1. Polícia Militar do Estado do Pará (PM/PA)
Curso de Formação de Oficiais da
Polícia Militar do Estado do Pará
CFO/PM/2016
Língua Portuguesa
LEITURA: Apreensão dos sentidos de um texto........................................................................................................... 1
Coesão e coerências textuais............................................................................................................................................ 3
GRAMÁTICA: Estrutura e organização de textos......................................................................................................... 8
Coesão e coerência.............................................................................................................................................................. 9
O período e sua construção; o período simples e o período composto. Coordenação e subordinação. .......14
Discurso direto e discurso indireto. A frase e sua construção. A oração e seus termos...................................19
Classe, estrutura e formação de palavras....................................................................................................................22
Concordância verbal e nominal. ....................................................................................................................................54
Regência verbal. ................................................................................................................................................................58
A variação gramatical na iversidade da língua...........................................................................................................62
Pontuação. ..........................................................................................................................................................................65
O sistema ortográfico. .....................................................................................................................................................67
Atualidades
Usinas de Belo Monte e Tucuruí...................................................................................................................................... 1
A Amazônia como manancial de água............................................................................................................................ 3
Questão agrária na Amazônia .......................................................................................................................................... 4
Exploração das riquezas minerais .................................................................................................................................. 5
A nova fronteira agrícola na Amazônia.......................................................................................................................... 5
Desenvolvimento do oeste paraense e as reservas indígenas.................................................................................. 8
Movimentos sociais na Amazônia ................................................................................................................................... 9
A pecuária no Pará............................................................................................................................................................10
Lei Kandir e seus impactos na economia paraense...................................................................................................11
Aspectos econômicos e sociais dos principais municípios do Pará: Belém, Ananindeua, Castanhal, Tucuruí,
Marabá, Altamira, Santarém e Breves................................................................................................................................12
Ecologia: Impactos ambientais, reservas e parques ecológicos.............................................................................20
Transportes do Estado do Pará: Rodoviário, aeroviário, fluviais ..........................................................................22
Questões..............................................................................................................................................................................23
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2. Noções de Direito Constitucional
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Direitos e deveres fundamentais: direitos e deveres individuais, coletivos,
sociais; direito à nacionalidade e a cidadania e direitos políticos; garantias constitucionais....................................1
Dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. ................................................................................ 32
Defesa do Estado e das instituições democráticas.............................................................................................................. 32
Da segurança pública....................................................................................................................................................................... 36
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL – Da administração pública. ................................................................................................ 41
Do Governador e do Vice-governador...................................................................................................................................... 45
Da segurança pública....................................................................................................................................................................... 47
Da ordem econômica e do meio ambiente.............................................................................................................................. 48
Noções de Direito Administrativos
Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes e organização; natureza, fins e
princípios.................................................................................................................................................................................... 1
Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios................................................................................................. 7
Administração direta e indireta.....................................................................................................................................10
Agentes públicos: espécies e classificação; poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função
públicos; responsabilidade civil, criminal e administrativa.........................................................................................15
Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso
e abuso do poder.....................................................................................................................................................................21
Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; extinção, desfazimento e sanatório; classificação,
espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade .........................................................................................26
Noções de Direito Penal
A lei penal no tempo, A lei penal no espaço. .............................................................................................................................1
Infração penal: elementos, espécies, sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal..........................................9
Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade. Excludentes de ilicitude e de culpabilidade.
Imputabilidade penal............................................................................................................................................................................. 11
Concurso de pessoas........................................................................................................................................................................ 30
Crimes contra a pessoa................................................................................................................................................................... 34
Crimes contra o patrimônio.......................................................................................................................................................... 58
Crimes contra a Administração Pública................................................................................................................................... 80
Abuso de autoridade (Lei n° 4.898/65)................................................................................................................................ 108
Noções de Direito Processual Penal
Inquérito policial, notitias criminis................................................................................................................................. 1
Ação penal, espécies........................................................................................................................................................... 8
Jurisdição, competência...................................................................................................................................................16
Prova (artigos 158 a 184 do CPP). ................................................................................................................................23
Prisão em flagrante. Prisão preventiva. Prisão temporária (Lei n° 17.960/89). ...............................................30
Lei 9.099/95.......................................................................................................................................................................39
Processos dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos;...............................................................45
Habeas Corpus. .................................................................................................................................................................47
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3. Noções de Direito Penal Militar
Aplicação da lei penal militar, crime, imputabilidade penal, concurso de agentes, penas, ação penal,
extinção da punibilidade. ....................................................................................................................................................... 1
Crimes militares em tempos de paz: crimes contra a segurança externa do país, crimes contra a
autoridade ou disciplina militar, crimes contra o serviço militar e o dever militar, crimes contra a pessoa,
crimes contra o patrimônio, crimes contra a incolumidade pública, crimes contra a administração militar;
crimes contra a administração da justiça militar............................................................................................................12
Noções de Direito Processual Penal Militar
Polícia judiciária militar .................................................................................................................................................... 1
Inquérito policial militar ................................................................................................................................................... 1
Ação penal militar e seu exercício................................................................................................................................... 4
Juiz, auxiliares e partes do processo............................................................................................................................... 4
Denúncia ............................................................................................................................................................................... 8
Competência da justiça militar estadual........................................................................................................................ 8
Medidas preventivas e assecuratórias.........................................................................................................................13
Processo de deserção de oficial e de praças ...............................................................................................................21
Processo de crime de insubmissão ...............................................................................................................................23
Habeas Corpus. .................................................................................................................................................................24
Direito Humanos
Direito Internacional e Direitos Humanos;................................................................................................................... 1
Declaração Universal dos Direitos Humanos; .............................................................................................................. 4
Pacto de São José da Costa Rica;....................................................................................................................................11
Portaria interministerial (Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República) no- 4.226, de 31 de dezembro de 2010. ......................................................................................................27
Legislação Relacionada à Polícia Militar do Pará
Lei Estadual 5.251/85 e alterações................................................................................................................................. 1
Lei Complementar Estadual nº 053/06 e alterações................................................................................................18
Lei Estadual 6.833/2006.................................................................................................................................................31
Decreto-lei 667/69...........................................................................................................................................................56
Decreto Federal nº 88.777/83 .............................................................................................................59
Redação
A redação tem como objetivo avaliar a competência textual do candidato por meio da produção de um
texto escrito sobre um determinado tema. O candidato deverá ser capaz de construir um texto que
apresente: 1. fidelidade ao tema e ao comando, 2. organização/sequenciação coerente de ideias, 3. registro
de língua adequado ao gênero solicitado e ao efeito de sentido pretendido, 4. domínio das regras de escrita e
da norma culta........................................................................................................................................................................... 1
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4. A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina,
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira
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O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada,
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que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação.
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7. 1Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
LEITURA: Apreensão dos sentidos
de um texto.
Interpretação de texto
Comumente encontrarmos pessoas que se queixam de que
não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas
se acham incapazes de resolver questões sobre compreensão e
interpretação de textos.
É preciso ler com muita atenção, reler, e na hora de examinar
cada alternativa, voltar aos trechos citados para responder com
muita confiança.
Entender as técnicas de compreensão e interpretação de
textos, além de ser importante para responder as questões
específicas, é fundamental para que você compreenda o
enunciado das questões de atualidades, de matemática, de
direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos,
embora tenham bastante conhecimentos das matérias que caem
nas provas, erram nas questões, simplesmente porque não
entendem o que a banca examinadora está pedindo.
As questões de compreensão e interpretação de textos vêm
ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir
de textos que as questões normalmente cobram a aplicação
das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia.
Por isso é cada vez mais importante observar os comandos das
questões. Normalmente o candidato é convidado a:
identificar: Reconhecer elementos fundamentais
apresentados no texto.
comparar: Descobrir as relações de semelhanças ou de
diferenças entre situações apresentadas no texto.
comentar: Relacionar o conteúdo apresentado com uma
realidade, opinando a respeito.
resumir: Concentrar as ideias centrais em um só parágrafo.
parafrasear: Reescrever o texto com outras palavras.
continuar: Dar continuidade ao texto apresentado,
mantendo a mesma linha temática.
Por isso, são condições básicas para o candidato fazer uma
correta interpretação de textos: o conhecimento histórico (aí
incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e
semântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos,
parônimos, sinônimos, denotação, conotação), e a capacidade
de observação, de síntese e de raciocínio.
Fonte: http://www.gramaticaparaconcursos.com/2014/03/
compreensao-e-interpretacao-de-textos.html
Dicas para melhorar a interpretação de textos
A dificuldade na compreensão e interpretação de textos
deve-se a falta do habito da leitura. Desenvolva o habito da
leitura. Estabeleça uma meta de ler, pelo menos, um livro por
mês. Leia o que você mais gosta. Veja as dicas:
1: Não se assuste com o tamanho do texto.
2: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
assunto principal. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela.
Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu
funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a
nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler
não faz diferença.
3: Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
leitura, vá até o fim, ininterruptamente.
4: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa. É
preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as
questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira
leitura deve ser do tipo informativa, isto é, você deverá buscar
as palavras mais importantes de cada parágrafo que constituem
as palavras-chave do texto em torno das quais as outras se
organizam para dar significação e produzirem sentido. Já na
segundaleitura,dotipointerpretativa,vocêdeverácompreender,
analisar e sintetizar as informações do texto.
5: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes),
sutileza, malícia nas entrelinhas. Atenção ao que se pede. Às
vezes, a interpretação está voltada a uma linha do texto e por
isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma.
Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do texto.
6: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as
palavras desconhecidas do texto.
7: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o significado
das palavras que você sublinhou no texto.
8: Voltar ao texto quantas vezes precisar.
9: Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
autor.
10: Partir o texto em pedaços (parágrafos ou partes) para
melhor compreensão.
11: Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do
texto correspondente.
12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta,
incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras;
palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam
a entender o que se perguntou e o que se pediu.
13: Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar
a mais exata ou a mais completa.
14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um
fundamento de lógica objetiva.
15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela
resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do
texto.
16: Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras
denuncia a resposta.
17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas
pelo autor, definindo o tema e a mensagem.
18: O autor defende ideias e você deve percebê-las.
19: Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são
importantíssimos na interpretação do texto.
20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura
de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento
léxico, é fazer palavras cruzadas.
21: Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas.
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8. 2Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Fonte: http://canaldoensino.com.br/blog/21-dicas-para-estudar-
interpretacao-de-textos
Questões
( Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vunesp)
O uso da bicicleta no Brasil
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que
oferecem mais vantagens.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e
prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha;
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão
espalhadas em pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte,
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas,
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes,
discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de
locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido
incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela
maioria dos moradores.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
demais meios de transporte.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
arriscada e pouco salutar.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos
objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é
mais seguro do que dirigir um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de
locomoção se consolidou no Brasil.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve
dar prioridade ao pedestre.
03. (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP –
Vunesp) Considere o cartum de Evandro Alves.
Afogado no Trânsito
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
Televisão
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br.
Adaptado)
É correto concluir que, de acordo com o cartum,
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou
pela TV são equivalentes.
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação
mais ativa.
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém
que não sabe se distrair.
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir
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9. 3Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
a um programa de televisão.
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo
idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
(Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp) Leia
o texto para responder às questões:
Propensão à ira de trânsito
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas.
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas
também se engajam num comportamento de risco – algumas até
agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir
que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um
motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos.
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos
em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de
dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o
Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não
são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças
aprendem que as regras normais em relação ao comportamento
e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas
podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa
ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em
alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar
a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de
frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira
de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um
incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está
predisposta a apresentar um comportamento irracional quando
dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que
deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado
emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver
tentado a agir só com a emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/
furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é
correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto
comunitário do ato de dirigir.
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é
o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção
agressiva.
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de
experiências e atividades não só individuais como também
sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das
emoções positivas por parte dos motoristas.
Respostas
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
Coesão e coerências textuais.
Coerência e Coesão
Não basta conhecer o conteúdo das partes de um trabalho:
introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de saber o que
se deve (e o que não se deve) escrever em cada parte constituinte
do texto, é preciso saber escrever obedecendo às normas de
coerência e coesão. Antes de tudo, é necessário definir os termos:
coerência diz respeito à articulação do texto, à compatibilidade
das ideias, à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão referese
à expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas frasais
e ao emprego do vocabulário.
Coerência e coesão relacionamse com o processo de
produção e compreensão do texto, a coesão contribui para
a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta
coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente
coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em outras
palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem construído,
com frases bem estruturadas, vocabulário correto, mas
apresentar ideias disparatadas, sem nexo, sem uma sequência
lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um texto
pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas, sem que no
plano da expressão, as estruturas frasais sejam gramaticalmente
aceitáveis: há coerência, mas não coesão.
Na obra de Oswald de Andrade, por exemplo, encontramse
textoscoerentessemcoesão,outextoscoesos,massemcoerência.
Em Carlos Drummond de Andrade, há inúmeros exemplos de
textos coerentes, sem coesão gramatical no plano sintático. A
linguagem literária admite essas liberdades, o que não vem ao
caso, pois na linguagem acadêmica, referencial, a obediência às
normas de coerência e coesão são obrigatórias. Ainda assim,
para melhor esclarecimento do assunto, apresentamse exemplos
de coerência sem coesão e coesão sem coerência:
“Cidadezinha Qualquer”
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar:
Um homem vai devagar
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar
Devagar.. as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.”
(Andrade, 1973, p. 67)
Apesar da aparente falta de nexo, percebese nitidamente
a descrição de uma cidadezinha do interior: a paisagem rural,
o estilo de vida sossegado, o hábito de bisbilhotar, de vigiar
das janelas tudo o que se passa lá fora. No plano sintático, a
primeira estrofe contém apenas frases ou sintagmas nominais
(cantar pode ser verbo ou substantivo os meu cantares = as
minhas canções); as demais, não apresentam coesão uma frase
não se relaciona com outra, mas, pela forma de apresentação,
colaboram para a coerência do texto.
“Do outro lado da parede”
Meu laço de botina.
Recebi a tua comunicação, escrita do beiral da viragem
sempieterna. Foi um tiro no alvo do coração, se bem que ele já
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10. 4Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
esteja treinado.
A culpa de tudo quem temna é esse bandido desse coronel do
Exército Brasileiro que nos inflicitou.
Reflete antes de te matares! Reflete Joaninha. Principalmente
se ainda é tempo! És uma tarada.
Quando te conheci, Chez Hippolyte querias falecer dia e noite.
Enfim, adeus.
Nunca te esquecerei. Never more! Como dizem os corvos.”
João da Slavonia
(Andrade, O., 1971, p. 201202)
Embora as frases sejam sintaticamente coesas, notase que,
neste texto, não há coerência, não se observa uma linha lógica
de raciocínio na expressão das ideias. Percebese vagamente
que a personagem João Slavonia teria recebido uma mensagem
de Joaninha (Recebi a tua comunicação), ameaçando cometer
suicídio (Reflete antes de te matares!). A última frase contém
uma alusão ao poema “O corvo”, de Edgar Alan Poe.
A respeito das relações entre coerência e coesão, Guimarães
diz:
“O exposto autorizanos a seguinte conclusão: ainda que
distinguiveis (a coesão diz respeito aos modos de interconexão
dos componentes textuais, a coerência referese aos modos como
os elementos subjacentes à superfície textual tecem a rede do
sentido), tratase de dois aspectos de um mesmo fenômeno a
coesão funcionando como efeito da coerência, ambas cúmplices
no processamento da articulação do texto.”
A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela
hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem origem
nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo de
cada pessoa, aliada à competência linguística, que permitirá a
expressão das ideias percebidas e organizadas, no processo de
codificação referido na página... Deduzse daí que é difícil, senão
impossível, ensinar coerência textual, intimamente ligada à
visão de mundo, à origem das ideias no pensamento. A coesão,
porém, referese à expressão linguística, aos processos sintáticos
e gramaticais do texto.
O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão:
Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de um
texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada
relação semântica, que se manifesta na compatibilidade entre as
ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma
coisa bate com outra”).
Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo do
texto, numa linha de sequência e com os quais se estabelece um
vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via
gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do
vocabulário, tem-se a coesão lexical.
Coerência
- assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;
- situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão
conceitual;
- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo,
com o aspecto global do texto;
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
Coesão
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
- situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial;
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
componentes do texto;
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das
frases.
Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibilidade ou
compreensão do texto. Um texto bem redigido tem parágrafos
bem estruturados e articulados pelo encadeamento das ideias
neles contidas. As estruturas frasais devem ser coerentes
e gramaticalmente corretas, no que respeita à sintaxe. O
vocabulário precisa ser adequado e essa adequação só se
consegue pelo conhecimento dos significados possíveis de
cada palavra. Talvez os erros mais comuns de redaçao sejam
devidos à impropriedade do vocabulário e ao mau emprego
dos conectivos (conjunções, que têm por função ligar uma frase
ou período a outro). Eis alguns exemplos de impropriedade do
vocabulário, colhidos em redações sobre censura e os meios de
comunicação e outras.
“Nosso direito é frisado na Constituição.”
Nosso direito é assegurado pela Constituição.
“Estabelecer os limites as quais a programação deveria estar
exposta.”
Estabelecer os limites aos quais a programação deveria
estar sujeita.
“A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.”
A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias
sensacionalistas ou punir os meios de comunicação que
veiculam tais notícias.
“Retomada das rédeas da programação.”
Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no que diz
respeito a programação.
“Os meios de comunicação estão sendo apelativos,
vulgarizando e deteriorando indivíduos.”
Os meios de comunicação estão recorrendo a expedientes
grosseiros vulgarizando o nível dos programas e desrespeitando
os telespectadores.
“A discussão deste assunto é inerente à sociedade.”
A discussão deste assunto é tarefa da sociedade (compete à
sociedade).
“Na verdade, daquele autor eles pegaram apenas a
nomenclatura...”
Na verdade, daquele autor eles adotaram (utilizaram)
apenas a nomenclatura...
“A ordem e forma de apresentação dos elementos das
referências bibliográficas são mostradas na NBR 6023 da ABNT”
(são regulamentadas pela NBR 6023 da ABNT).
O emprego de vocabulário inadequado prejudica muitas
vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redigir,
empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo
enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conhecimentos
linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o significado de
determinada palavra, mas não sabe empregála adequadamente,
isso ocorre frequentemente com o emprego dos conectivos
(preposições e conjunções). Não basta saber que as preposições
ligam nomes ou sintagmas nominais no interior das frases e
que as conjunções ligam frases dentro do período; é necessário
empregar adequadamente tanto umas como outras. É bem
verdade que, na maioria das vezes, o emprego inadequado dos
conectivos remete aos problemas de regência verbal e nominal.
Exemplos:
“Coação aos meios de comunicação” tem o sentido de atuar
contra os meios de comunicação; os meios de comunicação sofrem
a ação verbal, são coagidos.
“Coação dos meios de comunicação” significa que os meios de
comunicação é que exercem a ação de coagir.
“Estar inteirada com os fatos” significa participação,
interação.
“Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento dos
fatos, estar informada.
Apostila Digital Licenciada para Manoel Sócrates Costa Lever - socrates_lever@hotmail.com (Proibida a Revenda)
11. 5Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
“Ir de encontro” significa divergir, não concordar.
“Ir ao encontro” quer dizer concordar.
“Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de ideias”
significa a liberdade não é ameaça;
“Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de ideias”,
isto é, a liberdade fica ameaçada.
“A princípio” indica um fato anterior (A princípio, ela aceitava
as desculpas que Mário lhe dava, mas depois deixou de acreditar
nele).
“Em princípio” indica um fato de certeza provisória (Em
princípio, faremos a reunião na quartafeira quer dizer que a
reunião será na quarta-feira, se todos concordarem, se houver
possibilidade, porém admite a ideia de mudar a data).
“Por princípio” indica crença ou convicção (Por princípio, sou
contra o racismo).
Quanto à regência verbal, convém sempre consultar um
dicionário de verbos e regimes, pois muitos verbos admitem
duas ou três regências diferentes; cada uma, porém, tem um
significado específico. Lembrese, a propósito, de que as dúvidas
sobre o emprego da crase decorrem do fato de considerarse
crase como sinal de acentuação apenas, quando o problema
referese à regencia nominal e verbal.
Exemplos:
O verbo assistir admite duas regências:
assistir o/a (transitivo direto) significa dar ou prestar
assistência (O médico assiste o doente):
Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti ao
jogo da seleção).
Inteirar o/a (transitivo direto) significa completar (Inteirei o
dinheiro do presente).
Inteirar do (transitivo direto e indireto), significa informar
alguém de..., tomar ou dar conhecimento de algo para alguém
(Quero inteirála dos fatos ocorridos...).
Pedir o (transitivo direto) significa solicitar, pleitear (Pedi o
jornal do dia).
Pedir que contém uma ordem (A professora pediu que
fizessem silêncio).
Pedir para pedir permissão (Pediu para sair da classe);
significa também pedir em favor de alguém (A Diretora pediu
ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos, pedir algo a
alguém (para si): (Pediu ao colega para ajudálo); pode significar
ainda exigir, reclamar (Os professores pedem aumento de
salário).
O mau emprego dos pronomes relativos também pode levar
à falta de coesão gramatical. Frequentemente, empregase no
qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo da clareza do
texto; outras vezes, o emprego é desnecessário ou inadequado.
Barbosa e Amaral (colaboradora) apresentam os seguintes
exemplos:
“Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para mim
no qual estava sem remetente”. (Chegou com um envelope que (o
qual) estava sem remetente).
“Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da
sensibilidade...”
Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade delas
(palavras cheias de sensibilidade).
“Dentro do envelope havia apenas um papel em branco onde
atribui muitos significados”: havia apenas um papel em branco
ao qual atribui muitos significados (onde significa lugar no qual).
“Havia recebido um envelope em meu nome e que não portava
destinatário, apesar que em seu conteúdo havia uma folha em
branco. ( .. )”
Não se emprega apesar que, mas apesar de. E mais: apesar de
não ligar corretamente as duas frases, não faz sentido, as frases
deveriam ser coordenadas por e: não portava destinatário e em
seu interior havia uma folha ou: havia recebido um envelope em
meu nome, que não portava destinatário, cujo conteúdo era uma
folha em branco.
Essas e outras frases foram observadas em redações, quando
foi proposto o seguinte tema:
“Imagine a seguinte situação:
hoje você está completando dezoito anos.
Nesta data, você recebe pelo correio uma folha de papel em
branco, num envelope em seu nome, sem indicação do remetente.
Além disso, você ganha de presente um retrato seu e um disco.
Reflita sobre essa situação.
A partir da reflexão feita, redija um texto em prosa, sem
ultrapassar o espaço reservado para redação no caderno de
respostas.”
Como de costume, muito se comentou, até nos jornais da
época, a falta de coerência, as frases sem clareza, pelo mau
emprego dos conectivos, como as seguintes:
“Primeiramente achei gozado aqueles dois presentes, pois
concluo que nunca deveria esquecer minha infância.”
Há falta de nexo entre as duas frases, pois uma não é
conclusão da outra, nem ao menos estão relacionadas e gozado
deveria ser substituído por engraçado ou estranho.
“A folha pode estar amarrada num cesto de lixo mas o disco
repete sempre a mesma música.”
A primeira frase não tem sentido e a segunda não se
relaciona com a primeira. O conectivo “mas” deveria sugerir
ideia de oposição, o que não ocorre no exemplo anterior. Não se
percebe relação entre “o disco repete sempre a mesma música” e
a primeira frase.
“Mas, ao abrir a porta, era apenas o correio no qual viera
trazerme uma encomenda.”
Observase o emprego de no qual por o qual, melhor ainda
ficaria que, simplesmente: era apenas o correio que viera
trazerme uma encomenda.
Poroutrolado,nãomereceramcomentáriosnemapareceram
nos jornais boas redações como a que se segue:
“A vida hoje me cumprimentou, mandoume minha fotografia
de garoto, com olhos em expectativa admirando o mundo. Este
mundo sem respostas para os meus dezoito anos. Mundo carta
sem remetente, carta interrogativa para moço que aguarda o
futuro, saboreando o fruto do amanhã.
Recebi um disco, também, cuja música tem a sonoridade de
passos marchando para o futuro, ao som de melodias de cirandas
esquecidas do meninomoço de outrora, e do moçohomem de hoje,
que completa dezoito anos.
Sou agora a certeza de uma resposta à carta sem remetente
que me comunica a vida. Vejo, na fotografia de mim mesmo, o
homem que enfrentará a vida, que colherá com seu amor à luta e
com seu espírito ambicioso, os frutos do destino.
E a música dos passosfuturos na cadência do menino que
deixou de ser, está o ritmo da vitória sobre as dificuldades, a minha
consagração futura do homem, que vencerá o destino e será uma
afirmação dentro da sociedade.” C. G.
Exemplo de: (Fonseca, 1981, p. 178)
Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação das
frases, aconselhase levar em conta as seguintes sugestões para
o emprego correto dos articuladores sintáticos (conjunções,
preposições, locuções prepositivas e locuções conjuntivas).
Para dar ideia de oposição ou contradição, a articulação
sintática se faz por meio de conjunções adversativas: mas, porém,
todavia, contudo, no entanto, entretanto (nunca no entretanto).
Podem também ser empregadas as conjunções concessivas e
locuções prepositivas para introduzir a ideia de oposição aliada
à concessão: embora, ou muito embora, apesar de, ainda que,
conquanto, posto que, a despeito de, não obstante.
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12. 6Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
A articulação sintática de causa pode ser feita por meio
de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como, por
isso que, visto que, uma vez que, já que. Também podem ser
empregadas as preposições e locuções prepositivas: por, por
causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência
de, por motivo de, por razões de.
O principal articulador sintático de condição é o “se”: Se o
time ganhar esse jogo, será campeão. Podese também expressar
condição pelo emprego dos conectivos: caso, contanto que, desde
que, a menos que, a não ser que.
O emprego da preposição “para” é a maneira mais comum de
expressar finalidade. “É necessário baixar as taxas de juros para
que a economia se estabilize” ou para a economia se estabilizar.
“Teresa vai estudar bastante para fazer boa prova.” Há outros
articuladores que expressam finalidade: afim de, com o propósito
de, na finalidade de, com a intenção de, com o objetivo de, com o
fito de, com o intuito de.
A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio dos
articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, pois, por
isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. Para introduzir
mais um argumento a favor de determinada conclusão
empregase ainda. Os articuladores, aliás, além do mais, além
disso, além de tudo, introduzem um argumento decisivo, cabal,
apresentado como um acréscimo, para justificar de forma
incontestável o argumento contrário.
Para introduzir esclarecimentos, retificações ou
desenvolvimento do que foi dito empregamse os articuladores:
isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A conjunção
aditiva “e” anuncia não a repetição, mas o desenvolvimento do
discurso, pois acrescenta uma informação nova, um dado novo,
e se não acrescentar nada, é pura repetição e deve ser evitada.
Alguns articuladores servem para estabelecer uma gradação
entre os correspondentes de determinada escala. No alto dessa
escala achamse: mesmo, até, até mesmo; outros situamse no
plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no mínimo.
Questões
1. (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014). Assinale
a alternativa que preserva as relações morfossintáticas e
semânticas do período “Diante de sua rápida adaptação ao
solo e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado,
transformando-se em um dos principais itens de exportação,
desde o Império até os dias atuais.” (linhas de 3 a 6).
(A) Em face de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o
produto adquiriu importância no mercado, porém transformou-
se em um dos principais itens de exportação, desde o Império
até os dias atuais.
(B) O produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo
e ao clima, adquiriu importância no mercado e transformou-se
em um dos principais itens de exportação, desde o Império até
os dias atuais.
(C) O produto, por sua rápida adaptação ao solo e ao clima,
adquiriu importância no mercado, todavia, desde o Império até
os dias atuais, transformou-se, consequentemente, em um dos
principais itens de exportação.
(D) Face sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto
adquiriu importância no mercado, e, conquanto, transformou-se
em um dos principais itens de exportação, desde o Império até
os dias atuais.
(E) O produto transformou-se, desde o Império até os dias
atuais, em um dos principais itens de exportação por que sua
adaptação ao solo e ao clima foi rápida.
2. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014). Leia o
trecho do primeiro parágrafo para responder à questão.
Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês
meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos
trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e
gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para
ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém
empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”.
Os termos muito e bem, em destaque, atribuem aos termos
aos quais se subordinam sentido de:
(A) comparação.
(B) intensidade.
(C) igualdade.
(D) dúvida.
(E) quantidade.
3. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014).
Assinale a alternativa em que a seguinte passagem – Mas o
vento foi mais ágil e o papel se perdeu. (terceiro parágrafo) –
está reescrita com o acréscimo de um termo que estabelece uma
relação de conclusão, consequência, entre as orações.
(A) mas o vento foi mais ágil e, contudo, o papel se perdeu.
(B) mas o vento foi mais ágil e, assim, o papel se perdeu.
(C) mas o vento foi mais ágil e, todavia, o papel se perdeu
(D) mas o vento foi mais ágil e, entretanto, o papel se perdeu.
(E) mas o vento foi mais ágil e, porém, o papel se perdeu.
4. (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA –
UPENET/2014). Observe o fragmento de texto abaixo:
“Mas o que fazer quando o conteúdo não é lembrado
justamente na hora da prova?”
Sobre ele, analise as afirmativas abaixo:
I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordinativa
e, nesse contexto, pode ser substituído por “desde que”.
II. Classifica-se o termo “quando” como conjunção
subordinativa que exprime circunstância temporal.
III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra
“conteúdo”.
IV. Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras
invariáveis, classificadas como substantivos.
Está CORRETO apenas o que se afirma em:
(A) I e III.
(B) II e IV.
(C) I e IV.
(D) II e III.
(E) I e II.
5. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE
AMBULÂNCIA – FGV/2014).
Dificuldades no combate à dengue
A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São
Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da
doença, segundo dados da Prefeitura.
As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe
um protocolo para identificar os focos de reprodução do
mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas
quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem
isso que acontece.
(Saúde Uol).
“Só este ano...” O ano a que a reportagem se refere é o ano
(A) em que apareceu a dengue pela primeira vez.
(B) em que o texto foi produzido.
(C) em que o leitor vai ler a reportagem.
(D) em que a dengue foi extinta na cidade de São Paulo.
(E) em que começaram a ser registrados os casos da doença.
6. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE
AMBULÂNCIA – FGV/2014). “Se uma dupla com roupas que
parecem de astronauta tocar a campainha da sua casa, não se
assuste.”
Nesse texto, o termo sublinhado tem por antecedente ou se
refere a:
(A) dupla.
(B) astronauta.
(C) campainha.
(D) roupas.
(E) casa.
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13. 7Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
7.(CEFET/RJ-REVISORDETEXTOS–CESGRANRIO/2014).
Em qual dos períodos abaixo, a troca de posição entre a palavra
sublinhada e o substantivo a que se refere mantém o sentido?
(A) Algum autor desejava a minha opinião sobre o seu
trabalho.
(B) O mesmo porteiro me entregou o pacote na recepção do
hotel.
(C) Meu pai procurou uma certa pessoa para me entregar o
embrulho.
(D) Contar histórias é uma prazerosa forma de aproximar os
indivíduos.
(E) Grandes poemas épicos servem para perpetuar a cultura
de um povo.
8. (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO
– VUNESP/2014 - adaptada). Leia o seguinte trecho do texto
para responder à questão.
Se as pessoas insistem em ignorar as conclusões de tais
estudiosos e não se importam de reduzir suas mentes à condição
de apêndice de um aparelho, talvez se assustem ao saber que
o smartphone também as atinge em algo que ainda devem
valorizar: o corpo.
O pronome as, em destaque no trecho, retoma a seguinte
expressão:
(A) as pessoas.
(B) as conclusões.
(C) tais estudiosos.
(D) apêndice de um aparelho.
(E) o smartphone.
9. (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO
– FCC/2014 - adaptada). Atenção: Leia o texto abaixo para
responder à questão de número 9.
O criador da mais conhecida e celebrada canção sertaneja,
Tristeza do Jeca (1918), não era, como se poderia esperar,
um sofredor habitante do campo, mas o dentista, escrivão de
polícia e dono de loja Angelino Oliveira. Gravada por “caipiras” e
“sertanejos”, nos “bons tempos do cururu autêntico”, assim como
nos “tempos modernos da música ‘americanizada’ dos rodeios”,
Tristeza do Jeca é o grande exemplo da notável, embora pouco
conhecida, fluidez que marca a transição entre os meios rural e
urbano, pelo menos em termos de música brasileira.
Num tempo em que homem só cantava em tom maior e
voz grave, o Jeca surge humilde e sem vergonha alguma da sua
“falta de masculinidade”, choroso, melancólico, lamentando não
poder voltar ao passado e, assim, “cada toada representa uma
saudade”. O Jeca de Oliveira não se interessa pelo meio rural da
miséria, das catástrofes naturais, mas pelo íntimo e sentimental,
e foi nesse seu tom que a música, caipira ou sertaneja, ganhou
forma.
“A canção popular conserva profunda nostalgia da roça.
Moderna, sofisticada e citadina, essa música foi e é igualmente
roceira, matuta, acanhada, rústica e sem trato com a área urbana,
de tal forma que, em todas essas composições, haja sempre a
voz exemplar do migrante, a qual se faz ouvir para registrar uma
situação de desenraizamento, de dependência e falta”, analisa a
cientista política Heloísa Starling.
Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira: “foi entre
1902 e 1960 que a música sertaneja surgiu como um campo
específico no interior da MPB. Mas, se num período inicial, até
1930,‘sertanejo’indicavaindistintamenteasmúsicasproduzidas
no interior do país, tendo como referência o Nordeste, a partir
dos anos de 1930, ‘sertanejo’ passou a significar o caipira do
Centro-Sul. E, pouco mais tarde, de São Paulo. Assim, se Jararaca
e Ratinho, ícones da passagem do sertanejo nordestino para o
‘caipira’, trabalhavam no Rio, as duplas dos anos 1940, como
Tonico e Tinoco, trabalhariam em São Paulo”.
(Adaptado de: HAAG, Carlos. “Saudades do Jeca no século
XXI”. In: Revista Fapesp, outubro de 2009, p. 80-5.)
Os pronomes “que” (1º parágrafo), “sua” (2º parágrafo) e “a
qual” (3º parágrafo), referem-se, respectivamente, a:
(A) exemplo − Jeca − composições
(B) fluidez − Jeca − voz exemplar do migrante
(C) Tristeza do Jeca − homem − canção popular
(D) exemplo − homem − voz exemplar do migrante
(E) fluidez − homem − canção popular
10. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM
BIBLIOTECONOMIA – FGV/2014). “se você quiser ir mais
longe”; a única forma dessa frase que NÃO apresenta um
equivalente semântico corretamente expresso é
(A) caso você queira ir mais longe.
(B) na hipótese de você querer ir mais longe.
(C) no caso de você querer ir mais longe.
(D) desde que você queira ir mais longe.
(E) conquanto você queira ir mais longe.
Respostas
1. (B)
O item que reproduz o enunciado de maneira adequada é: O
produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo e ao clima,
adquiriu importância no mercado e transformou-se em um dos
principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais.
2. (B)
Muito interessantes / bem difícil = ambos os advérbios
mantêmrelaçãocomadjetivos,dando-lhesnoçãodeintensidade.
3. (B)
Nas alternativas A, C, D e E são apresentadas conjunções
adversativas – que nos dão ideia contrária à apresentada
anteriormente; já na B, temos uma conjunção conclusiva (assim).
4. (D)
I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordinativa
= é conjunção coordenativa adversativa
II. Classifica-se o termo “quando” como conjunção
subordinativa que exprime circunstância temporal = correta
III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra
“conteúdo” = correta
IV. “Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras
invariáveis, classificadas como substantivos = são substantivos,
mas variáveis (conteúdos, horas e provas. Lembrando que
“prova” e “provas” podem ser verbo: Ele prova todos os doces!
Tu provas também?)
5. (B)
O ano em questão corresponde ao ano em que foi feita a
matéria.
6. (D)
Questão fácil: o pronome relativo retoma o termo “roupas”.
7. (D)
Farei a inversão para facilitar sua compreensão:
A) autor algum desejava a minha opinião sobre o seu
trabalho – mudamos o sentido da oração
B) O porteiro mesmo me entregou o pacote na recepção do
hotel – mudança de sentido
C) Meu pai procurou uma pessoa certa para me entregar o
embrulho – houve mudança
D) Contar histórias é uma forma prazerosa de aproximar os
indivíduos – mesmo sentido!
E) Poemas grandes épicos servem para perpetuar a cultura
de um povo – mudança de sentido
8. (A)
O termo destacado refere-se à palavra “pessoas”.
9. (B)
Recorramos ao texto: “que” (1º parágrafo) = fluidez que
marca / “sua” (2º parágrafo) = o Jeca surge humilde e sem
vergonha alguma da sua “falta de masculinidade” / “a qual” (3º
parágrafo) = haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se
faz ouvir.
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14. 8Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Obtivemos: fluidez / Jeca / a voz exemplar do migrante.
10. (E)
Conquanto = conjunção utilizada para relacionar duas
orações, sendo que a oração subordinada contém um fato
contrário ao que foi afirmado na oração principal; embora, se
bem que: Continuou trabalhando, conquanto exausto. Aparenta
riqueza, conquanto seja pobre.
(fonte: http://www.dicio.com.br/conquanto/)
GRAMÁTICA: Estrutura e
organização de textos.
Tipologia Textual
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor
que também é transmitida através de figuras, impregnado
de subjetivismo. Ex: um romance, um conto, uma poesia...
(Conotação, Figurado, Subjetivo, Pessoal).
Texto Não-Literário: preocupa-se em transmitir uma
mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma
notícia de jornal, uma bula de medicamento. (Denotação, Claro,
Objetivo, Informativo).
O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor.
Nesse tipo textual, não se faz a defesa de uma ideia. Exemplos
de textos explicativos são os encontrados em manuais de
instruções.
Informativo: Tem a função de informar o leitor a respeito
de algo ou alguém, é o texto de uma notícia de jornal, de revista,
folhetos informativos, propagandas. Uso da função referencial
da linguagem, 3ª pessoa do singular.
Descrição: Um texto em que se faz um retrato por escrito
de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de
palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua
função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-
se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de
anterioridade e posterioridade. Significa “criar” com palavras a
imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do
objeto ou da personagem a que o texto se refere.
Narração: Modalidade em que se conta um fato, fictício ou
não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo
certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há
uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal
predominante é o passado. Estamos cercados de narrações
desde as que nos contam histórias infantis, como o “Chapeuzinho
Vermelho” ou a “Bela Adormecida”, até as picantes piadas do
cotidiano.
Dissertação: Dissertar é o mesmo que desenvolver ou
explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto
dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos,
juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório,
o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto
dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com
a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto
informativo.
Argumentativo: Os textos argumentativos, ao contrário, têm
por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista
do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar,
também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento,
temos um texto dissertativo-argumentativo.
Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de
solicitação, deliberação informal, discurso de defesa e acusação
(advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados,
editorial.
Exposição: Apresenta informações sobre assuntos, expõe
ideias, explica, avalia, reflete. Estrutura básica; ideia principal;
desenvolvimento; conclusão. Uso de linguagem clara. Ex:
ensaios, artigos científicos, exposições,etc.
Injunção: Indica como realizar uma ação. É também
utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos.
Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua
maioria, empregados no modo imperativo. Há também o uso do
futuro do presente. Ex: Receita de um bolo e manuais.
Diálogo: é uma conversação estabelecida entre duas ou mais
pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e
retomadas.
Entrevista: é uma conversação entre duas ou mais pessoas
(o entrevistador e o entrevistado), na qual perguntas são feitas
pelo entrevistador para obter informação do entrevistado. Os
repórteres entrevistam as suas fontes para obter declarações
que validem as informações apuradas ou que relatem situações
vividas por personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe
uma pauta que contém informações que o ajudarão a construir
a matéria. Além das informações, a pauta sugere o enfoque a ser
trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da
entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações
disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que
será entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas
que levem o entrevistado a fornecer informações novas e
relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para perceber
se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas,
fato que costuma acontecer principalmente com as fontes
oficiais do tema. Por exemplo, quando o repórter vai entrevistar
o presidente de uma instituição pública sobre um problema que
está afetando o fornecimento de serviços à população, ele tende
a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que
considera positivo na instituição. É importante que o repórter
seja insistente. O entrevistador deve conquistar a confiança
do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por ele
dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou
perdendo a objetividade.
As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de
pontuação como o ponto de interrogação, o travessão, aspas,
reticências, parêntese e às vezes colchetes, que servem para dar
ao leitor maior informações que ele supostamente desconhece.
O título da entrevista é um enunciado curto que chama a atenção
doleitoreresumeaideiabásicadaentrevista.Podeestartodoem
letra maiúscula e recebe maior destaque da página. Na maioria
dos casos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O
subtítulo introduz o objetivo principal da entrevista e não vem
seguido de ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque
também. A fotografia do entrevistado aparece normalmente
na primeira página da entrevista e pode estar acompanhada
por uma frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo
entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da
entrevista são chamadas de “olho”.
Crônica: Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um
gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é o deus
grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica,
ou trata de temas da atualidade. Mas não é só isso. Lendo esse
texto, você conhecerá as principais características da crônica,
técnicas de sua redação e terá exemplos.
Uma das mais famosas crônicas da história da literatura luso-
brasileira corresponde à definição de crônica como “narração
histórica”. É a “Carta de Achamento do Brasil”, de Pero Vaz de
Caminha, na qual são narrados ao rei português, D. Manuel, o
descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que
os marinheiros portugueses passaram aqui. Mas trataremos,
sobretudo, da crônica como gênero que comenta assuntos do dia
a dia. Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado
de Assis:
O nascimento da crônica
“Háummeiocertodecomeçaracrônicaporumatrivialidade.
É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando
as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente
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15. 9Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos
atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e
da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a
Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...)”
(Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: Editora
Ática, 1994)
Publicada em jornal ou revista destina-se à leitura diária
ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos. A crônica se
diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação.
Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem,
a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando
aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo,
singular.
O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio,
um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor
é que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê
maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do
mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a
dia comuns nas grandes cidades.
Jornalismo e literatura: É assim que podemos dizer que
a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um
recebe a observação atenta da realidade cotidiana e do outro,
a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são
editadas em livro, para garantir sua durabilidade no tempo.
Questão
Velocidade do metrô supera muito a dos carros em SP
Os trens da Companhia do Metropolitano de São Paulo (metrô)
circulam com velocidade média até quatro vezes maior do
que a dos carros nas ruas da metrópole. No horário de pico da
noite, entre 17h e 20h, os usuários do transporte público sobre
trilhos deslocam-se a 32,4 quilômetros por hora (km/h), em
média. Enquanto isso, os paulistanos que estão atrás do volante
trafegam a 7,6 km/h, quase no ritmo de um pedestre.
Namanhã,entre7he10h,osnúmerossofremalgumasalterações.
O carro melhora seu desempenho e atinge a velocidade de uma
bicicleta, 20,6 km/h. O metrô mantém os 32,4 km/h, conforme
mostram os dados obtidos pelo estado por meio da Lei de
Acesso à Informação. As velocidades dos carros foram medidas
pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) no corredor
modelo da cidade – Avenidas Eusébio Matoso e Rebouças e Rua
da Consolação.
Circulam diariamente pela cidade 4,2 milhões de
carros. O metrô paulistano recebe 4,7 milhões de
passageiros, provenientes de toda a região metropolitana.
Embora o metrô seja mais rápido, muitos paulistanos
preferem usar carro.
Disponível em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/
velocidade-do-metro-upera-muito-a-dos-carros-em-sp>. Acesso em:
7/3/2014, com adaptações.
1. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM
ELETRÔNICA – IADES/2014) Quanto à tipologia, o texto lido é,
predominantemente,
(A) descritivo, pois está voltado apenas para a representação
das características dos trens do metrô e dos carros de São Paulo.
(B) narrativo, pois desenvolve uma sequência de
acontecimentos durante alguns períodos do dia em São Paulo.
(C) dissertativo, pois apresenta e analisa dados sobre a
velocidade dos trens do metrô de São Paulo e a dos carros que
circulam pela metrópole.
(D) narrativo, pois relata episódios sobre os horários de pico
de São Paulo.
(E) dissertativo, pois apresenta e discute uma opinião sobre
a qualidade do serviço prestado pelo metrô de São Paulo.
Resposta
1. Resposta: C
O texto apresenta características da descrição, mas, como é
destacado no enunciado: predomina o dissertativo, analisando
dados que dão ao autor base para argumentação.
Coesão e coerência.
Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de
umtexto,comodescreveMarinaCabral.Percebemostaldefinição
quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases
e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao
outro.
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias
entre as frases e os parágrafos.
Observe a coesão presente no texto a seguir:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a
política agrária do país, porque consideram injusta a atual
distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura
considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-
terra.”
JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional,
2007, p. 566
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do
texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do
texto.
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os
principais são:
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela
coesão do texto, estabelecem a interrelação entre os enunciados
(orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções,
alguns advérbios e locuções adverbiais.
Veja algumas palavras e expressões de transição e seus
respectivos sentidos:
- inicialmente (começo, introdução)
- primeiramente (começo, introdução)
- primeiramente (começo, introdução)
- antes de tudo (começo, introdução)
- desde já (começo, introdução)
- além disso (continuação)
- do mesmo modo (continuação)
- acresce que (continuação)
- ainda por cima (continuação)
- bem como (continuação)
- outrossim (continuação)
- enfim (conclusão)
- dessa forma (conclusão)
- em suma (conclusão)
- nesse sentido (conclusão)
- portanto (conclusão)
- afinal (conclusão)
- logo após (tempo)
- ocasionalmente (tempo)
- posteriormente (tempo)
- atualmente (tempo)
- enquanto isso (tempo)
- imediatamente (tempo)
- não raro (tempo)
- concomitantemente (tempo)
- igualmente (semelhança, conformidade)
- segundo (semelhança, conformidade)
- conforme (semelhança, conformidade)
- assim também (semelhança, conformidade)
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16. 10Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
- de acordo com (semelhança, conformidade)
- daí (causa e consequência)
- por isso (causa e consequência)
- de fato (causa e consequência)
- em virtude de (causa e consequência)
- assim (causa e consequência)
- naturalmente (causa e consequência)
- então (exemplificação, esclarecimento)
- por exemplo (exemplificação, esclarecimento)
- isto é (exemplificação, esclarecimento)
- a saber (exemplificação, esclarecimento)
- em outras palavras (exemplificação, esclarecimento)
- ou seja (exemplificação, esclarecimento)
- quer dizer (exemplificação, esclarecimento)
- rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento).
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso
cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor
qualidade de vida.
- Coesão por referência: existem palavras que têm a função
de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal
resultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar
o objetivo que tanto almejava.
-Coesãoporsubstituição:substituiçãodeumnome(pessoa,
objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do texto por uma
palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a
repetição no corpo do texto.
Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”;
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”;
João Paulo II: Sua Santidade;
Vênus: A Deusa da Beleza.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária.
Não é por acaso que o “Poeta dos Escravos” é considerado o mais
importante da geração a qual representou.
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados
agrupados em conjuntos.
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm
Questões
01. (TJ/RJ – Analista Judiciário – FGV/2014)
Texto 1 – Bem tratada, faz bem
Sérgio Magalhães, O Globo
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O
carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão
cultural que se deu no consumo do tabaco?
Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este
jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o
privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao
transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado
que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso
típico de cidade rodoviária e dispersa.
Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta
geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento
global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente
básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a
poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.)
O transporte também esteve no centro dos protestos de
junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a
moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para
o debate do tema.
“Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.”
Substituindo o termo destacado por uma oração
desenvolvida, a forma correta e adequada seria:
(A) para que se debatesse o tema;
(B) para se debater o tema;
(C) para que se debata o tema;
(D) para debater-se o tema;
(E) para que o tema fosse debatido.
02. (TJ/RJ – Analista Judiciário – FGV/2014)
“A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição
em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”.
A oração em forma desenvolvida que substitui correta e
adequadamente o gerúndio “advertindo” é:
(A) com a advertência de;
(B) quando adverte;
(C) em que adverte;
(D) no qual advertia;
(E) para advertir.
03. (PC/RJ – Papilocopista – IBF/2014)
Texto III - Corrida contra o ebola
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África
Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional,
mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para refrear
o avanço da doença tenham sido eficazes.
Aocontrário,quasemetadedascercade4.000contaminações
registradas neste ano ocorreram nas últimas três semanas,
e as mais de 2.000 mortes atestam a força da enfermidade. A
escalada levou o diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção
de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a epidemia
está fora de controle.
O vírus encontrou ambiente propício para se propagar.
De um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países
afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização
Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade
um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas
localidades afetadas.
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica
por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da entidade
vêm de contribuições compulsórias dos países-membros – o
restante é formado por doações voluntárias.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área,
e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento
bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para comparação, o CDC
dos EUA contou, somente no ano de 2013, com cerca de US$ 6
bilhões.
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis.A agência
passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades globais
crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O departamento
de respostas a epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado
a outros. Muitos profissionais experimentados deixaram seus
cargos.
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para
reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais foram
limitados e mal liderados.
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais
possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS.
Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África
Ocidental, com representantes dos países afetados.
Espera-se também maior comprometimento das potências
mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França,
que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné,
respectivamente.
A comunidade internacional tem diante de si um desafio
enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez.
Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta
a favor da doença.
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17. 11Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/
opiniao/2014/09/1512104-editorial-corrida-contra-o-ebola.shtml:
Acesso em: 08/09/2014)
Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o
referente do termo em destaque.
(A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) –
organização
(B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS
(C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS
(D)“Seusesforçosiniciaisforamlimitados”(7º§)–gravidade
da situação
(E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade
internacional
04. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário –
VUNESP-2014)
Leia o texto para responder a questão.
As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são,
sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma universidade
pública e de qualidade. No vestibular, que é o princípio de
tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo dados do
Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos
convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787,56
pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A diferença
entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ entrevistou
educadores e todos disseram que essa distância é mais do que
razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma disciplina tão
concorrida quanto medicina um coeficiente de apenas 3%
separa os privilegiados, que estudaram em colégios privados,
dos negros e pobres, que frequentaram escolas públicas, então
é justo supor que a diferença mínima pode, perfeitamente, ser
igualada ou superada no decorrer dos cursos. Depende só da
disposição do aluno. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), uma das mais conceituadas do País, os resultados do
último vestibular surpreenderam. “A maior diferença entre
as notas de ingresso de cotistas e não cotistas foi observada
no curso de economia”, diz Ângela Rocha, pró-reitora da UFRJ.
“Mesmo assim, essa distância foi de 11%, o que, estatisticamente,
não é significativo”.
(www.istoe.com.br)
Para responder a questão, considere a passagem – A
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%.
O pronome eles tem como referente:
(A) candidatos convencionais e cotistas.
(B) beneficiados.
(C) dados do Sistema de Seleção Unificada.
(D) dados do Sistema de Seleção Unificada e pontos.
(E) pontos.
05. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário –
VUNESP-2014)
Leia os quadrinhos para responder a questão.
Um enunciado possível em substituição à fala do terceiro
quadrinho, em conformidade com a norma- padrão da língua
portuguesa, é:
(A) Se você ir pelos caminhos da verdade, leve um capacete.
(B) Caso você vá pelos caminhos da verdade, lembra-se de
levar um capacete.
(C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade, leve um
capacete.
(D) Caso você se mantém nos caminhos da verdade, lembre
de levar um capacete.
(E) Ainda que você se mantêm nos caminhos da verdade,
leva um capacete.
Respostas
01. (C) - As orações subordinadas desenvolvidas possuem
conjunção e verbos conjugados em modos e tempos verbais.
Na letra “a” o verbo está num tempo diferente da frase.
Na letra “b” o verbo está no infinitivo o que caracteriza como
oração reduzida.
Na letra “c” a oração apresenta a conjunção “para que” que
exprime finalidade e o verbo está conjugado no tempo correto
da frase.
Na letra “d” não apresenta conjunção.
Na letra “e” o verbo está no particípio caracterizando oração
reduzida.
Portanto, a resposta certa é a letra “c”.
02. (C) - “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a
poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”.
Os verbos acabar e matar contidos na frase estão no
presente do indicativo. Logo, o verbo advertir ficará no presente
do indicativo. EX: eu advirto, tu advertes, ele adverte.
03. (D) - Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a
demora para reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços
iniciais foram limitados e mal liderados.
De quem foram os esforços? Da ONU, pois estes formam
limitados e mal liderados.
04. (A) - “a nota de corte para os candidatos convencionais
a vagas de medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os
cotistas, foi de 761,67 pontos”
A DIFERENÇA ENTRE ELES é de 3%.
eles quem ? (os candidatos convencionais e os cotistas) que
estão postos em relação a diferença de NOTA .
05. (C)
(A) Se você ir (for) pelos caminhos da verdade, leve um
capacete.
(B) Caso você vá pelos caminhos da verdade, lembra-se
(lembre-se) de levar um capacete.
(C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade, leve um
capacete.
(D) Caso você se mantém (mantenha) nos caminhos da
verdade, lembre de levar um capacete.
(D) Ainda que você se mantêm (mantenha) nos caminhos
da verdade, leva (leve) um capacete.
Coerência
A coerência textual não está na superfície do texto: a
construção de sentidos será feita de acordo com o conhecimento
prévio de cada leitor
Quando você se propõe a escrever um texto, certamente se
lembra de quem vai ler, não é verdade? Provavelmente, você
também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados
para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer-
se compreendido, você estabelece alguns padrões mentais que
diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido,
certo?
Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio
básico para uma boa redação, chamado de coerência textual.
Você pode até não conhecer a exata definição desse elemento
da linguística textual, mas possivelmente evita construções
ininteligíveis em sua redação e recorre aos seus conhecimentos
sociocognitivos. A coerência é uma conformidade entre fatos
ou ideias, próprio daquilo que tem nexo, conexão, portanto,
podemos associá-la ao processo de construção de sentidos do
texto e à articulação das ideias. Por serem os sentidos elementos
subjetivos, podemos dizer que a coerência não pode ser
delimitada, pois o leitor é o responsável pela constituição dos
significados do texto.
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18. 12Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
A coerência é imaterial e não está na superfície textual.
Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de
interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um
mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações. Quando
lemos um texto, estamos ao mesmo tempo construindo sua
interpretação, e fazer isso de maneira eficiente está relacionado
com os conhecimentos que já possuímos. Como vamos entender
um texto que trate de química nuclear se não soubermos o que
são os elementos da tabela periódica? Como entender um texto
que fale sobre coerência se não soubermos o básico sobre a
interpretação de textos?
Três princípios básicos são necessários para
compreendermos melhor o que é coerência textual:
1) Princípio da Não Contradição: Um texto deve apresentar
situações ou ideias lógicas que em momento algum se
contradigam;
2) Princípio da Não Tautologia: A tautologia nada mais é
do que um vício de linguagem que repete ideias com palavras
diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão
da informação;
3) Princípio da Relevância: Um texto com informações
fragmentadas torna as ideias incoerentes, ainda que cada
fragmento apresente certa coerência individual. Se as ideias não
dialogam entre si, então elas são irrelevantes.
É importante ressaltarmos que o uso adequado dos
conectivostambémcolaboranaconstruçãodeumtextocoerente:
a coesão textual é um importante mecanismo de estruturação do
texto, presente em dois movimentos essenciais: restrospecção
e prospecção. Lembre-se de que a coerência é um princípio de
interpretabilidade, portanto, cabe a você depreender os sentidos
do texto.
Tipos de coerência
São seis os tipos de coerência: sintática, semântica, temática,
pragmática, estilística e genérica. Conhecê-los contribui para a
escrita de uma boa redação.
Você já deve saber que alguns elementos são indispensáveis
para a construção de um bom texto. Entre esses elementos,
está a coerência textual, fator que garante a inteligibilidade das
ideias apresentadas em uma redação. Quando falta coerência, a
construção de sentidos fica seriamente comprometida.
É importante que você saiba que existem tipos de coerência,
elementos que colaboram para a construção da coerência global
de um texto. São eles:
Coerência sintática: está relacionada com a estrutura
linguística, como termo de ordem dos elementos, seleção
lexical etc., e também à coesão. Quando empregada, eliminamos
estruturas ambíguas, bem como o uso inadequado dos
conectivos.
Coerência semântica: Para que a coerência semântica esteja
presente em um texto, é preciso, antes de tudo, que o texto não
seja contraditório, mesmo porque a semântica está relacionada
com as relações de sentido entre as estruturas. Para detectar
uma incoerência, é preciso que se faça uma leitura cuidadosa,
ancorada nos processos de analogia e inferência.
Coerência temática: Todos os enunciados de um texto
precisam ser coerentes e relevantes para o tema, com exceção
das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser
evitados, impedindo assim o comprometimento da coerência
temática.
Coerência pragmática: Refere-se ao texto visto como
uma sequência de atos de fala. Os textos, orais ou escritos,
são exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer
às condições para a sua realização. Se o locutor ordena algo
a alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um
pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém, esperamos
receber como resposta uma afirmação ou uma negação, jamais
uma sequência de fala desconectada daquilo que foi indagado.
Quando essas condições são ignoradas, temos como resultado a
incoerência pragmática.
Coerência estilística: Diz respeito ao emprego de uma
variedade de língua adequada, que deve ser mantida do início ao
fimdeumtextoparagarantiracoerênciaestilística.Aincoerência
estilística não provoca prejuízos para a interpretabilidade
de um texto, contudo, a mistura de registros — como o uso
concomitante da linguagem coloquial e linguagem formal —
deve ser evitada, principalmente nos textos não literários.
Coerênciagenérica:Refere-seàescolhaadequadadogênero
textual, que deve estar de acordo com o conteúdo do enunciado.
Em um anúncio de classificados, a prática social exige que ele
tenha como objetivo ofertar algum serviço, bem como vender
ou comprar algum produto, e que sua linguagem seja concisa e
objetiva, pois essas são as características essenciais do gênero.
Uma ruptura com esse padrão, entretanto, é comum nos textos
literários, nos quais podemos encontrar um determinado gênero
assumindo a forma de outro.
É importante ressaltar que em alguns tipos de texto,
especialmente nos textos literários, uma ruptura com os tipos de
coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos demais
textos, a coerência contribui para a construção de enunciados
cuja significação seja aceitável, ajudando na compreensão
do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência depende de
outros aspectos, como o conhecimento linguístico de quem
acessa o conteúdo, a situacionalidade, a informatividade, a
intertextualidade e a intencionalidade.
Fontes: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/
coerencia-textual.htm
http://portugues.uol.com.br/redacao/tipos-coerencia.html
Questões
01. Sobre a coerência textual, é incorreto afirmar:
a) A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias,
própria daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos
associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à
articulação das ideias.
b) Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos
dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o
responsável pela constituição dos significados do texto.
c) A coerência é imaterial e não está na superfície textual.
Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de
interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um
mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações.
d) A não contradição, a não tautologia e o princípio da
relevância são elementos básicos que garantem a coerência
textual.
e) A coerência textual dispensa o uso adequado dos
conectivos,elementosqueapenascolaboramparaaestruturação
do texto sem apresentar relação direta com a semântica textual.
02. Observe a tirinha Calvin e Haroldo, de Bill Watterson,
e responda à questão:
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19. 13Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Para cada situação interativa existe uma variedade de língua
adequada. O falante pode optar pela variedade padrão ou pela
variedade não padrão
Sobre o nível de linguagem adotado por Calvin, podemos
afirmar que se trata, em relação aos tipos de coerência, de uma
a) incoerência pragmática.
b) incoerência genérica.
c) incoerência estilística.
d) incoerência temática.
e) incoerência semântica.
03. Observe o discurso de Calvin e responda à questão:
A identificação de elementos textuais como as figuras de
linguagem é essencial para a interpretação de textos
A incoerência na fala de Calvin sobre a TV pode ser explicada
através da seguinte figura de linguagem:
a) Eufemismo.
b) Hipérbole.
c) Paradoxo.
d) Ironia.
e) Personificação.
04.
Oito Anos
“Por que você é Flamengo
E meu pai Botafogo
O que significa
“Impávido colosso”?
Por que os ossos doem
enquanto a gente dorme
Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem
Por que os dedos murcham
quando estou no banho
Por que as ruas enchem
quando está chovendo
Quanto é mil trilhões
vezes infinito
Quem é Jesus Cristo
Onde estão meus primos
Well, well, well
Gabriel (...)”.
(Paula Toller/Dunga. CD Partimpim, de Adriana Calcanhoto,
São Paulo, 2004)
Julgue as seguintes proposições:
I. Pode-se dizer que se trata de um conjunto de frases
interrogativas sem ligação entre si, configurando então um texto
desprovido de coerência.
II. Embora o texto apresente uma série de interrogações
aparentemente sem ligação entre si, existem nele elementos
linguísticos que nos permitem construir a coerência textual.
III. A letra da canção é constituída por uma “lista” das
perguntas que um filho faz para a mãe, e a sequenciação de
perguntas aparentemente desconexas, na verdade, explicita o
grande número de questionamentos que povoam o imaginário
infantil.
IV. A ausência de elementos sintáticos, como conectivos,
prejudica a construção de sentidos do texto.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas I e III estão corretas.
e) I, III e IV estão corretas.
Respostas
01. (E)
O uso adequado dos conectivos é um importante mecanismo
de estruturação do texto, seja nos aspectos relacionados à
semântica, seja nos aspectos relacionados à sintaxe. Um texto
pode ser coerente sem conectivos, contudo, esses elementos
garantem dois movimentos de leitura essenciais em uma
redação: a retrospecção e a prospecção.
02. (C)
De acordo com a coerência estilística, cada situação
interativa exige do falante ou do produtor do texto a adequação
à variedade linguística, ou seja, devemos optar, de acordo com
o contexto comunicacional, pela variedade padrão ou pela
variedade não padrão. Analisando as falas de Calvin, podemos
inferir que, ao adotar a variedade padrão fora de seu contexto
ideal de uso, ele cometeu uma incoerência estilística.
03. (D)
A ironia é a figura de linguagem capaz de explicar a
incoerência presente no discurso de Calvin. Sem captar a ironia
de sua fala, o discurso transforma-se em apologia, quando, na
verdade, a intenção do cartunista foi tecer uma crítica aos meios
de comunicação.
04. (B)
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