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Didatismo e Conhecimento
Índice
POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO
PM - PE
Soldado
PORTARIA CONJUNTA SAD/SDS Nº 25, DE 09 DE MARÇO DE 2016.
ARTIGO DO WILLIAM DOUGLAS
LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura e Interpretação de textos........................................................................................................................................01
Aspectos semânticos do vocabulário da língua (noções de polissemia, sinonímia e antonímia)...................................07
Relações coesivas e semânticas (de causalidade, temporalidade, inalidade, condicionalidade, inalidade, comparação,
oposição, adição, conclusão, explicação, etc.) entre orações, períodos ou parágrafos, indicados pelos vários tipos de
expressões conectivas ou sequenciadores (conjunções, preposições, advérbios, etc.)...........................................................12
Expressão escrita: divisão silábica, ortograia e acentuação (v. Reforma Ortográica vigente)...................................26
Traços semânticos de radicais, preixos e suixos. .............................................................................................................37
Pronomes de tratamento......................................................................................................................................................40
Normas da lexão dos verbos regulares e irregulares. ......................................................................................................45
Formação de Palavras: Derivação, Composição, Hibridismo, etc. .................................................................................37
Efeitos de sentido decorrentes do emprego expressivo dos sinais de Pontuação............................................................57
Padrões de concordância verbal e nominal. ......................................................................................................................60
Padrões de regência verbal e nominal................................................................................................................................65
Emprego do sinal indicador de crase..................................................................................................................................72
Questões notacionais da língua: Por que, por quê, porque ou porquê; Mal ou mau; Mais ou mas; Meio ou meia; Onde
ou aonde; Estar ou está...............................................................................................................................................................76
Figuras de linguagem...........................................................................................................................................................79
MATEMÁTICA
Função;..................................................................................................................................................................................01
Progressão Aritmética; Progressão Geométrica; .............................................................................................................07
Juros simples e compostos;..................................................................................................................................................11
Análise combinatória;..........................................................................................................................................................14
Probabilidade........................................................................................................................................................................16
Didatismo e Conhecimento
Índice
GEOGRAFIA
Formação territorial de Pernambuco.................................................................................................................................01
1.1 Processos de formação. ..................................................................................................................................................01
1.2 Mesorregiões...................................................................................................................................................................01
1.3 Microrregiões..................................................................................................................................................................01
1.4 Regiões de Desenvolvimento – RD................................................................................................................................01
2. Aspectos físicos. ................................................................................................................................................................02
2.1 Clima. ..............................................................................................................................................................................02
2.2 Vegetação.........................................................................................................................................................................02
2.3 Relevo. .............................................................................................................................................................................02
2.4 Hidrograia......................................................................................................................................................................03
3. Aspectos Humanos e indicadores sociais........................................................................................................................03
3.1 População........................................................................................................................................................................03
3.2 Economia.........................................................................................................................................................................04
3.3 O espaço rural de Pernambuco.....................................................................................................................................05
3.4 Urbanização em Pernambuco.......................................................................................................................................05
3.5 Movimentos culturais em Pernambuco........................................................................................................................06
4. A questão Ambiental em Pernambuco............................................................................................................................06
HISTÓRIA
Ocupação pré-colonial do atual Estado de Pernambuco..................................................................................................01
Ocupação Pré-Histórica de Pernambuco; .........................................................................................................................02
Características socioculturais das populações indígenas que habitavam o território do atual estado de Pernambuco,
antes dos primeiros contatos euro-americanos. .......................................................................................................................04
A Capitânia de Pernambuco: a “Guerra dos Bárbaros”; a lavoura açucareira e mão de obra escrava;....................06
A Guerra dos Mascates;.......................................................................................................................................................09
As instituições eclesiásticas e a sociedade colonial;...........................................................................................................09
Insurreição Pernambucana.................................................................................................................................................10
A Província de Pernambuco no I e II Reinado: Pernambuco no contexto da Independência do Brasil;....................12
Movimentos Liberais: Confederação do Equador e Revolução Praieira; ......................................................................13
O tráico transatlântico de escravos para terras pernambucanas; .................................................................................14
Cotidiano e formas de resistência escrava em Pernambuco;...........................................................................................14
Crise da Lavoura canavieira;..............................................................................................................................................15
A participação dos políticos pernambucanos no processo de emancipação/abolição da escravatura..........................16
Pernambuco Republicano: Voto de Cabresto e Política dos governadores;...................................................................29
Pernambuco sob a interventoria de Agamenon Magalhães;............................................................................................30
Movimentos sociais e repressão durante a Ditadura Civil-Militar (1964-1985) em Pernambuco; ..............................31
Herança afro-descente em Pernambuco;...........................................................................................................................33
Processo político em Pernambuco (2001-2015). ................................................................................................................35
CONHECIMENTOS DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Dos direitos e deveres individuais e coletivos; Dos Direitos Sociais; Da Nacionalidade; Dos Direitos políticos; Dos
Partidos Políticos....................................................................................................................................................................01/50
Didatismo e Conhecimento
SAC
Atenção
SAC
Dúvidas de Matéria
A NOVA APOSTILA oferece aos candidatos um serviço diferenciado - SAC (Serviço de Apoio ao Candidato).
O SAC possui o objetivo de auxiliar os candidatos que possuem dúvidas relacionadas ao conteúdo do edital.
O candidato que desejar fazer uso do serviço deverá enviar sua dúvida somente através do e-mail: professores@
novaconcursos.com.br.
Todas as dúvidas serão respondidas pela equipe de professores da Editora Nova, conforme a especialidade da
matéria em questão.
Para melhor funcionamento do serviço, solicitamos a especiicação da apostila (apostila/concurso/cargo/Estado/
matéria/página). Por exemplo: Apostila Professor do Estado de São Paulo / Comum à todos os cargos - Disciplina:.
Português - paginas 82,86,90.
Havendo dúvidas em diversas matérias, deverá ser encaminhado um e-mail para cada especialidade, podendo
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Didatismo e Conhecimento
Artigo
O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula
de exclusividade, para uso do Grupo Nova.
O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova.
A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO
Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal.
Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de
aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando.
Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da
perda de prazer nas horas de descanso.
Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de
quem quer vencer na vida são:
• medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança),
• falta de tempo e
• “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer.
E então, você já teve estes problemas?
Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas
como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso?
Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos
públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes!
Outros problemas? Falta de dinheiro, diiculdade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e
estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc.
Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito,
Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a
volta por cima”.
É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eiciente com uma vida onde haja espaço para
lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a
tradicional imagem da pessoa trancaiada, estudando 14 horas por dia.
O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral,
desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego:
1º) clara deinição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização;
2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória;
3º) técnicas especíicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que
podem ser aprendidos.
O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas).
Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão
aumentar seu desempenho.
Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta
um pouco de disciplina e organização.
O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário, colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir
como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são
imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona.
Também é recomendável que você separe tempo suiciente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou
ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o
seu rendimento inal no estudo aumenta.
Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em
uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem
seu tempo deinido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer.
Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em
tudo que fazemos.
*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller
“Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar
www.williamdouglas.com.br
Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com inalidade de auxiliar os candidatos.
LÍNGUA PORTUGUESA
Didatismo e Conhecimento 1
LÍNGUA PORTUGUESA
Prof Especialista Zenaide Auxiliadora
Pachegas Branco
Graduada pela Faculdade de Filosoia,
Ciências e Letras de Adamantina
Especialista pela Universidade Estadual Paulista – Unesp
LEITURA E INTERPRETAÇÃO
DE TEXTOS
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a
preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui
alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às
questões relacionadas a textos.
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas
entre si, formando um todo signiicativo capaz de produzir
interação comunicativa (capacidade de codiicar e decodiicar ).
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em
cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a
anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação
do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome
de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão
grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e
analisada separadamente, poderá ter um signiicado diferente
daquele inicial.
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências
diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo
de recurso denomina-se intertexto.
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma
interpretação de um texto é a identiicação de sua ideia principal. A
partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações,
as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento
das questões apresentadas na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
- Identiicar – é reconhecer os elementos fundamentais de
uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais deinem o tempo).
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de
diferenças entre as situações do texto.
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma
realidade, opinando a respeito.
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias
em um só parágrafo.
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras.
Condições básicas para interpretar
Fazem-se necessários:
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto)
e semântico;
Observação – na semântica (signiicado das palavras)
incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e conotação,
sinonímia e antonímia, polissemia, iguras de linguagem, entre
outros.
- Capacidade de observação e de síntese e
- Capacidade de raciocínio.
Interpretar X compreender
Interpretar signiica
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao airmar que...
Compreender signiica
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está
escrito.
- o texto diz que...
- é sugerido pelo autor que...
- de acordo com o texto, é correta ou errada a airmação...
- o narrador airma...
Erros de interpretação
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de
erros de interpretação. Os mais frequentes são:
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do contexto,
acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento
prévio do tema quer pela imaginação.
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas
a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias,
o que pode ser insuiciente para o total do entendimento do tema
desenvolvido.
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias
às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e,
consequentemente, errando a questão.
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a
ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso,
o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada
mais.
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona
palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras
palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo,
uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma
relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.
Didatismo e Conhecimento 2
LÍNGUA PORTUGUESA
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia
e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome
oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes
relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de
adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação
de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo,
deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo
adequado a cada circunstância, a saber:
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas
depende das condições da frase.
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa)
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o
objeto possuído.
- como (modo)
- onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante)
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
aparecer o demonstrativo O ).
Dicas para melhorar a interpretação de textos
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
leitura;
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
menos duas vezes;
- Inferir;
- Voltar ao texto quantas vezes precisar;
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
compreensão;
- Veriicar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada
questão;
- O autor defende ideias e você deve percebê-las.
Fonte:
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/
como-interpretar-textos
QUESTÕES
Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux” (*):
sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista acena, asso-
via, agita os braços num agônico polichinelo; encostado à parede,
marmóreo e impassível, o garçom carioca o ignora com redobrada
atenção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parcei-
rô?!”; o garçom boceja, tira um iapo do ombro, olha pro lustre.
Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o
paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já este-
reotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais termi-
nam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando não
garantirá a atenção do garçom carioca? Como pode o ignó-
bil paulista, nascido e criado na crua batalha entre burgueses
e proletários, compreender o discreto charme da aristocracia?
Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de tudo
um nobre. Um antigo membro da corte que esconde, por trás da
carapinha entediada, do descaso e da gravata borboleta, sauda-
des do imperador. [...] Se deixou de bajular os príncipes e prin-
cesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou
gim tônicas para Vinicius e caipirinhas para Sinatra, uísques
para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas de Or-
son Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol
com Roberto Carlos e ouve conselhos de João Gilberto. Conti-
nua tão nobre quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.
Até que chega esse paulista, esse homem bidimensional e
sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatênis, achan-
do que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá universal,
capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta otááário, ne-
nhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito - pen-
sa o garçom, antes de conduzi-lo à última mesa do restaurante,
a caminho do banheiro, e ali esquecê-lo para todo o sempre.
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, de-
pois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cinzas, maldizendo a
Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê, onde a desigualdade
é tão mais organizada: “Ô, companheirô, faz meia hora que eu
cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo.
Acostume-secomsuaexistênciaplebeia.Ogarçomcariocanão
estáaíparaservi-lo,vocêéquefoiaorestauranteparahomenageá-lo.
(Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo,
06.02.2013)
(*) Um tipo de coreograia, de dança.
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
O contexto em que se encontra a passagem – Se deixou de bajular
os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rai-
nhas do 20 (3.º parágrafo) – leva a concluir, corretamente, que a
menção a
(A) príncipes e princesas constitui uma referência em sentido
não literal.
(B) reis e rainhas constitui uma referência em sentido não li-
teral.
(C) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referên-
cia em sentido não literal.
(D) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referên-
cia em sentido literal.
(E) reis e rainhas constitui uma referência em sentido literal.
Texto para a questão 2:
DA DISCRIÇÃO
Mário Quintana
Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...
(http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade)
Didatismo e Conhecimento 3
LÍNGUA PORTUGUESA
2-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE CO-
MUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo com o
poema, é correto airmar que
(A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade é algo
ruim.
(B) amigo que não guarda segredos não merece respeito.
(C) o melhor amigo é aquele que não possui outros amigos.
(D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado.
(E) entre amigos, não devem existir segredos.
3-) (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
– SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE
PENITENCIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder
à questão.
Casamento
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por im, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
(Adélia Prado, Poesia Reunida)
A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar que
(A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não
gostam que os maridos frequentem pescarias, pois acham difícil
limpar os peixes.
(B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulheres que
não gostam de limpar os peixes, embora valorizem os esbarrões de
cotovelos na cozinha.
(C) há mulheres casadas que não gostam de icar sozinhas
com seus maridos na cozinha, enquanto limpam os peixes.
(D) as mulheres que amam valorizam os momentos mais
simples do cotidiano vividos com a pessoa amada.
(E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite, para
limpar, abrir e salgar o peixe.
4-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 –
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão,
considere o texto abaixo.
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa
pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra
na tarde quente.
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de
cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e
tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínimos
bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver
para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o
mundo cabe numa fresta.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra
bazar, 2010. p. 47)
No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo
reduzido no qual o menino detém sua atenção é
(A) fresta.
(B) marca.
(C) alma.
(D) solidão.
(E) penumbra.
5-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
CESPE/2012)
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a
totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a concepção
de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende
a todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o
aspecto festivo do mundo inteiro, em todos os seus níveis, uma
espécie de segunda revelação do mundo.
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o Renascimento:
o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987, p. 73 (com
adaptações).
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual “O
riso”.
(...) CERTO ( ) ERRADO
6-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
CESPE/2010)
Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atingiu
pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge uma
explicação oicial satisfatória para o corte abrupto e generalizado
de energia no inal de 2009.
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa estatal
Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de 900 km
que separam Itaipu de São Paulo.
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de
investimentos e também erros operacionais conspiraram para
produzir a mais séria falha do sistema de geração e distribuição
de energia do país desde o traumático racionamento de 2001.
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações).
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas do texto
acima apresentado, julgue os próximos itens.
Aoração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados
do país” tem, nesse contexto, valor restritivo.
(...) CERTO ( ) ERRADO
7-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM
ADMINISTRAÇÃO – AOCP/2010) “A carga foi desviada e a
viatura, com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte
de São Paulo.”
Didatismo e Conhecimento 4
LÍNGUA PORTUGUESA
Pela leitura do fragmento acima, é correto airmar que, em sua
estrutura sintática, houve supressão da expressão
a) vigilantes.
b) carga.
c) viatura.
d) foi.
e) desviada.
8-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
— Carta para o 9.326!!!
Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está em
branco, e um outro pergunta:
— Quem te mandou essa carta?
— Minha irmã.
— Mas por que não está escrito nada?
— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adaptações).
O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto acima
decorre
A) da identiicação numérica atribuída ao louco.
B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a carta no
hospício.
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a carta.
D) da explicação dada pelo louco para a carta em branco.
E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.
9-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica:
— Por favor, quero falar com o dr. Pedro.
— O senhor tem hora?
O sujeito olha para o relógio e diz:
— Sim. São duas e meia.
— Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente.
— O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me paga
o aluguel do consultório...
Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adaptações).
No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao
homem para saber se ele
A) veriicou o horário de chegada e está sob os cuidados do
dr. Pedro.
B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o pagamento
do aluguel.
C) tem relógio e sabe esperar.
D) marcou consulta e está calmo.
E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cuidados do
dr. Pedro.
(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO –TÉCNICO DA
FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010 - ADAPTADA) Atenção:
As questões de números 10 a 13 referem-se ao texto abaixo.
Liderança é uma palavra frequentemente associada a feitos
e realizações de grandes personagens da história e da vida social
ou, então, a uma dimensão mágica, em que algumas poucas
pessoas teriam habilidades inatas ou o dom de transformar-se em
grandes líderes, capazes de inluenciar outras e, assim, obter e
manter o poder.
Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a maioria
das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos desenvolver
consideravelmente as suas capacidades de liderança.
Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns
que aprendem habilidades comuns, mas que, no seu conjunto,
formam uma pessoa incomum”. De fato, são necessárias algumas
habilidades, mas elas podem ser aprendidas tanto através das
experiências da vida, quanto da formação voltada para essa
inalidade.
O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; envolve
duas ou mais pessoas e a existência de necessidades para serem
atendidas ou objetivos para serem alcançados, que requerem a
interação cooperativa dos membros envolvidos. Não pressupõe
proximidade física ou temporal: pode-se ter a mente e/ou o
comportamento inluenciado por um escritor ou por um líder
religioso que nunca se viu ou que viveu noutra época. [...]
Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação do
poder de inluência do líder, implica dizer que parte desse poder
encontra-se no próprio grupo. É nessa premissa que se fundamenta
a maioria das teorias contemporâneas sobre liderança.
Daí deinirem liderança como a arte de usar o poder que
existe nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para fazerem o
que se requer delas, da maneira mais efetiva e humana possível.
[...]
(Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza Pinto. Gestão de
pessoas, in Desenvolvimento gerencial na Administração pública do Estado
de São Paulo, org. Lais Macedo de Oliveira e Maria Cristina Pinto Galvão,
Secretaria de Gestão pública, São Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. 290 e 292,
com adaptações)
10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO –
TÉCNICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo
com o texto, liderança
(A) é a habilidade de cheiar outras pessoas que não pode ser
desenvolvida por aqueles que somente executam tarefas em seu
ambiente de trabalho.
(B) é típica de épocas passadas, como qualidades de heróis
da história da humanidade, que realizaram grandes feitos e se
tornaram poderosos através deles.
(C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até mesmo
adquirida, de conseguir resultados desejáveis daqueles que
constituem a equipe de trabalho.
(D) torna-se legítima se houver consenso em todos os grupos
quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá mobilizar esses
grupos em torno de seus objetivos pessoais.
11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO –
TÉCNICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto
deixa claro que
(A) a importância do líder baseia-se na valorização de todo o
grupo em torno da realização de um objetivo comum.
(B) o líder é o elemento essencial dentro de uma organização,
pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta ou objetivo.
(C) pode não haver condições de liderança em algumas
equipes, caso não se estabeleçam atividades especíicas para cada
um de seus membros.
(D) a liderança é um dom que independe da participação dos
componentes de uma equipe em um ambiente de trabalho.
Didatismo e Conhecimento 5
LÍNGUA PORTUGUESA
12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO –
TÉCNICO DAFAZENDAESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno
da liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo)
No contexto, inter-relação signiica
(A) o respeito que os membros de uma equipe devem
demonstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por resultarem
em benefício de todo o grupo.
(B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um
grupo devidamente orientado pelo líder e aqueles propostos pela
organização a que prestam serviço.
(C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em equipe,
de modo que os mais capacitados colaborem com os de menor
capacidade.
(D) a criação de interesses mútuos entre membros de uma
equipe e de respeito às metas que devem ser alcançadas por todos.
13-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO –
TÉCNICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não
pressupõe proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo)
A airmativa acima quer dizer, com outras palavras, que
(A) a presença física de um líder natural é fundamental para
que seus ensinamentos possam ser divulgados e aceitos.
(B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sempre se
atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de autores diversos.
(C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se
houver distância no tempo e no espaço entre aquele que inluencia
e aquele que é inluenciado.
(D) as inluências recebidas devem ser bem analisadas e
postas em prática em seu devido tempo e na ocasião mais propícia.
14-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR –
FGV PROJETOS/2010)
Painel do leitor (Carta do leitor)
Resgate no Chile
Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de
salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo de
uma mina de cobre e ouro no Chile.
Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso,
mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando seus
companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica
e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram
à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que
só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois
“socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento,
desceram na mina para ajudar no salvamento.
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – painel do leitor –
17/10/2010)
Considerando o tipo textual apresentado, algumas expressões
demonstram o posicionamento pessoal do leitor diante do fato
por ele narrado. Tais marcas textuais podem ser encontradas nos
trechos a seguir, EXCETO:
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...”
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de
cobre e ouro no Chile.”
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...”
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.”
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, desceram na
mina...”
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
– VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às
questões de números 15 a 17.
Férias na Ilha do Nanja
Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as malas nos
seus carros, olhando o céu para verem que tempo faz, pensando
nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, issuras* – sem falar
em bandidos, milhões de bandidos entre as issuras, as pedras
soltas e as barreiras...
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de tanto
trabalho; de tanta luta com os motoristas da contramão; enim,
cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande
cidade, isto que já está sendo a negação da própria vida.
E eu vou para a Ilha do Nanja.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as
férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce
como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo
os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moça à janela a
namorar um moço na outra janela de outra ilha.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adaptado)
*issuras: fendas, rachaduras
15-) (DCTA–TÉCNICO 1 – SEGURANÇADOTRABALHO
– VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a maneira
como se preparam para suas férias, a autora mostra que seus
amigos estão
(A) serenos.
(B) descuidados.
(C) apreensivos.
(D) indiferentes.
(E) relaxados.
16-) (DCTA–TÉCNICO 1 – SEGURANÇADOTRABALHO
– VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se airmar que,
assim como seus amigos, a autora viaja para
(A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
(B) escapar do lugar em que está.
(C) reencontrar familiares queridos.
(D) praticar esportes radicais.
(E) dedicar-se ao trabalho.
17-) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, “à
beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque”
(último parágrafo), a autora sugere que viajará para um lugar
(A) repulsivo e populoso.
(B) sombrio e desabitado.
(C) comercial e movimentado.
(D) bucólico e sossegado.
(E) opressivo e agitado.
Didatismo e Conhecimento 6
LÍNGUA PORTUGUESA
18-) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO –
CONSULPLAN/2013 - ADAPTADA) Texto para responder à
questão.
(Adail et al II. Antologia brasileira de humor. Volume 1. Porto Alegre:
L&PM, 1976. p. 95.)
A charge anterior é de Luiz Carlos Coutinho, cartunista
mineiro mais conhecido como Caulos. É correto airmar que o
tema apresentado é
(A) a oposição entre o modo de pensar e agir.
(B) a rapidez da comunicação na Era da Informática.
(C) a comunicação e sua importância na vida das pessoas.
(D) a massiicação do pensamento na sociedade moderna.
Resolução
1-)
Pela leitura do texto infere-se que os “reis e rainhas” do século
20 são as personalidades da mídia, os “famosos” e “famosas”.
Quanto a príncipes e princesas do século 19, esses eram da corte,
literalmente.
RESPOSTA: “B”.
2-)
Pela leitura do poema identiica-se, apenas, a informação
contida na alternativa: revelar segredos para o amigo pode ser
arriscado.
RESPOSTA: “D”.
3-)
Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a autora
narra um momento simples, mas que é prazeroso ao casal.
RESPOSTA: “D”.
4-)
Com palavras do próprio texto responderemos: o mundo cabe
numa fresta.
RESPOSTA: “A”.
5-)
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a seriedade; ele
abarca a totalidade do universo (...). Os termos relacionam-se. O
pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.
RESPOSTA: “CERTO”.
6-)
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo menos
1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por “o qual”, portanto,
trata-se de um pronome relativo (oração subordinada adjetiva).
Quando há presença de vírgula, temos uma adjetiva explicativa
(generaliza a informação da oração principal. A construção seria:
“do apagão, que atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados
do país”); quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe,
delimita a informação – como no caso do exercício).
RESPOSTA: “CERTO’.
7-)
“A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes,
abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Trata-se
da igura de linguagem (de construção ou sintaxe) “zeugma”, que
consiste na omissão de um termo já citado anteriormente (diferente
da elipse, que o termo não é citado, mas facilmente identiicado).
No enunciado temos a narração de que a carga foi desviada e de
que a viatura foi abandonada.
RESPOSTA: “D”.
8-)
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais aparece
no desfecho da história, ao inal, como nesse: “Ah, porque nós
brigamos e não estamos nos falando”.
RESPOSTA: “D”.
9-)
“O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se o
senhor é paciente” = a recepcionista quer saber se ele marcou
horário e se é paciente do Dr. Pedro.
RESPOSTA: “E”.
10-)
Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar à
conclusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação;
envolve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades para
serem atendidas ou objetivos para serem alcançados, que requerem
a interação cooperativa dos membros envolvidos = equipe
RESPOSTA: “C”.
11-)
O texto deixa claro que a importância do líder baseia-se na
valorização de todo o grupo em torno da realização de um objetivo
comum.
RESPOSTA: “A”.
12-)
Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresentadas, a que
está coerente com o sentido dado à palavra “inter-relação” é: “a
criação de interesses mútuos entre membros de uma equipe e de
respeito às metas que devem ser alcançadas por todos”.
RESPOSTA: “D”.
Didatismo e Conhecimento 7
LÍNGUA PORTUGUESA
13-)
Não pressupõe proximidade física ou temporal = o aprendizado
da liderança pode ser produtivo, mesmo se houver distância no
tempo e no espaço entre aquele que inluencia e aquele que é
inluenciado.
RESPOSTA: “C”.
14-)
Em todas as alternativas há expressões que representam a
opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da Terra / Não se
pode esquecer / gesto humanitário que só enobrece / demonstrando
coragem e desprendimento.
RESPOSTA: “B”.
15-)
“pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, issuras
– sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as issuras, as
pedras soltas e as barreiras...” = pensar nessas coisas, certamente,
deixa-os apreensivos.
RESPOSTA: “C”.
16-)
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta da
própria autora!
RESPOSTA: “B”.
17-)
Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.
RESPOSTA: “D”.
18-)
Questão que envolve interpretação “visual”! Fácil. Basta
observar o que as personagens “dizem” e o que “pensam”.
RESPOSTA: “A”.
ASPECTOS SEMÂNTICOS
DO VOCABULÁRIO DA LÍNGUA
(NOÇÕES DE POLISSEMIA, SINONÍMIA
E ANTONÍMIA)
- Sinônimos
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto -
abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir.
Observação: A contribuição greco-latina é responsável
pela existência de numerosos pares de sinônimos: adversário
e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo;
contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo;
transformação e metamorfose; oposição e antítese.
- Antônimos
São palavras de signiicação oposta: ordem - anarquia;
soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem.
Observação: A antonímia pode originar-se de um preixo
de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático
e antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo
e inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista;
simétrico e assimétrico.
O que são Homônimos e Parônimos:
- Homônimos
a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferentes na
pronúncia:
rego (subst.) e rego (verbo);
colher (verbo) e colher (subst.);
jogo (subst.) e jogo (verbo);
denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
providência (subst.) e providencia (verbo).
b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e diferentes
na escrita:
acender (atear) e ascender (subir);
concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
cela (compartimento) e sela (arreio);
censo (recenseamento) e senso (juízo);
paço (palácio) e passo (andar).
c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São palavras
iguais na escrita e na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo);
cedo (verbo) e cedo (adv.);
livre (adj.) e livre (verbo).
- Parônimos
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: coro e
couro; cesta e sesta; eminente e iminente; osso e ouço; sede e
cede; comprimento e cumprimento; tetânico e titânico; autuar e
atuar; degradar e degredar; inligir e infringir; deferir e diferir;
suar e soar.
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-
antonimos,-homonimos-e-paronimos
Questões sobre Signiicação das Palavras
01. Assinale a alternativa que preenche corretamente as
lacunas da frase abaixo:
Da mesma forma que os italianos e japoneses _________
para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros ________
para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor;
internamente, __________ para o Sul, pelo mesmo motivo.
a) imigraram - emigram - migram
b) migraram - imigram - emigram
c) emigraram - migram - imigram.
d) emigraram - imigram - migram.
e) imigraram - migram – emigram
Didatismo e Conhecimento 8
LÍNGUA PORTUGUESA
Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP – 2013 -
Leia o texto para responder às questões de números 02 e 03.
Alunos de colégio fazem robôs com sucata eletrônica
Você comprou um smartphone e acha que aquele seu celular
antigo é imprestável? Não se engane: o que é lixo para alguns
pode ser matéria-prima para outros. O CMID – Centro Marista
de Inclusão Digital –, que funciona junto ao Colégio Marista de
Santa Maria, no Rio Grande do Sul, ensina os alunos do colégio a
fazer robôs a partir de lixo eletrônico.
Os alunos da turma avançada de robótica, por exemplo,
constroem carros com sensores de movimento que respondem
à aproximação das pessoas. A fonte de energia vem de baterias
de celular. “Tirando alguns sensores, que precisamos comprar,
é tudo reciclagem”, comentou o instrutor de robótica do CMID,
Leandro Schneider. Esses alunos também aprendem a consertar
computadores antigos. “O nosso projeto só funciona por causa
do lixo eletrônico. Se tivéssemos que comprar tudo, não seria
viável”, completou.
Em uma época em que celebridades do mundo digital fazem
campanha a favor do ensino de programação nas escolas,
é inspirador o relato de Dionatan Gabriel, aluno da turma
avançada de robótica do CMID que, aos 16 anos, já sabe qual
será sua proissão. “Quero ser programador. No início das aulas,
eu achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse.
(Giordano Tronco, www.techtudo.com.br, 07.07.2013.
Adaptado)
02. A palavra em destaque no trecho –“Tirando alguns
sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”... – pode ser
substituída, sem alteração do sentido da mensagem, pela seguinte
expressão:
A) Pelo menos B) A contar de
C) Em substituição a D) Com exceção de
E) No que se refere a
03. Assinale a alternativa que apresenta um antônimo para
o termo destacado em – …“No início das aulas, eu achava meio
chato, mas depois fui me interessando”, disse.
A) Estimulante. B) Cansativo.
C) Irritante. D) Confuso.
E) Improdutivo.
04. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP
– 2013). Analise as airmações a seguir.
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituído, sem
alteração do sentido do texto, por “faz”.
II.Afrase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser reescrita
da seguinte forma – Todo preso aspira à libertação.
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma diferente aqui
no presídio devido ao bom comportamento. – pode-se substituir a
expressão em destaque por “em razão do”, sem alterar o sentido
do texto.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, está
correto o que se airma em
A) I, II e III. B) III, apenas.
C) I e III, apenas. D) I, apenas.
E) I e II, apenas.
05. Leia as frases abaixo:
1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte.
3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas de
humor.
4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de
vocábulos para as lacunas existentes:
a) concerto – há – a – cessões – há;
b) conserto – a – há – sessões – há;
c) concerto – a – há – seções – a;
d) concerto – a – há – sessões – há;
e) conserto – há – a – sessões – a .
06. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP –
2013-adap.). Considere o seguinte trecho para responder à questão.
Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram
valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes impuseram
limites de disciplina.
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse trecho, é:
A) de desprendimento. B) de responsabilidade.
C) de abnegação. D) de amor.
E) de egoísmo.
07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser preenchida
com a primeira alternativa da série dada nos parênteses:
A) Estou aqui _______ de ajudar os lagelados das enchentes.
(aim- a im).
B) A bandeira está ________. (arreada - arriada).
C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (inlingirem
- infringirem).
D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos.
(concelhos - conselhos).
E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cerca
de - acerca de).
08.Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de
cada palavra há um sinônimo.
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
GABARITO
01. A 02. D 03. A 04. A
05. D 06. E 07. E 08. A
RESOLUÇÃO
1-) Da mesma forma que os italianos e japoneses imigraram
para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros emigram para
a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor; internamente,
migram para o Sul, pelo mesmo motivo.
2-) “Com exceção de alguns sensores, que precisamos
comprar, é tudo reciclagem”...
Didatismo e Conhecimento 9
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) antônimo para o termo destacado : “No início das aulas, eu
achava meio chato, mas depois fui me interessando”
“No início das aulas, eu achava meio estimulante, mas depois
fui me interessando”
4-)
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituído, sem
alteração do sentido do texto, por “faz”. = correta
II.Afrase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser reescrita
da seguinte forma – Todo preso aspira à libertação. = correta
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma diferente aqui
no presídio devido ao bom comportamento. – pode-se substituir a
expressão em destaque por “em razão do”, sem alterar o sentido
do texto. = correta
5-)
1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi;
2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe) vida
em Marte.
3 – As sessões da câmara são verdadeiros programas
de humor.
4 - Há dias que não falo com Alfredo. (= tempo
passado)
6-) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não
lhes impuseram limites de disciplina.
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse trecho,
é de egoísmo
Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado nos seres
humanos e outros seres vivos, em que as ações de um indivíduo
beneiciam outros. É sinônimo de ilantropia. No sentido comum
do termo, é muitas vezes percebida, também, como sinônimo
de solidariedade. Esse conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo,
que são as inclinações especíica e exclusivamente individuais
(pessoais ou coletivas).
7-)
A) Estou aqui a im de de ajudar os lagelados das
enchentes. (aim = O adjetivo “aim” é empregado para indicar
que uma coisa tem ainidade com a outra. Há pessoas que têm
temperamentos ains, ou seja, parecidos)
B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar arreio
no cavalo)
C) Serão punidos os que infringirem o regulamento.
(inlingirem = aplicarem a pena)
D) São sempre valiosos os conselhos dos mais velhos;
(concelhos= Porção territorial ou parte administrativa de um
distrito).
E) Moro a cerca de cem metros da praça principal. (acerca
de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.).
8-)
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) =
signiicados invertidos
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signiicados
invertidos
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signiicados
invertidos
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação =
signiicados invertidos
O sentido das palavras
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabola,
que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser deinida como
sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente
com a ideia associada a este conjunto.
Sentido Próprio e Figurado das Palavras
Pela própria deinição acima destacada podemos perceber que
a palavra é composta por duas partes, uma delas relacionada a sua
forma escrita e os seus sons (denominada signiicante) e a outra
relacionada ao que ela (palavra) expressa, ao conceito que ela traz
(denominada signiicado).
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdividem-se
assim:
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido
comum que costumamos dar a uma palavra.
- Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “igurado”, que
podemos dar a uma palavra.
Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes
contextos:
1. A cobra picou o menino. (cobra = réptil peçonhento)
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagradável,
que adota condutas pouco apreciáveis)
3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhece
muito sobre alguma coisa, “expert”)
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido comum
(ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido
igurado.
Podemos então concluir que um mesmo signiicante (parte
concreta) pode ter vários signiicados (conceitos).
Denotação e Conotação
- Denotação: veriica-se quando utilizamos a palavra com o
seu signiicado primitivo e original, com o sentido do dicionário;
usada de modo automatizado; linguagem comum. Veja este
exemplo: Cortaram as asas da ave para que não voasse mais.
Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido próprio,
comum, usual, literal.
MINHA DICA - Procure associar Denotação com Dicionário:
trata-se de deinição literal, quando o termo é utilizado em seu
sentido dicionarístico.
- Conotação: veriica-se quando utilizamos a palavra com o
seu signiicado secundário, com o sentido amplo (ou simbólico);
usada de modo criativo, igurado, numa linguagem rica e
expressiva. Veja este exemplo:
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes que
seja tarde demais.
Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma igurada,
fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle de ações;
disciplina, limitação de conduta e comportamento.
Didatismo e Conhecimento 10
LÍNGUA PORTUGUESA
Fonte:
http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-
justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-igurado-das-
palavras.html
Questões sobre Denotação e Conotação
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –
VUNESP/2013) O sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao
da expressão de mármore. Assinale a alternativa contendo as
expressões com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das
palavras ígneo e pétreo.
(A) De corda; de plástico.
(B) De fogo; de madeira.
(C) De madeira; de pedra.
(D) De fogo; de pedra.
(E) De plástico; de cinza.
2-)(TRIBUNALDEJUSTIÇADOESTADODESÃOPAULO
- ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
ADAPTADO) Para responder à questão, considere a seguinte
passagem: Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-
-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes,
diante da pergunta “débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
(C) adotar como referência de qualidade.
(D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classiicar segundo ideias preconcebidas.
3-)(TRIBUNALDEJUSTIÇADOESTADODESÃOPAULO
- ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere as palavras
destacadas nas seguintes passagens do texto:
Desde o surgimento da ideia de hipertexto...
... informações ligadas especialmente à pesquisa acadêmica,
... uma “máquina poética”, algo que funcionasse por analogia
e associação...
Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a ideia de
hipertexto...
... 20 anos depois de seu artigo fundador...
As palavras destacadas que expressam ideia de tempo são:
(A) algo, especialmente e Quando.
(B) Desde, especialmente e algo.
(C) especialmente, Quando e depois.
(D) Desde, Quando e depois.
(E) Desde, algo e depois.
4-)(TRF-5ªREGIÃO-TÉCNICOJUDICIÁRIO-FCC/2012)
A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o movimento
cordelista pode ser comparada à de outros dois grandes nomes...
Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem prejuízo da
correção, o elemento grifado pode ser substituído por:
(A) contrastada.
(B) confrontada.
(C) ombreada.
(D) rivalizada.
(E) equiparada.
5-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE
COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – Não
te abras com teu amigo – o verbo em destaque foi empregado em
sentido igurado.
Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir” continua
sendo empregado em sentido igurado.
(A) Ao abrir a porta, não havia ninguém.
(B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abridor.
(C) Para aprender, é preciso abrir a mente.
(D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em casa.
(E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico.
6-) (SABESP/SP–ATENDENTEACLIENTES 01 – FCC/2014
-ADAPTADA)Atenção: Para responder à questão, considere o texto
abaixo.
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa
pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na
tarde quente.
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de
cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e
tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínimos
bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para,
apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo
cabe numa fresta.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra
bazar, 2010. p. 47)
No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido igurado é
(A) menino.
(B) chão.
(C) testa.
(D) penumbra.
(E) tenda.
7-) (UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA –
VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder à
questão.
RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando a
Operação Lixo Zero, que vai multar quem emporcalhar a cidade. Em
primeira instância, a campanha é educativa. Equipes da Companhia
Municipal de Limpeza Urbana estão percorrendo as ruas para
lagrar maus cidadãos jogando coisas onde não devem e alertá-los
para o que os espera. Em breve, com guardas municipais, policiais
militares e 600 iscais em ação, as multas começarão a chegar para
quem tratar a via pública como a casa da sogra.
Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os
recordistas de multas serão os cerca de 300 jovens golpistas que,
nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas, pichar
Didatismo e Conhecimento 11
LÍNGUA PORTUGUESA
monumentos, vandalizar prédios públicos, quebrar orelhões,
arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar bancos, saquear
lojas e, por uma estranha compulsão, destruir lixeiras, jogar o
lixo no asfalto e armar barricadas de fogo com ele.
É verdade que, no seu “bullying” político, eles não estão
nem aí para a cidade, que é de todos – e que, por algum motivo,
parecem querer levar ao colapso.
Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalismo,
saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade, resistência
à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos públicos, talvez seja
possível enquadrá-los por sujar a rua.
(Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013. Adaptado)
Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º
parágrafo), o termo em destaque é sinônimo de
(A) progresso.
(B) descaso.
(C) vitória.
(D) tédio.
(E) ruína.
8-) (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO –
BNDES/2012) Considere o emprego do verbo levar no trecho:
“Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva anos”. A
frase em que esse verbo está usado com o mesmo sentido é:
(A) O menino leva o material adequado para a escola.
(B) João levou uma surra da mãe.
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo.
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso.
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a prova.
Resolução
1-)
Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou associação
de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos fogo, combustão...
Pedra, petriicado. Encontrou a resposta?
RESPOSTA: “D”.
2-)
Classiicar conforme regras conhecidas, mas não conirmadas
se verdadeiras.
RESPOSTA: “E”.
3-)
As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são: desde,
quando e depois.
RESPOSTA: “D”.
4-)
Ao participar de um concurso, não temos acesso a dicionários
para que veriiquemos o signiicado das palavras, por isso, caso
não saibamos o que signiicam, devemos analisá-las dentro do
contexto em que se encontram. No exercício acima, a que se
“encaixa” é “equiparada”.
RESPOSTA: “E”.
5-)
Em todas as alternativas o verbo “abrir” está empregado em
seu sentido denotativo. No item C, conotativo (“abrir a mente” =
aberto a mudanças, novas ideias).
RESPOSTA: “C”.
6-)
Novamente, responderemos com frase do texto: seu rosto
formando uma tenda.
RESPOSTA: “E”.
7-)
Pela leitura do texto, compreende-se que a intenção do autor
ao utilizar a expressão” levar ao colapso” refere-se à queda, ao im,
à ruína da cidade.
RESPOSTA: “E”.
8-)
No enunciado, o verbo “levar” está empregado com o sentido
de “duração/tempo”
(A) O menino leva o material adequado para a escola. =
carrega
(B) João levou uma surra da mãe. = apanhou
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. = arrasta
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. = direciona
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a prova
= duração/tempo
RESPOSTA: “E”.
Polissemia
Consideremos as seguintes frases:
Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja!
Vamos! Coloque logo a mão na massa!
As crianças estão com as mãos sujas.
Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi.
Chegamos à conclusão de que se trata de palavras idênticas no
que se refere à graia, mas será que possuem o mesmo signiicado?
Existe uma parte da gramática normativa denominada
Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes signiicados que
uma mesma palavra apresenta de acordo com o contexto em que
se insere.
Tomando como exemplo as frases já mencionadas,
analisaremos os vocábulos de mesma graia, de acordo com seu
sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo dicionário.
Na primeira, a palavra “mão” signiica habilidade, eiciência
diante do ato praticado. Nas outras que seguem o signiicado é de:
participação, interação mediante a uma tarefa realizada; mão como
parte do corpo humano e por último simboliza o roubo, visto de
maneira pejorativa.
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemos
que o preixo “poli” signiica multiplicidade de algo. Possibilidades
de várias interpretações levando-se em consideração as situações
de aplicabilidade.
Há uma ininidade de outros exemplos em que podemos
veriicar a ocorrência da polissemia, como por exemplo:
O rapaz é um tremendo gato.
O gato do vizinho é peralta.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
sobrevivência
O passarinho foi atingido no bico.
Didatismo e Conhecimento 12
LÍNGUA PORTUGUESA
Polissemia e homonímia
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante comum.
Quando a mesma palavra apresenta vários signiicados, estamos
na presença da polissemia. Por outro lado, quando duas ou mais
palavras com origens e signiicados distintos têm a mesma graia e
fonologia, temos uma homonímia.
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
signiicar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é polissemia
porque os diferentes signiicados para a palavra manga têm origens
diferentes, e por isso alguns estudiosos mencionam que a palavra
manga deveria ter mais do que uma entrada no dicionário.
“Letra” é uma palavra polissêmica. Letra pode signiicar
o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a
caligraia de um determinado indivíduo. Neste caso, os diferentes
signiicados estão interligados porque remetem para o mesmo
conceito, o da escrita.
Polissemia e ambiguidade
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode ser
ambíguo, ou seja, apresenta mais de uma interpretação. Essa
ambiguidade pode ocorrer devido à colocação especíica de uma
palavra (por exemplo, um advérbio) em uma frase. Vejamos a
seguinte frase: Pessoas que têm uma alimentação equilibrada
frequentemente são felizes. Neste caso podem existir duas
interpretações diferentes. As pessoas têm alimentação equilibrada
porque são felizes ou são felizes porque têm uma alimentação
equilibrada.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode
induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpretação. Para
fazer a interpretação correta é muito importante saber qual o
contexto em que a frase é proferida.
RELAÇÕES COESIVAS E SEMÂNTICAS
(DE CAUSALIDADE, TEMPORALIDADE,
FINALIDADE, CONDICIONALIDADE,
FINALIDADE, COMPARAÇÃO,
OPOSIÇÃO, ADIÇÃO, CONCLUSÃO,
EXPLICAÇÃO, ETC.) ENTRE ORAÇÕES,
PERÍODOS OU PARÁGRAFOS,
INDICADOS PELOS VÁRIOS TIPOS DE
EXPRESSÕES CONECTIVAS OU
SEQUENCIADORES (CONJUNÇÕES, PRE-
POSIÇÕES, ADVÉRBIOS, ETC.)
Não basta conhecer o conteúdo das partes de um trabalho:
introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de saber o que se
deve (e o que não se deve) escrever em cada parte constituinte do
texto, é preciso saber escrever obedecendo às normas de coerência
e coesão. Antes de mais nada, é necessário deinir os termos:
coerência diz respeito à articulação do texto, à compatibilidade
das ideias, à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere-se
à expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas frasais e
ao emprego do vocabulário.
Coerência e coesão relacionam-se com o processo de
produção e compreensão do texto. A coesão contribui para a
coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta coesão.
Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente coesão, ou
que um texto tenha coesão sem coerência. Em outras palavras:
um texto pode ser gramaticalmente bem construído, com frases
bem estruturadas, vocabulário correto, mas apresentar ideias sem
nexo, sem uma sequência lógica: há coesão, mas não coerência.
Por outro lado, um texto pode apresentar ideias coerentes e bem
encadeadas, sem que no plano da expressão as estruturas frasais
sejam gramaticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão.
A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela
hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem origem nas
estruturas profundas, no conhecimento do mundo de cada pessoa,
aliada à competência linguística. Deduz-se que é difícil ensinar
coerência textual, intimamente ligada à visão de mundo, à origem
das ideias no pensamento. A coesão, porém, refere-se à expressão
linguística, aos processos sintáticos e gramaticais do texto.
O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão:
Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de um
texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada
relação semântica, que se manifesta na compatibilidade entre as
ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma
coisa bate com outra”).
Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo do
texto, numa linha de sequência e com os quais se estabelece um
vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo faz-se via
gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do
vocabulário, tem-se a coesão lexical.
Coerência
- assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;
- situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão
conceitual;
- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com
o aspecto global do texto;
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
Coesão
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
-situa-senasuperfíciedotexto,estabelececonexãosequencial;
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
componentes do texto;
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases.
Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibilidade ou
compreensão do texto. Um texto bem redigido tem parágrafos
bem estruturados e articulados pelo encadeamento das ideias
neles contidas. As estruturas frasais devem ser coerentes e
gramaticalmente corretas, no que diz respeito à sintaxe. O
vocabulário precisa ser adequado e essa adequação só se
consegue pelo conhecimento dos signiicados possíveis de cada
palavra. Talvez os erros mais comuns de redação sejam devidos à
impropriedade do vocabulário e ao mau emprego dos conectivos
(conjunções, que têm por função ligar uma frase ou período a
outro). Eis alguns exemplos de impropriedade do vocabulário,
colhidos em redações sobre censura e os meios de comunicação
e outras.
Didatismo e Conhecimento 13
LÍNGUA PORTUGUESA
“Nosso direito é frisado na Constituição.”
Nosso direito é assegurado pela Constituição. = correta
“Estabelecer os limites as quais a programação deveria estar
exposta.”
Estabelecer os limites aos quais a programação deveria estar
sujeita. = correta
“A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.”
A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias
sensacionalistas ou punir os meios de comunicação que veiculam
tais notícias. = correta
“Retomada das rédeas da programação.”
Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no que diz
respeito à programação. = correta
O emprego de vocabulário inadequado prejudica muitas vezes
a compreensão das ideias. É importante, ao redigir, empregar
palavras cujo signiicado seja conhecido pelo enunciador, e
cujo emprego faça parte de seus conhecimentos linguísticos.
Muitas vezes, quem redige conhece o signiicado de determinada
palavra, mas não sabe empregá-la adequadamente, isso ocorre
frequentemente com o emprego dos conectivos (preposições e
conjunções). Não basta saber que as preposições ligam nomes ou
sintagmas nominais no interior das frases e que as conjunções ligam
frases dentro do período; é necessário empregar adequadamente
tanto umas como outras. É bem verdade que, na maioria das vezes,
o emprego inadequado dos conectivos remete aos problemas de
regência verbal e nominal.
Exemplos:
“Estar inteirada com os fatos” signiica participação,
interação.
“Estar inteirada dos fatos” signiica ter conhecimento dos
fatos, estar informada.
“Ir de encontro” signiica divergir, não concordar.
“Ir ao encontro” quer dizer concordar.
“Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de ideias”
signiica a liberdade não é ameaça;
“Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de ideias”,
isto é, a liberdade ica ameaçada.
Quanto à regência verbal, convém sempre consultar um
dicionário de verbos, pois muitos deles admitem duas ou três
regências diferentes; cada uma, porém, tem um signiicado
especíico. Lembre-se, a propósito, de que as dúvidas sobre o
emprego da crase decorrem do fato de considerar-se crase como
sinal de acentuação apenas, quando o problema refere-se à regência
nominal e verbal.
Exemplos:
O verbo assistir admite duas regências:
assistir o/a (transitivo direto) signiica dar ou prestar
assistência (O médico assiste o doente):
Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti ao jogo
da seleção).
Pedir o =n(transitivo direto) signiica solicitar, pleitear (Pedi
o jornal do dia).
Pedir que =,contém uma ordem (A professora pediu que
izessem silêncio).
Pedir para = pedir permissão (Pediu para sair da classe);
signiica também pedir em favor de alguém (A Diretora pediu
ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos, pedir algo a
alguém (para si): (Pediu ao colega para ajudá-lo); pode signiicar
ainda exigir, reclamar (Os professores pedem aumento de salário).
O mau emprego dos pronomes relativos também pode levar à
falta de coesão gramatical. Frequentemente, emprega-se no qual
ou ao qual em lugar do que, com prejuízo da clareza do texto;
outras vezes, o emprego é desnecessário ou inadequado.
“Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para mim
no qual estava sem remetente”. (Chegou com um envelope que (o
qual) estava sem remetente).
“Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da
sensibilidade...”
Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade delas
(palavras cheias de sensibilidade).
Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação das
frases, aconselha-se levar em conta as seguintes sugestões para
o emprego correto dos articuladores sintáticos (conjunções,
preposições, locuções prepositivas e locuções conjuntivas).
- Para dar ideia de oposição ou contradição, a articulação
sintática faz-se por meio de conjunções adversativas: mas, porém,
todavia, contudo, no entanto, entretanto. Podem também ser
empregadas as conjunções concessivas e locuções prepositivas
para introduzir a ideia de oposição aliada à concessão: embora,
ou muito embora, apesar de, ainda que, conquanto, posto que, a
despeito de, não obstante.
- A articulação sintática de causa pode ser feita por meio
de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como, por
isso que, visto que, uma vez que, já que. Também podem ser
empregadas as preposições e locuções prepositivas: por, por causa
de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência de, por
motivo de, por razões de.
- O principal articulador sintático de condição é o “se”: Se o
time ganhar esse jogo, será campeão. Pode-se também expressar
condição pelo emprego dos conectivos: caso, contanto que, desde
que, a menos que, a não ser que.
- O emprego da preposição “para” é a maneira mais comum
de expressar inalidade. “É necessário baixar as taxas de juros
para que a economia se estabilize” ou para a economia estabilizar-
se. “Teresa vai estudar bastante para fazer boa prova.” Há outros
articuladores que expressam inalidade: a im de, com o propósito
de, na inalidade de, com a intenção de, com o objetivo de, com o
ito de, com o intuito de.
- A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio dos
articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, pois, por
isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. Para introduzir
mais um argumento a favor de determinada conclusão emprega-
-se ainda. Os articuladores aliás, além do mais, além disso, além
de tudo, introduzem um argumento decisivo, cabal, apresentado
como um acréscimo, para justiicar de forma incontestável o
argumento contrário.
Didatismo e Conhecimento 14
LÍNGUA PORTUGUESA
- Para introduzir esclarecimentos, retiicações ou
desenvolvimento do que foi dito empregam-se os articuladores:
isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A conjunção aditiva
“e” anuncia não a repetição, mas o desenvolvimento do discurso,
pois acrescenta uma informação nova, um dado novo, e se não
acrescentar nada, é pura repetição e deve ser evitada.
- Alguns articuladores servem para estabelecer uma gradação
entre os correspondentes de determinada escala. No alto dessa
escala acham-se: mesmo, até, até mesmo; no plano mais baixo: ao
menos, pelo menos, no mínimo.
Equivalência e transformação de estruturas
“Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase leva-
-nos a reletir sobre a organização das ideias em um texto. Signiica
dizer que, antes da redação, naturalmente devemos dominar o
assunto sobre o qual iremos tratar e, posteriormente, planejar o
modo como iremos expô-lo, do contrário haverá diiculdade em
transmitir ideias bem acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação
de textos e a experiência de vida antecedem o ato de escrever.
Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos
escrever, feito o esquema de exposição da matéria, é necessário
saber ordenar as ideias em frases bem estruturadas. Logo, não basta
conhecer bem um determinado assunto, temos que o transmitir de
maneira clara aos leitores.
O estudo da pontuação pode se tornar um valioso aliado para
organizarmos as ideias de maneira clara em frases. Para tanto,
é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sintaxe”, conforme
o dicionário Aurélio, é a “parte da gramática que estuda a
disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem
como a relação lógica das frases entre si”; ou em outras palavras,
sintaxe quer dizer “mistura”, isto é, saber misturar as palavras de
maneira a produzirem um sentido evidente para os receptores das
nossas mensagens. Observe:
1)A desemprego globalização no Brasil e no na está Latina
América causando.
2) A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina.
Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma frase, as
palavras estão amontoadas sem a realização de “uma sintaxe”, não
há um contexto linguístico nem relação inteligível com a realidade;
no caso 2, a sintaxe ocorreu de maneira perfeita e o sentido está
claro para receptores de língua portuguesa inteirados da situação
econômica e cultural do mundo atual.
A Ordem dos Termos na Frase
Leia novamente a frase contida no item 2. Note que ela é
organizada de maneira clara para produzir sentido. Todavia, há
diferentes maneiras de se organizar gramaticalmente tal frase,
tudo depende da necessidade ou da vontade do redator em manter
o sentido, ou mantê-lo, porém, acrescentado ênfase a algum dos
seus termos. Signiica dizer que, ao escrever, podemos fazer uma
série de inversões e intercalações em nossas frases, conforme a
nossa vontade e estilo. Tudo depende da maneira como queremos
transmitir uma ideia. Por exemplo, podemos expressar a mensagem
da frase 2 da seguinte maneira:
No Brasil e na América Latina, a globalização está causando
desemprego.
Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma, apenas
mudamos a ordem das palavras para dar ênfase a alguns termos
(neste caso: No Brasil e na A. L.). Repare que, para obter a clareza
tivemos que fazer o uso de vírgulas.
Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e o que
mais nos auxilia na organização de um período, pois facilita as
boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula ajuda-nos a não
“embolar” o sentido quando produzimos frases complexas. Com
isto, “entregamos” frases bem organizadas aos nossos leitores.
O básico para a organização sintática das frases é a ordem
direta dos termos da oração. Os gramáticos estruturam tal ordem
da seguinte maneira:
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL+
CIRCUNSTÂNCIAS
A globalização + está causando+ desemprego + no Brasil
nos dias de hoje.
Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem todas contêm
todos estes elementos, portanto cabem algumas observações:
- As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.)
normalmente são representadas por adjuntos adverbiais de tempo,
lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quando queremos recordar
algo ou narrar uma história, existe a tendência a colocar os adjuntos
nos começos das frases: “No Brasil e na América…” “Nos dias de
hoje…” “Nas minhas férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os
verbos e outros elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil
existe…”
Observações:
- tais construções não estão erradas, mas rompem com a
ordem direta;
- é preciso notar que em Língua Portuguesa, há muitas frases
que não têm sujeito, somente predicado. Por exemplo: Está
chovendo em Porto Alegre. Faz frio em Friburgo. São quatro
horas agora;
- Outras frases são construídas com verbos intransitivos, que
não têm complemento: O menino morreu na Alemanha, (sujeito
+verbo+ adjunto adverbial), A globalização nasceu no século XX.
(idem)
- Há ainda frases nominais que não possuem verbos: Cada
macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem direta faz-se
naturalmente. Usam-se apenas os termos existentes nelas.
Levando em consideração a ordem direta, podemos
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula:
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não haverá a
necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo disto:
A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina.
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração por
três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula, mesmo que
estejamos usando a ordem direta. Esta é a regra básica nº1 para a
colocação da vírgula. Veja:
A globalização, a tecnologia e a “ciranda inanceira”
causam desemprego… = (três núcleos do sujeito)
A globalização causa desemprego no Brasil, na América
Latina e na África. = (três adjuntos adverbiais)
A globalização está causando desemprego, insatisfação e
sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. = (três
complementos verbais)
Didatismo e Conhecimento 15
LÍNGUA PORTUGUESA
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, separar com
vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu complemento, nem
o complemento e as circunstâncias, ou seja, não devemos separar
com vírgula os termos da oração. Veja exemplos de tal incorreção:
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego.
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre os
termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, assim o
sentido da ideia principal não se perderá. Esta é a regra básica
nº2 para a colocação da vírgula. Dito em outras palavras: quando
intercalamos expressões e frases entre os termos da oração,
devemos isolar os mesmos com vírgulas. Vejamos:
A globalização, fenômeno econômico deste im de século XX,
causa desemprego no Brasil.
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o sujeito
e o verbo. Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultural, está
causando desemprego no Brasil e na América Latina.
Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
As orações adjetivas explicativas desempenham
frequentemente um papel semelhante ao do aposto explicativo, por
isto são também isoladas por vírgula.
A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
complemento.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável, no
Brasil…
Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não pertence
ao assunto: globalização, da frase principal, tal oração é apenas
um comentário à parte entre o complemento verbal e os adjuntos.
Obs: a simples negação em uma frase não exige vírgula:
A globalização não causou desemprego no Brasil e na
América Latina.
3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a, tal
quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da colocação
da vírgula.
No Brasil e na América Latina, a globalização está causando
desemprego…
No im do século XX, a globalização causou desemprego no
Brasil…
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente se
dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito. Trata-
-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramática, são
representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas vezes, elas são
colocadas em orações chamadas adverbiais que têm uma função
semelhante a dos adjuntos adverbiais, isto é, denotam tempo,
lugar, etc. Exemplos:
Quando o século XX estava terminando, a globalização
começou a causar desemprego.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia
desenvolvem--se, a globalização causa desemprego nos países
pobres.
Durante o século XX, a Globalização causou desemprego no
Brasil.
Obs 1: alguns gramáticos, Sacconi, por exemplo, consideram
que as orações subordinadas adverbiais devem ser isoladas pela
vírgula também quando colocadas após as suas orações principais,
mas só quando
a) a oração principal tiver uma extensão grande: por exemplo:
A globalização causa… , enquanto os países…(vide frase acima);
b) Se houver uma outra oração após a principal e antes da
oração adverbial: A globalização causa desemprego no Brasil
e as pessoas aqui estão morrendo de fome , enquanto nos países
portadores de alta tecnologia…
Obs 2: quando os adjuntos adverbiais são mínimos, isto é, têm
apenas uma ou duas palavras não há necessidade do uso da vírgula:
Hoje a globalização causa desemprego no Panamá.
Ali a globalização também causou…
A não ser que queiramos dar ênfase: Aqui, a globalização…
Obs3: na língua escrita, normalmente, ao realizarmos a ordem
inversa, emprestamos ênfase aos termos que principiam as frases.
Veja este exemplo de Rui Barbosa destacado por Garcia:
“A mim, na minha longa e aturada e continua prática do
escrever, me tem sucedido inúmeras vezes, depois de considerar
por muito tempo necessária e insuprível uma locução nova,
encontrar vertida em expressões antigas mais clara, expressiva e
elegante a mesma ideia.”
Estas três regras básicas não solucionam todos os problemas
de organização das frases, mas já dão um razoável suporte para
que possamos começar a ordenar a expressão das nossas ideias.
Em suma: o importante é não separar os termos básicos das
orações, mas, se assim o izermos, seja intercalando ou invertendo
elementos, então devemos usar a vírgula.
- Quanto à equivalência e transformação de estruturas,
outro exemplo muito comum cobrado em provas é o enunciado
trazer uma frase no singular, por exemplo, e pedir que o aluno
passe a frase para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo
é o enunciado dar a frase em um tempo verbal, e pedir para que
a passe para outro tempo verbal.
Didatismo e Conhecimento 16
LÍNGUA PORTUGUESA
Paralelismo
O termo paralelismo corresponde a uma relação de equivalência, por semelhança ou contraste, entre dois ou mais elementos. É um
recurso responsável por uma boa progressão textual. Dizemos que há paralelismo em uma estrutura quando há uma correspondência rítmica,
sintática/gramatical ou semântica entre as estruturas.
Vejam a tirinha a seguir da famosa personagem Mafalda:
(Quino)
No segundo quadrinho, na fala da mãe da menina, há uma estrutura sintaticamente equivalente:
“[PARA TRABALHAR,] [PARA NOS AMAR,] [PARA FAZER DESTE MUNDO UM MUNDO MELHOR]”
As três orações em destaque obedecem a uma mesma estrutura sintática: iniciam-se com a preposição “para” e mantêm o verbo no
ininitivo. A essa relação de equivalência estrutural, damos o nome de paralelismo.
Analisemos o próximo exemplo:
Vejam como o slogan da marca de cosméticos “Nívea” também segue uma estrutura em paralelismo – “BELEZAQUE SE VÊ, BELEZA
QUE SE SENTE”. Notem que a repetição é intencional, mantendo uma unidade gramatical.
O paralelismo é um recurso de coesão textual, ou seja, promove a conexão das ideias, através de repetições planejadas, trazendo unidade
a um texto.
Vejamos o exemplo a seguir:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDAR A DATA DO ENEM] E [MELHORIAS NO SISTEMA.]
Há um desequilíbrio gramatical na frase acima. Para respeitarmos o paralelismo, poderíamos reescrevê-la das seguintes maneiras:
a) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDAR A DATA DO ENEM] E [MELHORAR O SISTEMA.]
Ou
b) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDANÇAS NA DATA DO ENEM] E [MELHORIAS NO SISTEMA.]
Vejam que, na primeira reescrita, mantivemos verbos no ininitivo iniciando as orações – “mudar” e “melhorar”. Já na segunda,
mantivemos bases nominais – substantivos – “mudanças” e “melhorias”. Dessa forma, estabelecemos o paralelismo nas frases.
“Mas como achar o tal do paralelismo?”. Uma dica boa é encontrar os conectivos na frase. Eles são importantes marcadores textuais
para ajudá-los a identiicar as estruturas que devem permanecer em relação de equivalência. Exemplo:
Queremos amor E ter paz.
Didatismo e Conhecimento 17
LÍNGUA PORTUGUESA
O verbo querer possui duas ideias que o complementam:
“amor” E “ter paz”. O conectivo “e” marca o paralelismo. As
estruturas por ele ligadas estão iguais gramaticalmente? Não.
Uma é um substantivo e a outra uma oração. Para equilibrá-las,
podemos reescrever, por exemplo, das seguintes formas:
Queremos [amor] e [paz].
Ou
Queremos [ter amor] e [ter paz].
Ou
Queremos ter [amor] e [paz].
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:
Os períodos a seguir apresentam problemas de paralelismo.
Reescreva-os, fazendo as devidas correções:
a) Trata-se de um ponto de vista importante e que merece
respeito.
b) Pensei estar, um dia, como aquele funcionário e que também
conseguirei uma promoção.
c) Lamentei não ter feito nada pelo rapaz e que ele saísse tão
humilhado.
d) Vi-o entristecer e que queria ajuda.
Sugestões de resposta:
a) Trata-se de um ponto de vista importante e respeitável.
b) Pensei estar, um dia, como aquele funcionário e também
conseguir uma promoção.
c) Lamentei que não tivesse feito nada pelo rapaz e que ele
saísse tão humilhado.
d) Vi-o entristecer e querer ajuda.
PARALELISMO SINTÁTICO OU GRAMATICAL
É aquele em que se nota uma correlação sintática numa
estrutura frasal a partir de termos ou orações semelhantes
morfossintaticamente. Veja os exemplos a seguir:
Exemplo 1:
O condenado não só [roubou], mas também [é sequestrador].
Corrigindo, temos:
Ele não só roubou, mas também sequestrou.
Os termos “não só... mas também” estabelecem entre as
orações coordenadas uma relação de equivalência sintática. Dessa
forma, é preciso que as orações apresentem a mesma estrutura
gramatical.
Exemplo 2:
Ocidadãoprecisa[deeducação],[respeito]e[solidariedade].
Corrigindo, temos:
O cidadão precisa [de educação], [de respeito] e [de
solidariedade]. (os três complementos verbais devem vir
preposicionados - encadeamento de funções sintáticas)
Exemplo 3:
[Gosto] e [compro] livros.
Nesse caso, temos um problema na construção. O verbo
“gostar” é transitivo indireto, enquanto o verbo “comprar” é
transitivo direto.Afrase mostra-se incompleta sintaticamente, uma
vez que só há um complemento verbal (“livros”).
Corrigindo, temos:
Gosto [de livros] e [os] compro.
OI OD
Exemplo 4:
Quero [sua ajuda] e [que você venha].
Nesse caso, o paralelismo foi quebrado, uma vez que os
complementos do verbo “querer” têm “pesos sintáticos” diferentes:
“sua ajuda” é um objeto direto “simples” e “que você venha” é um
objeto direto oracional. Repare que os objetos estão ligados pelo
conectivo “e”, devendo, portanto, haver uma equivalência entre
eles.
Corrigindo, temos:
Quero [sua ajuda] e [sua vinda].
ou
Quero [que você me ajude] e [que você venha].
PARALELISMO SEMÂNTICO
É aquele em que se observa uma correlação de sentido entre
as estruturas. Observe:
“Trocava [de namorada] como trocava [de blusa]”.
“Marcela amou-me durante [quinze meses] e [onze contos de
réis]”
(Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás
Cubas)
Notem que, apesar de haver paralelismo gramatical ou
sintático nas frases, não há uma correlação semântica.
No primeiro caso trocar “de namorada” não equivale a trocar
“de blusa”; no segundo, amar “durante quinze meses” (tempo) não
corresponde a amar “durante onze contos de réis”. São relações de
sentido diferentes. Dessa forma, podemos dizer que houve uma
“quebra” do paralelismo semântico, pois é feita uma aproximação
entre elementos de “carga signiicativa” diferente. Entretanto, isso
foi intencional e não deve ser visto como uma falha de construção.
Na maioria das vezes, esse tipo de construção é proposital
para trazer a um trecho determinado efeito de sentido a partir da
ironia ou do humor, como nos exemplos acima.
PARALELISMO RÍTMICO
O paralelismo rítmico é um recurso estilístico de grande
efeito, do qual alguns autores se servem com o propósito de dar
maior expressividade ao pensamento.
Vejam os exemplos a seguir, retirados do livro “Comunicação
em prosa moderna”, de Othon Garcia:
“Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio,
o cisne é negro; se com amor, o demônio é formoso; se com ódio,
o anjo é feio; se com amor, o pigmeu é gigante”.
(“Sermão da quinta quarta-feira”, apud M. Gonçalves Viana, Sermões e
lugares seletos, p. 214)
“Nenhum doutor as observou com maior escrúpulo, nem as
esquadrinhou com maior estudo, nem as entendeu com maior
propriedade, nem as proferiu com mais verdade, nem as explicou
com maior clareza, nem as recapacitou com mais facilidade, nem
as propugnou com maior valentia, nem as pregou e semeou com
maior abundância”.
(M.Bernardes)
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Didatismo e Conhecimento: resumo de assuntos diversos

  • 1.
  • 2. Didatismo e Conhecimento Índice POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO PM - PE Soldado PORTARIA CONJUNTA SAD/SDS Nº 25, DE 09 DE MARÇO DE 2016. ARTIGO DO WILLIAM DOUGLAS LÍNGUA PORTUGUESA Leitura e Interpretação de textos........................................................................................................................................01 Aspectos semânticos do vocabulário da língua (noções de polissemia, sinonímia e antonímia)...................................07 Relações coesivas e semânticas (de causalidade, temporalidade, inalidade, condicionalidade, inalidade, comparação, oposição, adição, conclusão, explicação, etc.) entre orações, períodos ou parágrafos, indicados pelos vários tipos de expressões conectivas ou sequenciadores (conjunções, preposições, advérbios, etc.)...........................................................12 Expressão escrita: divisão silábica, ortograia e acentuação (v. Reforma Ortográica vigente)...................................26 Traços semânticos de radicais, preixos e suixos. .............................................................................................................37 Pronomes de tratamento......................................................................................................................................................40 Normas da lexão dos verbos regulares e irregulares. ......................................................................................................45 Formação de Palavras: Derivação, Composição, Hibridismo, etc. .................................................................................37 Efeitos de sentido decorrentes do emprego expressivo dos sinais de Pontuação............................................................57 Padrões de concordância verbal e nominal. ......................................................................................................................60 Padrões de regência verbal e nominal................................................................................................................................65 Emprego do sinal indicador de crase..................................................................................................................................72 Questões notacionais da língua: Por que, por quê, porque ou porquê; Mal ou mau; Mais ou mas; Meio ou meia; Onde ou aonde; Estar ou está...............................................................................................................................................................76 Figuras de linguagem...........................................................................................................................................................79 MATEMÁTICA Função;..................................................................................................................................................................................01 Progressão Aritmética; Progressão Geométrica; .............................................................................................................07 Juros simples e compostos;..................................................................................................................................................11 Análise combinatória;..........................................................................................................................................................14 Probabilidade........................................................................................................................................................................16
  • 3. Didatismo e Conhecimento Índice GEOGRAFIA Formação territorial de Pernambuco.................................................................................................................................01 1.1 Processos de formação. ..................................................................................................................................................01 1.2 Mesorregiões...................................................................................................................................................................01 1.3 Microrregiões..................................................................................................................................................................01 1.4 Regiões de Desenvolvimento – RD................................................................................................................................01 2. Aspectos físicos. ................................................................................................................................................................02 2.1 Clima. ..............................................................................................................................................................................02 2.2 Vegetação.........................................................................................................................................................................02 2.3 Relevo. .............................................................................................................................................................................02 2.4 Hidrograia......................................................................................................................................................................03 3. Aspectos Humanos e indicadores sociais........................................................................................................................03 3.1 População........................................................................................................................................................................03 3.2 Economia.........................................................................................................................................................................04 3.3 O espaço rural de Pernambuco.....................................................................................................................................05 3.4 Urbanização em Pernambuco.......................................................................................................................................05 3.5 Movimentos culturais em Pernambuco........................................................................................................................06 4. A questão Ambiental em Pernambuco............................................................................................................................06 HISTÓRIA Ocupação pré-colonial do atual Estado de Pernambuco..................................................................................................01 Ocupação Pré-Histórica de Pernambuco; .........................................................................................................................02 Características socioculturais das populações indígenas que habitavam o território do atual estado de Pernambuco, antes dos primeiros contatos euro-americanos. .......................................................................................................................04 A Capitânia de Pernambuco: a “Guerra dos Bárbaros”; a lavoura açucareira e mão de obra escrava;....................06 A Guerra dos Mascates;.......................................................................................................................................................09 As instituições eclesiásticas e a sociedade colonial;...........................................................................................................09 Insurreição Pernambucana.................................................................................................................................................10 A Província de Pernambuco no I e II Reinado: Pernambuco no contexto da Independência do Brasil;....................12 Movimentos Liberais: Confederação do Equador e Revolução Praieira; ......................................................................13 O tráico transatlântico de escravos para terras pernambucanas; .................................................................................14 Cotidiano e formas de resistência escrava em Pernambuco;...........................................................................................14 Crise da Lavoura canavieira;..............................................................................................................................................15 A participação dos políticos pernambucanos no processo de emancipação/abolição da escravatura..........................16 Pernambuco Republicano: Voto de Cabresto e Política dos governadores;...................................................................29 Pernambuco sob a interventoria de Agamenon Magalhães;............................................................................................30 Movimentos sociais e repressão durante a Ditadura Civil-Militar (1964-1985) em Pernambuco; ..............................31 Herança afro-descente em Pernambuco;...........................................................................................................................33 Processo político em Pernambuco (2001-2015). ................................................................................................................35 CONHECIMENTOS DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Dos direitos e deveres individuais e coletivos; Dos Direitos Sociais; Da Nacionalidade; Dos Direitos políticos; Dos Partidos Políticos....................................................................................................................................................................01/50
  • 4. Didatismo e Conhecimento SAC Atenção SAC Dúvidas de Matéria A NOVA APOSTILA oferece aos candidatos um serviço diferenciado - SAC (Serviço de Apoio ao Candidato). O SAC possui o objetivo de auxiliar os candidatos que possuem dúvidas relacionadas ao conteúdo do edital. O candidato que desejar fazer uso do serviço deverá enviar sua dúvida somente através do e-mail: professores@ novaconcursos.com.br. Todas as dúvidas serão respondidas pela equipe de professores da Editora Nova, conforme a especialidade da matéria em questão. Para melhor funcionamento do serviço, solicitamos a especiicação da apostila (apostila/concurso/cargo/Estado/ matéria/página). Por exemplo: Apostila Professor do Estado de São Paulo / Comum à todos os cargos - Disciplina:. Português - paginas 82,86,90. Havendo dúvidas em diversas matérias, deverá ser encaminhado um e-mail para cada especialidade, podendo demorar em média 10 (dez) dias para retornar. Não retornando nesse prazo, solicitamos o reenvio do mesmo. Erros de Impressão Alguns erros de edição ou impressão podem ocorrer durante o processo de fabricação deste volume, caso encontre algo, por favor, entre em contato conosco, pelo nosso e-mail, sac@novaconcursos.com.br. Alertamos aos candidatos que para ingressar na carreira pública é necessário dedicação, portanto a NOVA APOSTILA auxilia no estudo, mas não garante a sua aprovação. Como também não temos vínculos com a organizadora dos concursos, de forma que inscrições, data de provas, lista de aprovados entre outros independe de nossa equipe. Havendo a retiicação no edital, por favor, entre em contato pelo nosso e-mail, pois a apostila é elaborada com base no primeiro edital do concurso, teremos o COMPROMISSO de enviar gratuitamente a retiicação APENAS por e-mail e também disponibilizaremos em nosso site, www.novaconcursos.com.br/, na opção ERRATAS. Lembramos que nosso maior objetivo é auxiliá-los, portanto nossa equipe está igualmente à disposição para quaisquer dúvidas ou esclarecimentos. CONTATO COM A EDITORA: 2206-7700 / 0800-7722556 nova@novaapostila.com.br /NOVAConcursosOicial NovaApostila @novaconcurso Atenciosamente, NOVA CONCURSOS Grupo Nova Concursos novaconcursos.com.br
  • 5. Didatismo e Conhecimento Artigo O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula de exclusividade, para uso do Grupo Nova. O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova. A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal. Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando. Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da perda de prazer nas horas de descanso. Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de quem quer vencer na vida são: • medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança), • falta de tempo e • “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer. E então, você já teve estes problemas? Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso? Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes! Outros problemas? Falta de dinheiro, diiculdade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc. Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito, Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a volta por cima”. É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eiciente com uma vida onde haja espaço para lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a tradicional imagem da pessoa trancaiada, estudando 14 horas por dia. O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral, desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego: 1º) clara deinição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização; 2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória; 3º) técnicas especíicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que podem ser aprendidos. O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas). Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão aumentar seu desempenho. Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta um pouco de disciplina e organização. O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário, colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona. Também é recomendável que você separe tempo suiciente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o seu rendimento inal no estudo aumenta. Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem seu tempo deinido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer. Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em tudo que fazemos. *William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller “Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar www.williamdouglas.com.br Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com inalidade de auxiliar os candidatos.
  • 7. Didatismo e Conhecimento 1 LÍNGUA PORTUGUESA Prof Especialista Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco Graduada pela Faculdade de Filosoia, Ciências e Letras de Adamantina Especialista pela Universidade Estadual Paulista – Unesp LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às questões relacionadas a textos. Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo signiicativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codiicar e decodiicar ). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um signiicado diferente daquele inicial. Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identiicação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: - Identiicar – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais deinem o tempo). - Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. - Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. - Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. - Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras. Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: - Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; Observação – na semântica (signiicado das palavras) incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, iguras de linguagem, entre outros. - Capacidade de observação e de síntese e - Capacidade de raciocínio. Interpretar X compreender Interpretar signiica - Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. - Através do texto, infere-se que... - É possível deduzir que... - O autor permite concluir que... - Qual é a intenção do autor ao airmar que... Compreender signiica - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito. - o texto diz que... - é sugerido pelo autor que... - de acordo com o texto, é correta ou errada a airmação... - o narrador airma... Erros de interpretação É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são: - Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. - Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuiciente para o total do entendimento do tema desenvolvido. - Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão. Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.
  • 8. Didatismo e Conhecimento 2 LÍNGUA PORTUGUESA OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: - que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase. - qual (neutro) idem ao anterior. - quem (pessoa) - cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. - como (modo) - onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ). Dicas para melhorar a interpretação de textos - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes; - Inferir; - Voltar ao texto quantas vezes precisar; - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; - Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão; - Veriicar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; - O autor defende ideias e você deve percebê-las. Fonte: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/ como-interpretar-textos QUESTÕES Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux” (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista acena, asso- via, agita os braços num agônico polichinelo; encostado à parede, marmóreo e impassível, o garçom carioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parcei- rô?!”; o garçom boceja, tira um iapo do ombro, olha pro lustre. Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já este- reotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais termi- nam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. [...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando não garantirá a atenção do garçom carioca? Como pode o ignó- bil paulista, nascido e criado na crua batalha entre burgueses e proletários, compreender o discreto charme da aristocracia? Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata borboleta, sauda- des do imperador. [...] Se deixou de bajular os príncipes e prin- cesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou gim tônicas para Vinicius e caipirinhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas de Or- son Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com Roberto Carlos e ouve conselhos de João Gilberto. Conti- nua tão nobre quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto. Até que chega esse paulista, esse homem bidimensional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatênis, achan- do que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta otááário, ne- nhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito - pen- sa o garçom, antes de conduzi-lo à última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali esquecê-lo para todo o sempre. Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, de- pois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê, onde a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo. Acostume-secomsuaexistênciaplebeia.Ogarçomcariocanão estáaíparaservi-lo,vocêéquefoiaorestauranteparahomenageá-lo. (Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013) (*) Um tipo de coreograia, de dança. 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O contexto em que se encontra a passagem – Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rai- nhas do 20 (3.º parágrafo) – leva a concluir, corretamente, que a menção a (A) príncipes e princesas constitui uma referência em sentido não literal. (B) reis e rainhas constitui uma referência em sentido não li- teral. (C) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referên- cia em sentido não literal. (D) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referên- cia em sentido literal. (E) reis e rainhas constitui uma referência em sentido literal. Texto para a questão 2: DA DISCRIÇÃO Mário Quintana Não te abras com teu amigo Que ele um outro amigo tem. E o amigo do teu amigo Possui amigos também... (http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade)
  • 9. Didatismo e Conhecimento 3 LÍNGUA PORTUGUESA 2-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE CO- MUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo com o poema, é correto airmar que (A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade é algo ruim. (B) amigo que não guarda segredos não merece respeito. (C) o melhor amigo é aquele que não possui outros amigos. (D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado. (E) entre amigos, não devem existir segredos. 3-) (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE PENITENCIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à questão. Casamento Há mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes. Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, de vez em quando os cotovelos se esbarram, ele fala coisas como “este foi difícil” “prateou no ar dando rabanadas” e faz o gesto com a mão. O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por im, os peixes na travessa, vamos dormir. Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva. (Adélia Prado, Poesia Reunida) A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar que (A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não gostam que os maridos frequentem pescarias, pois acham difícil limpar os peixes. (B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulheres que não gostam de limpar os peixes, embora valorizem os esbarrões de cotovelos na cozinha. (C) há mulheres casadas que não gostam de icar sozinhas com seus maridos na cozinha, enquanto limpam os peixes. (D) as mulheres que amam valorizam os momentos mais simples do cotidiano vividos com a pessoa amada. (E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite, para limpar, abrir e salgar o peixe. 4-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. A marca da solidão Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente. Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua atenção é (A) fresta. (B) marca. (C) alma. (D) solidão. (E) penumbra. 5-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012) O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo. Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações). Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual “O riso”. (...) CERTO ( ) ERRADO 6-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010) Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge uma explicação oicial satisfatória para o corte abrupto e generalizado de energia no inal de 2009. Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa estatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de 900 km que separam Itaipu de São Paulo. Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de investimentos e também erros operacionais conspiraram para produzir a mais séria falha do sistema de geração e distribuição de energia do país desde o traumático racionamento de 2001. Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações). Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas do texto acima apresentado, julgue os próximos itens. Aoração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo. (...) CERTO ( ) ERRADO 7-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – AOCP/2010) “A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.”
  • 10. Didatismo e Conhecimento 4 LÍNGUA PORTUGUESA Pela leitura do fragmento acima, é correto airmar que, em sua estrutura sintática, houve supressão da expressão a) vigilantes. b) carga. c) viatura. d) foi. e) desviada. 8-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) Um carteiro chega ao portão do hospício e grita: — Carta para o 9.326!!! Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está em branco, e um outro pergunta: — Quem te mandou essa carta? — Minha irmã. — Mas por que não está escrito nada? — Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando! Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adaptações). O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto acima decorre A) da identiicação numérica atribuída ao louco. B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a carta no hospício. C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a carta. D) da explicação dada pelo louco para a carta em branco. E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele. 9-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica: — Por favor, quero falar com o dr. Pedro. — O senhor tem hora? O sujeito olha para o relógio e diz: — Sim. São duas e meia. — Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente. — O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me paga o aluguel do consultório... Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adaptações). No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao homem para saber se ele A) veriicou o horário de chegada e está sob os cuidados do dr. Pedro. B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o pagamento do aluguel. C) tem relógio e sabe esperar. D) marcou consulta e está calmo. E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cuidados do dr. Pedro. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO –TÉCNICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010 - ADAPTADA) Atenção: As questões de números 10 a 13 referem-se ao texto abaixo. Liderança é uma palavra frequentemente associada a feitos e realizações de grandes personagens da história e da vida social ou, então, a uma dimensão mágica, em que algumas poucas pessoas teriam habilidades inatas ou o dom de transformar-se em grandes líderes, capazes de inluenciar outras e, assim, obter e manter o poder. Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a maioria das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos desenvolver consideravelmente as suas capacidades de liderança. Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns que aprendem habilidades comuns, mas que, no seu conjunto, formam uma pessoa incomum”. De fato, são necessárias algumas habilidades, mas elas podem ser aprendidas tanto através das experiências da vida, quanto da formação voltada para essa inalidade. O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; envolve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades para serem atendidas ou objetivos para serem alcançados, que requerem a interação cooperativa dos membros envolvidos. Não pressupõe proximidade física ou temporal: pode-se ter a mente e/ou o comportamento inluenciado por um escritor ou por um líder religioso que nunca se viu ou que viveu noutra época. [...] Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação do poder de inluência do líder, implica dizer que parte desse poder encontra-se no próprio grupo. É nessa premissa que se fundamenta a maioria das teorias contemporâneas sobre liderança. Daí deinirem liderança como a arte de usar o poder que existe nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para fazerem o que se requer delas, da maneira mais efetiva e humana possível. [...] (Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza Pinto. Gestão de pessoas, in Desenvolvimento gerencial na Administração pública do Estado de São Paulo, org. Lais Macedo de Oliveira e Maria Cristina Pinto Galvão, Secretaria de Gestão pública, São Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. 290 e 292, com adaptações) 10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo com o texto, liderança (A) é a habilidade de cheiar outras pessoas que não pode ser desenvolvida por aqueles que somente executam tarefas em seu ambiente de trabalho. (B) é típica de épocas passadas, como qualidades de heróis da história da humanidade, que realizaram grandes feitos e se tornaram poderosos através deles. (C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até mesmo adquirida, de conseguir resultados desejáveis daqueles que constituem a equipe de trabalho. (D) torna-se legítima se houver consenso em todos os grupos quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá mobilizar esses grupos em torno de seus objetivos pessoais. 11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa claro que (A) a importância do líder baseia-se na valorização de todo o grupo em torno da realização de um objetivo comum. (B) o líder é o elemento essencial dentro de uma organização, pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta ou objetivo. (C) pode não haver condições de liderança em algumas equipes, caso não se estabeleçam atividades especíicas para cada um de seus membros. (D) a liderança é um dom que independe da participação dos componentes de uma equipe em um ambiente de trabalho.
  • 11. Didatismo e Conhecimento 5 LÍNGUA PORTUGUESA 12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DAFAZENDAESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo) No contexto, inter-relação signiica (A) o respeito que os membros de uma equipe devem demonstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por resultarem em benefício de todo o grupo. (B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um grupo devidamente orientado pelo líder e aqueles propostos pela organização a que prestam serviço. (C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em equipe, de modo que os mais capacitados colaborem com os de menor capacidade. (D) a criação de interesses mútuos entre membros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcançadas por todos. 13-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo) A airmativa acima quer dizer, com outras palavras, que (A) a presença física de um líder natural é fundamental para que seus ensinamentos possam ser divulgados e aceitos. (B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sempre se atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de autores diversos. (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se houver distância no tempo e no espaço entre aquele que inluencia e aquele que é inluenciado. (D) as inluências recebidas devem ser bem analisadas e postas em prática em seu devido tempo e na ocasião mais propícia. 14-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV PROJETOS/2010) Painel do leitor (Carta do leitor) Resgate no Chile Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salvamento. (Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – painel do leitor – 17/10/2010) Considerando o tipo textual apresentado, algumas expressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile.” C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.” E) “... demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina...” (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às questões de números 15 a 17. Férias na Ilha do Nanja Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as malas nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, issuras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as issuras, as pedras soltas e as barreiras... Meus amigos partem para as suas férias, cansados de tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contramão; enim, cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da própria vida. E eu vou para a Ilha do Nanja. Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra ilha. (Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adaptado) *issuras: fendas, rachaduras 15-) (DCTA–TÉCNICO 1 – SEGURANÇADOTRABALHO – VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a maneira como se preparam para suas férias, a autora mostra que seus amigos estão (A) serenos. (B) descuidados. (C) apreensivos. (D) indiferentes. (E) relaxados. 16-) (DCTA–TÉCNICO 1 – SEGURANÇADOTRABALHO – VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se airmar que, assim como seus amigos, a autora viaja para (A) visitar um lugar totalmente desconhecido. (B) escapar do lugar em que está. (C) reencontrar familiares queridos. (D) praticar esportes radicais. (E) dedicar-se ao trabalho. 17-) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque” (último parágrafo), a autora sugere que viajará para um lugar (A) repulsivo e populoso. (B) sombrio e desabitado. (C) comercial e movimentado. (D) bucólico e sossegado. (E) opressivo e agitado.
  • 12. Didatismo e Conhecimento 6 LÍNGUA PORTUGUESA 18-) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013 - ADAPTADA) Texto para responder à questão. (Adail et al II. Antologia brasileira de humor. Volume 1. Porto Alegre: L&PM, 1976. p. 95.) A charge anterior é de Luiz Carlos Coutinho, cartunista mineiro mais conhecido como Caulos. É correto airmar que o tema apresentado é (A) a oposição entre o modo de pensar e agir. (B) a rapidez da comunicação na Era da Informática. (C) a comunicação e sua importância na vida das pessoas. (D) a massiicação do pensamento na sociedade moderna. Resolução 1-) Pela leitura do texto infere-se que os “reis e rainhas” do século 20 são as personalidades da mídia, os “famosos” e “famosas”. Quanto a príncipes e princesas do século 19, esses eram da corte, literalmente. RESPOSTA: “B”. 2-) Pela leitura do poema identiica-se, apenas, a informação contida na alternativa: revelar segredos para o amigo pode ser arriscado. RESPOSTA: “D”. 3-) Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a autora narra um momento simples, mas que é prazeroso ao casal. RESPOSTA: “D”. 4-) Com palavras do próprio texto responderemos: o mundo cabe numa fresta. RESPOSTA: “A”. 5-) Vamos ao texto: O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”. RESPOSTA: “CERTO”. 6-) Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por “o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (oração subordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula, temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação da oração principal. A construção seria: “do apagão, que atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe, delimita a informação – como no caso do exercício). RESPOSTA: “CERTO’. 7-) “A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Trata-se da igura de linguagem (de construção ou sintaxe) “zeugma”, que consiste na omissão de um termo já citado anteriormente (diferente da elipse, que o termo não é citado, mas facilmente identiicado). No enunciado temos a narração de que a carga foi desviada e de que a viatura foi abandonada. RESPOSTA: “D”. 8-) Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais aparece no desfecho da história, ao inal, como nesse: “Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando”. RESPOSTA: “D”. 9-) “O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente” = a recepcionista quer saber se ele marcou horário e se é paciente do Dr. Pedro. RESPOSTA: “E”. 10-) Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar à conclusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; envolve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades para serem atendidas ou objetivos para serem alcançados, que requerem a interação cooperativa dos membros envolvidos = equipe RESPOSTA: “C”. 11-) O texto deixa claro que a importância do líder baseia-se na valorização de todo o grupo em torno da realização de um objetivo comum. RESPOSTA: “A”. 12-) Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresentadas, a que está coerente com o sentido dado à palavra “inter-relação” é: “a criação de interesses mútuos entre membros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcançadas por todos”. RESPOSTA: “D”.
  • 13. Didatismo e Conhecimento 7 LÍNGUA PORTUGUESA 13-) Não pressupõe proximidade física ou temporal = o aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se houver distância no tempo e no espaço entre aquele que inluencia e aquele que é inluenciado. RESPOSTA: “C”. 14-) Em todas as alternativas há expressões que representam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só enobrece / demonstrando coragem e desprendimento. RESPOSTA: “B”. 15-) “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, issuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as issuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos. RESPOSTA: “C”. 16-) Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta da própria autora! RESPOSTA: “B”. 17-) Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim. RESPOSTA: “D”. 18-) Questão que envolve interpretação “visual”! Fácil. Basta observar o que as personagens “dizem” e o que “pensam”. RESPOSTA: “A”. ASPECTOS SEMÂNTICOS DO VOCABULÁRIO DA LÍNGUA (NOÇÕES DE POLISSEMIA, SINONÍMIA E ANTONÍMIA) - Sinônimos São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir. Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos: adversário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese. - Antônimos São palavras de signiicação oposta: ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem. Observação: A antonímia pode originar-se de um preixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista; simétrico e assimétrico. O que são Homônimos e Parônimos: - Homônimos a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia: rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher (subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.) e denuncia (verbo); providência (subst.) e providencia (verbo). b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita: acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmonizar) e consertar (reparar); cela (compartimento) e sela (arreio); censo (recenseamento) e senso (juízo); paço (palácio) e passo (andar). c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São palavras iguais na escrita e na pronúncia: caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (adv.); livre (adj.) e livre (verbo). - Parônimos São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: coro e couro; cesta e sesta; eminente e iminente; osso e ouço; sede e cede; comprimento e cumprimento; tetânico e titânico; autuar e atuar; degradar e degredar; inligir e infringir; deferir e diferir; suar e soar. http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,- antonimos,-homonimos-e-paronimos Questões sobre Signiicação das Palavras 01. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase abaixo: Da mesma forma que os italianos e japoneses _________ para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros ________ para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor; internamente, __________ para o Sul, pelo mesmo motivo. a) imigraram - emigram - migram b) migraram - imigram - emigram c) emigraram - migram - imigram. d) emigraram - imigram - migram. e) imigraram - migram – emigram
  • 14. Didatismo e Conhecimento 8 LÍNGUA PORTUGUESA Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP – 2013 - Leia o texto para responder às questões de números 02 e 03. Alunos de colégio fazem robôs com sucata eletrônica Você comprou um smartphone e acha que aquele seu celular antigo é imprestável? Não se engane: o que é lixo para alguns pode ser matéria-prima para outros. O CMID – Centro Marista de Inclusão Digital –, que funciona junto ao Colégio Marista de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, ensina os alunos do colégio a fazer robôs a partir de lixo eletrônico. Os alunos da turma avançada de robótica, por exemplo, constroem carros com sensores de movimento que respondem à aproximação das pessoas. A fonte de energia vem de baterias de celular. “Tirando alguns sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”, comentou o instrutor de robótica do CMID, Leandro Schneider. Esses alunos também aprendem a consertar computadores antigos. “O nosso projeto só funciona por causa do lixo eletrônico. Se tivéssemos que comprar tudo, não seria viável”, completou. Em uma época em que celebridades do mundo digital fazem campanha a favor do ensino de programação nas escolas, é inspirador o relato de Dionatan Gabriel, aluno da turma avançada de robótica do CMID que, aos 16 anos, já sabe qual será sua proissão. “Quero ser programador. No início das aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse. (Giordano Tronco, www.techtudo.com.br, 07.07.2013. Adaptado) 02. A palavra em destaque no trecho –“Tirando alguns sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”... – pode ser substituída, sem alteração do sentido da mensagem, pela seguinte expressão: A) Pelo menos B) A contar de C) Em substituição a D) Com exceção de E) No que se refere a 03. Assinale a alternativa que apresenta um antônimo para o termo destacado em – …“No início das aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse. A) Estimulante. B) Cansativo. C) Irritante. D) Confuso. E) Improdutivo. 04. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP – 2013). Analise as airmações a seguir. I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituído, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. II.Afrase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à libertação. III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão do”, sem alterar o sentido do texto. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, está correto o que se airma em A) I, II e III. B) III, apenas. C) I e III, apenas. D) I, apenas. E) I e II, apenas. 05. Leia as frases abaixo: 1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi; 2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte. 3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor. 4 - ___________ dias que não falo com Alfredo. Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes: a) concerto – há – a – cessões – há; b) conserto – a – há – sessões – há; c) concerto – a – há – seções – a; d) concerto – a – há – sessões – há; e) conserto – há – a – sessões – a . 06. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP – 2013-adap.). Considere o seguinte trecho para responder à questão. Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes impuseram limites de disciplina. O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse trecho, é: A) de desprendimento. B) de responsabilidade. C) de abnegação. D) de amor. E) de egoísmo. 07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira alternativa da série dada nos parênteses: A) Estou aqui _______ de ajudar os lagelados das enchentes. (aim- a im). B) A bandeira está ________. (arreada - arriada). C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (inlingirem - infringirem). D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos. (concelhos - conselhos). E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cerca de - acerca de). 08.Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há um sinônimo. a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) c) delatar = expandir; dilatar = denunciar d) deferir = diferenciar; diferir = conceder e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação GABARITO 01. A 02. D 03. A 04. A 05. D 06. E 07. E 08. A RESOLUÇÃO 1-) Da mesma forma que os italianos e japoneses imigraram para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros emigram para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor; internamente, migram para o Sul, pelo mesmo motivo. 2-) “Com exceção de alguns sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”...
  • 15. Didatismo e Conhecimento 9 LÍNGUA PORTUGUESA 3-) antônimo para o termo destacado : “No início das aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me interessando” “No início das aulas, eu achava meio estimulante, mas depois fui me interessando” 4-) I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituído, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. = correta II.Afrase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à libertação. = correta III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão do”, sem alterar o sentido do texto. = correta 5-) 1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi; 2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe) vida em Marte. 3 – As sessões da câmara são verdadeiros programas de humor. 4 - Há dias que não falo com Alfredo. (= tempo passado) 6-) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes impuseram limites de disciplina. O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse trecho, é de egoísmo Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações de um indivíduo beneiciam outros. É sinônimo de ilantropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes percebida, também, como sinônimo de solidariedade. Esse conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as inclinações especíica e exclusivamente individuais (pessoais ou coletivas). 7-) A) Estou aqui a im de de ajudar os lagelados das enchentes. (aim = O adjetivo “aim” é empregado para indicar que uma coisa tem ainidade com a outra. Há pessoas que têm temperamentos ains, ou seja, parecidos) B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar arreio no cavalo) C) Serão punidos os que infringirem o regulamento. (inlingirem = aplicarem a pena) D) São sempre valiosos os conselhos dos mais velhos; (concelhos= Porção territorial ou parte administrativa de um distrito). E) Moro a cerca de cem metros da praça principal. (acerca de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.). 8-) b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) = signiicados invertidos c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signiicados invertidos d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signiicados invertidos e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação = signiicados invertidos O sentido das palavras Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabola, que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser deinida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto. Sentido Próprio e Figurado das Palavras Pela própria deinição acima destacada podemos perceber que a palavra é composta por duas partes, uma delas relacionada a sua forma escrita e os seus sons (denominada signiicante) e a outra relacionada ao que ela (palavra) expressa, ao conceito que ela traz (denominada signiicado). Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdividem-se assim: - Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido comum que costumamos dar a uma palavra. - Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “igurado”, que podemos dar a uma palavra. Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes contextos: 1. A cobra picou o menino. (cobra = réptil peçonhento) 2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagradável, que adota condutas pouco apreciáveis) 3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhece muito sobre alguma coisa, “expert”) No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido comum (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido igurado. Podemos então concluir que um mesmo signiicante (parte concreta) pode ter vários signiicados (conceitos). Denotação e Conotação - Denotação: veriica-se quando utilizamos a palavra com o seu signiicado primitivo e original, com o sentido do dicionário; usada de modo automatizado; linguagem comum. Veja este exemplo: Cortaram as asas da ave para que não voasse mais. Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido próprio, comum, usual, literal. MINHA DICA - Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de deinição literal, quando o termo é utilizado em seu sentido dicionarístico. - Conotação: veriica-se quando utilizamos a palavra com o seu signiicado secundário, com o sentido amplo (ou simbólico); usada de modo criativo, igurado, numa linguagem rica e expressiva. Veja este exemplo: Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes que seja tarde demais. Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma igurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle de ações; disciplina, limitação de conduta e comportamento.
  • 16. Didatismo e Conhecimento 10 LÍNGUA PORTUGUESA Fonte: http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de- justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-igurado-das- palavras.html Questões sobre Denotação e Conotação 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das palavras ígneo e pétreo. (A) De corda; de plástico. (B) De fogo; de madeira. (C) De madeira; de pedra. (D) De fogo; de pedra. (E) De plástico; de cinza. 2-)(TRIBUNALDEJUSTIÇADOESTADODESÃOPAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 - ADAPTADO) Para responder à questão, considere a seguinte passagem: Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata- -se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de (A) considerar ao acaso, sem premeditação. (B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela. (C) adotar como referência de qualidade. (D) julgar de acordo com normas legais. (E) classiicar segundo ideias preconcebidas. 3-)(TRIBUNALDEJUSTIÇADOESTADODESÃOPAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere as palavras destacadas nas seguintes passagens do texto: Desde o surgimento da ideia de hipertexto... ... informações ligadas especialmente à pesquisa acadêmica, ... uma “máquina poética”, algo que funcionasse por analogia e associação... Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a ideia de hipertexto... ... 20 anos depois de seu artigo fundador... As palavras destacadas que expressam ideia de tempo são: (A) algo, especialmente e Quando. (B) Desde, especialmente e algo. (C) especialmente, Quando e depois. (D) Desde, Quando e depois. (E) Desde, algo e depois. 4-)(TRF-5ªREGIÃO-TÉCNICOJUDICIÁRIO-FCC/2012) A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o movimento cordelista pode ser comparada à de outros dois grandes nomes... Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem prejuízo da correção, o elemento grifado pode ser substituído por: (A) contrastada. (B) confrontada. (C) ombreada. (D) rivalizada. (E) equiparada. 5-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – Não te abras com teu amigo – o verbo em destaque foi empregado em sentido igurado. Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir” continua sendo empregado em sentido igurado. (A) Ao abrir a porta, não havia ninguém. (B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abridor. (C) Para aprender, é preciso abrir a mente. (D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em casa. (E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico. 6-) (SABESP/SP–ATENDENTEACLIENTES 01 – FCC/2014 -ADAPTADA)Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. A marca da solidão Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente. Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido igurado é (A) menino. (B) chão. (C) testa. (D) penumbra. (E) tenda. 7-) (UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder à questão. RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando a Operação Lixo Zero, que vai multar quem emporcalhar a cidade. Em primeira instância, a campanha é educativa. Equipes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana estão percorrendo as ruas para lagrar maus cidadãos jogando coisas onde não devem e alertá-los para o que os espera. Em breve, com guardas municipais, policiais militares e 600 iscais em ação, as multas começarão a chegar para quem tratar a via pública como a casa da sogra. Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os recordistas de multas serão os cerca de 300 jovens golpistas que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas, pichar
  • 17. Didatismo e Conhecimento 11 LÍNGUA PORTUGUESA monumentos, vandalizar prédios públicos, quebrar orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar bancos, saquear lojas e, por uma estranha compulsão, destruir lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas de fogo com ele. É verdade que, no seu “bullying” político, eles não estão nem aí para a cidade, que é de todos – e que, por algum motivo, parecem querer levar ao colapso. Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalismo, saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade, resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos públicos, talvez seja possível enquadrá-los por sujar a rua. (Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013. Adaptado) Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º parágrafo), o termo em destaque é sinônimo de (A) progresso. (B) descaso. (C) vitória. (D) tédio. (E) ruína. 8-) (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BNDES/2012) Considere o emprego do verbo levar no trecho: “Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva anos”. A frase em que esse verbo está usado com o mesmo sentido é: (A) O menino leva o material adequado para a escola. (B) João levou uma surra da mãe. (C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. (D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. (E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a prova. Resolução 1-) Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou associação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos fogo, combustão... Pedra, petriicado. Encontrou a resposta? RESPOSTA: “D”. 2-) Classiicar conforme regras conhecidas, mas não conirmadas se verdadeiras. RESPOSTA: “E”. 3-) As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são: desde, quando e depois. RESPOSTA: “D”. 4-) Ao participar de um concurso, não temos acesso a dicionários para que veriiquemos o signiicado das palavras, por isso, caso não saibamos o que signiicam, devemos analisá-las dentro do contexto em que se encontram. No exercício acima, a que se “encaixa” é “equiparada”. RESPOSTA: “E”. 5-) Em todas as alternativas o verbo “abrir” está empregado em seu sentido denotativo. No item C, conotativo (“abrir a mente” = aberto a mudanças, novas ideias). RESPOSTA: “C”. 6-) Novamente, responderemos com frase do texto: seu rosto formando uma tenda. RESPOSTA: “E”. 7-) Pela leitura do texto, compreende-se que a intenção do autor ao utilizar a expressão” levar ao colapso” refere-se à queda, ao im, à ruína da cidade. RESPOSTA: “E”. 8-) No enunciado, o verbo “levar” está empregado com o sentido de “duração/tempo” (A) O menino leva o material adequado para a escola. = carrega (B) João levou uma surra da mãe. = apanhou (C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. = arrasta (D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. = direciona (E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a prova = duração/tempo RESPOSTA: “E”. Polissemia Consideremos as seguintes frases: Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja! Vamos! Coloque logo a mão na massa! As crianças estão com as mãos sujas. Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi. Chegamos à conclusão de que se trata de palavras idênticas no que se refere à graia, mas será que possuem o mesmo signiicado? Existe uma parte da gramática normativa denominada Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes signiicados que uma mesma palavra apresenta de acordo com o contexto em que se insere. Tomando como exemplo as frases já mencionadas, analisaremos os vocábulos de mesma graia, de acordo com seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo dicionário. Na primeira, a palavra “mão” signiica habilidade, eiciência diante do ato praticado. Nas outras que seguem o signiicado é de: participação, interação mediante a uma tarefa realizada; mão como parte do corpo humano e por último simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa. Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo percebemos que o preixo “poli” signiica multiplicidade de algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em consideração as situações de aplicabilidade. Há uma ininidade de outros exemplos em que podemos veriicar a ocorrência da polissemia, como por exemplo: O rapaz é um tremendo gato. O gato do vizinho é peralta. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua sobrevivência O passarinho foi atingido no bico.
  • 18. Didatismo e Conhecimento 12 LÍNGUA PORTUGUESA Polissemia e homonímia A confusão entre polissemia e homonímia é bastante comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signiicados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado, quando duas ou mais palavras com origens e signiicados distintos têm a mesma graia e fonologia, temos uma homonímia. A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode signiicar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é polissemia porque os diferentes signiicados para a palavra manga têm origens diferentes, e por isso alguns estudiosos mencionam que a palavra manga deveria ter mais do que uma entrada no dicionário. “Letra” é uma palavra polissêmica. Letra pode signiicar o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a caligraia de um determinado indivíduo. Neste caso, os diferentes signiicados estão interligados porque remetem para o mesmo conceito, o da escrita. Polissemia e ambiguidade Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode ser ambíguo, ou seja, apresenta mais de uma interpretação. Essa ambiguidade pode ocorrer devido à colocação especíica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequentemente são felizes. Neste caso podem existir duas interpretações diferentes. As pessoas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpretação. Para fazer a interpretação correta é muito importante saber qual o contexto em que a frase é proferida. RELAÇÕES COESIVAS E SEMÂNTICAS (DE CAUSALIDADE, TEMPORALIDADE, FINALIDADE, CONDICIONALIDADE, FINALIDADE, COMPARAÇÃO, OPOSIÇÃO, ADIÇÃO, CONCLUSÃO, EXPLICAÇÃO, ETC.) ENTRE ORAÇÕES, PERÍODOS OU PARÁGRAFOS, INDICADOS PELOS VÁRIOS TIPOS DE EXPRESSÕES CONECTIVAS OU SEQUENCIADORES (CONJUNÇÕES, PRE- POSIÇÕES, ADVÉRBIOS, ETC.) Não basta conhecer o conteúdo das partes de um trabalho: introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de saber o que se deve (e o que não se deve) escrever em cada parte constituinte do texto, é preciso saber escrever obedecendo às normas de coerência e coesão. Antes de mais nada, é necessário deinir os termos: coerência diz respeito à articulação do texto, à compatibilidade das ideias, à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere-se à expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas frasais e ao emprego do vocabulário. Coerência e coesão relacionam-se com o processo de produção e compreensão do texto. A coesão contribui para a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem construído, com frases bem estruturadas, vocabulário correto, mas apresentar ideias sem nexo, sem uma sequência lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um texto pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas, sem que no plano da expressão as estruturas frasais sejam gramaticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão. A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem origem nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo de cada pessoa, aliada à competência linguística. Deduz-se que é difícil ensinar coerência textual, intimamente ligada à visão de mundo, à origem das ideias no pensamento. A coesão, porém, refere-se à expressão linguística, aos processos sintáticos e gramaticais do texto. O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão: Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação semântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com outra”). Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo do texto, numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo faz-se via gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário, tem-se a coesão lexical. Coerência - assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto; - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão conceitual; - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com o aspecto global do texto; - estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases. Coesão - assenta-se no plano gramatical e no nível frasal; -situa-senasuperfíciedotexto,estabelececonexãosequencial; - relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes componentes do texto; - Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases. Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibilidade ou compreensão do texto. Um texto bem redigido tem parágrafos bem estruturados e articulados pelo encadeamento das ideias neles contidas. As estruturas frasais devem ser coerentes e gramaticalmente corretas, no que diz respeito à sintaxe. O vocabulário precisa ser adequado e essa adequação só se consegue pelo conhecimento dos signiicados possíveis de cada palavra. Talvez os erros mais comuns de redação sejam devidos à impropriedade do vocabulário e ao mau emprego dos conectivos (conjunções, que têm por função ligar uma frase ou período a outro). Eis alguns exemplos de impropriedade do vocabulário, colhidos em redações sobre censura e os meios de comunicação e outras.
  • 19. Didatismo e Conhecimento 13 LÍNGUA PORTUGUESA “Nosso direito é frisado na Constituição.” Nosso direito é assegurado pela Constituição. = correta “Estabelecer os limites as quais a programação deveria estar exposta.” Estabelecer os limites aos quais a programação deveria estar sujeita. = correta “A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.” A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias sensacionalistas ou punir os meios de comunicação que veiculam tais notícias. = correta “Retomada das rédeas da programação.” Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no que diz respeito à programação. = correta O emprego de vocabulário inadequado prejudica muitas vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redigir, empregar palavras cujo signiicado seja conhecido pelo enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conhecimentos linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o signiicado de determinada palavra, mas não sabe empregá-la adequadamente, isso ocorre frequentemente com o emprego dos conectivos (preposições e conjunções). Não basta saber que as preposições ligam nomes ou sintagmas nominais no interior das frases e que as conjunções ligam frases dentro do período; é necessário empregar adequadamente tanto umas como outras. É bem verdade que, na maioria das vezes, o emprego inadequado dos conectivos remete aos problemas de regência verbal e nominal. Exemplos: “Estar inteirada com os fatos” signiica participação, interação. “Estar inteirada dos fatos” signiica ter conhecimento dos fatos, estar informada. “Ir de encontro” signiica divergir, não concordar. “Ir ao encontro” quer dizer concordar. “Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de ideias” signiica a liberdade não é ameaça; “Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de ideias”, isto é, a liberdade ica ameaçada. Quanto à regência verbal, convém sempre consultar um dicionário de verbos, pois muitos deles admitem duas ou três regências diferentes; cada uma, porém, tem um signiicado especíico. Lembre-se, a propósito, de que as dúvidas sobre o emprego da crase decorrem do fato de considerar-se crase como sinal de acentuação apenas, quando o problema refere-se à regência nominal e verbal. Exemplos: O verbo assistir admite duas regências: assistir o/a (transitivo direto) signiica dar ou prestar assistência (O médico assiste o doente): Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti ao jogo da seleção). Pedir o =n(transitivo direto) signiica solicitar, pleitear (Pedi o jornal do dia). Pedir que =,contém uma ordem (A professora pediu que izessem silêncio). Pedir para = pedir permissão (Pediu para sair da classe); signiica também pedir em favor de alguém (A Diretora pediu ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos, pedir algo a alguém (para si): (Pediu ao colega para ajudá-lo); pode signiicar ainda exigir, reclamar (Os professores pedem aumento de salário). O mau emprego dos pronomes relativos também pode levar à falta de coesão gramatical. Frequentemente, emprega-se no qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo da clareza do texto; outras vezes, o emprego é desnecessário ou inadequado. “Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para mim no qual estava sem remetente”. (Chegou com um envelope que (o qual) estava sem remetente). “Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da sensibilidade...” Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade delas (palavras cheias de sensibilidade). Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação das frases, aconselha-se levar em conta as seguintes sugestões para o emprego correto dos articuladores sintáticos (conjunções, preposições, locuções prepositivas e locuções conjuntivas). - Para dar ideia de oposição ou contradição, a articulação sintática faz-se por meio de conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Podem também ser empregadas as conjunções concessivas e locuções prepositivas para introduzir a ideia de oposição aliada à concessão: embora, ou muito embora, apesar de, ainda que, conquanto, posto que, a despeito de, não obstante. - A articulação sintática de causa pode ser feita por meio de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como, por isso que, visto que, uma vez que, já que. Também podem ser empregadas as preposições e locuções prepositivas: por, por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência de, por motivo de, por razões de. - O principal articulador sintático de condição é o “se”: Se o time ganhar esse jogo, será campeão. Pode-se também expressar condição pelo emprego dos conectivos: caso, contanto que, desde que, a menos que, a não ser que. - O emprego da preposição “para” é a maneira mais comum de expressar inalidade. “É necessário baixar as taxas de juros para que a economia se estabilize” ou para a economia estabilizar- se. “Teresa vai estudar bastante para fazer boa prova.” Há outros articuladores que expressam inalidade: a im de, com o propósito de, na inalidade de, com a intenção de, com o objetivo de, com o ito de, com o intuito de. - A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio dos articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, pois, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. Para introduzir mais um argumento a favor de determinada conclusão emprega- -se ainda. Os articuladores aliás, além do mais, além disso, além de tudo, introduzem um argumento decisivo, cabal, apresentado como um acréscimo, para justiicar de forma incontestável o argumento contrário.
  • 20. Didatismo e Conhecimento 14 LÍNGUA PORTUGUESA - Para introduzir esclarecimentos, retiicações ou desenvolvimento do que foi dito empregam-se os articuladores: isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A conjunção aditiva “e” anuncia não a repetição, mas o desenvolvimento do discurso, pois acrescenta uma informação nova, um dado novo, e se não acrescentar nada, é pura repetição e deve ser evitada. - Alguns articuladores servem para estabelecer uma gradação entre os correspondentes de determinada escala. No alto dessa escala acham-se: mesmo, até, até mesmo; no plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no mínimo. Equivalência e transformação de estruturas “Ideias confusas geram redações confusas”. Esta frase leva- -nos a reletir sobre a organização das ideias em um texto. Signiica dizer que, antes da redação, naturalmente devemos dominar o assunto sobre o qual iremos tratar e, posteriormente, planejar o modo como iremos expô-lo, do contrário haverá diiculdade em transmitir ideias bem acabadas. Portanto, a leitura, a interpretação de textos e a experiência de vida antecedem o ato de escrever. Obtido um razoável conhecimento sobre o que iremos escrever, feito o esquema de exposição da matéria, é necessário saber ordenar as ideias em frases bem estruturadas. Logo, não basta conhecer bem um determinado assunto, temos que o transmitir de maneira clara aos leitores. O estudo da pontuação pode se tornar um valioso aliado para organizarmos as ideias de maneira clara em frases. Para tanto, é necessário ter alguma noção de sintaxe. “Sintaxe”, conforme o dicionário Aurélio, é a “parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si”; ou em outras palavras, sintaxe quer dizer “mistura”, isto é, saber misturar as palavras de maneira a produzirem um sentido evidente para os receptores das nossas mensagens. Observe: 1)A desemprego globalização no Brasil e no na está Latina América causando. 2) A globalização está causando desemprego no Brasil e na América Latina. Ora, no item 1 não temos uma ideia, pois não há uma frase, as palavras estão amontoadas sem a realização de “uma sintaxe”, não há um contexto linguístico nem relação inteligível com a realidade; no caso 2, a sintaxe ocorreu de maneira perfeita e o sentido está claro para receptores de língua portuguesa inteirados da situação econômica e cultural do mundo atual. A Ordem dos Termos na Frase Leia novamente a frase contida no item 2. Note que ela é organizada de maneira clara para produzir sentido. Todavia, há diferentes maneiras de se organizar gramaticalmente tal frase, tudo depende da necessidade ou da vontade do redator em manter o sentido, ou mantê-lo, porém, acrescentado ênfase a algum dos seus termos. Signiica dizer que, ao escrever, podemos fazer uma série de inversões e intercalações em nossas frases, conforme a nossa vontade e estilo. Tudo depende da maneira como queremos transmitir uma ideia. Por exemplo, podemos expressar a mensagem da frase 2 da seguinte maneira: No Brasil e na América Latina, a globalização está causando desemprego. Neste caso, a mensagem é praticamente a mesma, apenas mudamos a ordem das palavras para dar ênfase a alguns termos (neste caso: No Brasil e na A. L.). Repare que, para obter a clareza tivemos que fazer o uso de vírgulas. Entre os sinais de pontuação, a vírgula é o mais usado e o que mais nos auxilia na organização de um período, pois facilita as boas “sintaxes”, boas misturas, ou seja, a vírgula ajuda-nos a não “embolar” o sentido quando produzimos frases complexas. Com isto, “entregamos” frases bem organizadas aos nossos leitores. O básico para a organização sintática das frases é a ordem direta dos termos da oração. Os gramáticos estruturam tal ordem da seguinte maneira: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO VERBAL+ CIRCUNSTÂNCIAS A globalização + está causando+ desemprego + no Brasil nos dias de hoje. Nem todas as orações mantêm esta ordem e nem todas contêm todos estes elementos, portanto cabem algumas observações: - As circunstâncias (de tempo, espaço, modo, etc.) normalmente são representadas por adjuntos adverbiais de tempo, lugar, etc. Note que, no mais das vezes, quando queremos recordar algo ou narrar uma história, existe a tendência a colocar os adjuntos nos começos das frases: “No Brasil e na América…” “Nos dias de hoje…” “Nas minhas férias…”, “No Brasil…”. e logo depois os verbos e outros elementos: “Nas minhas férias fui…”; “No Brasil existe…” Observações: - tais construções não estão erradas, mas rompem com a ordem direta; - é preciso notar que em Língua Portuguesa, há muitas frases que não têm sujeito, somente predicado. Por exemplo: Está chovendo em Porto Alegre. Faz frio em Friburgo. São quatro horas agora; - Outras frases são construídas com verbos intransitivos, que não têm complemento: O menino morreu na Alemanha, (sujeito +verbo+ adjunto adverbial), A globalização nasceu no século XX. (idem) - Há ainda frases nominais que não possuem verbos: Cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos existentes nelas. Levando em consideração a ordem direta, podemos estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: 1)Se os termos estão colocados na ordem direta não haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo disto: A globalização está causando desemprego no Brasil e na América Latina. Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula, mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a regra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: A globalização, a tecnologia e a “ciranda inanceira” causam desemprego… = (três núcleos do sujeito) A globalização causa desemprego no Brasil, na América Latina e na África. = (três adjuntos adverbiais) A globalização está causando desemprego, insatisfação e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. = (três complementos verbais)
  • 21. Didatismo e Conhecimento 15 LÍNGUA PORTUGUESA 2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, separar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou seja, não devemos separar com vírgula os termos da oração. Veja exemplos de tal incorreção: O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é a regra básica nº2 para a colocação da vírgula. Dito em outras palavras: quando intercalamos expressões e frases entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com vírgulas. Vejamos: A globalização, fenômeno econômico deste im de século XX, causa desemprego no Brasil. Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o sujeito e o verbo. Outros exemplos: A globalização, que é um fenômeno econômico e cultural, está causando desemprego no Brasil e na América Latina. Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada. As orações adjetivas explicativas desempenham frequentemente um papel semelhante ao do aposto explicativo, por isto são também isoladas por vírgula. A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil… Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu complemento. A globalização causa desemprego, e isto é lamentável, no Brasil… Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não pertence ao assunto: globalização, da frase principal, tal oração é apenas um comentário à parte entre o complemento verbal e os adjuntos. Obs: a simples negação em uma frase não exige vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil e na América Latina. 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a, tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da colocação da vírgula. No Brasil e na América Latina, a globalização está causando desemprego… No im do século XX, a globalização causou desemprego no Brasil… Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito. Trata- -se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramática, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais, isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos: Quando o século XX estava terminando, a globalização começou a causar desemprego. Enquanto os países portadores de alta tecnologia desenvolvem--se, a globalização causa desemprego nos países pobres. Durante o século XX, a Globalização causou desemprego no Brasil. Obs 1: alguns gramáticos, Sacconi, por exemplo, consideram que as orações subordinadas adverbiais devem ser isoladas pela vírgula também quando colocadas após as suas orações principais, mas só quando a) a oração principal tiver uma extensão grande: por exemplo: A globalização causa… , enquanto os países…(vide frase acima); b) Se houver uma outra oração após a principal e antes da oração adverbial: A globalização causa desemprego no Brasil e as pessoas aqui estão morrendo de fome , enquanto nos países portadores de alta tecnologia… Obs 2: quando os adjuntos adverbiais são mínimos, isto é, têm apenas uma ou duas palavras não há necessidade do uso da vírgula: Hoje a globalização causa desemprego no Panamá. Ali a globalização também causou… A não ser que queiramos dar ênfase: Aqui, a globalização… Obs3: na língua escrita, normalmente, ao realizarmos a ordem inversa, emprestamos ênfase aos termos que principiam as frases. Veja este exemplo de Rui Barbosa destacado por Garcia: “A mim, na minha longa e aturada e continua prática do escrever, me tem sucedido inúmeras vezes, depois de considerar por muito tempo necessária e insuprível uma locução nova, encontrar vertida em expressões antigas mais clara, expressiva e elegante a mesma ideia.” Estas três regras básicas não solucionam todos os problemas de organização das frases, mas já dão um razoável suporte para que possamos começar a ordenar a expressão das nossas ideias. Em suma: o importante é não separar os termos básicos das orações, mas, se assim o izermos, seja intercalando ou invertendo elementos, então devemos usar a vírgula. - Quanto à equivalência e transformação de estruturas, outro exemplo muito comum cobrado em provas é o enunciado trazer uma frase no singular, por exemplo, e pedir que o aluno passe a frase para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é o enunciado dar a frase em um tempo verbal, e pedir para que a passe para outro tempo verbal.
  • 22. Didatismo e Conhecimento 16 LÍNGUA PORTUGUESA Paralelismo O termo paralelismo corresponde a uma relação de equivalência, por semelhança ou contraste, entre dois ou mais elementos. É um recurso responsável por uma boa progressão textual. Dizemos que há paralelismo em uma estrutura quando há uma correspondência rítmica, sintática/gramatical ou semântica entre as estruturas. Vejam a tirinha a seguir da famosa personagem Mafalda: (Quino) No segundo quadrinho, na fala da mãe da menina, há uma estrutura sintaticamente equivalente: “[PARA TRABALHAR,] [PARA NOS AMAR,] [PARA FAZER DESTE MUNDO UM MUNDO MELHOR]” As três orações em destaque obedecem a uma mesma estrutura sintática: iniciam-se com a preposição “para” e mantêm o verbo no ininitivo. A essa relação de equivalência estrutural, damos o nome de paralelismo. Analisemos o próximo exemplo: Vejam como o slogan da marca de cosméticos “Nívea” também segue uma estrutura em paralelismo – “BELEZAQUE SE VÊ, BELEZA QUE SE SENTE”. Notem que a repetição é intencional, mantendo uma unidade gramatical. O paralelismo é um recurso de coesão textual, ou seja, promove a conexão das ideias, através de repetições planejadas, trazendo unidade a um texto. Vejamos o exemplo a seguir: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDAR A DATA DO ENEM] E [MELHORIAS NO SISTEMA.] Há um desequilíbrio gramatical na frase acima. Para respeitarmos o paralelismo, poderíamos reescrevê-la das seguintes maneiras: a) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDAR A DATA DO ENEM] E [MELHORAR O SISTEMA.] Ou b) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PREVÊ [MUDANÇAS NA DATA DO ENEM] E [MELHORIAS NO SISTEMA.] Vejam que, na primeira reescrita, mantivemos verbos no ininitivo iniciando as orações – “mudar” e “melhorar”. Já na segunda, mantivemos bases nominais – substantivos – “mudanças” e “melhorias”. Dessa forma, estabelecemos o paralelismo nas frases. “Mas como achar o tal do paralelismo?”. Uma dica boa é encontrar os conectivos na frase. Eles são importantes marcadores textuais para ajudá-los a identiicar as estruturas que devem permanecer em relação de equivalência. Exemplo: Queremos amor E ter paz.
  • 23. Didatismo e Conhecimento 17 LÍNGUA PORTUGUESA O verbo querer possui duas ideias que o complementam: “amor” E “ter paz”. O conectivo “e” marca o paralelismo. As estruturas por ele ligadas estão iguais gramaticalmente? Não. Uma é um substantivo e a outra uma oração. Para equilibrá-las, podemos reescrever, por exemplo, das seguintes formas: Queremos [amor] e [paz]. Ou Queremos [ter amor] e [ter paz]. Ou Queremos ter [amor] e [paz]. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: Os períodos a seguir apresentam problemas de paralelismo. Reescreva-os, fazendo as devidas correções: a) Trata-se de um ponto de vista importante e que merece respeito. b) Pensei estar, um dia, como aquele funcionário e que também conseguirei uma promoção. c) Lamentei não ter feito nada pelo rapaz e que ele saísse tão humilhado. d) Vi-o entristecer e que queria ajuda. Sugestões de resposta: a) Trata-se de um ponto de vista importante e respeitável. b) Pensei estar, um dia, como aquele funcionário e também conseguir uma promoção. c) Lamentei que não tivesse feito nada pelo rapaz e que ele saísse tão humilhado. d) Vi-o entristecer e querer ajuda. PARALELISMO SINTÁTICO OU GRAMATICAL É aquele em que se nota uma correlação sintática numa estrutura frasal a partir de termos ou orações semelhantes morfossintaticamente. Veja os exemplos a seguir: Exemplo 1: O condenado não só [roubou], mas também [é sequestrador]. Corrigindo, temos: Ele não só roubou, mas também sequestrou. Os termos “não só... mas também” estabelecem entre as orações coordenadas uma relação de equivalência sintática. Dessa forma, é preciso que as orações apresentem a mesma estrutura gramatical. Exemplo 2: Ocidadãoprecisa[deeducação],[respeito]e[solidariedade]. Corrigindo, temos: O cidadão precisa [de educação], [de respeito] e [de solidariedade]. (os três complementos verbais devem vir preposicionados - encadeamento de funções sintáticas) Exemplo 3: [Gosto] e [compro] livros. Nesse caso, temos um problema na construção. O verbo “gostar” é transitivo indireto, enquanto o verbo “comprar” é transitivo direto.Afrase mostra-se incompleta sintaticamente, uma vez que só há um complemento verbal (“livros”). Corrigindo, temos: Gosto [de livros] e [os] compro. OI OD Exemplo 4: Quero [sua ajuda] e [que você venha]. Nesse caso, o paralelismo foi quebrado, uma vez que os complementos do verbo “querer” têm “pesos sintáticos” diferentes: “sua ajuda” é um objeto direto “simples” e “que você venha” é um objeto direto oracional. Repare que os objetos estão ligados pelo conectivo “e”, devendo, portanto, haver uma equivalência entre eles. Corrigindo, temos: Quero [sua ajuda] e [sua vinda]. ou Quero [que você me ajude] e [que você venha]. PARALELISMO SEMÂNTICO É aquele em que se observa uma correlação de sentido entre as estruturas. Observe: “Trocava [de namorada] como trocava [de blusa]”. “Marcela amou-me durante [quinze meses] e [onze contos de réis]” (Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas) Notem que, apesar de haver paralelismo gramatical ou sintático nas frases, não há uma correlação semântica. No primeiro caso trocar “de namorada” não equivale a trocar “de blusa”; no segundo, amar “durante quinze meses” (tempo) não corresponde a amar “durante onze contos de réis”. São relações de sentido diferentes. Dessa forma, podemos dizer que houve uma “quebra” do paralelismo semântico, pois é feita uma aproximação entre elementos de “carga signiicativa” diferente. Entretanto, isso foi intencional e não deve ser visto como uma falha de construção. Na maioria das vezes, esse tipo de construção é proposital para trazer a um trecho determinado efeito de sentido a partir da ironia ou do humor, como nos exemplos acima. PARALELISMO RÍTMICO O paralelismo rítmico é um recurso estilístico de grande efeito, do qual alguns autores se servem com o propósito de dar maior expressividade ao pensamento. Vejam os exemplos a seguir, retirados do livro “Comunicação em prosa moderna”, de Othon Garcia: “Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio, o cisne é negro; se com amor, o demônio é formoso; se com ódio, o anjo é feio; se com amor, o pigmeu é gigante”. (“Sermão da quinta quarta-feira”, apud M. Gonçalves Viana, Sermões e lugares seletos, p. 214) “Nenhum doutor as observou com maior escrúpulo, nem as esquadrinhou com maior estudo, nem as entendeu com maior propriedade, nem as proferiu com mais verdade, nem as explicou com maior clareza, nem as recapacitou com mais facilidade, nem as propugnou com maior valentia, nem as pregou e semeou com maior abundância”. (M.Bernardes)