguém percebeu, mas eu imaginava assim. [...]
Meus pés prosseguem ligeiros, embora as portas que hoje atravesso não façam tanto
ruídos e o verde já não invada meus olhos nos fins de noite. [...]
Vá embora Dona pressa, que meus olhos já não são verdes quando o dia termina e um
deles já se zangou com o tempo.
Ah minha mãe, me conte histórias, daquelas de quando as fontes brotavam na terra, antes
que tudo se transforme em areia e essa mesma areia, um punhado dela, se esparrame em
nossos olhos no tempo que nos resta, se transformando em rios de saudades. [...]
ALVEZ, André Luiz. Meus olhos são verdes enquanto sonho. In: Recanto das Letras. 2019. Disponível em: <https://www.recanto
dasletras.com.br/contoscotidianos/6705161>. Acesso em: 16 out. 2019. Fragmento. (P120524I7_SUP)
15)(P120524I7) Nesse texto, no trecho “... o mesmo céu bordado de estrelas...” (ℓ. 9-10), a palavra destacada
foi utilizada para
A) comparar estrelas com borboletas.
B) demonstrar que o céu era colorido.
C) enfatizar o tamanho das estrelas do céu.
D) indicar que o céu estava repleto de estrelas.
E) reforçar que as estrelas estavam distantes.
P1001
10
BL01P10
Leia o texto abaixo.
O jardim
Todos na vida devem ter um lugar preferido neste mundo. O meu, com certeza, é o jardim em
frente à minha casa. Ele é simples, mas carrega consigo toda a minha infância, como se fosse
um livro cheio de histórias a contar. Jardim esse que, como a superfície de um lago imóvel, reflete
a minha vida.
É outono. Veem-se de longe as folhas secas das árvores a correr acompanhando o vento.
Crianças correm entre os arbustos como se quisessem aproveitar os últimos minutos de dia claro
para brincar. Os pássaros cantam a plenos pulmões, fazendo uma sinfonia de fundo para os
idosos que jogam xadrez todos os dias no meio do gramado.
Os arbustos enfeitam o imenso jardim com seus formatos diversos (redondos, quadrados e até
mesmo em forma de coração). A bela laranjeira que perfuma o jardim acompanha as flores secas
que imploram por água. Os balanços velhos do “playground” que compõem este espaço rangem,
clamando por manutenção. A brisa fria e seca que anuncia o triste fim do outono e a chegada do
inverno acaricia os rostos de todos ali presentes. Aos poucos o jardim começa a perder seu brilho;
é o sol se pondo, retirando-se, educadamente, para dar vez à lua.
Mesmo observando que, com o passar dos anos, aquele majestoso jardim havia mudado, ainda
era o meu jardim, onde cresci e passei boa parte da vida. Jardim este que funciona como um álbum
de fotos em minha mente. Sua beleza traz memórias daqueles que nele já estiveram e expectativas
de experiências para aqueles que ainda estão por vir. Extasiada, vendo o jardim escurecer como se
fosse a primeira vez, despeço-me dele tendo a certeza de vê-lo de novo pela manhã.
SILVA, Amanda. O jardim. In: Letras & e-artes. Disponível em: <http://www.letraseeartes.com.br/2018/07/texto-descritivo-1082018.html>.
Acesso em: 25 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. (P100595H6_SUP)
16) (P100595H6) Nesse texto, no trecho “... um lago imóvel,...” (1º parágrafo), o prefixo destacado foi utilizado
para
A) apontar superioridade.
B) indicar negação.
C) marcar repetição.
D) revelar duplicação.
E) mostrar dúvida.
17) (P100596H6) Nesse texto, o trecho que apresenta uma opinião é
A) “Veem-se de longe as folhas secas das árvores a correr...”. (2º parágrafo)
B) “Os pássaros cantam a plenos pulmões, fazendo uma sinfonia...”. (2º parágrafo)
C) “Os arbustos enfeitam o imenso jardim com seus formatos diversos...”. (3º parágrafo)
D) “A bela laranjeira que perfuma o jardim acompanha as flores secas...”. (3º parágrafo)
E) “Os balanços velhos do ‘playground’ que compõem este espaço rangem...”. (3º parágrafo)
P1001
11
BL01P10
Leia o texto abaixo.
Iracema
No interior do Ceará, vivia Iracema
A [...] índia [...]
com longos cabelos pretos
tinha uma beleza suprema. [...]
No rio estava um dia a banhar,
ouviu um ruído, olhou ligeiro
começou a procurar
deparou-se com um estrangeiro.
Era Martin, o guerreiro [...].
Estava lá porque perdeu de seu amigo.
Pensando que era o enviado de Tupã,
lhe deram comida e abrigo. [...]
Como as andorinhas, voaram
Foram viver em outro ninho
escolheram então Porangaba [...]
Certo dia, Iracema falou:
– [...] darei a luz a um filho seu [...].
O tempo passou naquela praia
a tristeza chegou no porvir
Iracema sozinha ficava
só, tão só, ganhou Moacir [...]
Martim junto a Poti, seu amigo;
seu cachorro japi e a ave ará
chorou segurando seu filho
no lugar que veio a chamar Ceará.
Disponível em: <https://bityli.com/eOGAIc>. Acesso em: 25 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P100601H6_SUP)
18) (P100601H6) Qual característica da formação da nação brasileira é apresentada nesse texto?
A) A heterogeneidade geográfica.
B) A importação de ideias intelectuais.
C) A mistura diversificada dos povos.
D) A referência a elementos da antiguidade clássica.
E) A variedade gastronômica produzida pelas mulheres.
P1001
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BL01P10
Leia o texto abaixo.
Uso exagerado da tecnologia torna a mente preguiçosa
Acompanhando as notícias [...] pelo rádio, ouço o correspondente comentar com o apresentador
do programa que, por usar o GPS (Sistema de Posicionamento Global) para encontrar os caminhos
em Joanesburgo, estava ficando preguiçoso. Isso porque, ao ser questionado sobre o local em
que estava na cidade, não soube responder.
Provavelmente, sem esse aparelho, que orienta a direção a ser tomada, o repórter teria que
usar mapas (lendo-os e transformando-os em caminhos), pedir informações a outras pessoas
(que geralmente indicam pontos estratégicos) e contar com sua observação e memória. Isso,
tendo a noção de sua localização. Quanta atividade mental! [...]
Apesar da importância desse e de outros aparelhos, que facilitam a resolução de pequenos
problemas do dia a dia, eles também trazem aspectos negativos para as pessoas, como mostra
o caso do repórter que sentiu que estava preguiçoso. [...]
Estamos sempre procurando facilitar a nossa vida, mas ganha-se de um lado e perde-se
do outro. Se as coisas se tornam mais fáceis e rápidas, isso nem sempre traz vantagens. Do
mesmo modo que temos prejuízos físicos, também temos mentais: a mente, assim como o corpo,
também precisa ser exercitada. [...]
Longe de achar que a tecnologia é algo ruim. Pelo contrário. Com ela pode-se ter informações sem
as quais seria muito difícil avançar no conhecimento do mundo e facilitar o dia a dia (por que não?).
Mas sem exageros. Temos que lembrar que não só a tecnologia tem que ser cuidada e evoluir.
Nós também. E isso só conseguiremos se estivermos funcionando a pleno vapor – mente e corpo.
MATURANO, Ana Cássia. Uso exagerado da tecnologia torna a mente preguiçosa. In: G1. Disponível em: <http://glo.bo/3S5n5kg>.
Acesso em: 25 jul. 2022. Fragmento. (P100592H6_SUP)
19) (P100592H6) Nesse texto, no trecho “... funcionando a pleno vapor...” (último parágrafo), a expressão
em destaque foi utilizada para
A) apontar que mente e corpo devem funcionar rapidamente.
B) evidenciar que mente e corpo são cheios de energia.
C) indicar que mente e corpo devem funcionar completamente.
D) mostrar que mente e corpo são dinâmicos.
E) revelar que mente e corpo funcionam facilmente.
20) (P100593H6) Nesse texto, no trecho “Temos que lembrar...” (último parágrafo), o autor utilizou a primeira
pessoa do plural na forma verbal destacada para
A) evidenciar um desejo.
B) expressar uma ordem.
C) fazer um convite ao leitor.
D) se apresentar ao leitor.
E) se incluir no discurso.
21) (P100594H6) Nesse texto, o trecho que apresenta uma opinião é
A) “... ouço o correspondente comentar com o apresentador do programa...”. (1º parágrafo)
B) “... para encontrar os caminhos em Joanesburgo,...”. (1º parágrafo)
C) “... ao ser questionado sobre o local em que estava na cidade, não soube responder.”. (1º parágrafo)
D) “... que orienta a direção a ser tomada,...”. (2º parágrafo)
E) “Longe de achar que a tecnologia é algo ruim.”. (5º parágrafo)
P1001
13
BL01P10
Leia o texto abaixo.
A coruja é super protetora?
A coruja é símbolo de proteção porque, em primeiro lugar, ela tem uma visão global, sendo
capaz de virar a cabeça e visualizar todos os lados de um ambiente. Essa característica levou a
espécie a ser considerada a representação da visão unificadora pela filosofia.
Todos sabem que a coruja é uma ave de rapina muito habilidosa. Outra característica é que
as corujas são super atentas aos filhotes e ao ninho. Por isso, a existência da expressão “Mãe
Coruja”. [...]
MIRANDA, Juliana. Disponível em: <http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-coruja-e-super-protetora.html>. Acesso em: 12 fev. 2016.
*Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento. (P120955H6_SUP)
22) (P120955H6) Nesse texto, no trecho “... as corujas são super atentas aos filhotes...”, a palavra destacada indica
A) dúvida.
B) intensidade.
C) qualidade.
D) quantidade.
E) tamanho.
Leia os textos abaixo.
Texto 1 Texto 2
Você não me ensinou a te esquecer
Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
[...]
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho [...]
VELOSO, Caetano. Você Não Me Ensinou a Te Esquecer.
Composição: CASTRO, Celso; MENDES, Fernando; WILSON,
José. In: Letras. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/
caetano-veloso/72788/>. Acesso em: 17 nov. 2021. Fragmento.
Quero ver é me esquecer
Notificação na tela
Uma mensagem dela dizendo: Acabou
E tome foto com as amigas dela
Partiu balada, hashtag solteirou
Mas essa história eu já conheço
É toda vez o mesmo fim
Ela sai, ela pinta, ela borda
Mas volta pra mim
Sair, pode sair [...]
Quero ver é me esquecer
Quero ver é me esquecer [...]
OS BARÕES DA PISADINHA. Quero ver é me esquecer.
Composição: TORRICELLI, Alex; LIMA, Luciano; HENRIQUE,
Gustavo; LUZ, Cristian. In: Letras. Disponível em: <https://www.
letras.mus.br/os-baroes-da-pisadinha/quero-ver-e-me-esquecer-
part-jorge/>. Acesso em: 17 nov. 2021. Fragmento.
(P111473I7_SUP)
23) (P111473I7) Esses textos têm em comum o fato de
A) citarem notificações recebidas em celulares.
B) indicarem a necessidade de ganhar abraços.
C) mencionarem pessoas que costumam ir a baladas.
D) mostrarem as dúvidas em relação ao amor.
E) revelarem a dificuldade do esquecimento amoroso.
P1001
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BL01P10
Leia novamente o texto “Quero ver é me esquecer” para responder à questão abaixo.
24) (P111477I7) No Texto 2, no verso “Ela sai, ela pinta, ela borda” (2ª estrofe), a expressão destacada foi
usada para
A) demonstrar que a mulher amada tem talento artístico.
B) indicar que a mulher amada divertiu-se.
C) mostrar que a mulher amada faz aulas de arte.
D) ressaltar que a mulher amada costuma contar mentiras.
E) sugerir que a mulher amada revelou o desfecho de um filme.
Leia o texto abaixo.
Uma por outra
Era por sessenta e tantos... Musa, lembra-me as causas desta paixão romântica, conta as
suas fases e o seu desfecho. Não fales em verso, posto que nesse tempo escrevi muitos. Não;
a prosa basta, desataviada, sem céus azuis nem garças brancas, a prosa do tabelião que sou
neste município do Ceará.
Era no Rio de Janeiro. Tinha eu vinte anos feitos e malfeitos, sem alegrias, longe dos meus, no
pobre sótão de estudante, à Rua da Misericórdia. Certamente a vida do estudante de matemáticas
era alegre, e as minhas ambições, depois do café [...], não iam além de um e outro teatro, mas foi
isto mesmo que me deitou “uma gota amarga na existência”. É a frase textual que escrevi em uma
espécie de diário daquele tempo, rasgado anos depois. Foi no teatro que vi uma criaturinha bela
e rica, toda sedas e joias, com o braço pousado na borda do camarote, e o binóculo na mão. Eu,
das galerias onde estava, dei com a pequena e gostei do gesto. No fim do primeiro ato, quando
se levantou, gostei da figura. E daí em diante, até o fim do espetáculo, não tive olhos para mais
ninguém, nem para mais nada; todo eu era ela.
Se estivesse com outros colegas, como costumava, é provável que não gastasse mais de dois
minutos com a pequena; mas naquela noite estava só, entre pessoas estranhas, e inspirado. Ao
jantar, fizera de cabeça um soneto. Demais, antes de subir à galeria quedara-me à porta do teatro
a ver entrar famílias. A procissão de mulheres, a atmosfera de cheiros, a constelação de pedrarias
entonteceram-me. Finalmente, acabava de ler um dos romances aristocráticos de Feuillet [...].
Foi nesse estado de alma que descobri aquela moça do quinto camarote, primeira ordem, à
esquerda, Teatro Lírico. [...]
ASSIS, Machado de. Uma por outra. In: Domínio público. Disponível em: <https://bityli.com/ANTyZy>. Acesso em: 26 jul. 2022.
Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P100603H6_SUP)
25) (P100603H6) O contexto social a que esse texto faz referência é
A) a abertura de exposições de arte no Rio de Janeiro.
B) a apresentação de saraus de poesia no Ceará.
C) a ascensão cultural do teatro no Rio de Janeiro.
D) a expansão das universidades no Rio de Janeiro.
E) a instauração de tabelionato de notas no Ceará.
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  • 2.
  • 3. BL01P10 Leia o texto abaixo. Pesquisadores trabalham em robô que pode andar na gravidade lunar SpaceBok está em teste e tem características diferentes de tudo que já foi usado em explorações espaciais [...] O robô de quatro patas foi projetado e construído por uma equipe de estudantes [...] e vem para redefinir a locomoção para a exploração espacial. O diferencial do protótipo é que, além de andar, correr e até dar saltos mortais, ele é capaz de pular alto e rápido em gravidade lunar. Seu salto pode chegar a 2 metros de altura, o que significa que ele se moveria com uma velocidade surpreendente na lua. Os pesquisadores conectaram-no a uma plataforma de testes que simula a gravidade lunar e permite que pratique suas habilidades. Com tamanho semelhante ao de um cachorro de porte médio, o Spacebok realiza uma caminhada dinâmica, como os animais: enquanto na caminhada estática pelo menos três pernas permanecem no solo o tempo todo, a dinâmica permite que ande em todas as fases, mesmo durante o pulo. Todas as pernas ficam fora do chão, como se ele fosse capaz de voar. [...] MUNDO ROBÓTICA. Pesquisadores trabalham em robô que pode andar na gravidade lunar. 2019. Disponível em: <https://www.obr.org.br/ mundorobotica/2019_MundoRobotica_v6n15.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P080097H6_SUP) 01) (P080098H6) Nesse texto, no trecho “... ele se moveria com uma velocidade surpreendente na lua.” (1º parágrafo), a forma verbal destacada foi usada para A) apontar uma ação possível de ocorrer no futuro. B) expressar uma ação interrompida no passado. C) indicar uma ação que ocorreu anterior ao momento da fala. D) sugerir uma ação que ocorrerá depois do momento da fala. Leia o texto abaixo. O homem de giz 1986 – Hoje vai cair um temporal, Eddie. Meu pai gostava de fazer a previsão do tempo com uma voz grave e impostada, como as pessoas na TV. Ele sempre falava com uma certeza absoluta, apesar de em geral errar as previsões. Olhei para o perfeito céu azul pela janela, um azul tão brilhante que era preciso estreitar um pouco os olhos para vê-lo. – Não parece que vai cair um temporal, pai – questionei com a boca cheia de sanduíche de queijo. – É porque não vai cair nenhum temporal – retrucou minha mãe, entrando na cozinha súbita e silenciosamente, como uma espécie de ninja. [...] E não fale com a boca cheia, Eddie. – Hummm – murmurou meu pai, que sempre fazia isso quando discordava da mamãe, embora não ousasse dizer que ela estava errada. Ninguém ousava discordar da mamãe. [...] TUDOR, C. J. O homem de giz. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018. Disponível em: <https://www.intrinseca.com.br/upload/ livros/1%C2%BACAP_OHomemDeGiz.pdf>. Acesso em: 22 jul. 2022. Fragmento. (P080093H6_SUP) 02) (P080094H6) Nesse texto, há uma opinião no trecho: A) “Meu pai gostava de fazer a previsão do tempo com uma voz grave...”. (2º parágrafo) B) “Olhei para o perfeito céu azul pela janela, um azul tão brilhante...”. (3º parágrafo) C) “... retrucou minha mãe, entrando na cozinha...”. (5º parágrafo) D) “... murmurou meu pai, que sempre fazia isso...”. (6º parágrafo) P1001 1
  • 4. BL01P10 Leia o texto abaixo. Sabe picles? É bom demais. A história das conservas caminha junto com a história da civilização humana. Desde que nos organizamos em sociedade, trabalhamos para conservar os alimentos devido à falta de refrigeradores e aos invernos rigorosos (onde isso é uma realidade). Atualmente a conservação artesanal dos alimentos não é mais uma necessidade, mas continuamos utilizando geleias, compotas e conservas em vinagre e salmoura simplesmente porque elas são deliciosas. O uso de vinagre ou salmoura é um dos métodos mais antigos de conservação de alimentos. Apesar de suas origens exatas serem desconhecidas, acredita-se que os mesopotâmios conservavam alimentos já em 2400 a.C., de acordo com o Museu Food New York. Também reza a lenda de que ninguém menos do que Cleópatra era uma grande consumidora de picles – supostamente o consumo de pepinos em conserva seria o segredo de sua implacável beleza. [...] Hoje, quando pensamos em picles, logo nos vem à mente os pickles americanos de pepino ou os tradicionais gurken alemães que acompanham tão bem um hambúrguer ou salada de batata. Ainda que o picles de pepino seja o mais comum, são também populares os de mini cebola, cenoura e couve-flor. Mas, acredite, é possível fazer até picles de ovo (!). O picles nada mais é do que uma conserva de vegetais, ovos ou frutos do mar em vinagre e algum tipo de açúcar. Esses elementos produzem uma fermentação natural no alimento, responsável por preservá-lo por semanas. E o bacana é que fazer o seu próprio picles não tem mistério. A fórmula básica leva vinagre, água e açúcar (ou mel) e o item que você quiser conservar. Depois, é só acrescentar temperinhos a gosto e aproveitar. E o melhor: você tem o trabalho de fazer uma vez, mas pode curtir seus picles até semanas depois (isso se não acabar antes!). [...] COMA COMO UMA GAROTA. Sabe picles? Disponível em: <https://medium.com/cozinhadoclube/picles-16914e0f1863>. Acesso em: 4 jan. 2020. Fragmento. (P070298I7_SUP) 03) (P070298I7) Nesse texto, no trecho “Mas, acredite, é possível fazer até picles de ovo (!).” (4º parágrafo), o verbo destacado foi usado para A) convencer o leitor. B) fazer um pedido. C) instruir o leitor. D) propor um convite. P1001 2
  • 5. BL01P10 Leia o texto abaixo. Larissa Manoela e Thati Lopes falam de sonhos em Diários de Intercâmbio O novo filme brasileiro [...] chegou com tudo! Diários de Intercâmbio, protagonizado por Larissa Manoela e Thati Lopes, é uma história que fala sobre sonhos, desafios e amizade. Tudo isso com muitos momentos engraçados e divertidos. Lançada na última quarta-feira (18/8), a comédia já conquistou o primeiro lugar das produções mais assistidas na plataforma de streaming no Brasil, trazendo um enredo que acompanha Bárbara e Taila. As duas jovens são melhores amigas e trabalham no aeroporto do Rio de Janeiro. Bárbara sempre sonhou em viajar para fora do Brasil enquanto Taila não tem a mesma vontade. Quando a ideia de fazer um intercâmbio surge, a personagem de Lari faz de tudo para convencer a amiga de acompanhá-la. É assim que as duas embarcam juntas em uma jornada que vai te conquistar. [...] Outro ponto que está chamando bastante a atenção da galera são os acontecimentos inusitados e as reviravoltas surpreendentes apresentadas durante o longa. Alguns desenvolvimentos deixaram muita gente chocada, aliás, a própria Thati disse que ficou de “queixo caído” enquanto Lari contou que ficou bem impactada: “É tão bom quando a gente vê um filme que nos surpreende, que tem uma reviravolta que faz a gente até voltar as cenas para rever e sentir novamente o impacto. Acho que foi isso que senti, um frio bom na barriga”, afirmou. [...] Você, que já assistiu ao filme, percebeu algumas vozes conhecidas na trilha sonora? Acontece que as atrizes também participaram da trilha sonora do longa. “A música caminha na minha vida no mesmo ritmo da dramaturgia. Fico muito feliz e realizada quando consigo conciliar essas duas artes que tanto amo”, disse Larissa. Já Thati revelou que sentia falta da música: “Estava com saudade de cantar. Comecei minha carreira fazendo musicais e de um tempo pra cá não canto em lugar nenhum. A música é linda, gostosa de ouvir, amei o resultado”, declarou. [...] Disponível em: <https://capricho.abril.com.br/entretenimento/larissa-manoela-e-thati-lopes-falam-de-sonhos-em-diarios-de-intercambio/>. Acesso em: 7 fev. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P081474I7_SUP) 04) (P081474I7) Nesse texto, há uma opinião no trecho: A) “... é uma história que fala sobre sonhos, desafios...”. (1º parágrafo) B) “... as duas embarcam juntas em uma jornada...”. (3º parágrafo) C) “‘Estava com saudade de cantar.”. (5º parágrafo) D) “‘A música é linda, gostosa de ouvir, amei o resultado’”. (5º parágrafo) P1001 3
  • 6. BL01P10 Leia o texto abaixo. O impacto das redes sociais no cenário musical Durante anos, a música foi trabalhada em função dos videoclipes. [...] Agora, com o avanço das redes sociais, essa função do vídeo se transformou, e a música passou a ser pensada de uma forma que gere engajamento1 na internet, seja por meio de campanhas específicas ou desafios virais no Tik Tok. Recentemente, diversos artistas fizeram de suas músicas um grito nas redes sociais, como foi o caso de “Língua dos Animais”, de Marisa Monte. A canção veio acompanhada da hashtag2 #AdoteComMarisa, que estimulava a adoção de animais domésticos. [...] Além das campanhas, os challenges3 se tornaram parte da composição musical. [...] Quando produzimos uma música, temos que pensar em um trecho que cause mais impacto naqueles 3 minutos de reprodução. É uma nova forma de se comunicar e consumir. Se uma pessoa assiste alguns challenges3 com a mesma canção, ela já decorou pelo menos 15 segundos daquela música, e a partir daí vai atrás da versão completa [...]. O Tik Tok e o [...] Instagram deixaram de ser apenas tendências e se tornaram uma realidade dentro do cenário musical. Seja no lado de quem cria ou consome, é preciso se atentar a essas mudanças [...]. O digital não é mais o futuro, já se tornou o presente. *Vocabulário: 1 engajamento: interação. 2 hashtag: expressão referente a #. 3 challenges: desafios. ROZENBLIT, Bonne. O impacto das redes sociais no cenário musical. In: Hoje em dia. Disponível em: <https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/opiniao/o-impacto-das-redes-sociais-no-cenario-musical-1.90868>. Acesso em: 20 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P080073H6_SUP) 05) (P080074H6) Nesse texto, no trecho “... ou desafios virais...” (1º parágrafo), a expressão em destaque foi utilizada para A) citar a forma como desafios se espalham pelas redes sociais. B) demarcar uma função específica dos desafios de redes sociais. C) indicar que as pessoas se sentem intimidadas por desafios. D) mostrar que uma pessoa fez um desafio sobre uma indisposição. Leia o texto abaixo. Inverno e magia Era um sonho tão antigo que eu trazia na vida por anos seguidos. Conhecer a França, o país da origem de minha família. Um belo dia ganhei a tão sonhada viagem, presente de aniversário dos meus filhos. O primeiro voo, o medo, as turbulências, mas tudo muito fascinante. A chegada à tardinha numa cidade do interior, a subida para os Alpes, os túneis, o rio Sena em quase todo trajeto, a diferença de altitude, os chalés com a cobertura de pedras, a neve, o orvalho, o frio que fazia o corpo todo tremer. O coração acelerado, os olhos embevecidos de tanta beleza. À noite, debaixo das cobertas vendo da janela o céu ofuscado pelas nuvens, não se via estrelas e nem a lua. O vento completava a magia do lugar. Pela manhã as montanhas encobertas de gelo, os flocos de neve encobriam a vidraça do quarto. A paisagem encoberta pela geada. E, eu ali, entorpecida e encantada por tanta magnificência. Um passeio memorável, um inverno intenso de magia, deslumbre e êxtase. Hoje na lembrança e no álbum de fotografias. LOPES, Maria de Fátima Fontenele. Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br/contoscotidianos/7488407l>. Acesso em: 5 abr. 2022. Adaptado para fins didáticos. (P111834I7_SUP) 06) (P111845I7) Nesse texto, a expressão “olhos embevecidos” foi usada para A) indicar que a narradora se encantou com o que via. B) mostrar que a narradora tinha os olhos bonitos. C) revelar que a narradora estava com a visão turva. D) sinalizar que a narradora precisava usar óculos. E) sugerir que a narradora estava chorando. P1001 4
  • 7. BL01P10 Leia os textos abaixo. Texto 1 Texto 2 Espelho D’água Emoção, Os rios falam pelas cachoeiras. E por paixão, Os peixes nadam contra a correnteza. Sim ou Não, As dúvidas protegem as certezas. Tudo é um rio refletindo a paisagem, Espelho d’água levando as imagens pro mar. Cada pessoa levando um destino, Cada destino levando um sonho E sonhar é a arte da vida Sonhar nas sombras de um jardim Nas noites de lua que não tem fim Estações, As flores falam pela primavera. Eu quero te dizer, meu grande amor, Amar é como abrir uma janela. Sol é Luz, E a luz é o que seduz e o que pondera. SATER, Almir; TEIXEIRA, Renato. Espelho d’água. In: Vaga lume. Disponível em: <https://bit.ly/2LJTkq0>. Acesso em: 25 jul. 2022. Fragmento. O rio e o mar Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque, apenas então, o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano. Mas tornar-se oceano, Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento. OSHO. O rio e o mar. In: Luso-poemas. Disponível em: <https://bit.ly/3orOzmo>. Acesso em: 25 jul. 2022. (P100600H6_SUP) 07) (P100600H6) Esses textos são parecidos pois A) afirmam que os peixes nadam contra a correnteza. B) indicam que o rio reflete as paisagens. C) informam que o rio treme de medo de cair no oceano. D) mostram o destino do rio que é desaguar no mar. E) relacionam o sol com a luz que seduz. P1001 5
  • 8. BL01P10 Leia o texto abaixo. “Drummond e o Elefante Geraldão”, Fernando Jorge [...] No livro Drummond e o Elefante Geraldão, publicado pela Ed. Novo Século em 2012, que somente agora chegou em minhas mãos, temos a satisfação de conviver um pouquinho com uma das mentes mais brilhantes deste país. Não se trata de uma biografia, especialidade de Fernando Jorge, mas relatos lançados em livro de momentos que viveram juntos. Fernando Jorge frequentou a casa de Drummond, com ele conviveu e trocou muitas palavras, sempre anotando os detalhes para nos presentear com um livro repleto de peculiaridades e particularidades do poeta. Com sua conhecida capacidade de absorver informações, Fernando Jorge apresenta um Drummond caseiro e reservado, como todo bom mineiro. Consta no livro que em certa oportunidade, questionado por Fernando Sabino, outro gigante escritor das Alterosas, o poeta assim respondeu ao ser perguntado como o pai mineiro deve dar conselhos ao seu filho: “– Meu filho, preste atenção. Se você sair de casa, não se esqueça de pegar o guarda-chuva, mas não leve muito dinheiro. E ao levá-lo, não entre em qualquer lugar. Mas se entrar num lugar confiável, não o desperdice. [...] E ao pagar a conta, pague só a sua parte.” (pág. 48). Essas e outras passagens são relatadas com primazia por Fernando Jorge. As conversas trocadas entre os escritores, recheadas de vida e inteligência, mostram a riqueza da amizade e abordavam diversos assuntos [...], não apenas literatura, ainda que esse fosse o mote principal. Lendo o livro nos sentimos próximos a Drummond, como se ouvíssemos sua voz pausada e suave, sempre baixa, declamando uma de suas poesias. A leitura de Drummond e o Elefante Geraldão é prazerosa, gostosa, um passeio divertido e repleto de novidades pela vida do poeta mineiro. [...] HRUSCHKA, Cristian Luis. “Drummond e o Elefante Geraldão”, Fernando Jorge. In: Resenhas literárias. Disponível em <https://bit.ly/34SIwxE> Acesso em: 29 dez. 2020. Fragmento. (P101093I7_SUP) 08) (P101093I7) O trecho desse texto que apresenta uma marca de opinião é: A) “... publicado pela Ed. Novo Século em 2012, que somente agora chegou em minhas mãos,...”. (1º parágrafo) B) “Não se trata de uma biografia, especialidade de Fernando Jorge, mas relatos lançados em livro de momentos que viveram juntos.”. (1º parágrafo) C) “Fernando Jorge frequentou a casa de Drummond, com ele conviveu e trocou muitas palavras,…”. (1º parágrafo) D) “... o poeta assim respondeu ao ser perguntado como o pai mineiro deve dar conselhos...”. (2º parágrafo) E) “A leitura de Drummond e o Elefante Geraldão é prazerosa, gostosa, um passeio divertido e repleto de novidades pela vida do poeta mineiro.”. (5º parágrafo) P1001 6
  • 9. BL01P10 Leia o texto abaixo. Do sol & da chuva com pequeno milagre Naquele ano de 1925, [...] a estação das chuvas tanto se prolongara além do normal e necessário que os fazendeiros, como um bando assustado, cruzavam-se nas ruas a perguntar uns aos outros, o medo nos olhos e na voz: – Será que não vai parar? Referiam-se às chuvas, nunca se vira tanta água descendo dos céus, dia e noite, quase sem intervalos. – Mais uma semana e estará tudo em perigo. – A safra inteira… [...] Falavam da safra anunciando-se excepcional, a superar de longe todas as anteriores. Com os preços do cacau em constante alta, significava ainda maior riqueza, prosperidade, fartura, dinheiro a rodo. Os filhos dos coronéis indo cursar os colégios mais caros das grandes cidades, novas residências para as famílias nas novas ruas recém-abertas, móveis de luxo mandados vir do Rio, pianos de cauda para compor as salas, as lojas sortidas, multiplicando-se, o comércio crescendo, [...] o progresso enfim, a tão falada civilização. E dizer-se que essas chuvas agora demasiado copiosas, ameaçadoras, diluviais, tinham demorado a chegar, tinham-se feito esperar e rogar! Meses antes, os coronéis levantavam os olhos para o céu límpido em busca de nuvens, de sinais de chuva próxima. Cresciam as roças de cacau, estendendo-se por todo o sul da Bahia, esperavam as chuvas indispensáveis ao desenvolvimento dos frutos acabados de nascer, substituindo as flores nos cacauais. [...] AMADO, Jorge. Gabriela, Cravo e canela. Companhia da Letras, 2012. Fragmento. (P100599H6_SUP) 09) (P100599H6) O contexto social a que esse texto faz referência é A) a abertura de escolas na região das lavouras de cacau. B) a importância da construção civil para a economia da Bahia. C) a prosperidade trazida pela produção de cacau. D) o crescimento do comércio no sul da Bahia. E) o prestígio da música tocada com piano na Bahia. P1001 7
  • 10. BL01P10 Leia o texto abaixo. Resenha: o que achamos de Vingadores – Ultimato. Sem spoilers! Ontem, 25 de abril, estreou no Brasil o filme mais aguardado do ano – e de toda uma era de super-heróis: Vingadores – Ultimato. A obra marca o final, ou quase, de uma saga de 22 filmes [...]. A primeira parte de Ultimato foca nas consequências deixadas por Thanos, que ainda afetam profundamente os heróis que permaneceram vivos após a jogada fatal do vilão. O filme, então, em sua segunda metade, aborda a missão de resgate do restante da equipe [...]. O longa também exibe uma faceta diferente para cada personagem da equipe principal. [...] CapitãoAmérica é, sem dúvidas, elevado para outro patamar. O personagem consegue mostrar uma força inabalável, tanto nas cenas de ação quanto no processo de recuperação da perda de seus companheiros de equipe. Acredito que, se não estava claro antes, agora ele mostra que sim: é insubstituível e digno de toda aclamação. [...] As três horas passam sem que se perceba. O filme quebra expectativas e entrega – até demais – fan service1 . O humor, marca de outros filmes dos Vingadores, continua presente e, sem esforço, consegue genuinamente divertir. É um final digno para quem acompanhou desde o começo – sem escapatória, é triste também. Os diretores apreciam os fãs e entregam homenagens e cenas que jamais esperaríamos ver. No final, o que fica é uma mescla de orgulho por fazer parte de uma legião de fãs tão apaixonados, e a enorme curiosidade para saber o que virá pela frente. *Vocabulário: 1 fan service: expressão utilizada para indicar que a produção entregou o que os fãs esperavam SOUSA, Alana. Resenha: o que achamos de Vingadores – Ultimato. Sem spoilers! Disponível em: <https://bityli.com/RMBqov>. Acesso em: 25 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P100589H6_SUP) 10) (P100589H6) Nesse texto, no trecho “A obra marca o final...” (1º parágrafo), a expressão destacada foi utilizada para A) apontar que o filme prejudicou o final de uma série de filmes. B) evidenciar que o filme se sobressaiu em uma série de filmes. C) indicar que o filme foi o último de uma série de filmes. D) mostrar que o filme impediu a realização de uma série de filmes. E) revelar que o filme limitou as expectativas sobre uma série de filmes. 11) (P100590H6) Nesse texto, no trecho “... consegue genuinamente divertir...” (5º parágrafo), o sufixo destacado foi utilizado para A) apontar modo. B) indicar tempo. C) marcar intensidade. D) mostrar dúvida. E) revelar lugar. 12) (P100591H6) Nesse texto, o trecho que apresenta uma opinião é A) “A obra marca o final, ou quase, de uma saga de 22 filmes...”. (1º parágrafo) B) “A primeira parte de Ultimato foca nas consequências deixadas por Thanos...”. (2º parágrafo) C) “O longa também exibe uma faceta diferente para cada personagem da equipe principal.”. (3º parágrafo) D) “O filme, então, em sua segunda metade, aborda a missão de resgate do restante da equipe.”. (4º parágrafo) E) “Acredito que, se não estava claro antes, agora ele mostra que sim: é insubstituível...”. (4º parágrafo) P1001 8
  • 11. BL01P10 Leia o texto abaixo. De Tanto Amor Ah! Eu vim aqui amor só pra me despedir E as últimas palavras desse nosso amor, você vai ter que ouvir Me perdi de tanto amor [...] Ninguém podia amar assim e eu amei E devo confessar, aí foi que eu errei Vou te olhar mais uma vez, na hora de dizer adeus Vou chorar mais uma vez quando olhar nos olhos seus, nos olhos seus A saudade vai chegar e por favor meu bem Me deixe pelo menos só te ver passar Eu nada vou dizer, perdoa se eu chorar REIS, Nando. De tanto amor. In: Letras. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/nando-reis/de-tanto-amor/>. Acesso em: 26 jul. 2022. (P100598H6_SUP) 13) (P100598H6) Apesar de esse texto pertencer à Contemporaneidade, a característica do Romantismo que está em evidência é A) a desilusão amorosa. B) a luta pela liberdade. C) o culto à natureza. D) o pessimismo exagerado. E) o retorno ao passado. Leia o texto abaixo. Por que os microplásticos soltos na natureza fazem mal à saúde? Enquanto escrevo este texto, percebo que a meu redor há uma sacola, um copo, um porta-lápis, [...] – e vou parar por aqui! –, tudo feito de plástico. [...] Mas o que isso tem a ver com o título deste texto? Vou chegar lá! Primeiro, preciso contar que o plástico é um material muito resistente e que leva muito tempo para se decompor na natureza. [...] E, no ambiente, ele vai se quebrando em pedaços cada vez menores, transformando-se nos chamados microplásticos, que, de tão miúdos, a gente mal percebe. O microplástico também pode vir em alguns produtos que usamos. Por exemplo: uniformes de futebol. [...] Há microplástico, ainda, em sabonetes esfoliantes e em algumas pastas de dentes... Sabe aquelas bolinhas azuis? São elas! Pense comigo: o microplástico [...] que sai do sabonete e escorre pelo ralo, o que cuspimos da pasta de dente e desce pelo cano da pia, todos eles passam direto pelas estações de tratamento de água das nossas cidades, indo parar nos rios e nos oceanos. E é aí que mora o problema! Quando estão nos rios e oceanos, os microplásticos podem ser confundidos com comida por diversos animais, indo dos menores seres vivos como plâncton até as maiores baleias [...]. Outros animais que se alimentam de seres marinhos, o que inclui a nós, humanos, podem se contaminar com microplásticos. O que fazer?!? Nos dias de hoje, banir o plástico de nossas vidas é praticamente impossível. Mas podemos reduzir o consumo, [...] reutilizar embalagens e dar o destino adequado ao plástico (e aos demais materiais) que jogamos fora. Ah! E podemos, também, evitar os produtos que contenham microplásticos na sua fórmula. Vamos agir! ARAUJO, Fábio Vieira de; CASTRO, Rebeca Oliveira. Por que os microplásticos soltos na natureza fazem mal à saúde? In: Ciência Hoje das Crianças. 2015. Disponível em: <https://cienciahoje.periodicos.capes.gov.br/storage/acervo/chc/chc_274.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2021. Fragmento. (P111526I7_SUP) 14) (P111530I7) Nesse texto, na palavra “reutilizar” (6º parágrafo), o prefixo “re” foi usado para A) apontar duplicidade. B) indicar afastamento. C) marcar repetição. D) revelar contrariedade. E) sugerir anterioridade. P1001 9
  • 12. BL01P10 Leia o texto abaixo. 5 10 15 20 25 Meus olhos são verdes enquanto sonho Saudade é um punhado de areia nos olhos. Penso no passado enquanto a pressa entra pelos vãos do vidro do carro. Perto de casa existe um campinho de futebol, observei de soslaio, dias atrás, naquele breve momento que a febre da pressa me abandonou. E vi um menino correndo num campo de terra atrás de uma bola velha. Areia nos olhos... Ah, minha mãe, me conte histórias, de quem era aquela carroça atravessando a Avenida Contorno, o caminho cheirando estrume de cavalo, me levando de passageiro? Hoje apenas sonho com aquelas manhãs fagueiras, reencontro o mesmo céu bordado de estrelas e nele voam as asas ligeiras das borboletas azuis que versou o poeta Casimiro de Abreu. Eu não deveria sentir saudades daqueles tempos rudes, mas sinto. E sonho às vezes. Meus filhos eram pequenos quando acelerei a vontade de vê-los crescidos. Agora que cresceram, não tenho como fazer o tempo voltar e sinto saudades de quando suas mãos pequenas abraçavam o meu rosto. As folhas das árvores caíram e os outonos se foram, apressados como eu. Uso um relógio de pulso dos ponteiros grandes parados, mas os segundos atropelam os pensamentos. Meus olhos mudavam de cor quando eu era menino; pela manhã eram castanhos, quando o sol se punha se transformavam num quase verde e assim prosseguiam durante o sonho. Ninguém me disse isso, ninguém percebeu, mas eu imaginava assim. [...] Meus pés prosseguem ligeiros, embora as portas que hoje atravesso não façam tanto ruídos e o verde já não invada meus olhos nos fins de noite. [...] Vá embora Dona pressa, que meus olhos já não são verdes quando o dia termina e um deles já se zangou com o tempo. Ah minha mãe, me conte histórias, daquelas de quando as fontes brotavam na terra, antes que tudo se transforme em areia e essa mesma areia, um punhado dela, se esparrame em nossos olhos no tempo que nos resta, se transformando em rios de saudades. [...] ALVEZ, André Luiz. Meus olhos são verdes enquanto sonho. In: Recanto das Letras. 2019. Disponível em: <https://www.recanto dasletras.com.br/contoscotidianos/6705161>. Acesso em: 16 out. 2019. Fragmento. (P120524I7_SUP) 15)(P120524I7) Nesse texto, no trecho “... o mesmo céu bordado de estrelas...” (ℓ. 9-10), a palavra destacada foi utilizada para A) comparar estrelas com borboletas. B) demonstrar que o céu era colorido. C) enfatizar o tamanho das estrelas do céu. D) indicar que o céu estava repleto de estrelas. E) reforçar que as estrelas estavam distantes. P1001 10
  • 13. BL01P10 Leia o texto abaixo. O jardim Todos na vida devem ter um lugar preferido neste mundo. O meu, com certeza, é o jardim em frente à minha casa. Ele é simples, mas carrega consigo toda a minha infância, como se fosse um livro cheio de histórias a contar. Jardim esse que, como a superfície de um lago imóvel, reflete a minha vida. É outono. Veem-se de longe as folhas secas das árvores a correr acompanhando o vento. Crianças correm entre os arbustos como se quisessem aproveitar os últimos minutos de dia claro para brincar. Os pássaros cantam a plenos pulmões, fazendo uma sinfonia de fundo para os idosos que jogam xadrez todos os dias no meio do gramado. Os arbustos enfeitam o imenso jardim com seus formatos diversos (redondos, quadrados e até mesmo em forma de coração). A bela laranjeira que perfuma o jardim acompanha as flores secas que imploram por água. Os balanços velhos do “playground” que compõem este espaço rangem, clamando por manutenção. A brisa fria e seca que anuncia o triste fim do outono e a chegada do inverno acaricia os rostos de todos ali presentes. Aos poucos o jardim começa a perder seu brilho; é o sol se pondo, retirando-se, educadamente, para dar vez à lua. Mesmo observando que, com o passar dos anos, aquele majestoso jardim havia mudado, ainda era o meu jardim, onde cresci e passei boa parte da vida. Jardim este que funciona como um álbum de fotos em minha mente. Sua beleza traz memórias daqueles que nele já estiveram e expectativas de experiências para aqueles que ainda estão por vir. Extasiada, vendo o jardim escurecer como se fosse a primeira vez, despeço-me dele tendo a certeza de vê-lo de novo pela manhã. SILVA, Amanda. O jardim. In: Letras & e-artes. Disponível em: <http://www.letraseeartes.com.br/2018/07/texto-descritivo-1082018.html>. Acesso em: 25 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. (P100595H6_SUP) 16) (P100595H6) Nesse texto, no trecho “... um lago imóvel,...” (1º parágrafo), o prefixo destacado foi utilizado para A) apontar superioridade. B) indicar negação. C) marcar repetição. D) revelar duplicação. E) mostrar dúvida. 17) (P100596H6) Nesse texto, o trecho que apresenta uma opinião é A) “Veem-se de longe as folhas secas das árvores a correr...”. (2º parágrafo) B) “Os pássaros cantam a plenos pulmões, fazendo uma sinfonia...”. (2º parágrafo) C) “Os arbustos enfeitam o imenso jardim com seus formatos diversos...”. (3º parágrafo) D) “A bela laranjeira que perfuma o jardim acompanha as flores secas...”. (3º parágrafo) E) “Os balanços velhos do ‘playground’ que compõem este espaço rangem...”. (3º parágrafo) P1001 11
  • 14. BL01P10 Leia o texto abaixo. Iracema No interior do Ceará, vivia Iracema A [...] índia [...] com longos cabelos pretos tinha uma beleza suprema. [...] No rio estava um dia a banhar, ouviu um ruído, olhou ligeiro começou a procurar deparou-se com um estrangeiro. Era Martin, o guerreiro [...]. Estava lá porque perdeu de seu amigo. Pensando que era o enviado de Tupã, lhe deram comida e abrigo. [...] Como as andorinhas, voaram Foram viver em outro ninho escolheram então Porangaba [...] Certo dia, Iracema falou: – [...] darei a luz a um filho seu [...]. O tempo passou naquela praia a tristeza chegou no porvir Iracema sozinha ficava só, tão só, ganhou Moacir [...] Martim junto a Poti, seu amigo; seu cachorro japi e a ave ará chorou segurando seu filho no lugar que veio a chamar Ceará. Disponível em: <https://bityli.com/eOGAIc>. Acesso em: 25 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P100601H6_SUP) 18) (P100601H6) Qual característica da formação da nação brasileira é apresentada nesse texto? A) A heterogeneidade geográfica. B) A importação de ideias intelectuais. C) A mistura diversificada dos povos. D) A referência a elementos da antiguidade clássica. E) A variedade gastronômica produzida pelas mulheres. P1001 12
  • 15. BL01P10 Leia o texto abaixo. Uso exagerado da tecnologia torna a mente preguiçosa Acompanhando as notícias [...] pelo rádio, ouço o correspondente comentar com o apresentador do programa que, por usar o GPS (Sistema de Posicionamento Global) para encontrar os caminhos em Joanesburgo, estava ficando preguiçoso. Isso porque, ao ser questionado sobre o local em que estava na cidade, não soube responder. Provavelmente, sem esse aparelho, que orienta a direção a ser tomada, o repórter teria que usar mapas (lendo-os e transformando-os em caminhos), pedir informações a outras pessoas (que geralmente indicam pontos estratégicos) e contar com sua observação e memória. Isso, tendo a noção de sua localização. Quanta atividade mental! [...] Apesar da importância desse e de outros aparelhos, que facilitam a resolução de pequenos problemas do dia a dia, eles também trazem aspectos negativos para as pessoas, como mostra o caso do repórter que sentiu que estava preguiçoso. [...] Estamos sempre procurando facilitar a nossa vida, mas ganha-se de um lado e perde-se do outro. Se as coisas se tornam mais fáceis e rápidas, isso nem sempre traz vantagens. Do mesmo modo que temos prejuízos físicos, também temos mentais: a mente, assim como o corpo, também precisa ser exercitada. [...] Longe de achar que a tecnologia é algo ruim. Pelo contrário. Com ela pode-se ter informações sem as quais seria muito difícil avançar no conhecimento do mundo e facilitar o dia a dia (por que não?). Mas sem exageros. Temos que lembrar que não só a tecnologia tem que ser cuidada e evoluir. Nós também. E isso só conseguiremos se estivermos funcionando a pleno vapor – mente e corpo. MATURANO, Ana Cássia. Uso exagerado da tecnologia torna a mente preguiçosa. In: G1. Disponível em: <http://glo.bo/3S5n5kg>. Acesso em: 25 jul. 2022. Fragmento. (P100592H6_SUP) 19) (P100592H6) Nesse texto, no trecho “... funcionando a pleno vapor...” (último parágrafo), a expressão em destaque foi utilizada para A) apontar que mente e corpo devem funcionar rapidamente. B) evidenciar que mente e corpo são cheios de energia. C) indicar que mente e corpo devem funcionar completamente. D) mostrar que mente e corpo são dinâmicos. E) revelar que mente e corpo funcionam facilmente. 20) (P100593H6) Nesse texto, no trecho “Temos que lembrar...” (último parágrafo), o autor utilizou a primeira pessoa do plural na forma verbal destacada para A) evidenciar um desejo. B) expressar uma ordem. C) fazer um convite ao leitor. D) se apresentar ao leitor. E) se incluir no discurso. 21) (P100594H6) Nesse texto, o trecho que apresenta uma opinião é A) “... ouço o correspondente comentar com o apresentador do programa...”. (1º parágrafo) B) “... para encontrar os caminhos em Joanesburgo,...”. (1º parágrafo) C) “... ao ser questionado sobre o local em que estava na cidade, não soube responder.”. (1º parágrafo) D) “... que orienta a direção a ser tomada,...”. (2º parágrafo) E) “Longe de achar que a tecnologia é algo ruim.”. (5º parágrafo) P1001 13
  • 16. BL01P10 Leia o texto abaixo. A coruja é super protetora? A coruja é símbolo de proteção porque, em primeiro lugar, ela tem uma visão global, sendo capaz de virar a cabeça e visualizar todos os lados de um ambiente. Essa característica levou a espécie a ser considerada a representação da visão unificadora pela filosofia. Todos sabem que a coruja é uma ave de rapina muito habilidosa. Outra característica é que as corujas são super atentas aos filhotes e ao ninho. Por isso, a existência da expressão “Mãe Coruja”. [...] MIRANDA, Juliana. Disponível em: <http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-coruja-e-super-protetora.html>. Acesso em: 12 fev. 2016. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento. (P120955H6_SUP) 22) (P120955H6) Nesse texto, no trecho “... as corujas são super atentas aos filhotes...”, a palavra destacada indica A) dúvida. B) intensidade. C) qualidade. D) quantidade. E) tamanho. Leia os textos abaixo. Texto 1 Texto 2 Você não me ensinou a te esquecer Não vejo mais você faz tanto tempo Que vontade que eu sinto De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços [...] Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer Você só me ensinou a te querer E te querendo eu vou tentando te encontrar Vou me perdendo Buscando em outros braços seus abraços Perdido no vazio de outros passos Do abismo em que você se retirou E me atirou e me deixou aqui sozinho [...] VELOSO, Caetano. Você Não Me Ensinou a Te Esquecer. Composição: CASTRO, Celso; MENDES, Fernando; WILSON, José. In: Letras. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/ caetano-veloso/72788/>. Acesso em: 17 nov. 2021. Fragmento. Quero ver é me esquecer Notificação na tela Uma mensagem dela dizendo: Acabou E tome foto com as amigas dela Partiu balada, hashtag solteirou Mas essa história eu já conheço É toda vez o mesmo fim Ela sai, ela pinta, ela borda Mas volta pra mim Sair, pode sair [...] Quero ver é me esquecer Quero ver é me esquecer [...] OS BARÕES DA PISADINHA. Quero ver é me esquecer. Composição: TORRICELLI, Alex; LIMA, Luciano; HENRIQUE, Gustavo; LUZ, Cristian. In: Letras. Disponível em: <https://www. letras.mus.br/os-baroes-da-pisadinha/quero-ver-e-me-esquecer- part-jorge/>. Acesso em: 17 nov. 2021. Fragmento. (P111473I7_SUP) 23) (P111473I7) Esses textos têm em comum o fato de A) citarem notificações recebidas em celulares. B) indicarem a necessidade de ganhar abraços. C) mencionarem pessoas que costumam ir a baladas. D) mostrarem as dúvidas em relação ao amor. E) revelarem a dificuldade do esquecimento amoroso. P1001 14
  • 17. BL01P10 Leia novamente o texto “Quero ver é me esquecer” para responder à questão abaixo. 24) (P111477I7) No Texto 2, no verso “Ela sai, ela pinta, ela borda” (2ª estrofe), a expressão destacada foi usada para A) demonstrar que a mulher amada tem talento artístico. B) indicar que a mulher amada divertiu-se. C) mostrar que a mulher amada faz aulas de arte. D) ressaltar que a mulher amada costuma contar mentiras. E) sugerir que a mulher amada revelou o desfecho de um filme. Leia o texto abaixo. Uma por outra Era por sessenta e tantos... Musa, lembra-me as causas desta paixão romântica, conta as suas fases e o seu desfecho. Não fales em verso, posto que nesse tempo escrevi muitos. Não; a prosa basta, desataviada, sem céus azuis nem garças brancas, a prosa do tabelião que sou neste município do Ceará. Era no Rio de Janeiro. Tinha eu vinte anos feitos e malfeitos, sem alegrias, longe dos meus, no pobre sótão de estudante, à Rua da Misericórdia. Certamente a vida do estudante de matemáticas era alegre, e as minhas ambições, depois do café [...], não iam além de um e outro teatro, mas foi isto mesmo que me deitou “uma gota amarga na existência”. É a frase textual que escrevi em uma espécie de diário daquele tempo, rasgado anos depois. Foi no teatro que vi uma criaturinha bela e rica, toda sedas e joias, com o braço pousado na borda do camarote, e o binóculo na mão. Eu, das galerias onde estava, dei com a pequena e gostei do gesto. No fim do primeiro ato, quando se levantou, gostei da figura. E daí em diante, até o fim do espetáculo, não tive olhos para mais ninguém, nem para mais nada; todo eu era ela. Se estivesse com outros colegas, como costumava, é provável que não gastasse mais de dois minutos com a pequena; mas naquela noite estava só, entre pessoas estranhas, e inspirado. Ao jantar, fizera de cabeça um soneto. Demais, antes de subir à galeria quedara-me à porta do teatro a ver entrar famílias. A procissão de mulheres, a atmosfera de cheiros, a constelação de pedrarias entonteceram-me. Finalmente, acabava de ler um dos romances aristocráticos de Feuillet [...]. Foi nesse estado de alma que descobri aquela moça do quinto camarote, primeira ordem, à esquerda, Teatro Lírico. [...] ASSIS, Machado de. Uma por outra. In: Domínio público. Disponível em: <https://bityli.com/ANTyZy>. Acesso em: 26 jul. 2022. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P100603H6_SUP) 25) (P100603H6) O contexto social a que esse texto faz referência é A) a abertura de exposições de arte no Rio de Janeiro. B) a apresentação de saraus de poesia no Ceará. C) a ascensão cultural do teatro no Rio de Janeiro. D) a expansão das universidades no Rio de Janeiro. E) a instauração de tabelionato de notas no Ceará. P1001 15