2. Fluxo de Caixa Marginal
O Fluxo de Caixa Marginal permite tratar eventos não previstos no escopo inicial de uma
Concessão, sem alterar o equilíbrio econômico-financeiro deste escopo inicial.
De forma simplista, chamando o Fluxo de Caixa do escopo inicial de A e o Fluxo de
Caixa Composto, incluindo os eventos não previstos inicialmente de B, o Fluxo de Caixa
2
Marginal seria composto dos parâmetros [B – A] conforme veremos a seguir
Desta forma, pode-se tratar o Fluxo da Caixa Marginal [B – A] de forma independente,
mantendo inalterado o Fluxo de Caixa inicial A.
3. Componentes do Fluxo de Caixa Marginal
Evento Gerador: Evento não previsto no PER Original, que altera parâmetros de Custo,
Investimento e/ou Receita.
Na maioria dos casos, o evento gerador modifica Investimentos e/ou Custos. A Receita
necessária para o re-equilíbrio é a variável da equação. Ela pode ser gerada por
3
alteração de tarifa e/ou extensão do prazo da concessão.
O Fluxo de Caixa Marginal é gerado através da modelagem destas variações, a maior ou
a menor, da Receita Marginal, dos Custos Marginais e dos Investimentos Marginais.
4. Receita Marginal
a) Receita para Tarifa Vigente
- Volume de partida - Real Medido no Ano Anterior
- Taxa de Crescimento - Melhor Estimativa Crescimento Real Futuro
- Volumes não afetados por Eventos Geradores do Re-Equilíbrio
- Receitas calculadas com Tarifa Vigente
b) Receita para Re-Equilíbrio
4
b) Receita para Re-Equilíbrio
- Volume de partida - Real Medido no Ano Anterior
- Taxa de Crescimento - Melhor Estimativa Crescimento Real Futuro
- Volumes afetados por Eventos Geradores do Re-Equilíbrio
- Receitas calculadas com Tarifa de Re-Equilíbrio ("atingir meta")
c) Receita Marginal Bruta Calculada por (b - a)
5. Custo e Despesa Marginal
a) Custos/Despesas Vigentes
- Situação Vigente após última Revisão Aprovada
- Custos/Despesas não afetadas por Eventos Geradores do
Re-Equilíbrio
b) Custos/Despesas para Re-Equilíbrio
5
b) Custos/Despesas para Re-Equilíbrio
- Situação nova, afetada pelos Eventos Geradores do Re-Equilíbrio.
c) Custos/Despesas Marginais
- Calculados por (b - a)
6. Investimento Marginal
a) Investimentos/Imobilizações Vigentes
- Situação Vigente após última Revisão Aprovada
- Investimentos/Imobilizações não afetadas por Eventos Geradores do Re-
Equilíbrio
b) Investimentos/Imobilizações para Re-Equilíbrio
6
b) Investimentos/Imobilizações para Re-Equilíbrio
- Situação nova, afetada pelos Eventos Geradores do Re-Equilíbrio
c) Investimentos/Imobilizações Marginais
- Calculados por (b - a)
7. Estrutura do Fluxo de Caixa Marginal
Utiliza mesma Estrutura do Contrato Vigente (sem financiamento).
As Receitas, Custos e Investimentos utilizados, são os Valores Marginais acima.
Utiliza o mesmo Regime Tributário da última Revisão Aprovada.
7
Utiliza o mesmo Regime Tributário da última Revisão Aprovada.
O XVPL do Fluxo Resultante, descontado à Taxa Anual acordada com a ANTT, deve
ser 0 (zero).
("Atingir Meta" de XVPL = 0, variando a Tarifa de Re-Equilíbrio)
8. Aplicação do Conceito na Concepa
CONCEPA
Porto Alegre
Evento Gerador do Desequilíbrio Econômico Financeiro: A
necessidade da construção de uma nova ponte sobre o Rio
Guaíba.
Esta nova ponte não era prevista no PER original. Portanto,
todo o custo de implantação da obra e seus anexos, fará parte
8
Guaíba
Eldorado do Sul
Porto Alegre
Canoas
Cachoeirinha
Glorinha
Osório
BR
290
Gravatai
Sto. Antonio da Patrulha
Cidades
Principal Rodovia
Rodovias auxiliares
Divisas
• Período de concessão: 1997-2017
• 121 km
• 3 Praças de pedágio
• Participação da Triunfo: 100%
• Empresa de serviços: Rio Guaíba
todo o custo de implantação da obra e seus anexos, fará parte
do Fluxo de Caixa Marginal para o re-equilíbrio Econômico-
Financeiro do Contrato.