1) O documento analisa os conhecimentos e comportamentos de migrantes africanos e brasileiros residentes na área metropolitana de Lisboa em relação à infecção pelo HIV/AIDS.
2) Utiliza questionários para avaliar os níveis de conhecimento, atitudes e práticas de saúde dos migrantes.
3) Os resultados mostram diferenças entre os grupos de migrantes em termos de conhecimento sobre HIV/AIDS e fatores de risco, bem como padrões de comportamento sexual.
AIDS vamos multiplicar o conhecimento mais rápido que o vírus.
VIH/SIDA conhecimentos e comportamentos migrantes
1. CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS
RESIDENTES NA ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA
DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DE GRAU DE MESTRE
INSTITUTO DE HIGIENE E MEDICINA
TROPICAL
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
Mestranda: Susana Ferreira
Orientadora: Doutora Sónia Dias
Co-Orientador: Doutor Bruno de Sousa
30 de Novembro de 2011
2. A migração internacional é um dos maiores desafios e fenómenos
a nível mundial.
O rápido desenvolvimento da comunicação e dos sistemas de transportes
permite que as pessoas se movam frequentemente e de forma mais rápida do que
antes, resultando numa massa migratória.
O movimento dos indivíduos e populações tornou-se um importante factor na
formação da disseminação global do VIH/SIDA.
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
MIGRAÇÃO
3. Litoral no sentido Sul-Norte: Lisboa, Faro, Setúbal e Porto;
Maior fluxos de entradas desde os anos 80, sobretudo com imigrantes do Brasil, Palops (Angola e Guiné Bissau).
Nos anos 90, há uma consolidação de migrantes residentes em Portugal em particular oriundos dos PALOPS,
Brasil e Europa de Leste.
POPULAÇÃO ESTRANGEIRA POR DISTRITOS EM
PORTUGAL
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
SEF, 2009
4. Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não
meramente a ausência de doença ou enfermidade (WHO, 2009).
Os factores:
Sociais
Económicos
Políticos Culturais
Ambientais
As disparidades nos determinantes sociais e económicos de saúde afectam
a vulnerabilidade e criam resultados adversos ao nível da saúde (WHO,
2010).
MIGRAÇÃO E SAÚDE
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO …estão associados à saúde dos migrantes.
5. MIGRAÇÃO E INFECÇÃO VIH/SIDA
(CONTEXTO INTERNACIONAL)
Atingir o acesso universal à prevenção, ao tratamento, cuidados e apoio de forma
abrangente em 2010, para se deter e reverter a epidemia em 2015 (UN, 2010)
A DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DE 2001 e a DECLARAÇÃO POLÍTICA SOBRE O
VIH/SIDA de 2006, ambas adoptadas na Assembleia Geral das Nações Unidas:
Em 2009, estimou-se 2.6 milhões de pessoas com novas infecções de VIH.
Em 1999, este número representa cerca de um quinto (19%). Logo, houve uma
redução.
A mortalidade diminui ao nível global, apesar da existência de novas incidências.
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
Em 2007, na Europa, quase uma em cada cinco pessoas (cerca de 17%)
diagnosticadas com HIV pela primeira vez, é proveniente de países cuja prevalência
de VIH/SIDA é elevada (UNAIDS, 2010).
6. MIGRAÇÃO E INFECÇÃO VIH/SIDA
(CONTEXTO NACIONAL)
A epidemia em Portugal é do tipo concentrado - é definida como aquela cuja
prevalência é maior do que 5% em pelo menos um grupo específico da
população, mas não na população em geral.
Pela dimensão e importância da infecção deve se considerar : jovens
(escolarizados ou não), as mulheres, os intervenientes em práticas de sexo
comercial, os utilizadores de drogas, os reclusos, os migrantes, as minorias
étnicas, as populações móveis (e.g. camionistas, militares) e as minorias sexuais
(CNVIH/SIDA, 2007).
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
7. MIGRAÇÃO E INFECÇÃO VIH/SIDA
(CONTEXTO NACIONAL)
Portugal mais de 200 casos num milhão de pessoas. A proporção de casos de
infecção nos migrantes representa cerca de 20% (ECDC, 2010).
(INSA, 2009).
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
8. MOBILIDADE E VIH
VULNERABILIDADE DO MIGRANTE
Factores motivadores da mobilidade:
distribuição desigual de recursos;
o desemprego;
a instabilidade socioeconómica;
instabilidade política,
….são determinantes de um aumento do risco dos migrantes e das suas famílias
face à infecção do VIH.
Factores como o género, idade, etnicidade, normas culturais e estatuto sociocultural e
económico determinam, directa ou indirectamente quem é mais vulnerável à infecção
do VIH (Dias & Matos, 2002).
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
9. MOBILIDADE E VIH
VULNERABILIDADE DO MIGRANTE
A vulnerabilidade da Mulher é uma combinação de factores biológicos e desigualdade
de género, face à infecção do VIH (WHO, 2009).
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
A vulnerabilidade do Homem está relacionada:
As normas ide masculinidade impede-os de procurar informação ou admitir a sua
falta de conhecimento sobre sexo ou protecção, coagindo-os a terem sexo não
protegido numa idade prematura a fim de provar a sua masculinidade (Gupta 2000) .
10. O Despacho nº25. 360/2001 diz que:
os cidadãos estrangeiros residentes legais em Portugal têm:
. o acesso, e igualdade de tratamento tal como os beneficiários do SNS,
. cuidados de saúde e assistência medicamentosa.
Os imigrantes irregulares devem:
. apresentar o documento comprovativo (emitido pelas juntas de freguesia) o qual
comprove que se encontram em Portugal há mais de 90 dias.
ACESSOS AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
Determinados grupos populacionais isentos de pagamento:
refugiados, pessoas com estatuto de asilado, crianças até aos
12 anos, desempregados inscritos no Centro de Emprego e
pessoas vivendo com VIH/SIDA e tuberculose.
11. OBJECTIVO GERAL:
Identificar os conhecimentos e comportamentos dos migrantes face à
infecção do VIH/SIDA.
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
Descrever as diferenças de acordo com a origem dos migrantes
relativamente aos conhecimentos e comportamentos face à infecção do VIH/SIDA.
Analisar as diferenças de género nos conhecimentos e comportamentos nos
migrantes africanos e brasileiros face à infecção do VIH/SIDA.
QUAIS SÃO OS CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS NO ÂMBITO DA
INFECÇÃO DO VIH/SIDA EM POPULAÇÕES MIGRANTES?
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
12. DESENHO DE ESTUDO
Estudo descritivo, observacional e transversal (Last, 2006).
Estudos CAP (Conhecimentos, atitudes e práticas).
ABORDAGEM DE INVESTIGAÇÃO
-QUANTITATIVA
POPULAÇÃO E AMOSTRA
-migrantes regulares e irregulares de nacionalidade africana (PALOPS) ou brasileira.
- migrantes de 1ª e 2ª geração com idade igual ou superior a 18 anos.
-residentes na região de Lisboa e Vale do Tejo.
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
MÉTODOS
13. INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS
CNAI (CENTRO NACIONAL DE APOIO AO IMIGRANTE):
O questionário 60 perguntas de resposta fechada do tipo dicotómico, de escala ordinal, de
escala nominal, e quantitativas. Divide-se em três partes fundamentais: conhecimentos,
atitudes e práticas face à infecção do VIH/SIDA, com de duas a doze opções de resposta.
A primeira parte relativa aos conhecimentos tem 20 perguntas. A terceira parte referente às
práticas/comportamentos tem 25 perguntas.
ANÁLISE DE DADOS
Análise exploratória de dados para descobrir ou identificar os aspectos ou padrões de maior
interesse (Murteira, 1993). Para tratamento da informação recolhida recorreu-se aos
software informáticos Microsoft Excel 2007 e o programa estatístico SPSS versão 18.
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
14. CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
RESULTADOS
Africanos Brasileiros
Variáveis
Sexo 65,5%mulheres 44%mulheres
Idade 50%idadeinferiora35anos 50%idadeinferiora35anos
27%idademaiorouiguala45anos 11%idademaiorouiguala45anos
Regularização 90%situaçãolegalregularizada 50%emfasederegularizaçãoounãoregularizados
Ocupaçãoprofissional 48% trabalham 73% trabalham
Escolaridade 18%dasmulherestêmoensinosec. 55%dasmulherestêmoensinosec.
18%doshomenstêmensinosec. 18%doshomenstêmlicenciatura
Rendimentofamiliar 68%rendimentofamiliarinsuficiente 44%rendimentofamiliarinsuficiente
TempoestadiaemPortugal 28%residemnopaísentre11-20anos 72%estãoemPortugalperíodo=ouinferiora5anos
40%residemnopaísentre1-10anos
15. 2- Amigos, familiares e
conhecidos;
3 - Campanhas de
prevenção
FONTES DE INFORMAÇÃO
LOCAIS SELECCIONADOS PARA OBTER INFORMAÇÃO SOBRE O
VIH/SIDA
1 - Centro de Saúde 2 - Hospital
3 - Linha SIDA/Serviços
telefónicos de ajuda
VEÍCULOS DE TRANSMISSÃO DO VIH/SIDA
1 - Utilização de
seringas ou material de
injecção contaminado
3 - Esperma 4 - Fluidos vaginais
2 - contacto com sangue
infectado
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
1 - Media (TV, rádio e
jornais)
INTRODUÇÃO
RESULTADOS
16. Forma de evitar a infecção do VIH/Sida
“Vacinado-me”
Prática do coito
interrompido
Utilização de cremes
espermicidas
…constituem formas de evitar a infecção, no entanto a percentagem de
africanos´que responde “não sabe” é maior enquanto que os brasileiros têm
menor percentagem de respostas incorrectas.
Identificação de uma pessoa com a infecção do VIH/Sida
Manchas no corpo
As mulheres em geral ao contrário dos homens respondem que:
Africanos e Brasileiros respondem que:
Perda de Peso
…constituem sinais da infecção do VIH/Sida
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
RESULTADOS
INTRODUÇÃO
17. Número de Parceiros no último ano
71% - 1 parceiro
17% - “2 a 5 parceiros”
Africanos Brasileiros
71% - 1 parceiro
13% - “2 a 5 parceiros”
HomensMulheres
Brasileiras
Africanas 80% - 1 parceiro
Brasileiros - 80%
Africanos- 55% 1 parceiro
Tipo de Parceiros no último ano
90% de ambas as Comunidades tem um
Mulheres Homens
Brasileiras - 3%
Africanas- 6%
Brasileiros - 10%
Africanos- 30%
parceiro fixo, mas….
ocasionaisocasionais
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
RESULTADOS
18. Sexo dos parceiros sexuais
Mulheres Homens
5%
94%
1%
Só com parceiros do
mesmo sexo
Só com parceiros do sexo
oposto
Com parceiros de ambos
os sexos
Brasileiras - 10% só com parceiros do
mesmo sexo.
Africanas- 100% parceiros sexo oposto.
Brasileiros - 5% só com parceiros do
mesmo sexo.
Africanos- 3% só com parceiros do mesmo
sexo.
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
19. Utilização de Preservativo na última relação sexual
Cerca de 67% a 72% de ambas as comunidades não utilizou
preservativo.
Homens africanos são os que registam a maior percentagem 82%.
As razões da não utilização do preservativo são:
São muito caros;
Não achei importante utilizar;
Outro motivo;
“O meu parceiro não queria utilizar”.
OBJECTIVOS
MÉTODOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
Métodos de contracepção eleitos por ambas as
Comunidades
Preservativo masculino;
Pílula;
mas…
“a não utilização de métodos contraceptivos” foi a 1ª opção para os
Africanos e a 2ª opção para os Brasileiros.
RESULTADOS
INTRODUÇÃO
20. Frequência e utilização do preservativo
Ressalva-se que:
as mulheres africanas são quem utiliza menos o preservativo com
parceiros fixos ou ocasionais;
12% das mulheres brasileiras “nunca” utiliza preservativo com
parceiros ocasionais do mesmo sexo.
54% dos homens africanos e 24% dos homens brasileiros utiliza
“sempre” o preservativo.
Infecções sexualmente transmissíveis
Apesar de ambas as comunidades recearem as IST, os homens
africanos e as mulheres brasileiras são quem responde ter “muito”
receio.
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
21. Nível de escolaridade e rendimento familiar mais elevado, juntamente com o
hábito anterior de possuir um seguro de saúde influenciam a opção da escolha da
Medicina Privada como opção de Serviço de Saúde da Comunidade Brasileira.
A situação de não regularização; o período de permanência e a expectativa em
relação aos cuidados de saúde limita o acesso aos Serviços de Saúde, com uma
frequência inferior por parte da Comunidade Brasileira.
A diferença do nível de escolaridade/formação entre homens e mulheres deixa
menos oportunidades de emprego às mulheres migrantes, sendo expostas a uma
maior vulnerabilidade ao nível económico (khrishan et al, 2008), bem como o
nível de conhecimentos sobre o VIH/Sida (Mullany et al, 2010) nomeadamente as
mulheres deste estudo têm mais desconhecimento sobre as formas de evitar a
infecção do VIH/Sida como em relação às ideias pré-concebidas tais como: feridas,
manchas no corpo e perda de peso do que os homens.
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
CONCLUSÃO
DISCUSSÃO
INTRODUÇÃO
22. Os homens têm maior número de parceiros sexuais do que as mulheres,
sobretudo os Africanos. A cultura tem uma contribuição forte e directa nos
comportamentos, sobretudo na definição do papel do homem e da mulher (Negash,
2003).
As africanas são as que utilizam menos o preservativo masculino com parceiros
fixos ou até mesmo ocasionais. As dinâmicas do género e poder poderão exercer
maior obstáculo na não utilização do preservativo (Rocha et al 2010; Dias et al,
2002).
Na comunidade dos PALOP o uso de preservativo está normalmente associado à
prevenção da gravidez e não do VIH e relaciona-se com um conjunto de ideias
como a infidelidade, relações casuais, falta de confiança, intimidade e
compromisso numa relação (Fonseca et al, 2009).
Maior mudança de comportamento sexual por parte da comunidade Africana
desde que tomou conhecimento sobre a existência da infecção do VIH/Sida. A
Comunidade Brasileira tem mais conhecimentos sobre a doença, logo não se deu
maior mudança comportamental.
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
CONCLUSÃO
DISCUSSÃO
INTRODUÇÃO
23. LIMITAÇÕES DO
ESTUDO
Possível viés amostragem não aleatória. Logo, os resultados e
conclusões só se aplicam à amostra não podendo ser extrapolados
para o Universo.
Quationário é anónimo e confidencial, mas as questões colocadas são:
- delicadas;
- Íntimas;
- sensíveis
….podendo levar a uma limitação de respostas por parte dos
participantes.
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
24. CONTRIBUTOS
DA INVESTIGAÇÃO
Baixo nível de escolaridade;
Fracos conhecimentos/informação;
Comportamentos considerados de risco;
Normas socioculturais que levam à menor
protecção face às doenças infecciosas.
FACTORES QUE
CONTRIBUEM PARA A
VULNERABILIDADE E O
RISCO DE INFECÇÃO DO
VIH/SIDA
Contribui para compreender o nível de informação
dos migrantes africanos e brasileiros e a forma
como se comportam– face à infecção do VIH/Sida.
Compreender contextos de duas culturas
diferenciadas e alguns dos factores determinantes
que têm impacto na sua saúde .
O Estudo CAP
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
METROPOLITANA DE LISBOA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
25. Promoção da Educação para a Saúde ao nível local (Juntas de Freguesia,
Associações Socioculturais, Escolas Públicas e Privadas e Centro de Saúde) na área
de residência dos migrantes;
Tendo em conta:
•o risco da sexualidade precoce;
•dismitificação do uso do preservativo;
•comportamentos de risco ligados às IST e infecção do VIH/Sida;
•Diferenças culturais (de género e poder) no âmbito de cada comunidade;
•Aconselhamento e teste.
FUTURAS POLÍTICAS ESTRATÉGICAS DE
PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
METROPOLITANA DE LISBOA
OBJECTIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
26. CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS FACE À INFECÇÃO
DO VIH/SIDA EM MIGRANTES AFRICANOS E BRASILEIROS RESIDENTES NA ÁREA
OBRIGADA!
Notas do Editor
A migração surg como fonte de reflexão para a generalidade dos países. Numerosos factores socioeconómicos influenciam o fenómeno da Migração.
Em 33 países, a incidência do VIH caiu em cerca de 25% entre 2001 e 2009. Destes países, 22 pertencem à região da África-subsaariana, onde a maioria de novas infecções continuam a ocorrer, com cerca de 1.8 milhões de pessoas infectadas em 2009, mas um número que diminuiu ao comparar-se com o ano de 2001.
Na Europa Central, cerca de metade da taxa de incidência relativa ao VIH é de transmissão heterossexual, com muitas destas pessoas a serem infectadas no estrangeiro (sobretudo nos países pertencentes à África subsaariana, Caraíbas e Pacífico). (ECDC, WHO, 2009)
Os indicadores epidemiológicos e sociais deixam a sociedade portuguesa em preocupante lugar na hierarquia dos países da Europa ocidental (CNVIH/SIDA, 2007). Os grupos os quais se deve incidir a prevenção da infecção do VIH/Sida são:
Grupo etário incide sobretudo nas faixas etárias dos 25 aos 39 anos de idade, sendo que as categorias de transmissão em maior número são dos toxicodependentes, seguida dos heterossexuais
O risco (devido às diferenças biológicas) é agravado em culturas que limitam o conhecimento à mulher sobre o VIH e a sua capacidade de negociar sexo seguro. O número de jovens mulheres que tem conhecimento de que o preservativo pode proteger do VIH é inferior ao número de homens jovens (WHO, 2009).
Nos homens, as normas assentam no facto de que o homem tenha mais experiência e conhecimento sobre o sexo. especialmente os jovens com risco de infecção.
nomeadamente as normas predominantes de masculinidade assentam no facto de que
Os Africanos utilizam mais os serviços de saúde do que os Brasileiros ou os migrantes dos Países de Leste (Dias et al, 2011).
No entanto, a não utilização dos serviços de saúde pelos migrantes mais recentes no país, está parcialmente relacionada com a falta de conhecimento relativa ao funcionamento do serviço nacional de saúde, bem como dos direitos à saúde previstos pela lei Portuguesa Dias et al (2011).
Amostra conveniência. Testes recomendados pro futuro? topicos
Slide estudo CAP aqui
topicos
Aumentar letras e por bold mais interessante a realçar
Cores diferentes nos slides…..numeros…vertical numerados.arrumar
Apenas as percentagens diferem entre Africanos e Brssileiros na questão dos Veículos de Transmissão do VIH/Sida, tendo os primeiros 84,8% e os segundos 99%.
Arrumar melhor
Aumentar grafico
O meu estudo levanta resultados em linha c outros estudos nacionais e internacionais.
Desajuste entre o nível de escolaridade dos Brasileiros e a sua situação profissional (França, 2010).