A mãe do autor foi para o Japão trabalhar em uma fábrica de joias onde conheceu o pai. Eles voltaram para o Brasil e se casaram. O autor mora em São Paulo e estuda arquitetura, apesar de ter considerado como seria sua vida se tivesse crescido no Japão.
1. Minha mãe, quando tinha 21 anos, foi para o Japão trabalhar,época em que ser umdekasseguis
dava condições melhores de vida , em uma fábrica de joias; frequentava também aulas de
Japonês para melhorar a sua pronuncia e foi lá que conheceu um rapaz discreto e atencioso, o
meu pai,que estava como dekassegui também (ele é da cidade de Marília e minha mãe de
Pereira Barreto,distancia de 350km, e probabilidade quase zero de se encontrarem no
Brasil)começando uma amizade que acabou tornando-se um relacionamento firme. Passado
um tempo, os dois voltaram para o Brasil, mas o meu pai foi morar no centro de São Paulo e a
minha mãe voltou a morar com a tia, ajudando-a na loja de óculos; depois de algum tempo,
casaram e , finalmente nasci!(Ufa!)
Eu moro a 16 anos em São Paulo, em um bairro chamado Vila Industrial, é um lugar muito
simples, tendo a comodidade de ter os serviços essenciais perto de casa, enfim , simples mas
de localização privilegiada.
Quase sempre estudei em escola estadual mas por causa da falta de qualidade no ensino
acabei me mudando para o Sesi, onde estou cursando o último ano do ensino médio.
Frequento também, na parte damanhã, o cursinho que reforça assuntos ,que, infelizmente
não aprendi na época devida , mas este esforço está valendo a pena ,tendo como
resultadofinal,base para cursar uma boa faculdade de arquitetura.
Não foi fácil decidir que profissão seguir e, para falar a verdade , ainda estou meio indecisa
com a escolha, mas por enquanto estou focada em arquitetura ,por me identificar com a área,
ramo que está se diversificando e pode me levar ao conhecimento de outra áreas também.
As vezes, penso como seria a minha vida se os meus pais tivessem optado por ficar no
Japão,estaria numa escola japonesa, onde a disciplina, hábitos, cultura, povo são totalmente
diferentes daqui, a pressão por resultados seria maior , pois li uma reportagem que lá, se
não passar no vestibular é um desrespeito àhonra da família,causando o suicídio de muitos
jovens, ainda bem que aqui no Brasil não é assim e as pressões são menores para o primeiro
ano do vestibular, sempre havendo a oportunidade de tentar novamente .
Mas enfim, tudo depende do ponto de vista, ou melhor, da vivência, localidade, situação em
que se está, sei que as minhas escolhas, o meu jeito de ser são influenciados pela sociedade
em que vivo.