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1
U N I V E R S I D A D E V E I G A D E A L M E I D A
CABO FRIO
REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO
CIVIL NA EDIFICAÇÃO DE UMA CASA SUSTENTÁVEL
Figura 55: Casa Sustentável
Fonte: http://verdecapital.wordpress.com/category/cultura-ambiental/page/9/
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2
Aline Beatriz
Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: aline-beatriz@hotmail.com
Elisane Almeida
Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço de eletrônico: sanealmeida2007@hotmail.com
Hannah Barthel
Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: hannah_surf@hotmail.com
Isabela Ferreira
Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: bebela_kity@hotmail.com
Leonardo Ferreira Soares
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: leonardo.soares@prolagos.com.br
Moyses Mauro
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: moysesmauro@hotmail.com
Patrícia do Nascimento
Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: patricianasciment@hotmail.com
Robson Lopes de Souza Villela
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: djvillas@hotmail.com
Ana Cláudia
Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: anansm92@hotmail.com
Geanderson da Silva Gomes
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: geandr@hotmail.com
Igor Lima
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: isoares@hotmail.com
Leandro Pereira Calmon
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço de eletrônico: calmonp@gmail.com
Marcelo Carlos Castro
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: mccadvogado@yahoo.com.br
Paolla Mariana
Aluna de Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: p.mariana@hotmail.com
Raphael Soares
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: raphaelsoares12@hotmail.com
Thaís Gonçalves
Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: thais_hipcrazy@hotmail.com
Thiago Dutra
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço de eletrônico: thigodutra.f@gmail.com
Willian Almeida
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: will_sakua@hotmail.com.br
Valdemir Dias da Silva
Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da
Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.
Endereço eletrônico: vava1509@yahoo.com.br
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3
Trabalho apresentado a Professora: Eliene Flora a
disciplina: Projeto Modular de Inserção do Custo
Ambiental de um Produto na Cadeia Produtiva
Cadeia Produtiva, do Turno da Noite, do curso de
Graduação Tecnológica em Gestão Ambiental.
UVA – Cabo Frio
Rio de Janeiro – 03 de Dezembro de 2012
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SUMÁRIO
1) INTRODUÇÃO.....................................................................................................................9
2) JUSTIFICATIVA ................................................................................................................10
3) OBJETIVO GERAL............................................................................................................10
4) OBJETIVO ESPECÍFICO...................................................................................................11
5) METODOLOGIA................................................................................................................11
6) LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA...................................................................11
7) AGENDA 21 .......................................................................................................................13
8) GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.................................................................................13
9) INFRAESTRUTURA..........................................................................................................14
9.1) FUNDAÇÃO....................................................................................................................15
10) INSTALAÇÃO ELÉTRICA .............................................................................................19
10.1) EFICIÊNCIA ENERGÉTICA........................................................................................19
10.2) PLANTA BAIXA ELÉTRICA ......................................................................................19
10.3) LEVANTAMENTO DE MATERIAIS E CUSTOS NECESSÁRIOS POR
AMBIENTES...........................................................................................................................19
10.4) OUTROS MATERIAIS .................................................................................................22
10.5) ORÇAMENTO GERAL DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA...........................................23
10.6) MEIOS AUXILIARES PARA INSTALAÇÃO ELÉTRICA E CONSUMO
SUSTENTÁVEL .....................................................................................................................23
10.7) ALTURA DAS TOMADAS ..........................................................................................23
10.8) ILUMINAÇÃO ..............................................................................................................24
10.8.1) COMENTÁRIO...........................................................................................................25
10.9) JANELAS E PORTAS ...................................................................................................25
10.10) REFLEXÃO DA LUZ NA PINTURA.........................................................................25
10.11) PAISAGISMO..............................................................................................................26
10.12) AQUECEDOR SOLAR ...............................................................................................27
10.12.1) COMENTÁRIO.........................................................................................................28
10.13) ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA.......................................................................29
10.14) DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES........................................................................29
10.14.1) PAINEL FOTOVOLTAICO .....................................................................................29
10.14.2) CONTROLADOR DE CARGA................................................................................30
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5
10.14.3) BATERIA..................................................................................................................30
10.14.4) INVERSOR ...............................................................................................................30
10.14.5) BOMBEAMENTO DE AGUA SOLAR FOTOVOLTAICA...................................30
10.14.6) CUSTOS INDIVIDUAIS E GERAIS DAS INSTALAÇÕES DOS PAINÉIS
FOTOVOLTAICOS ................................................................................................................30
10.14.7) COMENTÁRIO.........................................................................................................31
10.15) GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL NO PROCESSO DE INSTALAÇÃO
ELÉTRICA ..............................................................................................................................32
10.15.1) GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE ESTALAÇÕES ELÉTRICAS ..............32
10.16) SOLUÇÕES PARA RESÍDUOS ELÉTRICOS...........................................................33
10.17) SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ...33
11) PARTE HIDRÁULICA DE UMA RESIDÊNCIA AUTOSSUSTENTÁVEL.................35
11.1) GERAÇÃO DE RESÍDUOS HIDRÁULICOS..............................................................35
11.2) DESTINAÇÃO E APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS HIDRÁULICOS............35
11.3) PROJETO HIDRÁULICO COMUM.............................................................................36
11.4) PROJETO HIDRÁULICO SUSTENTÁVEL................................................................37
11.4.1) MECANISMO DE SAÍDA UNIVERSAL DUAL FLASH........................................37
11.4.2) SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA..............................................38
11.4.3) REGRAS INTERNACIONAIS SOBRE SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DE
ÁGUA DE CHUVA ................................................................................................................38
11.4.4) COLETOR DE CHUVA ULTRA...............................................................................40
11.4.5) TANQUES DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA ...................................................40
11.4.6) TUBULAÇÃO VERDE ..............................................................................................44
11.4.7) ECO SHOWER ...........................................................................................................45
11.4.8) TORNEIRAS SUSTENTÁVEIS ................................................................................46
11.4.9) CAIXAS D´ÁGUA......................................................................................................47
11.4.10) ÁGUAS DE REUSO.................................................................................................48
11.4.10.1) EXEMPLO SEM REUSO......................................................................................51
11.4.10.2) EXEMPLO COM REUSO DE ÁGUAS CINZA...................................................51
11.4.11) PROJETO DE SEPARAÇÃO DE ESGOTO ...........................................................52
11.4.12) TRATAMENTO DE ÁGUA CINZA PARA REUSO..............................................54
11.4.12.3) CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS CINZA.......................................................56
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13) LAJES................................................................................................................................65
13.1) MATERIAIS UTILIZADOS PARA CONSTRUÇÃO..................................................66
13.2) ORÇAMENTO:..............................................................................................................66
13.3) LAJE PRÉ-MOLDADA.................................................................................................66
14) ALVENARIA....................................................................................................................68
14.1) NÃO SUSTENTÁVEL ..................................................................................................68
14.2) ELEMENTO DE ALVENARIA TRADICIONAL........................................................68
14.2.1) ELEMENTOS CERÂMICOS .....................................................................................69
14.2.2) TIJOLO CERÂMICO MACIÇO (COMUM OU CAIPIRA)......................................69
14.2.3) BLOCO CERÂMICO..................................................................................................70
14.2.4) ELEVAÇÃO DA ALVENARIA TRADICIONAL ....................................................72
14.2.5) PAREDE DE TIJOLOS FURADOS...........................................................................72
14.2.6) EXECUÇÃO DE ALVENARIA UTILIZANDO TIJOLOS FURADOS...................73
14.3) ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO - PREPARO E APLICAÇÃO.......................73
14.3.1) PREPARO DA ARGAMASSA PARA ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE
VEDAÇÃO..............................................................................................................................74
14.3.2) EXEMPLO ..................................................................................................................74
14.3.2.1) APLICAÇÃO ...........................................................................................................74
14.3.2.2) QUANTIDADE DE TIJOLOS.................................................................................76
14.3.2.2.1) TIPOS DE TIJOLOS E BLOCOS.........................................................................78
14.3.2.2.2.1) TIJOLO CERÂMICO FURADO .......................................................................78
14.3.2.2.2.1.1) VANTAGENS.................................................................................................79
14.3.2.2.2.2) TIJOLO FURADO (BAIANO)..........................................................................79
14.3.2.2.2.2.1) VANTAGENS.................................................................................................79
14.3.2.2.2.2.2) DESVANTAGENS .........................................................................................79
14.4) SUSTENTÁVEL............................................................................................................80
14.4.1) BLOCOS DE ENTULHO ...........................................................................................80
14.4.2) TIJOLO DE TERRA ...................................................................................................80
14.4.2.1) TIJOLO DE SOLO-CIMENTO ...............................................................................81
14.4.2.1.1) VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO TIJOLO DE SOLO-CIMENTO ............83
15) TELHADOS ......................................................................................................................84
15.1) MATERIAIS UTILIZADOS PARA CONTRUÇÃO:...................................................85
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15.2) ORÇAMENTO:..............................................................................................................86
15.3) LEIS................................................................................................................................86
15.4) PASSO A PASSO ..........................................................................................................88
15.5) UMA GRANDE DÚVIDA É ESCOLHER O TIPO DE TELHA .................................89
15.6.1) OPTE POR MODELOS DE TELHAS MAIS SUSTENTÁVEIS ..............................92
15.6.2) TELHA DE FIBRA VEGETAL: PRODUÇÃO E USO SUSTENTÁVEL................93
15.6.3) MATERIAIS SUSTENTÁVEIS DA LAJE E TELHADO.........................................97
15.6.4) ORÇAMENTO............................................................................................................98
16) PISOS E REVESTIMENTOS...........................................................................................98
16.1) MATERIAL UTILIZADO NO PISO.............................................................................98
16.2) TABEIRAS.....................................................................................................................99
16.3) FRETE............................................................................................................................99
16.4) PÓ DE MÁRMORE.......................................................................................................99
17) PINTURA........................................................................................................................100
17.1) TINTA ECOLÓGICA ..................................................................................................100
17.2) RESÍDUOS DA PINTURA..........................................................................................100
17.3) FORMA CORRETA DE DESCARTE DE RESÍDUOS DE TINTAS........................100
18) ESQUADRIAS................................................................................................................101
18.1) ESQUADRIAS DE PVC..............................................................................................102
18.1.1) RECICLAGEM DO PVC..........................................................................................103
18.1.2) OS DESTAQUES DAS ESQUADRIAS DE PVC ...................................................103
18.2) ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO .................................................................................104
18.2.1) RECICLAGEM DO ALUMÍNIO .............................................................................104
18.2.2) ALUMÍNIO CONVENCIONAL ..............................................................................107
18.2.3) ALUMÍNIO SUSTENTÁVEL..................................................................................108
18.2.3.1) CUSTO DO ALUMÍNIO.......................................................................................108
18.3) ESQUADRIAS EM VIDRO ........................................................................................109
18.3.1) TECNOLOGIA, DESIGN E VERSATILIDADE DO VIDRO CONVENCIONAL109
18.3.1.1) ABRASIPA ............................................................................................................109
18.3.1.2) AL PUXADORES..................................................................................................109
18.3.1.3) ANAVIDRO...........................................................................................................110
18.3.1.4) BOTTERO DO BRASIL........................................................................................111
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8
18.3.1.5) DIAMANFER ........................................................................................................111
18.3.1.6) IDEIA GLASS........................................................................................................112
18.3.1.7) ROLLIT..................................................................................................................113
18.3.1.8) SPACE GLASS ......................................................................................................113
18.3.1.9) WR GLASS ............................................................................................................114
17.3.2) CUSTO CONVENCIONAL DO VIDRO.................................................................114
18.3.3) TECNOLOGIA, DESIGN E VERSATILIDADE DO VIDRO SUSTENTÁVEL...115
18.3.3.1) BELGA METAL/ BELCOM .................................................................................115
18.3.3.2) MOSTRA FUSING (TÉCNICA DA ARTE EM VIDRO COM A ARTISTA
PLÁSTICA LOIRE NISSEN)..... ..........................................................................................116
18.3.3.3) ARBAX ..................................................................................................................116
18.3.3.4) CBVP (COMPANHIA BRASILEIRA DE VIDROS PLANOS)...........................117
18.3.3.5) MAKIT ...................................................................................................................117
18.3.3.6) COLLOR GLASS...................................................................................................118
18.3.4) CUSTO DO VIDRO SUSTENTÁVEL ....................................................................119
18.3.5) VARIAÇÕES DO VIDRO........................................................................................119
18.4) ESQUADRIAS EM MADEIRA ..................................................................................120
18.5) ESQUADRIAS EM LOUÇA .......................................................................................124
18.5.1) RELAÇÃO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO DA CASA (LOUÇAS),
CONVENCIONAL................................................................................................................124
18.5.2) DOSSIÊ TÉCNICO DA LOUÇA .............................................................................125
19) FORMA CORRETA DE DESCARTE DE RESÍDUOS ................................................126
20) RESULTADO .................................................................................................................126
21) CONCLUSÃO.................................................................................................................125
22) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................127
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1) INTRODUÇÃO
As construções podem ser avaliadas como expansões do próprio ser humano,
estabelecendo uma base para as suas realizações, manifestações, anseios. Além disso, elas
marcam ocorrências e encontros que revelam, assim, qualidades únicas na história. Da
mesma forma que a espécie humana está sofrendo profundas mudanças, as construções
também necessitam acompanhar essa evolução, pois o homem pós-moderno do século XXI e
preocupado com as questões ambientais não pode persistir na construção tradicional que
faziam aqueles sem o pleno conhecimento ambiental atual, todavia acerca dos impactos
gerados por suas ações.
Atualmente, o novo paradigma da civilização é, sem dúvida, a sustentabilidade. A
humanidade percebeu que, agora, é necessário reinterpretar o conceito de desenvolvimento,
contemplando com maior harmonia e equilíbrio entre ser humano e a natureza, (entre o todo e
as partes econômicas, sociais, culturais e políticas) para que os recursos naturais das gerações
futuras não sejam comprometidos pelas ações das presentes.
No atual panorama de sustentabilidade, a construção civil desempenha um papel vital
neste método, visto que, em conformidade com dados do Conselho Brasileiro de Construção
Sustentável (CBCS), este setor é responsável pela extração de 75% dos recursos naturais e,
ainda, resulta mais de 80 milhões de toneladas de resíduos por ano.
Ponderando a importância das edificações na história do homem, a relevância dos
impactos causados pela construção civil e a interligação dos processos globais, se torna vital
para adotar medidas que proporcionem construções sustentáveis utilizadas como ferramentas
para o avanço da consciência ambiental de todos. Sendo assim, o desenvolvimento de
projetos arquitetônicos sustentáveis é fundamental para a viabilidade da aplicação dos
conceitos atuais que possibilitarão a construção de uma sociedade ambientalmente mais
equilibrada, apresentando um custo-benefício lucrativo e a ciclagem deste resíduo no meio
ambiente.
Assim, o Brasil avança nas tecnologias de construção civil, aperfeiçoando técnicas e
mão de obra, no único propósito de atender a demanda do crescimento da população mundial
e sua verticalização, nas quais são apontadas, como alternativas, as construções em prédios
pelos engenheiros uma opção muito favorável ao desequilíbrio humano, com pouco espaço e
muita criatividade individual diversificada.
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Porém, a ideia que seria favorável, hoje esta se tornando um problema ambiental, pois
em uma construção civil, em todo seu período de execução impacta diretamente e
indiretamente o meio ambiente, fazendo com que o desenvolvimento se depara com a
economia verde.
Então, novos desafios são lançados surgindo ideias renovadoras para diversificar a
arquitetura civil em diversas atividades, como a criação de telhados verdes, captura e reuso da
água da chuva, reutilização da água rejeitada pelos Box e lavatórios, luminosidade
inteligente, tijolos prensados, tijolos de demolição, esquadrias e caixilhos de demolição,
captação e aquecimento a base de energia solar, pinturas de bases de terra, cola e água,
tratamento do efluente e por fim o reuso do esgoto tratado.
2) JUSTIFICATIVA
O trabalho aponta as questões de sustentabilidade comparando todas as características
positivas de uma construção civil verde em contra partida de uma construção civil tradicional.
Além de ser ecologicamente correta, a viabilidade do empreendimento envolve o custo e o
beneficio.
3) OBJETIVO GERAL
 Demonstrar os benefícios de se optar pela implantação de um sistema de gestão e
reciclagem de resíduos na construção civil, abordando aspectos dos problemas
gerados e as possíveis soluções e alternativas para os mesmos e exibindo uma
comparação entre a forma convencional e sustentável;
 Esquematizar a construção de uma casa sustentável, direcionando para a parte de
infraestrutura (parte enterrada), subestrutura (estrutura, alvenaria e revestimento
com azulejos e cerâmica), paredes (bloco de cimento e de tijolo), cobertura
(telhado), instalações (hidráulica e elétrica), revestimento (piso, parede com gesso
e massa) pintura, esquadrias, (madeira, PVC, alumínio e vidro) tinta, metais,
PVC, alumínio, vidro, louças.
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4) OBJETIVO ESPECÍFICO
 Viabilizar o sistema de gerenciamento de resíduos sólidos está de resíduos em
obras na construção;
 Comparar as instalações convencionais com as de sustentabilidade;
 Focar os benefícios sociais, econômicos e ambientais, utilizando como ferramenta
principal a reciclagem de resíduos;
 Reduzir os impactos ambientais resultantes das construções;
 Buscar o destino correto dos resíduos obtidos nos processos construtivos.
5) METODOLOGIA
A metodologia aplicada neste estudo é através da investigação experimental, de uma
abordagem quali-quantitativa nas revisões bibliográficas, sites, pesquisas em diferentes
linhas, buscando, por meio de pesquisa de campo, informações de alguns resultados práticos
obtidos nas construções piloto sustentáveis, estas que efetivam as metas deste trabalho. As
soluções sustentáveis que foram definidas e serão relatadas sucintamente nesse trabalho terão
um referencial para uma futura elaboração de projetos arquitetônicos de uma residência
verde.
6) LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA
A preocupação mundial com as consequências desastrosas derivadas das atividades
Humanas, já se encontra presente nas legislações da maioria dos países. Na Carta Magna, o
artigo 225 contempla a necessidade de defesa e preservação do meio ambiente:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
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12
Além do importante dispositivo constitucional registrado na Constituição da
República Federativa do Brasil, vários diplomas legais fundamentam as diretrizes
preservacionistas com vistas à implementação da sustentabilidade:
 Lei nº 6.938 de 31/08/1981, da Política Nacional do Meio Ambiente:
“Dos diplomas infraconstitucionais é a mais importante e define a
responsabilidade de agentes poluidores causadores de dano
independentemente de culpa. Autoriza o Ministério Público a
patrocinar ações de responsabilidade civil para indenizar/recuperar
prejuízos causados. Criou a obrigatoriedade dos EIA-RIMA.”
 Lei 7.347 de 24/07/1985, da Ação Civil Pública:
“Lei dos interesses difusos dispondo sobre a ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao
consumidor, entre outros dispositivos.”
 Lei 9.605 de 12/02/1998, dos Crimes Ambientais:
“Reformula a legislação ambiental no que se refere a crimes e as
respectivas punições.”
 Decreto nº 6.514 de 22/07/2008:
“Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas relativas ao
meio ambiente estabelecem o processo administrativo federal para a
apuração e dá outras providências.”
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 Resolução nº 307 de 05/07/2002, CONAMA:
“Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão de
resíduos da construção civil.”
 Resolução nº 308 de 21/03/2002, CONAMA:
“Estabelece o licenciamento ambiental para a disposição final dos
resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno porte.”
Além dos dispositivos legais federais, dispõe-se também de vasta legislação oriunda
dos poderes legislativos estaduais e municipais que complementam os dispositivos federais,
instituindo uma ampla proteção e preservações das condições ambientais propiciam ao
incremento da sustentabilidade.
7) AGENDA 21
A Agenda 21 viabiliza o novo padrão de desenvolvimento ambiental racional
estruturado em quatro seções que tratam dos temas:
a) Dimensões econômicas e sociais;
b) Conservação e questão de recursos para o desenvolvimento;
c) Medidas para a promoção e proteção de alguns segmentos sociais e;
d) Revisão dos instrumentos necessários para a execução das ações propostas.
8) GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Resíduo é o que sobra de algum processo ou de atividade, em estado sólido, líquido
ou gasoso.
Segundo a NBR 9.896 da ABNT, se define resíduo como:
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14
“material ou resto de material cujo proprietário ou produtor não
mais considera como valor suficiente para conservá-lo.”
A gestão de resíduos sólidos é um conjunto de atitudes (comportamentos,
procedimentos, propósitos) que apresentam como objetivo principal, a eliminação dos
impactos ambientais negativos, associados à produção e à destinação do lixo.
A gestão de resíduos sólidos pode diminuir, e, em alguns casos, evitar os impactos
negativos decorrentes das diferentes atividades, propiciando níveis crescentes de qualidade de
vida, saúde pública e bem-estar social, além de gerar uma minimização de despesas com a
recuperação das áreas degradadas, da água e do ar poluídos, possibilitando a aplicação desses
mesmos recursos em outras áreas de interesse para a população.
9) INFRAESTRUTURA
A construção civil é o segmento que mais consome matérias-primas e recursos
naturais no planeta e é o terceiro maior responsável pela emissão de gases do efeito estufa à
atmosfera, compreendidos aí toda a cadeia que une fabricantes de materiais e usuários finais
(construtoras, empreiteiras, etc.).
A Construção Sustentável tem, portanto, papel fundamental no desenvolvimento e
incentivo de toda uma cadeia produtiva que possa alterar seus processos para um foco mais
ecológico, de forma a reverter o quadro de degradação ambiental, bem como para preservar
os recursos naturais para futuros usos e as gerações vindouras.
No processo inicial de uma construção civil deve haver o planejamento e o controle da
obra. Mitigar seus devidos impactos ambientais e ter a correta destinação final das suas
sobras.
Uma obra de engenharia civil gera muita poluição e a melhor forma para reduzir este
impasse é o aproveitamento dos materiais através de métodos no uso de ferramentas e
estruturas inteligentes e a reutilização das sobras da construção (pedaços de concreto, tijolos
quebrados, tacos de madeira, pedaços de ferro). O que poder ser reaproveitado é armazenado,
e o que puder ser reciclado é enviado para reciclagem.
A infraestrutura diz respeito às instalações utilizadas pelos trabalhadores e toda
montagem realizada para execução da obra, essa estrutura deve apresentar o mínimo de
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15
perturbações possíveis ao meio ambiente, buscando assim um canteiro ecologicamente
correto.
Diretrizes para uma Construção Sustentável:
 Pensar em longo tempo o planejamento da obra;
 Eficiência energética;
 Uso adequado de água e reaproveitamento;
 Uso de técnicas passivas das condições e dos recursos naturais;
 Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas;
 Gestão de resíduos sólidos: reciclar, reutilizar e reduzir;
 Conforto e qualidade interna dos ambientes;
 Permeabilidade do solo;
 Integrar transporte de massa e/ou que alterem do conceito do projeto.
Por esse motivo é muito importante a aquisição de mão de obra treinada e qualificada.
De acordo com a pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA),
a construção é um dos quatro setores em que o instituto prevê falta de mão de obra
qualificada, com a estimativa de um déficit de mais de 38 mil trabalhadores.
9.1) FUNDAÇÃO
É preciso corrigir desníveis do solo e sempre que possível, manter o terreno acima do
nível da rua para evitar que a água das chuvas entre nele e futuramente inunde toda casa.
Na fase de marcação da casa, tomando por base o projeto, constrói-se, um gabarito em
madeira, que vai definir o espaço a ser ocupado pela residência em si. Ele definirá uma área
em torno da casa, que vai orientar os trabalhadores com relação ao local onde será preparada
a fundação.
Esta madeira ao ser descartada pela obra pode ser levada para usina de compostagem
e depois de triturada é reaproveitada como sedimento de solo para reflorestamento,
plantações e jardins.
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Sabendo-se o tipo de fundação que será utilizado, é preciso pegar com o engenheiro
calculista, o engenheiro RT ou o mestre de obras, os quantitativos dos materiais que serão
utilizados e comprá-los, basicamente: areia lavada, cimento, brita e ferros de diferentes
medidas. Normalmente, pela quantidade baixa, não é vantajoso comprar concreto usinado
(pronto). Por isso, pode ser necessário também alugar uma betoneira para misturar o
concreto.
Na etapa da fundação para que seja feita as sapatas, há a retirada de uma parte do solo,
que pode ser reaproveitado para a própria nivelação do terreno.
Na definição da fundação a sondagem ainda é a maneira garantida para selecionar.
A partir do momento em que são conhecidos os solos existentes no terreno, o
projetista de estrutura determinará a mais indicada para o projeto, dimensionando a
resistência do concreto e as respectivas profundidades.
Outro ponto importante é verificar nos projetos de instalações hidráulicas e elétricas
os pontos em que os tubos ficarão embutidos na estrutura. Por isso, a presença do engenheiro
é obrigatória no dia da execução das fundações.
Neste caso usaremos a fundação rasa porque são recomendadas para terrenos firmes e
de boa resistência. A execução é mais simples que as indiretas, e o custo é menor.
A superestrutura é ligada à fundação por pilares e se caracteriza pela transmissão de
carga da estrutura ao solo por meio das pressões distribuídas pela base.
As sapatas são interligadas por vigas baldrames, que servem como apoio para a
execução de toda alvenaria. Com isso, elas absorvem o peso da viga baldrame, concentram
no bloco da sapata e distribuem para o solo.
A obtenção de areia e pedra natural vem se tornando cada vez mais difícil devido ao
esgotamento das jazidas próximas aos centros urbanos (decorrente ao longo período de
exploração) e as restrições dos órgãos de fiscalização ambiental para extração deste material.
Então, para que a obra se torne sustentável é necessário à substituição desta areia por
uma reciclada de construção civil, juntamente com a brita também reciclada e cimento
ecológico para o preparo do concreto.
Este material reciclado vem das construções que ao invés de serem destinados pelos
terrenos, acumulando e trazendo sérios danos ao meio ambiente (inclusive um terrível
impacto visual para cidade), são reaproveitados gerando renda para muitos cidadãos.
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Assim como dispõe e implementa a Resolução CONAMA 307/2002 - art. 2º:
“IV - Agregado reciclado: é o material granular proveniente do
beneficiamento de resíduos de construção que apresentem
características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de
infra-estrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia;
V - Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa
reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento,
responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para
desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das
etapas previstas em programas e planos;”
A indústria do cimento responde a quase 5% das emissões mundiais de gás carbônico.
Isso ocorre porque o processo de produção de cada tonelada de clínquer (seu principal
componente) libera na atmosfera a mesma quantidade de CO2. A saída para combater
tamanho impacto no aquecimento global é reduzir a porcentagem desse ingrediente na
fórmula.
O cimento ecológico, por tanto, é aquele que em sua fabricação proporciona uma
redução de emissão de CO2, também em sua fórmula.
Para a formação da subestrutura o bloco é muito bem empregado. Eles possuem baixo
índice de absorção inicial, menor quantidade de juntas de movimentação e maior conforto
termoacústico. Garantem também diminuição de carga na fundação e maior rendimento da
mão de obra em razão do peso.
Se comparado ao tijolo comum o bloco de cimento rende mais porque a mão de obra
executa a alvenaria mais rapidamente. É o mais resistente de todos e o desperdício causado
pela quebra do material é muito mais inferior do que a do tijolo baiano.
Em sua composição é utilizado: cimento Portland, agregados (areia, pedra, etc.) e
água, senda ainda permitido o uso de aditivos, desde que não acarretem em prejuízo as
características do produto. Sua fabricação pode ser feita de forma artesanal e não necessita da
utilização de energia elétrica.
O setor da siderúrgica também é um grande reciclador. Boa parte do aço destinado a
reforço de concreto armado produzido no país é proveniente do processo de arco elétrico, que
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utiliza como matéria prima quase que exclusivamente sucata. A reciclagem desta sucata
permitiu economizar em 1997 cerca de 6 milhões de toneladas de minério de ferro, evitou a
geração de cerca de 2,3 milhões de toneladas de resíduos e de cerca de 11 milhões de
toneladas de CO2.
10) INSTALAÇÃO ELÉTRICA
10.1) EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
A descoberta das cargas elétricas por Talles de Mileto na Grécia foi fundamental para
dar partida aos avanços tecnológicos que contemplamos nos tempos atuais. Os avanços
tecnológicos atuais são de extrema importância para a vida atual, pois tudo que é utilizado
está direta ou indiretamente relacionado à energia elétrica, daí a importância em consumi-la
com responsabilidade.
Atualmente as usinas hidrelétricas geram aproximadamente 18% da energia mundial,
porém no Brasil as usinas hidrelétricas são responsáveis por aproximadamente 95% da
energia nacional, restando apenas 5% da geração energia por fontes alternativas. Apesar da
geração de energia por hidrelétricas não emitir nenhum tipo de poluente, sua instalação custa
ao meio ambiente grande impacto. Por isso, é necessária uma série de licenças ambientais
emitidas, após um estudo aprofundado desses impactos gerados pela construção da barragem.
Os principais impactos causados pelo alagamento são sociais e ambientais. Os impactos
sociais são a remoção de tribos indígenas, população ribeirinha e pequenos agricultores, pois,
com a barragem do rio, é criado um grande lago artificial, alterando, assim, as margens do
rio. Os impactos ambientais ocorridos são a destruição de grandes áreas de vegetação natural,
matas ciliares, imensos prejuízos à fauna e flora local, desmoronamento das margens,
assoreamento dos rios, possibilidades de transmissão de algumas doenças (como exemplo a
Malária), extinção de algumas espécies de peixes e etc.
Com intuito de diminuir a necessidade de construção de novas hidrelétricas, se devem
encontrar soluções que possam minimizar a necessidade de consumo da energia gerada por
essas instalações, uma vez que a demanda tende a aumentar e, com isso, a necessidade de
geração será maior. Portanto, se exibe soluções sustentáveis para a construção residencial,
evitando desperdícios de material, diminuição do consumo de energia elétrica, através de
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simples técnicas, além de apresentar soluções de energia renovável e gerenciamento dos
resíduos gerados durante a instalação elétrica.
10.2) PLANTA BAIXA ELÉTRICA
Figura 20: Planta da parte elétrica da casa sustentável
Fonte: Projeto Elétrico: Antônio Rodrigues de Almeida
CREA-RJ nº 201052627-9
10.3) LEVANTAMENTO DE MATERIAIS E CUSTOS NECESSÁRIOS POR
AMBIENTES
Os cálculos seguintes foram divididos por ambientes de forma a alcançar o máximo
de economia numa instalação, primando pela preocupação ambiental e segurança.
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QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL
75 MTS FIO 2,5mm 0,75R$ 56,25R$
25 MTS FIO 1,5mm 0,45R$ 11,25R$
1 UNID DISJUNTOR MONO 15A 8,00R$ 8,00R$
4 UNID PLAFONIER 4,00R$ 16,00R$
4 UNID TOMADAS 10A 4,65R$ 18,60R$
1 UNID INTERUPTOR 1 SEÇÃO 3,85R$ 3,85R$
1 UNID TOMADA COM1 SEÇÃO 6,75R$ 6,75R$
1 UNID TOMADA COM2 SEÇÕES 9,65R$ 9,65R$
4 UNID CAIXA 4 X 4 OITAVA P/ LAJE 4,90R$ 19,60R$
7 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 24,50R$
25 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 33,75R$
5 MTS CONDUITE CORRUG 1/2 1,40R$ 7,00R$
215,20R$
C1
SUB-TOTAL
QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL
120 MTS FIO 2,5mm 0,75R$ 90,00R$
10 MTS FIO 1,5mm 0,45R$ 4,50R$
1 UNID DISJUNTOR MONO 15A 8,00R$ 8,00R$
2 UNID PLAFONIER 4,00R$ 8,00R$
7 UNID TOMADAS 10A 4,65R$ 32,55R$
2 UNID INTERUPTOR 1 SEÇÃO 3,85R$ 7,70R$
2 UNID CAIXA 4 X 4 OITAVA P/ LAJE 4,90R$ 9,80R$
9 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 31,50R$
35 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 47,25R$
239,30R$
C2
SUB-TOTAL
 Cômodo 1
Tabela 1: Sala, circulação, banheiro e varanda da frente.
Na varanda da frente foi economizado uma caixa retangular pequena e um interruptor,
pois se integrou ao interruptor da sala. Na sala podemos reparar que na parede direita foi
aproveitada a descida do ramal para puxar uma nova tomada na mesma parede. Ainda foi
aproveitado o ramal encaminhado a caixa redonda superior da área de circulação, evitando
puxar o ramal direto do quadro de distribuição. Foi aproveitada a instalação do conduite e da
caixa retangular pequena do interruptor para colocação de uma tomada.
 Cômodo 2
Tabela 2: Quartos
No Quarto 1, foi aproveitado de um interruptor e colocado uma tomada junto para
aproveitar a instalação do conduite e da caixa retangular pequena. Pode-se ver ainda perceber
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QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL
45 MTS FIO 2,5mm 0,75R$ 33,75R$
10 MTS FIO 1,5mm 0,45R$ 4,50R$
1 UNID DISJUNTOR MONO 20A 8,00R$ 8,00R$
2 UNID PLAFONIER 4,00R$ 8,00R$
3 UNID TOMADAS 10A 4,65R$ 13,95R$
1 UNID TOMADA COM2 SEÇÕES 9,65R$ 9,65R$
2 UNID CAIXA 4 X 4 OITAVA P/ LAJE 4,90R$ 9,80R$
4 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 14,00R$
16 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 21,60R$
5 MTS CONDUITE CORRUG 1/2 1,40R$ 7,00R$
130,25R$
C3
SUB-TOTAL
QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL
20 MTS FIO 4,0mm 1,20R$ 24,00R$
1 UNID DISJUNTOR MONO 40A 7,00R$ 7,00R$
5 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 6,75R$
37,75R$SUB-TOTAL
C4
na parede esquerda o aproveitamento da descida do ramal para instalação de uma tomada,
para instalação de uma segunda tomada.
No Quarto 2, foi aproveitado de um interruptor e colocado uma tomada junto para
aproveitar a instalação do conduite e da caixa retangular pequena. Pode-se ver ainda perceber
na parede superior o aproveitamento da descida do ramal para instalação de uma tomada,
para instalação de uma segunda tomada.
 Cômodo 3:
Tabela 3: Cozinha e área de serviço
Na área de serviço foi economizada uma caixa retangular pequena e um interruptor,
que se integrou ao interruptor da cozinha. Na cozinha foi colocada uma tomada junto ao
interruptor aproveitando a instalação do conduite e caixa retangular. Na parede esquerda se
observa que foi aproveitada a descida do ramal da instalação de uma tomada para incluir
outra tomada, na mesma parede.
 Cômodo 4:
Tabela 4: Chuveiro
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QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL
15 MTS FIO 4,0mm 1,20R$ 18,00R$
1 UNID DISJUNTOR MONO 30A 6,00R$ 6,00R$
1 UNID TOMADA 20A 8,00R$ 8,00R$
1 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 3,50R$
7 MTS CONDUITE LISO 3/4 3,50R$ 24,50R$
3 UNID CURVAS 90º ELETROD 3/4 2,50R$ 7,50R$
67,50R$
C5
SUB-TOTAL
QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL
15 MTS FIO 4,0mm 1,20R$ 18,00R$
1 UNID DISJUNTOR MONO 30A 6,00R$ 6,00R$
1 UNID TOMADA 20A 8,00R$ 8,00R$
32,00R$SUB-TOTAL
C6
Cômodo 5:
Tabela 5: Bomba D’ Água
 Cômodo 6:
Tabela 6: Maquina Lavar
Nos cômodos 5 e 6, foram utilizadas a mesma instalação do conduite subterrâneo e da
caixa retangular para conduzir a fiação da bomba de água e da maquina de lavar.
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QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL
1 UNID POSTE PADRÃO 6 MTS 400,00R$ 400,00R$
1 UNID CAIXA DISTRIBUIÇÃO MONO 35,00R$ 35,00R$
1 UNID CAIXA PASSAGEM 10,00R$ 10,00R$
1 UNID ROLDANA 25,00R$ 25,00R$
1 UNID CREMALHEIRA 15,00R$ 15,00R$
4 UNID VARA ATERRAM. COBRE 13,00R$ 52,00R$
1 UNID CX DISTRIB 6 DISJUNTORES 20,00R$ 20,00R$
50 MTS CABO 10MM 7,90R$ 395,00R$
15 MTS COND. LISO 1'' 3,00R$ 45,00R$
2 UNID CURVAS 90º ELETROD 1'' 2,00R$ 4,00R$
1.001,00R$SUB-TOTAL
GERAL
ORÇAMENTO GERAL
C1 215,20R$
C2 239,30R$
C3 130,25R$
C4 37,75R$
C5 67,50R$
C6 32,00R$
OUTROS 1.001,00R$
TOTAL GERAL 1.723,00R$
10.4) OUTROS MATERIAIS
Tabela 7: Outros materiais necessários para instalação elétrica residencial
10.5) ORÇAMENTO GERAL DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Tabela 8: Total dos Cômodos
10.6) MEIOS AUXILIARES PARA INSTALAÇÃO ELÉTRICA E CONSUMO
SUSTENTÁVEL
Além das mudanças de hábitos tão importantes para a economia e sustentabilidade,
existem produtos no mercado como eletrodomésticos e eletroeletrônicos capazes de reduzir
desperdício de energia. Além disso, outras soluções existem e auxiliam na economia dos
gastos financeiros e ambientais durante a construção, como apresentado abaixo:
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10.7) ALTURA DAS TOMADAS
Segundo Marcelo Melo, diretor de engenharia da Living,
“ao modificar o modo de instalação das tomadas e interruptores
alinhados a 1 metro do chão, diminui-se a quantidade de
interruptores, fios e eletrodutos. Com isso notou-se uma redução de
2,8% dos custos das instalações elétricas. Com isso se integra
tomadas e interruptores que antes estavam independentes, porém
próximos.”
Figura 21: Altura para instalação do conduite
Fonte: http://ecoeficienteltda.blogspot.com.br/
10.8) ILUMINAÇÃO
A iluminação de uma casa representa algo em torno de 15% a 25% da conta de
energia eletrica. Ao substituir as lampadas incandescentes por fluorencentes ter-se-á uma
economia de cera de 80% da energia que as lâmpadas incandescentes consumiriam. Além
disso a duração desse tipo de lampada e muito superior, chegando a durar até oito vezes mais
que uma lampda incandescente. Essas lâmpadas são indicadas para ambientes espaçosos.
Porém as lampadas de LED (Fig. 21) são as mais economicas do mercado e ainda não
utilizam materias nocivos a saude na sua composição, emitem menos calor e são mais
eficientes que as fluorescentes, porém o seu valor ainda é muito oneroso, outrora o custo-
benefício se torna viável para investimento.
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LAMPADAS INCADENCENTES LAMPADAS FLUORESCENTES LAMPADAS LED
INVESTIMENTO 1,00R$ 9,90R$ 49,90R$
POTENCIA 60W 18W 8W
CONSUMO MEDIO PERIDO 5 ANOS EM WATTS 547500 164250 73000
LAMPADAS SUBSTITUDIAS 10 5 0
GASTO COM ENERGIA 358,68R$ 107,60R$ 47,82R$
GASTO COM LAMPADAS 11,00R$ 59,40R$ 49,90R$
TOTAL 369,68R$ 167,00R$ 97,72R$
CALCULO COMPARATIVO DE 1 LAMPADA PELO PERIODO DE 5 ANOS
Figura 22: Lampada de LED
Fonte: http://ecoeficienteltda.blogspot.com.br/
A lâmpada de LED utiliza cerca de 90% menos eletricidade do que uma lâmpada
incandescente e 40% menos que uma fluorescente. A duração dessas lâmpadas também é
muito superior. Além disso, as lâmpadas de LED são menos agressivas ao meio ambiente,
pois não contém metais pesados como mercúrio, presentes nas fluorescentes, o que também
facilita seu descarte.
Tabela 9: Comparativo de custos entre as espécies de lâmpadas pelo período de 5 anos
*Valores de consumo de acordo com a taxa cobrada pela ampla no mês de outubro de 2012.
10.8.1) COMENTÁRIO
Na tabela (9) mostra a comparação dos gastos e manutenção de uma (1) lâmpada no
período de 5 anos, entre os diferentes tipos de lâmpadas existentes no mercado. Enquanto as
fluorescentes são trocadas 5 vezes, as de LEDs com o mesmo poder de iluminação têm
garantia nesse período o que equivale quantidade de troca zero (0), com vida longa. Enquanto
o gasto com energia elétrica de uma lâmpada fluorescente é de R$107, a LED corresponde a,
no máximo, R$ 47,82. No total, considerando gastos com energia e compra de lâmpadas, a
diferença das fluorescentes favorece a instalação das de LEDs, pois a diferença é de R$
69,28, apresentando uma economia de aproximadamente 41,32%.
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10.9) JANELAS E PORTAS
Utilizar portas e janelas de vidro temperado além de exibir uma estética mais bonita a
obra, faz com que a iluminação solar penetre com mais facilidade ao interior da residência,
diminuindo assim a necessidade de iluminação artificial.
10.10) REFLEXÃO DA LUZ NA PINTURA
Pinturas em cores claras auxiliam na dispersão da luminosidade, fazendo com que não
sejam necessárias luzes artificiais.
Figura 23: Funcionalidade da reflexão da luz na parede de tinta clara
Fonte: http://ecoeficienteltda.blogspot.com.br/
10.11) PAISAGISMO
A vegetação influencia significativamente na redução de energia elétrica, através do
conforto térmico e outros benefícios que aumentam a qualidade de vida.
Um dos pontos mais importantes na hora de planejar sua área de lazer é avaliar quais
espécies de plantas são mais adequadas para aquela região. Plantas nativas são as mais
indicadas, pois demandam menos gastos com manutenção, além de conseguir reduzir os
gastos com água em até 30%.
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CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSAL
C4 1 CHUVEIRO 5500 1 5500 30 165000
5500 165000
CALCULO ECONOMIA COM A UTILIZAÇÃO DE AQUECIMENTO SOLAR
TOTAL
Figura 24: Parte da frente da Casa
Imagem: anaterrapaisagismo.com.br
Além disso, as espécies nativas são de fácil acesso, elas se proliferam rapidamente na
região acelerando o processo de crescimento. A vegetação pode reduzir a temperatura,
aproximadamente, em 10°
C abaixo em relação às áreas não arborizadas, diminuindo
consideravelmente a necessidade de energia para conforto térmico. Essa é uma dica
extremamente importante, eficiente e eficaz para um projeto realmente sustentável.
10.12) AQUECEDOR SOLAR
Embora faça parte da instalação hidráulica do projeto, a implantação atua de forma
significante para a economia de energia, pois o chuveiro elétrico é considerado um dos vilões
de consumo.
Tabela 10: Estimativa de economia
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KIT AQUECEDOR SOLAR
2
1
1
1
SUPLEMENTOS
30 1,50R$ 45,00R$
1 7,00R$ 7,00R$
861,10R$
KIT INSTALAÇÃO
809,10R$ 809,10R$
DISJUNTOR 40A MONO
TOTAL
MTS FIO 6mm
CUSTOS DO PAINEL
PLACAS COLETORAS
BABY DUCHA
1 RESERVATORIO
108,09R$
7,966155634
PLACA COLETORA
MESES NECESSÁRIOS PARA QUITAR O INVESTIMENTO
ECONOMIA MENSAL DO AQUECEDOR SOLAR
Tabela 11: Orçamento financeiro
Tabela 12: Economia de energia elétrica mensal
* Valor calculado de acordo com a taxa cobrada pela ampla em Outubro de 2012
10.12.1) COMENTÁRIO
O aquecedor solar é imprescindível numa residência que busca a consciência
ambiental, pois sua utilização pode economizar até 100% do gasto de energia com chuveiro
elétrico, correspondendo em torno de 25% a 30% de redução do custo da energia
convencional de uma casa.
Para a instalação inicial, se gasta aproximadamente R$900,00 (Tabela 11), sendo que
esse valor é recuperado em 8 meses, através da redução da estima encontrada na conta de
energia.
10.13) ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
Considerando que a Região dos Lagos oferece um clima tropical marítimo, com
média anual aproximada de 24°C, com verões moderadamente quentes e ventos trazidos pela
Corrente das Malvinas, provenientes das correntes marítimas, se pode dizer que esta região é
uma das mais secas do Sudeste, com precipitação anual de, apenas, cerca de 750 mm, não
passando de 1.100 mm nas cidades mais chuvosas da região, Maricá e Saquarema.
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Deduzindo-se que a região favorece a utilização e investimentos nos setores de
energias renováveis, Se optou pela energia solar fotovoltaica, pois a tecnologia está
comercialmente disponível no Brasil, diferentemente das outras tecnologias como a eólica,
por exemplo. Além disso, esta, embora ofereça maior desempenho na geração de energia,
ainda existem dificuldades geradas pelo barulho das turbinas e também apresenta um dano
ambiental que podem ser causados, quando as pás atraem pássaros, aves e morcegos.
Os sistemas fotovoltaicos possibilitam a produção de energia elétrica em casa, a partir
da luz solar. Sendo assim, é possível acender lâmpadas, funcionar um televisor, rádio e, até
mesmo, uma pequena geladeira. O investimento necessário irá depender diretamente da
potência requerida, sendo o sistema solar composto por um ou mais painéis fotovoltaicos. O
custo ainda é elevado em comparação com as fontes tradicionais de energia, contudo esse
custo alto vem caindo consideravelmente nos últimos anos (RÜTHER, 2004).
Figura 25: Energia fotovoltaica autônoma.
Fonte: Senado.Gov
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10.14) DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES
10.14.1) PAINEL FOTOVOLTAICO
Converte a luz solar em energia elétrica, normalmente 12Vcc - corrente contínua.
10.14.2) CONTROLADOR DE CARGA
Gerencia o carregamento da bateria, evitando sobrecargas e protegendo contra
descargas abaixo do permitido. É instalado eletricamente entre o painel fotovoltaico e as
baterias. Um controlador típico possui:
 Entrada para os painéis fotovoltaicos;
 Saída para baterias;
 Saída para carga (corrente contínua -
cc).
10.14.3) BATERIA
Armazena a energia elétrica gerada pelo painel ao longo do dia, para ser usada à noite
ou em dias muito nublados ou chuvosos. As baterias mais utilizadas em sistemas
fotovoltaicos são geralmente do tipo chumbo-ácido. Deve ser do tipo “descarga profunda” ou
estacionária, ou seja, podem ser descarregadas entre 20% e 80% de sua capacidade máxima e
recarregada novamente todos os dias, durando muitos anos, conforme especificação do
fabricante.
10.14.4) INVERSOR
Converte a tensão da bateria, tipicamente de 12Vcc para 127Vca - corrente alternada,
para alimentar equipamentos como televisores, rádios e outros. É um dos mais importantes e
complexos componentes em um sistema de energia fotovoltaica independente.
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CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSAL
C1 5 LAMPADAS DE LED 8 5 200 30 6000
8 TOMADAS 100 3 2400 30 72000
1 TOMADA BANHEIRO 200 1 200 30 6000
C2 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400
9 TOMADAS 100 3 2700 30 81000
C3 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400
4 TOMADAS COZINHA 200 5 4000 30 120000
C4 1 CHUVEIRO 5500 1 5500 30 165000
C5 1 TOMADA BOMBA 400 2 800 30 24000
C6 1 TOMADA MAQ LAVAR 600 1 600 30 18000
16560 496800TOTAL
CALCULO CONSUMO ELETRICO
CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSAL
C1 5 LAMPADAS DE LED 8 5 200 30 6000
1 TOMADA BANHEIRO 200 1 200 30 6000
C2 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400
C3 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400
C6 1 TOMADA MAQ LAVAR 600 1 600 30 18000
1160 34800
CALCULO DE ECONOMIA DE CONSUMO ELETRICO PARA 2 PLACAS FOVOLTAICAS
TOTAL
CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSAL
C5 1 TOMADA BOMBA 500 2 1000 30 30000
1000 30000
CALCULO DE ECONOMIA DE CONSUMO ELETRICO PARA PLACA FOVOLTAICA BOMBEAMENTO PARA CISTERNA
TOTAL
10.14.5) BOMBEAMENTO DE AGUA SOLAR FOTOVOLTAICA
Por necessidade, nas casas da Região dos Lagos costuma-se usar bombeamento de
água da cisterna para caixa d’água, pensando nisso optou-se também por instalar um sistema
com um painel fotovoltaico especialmente para essa questão.
10.14.6) CUSTOS INDIVIDUAIS E GERAIS DAS INSTALAÇÕES DOS PAINÉIS
FOTOVOLTAICOS
Tabela 13: Gastos de energia elétrica por mês sem os painéis fotovoltaicos e aquecedor solar
Tabela 14: Estimativa de economia de consumo elétrico para tomadas e lâmpadas.
Tabela 15: Estimativa de economia de consumo elétrico para bombeamento d’água.
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KIT GERADOR FOTOVOLTAICO
2
1
1
BATERIAS
2 899,00R$ 1.798,00R$
SUPLEMENTOS
1 40,00R$ 40,00R$
50 1,20R$ 60,00R$
10 3,00R$ 30,00R$
KIT BOMBEAMENTO DE AGUA SOLAR
1
1
SUPLEMENTOS
50 1,20R$ 60,00R$
10 3,00R$ 30,00R$
5.296,00R$
PAINEIS FOTOVOLTAICOS DE 135W (P)
979,00R$ 979,00R$
CONDUITE LISO 1''
CONTROLADOR DE CARGA DE 20A
INVERSOR DE TENSÃO 700W, 12 Vcc PARA 120 Vac
2.299,00R$ 2.299,00R$
BATERIAS ESTACIONARIAS 220A/h
CHAVE CONTATORA
BOMBA SOLAR
PAINEL FOTOVOLTAICO DE 85W
MTS FIO 4MM
MTS CONDUITE LISO 1''
MTS FIO 4MM
TOTAL
CUSTOS DOS PAINEIS
42,45R$
124,7533201
ECONOMIA MENSAL DAS PLACAS FOTOVOLTAICAS DE ENERGIA SOLAR
ECONOMIA MENSAL COM AS PLACAS FOTOVOLTAICAS
MESES NECESSÁRIOS PARA QUITAR O INVESTIMENTO
Tabela 16: Orçamento financeiro das instalações dos sistemas fotovoltaicos
Tabela 17: Estimativa de economia de energia elétrica mensal
*Valor calculado de acordo com a taxa cobrada pela ampla em Outubro de 2012
10.14.7) COMENTÁRIO
Quanto às placas fotovoltaicas de energia solar, tanto quanto para lâmpadas e tomadas
como para o sistema de bombeamento, o custo para instalação ainda é muito alto para o
percentual de economia.
Nesse projeto, já considerando as lâmpadas de LEDs, a economia se dá apenas em R$
42,45 (tabela 17), com um gasto inicial de R$ 5,296,00 (tabela 16). Se dependesse da
economia gerada, levaria aproximadamente 10 anos para recuperar o valor aplicado, isso sem
considerar os possíveis reparos ou compra de novas baterias.
Embora seja uma energia limpa, o custo oneroso e a mínima economia acabam por
não incentivar sua instalação.
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10.15) GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL NO PROCESSO DE INSTALAÇÃO
ELÉTRICA
10.15.1) GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE ESTALAÇÕES ELÉTRICAS
Através de um bom planejamento, treinamento e capacitação técnica e fiscalização, os
resíduos produzidos em instalações elétricas são bastante reduzidos. Esses resíduos são
basicamente plásticos e cobre e estão classificados como resíduo de classe A e B
respectivamente, de acordo com a resolução 307/2002 do CONAMA. Conforme a figura 26
abaixo:
Figura 26: Tabela de classificação dos resíduos.
Fonte: MEDAUAR, Odete, 2012, Resolução do CONAMA 307/2002.
10.16) SOLUÇÕES PARA RESÍDUOS ELÉTRICOS
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Para o aproveitamento das pontas dos fios, deverá ser separado o revestimento de
plástico da parte metálica, onde a parte metálica deverá ser encaminhada a uma usina de
reciclagem, ou a uma cooperativa local de reciclagem.
A parte que reveste o cobre são as pontas de plástico que deverá ser acumulada e
reunida com os restos de fitas isolantes e os pedaços de conduites para ser encaminhado
também a uma usina de reciclagem ou a uma cooperativa local de reciclagem.
10.17) SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Não se pode desenvolver um projeto sustentável sem envolver e preocupar-se com o
homem. Sendo assim, para alcançar um desenvolvimento sustentável a empresa que contrata
“pessoas” como seus colaboradores, devem cuidar para prevenir acidentes, preservando a
vida humana. Trabalhar é uma necessidade do cidadão e nesse caso, a eletricidade não
oferece aviso, não tem cheiro, não tem cor e nem ruído. Não é quente e nem é fria e pode ser
fatal. Sendo assim, ela não admite precariedade nem improvisações, exigindo
responsabilidade de seus administradores e colaboradores.
A NR 10 é uma aquela que trata:
“das diretrizes básicas para implementação e medidas de controle e
sistemas preventivos destinados a garantir a segurança e saúde dos
trabalhadores que direta ou iniretamente interajam com as
instalações.”
A NR 18:
“trata do meio ambiente e de trabalho na insustria da construção.”
Enquanto a NBR 5410:
“das instalações elétricas de baixa tensão.”
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Todas essas normas são para evitar acidentes diretos (choques, queimaduras e efeitos
eletromagnéticos) e indiretos (impactos, quedas, etc.), preservando a saúde e a vida do
trabalhador e dos futuros proprietários e frequentadores do empreendimento. Além de evitar
riscos ao patrimônio (incêndios, explosões e corrosão eletrolítica), pois de nada adianta
projetar sem planejar e executar um empreendimento, isso o torna ineficaz e
consequentemente antiecológico. Rebaixando o patrimônio adquirido, como também os
recursos naturais utilizados para esse fim.
Portanto, é imprescindível a administração correta e um planejamento específico para
realizar todas as etapas pertinentes ao serviço, rumo a uma construção verdadeiramente
compromissada com o desenvolvimento sustentável.
As tomadas foram distribuídas a 1 m do chão e de forma que utilizem a menor
quantidade possível, gerando também economia na fiação, conduites e caixas retangulares. A
caixa de distribuição foi posicionada o mais próximo possível do centro da casa, tornando a
distribuição dos ramais mais econômica e utilizando menos quantidade de fios. A espessura
do fio de cobre selecionado para a instalação foi apropriada à corrente elétrica que passará
por ele, pois fios de menor seção representam economia imediata, porém fios muito finos
usados para passagem de altas correntes ocasionam superaquecimento do material, o que
pode trazer perda de energia e, principalmente, riscos à segurança e consequentemente perda
do patrimônio. Sugere-se, portanto que a economicidade não seja o principal objetivo numa
construção quando se trata de sistemas elétricos, visto que espessuras de fios e qualidade de
conduite devem ser observadas no nível de qualidade, evitando colocar em risco a vida das
pessoas e ao patrimônio do particular.
As lâmpadas de LEDs são acessórios importantíssimos, pois são as mais econômicas e
ecologicamente corretas. Assim como o sistema de aquecedor solar é significante no uso
racional, econômico e sustentável do projeto, indiscutivelmente. As placas fotovoltaicas tanto
para as lâmpadas quanto para as tomadas e para bombeamento d’água funcionam apenas
como auxiliares na redução do consumo de energia, trabalhando de forma alternada com a
energia convencional.
Considera-se que aliando as placas fotovoltaicas, aquecedor solar, e lâmpadas de
LEDs junto à escolha de materiais auxiliares como pinturas dos ambientes em cores claras,
janelas e portas de vidro que facilitam a entrada de luz, árvores e vegetação que regulam o
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clima, posição da construção em relação ao sol e outras tantas técnicas, ocorre a redução de
energia e do consumo elétrico em quase 100%.
Quanto ao gerenciamento de resíduos, a quantidade não é muito significativa, pois a
geração é pouca. Em contrapartida, os cuidados durante as instalações, fiscalização e
acompanhamento sistemático da obra é essencial para preservar a vida dos funcionários assim
como para garantir a qualidade e garantia patrimonial dos futuros proprietários, alcançando
dessa forma, o que se busca, uma construção propriamente sustentável.
11) PARTE HIDRÁULICA DE UMA RESIDÊNCIA AUTOSSUSTENTÁVEL
11.1) GERAÇÃO DE RESÍDUOS HIDRÁULICOS
Num projeto de construção civil, a parte hidráulica de uma residência é primordial,
visto que projetos hidráulicos mal elaborados resultam em construções problemáticas, que
geram vazamentos, infiltrações, falta de pressão no sistema, falta de água e transtornos
diversos. Dessa forma, para a resolução dos problemas em uma residência já construída,
qualquer mudança na parte hidráulica implicaria em quebra de paredes e perda de material de
acabamento, acarretando maior geração de resíduos e desperdícios de materiais. Por isso, o
projeto hidráulico deve ser elaborado cuidadosamente para evitar essas complicações
posteriores.
É importante analisar em um projeto hidráulico as causas efetivas para o grande
volume de resíduos gerados de modo a verificar se as falhas ao longo do processo construtivo
foram as maiores responsáveis pelos resíduos ou se a falta de planejamento também
contribuiu para esta situação.
11.2) DESTINAÇÃO E APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS HIDRÁULICOS
Embora o Brasil possua legislação pertinente à gestão dos resíduos na construção
civil, a realidade verificada nas obras está bem distante do padrão que deveria existir, visto
que a grande quantidade de entulho gerado não atende às determinações legais, mas o país
possui na maioria das construções o mínimo de reaproveitamento de entulhos, caracterizando
projetos de menor índice de sustentabilidade ambiental.
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Verifica-se que na parte hidráulica de uma construção, geralmente, não há a produção
de muitos resíduos, visto que se o projeto for elaborado de modo adequado não será previsto
o descarte de restos de tubulações e materiais hidráulicos, pois os mesmos serão adquiridos
na quantidade e dimensões pré-estabelecidas no projeto. Entretanto, a maioria dos resíduos
gerados é proveniente de quebras ou ajustes realizados no sistema após a construção devido à
falta de planejamento, bem como a realização de instalações inadequadas por profissionais
não qualificados.
11.3) PROJETO HIDRÁULICO COMUM
A elaboração do projeto de um sistema hidráulico de uma residência é altamente
específica, mesmo que possua um todo o planejamento e metodologia para a instalação de
água quente, fria e esgoto. O projeto deve ser feito de modo a atender às necessidades dos
moradores da residência de modo que se evitem futuros reparos e transtornos. A economia é
um fator que não pode ser aplicado a sistemas hidráulicos, pois a compra de materiais de
baixa qualidade e que não oferece segurança acarretará sérios problemas futuros. O custo
aproximado de um projeto hidráulico é de aproximadamente 3% do valor da obra.
O projeto de instalações hidráulico-sanitárias pode ser definido como o conjunto de
tubulações, conexões, aparelhos, peças e acessórios destinados ao suprimento de água para
uma construção. A rede hidráulica começa desde a ligação da rede pública de água até o
retorno da água utilizada ao sistema de tratamento de esgoto. Um sistema instalado
adequadamente deve atender aos requisitos básicos de seu funcionamento, que são:
a) Fornecimento de água com qualidade apropriada, em quantidade suficiente e sob a
pressão adequada;
b) Bloqueio do retorno de águas poluídas nas canalizações de alimentação dos aparelhos
e entrada de gases de esgoto, de roedores ou insetos nas instalações; e;
c) Relação com o projeto arquitetônico, ocorrendo um entrosamento com as questões
arquitetônicas e estruturais da obra.
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Figura 1: Projeto hidráulico comum
Fonte: http://startmanutencao.net/hidraulica.php
11.4) PROJETO HIDRÁULICO SUSTENTÁVEL
No atual contexto de sustentabilidade, torna-se necessária a criação de tecnologias que
possibilitem a menor extração de recursos naturais, bem como uma economia na utilização
dos mesmos. Na construção civil, vários projetos sustentáveis têm sido idealizados por
empresas com consciência ambiental que já permitem a realização de uma obra com
materiais e métodos ambientalmente corretos. Na parte hidráulica de uma construção
verificam-se as seguintes soluções sustentáveis:
11.4.1) MECANISMO DE SAÍDA UNIVERSAL DUAL FLASH
É um mecanismo de descargas com acionamento parcial e total que pode ser instalado
em qualquer tipo de caixa acoplada de modo a permitir uma economia de água de até 50%,
pois permite transformar mecanismos de saída simples em sistemas de duplo acionamento,
com maior ou menor quantidade de água de acordo com a necessidade. Tal sistema conversor
é de fácil instalação e baixo custo, sendo resistente à água do mar e/o com alto teor de ferro e
alcalinidade.
Figura 2: Mecanismo de saída universal dual flash
Fonte: http://www.geracaocenterlar.com.br/p/31704/Produto
Marca do Produto:
Censi
Custo = R$ 81,79
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11.4.2) SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA
Ao longo da história da humanidade a água da chuva sempre foi capturada e
armazenada para o consumo, visto à sua disponibilidade. Entretanto, com as comodidades da
vida moderna esse bem tão precioso começou a ser dispensado de modo que a sociedade, de
certa forma, rejeitou esse recurso que pode ser amplamente utilizado.
Entretanto, a progressiva consciência ecológica acerca da sustentabilidade na
utilização de recursos naturais, trouxe à tona essa discussão e necessidade, de modo que se
tornou importante repensar sobre as maneiras de realizar a captura da água da chuva para a
utilização, não com os mesmos fins tradicionais, mas com a aplicação específica em situações
que permitem o aproveitamento desse recurso e uma economia sustentável.
11.4.3) REGRAS INTERNACIONAIS SOBRE SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DE
ÁGUA DE CHUVA
 Adoção de um modelo de cálculo específico para aferição das quantidades e das
necessidades de água em cada projeto residencial ou comercial.
 As superfícies de recolhimento não podem ter contato periódico com pessoas, animais
ou máquinas.
 O sistema deve conter dispositivos de filtragem que rejeitam as primeiras águas após
longos períodos sem pluviosidade.
 No início do sistema deve haver uma válvula de corte para realizar o desvio do coletor
pluvial, de modo a desligar todos os componentes para verificação, manutenção ou
substituição.
 O depósito de armazenagem deve ser construído por um material cujas paredes sejam
isentas de porosidade e que não propiciem reações químicas, sendo o polietileno de
alta densidade o material mais adequado para essa aplicação.
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 O depósito deve ser enterrado, de modo a garantir que a água da chuva fique protegida
da luz e das variações de temperatura. Dessa forma, pode-se evitar a formação de
algas e o desenvolvimento de alguns tipos de micro-organismos que comprometeriam
a qualidade da água.
 As instalações que serão alimentadas pela água da chuva deverão ser independentes
do restante, para que não haja a possibilidade de cruzamento.
 Todas as torneiras que fornecem água da chuva deverão conter etiquetas indicando
“água não potável ou imprópria para beber”, além de serem manipuladas com chave
de segurança.
 A manutenção e a limpeza do sistema devem ocorrer a cada três anos,
preferencialmente antes do início das chuvas e após o inverno.
 Os principais parâmetros físico-químicos da água devem ser verificados com
intervalos máximos de seis meses, de modo a proporcionar segurança para os usuários
do sistema.
O sistema de captação da água de chuva é simples, eficiente, confiável e automático,
de modo a constituir uma nova maneira de economizar recursos naturais e financeiros, além
de auxiliar no enfrentamento de problemas trazidos pela urbanização, tais como: risco de
desabastecimento e racionamento de água. A utilização é amplamente verificada em:
o Alimentação das bacias sanitárias e dos mictórios;
o Irrigação de jardins, pomares e outros cultivos;
o Limpeza de pavimentos, paredes, pátios, peças, equipamentos industriais e veículos.
o Reserva para combate a incêndio;
o Ar condicionado central ou sistemas de resfriamento;
o Espelhos e fontes d’água;
o Recarga de aquíferos.
11.4.4) COLETOR DE CHUVA ULTRA
O sistema será, basicamente, constituído por um coletor de chuva ultra a ser instalado
no telhado no sistema de calhas que incorpora o separador de folhas e o de fluxo em um
único produto. A função inicial desse coletor é retirar as folhas que possam se misturar com a
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água da chuva no telhado e desviar a descarga primária da água da chuva, podendo conter
contaminantes provenientes do telhado ou da primeira chuva.
A manutenção do equipamento é simples e ele também possui um encaixe múltiplo e
adaptador para tubos de coleta com conexões para tubos de 100 mm. Além disso, possui um
botão liga/desliga facilmente acessível, definindo com segurança o transbordamento desejado
da água da chuva.
Figura 3: Coletor de chuva ultra
Fonte: http://www.harvesting.com.br
Marca do Produto:
Harvesting
Custo = R$ 401,30
11.4.5) TANQUES DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA
A água da chuva, captada pelo sistema de coletor ultra, será armazenada em tanques
diferenciados e extremamente práticos, visto que não é necessário cavar buracos no chão para
sua instalação. Os tanques têm diversos modelos com capacidades que variam de 300 a 2460
litros, dependendo da necessidade de cada residência.
Todos os modelos são fabricados com a mais alta tecnologia em polietileno reforçado
e aditivação UV. Além disso, eles têm uma boa relação entre altura e largura o que lhe
confere ótima estabilidade e ainda possuem paredes grossas para evitar deformações e boa
opacidade para evitar a proliferação de algas, sendo assim um equipamento ideal para
armazenamento da água. O custo dos tanques varia de acordo com o modelo de R$ 300,00 a
R$ 800,00.
O diferencial desses tanques também se relaciona com a estética, visto que estão
disponíveis vários modelos, combinando sustentabilidade e uma bonita decoração para sua
casa e jardim conforme apresentado nas figuras 4, 5, 6,7 8 e 9 seguintes.
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Figura 4: Tanque modelo ânfora – 350 litros
Fonte: http://www.harvesting.com.br
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Figura 5: Tanque modelo “Slim CZ” – 650 litros
Fonte: http://www.harvesting.com.br
Figura 6: Tanque modelo “Hércules” – 1600 litros
Fonte: http://www.harvesting.com.br
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Figura 7: Tanque modelo slim – 2460 litros
Fonte: http://www.harvesting.com.br
Figura 8: Tanque square – 300 litros
Fonte: http://www.harvesting.com.br
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Figura 9: Tanque modelo slim 2 em 1 – 300 litros
Fonte: http://www.harvesting.com.br
O sistema pode ser aplicado tanto em residências em construção, com rede hidráulica
separada da rede de água potável da rua, e incluir o uso em descarga de banheiros e torneiras
externas, como em casas já construídas. Não sendo possível mexer nas instalações existentes,
é possível aproveitar a água de chuva externamente, para jardins, limpeza de pisos e calçadas,
lavar carros, entre outros usos, constituindo assim uma solução hidráulica altamente
sustentável.
11.4.6) TUBULAÇÃO VERDE
A tubulação utilizada para a construção da parte hidráulica de uma residência é feita
basicamente de um polímero denominado PVC (policloreto de vinil) que é um produto de
origem fóssil e, portanto, de fontes não renováveis. A empresa brasileira Braskem
desenvolveu um plástico verde extraído de etanol (cana-de-açúcar) para suprir essa demanda
ecológica e proporcionando uma produção realizada 100% de fontes renováveis.
Para cada tonelada de polietileno verde produzido são capturados e fixados até 2,5
toneladas de CO2 na atmosfera, segundo informações da empresa que gastou cerca de R$ 500
milhões na implementação do projeto. Este material é resultado de um grande investimento
em inovação, além de fortalecer um compromisso com o meio ambiente promovido pela
diminuição das emissões de gases do efeito estufa. Além disso, a criação dos plásticos verdes
inaugura uma nova fase na cadeia produtiva do plástico, gerando soluções sustentáveis no
setor. Todos os produtos manufaturados que possuem o plástico verde da “BRASKEM” são
identificados pelo selo “I’m green” que foi desenvolvido com a finalidade de ser simples e
direto na comunicação, de modo que o público valorize os produtos fabricados com
componentes renováveis, promovendo assim um futuro mais sustentável. A Figura 10
apresenta a linha de produção dos plásticos verdes acima mencionados.
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Figura 10: Linha de produção dos plásticos verdes chamados “I´m green”
Fonte: http://www3.braskem.com.br/upload/rao/2010/pt/im-green-selo-de-fontes-renovaveis.html
A utilização dos plásticos verdes já começou a se disseminar no mercado da
construção civil visto que a Tigre, multinacional brasileira líder na fabricação de tubos,
conexões e acessórios no país e uma das maiores do mundo, firmou uma nova parceria com a
Braskem, para a compra de polietileno verde de fonte 100% renovável – o etanol. O plástico
verde está sendo utilizado na fabricação da nova linha de grelhas, que passa a ser chamada de
Grelha Ecológica Tigre, lançada no mês de março deste ano pela empresa Tigre conforme
apresentado na Figura 11.
Figura 11: Grelha ecológica da Tigre
Fonte: http://clickobra.com/news/produtos/tigre-traz-a-construcao-civil-primeiro-produto-feito-com-plastico-
verde-da-braskem
11.4.7) ECO SHOWER
Segundo Rocha et al (1999), a maior parte do consumo de água em uma residência é
derivada da utilização de chuveiros elétricos. Por isso, se torna necessário a criação de
mecanismos sustentáveis de consumo conforme a descrição da figura 12 abaixo:
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Figura 12: Gráfico da distribuição do consumo de água em uma residência
Fonte: Rocha, 1999
O sistema Eco Shower é um controlador manual de temperatura de chuveiro que
promove economia de água e energia elétrica. Foi desenvolvido pela empresa “Eco Shower”
e testado pela Universidade Federal de Itajubá. De acordo com os testes, há uma proporção
de economia de água e energia superiores a 40%, sendo de fácil instalação e baixo custo.
Além da economia de água e energia proporcionadas, o sistema oferece total
segurança contra choques elétricos, conforto e praticidade no ajuste da temperatura do banho
e ainda prolonga a vida útil do chuveiro e da resistência elétrica.
Figura 13: Eco Shower
Fonte: http://www.ecoshower.com.br/
Marca do Produto:
ECO SHOWER
Custo = R$ 128,00
11.4.8) TORNEIRAS SUSTENTÁVEIS
As torneiras sustentáveis com mecanismo de fechamento automático constituem uma
excelente solução sustentável hidráulica, visto que podem proporcionar uma economia de até
60% da água consumida. Esta torneira pertence ao conjunto de componentes hidráulicos
desenvolvidos com o objetivo de aliar a redução no consumo de água com o conforto do
usuário. Seu acionamento é manual e seu fechamento é automático, o que contribui para
evitar desperdícios.
A economia se dá uma vez que o jato é fechado automaticamente e a passagem da
água pode ser regulada, permitindo ao consumidor controlar a vazão da água que sai da
torneira. Seu corpo de design moderno e robusto é construído em plástico de engenharia,
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matéria-prima 100% reciclável e altamente resistente, tanto do ponto de vista mecânico como
térmico. É indicada para banheiros de pequenos comércios, locais de grande circulação ou até
mesmo de uso residencial.
Figura 14: Torneiras sustentáveis
Fonte: http://store.greenvana.com/Torneira-Fechamento-
Automatico-para-Lavatorio-de-Mesa-601/p
Marca do Produto:
LORENZETTI –
SMART SYSTEM
Custo = R$ 142,90
11.4.9) CAIXAS D´ÁGUA
As caixas d’água são componentes indispensáveis para a instalação hidráulica de uma
residência e devem prioritariamente armazenar a água que será consumida pelos moradores
com qualidade, de modo a não comprometer a saúde de seus usuários. No mercado, existem
basicamente dois tipos de caixa d’água: as fabricadas com amianto ou polietileno.
O amianto é uma fibra mineral extraída fundamentalmente de rochas compostas de
silicatos hidratados de magnésio. Existem alguns estudos na área que apontam a existência de
substâncias cancerígenas em sua composição e que a utilização do amianto como matéria
prima para a fabricação de reservatórios de água é um grande risco a saúde. Porém, outros
afirmam que a massa formada pela mistura de amianto e cimento não é prejudicial à saúde,
pois o cimento faz com que o amianto não se “desprenda” da caixa d’água, conforme afirma
a Eternit, líder em fabricação de telhas e caixas d’água de amianto no Brasil.
Entretanto, nos últimos anos as caixas de amianto estão sendo substituídas pelas de
plástico (polietileno), que são mais leves, mais fáceis de montar, não quebram com facilidade
e, principalmente, não liberam substancias cancerígenas na água.
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Por isso, a grande maioria das caixas d’água comercializadas no Brasil é fabricada
com o plástico polietileno, que é um material reciclável e, portanto, sustentável. Apesar da
menor durabilidade (20 a 30 anos), os materiais fabricados pela empresa BRASILIT não
prejudicam o meio ambiente do mesmo modo que o amianto, visto que são compostos
plásticos atóxicos, laváveis e indicados para água potável. Seguem abaixo descrição dos dois
produtos citados:
Figura 15: Caixas d’água de polietileno e amianto
Fonte: http://construcaosaojose.blogspot.com.br/2011/03/caixas-dagua-plastico-x-cimento-amianto.html
11.4.10) ÁGUAS DE REUSO
O aumento populacional acompanhado pelas mudanças climáticas globais contribui
para o acréscimo na demanda pelos recursos hídricos. Embora a água existente seja um
recurso renovável, ela tende a se deteriorar em função do seu uso indiscriminado o que
compromete, consequentemente, a quantidade de água com qualidade disponível para
consumo nas diversas localidades.
A quantidade de água disponível no planeta é sempre a mesma já que está sempre
sendo renovada através do ciclo hidrológico. Entretanto, a água de qualidade para consumo
está se tornando rara.
Sabe-se que o ciclo hidrológico se constitui basicamente do transporte de massas
d’água do oceano para atmosfera por evaporação e da atmosfera através de precipitações,
escoamentos superficiais e subterrâneos para os oceanos, influenciando diretamente a
distribuição e extensão dos corpos d’água continentais. Muitas regiões têm sofrido alterações
resultantes das diferentes formas de interferência humana sobre o ambiente. Exemplos são o
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surgimento de metrópoles, dragagens, desmatamentos desenfreados e a construção de
represas. Segundo Bloch (2002),
“97% de toda a água da terra encontra-se nos oceanos. Somente,
0,62% correspondem à água doce. Deste percentual,
aproximadamente, metade corresponde a águas subterrâneas.”
À medida que a população aumenta, a deteriorização dos mananciais se acentua e
assim, surgem problemas de abastecimento que atualmente estão merecendo a atenção e
preocupação de populações e autoridades do mundo. Desta forma é necessário que haja uma
gestão integrada do recurso água, incentivando-se o seu uso racional, favorecendo o
desenvolvimento de sistemas sustentáveis como forma de prevenção contra a escassez.
A água doce está distribuída de forma desigual sobre o planeta. A disponibilidade de água no
Brasil é significativa, entretanto ela esta distribuída de forma irregular sobre o território (69%
da água doce encontram-se na Região Amazônica e 31% nas demais regiões, as quais
concentram 95% da população do País). Segundo o Departamento Nacional de Águas e
Energia Elétrica, a atual ANEEL (2012),
“a distribuição dos recursos hídricos, está na proporção de 68,5%
para a região Norte, 3,3% Nordeste, 6,0% Sudeste, 6,5% Sul e 15,7%
Centro-Oeste.”
O reuso de água domiciliar pode ser considerado como alternativa em tempos de
escassez. Segundo dados do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente dos 8 %
totais de água consumida no Brasil, 43% são para uso domiciliar, 40% para a agricultura e
17% para indústria. (Ambiente das Águas - Semads/GTZ). Desta forma o incentivo a
economia de água domiciliar será bastante representativo.
Não se trata de pensar em curto prazo, mas sim em médio e/ou a longo prazos quando
provavelmente, a exemplo do que está acontecendo em outros estados brasileiros, poderá
faltar água de qualidade para consumo. Neste sentido o reuso das águas cinza, que são as
águas provenientes de todas as atividades domésticas com exceção de fontes de águas negras
tais como sanitários bidês e urinol, estão sendo estudadas com vistas ao reuso, no caso da
irrigação como em sanitários.
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Estudos realizados para verificação das quantidades de água utilizadas em uma
residência como ilustrado no Gráfico 1, demonstram que 29% da água consumida é
direcionada para bacias sanitárias e 28% para utilização em chuveiros (Revista Brasileira de
Saneamento e Meio Ambiente, 2002). Desta forma, as águas cinza provenientes de pias e
chuveiros poderiam ser quase que totalmente aproveitadas nas bacias sanitárias. Existem
outras pesquisas, tais como as de Mieli (2001),
“sobre consumo de água domiciliar com resultados que se
aproximam deste. Considera-se a fonte da USP para os cálculos a
serem realizados neste trabalho.”
GRÁFICO 1. Utilização de água em atividades domiciliares.
Incentiva a alternativa de reuso das águas cinza, sendo que o sistema típico de
tarifação do consumo de água nas grandes cidades brasileiras é aquele que fora consumido
multiplicado na maioria das vezes por dois, uma vez que o esgoto é tarifado na mesma conta.
Desta forma, ao se reaproveitar um litro de água, além de estarmos reduzindo o consumo,
estaremos economizando tarifa equivalente a dois litros na conta e preservando a água de
qualidade para fins nobres. As Figura 16 e 17 mostram a economia na captação do insumo
que pode ser gerada em uma residência que fizer o reuso de águas cinza. Como exemplo, uma
residência com consumo de 500 litros/dia.
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11.4.10.1) EXEMPLO SEM REUSO
FIGURA 16: Esquema da economia a ser gerada em residência com o reuso de águas cinza
Fonte: Prolagos, 2012
11.4.10.2) EXEMPLO COM REUSO DE ÁGUAS CINZA
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FIGURA 17: Esquema da economia gerada no reuso de água
Fonte: Prolagos, 2012
11.4.11) PROJETO DE SEPARAÇÃO DE ESGOTO
Figura 18:
Figura 19:
Exemplo de reuso de águas cinza
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Por serem menos poluídas que as águas negras no que diz respeito à ausência de fezes,
urina, papel higiênico e etc., as águas cinza têm recebido especial atenção, como alternativa
para reuso. Entretanto, suas características devem ser levadas em consideração ao se avaliar
as possibilidades de reuso incluindo inclusive pré-tratamento.
O reuso das águas cinza é indicado para descargas sanitárias já que em alguns países,
como é o caso do Brasil, utiliza-se água potável para fins onde a portabilidade não é
considerada fator preponderante.
11.4.12) TRATAMENTO DE ÁGUA CINZA PARA REUSO
11.4.12.1) ESTAÇÃO DE TRATAMENTO
Para minimizar drasticamente a elevada DBO (carga orgânica), se aconselha o uso de
um reator anaeróbio de alta taxa que, além de eficiente, exibe uma economia de energia
relevantemente elevada por todos os profissionais da área.
Na sequência, a SNatural demonstra um reator aeróbio de baixo consumo de energia e
reduzido tamanho (alta eficiência) para manuseio da carga orgânica residual e ajuda na
remoção de cor, turbidez e de sulfetos. Posteriormente, o processo utiliza um flotador para
separar parte do lodo não processado, aeração do tratado e, finalmente, é realizada uma
desinfecção por cloro ou por ultravioleta.
Água cinza > reator anaeróbio > reator aeróbio > Flotação > Desinfecção
Figura 20: Reatores e tubulação de desinfecção
Fonte: http://www.naturaltec.com.br/Tratamento-Agua-Reuso.html
11.4.12.2) CARACTERÍSTICAS:
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a) Pequena área;
b) Fácil operação;
c) Baixo custo;
d) Instalação rápida.
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O tratamento das águas cinza adiciona os contaminantes principais que seriam: carga
orgânica (DBO5), teor de enxofre (S) e contaminação microbiológica. A caracterização média
de uma água cinza é fornecida abaixo, na tabela 18:
11.4.12.3) CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS CINZA
Tabela 18: Parâmetros de águas cinza
Parâmetros
(mg/litro) e (S)
Lavatório Chuveiro Tanque Maq. De Lavar Cozinha Misturada
DBO5 (mg/l) 400 200 850 250 1000 700
Teor de Enxofre (S) 200 200 1100 500 250 350
Coliformes em
Termos Tolerantes
1,0E+02 1,0E+05 1,0E+03 1,0E+04 1,0E+05 1,0E+05
A legislação brasileira conta com parâmetros de qualidade para a água de reuso; as
leis publicadas para água de chuva, água cinza e esgoto sanitário são dadas abaixo, na tabela
19:
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57
Tabela 19: Legislação de Normas Normativas para o reuso da água
Água de Chuva Água Cinza Esgoto Sanitário
Contenção
Lei NR. 13.276/2002 –
São Paulo/SP
Uso
Predial
Lei NR. 10.785/2003 –
Curitiba/PR
Lei NR. 13.276/2002 –
São Paulo/SP
Lei NR. 6.345/2003 –
Maringá/PR
Lei NR. 10.785/2003
– Curitiba/PR
Lei NR. 6.345/2003
– Maringá/PR
NBR 13.969/1997
Urbano
Lei NR. 6.076/2003 –
Maringá/PR Lei n°
13.309/2002 – São
Paulo/SP NBR
13.969/1997
O reuso de água servida ou água resultante do processo de tratamento de esgotos deve
atender as instruções contidas na Norma ABNT 13.969/97.
11.5) NBR-13.969/97 - ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
(ITEM 3.2)
11.5.1) REUSO LOCAL
“No caso do esgoto de origem essencialmente doméstica ou com
características similares, o esgoto tratado deve ser reutilizado para
fins que exigem qualidade de água não potável, mas sanitariamente
segura, tais como irrigação dos jardins, lavagem dos pisos e dos
veículos automotivos, na descarga dos vasos sanitários, na
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  • 1. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 1 U N I V E R S I D A D E V E I G A D E A L M E I D A CABO FRIO REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA EDIFICAÇÃO DE UMA CASA SUSTENTÁVEL Figura 55: Casa Sustentável Fonte: http://verdecapital.wordpress.com/category/cultura-ambiental/page/9/
  • 2. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 2 Aline Beatriz Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: aline-beatriz@hotmail.com Elisane Almeida Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço de eletrônico: sanealmeida2007@hotmail.com Hannah Barthel Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: hannah_surf@hotmail.com Isabela Ferreira Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: bebela_kity@hotmail.com Leonardo Ferreira Soares Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: leonardo.soares@prolagos.com.br Moyses Mauro Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: moysesmauro@hotmail.com Patrícia do Nascimento Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: patricianasciment@hotmail.com Robson Lopes de Souza Villela Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: djvillas@hotmail.com Ana Cláudia Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: anansm92@hotmail.com Geanderson da Silva Gomes Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: geandr@hotmail.com Igor Lima Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: isoares@hotmail.com Leandro Pereira Calmon Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço de eletrônico: calmonp@gmail.com Marcelo Carlos Castro Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: mccadvogado@yahoo.com.br Paolla Mariana Aluna de Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: p.mariana@hotmail.com Raphael Soares Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: raphaelsoares12@hotmail.com Thaís Gonçalves Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: thais_hipcrazy@hotmail.com Thiago Dutra Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço de eletrônico: thigodutra.f@gmail.com Willian Almeida Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: will_sakua@hotmail.com.br Valdemir Dias da Silva Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ. Endereço eletrônico: vava1509@yahoo.com.br
  • 3. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 3 Trabalho apresentado a Professora: Eliene Flora a disciplina: Projeto Modular de Inserção do Custo Ambiental de um Produto na Cadeia Produtiva Cadeia Produtiva, do Turno da Noite, do curso de Graduação Tecnológica em Gestão Ambiental. UVA – Cabo Frio Rio de Janeiro – 03 de Dezembro de 2012
  • 4. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 4 SUMÁRIO 1) INTRODUÇÃO.....................................................................................................................9 2) JUSTIFICATIVA ................................................................................................................10 3) OBJETIVO GERAL............................................................................................................10 4) OBJETIVO ESPECÍFICO...................................................................................................11 5) METODOLOGIA................................................................................................................11 6) LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA...................................................................11 7) AGENDA 21 .......................................................................................................................13 8) GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.................................................................................13 9) INFRAESTRUTURA..........................................................................................................14 9.1) FUNDAÇÃO....................................................................................................................15 10) INSTALAÇÃO ELÉTRICA .............................................................................................19 10.1) EFICIÊNCIA ENERGÉTICA........................................................................................19 10.2) PLANTA BAIXA ELÉTRICA ......................................................................................19 10.3) LEVANTAMENTO DE MATERIAIS E CUSTOS NECESSÁRIOS POR AMBIENTES...........................................................................................................................19 10.4) OUTROS MATERIAIS .................................................................................................22 10.5) ORÇAMENTO GERAL DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA...........................................23 10.6) MEIOS AUXILIARES PARA INSTALAÇÃO ELÉTRICA E CONSUMO SUSTENTÁVEL .....................................................................................................................23 10.7) ALTURA DAS TOMADAS ..........................................................................................23 10.8) ILUMINAÇÃO ..............................................................................................................24 10.8.1) COMENTÁRIO...........................................................................................................25 10.9) JANELAS E PORTAS ...................................................................................................25 10.10) REFLEXÃO DA LUZ NA PINTURA.........................................................................25 10.11) PAISAGISMO..............................................................................................................26 10.12) AQUECEDOR SOLAR ...............................................................................................27 10.12.1) COMENTÁRIO.........................................................................................................28 10.13) ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA.......................................................................29 10.14) DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES........................................................................29 10.14.1) PAINEL FOTOVOLTAICO .....................................................................................29 10.14.2) CONTROLADOR DE CARGA................................................................................30
  • 5. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 5 10.14.3) BATERIA..................................................................................................................30 10.14.4) INVERSOR ...............................................................................................................30 10.14.5) BOMBEAMENTO DE AGUA SOLAR FOTOVOLTAICA...................................30 10.14.6) CUSTOS INDIVIDUAIS E GERAIS DAS INSTALAÇÕES DOS PAINÉIS FOTOVOLTAICOS ................................................................................................................30 10.14.7) COMENTÁRIO.........................................................................................................31 10.15) GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL NO PROCESSO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA ..............................................................................................................................32 10.15.1) GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE ESTALAÇÕES ELÉTRICAS ..............32 10.16) SOLUÇÕES PARA RESÍDUOS ELÉTRICOS...........................................................33 10.17) SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ...33 11) PARTE HIDRÁULICA DE UMA RESIDÊNCIA AUTOSSUSTENTÁVEL.................35 11.1) GERAÇÃO DE RESÍDUOS HIDRÁULICOS..............................................................35 11.2) DESTINAÇÃO E APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS HIDRÁULICOS............35 11.3) PROJETO HIDRÁULICO COMUM.............................................................................36 11.4) PROJETO HIDRÁULICO SUSTENTÁVEL................................................................37 11.4.1) MECANISMO DE SAÍDA UNIVERSAL DUAL FLASH........................................37 11.4.2) SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA..............................................38 11.4.3) REGRAS INTERNACIONAIS SOBRE SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA ................................................................................................................38 11.4.4) COLETOR DE CHUVA ULTRA...............................................................................40 11.4.5) TANQUES DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA ...................................................40 11.4.6) TUBULAÇÃO VERDE ..............................................................................................44 11.4.7) ECO SHOWER ...........................................................................................................45 11.4.8) TORNEIRAS SUSTENTÁVEIS ................................................................................46 11.4.9) CAIXAS D´ÁGUA......................................................................................................47 11.4.10) ÁGUAS DE REUSO.................................................................................................48 11.4.10.1) EXEMPLO SEM REUSO......................................................................................51 11.4.10.2) EXEMPLO COM REUSO DE ÁGUAS CINZA...................................................51 11.4.11) PROJETO DE SEPARAÇÃO DE ESGOTO ...........................................................52 11.4.12) TRATAMENTO DE ÁGUA CINZA PARA REUSO..............................................54 11.4.12.3) CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS CINZA.......................................................56
  • 6. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 6 13) LAJES................................................................................................................................65 13.1) MATERIAIS UTILIZADOS PARA CONSTRUÇÃO..................................................66 13.2) ORÇAMENTO:..............................................................................................................66 13.3) LAJE PRÉ-MOLDADA.................................................................................................66 14) ALVENARIA....................................................................................................................68 14.1) NÃO SUSTENTÁVEL ..................................................................................................68 14.2) ELEMENTO DE ALVENARIA TRADICIONAL........................................................68 14.2.1) ELEMENTOS CERÂMICOS .....................................................................................69 14.2.2) TIJOLO CERÂMICO MACIÇO (COMUM OU CAIPIRA)......................................69 14.2.3) BLOCO CERÂMICO..................................................................................................70 14.2.4) ELEVAÇÃO DA ALVENARIA TRADICIONAL ....................................................72 14.2.5) PAREDE DE TIJOLOS FURADOS...........................................................................72 14.2.6) EXECUÇÃO DE ALVENARIA UTILIZANDO TIJOLOS FURADOS...................73 14.3) ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO - PREPARO E APLICAÇÃO.......................73 14.3.1) PREPARO DA ARGAMASSA PARA ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO..............................................................................................................................74 14.3.2) EXEMPLO ..................................................................................................................74 14.3.2.1) APLICAÇÃO ...........................................................................................................74 14.3.2.2) QUANTIDADE DE TIJOLOS.................................................................................76 14.3.2.2.1) TIPOS DE TIJOLOS E BLOCOS.........................................................................78 14.3.2.2.2.1) TIJOLO CERÂMICO FURADO .......................................................................78 14.3.2.2.2.1.1) VANTAGENS.................................................................................................79 14.3.2.2.2.2) TIJOLO FURADO (BAIANO)..........................................................................79 14.3.2.2.2.2.1) VANTAGENS.................................................................................................79 14.3.2.2.2.2.2) DESVANTAGENS .........................................................................................79 14.4) SUSTENTÁVEL............................................................................................................80 14.4.1) BLOCOS DE ENTULHO ...........................................................................................80 14.4.2) TIJOLO DE TERRA ...................................................................................................80 14.4.2.1) TIJOLO DE SOLO-CIMENTO ...............................................................................81 14.4.2.1.1) VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO TIJOLO DE SOLO-CIMENTO ............83 15) TELHADOS ......................................................................................................................84 15.1) MATERIAIS UTILIZADOS PARA CONTRUÇÃO:...................................................85
  • 7. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 7 15.2) ORÇAMENTO:..............................................................................................................86 15.3) LEIS................................................................................................................................86 15.4) PASSO A PASSO ..........................................................................................................88 15.5) UMA GRANDE DÚVIDA É ESCOLHER O TIPO DE TELHA .................................89 15.6.1) OPTE POR MODELOS DE TELHAS MAIS SUSTENTÁVEIS ..............................92 15.6.2) TELHA DE FIBRA VEGETAL: PRODUÇÃO E USO SUSTENTÁVEL................93 15.6.3) MATERIAIS SUSTENTÁVEIS DA LAJE E TELHADO.........................................97 15.6.4) ORÇAMENTO............................................................................................................98 16) PISOS E REVESTIMENTOS...........................................................................................98 16.1) MATERIAL UTILIZADO NO PISO.............................................................................98 16.2) TABEIRAS.....................................................................................................................99 16.3) FRETE............................................................................................................................99 16.4) PÓ DE MÁRMORE.......................................................................................................99 17) PINTURA........................................................................................................................100 17.1) TINTA ECOLÓGICA ..................................................................................................100 17.2) RESÍDUOS DA PINTURA..........................................................................................100 17.3) FORMA CORRETA DE DESCARTE DE RESÍDUOS DE TINTAS........................100 18) ESQUADRIAS................................................................................................................101 18.1) ESQUADRIAS DE PVC..............................................................................................102 18.1.1) RECICLAGEM DO PVC..........................................................................................103 18.1.2) OS DESTAQUES DAS ESQUADRIAS DE PVC ...................................................103 18.2) ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO .................................................................................104 18.2.1) RECICLAGEM DO ALUMÍNIO .............................................................................104 18.2.2) ALUMÍNIO CONVENCIONAL ..............................................................................107 18.2.3) ALUMÍNIO SUSTENTÁVEL..................................................................................108 18.2.3.1) CUSTO DO ALUMÍNIO.......................................................................................108 18.3) ESQUADRIAS EM VIDRO ........................................................................................109 18.3.1) TECNOLOGIA, DESIGN E VERSATILIDADE DO VIDRO CONVENCIONAL109 18.3.1.1) ABRASIPA ............................................................................................................109 18.3.1.2) AL PUXADORES..................................................................................................109 18.3.1.3) ANAVIDRO...........................................................................................................110 18.3.1.4) BOTTERO DO BRASIL........................................................................................111
  • 8. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 8 18.3.1.5) DIAMANFER ........................................................................................................111 18.3.1.6) IDEIA GLASS........................................................................................................112 18.3.1.7) ROLLIT..................................................................................................................113 18.3.1.8) SPACE GLASS ......................................................................................................113 18.3.1.9) WR GLASS ............................................................................................................114 17.3.2) CUSTO CONVENCIONAL DO VIDRO.................................................................114 18.3.3) TECNOLOGIA, DESIGN E VERSATILIDADE DO VIDRO SUSTENTÁVEL...115 18.3.3.1) BELGA METAL/ BELCOM .................................................................................115 18.3.3.2) MOSTRA FUSING (TÉCNICA DA ARTE EM VIDRO COM A ARTISTA PLÁSTICA LOIRE NISSEN)..... ..........................................................................................116 18.3.3.3) ARBAX ..................................................................................................................116 18.3.3.4) CBVP (COMPANHIA BRASILEIRA DE VIDROS PLANOS)...........................117 18.3.3.5) MAKIT ...................................................................................................................117 18.3.3.6) COLLOR GLASS...................................................................................................118 18.3.4) CUSTO DO VIDRO SUSTENTÁVEL ....................................................................119 18.3.5) VARIAÇÕES DO VIDRO........................................................................................119 18.4) ESQUADRIAS EM MADEIRA ..................................................................................120 18.5) ESQUADRIAS EM LOUÇA .......................................................................................124 18.5.1) RELAÇÃO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO DA CASA (LOUÇAS), CONVENCIONAL................................................................................................................124 18.5.2) DOSSIÊ TÉCNICO DA LOUÇA .............................................................................125 19) FORMA CORRETA DE DESCARTE DE RESÍDUOS ................................................126 20) RESULTADO .................................................................................................................126 21) CONCLUSÃO.................................................................................................................125 22) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................127
  • 9. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 9 1) INTRODUÇÃO As construções podem ser avaliadas como expansões do próprio ser humano, estabelecendo uma base para as suas realizações, manifestações, anseios. Além disso, elas marcam ocorrências e encontros que revelam, assim, qualidades únicas na história. Da mesma forma que a espécie humana está sofrendo profundas mudanças, as construções também necessitam acompanhar essa evolução, pois o homem pós-moderno do século XXI e preocupado com as questões ambientais não pode persistir na construção tradicional que faziam aqueles sem o pleno conhecimento ambiental atual, todavia acerca dos impactos gerados por suas ações. Atualmente, o novo paradigma da civilização é, sem dúvida, a sustentabilidade. A humanidade percebeu que, agora, é necessário reinterpretar o conceito de desenvolvimento, contemplando com maior harmonia e equilíbrio entre ser humano e a natureza, (entre o todo e as partes econômicas, sociais, culturais e políticas) para que os recursos naturais das gerações futuras não sejam comprometidos pelas ações das presentes. No atual panorama de sustentabilidade, a construção civil desempenha um papel vital neste método, visto que, em conformidade com dados do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), este setor é responsável pela extração de 75% dos recursos naturais e, ainda, resulta mais de 80 milhões de toneladas de resíduos por ano. Ponderando a importância das edificações na história do homem, a relevância dos impactos causados pela construção civil e a interligação dos processos globais, se torna vital para adotar medidas que proporcionem construções sustentáveis utilizadas como ferramentas para o avanço da consciência ambiental de todos. Sendo assim, o desenvolvimento de projetos arquitetônicos sustentáveis é fundamental para a viabilidade da aplicação dos conceitos atuais que possibilitarão a construção de uma sociedade ambientalmente mais equilibrada, apresentando um custo-benefício lucrativo e a ciclagem deste resíduo no meio ambiente. Assim, o Brasil avança nas tecnologias de construção civil, aperfeiçoando técnicas e mão de obra, no único propósito de atender a demanda do crescimento da população mundial e sua verticalização, nas quais são apontadas, como alternativas, as construções em prédios pelos engenheiros uma opção muito favorável ao desequilíbrio humano, com pouco espaço e muita criatividade individual diversificada.
  • 10. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 10 Porém, a ideia que seria favorável, hoje esta se tornando um problema ambiental, pois em uma construção civil, em todo seu período de execução impacta diretamente e indiretamente o meio ambiente, fazendo com que o desenvolvimento se depara com a economia verde. Então, novos desafios são lançados surgindo ideias renovadoras para diversificar a arquitetura civil em diversas atividades, como a criação de telhados verdes, captura e reuso da água da chuva, reutilização da água rejeitada pelos Box e lavatórios, luminosidade inteligente, tijolos prensados, tijolos de demolição, esquadrias e caixilhos de demolição, captação e aquecimento a base de energia solar, pinturas de bases de terra, cola e água, tratamento do efluente e por fim o reuso do esgoto tratado. 2) JUSTIFICATIVA O trabalho aponta as questões de sustentabilidade comparando todas as características positivas de uma construção civil verde em contra partida de uma construção civil tradicional. Além de ser ecologicamente correta, a viabilidade do empreendimento envolve o custo e o beneficio. 3) OBJETIVO GERAL  Demonstrar os benefícios de se optar pela implantação de um sistema de gestão e reciclagem de resíduos na construção civil, abordando aspectos dos problemas gerados e as possíveis soluções e alternativas para os mesmos e exibindo uma comparação entre a forma convencional e sustentável;  Esquematizar a construção de uma casa sustentável, direcionando para a parte de infraestrutura (parte enterrada), subestrutura (estrutura, alvenaria e revestimento com azulejos e cerâmica), paredes (bloco de cimento e de tijolo), cobertura (telhado), instalações (hidráulica e elétrica), revestimento (piso, parede com gesso e massa) pintura, esquadrias, (madeira, PVC, alumínio e vidro) tinta, metais, PVC, alumínio, vidro, louças.
  • 11. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 11 4) OBJETIVO ESPECÍFICO  Viabilizar o sistema de gerenciamento de resíduos sólidos está de resíduos em obras na construção;  Comparar as instalações convencionais com as de sustentabilidade;  Focar os benefícios sociais, econômicos e ambientais, utilizando como ferramenta principal a reciclagem de resíduos;  Reduzir os impactos ambientais resultantes das construções;  Buscar o destino correto dos resíduos obtidos nos processos construtivos. 5) METODOLOGIA A metodologia aplicada neste estudo é através da investigação experimental, de uma abordagem quali-quantitativa nas revisões bibliográficas, sites, pesquisas em diferentes linhas, buscando, por meio de pesquisa de campo, informações de alguns resultados práticos obtidos nas construções piloto sustentáveis, estas que efetivam as metas deste trabalho. As soluções sustentáveis que foram definidas e serão relatadas sucintamente nesse trabalho terão um referencial para uma futura elaboração de projetos arquitetônicos de uma residência verde. 6) LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA A preocupação mundial com as consequências desastrosas derivadas das atividades Humanas, já se encontra presente nas legislações da maioria dos países. Na Carta Magna, o artigo 225 contempla a necessidade de defesa e preservação do meio ambiente: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê- lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
  • 12. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 12 Além do importante dispositivo constitucional registrado na Constituição da República Federativa do Brasil, vários diplomas legais fundamentam as diretrizes preservacionistas com vistas à implementação da sustentabilidade:  Lei nº 6.938 de 31/08/1981, da Política Nacional do Meio Ambiente: “Dos diplomas infraconstitucionais é a mais importante e define a responsabilidade de agentes poluidores causadores de dano independentemente de culpa. Autoriza o Ministério Público a patrocinar ações de responsabilidade civil para indenizar/recuperar prejuízos causados. Criou a obrigatoriedade dos EIA-RIMA.”  Lei 7.347 de 24/07/1985, da Ação Civil Pública: “Lei dos interesses difusos dispondo sobre a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, entre outros dispositivos.”  Lei 9.605 de 12/02/1998, dos Crimes Ambientais: “Reformula a legislação ambiental no que se refere a crimes e as respectivas punições.”  Decreto nº 6.514 de 22/07/2008: “Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas relativas ao meio ambiente estabelecem o processo administrativo federal para a apuração e dá outras providências.”
  • 13. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 13  Resolução nº 307 de 05/07/2002, CONAMA: “Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão de resíduos da construção civil.”  Resolução nº 308 de 21/03/2002, CONAMA: “Estabelece o licenciamento ambiental para a disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno porte.” Além dos dispositivos legais federais, dispõe-se também de vasta legislação oriunda dos poderes legislativos estaduais e municipais que complementam os dispositivos federais, instituindo uma ampla proteção e preservações das condições ambientais propiciam ao incremento da sustentabilidade. 7) AGENDA 21 A Agenda 21 viabiliza o novo padrão de desenvolvimento ambiental racional estruturado em quatro seções que tratam dos temas: a) Dimensões econômicas e sociais; b) Conservação e questão de recursos para o desenvolvimento; c) Medidas para a promoção e proteção de alguns segmentos sociais e; d) Revisão dos instrumentos necessários para a execução das ações propostas. 8) GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Resíduo é o que sobra de algum processo ou de atividade, em estado sólido, líquido ou gasoso. Segundo a NBR 9.896 da ABNT, se define resíduo como:
  • 14. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 14 “material ou resto de material cujo proprietário ou produtor não mais considera como valor suficiente para conservá-lo.” A gestão de resíduos sólidos é um conjunto de atitudes (comportamentos, procedimentos, propósitos) que apresentam como objetivo principal, a eliminação dos impactos ambientais negativos, associados à produção e à destinação do lixo. A gestão de resíduos sólidos pode diminuir, e, em alguns casos, evitar os impactos negativos decorrentes das diferentes atividades, propiciando níveis crescentes de qualidade de vida, saúde pública e bem-estar social, além de gerar uma minimização de despesas com a recuperação das áreas degradadas, da água e do ar poluídos, possibilitando a aplicação desses mesmos recursos em outras áreas de interesse para a população. 9) INFRAESTRUTURA A construção civil é o segmento que mais consome matérias-primas e recursos naturais no planeta e é o terceiro maior responsável pela emissão de gases do efeito estufa à atmosfera, compreendidos aí toda a cadeia que une fabricantes de materiais e usuários finais (construtoras, empreiteiras, etc.). A Construção Sustentável tem, portanto, papel fundamental no desenvolvimento e incentivo de toda uma cadeia produtiva que possa alterar seus processos para um foco mais ecológico, de forma a reverter o quadro de degradação ambiental, bem como para preservar os recursos naturais para futuros usos e as gerações vindouras. No processo inicial de uma construção civil deve haver o planejamento e o controle da obra. Mitigar seus devidos impactos ambientais e ter a correta destinação final das suas sobras. Uma obra de engenharia civil gera muita poluição e a melhor forma para reduzir este impasse é o aproveitamento dos materiais através de métodos no uso de ferramentas e estruturas inteligentes e a reutilização das sobras da construção (pedaços de concreto, tijolos quebrados, tacos de madeira, pedaços de ferro). O que poder ser reaproveitado é armazenado, e o que puder ser reciclado é enviado para reciclagem. A infraestrutura diz respeito às instalações utilizadas pelos trabalhadores e toda montagem realizada para execução da obra, essa estrutura deve apresentar o mínimo de
  • 15. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 15 perturbações possíveis ao meio ambiente, buscando assim um canteiro ecologicamente correto. Diretrizes para uma Construção Sustentável:  Pensar em longo tempo o planejamento da obra;  Eficiência energética;  Uso adequado de água e reaproveitamento;  Uso de técnicas passivas das condições e dos recursos naturais;  Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas;  Gestão de resíduos sólidos: reciclar, reutilizar e reduzir;  Conforto e qualidade interna dos ambientes;  Permeabilidade do solo;  Integrar transporte de massa e/ou que alterem do conceito do projeto. Por esse motivo é muito importante a aquisição de mão de obra treinada e qualificada. De acordo com a pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a construção é um dos quatro setores em que o instituto prevê falta de mão de obra qualificada, com a estimativa de um déficit de mais de 38 mil trabalhadores. 9.1) FUNDAÇÃO É preciso corrigir desníveis do solo e sempre que possível, manter o terreno acima do nível da rua para evitar que a água das chuvas entre nele e futuramente inunde toda casa. Na fase de marcação da casa, tomando por base o projeto, constrói-se, um gabarito em madeira, que vai definir o espaço a ser ocupado pela residência em si. Ele definirá uma área em torno da casa, que vai orientar os trabalhadores com relação ao local onde será preparada a fundação. Esta madeira ao ser descartada pela obra pode ser levada para usina de compostagem e depois de triturada é reaproveitada como sedimento de solo para reflorestamento, plantações e jardins.
  • 16. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 16 Sabendo-se o tipo de fundação que será utilizado, é preciso pegar com o engenheiro calculista, o engenheiro RT ou o mestre de obras, os quantitativos dos materiais que serão utilizados e comprá-los, basicamente: areia lavada, cimento, brita e ferros de diferentes medidas. Normalmente, pela quantidade baixa, não é vantajoso comprar concreto usinado (pronto). Por isso, pode ser necessário também alugar uma betoneira para misturar o concreto. Na etapa da fundação para que seja feita as sapatas, há a retirada de uma parte do solo, que pode ser reaproveitado para a própria nivelação do terreno. Na definição da fundação a sondagem ainda é a maneira garantida para selecionar. A partir do momento em que são conhecidos os solos existentes no terreno, o projetista de estrutura determinará a mais indicada para o projeto, dimensionando a resistência do concreto e as respectivas profundidades. Outro ponto importante é verificar nos projetos de instalações hidráulicas e elétricas os pontos em que os tubos ficarão embutidos na estrutura. Por isso, a presença do engenheiro é obrigatória no dia da execução das fundações. Neste caso usaremos a fundação rasa porque são recomendadas para terrenos firmes e de boa resistência. A execução é mais simples que as indiretas, e o custo é menor. A superestrutura é ligada à fundação por pilares e se caracteriza pela transmissão de carga da estrutura ao solo por meio das pressões distribuídas pela base. As sapatas são interligadas por vigas baldrames, que servem como apoio para a execução de toda alvenaria. Com isso, elas absorvem o peso da viga baldrame, concentram no bloco da sapata e distribuem para o solo. A obtenção de areia e pedra natural vem se tornando cada vez mais difícil devido ao esgotamento das jazidas próximas aos centros urbanos (decorrente ao longo período de exploração) e as restrições dos órgãos de fiscalização ambiental para extração deste material. Então, para que a obra se torne sustentável é necessário à substituição desta areia por uma reciclada de construção civil, juntamente com a brita também reciclada e cimento ecológico para o preparo do concreto. Este material reciclado vem das construções que ao invés de serem destinados pelos terrenos, acumulando e trazendo sérios danos ao meio ambiente (inclusive um terrível impacto visual para cidade), são reaproveitados gerando renda para muitos cidadãos.
  • 17. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 17 Assim como dispõe e implementa a Resolução CONAMA 307/2002 - art. 2º: “IV - Agregado reciclado: é o material granular proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresentem características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de infra-estrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia; V - Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;” A indústria do cimento responde a quase 5% das emissões mundiais de gás carbônico. Isso ocorre porque o processo de produção de cada tonelada de clínquer (seu principal componente) libera na atmosfera a mesma quantidade de CO2. A saída para combater tamanho impacto no aquecimento global é reduzir a porcentagem desse ingrediente na fórmula. O cimento ecológico, por tanto, é aquele que em sua fabricação proporciona uma redução de emissão de CO2, também em sua fórmula. Para a formação da subestrutura o bloco é muito bem empregado. Eles possuem baixo índice de absorção inicial, menor quantidade de juntas de movimentação e maior conforto termoacústico. Garantem também diminuição de carga na fundação e maior rendimento da mão de obra em razão do peso. Se comparado ao tijolo comum o bloco de cimento rende mais porque a mão de obra executa a alvenaria mais rapidamente. É o mais resistente de todos e o desperdício causado pela quebra do material é muito mais inferior do que a do tijolo baiano. Em sua composição é utilizado: cimento Portland, agregados (areia, pedra, etc.) e água, senda ainda permitido o uso de aditivos, desde que não acarretem em prejuízo as características do produto. Sua fabricação pode ser feita de forma artesanal e não necessita da utilização de energia elétrica. O setor da siderúrgica também é um grande reciclador. Boa parte do aço destinado a reforço de concreto armado produzido no país é proveniente do processo de arco elétrico, que
  • 18. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 18 utiliza como matéria prima quase que exclusivamente sucata. A reciclagem desta sucata permitiu economizar em 1997 cerca de 6 milhões de toneladas de minério de ferro, evitou a geração de cerca de 2,3 milhões de toneladas de resíduos e de cerca de 11 milhões de toneladas de CO2. 10) INSTALAÇÃO ELÉTRICA 10.1) EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A descoberta das cargas elétricas por Talles de Mileto na Grécia foi fundamental para dar partida aos avanços tecnológicos que contemplamos nos tempos atuais. Os avanços tecnológicos atuais são de extrema importância para a vida atual, pois tudo que é utilizado está direta ou indiretamente relacionado à energia elétrica, daí a importância em consumi-la com responsabilidade. Atualmente as usinas hidrelétricas geram aproximadamente 18% da energia mundial, porém no Brasil as usinas hidrelétricas são responsáveis por aproximadamente 95% da energia nacional, restando apenas 5% da geração energia por fontes alternativas. Apesar da geração de energia por hidrelétricas não emitir nenhum tipo de poluente, sua instalação custa ao meio ambiente grande impacto. Por isso, é necessária uma série de licenças ambientais emitidas, após um estudo aprofundado desses impactos gerados pela construção da barragem. Os principais impactos causados pelo alagamento são sociais e ambientais. Os impactos sociais são a remoção de tribos indígenas, população ribeirinha e pequenos agricultores, pois, com a barragem do rio, é criado um grande lago artificial, alterando, assim, as margens do rio. Os impactos ambientais ocorridos são a destruição de grandes áreas de vegetação natural, matas ciliares, imensos prejuízos à fauna e flora local, desmoronamento das margens, assoreamento dos rios, possibilidades de transmissão de algumas doenças (como exemplo a Malária), extinção de algumas espécies de peixes e etc. Com intuito de diminuir a necessidade de construção de novas hidrelétricas, se devem encontrar soluções que possam minimizar a necessidade de consumo da energia gerada por essas instalações, uma vez que a demanda tende a aumentar e, com isso, a necessidade de geração será maior. Portanto, se exibe soluções sustentáveis para a construção residencial, evitando desperdícios de material, diminuição do consumo de energia elétrica, através de
  • 19. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 19 simples técnicas, além de apresentar soluções de energia renovável e gerenciamento dos resíduos gerados durante a instalação elétrica. 10.2) PLANTA BAIXA ELÉTRICA Figura 20: Planta da parte elétrica da casa sustentável Fonte: Projeto Elétrico: Antônio Rodrigues de Almeida CREA-RJ nº 201052627-9 10.3) LEVANTAMENTO DE MATERIAIS E CUSTOS NECESSÁRIOS POR AMBIENTES Os cálculos seguintes foram divididos por ambientes de forma a alcançar o máximo de economia numa instalação, primando pela preocupação ambiental e segurança.
  • 20. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 20 QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL 75 MTS FIO 2,5mm 0,75R$ 56,25R$ 25 MTS FIO 1,5mm 0,45R$ 11,25R$ 1 UNID DISJUNTOR MONO 15A 8,00R$ 8,00R$ 4 UNID PLAFONIER 4,00R$ 16,00R$ 4 UNID TOMADAS 10A 4,65R$ 18,60R$ 1 UNID INTERUPTOR 1 SEÇÃO 3,85R$ 3,85R$ 1 UNID TOMADA COM1 SEÇÃO 6,75R$ 6,75R$ 1 UNID TOMADA COM2 SEÇÕES 9,65R$ 9,65R$ 4 UNID CAIXA 4 X 4 OITAVA P/ LAJE 4,90R$ 19,60R$ 7 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 24,50R$ 25 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 33,75R$ 5 MTS CONDUITE CORRUG 1/2 1,40R$ 7,00R$ 215,20R$ C1 SUB-TOTAL QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL 120 MTS FIO 2,5mm 0,75R$ 90,00R$ 10 MTS FIO 1,5mm 0,45R$ 4,50R$ 1 UNID DISJUNTOR MONO 15A 8,00R$ 8,00R$ 2 UNID PLAFONIER 4,00R$ 8,00R$ 7 UNID TOMADAS 10A 4,65R$ 32,55R$ 2 UNID INTERUPTOR 1 SEÇÃO 3,85R$ 7,70R$ 2 UNID CAIXA 4 X 4 OITAVA P/ LAJE 4,90R$ 9,80R$ 9 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 31,50R$ 35 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 47,25R$ 239,30R$ C2 SUB-TOTAL  Cômodo 1 Tabela 1: Sala, circulação, banheiro e varanda da frente. Na varanda da frente foi economizado uma caixa retangular pequena e um interruptor, pois se integrou ao interruptor da sala. Na sala podemos reparar que na parede direita foi aproveitada a descida do ramal para puxar uma nova tomada na mesma parede. Ainda foi aproveitado o ramal encaminhado a caixa redonda superior da área de circulação, evitando puxar o ramal direto do quadro de distribuição. Foi aproveitada a instalação do conduite e da caixa retangular pequena do interruptor para colocação de uma tomada.  Cômodo 2 Tabela 2: Quartos No Quarto 1, foi aproveitado de um interruptor e colocado uma tomada junto para aproveitar a instalação do conduite e da caixa retangular pequena. Pode-se ver ainda perceber
  • 21. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 21 QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL 45 MTS FIO 2,5mm 0,75R$ 33,75R$ 10 MTS FIO 1,5mm 0,45R$ 4,50R$ 1 UNID DISJUNTOR MONO 20A 8,00R$ 8,00R$ 2 UNID PLAFONIER 4,00R$ 8,00R$ 3 UNID TOMADAS 10A 4,65R$ 13,95R$ 1 UNID TOMADA COM2 SEÇÕES 9,65R$ 9,65R$ 2 UNID CAIXA 4 X 4 OITAVA P/ LAJE 4,90R$ 9,80R$ 4 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 14,00R$ 16 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 21,60R$ 5 MTS CONDUITE CORRUG 1/2 1,40R$ 7,00R$ 130,25R$ C3 SUB-TOTAL QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL 20 MTS FIO 4,0mm 1,20R$ 24,00R$ 1 UNID DISJUNTOR MONO 40A 7,00R$ 7,00R$ 5 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 6,75R$ 37,75R$SUB-TOTAL C4 na parede esquerda o aproveitamento da descida do ramal para instalação de uma tomada, para instalação de uma segunda tomada. No Quarto 2, foi aproveitado de um interruptor e colocado uma tomada junto para aproveitar a instalação do conduite e da caixa retangular pequena. Pode-se ver ainda perceber na parede superior o aproveitamento da descida do ramal para instalação de uma tomada, para instalação de uma segunda tomada.  Cômodo 3: Tabela 3: Cozinha e área de serviço Na área de serviço foi economizada uma caixa retangular pequena e um interruptor, que se integrou ao interruptor da cozinha. Na cozinha foi colocada uma tomada junto ao interruptor aproveitando a instalação do conduite e caixa retangular. Na parede esquerda se observa que foi aproveitada a descida do ramal da instalação de uma tomada para incluir outra tomada, na mesma parede.  Cômodo 4: Tabela 4: Chuveiro
  • 22. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 22 QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL 15 MTS FIO 4,0mm 1,20R$ 18,00R$ 1 UNID DISJUNTOR MONO 30A 6,00R$ 6,00R$ 1 UNID TOMADA 20A 8,00R$ 8,00R$ 1 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 3,50R$ 7 MTS CONDUITE LISO 3/4 3,50R$ 24,50R$ 3 UNID CURVAS 90º ELETROD 3/4 2,50R$ 7,50R$ 67,50R$ C5 SUB-TOTAL QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL 15 MTS FIO 4,0mm 1,20R$ 18,00R$ 1 UNID DISJUNTOR MONO 30A 6,00R$ 6,00R$ 1 UNID TOMADA 20A 8,00R$ 8,00R$ 32,00R$SUB-TOTAL C6 Cômodo 5: Tabela 5: Bomba D’ Água  Cômodo 6: Tabela 6: Maquina Lavar Nos cômodos 5 e 6, foram utilizadas a mesma instalação do conduite subterrâneo e da caixa retangular para conduzir a fiação da bomba de água e da maquina de lavar.
  • 23. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 23 QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL 1 UNID POSTE PADRÃO 6 MTS 400,00R$ 400,00R$ 1 UNID CAIXA DISTRIBUIÇÃO MONO 35,00R$ 35,00R$ 1 UNID CAIXA PASSAGEM 10,00R$ 10,00R$ 1 UNID ROLDANA 25,00R$ 25,00R$ 1 UNID CREMALHEIRA 15,00R$ 15,00R$ 4 UNID VARA ATERRAM. COBRE 13,00R$ 52,00R$ 1 UNID CX DISTRIB 6 DISJUNTORES 20,00R$ 20,00R$ 50 MTS CABO 10MM 7,90R$ 395,00R$ 15 MTS COND. LISO 1'' 3,00R$ 45,00R$ 2 UNID CURVAS 90º ELETROD 1'' 2,00R$ 4,00R$ 1.001,00R$SUB-TOTAL GERAL ORÇAMENTO GERAL C1 215,20R$ C2 239,30R$ C3 130,25R$ C4 37,75R$ C5 67,50R$ C6 32,00R$ OUTROS 1.001,00R$ TOTAL GERAL 1.723,00R$ 10.4) OUTROS MATERIAIS Tabela 7: Outros materiais necessários para instalação elétrica residencial 10.5) ORÇAMENTO GERAL DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA Tabela 8: Total dos Cômodos 10.6) MEIOS AUXILIARES PARA INSTALAÇÃO ELÉTRICA E CONSUMO SUSTENTÁVEL Além das mudanças de hábitos tão importantes para a economia e sustentabilidade, existem produtos no mercado como eletrodomésticos e eletroeletrônicos capazes de reduzir desperdício de energia. Além disso, outras soluções existem e auxiliam na economia dos gastos financeiros e ambientais durante a construção, como apresentado abaixo:
  • 24. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 24 10.7) ALTURA DAS TOMADAS Segundo Marcelo Melo, diretor de engenharia da Living, “ao modificar o modo de instalação das tomadas e interruptores alinhados a 1 metro do chão, diminui-se a quantidade de interruptores, fios e eletrodutos. Com isso notou-se uma redução de 2,8% dos custos das instalações elétricas. Com isso se integra tomadas e interruptores que antes estavam independentes, porém próximos.” Figura 21: Altura para instalação do conduite Fonte: http://ecoeficienteltda.blogspot.com.br/ 10.8) ILUMINAÇÃO A iluminação de uma casa representa algo em torno de 15% a 25% da conta de energia eletrica. Ao substituir as lampadas incandescentes por fluorencentes ter-se-á uma economia de cera de 80% da energia que as lâmpadas incandescentes consumiriam. Além disso a duração desse tipo de lampada e muito superior, chegando a durar até oito vezes mais que uma lampda incandescente. Essas lâmpadas são indicadas para ambientes espaçosos. Porém as lampadas de LED (Fig. 21) são as mais economicas do mercado e ainda não utilizam materias nocivos a saude na sua composição, emitem menos calor e são mais eficientes que as fluorescentes, porém o seu valor ainda é muito oneroso, outrora o custo- benefício se torna viável para investimento.
  • 25. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 25 LAMPADAS INCADENCENTES LAMPADAS FLUORESCENTES LAMPADAS LED INVESTIMENTO 1,00R$ 9,90R$ 49,90R$ POTENCIA 60W 18W 8W CONSUMO MEDIO PERIDO 5 ANOS EM WATTS 547500 164250 73000 LAMPADAS SUBSTITUDIAS 10 5 0 GASTO COM ENERGIA 358,68R$ 107,60R$ 47,82R$ GASTO COM LAMPADAS 11,00R$ 59,40R$ 49,90R$ TOTAL 369,68R$ 167,00R$ 97,72R$ CALCULO COMPARATIVO DE 1 LAMPADA PELO PERIODO DE 5 ANOS Figura 22: Lampada de LED Fonte: http://ecoeficienteltda.blogspot.com.br/ A lâmpada de LED utiliza cerca de 90% menos eletricidade do que uma lâmpada incandescente e 40% menos que uma fluorescente. A duração dessas lâmpadas também é muito superior. Além disso, as lâmpadas de LED são menos agressivas ao meio ambiente, pois não contém metais pesados como mercúrio, presentes nas fluorescentes, o que também facilita seu descarte. Tabela 9: Comparativo de custos entre as espécies de lâmpadas pelo período de 5 anos *Valores de consumo de acordo com a taxa cobrada pela ampla no mês de outubro de 2012. 10.8.1) COMENTÁRIO Na tabela (9) mostra a comparação dos gastos e manutenção de uma (1) lâmpada no período de 5 anos, entre os diferentes tipos de lâmpadas existentes no mercado. Enquanto as fluorescentes são trocadas 5 vezes, as de LEDs com o mesmo poder de iluminação têm garantia nesse período o que equivale quantidade de troca zero (0), com vida longa. Enquanto o gasto com energia elétrica de uma lâmpada fluorescente é de R$107, a LED corresponde a, no máximo, R$ 47,82. No total, considerando gastos com energia e compra de lâmpadas, a diferença das fluorescentes favorece a instalação das de LEDs, pois a diferença é de R$ 69,28, apresentando uma economia de aproximadamente 41,32%.
  • 26. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 26 10.9) JANELAS E PORTAS Utilizar portas e janelas de vidro temperado além de exibir uma estética mais bonita a obra, faz com que a iluminação solar penetre com mais facilidade ao interior da residência, diminuindo assim a necessidade de iluminação artificial. 10.10) REFLEXÃO DA LUZ NA PINTURA Pinturas em cores claras auxiliam na dispersão da luminosidade, fazendo com que não sejam necessárias luzes artificiais. Figura 23: Funcionalidade da reflexão da luz na parede de tinta clara Fonte: http://ecoeficienteltda.blogspot.com.br/ 10.11) PAISAGISMO A vegetação influencia significativamente na redução de energia elétrica, através do conforto térmico e outros benefícios que aumentam a qualidade de vida. Um dos pontos mais importantes na hora de planejar sua área de lazer é avaliar quais espécies de plantas são mais adequadas para aquela região. Plantas nativas são as mais indicadas, pois demandam menos gastos com manutenção, além de conseguir reduzir os gastos com água em até 30%.
  • 27. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 27 CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSAL C4 1 CHUVEIRO 5500 1 5500 30 165000 5500 165000 CALCULO ECONOMIA COM A UTILIZAÇÃO DE AQUECIMENTO SOLAR TOTAL Figura 24: Parte da frente da Casa Imagem: anaterrapaisagismo.com.br Além disso, as espécies nativas são de fácil acesso, elas se proliferam rapidamente na região acelerando o processo de crescimento. A vegetação pode reduzir a temperatura, aproximadamente, em 10° C abaixo em relação às áreas não arborizadas, diminuindo consideravelmente a necessidade de energia para conforto térmico. Essa é uma dica extremamente importante, eficiente e eficaz para um projeto realmente sustentável. 10.12) AQUECEDOR SOLAR Embora faça parte da instalação hidráulica do projeto, a implantação atua de forma significante para a economia de energia, pois o chuveiro elétrico é considerado um dos vilões de consumo. Tabela 10: Estimativa de economia
  • 28. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 28 KIT AQUECEDOR SOLAR 2 1 1 1 SUPLEMENTOS 30 1,50R$ 45,00R$ 1 7,00R$ 7,00R$ 861,10R$ KIT INSTALAÇÃO 809,10R$ 809,10R$ DISJUNTOR 40A MONO TOTAL MTS FIO 6mm CUSTOS DO PAINEL PLACAS COLETORAS BABY DUCHA 1 RESERVATORIO 108,09R$ 7,966155634 PLACA COLETORA MESES NECESSÁRIOS PARA QUITAR O INVESTIMENTO ECONOMIA MENSAL DO AQUECEDOR SOLAR Tabela 11: Orçamento financeiro Tabela 12: Economia de energia elétrica mensal * Valor calculado de acordo com a taxa cobrada pela ampla em Outubro de 2012 10.12.1) COMENTÁRIO O aquecedor solar é imprescindível numa residência que busca a consciência ambiental, pois sua utilização pode economizar até 100% do gasto de energia com chuveiro elétrico, correspondendo em torno de 25% a 30% de redução do custo da energia convencional de uma casa. Para a instalação inicial, se gasta aproximadamente R$900,00 (Tabela 11), sendo que esse valor é recuperado em 8 meses, através da redução da estima encontrada na conta de energia. 10.13) ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Considerando que a Região dos Lagos oferece um clima tropical marítimo, com média anual aproximada de 24°C, com verões moderadamente quentes e ventos trazidos pela Corrente das Malvinas, provenientes das correntes marítimas, se pode dizer que esta região é uma das mais secas do Sudeste, com precipitação anual de, apenas, cerca de 750 mm, não passando de 1.100 mm nas cidades mais chuvosas da região, Maricá e Saquarema.
  • 29. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 29 Deduzindo-se que a região favorece a utilização e investimentos nos setores de energias renováveis, Se optou pela energia solar fotovoltaica, pois a tecnologia está comercialmente disponível no Brasil, diferentemente das outras tecnologias como a eólica, por exemplo. Além disso, esta, embora ofereça maior desempenho na geração de energia, ainda existem dificuldades geradas pelo barulho das turbinas e também apresenta um dano ambiental que podem ser causados, quando as pás atraem pássaros, aves e morcegos. Os sistemas fotovoltaicos possibilitam a produção de energia elétrica em casa, a partir da luz solar. Sendo assim, é possível acender lâmpadas, funcionar um televisor, rádio e, até mesmo, uma pequena geladeira. O investimento necessário irá depender diretamente da potência requerida, sendo o sistema solar composto por um ou mais painéis fotovoltaicos. O custo ainda é elevado em comparação com as fontes tradicionais de energia, contudo esse custo alto vem caindo consideravelmente nos últimos anos (RÜTHER, 2004). Figura 25: Energia fotovoltaica autônoma. Fonte: Senado.Gov
  • 30. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 30 10.14) DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES 10.14.1) PAINEL FOTOVOLTAICO Converte a luz solar em energia elétrica, normalmente 12Vcc - corrente contínua. 10.14.2) CONTROLADOR DE CARGA Gerencia o carregamento da bateria, evitando sobrecargas e protegendo contra descargas abaixo do permitido. É instalado eletricamente entre o painel fotovoltaico e as baterias. Um controlador típico possui:  Entrada para os painéis fotovoltaicos;  Saída para baterias;  Saída para carga (corrente contínua - cc). 10.14.3) BATERIA Armazena a energia elétrica gerada pelo painel ao longo do dia, para ser usada à noite ou em dias muito nublados ou chuvosos. As baterias mais utilizadas em sistemas fotovoltaicos são geralmente do tipo chumbo-ácido. Deve ser do tipo “descarga profunda” ou estacionária, ou seja, podem ser descarregadas entre 20% e 80% de sua capacidade máxima e recarregada novamente todos os dias, durando muitos anos, conforme especificação do fabricante. 10.14.4) INVERSOR Converte a tensão da bateria, tipicamente de 12Vcc para 127Vca - corrente alternada, para alimentar equipamentos como televisores, rádios e outros. É um dos mais importantes e complexos componentes em um sistema de energia fotovoltaica independente.
  • 31. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 31 CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSAL C1 5 LAMPADAS DE LED 8 5 200 30 6000 8 TOMADAS 100 3 2400 30 72000 1 TOMADA BANHEIRO 200 1 200 30 6000 C2 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400 9 TOMADAS 100 3 2700 30 81000 C3 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400 4 TOMADAS COZINHA 200 5 4000 30 120000 C4 1 CHUVEIRO 5500 1 5500 30 165000 C5 1 TOMADA BOMBA 400 2 800 30 24000 C6 1 TOMADA MAQ LAVAR 600 1 600 30 18000 16560 496800TOTAL CALCULO CONSUMO ELETRICO CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSAL C1 5 LAMPADAS DE LED 8 5 200 30 6000 1 TOMADA BANHEIRO 200 1 200 30 6000 C2 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400 C3 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400 C6 1 TOMADA MAQ LAVAR 600 1 600 30 18000 1160 34800 CALCULO DE ECONOMIA DE CONSUMO ELETRICO PARA 2 PLACAS FOVOLTAICAS TOTAL CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSAL C5 1 TOMADA BOMBA 500 2 1000 30 30000 1000 30000 CALCULO DE ECONOMIA DE CONSUMO ELETRICO PARA PLACA FOVOLTAICA BOMBEAMENTO PARA CISTERNA TOTAL 10.14.5) BOMBEAMENTO DE AGUA SOLAR FOTOVOLTAICA Por necessidade, nas casas da Região dos Lagos costuma-se usar bombeamento de água da cisterna para caixa d’água, pensando nisso optou-se também por instalar um sistema com um painel fotovoltaico especialmente para essa questão. 10.14.6) CUSTOS INDIVIDUAIS E GERAIS DAS INSTALAÇÕES DOS PAINÉIS FOTOVOLTAICOS Tabela 13: Gastos de energia elétrica por mês sem os painéis fotovoltaicos e aquecedor solar Tabela 14: Estimativa de economia de consumo elétrico para tomadas e lâmpadas. Tabela 15: Estimativa de economia de consumo elétrico para bombeamento d’água.
  • 32. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 32 KIT GERADOR FOTOVOLTAICO 2 1 1 BATERIAS 2 899,00R$ 1.798,00R$ SUPLEMENTOS 1 40,00R$ 40,00R$ 50 1,20R$ 60,00R$ 10 3,00R$ 30,00R$ KIT BOMBEAMENTO DE AGUA SOLAR 1 1 SUPLEMENTOS 50 1,20R$ 60,00R$ 10 3,00R$ 30,00R$ 5.296,00R$ PAINEIS FOTOVOLTAICOS DE 135W (P) 979,00R$ 979,00R$ CONDUITE LISO 1'' CONTROLADOR DE CARGA DE 20A INVERSOR DE TENSÃO 700W, 12 Vcc PARA 120 Vac 2.299,00R$ 2.299,00R$ BATERIAS ESTACIONARIAS 220A/h CHAVE CONTATORA BOMBA SOLAR PAINEL FOTOVOLTAICO DE 85W MTS FIO 4MM MTS CONDUITE LISO 1'' MTS FIO 4MM TOTAL CUSTOS DOS PAINEIS 42,45R$ 124,7533201 ECONOMIA MENSAL DAS PLACAS FOTOVOLTAICAS DE ENERGIA SOLAR ECONOMIA MENSAL COM AS PLACAS FOTOVOLTAICAS MESES NECESSÁRIOS PARA QUITAR O INVESTIMENTO Tabela 16: Orçamento financeiro das instalações dos sistemas fotovoltaicos Tabela 17: Estimativa de economia de energia elétrica mensal *Valor calculado de acordo com a taxa cobrada pela ampla em Outubro de 2012 10.14.7) COMENTÁRIO Quanto às placas fotovoltaicas de energia solar, tanto quanto para lâmpadas e tomadas como para o sistema de bombeamento, o custo para instalação ainda é muito alto para o percentual de economia. Nesse projeto, já considerando as lâmpadas de LEDs, a economia se dá apenas em R$ 42,45 (tabela 17), com um gasto inicial de R$ 5,296,00 (tabela 16). Se dependesse da economia gerada, levaria aproximadamente 10 anos para recuperar o valor aplicado, isso sem considerar os possíveis reparos ou compra de novas baterias. Embora seja uma energia limpa, o custo oneroso e a mínima economia acabam por não incentivar sua instalação.
  • 33. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 33 10.15) GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL NO PROCESSO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA 10.15.1) GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE ESTALAÇÕES ELÉTRICAS Através de um bom planejamento, treinamento e capacitação técnica e fiscalização, os resíduos produzidos em instalações elétricas são bastante reduzidos. Esses resíduos são basicamente plásticos e cobre e estão classificados como resíduo de classe A e B respectivamente, de acordo com a resolução 307/2002 do CONAMA. Conforme a figura 26 abaixo: Figura 26: Tabela de classificação dos resíduos. Fonte: MEDAUAR, Odete, 2012, Resolução do CONAMA 307/2002. 10.16) SOLUÇÕES PARA RESÍDUOS ELÉTRICOS
  • 34. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 34 Para o aproveitamento das pontas dos fios, deverá ser separado o revestimento de plástico da parte metálica, onde a parte metálica deverá ser encaminhada a uma usina de reciclagem, ou a uma cooperativa local de reciclagem. A parte que reveste o cobre são as pontas de plástico que deverá ser acumulada e reunida com os restos de fitas isolantes e os pedaços de conduites para ser encaminhado também a uma usina de reciclagem ou a uma cooperativa local de reciclagem. 10.17) SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Não se pode desenvolver um projeto sustentável sem envolver e preocupar-se com o homem. Sendo assim, para alcançar um desenvolvimento sustentável a empresa que contrata “pessoas” como seus colaboradores, devem cuidar para prevenir acidentes, preservando a vida humana. Trabalhar é uma necessidade do cidadão e nesse caso, a eletricidade não oferece aviso, não tem cheiro, não tem cor e nem ruído. Não é quente e nem é fria e pode ser fatal. Sendo assim, ela não admite precariedade nem improvisações, exigindo responsabilidade de seus administradores e colaboradores. A NR 10 é uma aquela que trata: “das diretrizes básicas para implementação e medidas de controle e sistemas preventivos destinados a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que direta ou iniretamente interajam com as instalações.” A NR 18: “trata do meio ambiente e de trabalho na insustria da construção.” Enquanto a NBR 5410: “das instalações elétricas de baixa tensão.”
  • 35. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 35 Todas essas normas são para evitar acidentes diretos (choques, queimaduras e efeitos eletromagnéticos) e indiretos (impactos, quedas, etc.), preservando a saúde e a vida do trabalhador e dos futuros proprietários e frequentadores do empreendimento. Além de evitar riscos ao patrimônio (incêndios, explosões e corrosão eletrolítica), pois de nada adianta projetar sem planejar e executar um empreendimento, isso o torna ineficaz e consequentemente antiecológico. Rebaixando o patrimônio adquirido, como também os recursos naturais utilizados para esse fim. Portanto, é imprescindível a administração correta e um planejamento específico para realizar todas as etapas pertinentes ao serviço, rumo a uma construção verdadeiramente compromissada com o desenvolvimento sustentável. As tomadas foram distribuídas a 1 m do chão e de forma que utilizem a menor quantidade possível, gerando também economia na fiação, conduites e caixas retangulares. A caixa de distribuição foi posicionada o mais próximo possível do centro da casa, tornando a distribuição dos ramais mais econômica e utilizando menos quantidade de fios. A espessura do fio de cobre selecionado para a instalação foi apropriada à corrente elétrica que passará por ele, pois fios de menor seção representam economia imediata, porém fios muito finos usados para passagem de altas correntes ocasionam superaquecimento do material, o que pode trazer perda de energia e, principalmente, riscos à segurança e consequentemente perda do patrimônio. Sugere-se, portanto que a economicidade não seja o principal objetivo numa construção quando se trata de sistemas elétricos, visto que espessuras de fios e qualidade de conduite devem ser observadas no nível de qualidade, evitando colocar em risco a vida das pessoas e ao patrimônio do particular. As lâmpadas de LEDs são acessórios importantíssimos, pois são as mais econômicas e ecologicamente corretas. Assim como o sistema de aquecedor solar é significante no uso racional, econômico e sustentável do projeto, indiscutivelmente. As placas fotovoltaicas tanto para as lâmpadas quanto para as tomadas e para bombeamento d’água funcionam apenas como auxiliares na redução do consumo de energia, trabalhando de forma alternada com a energia convencional. Considera-se que aliando as placas fotovoltaicas, aquecedor solar, e lâmpadas de LEDs junto à escolha de materiais auxiliares como pinturas dos ambientes em cores claras, janelas e portas de vidro que facilitam a entrada de luz, árvores e vegetação que regulam o
  • 36. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 36 clima, posição da construção em relação ao sol e outras tantas técnicas, ocorre a redução de energia e do consumo elétrico em quase 100%. Quanto ao gerenciamento de resíduos, a quantidade não é muito significativa, pois a geração é pouca. Em contrapartida, os cuidados durante as instalações, fiscalização e acompanhamento sistemático da obra é essencial para preservar a vida dos funcionários assim como para garantir a qualidade e garantia patrimonial dos futuros proprietários, alcançando dessa forma, o que se busca, uma construção propriamente sustentável. 11) PARTE HIDRÁULICA DE UMA RESIDÊNCIA AUTOSSUSTENTÁVEL 11.1) GERAÇÃO DE RESÍDUOS HIDRÁULICOS Num projeto de construção civil, a parte hidráulica de uma residência é primordial, visto que projetos hidráulicos mal elaborados resultam em construções problemáticas, que geram vazamentos, infiltrações, falta de pressão no sistema, falta de água e transtornos diversos. Dessa forma, para a resolução dos problemas em uma residência já construída, qualquer mudança na parte hidráulica implicaria em quebra de paredes e perda de material de acabamento, acarretando maior geração de resíduos e desperdícios de materiais. Por isso, o projeto hidráulico deve ser elaborado cuidadosamente para evitar essas complicações posteriores. É importante analisar em um projeto hidráulico as causas efetivas para o grande volume de resíduos gerados de modo a verificar se as falhas ao longo do processo construtivo foram as maiores responsáveis pelos resíduos ou se a falta de planejamento também contribuiu para esta situação. 11.2) DESTINAÇÃO E APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS HIDRÁULICOS Embora o Brasil possua legislação pertinente à gestão dos resíduos na construção civil, a realidade verificada nas obras está bem distante do padrão que deveria existir, visto que a grande quantidade de entulho gerado não atende às determinações legais, mas o país possui na maioria das construções o mínimo de reaproveitamento de entulhos, caracterizando projetos de menor índice de sustentabilidade ambiental.
  • 37. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 37 Verifica-se que na parte hidráulica de uma construção, geralmente, não há a produção de muitos resíduos, visto que se o projeto for elaborado de modo adequado não será previsto o descarte de restos de tubulações e materiais hidráulicos, pois os mesmos serão adquiridos na quantidade e dimensões pré-estabelecidas no projeto. Entretanto, a maioria dos resíduos gerados é proveniente de quebras ou ajustes realizados no sistema após a construção devido à falta de planejamento, bem como a realização de instalações inadequadas por profissionais não qualificados. 11.3) PROJETO HIDRÁULICO COMUM A elaboração do projeto de um sistema hidráulico de uma residência é altamente específica, mesmo que possua um todo o planejamento e metodologia para a instalação de água quente, fria e esgoto. O projeto deve ser feito de modo a atender às necessidades dos moradores da residência de modo que se evitem futuros reparos e transtornos. A economia é um fator que não pode ser aplicado a sistemas hidráulicos, pois a compra de materiais de baixa qualidade e que não oferece segurança acarretará sérios problemas futuros. O custo aproximado de um projeto hidráulico é de aproximadamente 3% do valor da obra. O projeto de instalações hidráulico-sanitárias pode ser definido como o conjunto de tubulações, conexões, aparelhos, peças e acessórios destinados ao suprimento de água para uma construção. A rede hidráulica começa desde a ligação da rede pública de água até o retorno da água utilizada ao sistema de tratamento de esgoto. Um sistema instalado adequadamente deve atender aos requisitos básicos de seu funcionamento, que são: a) Fornecimento de água com qualidade apropriada, em quantidade suficiente e sob a pressão adequada; b) Bloqueio do retorno de águas poluídas nas canalizações de alimentação dos aparelhos e entrada de gases de esgoto, de roedores ou insetos nas instalações; e; c) Relação com o projeto arquitetônico, ocorrendo um entrosamento com as questões arquitetônicas e estruturais da obra.
  • 38. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 38 Figura 1: Projeto hidráulico comum Fonte: http://startmanutencao.net/hidraulica.php 11.4) PROJETO HIDRÁULICO SUSTENTÁVEL No atual contexto de sustentabilidade, torna-se necessária a criação de tecnologias que possibilitem a menor extração de recursos naturais, bem como uma economia na utilização dos mesmos. Na construção civil, vários projetos sustentáveis têm sido idealizados por empresas com consciência ambiental que já permitem a realização de uma obra com materiais e métodos ambientalmente corretos. Na parte hidráulica de uma construção verificam-se as seguintes soluções sustentáveis: 11.4.1) MECANISMO DE SAÍDA UNIVERSAL DUAL FLASH É um mecanismo de descargas com acionamento parcial e total que pode ser instalado em qualquer tipo de caixa acoplada de modo a permitir uma economia de água de até 50%, pois permite transformar mecanismos de saída simples em sistemas de duplo acionamento, com maior ou menor quantidade de água de acordo com a necessidade. Tal sistema conversor é de fácil instalação e baixo custo, sendo resistente à água do mar e/o com alto teor de ferro e alcalinidade. Figura 2: Mecanismo de saída universal dual flash Fonte: http://www.geracaocenterlar.com.br/p/31704/Produto Marca do Produto: Censi Custo = R$ 81,79
  • 39. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 39 11.4.2) SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA Ao longo da história da humanidade a água da chuva sempre foi capturada e armazenada para o consumo, visto à sua disponibilidade. Entretanto, com as comodidades da vida moderna esse bem tão precioso começou a ser dispensado de modo que a sociedade, de certa forma, rejeitou esse recurso que pode ser amplamente utilizado. Entretanto, a progressiva consciência ecológica acerca da sustentabilidade na utilização de recursos naturais, trouxe à tona essa discussão e necessidade, de modo que se tornou importante repensar sobre as maneiras de realizar a captura da água da chuva para a utilização, não com os mesmos fins tradicionais, mas com a aplicação específica em situações que permitem o aproveitamento desse recurso e uma economia sustentável. 11.4.3) REGRAS INTERNACIONAIS SOBRE SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA  Adoção de um modelo de cálculo específico para aferição das quantidades e das necessidades de água em cada projeto residencial ou comercial.  As superfícies de recolhimento não podem ter contato periódico com pessoas, animais ou máquinas.  O sistema deve conter dispositivos de filtragem que rejeitam as primeiras águas após longos períodos sem pluviosidade.  No início do sistema deve haver uma válvula de corte para realizar o desvio do coletor pluvial, de modo a desligar todos os componentes para verificação, manutenção ou substituição.  O depósito de armazenagem deve ser construído por um material cujas paredes sejam isentas de porosidade e que não propiciem reações químicas, sendo o polietileno de alta densidade o material mais adequado para essa aplicação.
  • 40. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 40  O depósito deve ser enterrado, de modo a garantir que a água da chuva fique protegida da luz e das variações de temperatura. Dessa forma, pode-se evitar a formação de algas e o desenvolvimento de alguns tipos de micro-organismos que comprometeriam a qualidade da água.  As instalações que serão alimentadas pela água da chuva deverão ser independentes do restante, para que não haja a possibilidade de cruzamento.  Todas as torneiras que fornecem água da chuva deverão conter etiquetas indicando “água não potável ou imprópria para beber”, além de serem manipuladas com chave de segurança.  A manutenção e a limpeza do sistema devem ocorrer a cada três anos, preferencialmente antes do início das chuvas e após o inverno.  Os principais parâmetros físico-químicos da água devem ser verificados com intervalos máximos de seis meses, de modo a proporcionar segurança para os usuários do sistema. O sistema de captação da água de chuva é simples, eficiente, confiável e automático, de modo a constituir uma nova maneira de economizar recursos naturais e financeiros, além de auxiliar no enfrentamento de problemas trazidos pela urbanização, tais como: risco de desabastecimento e racionamento de água. A utilização é amplamente verificada em: o Alimentação das bacias sanitárias e dos mictórios; o Irrigação de jardins, pomares e outros cultivos; o Limpeza de pavimentos, paredes, pátios, peças, equipamentos industriais e veículos. o Reserva para combate a incêndio; o Ar condicionado central ou sistemas de resfriamento; o Espelhos e fontes d’água; o Recarga de aquíferos. 11.4.4) COLETOR DE CHUVA ULTRA O sistema será, basicamente, constituído por um coletor de chuva ultra a ser instalado no telhado no sistema de calhas que incorpora o separador de folhas e o de fluxo em um único produto. A função inicial desse coletor é retirar as folhas que possam se misturar com a
  • 41. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 41 água da chuva no telhado e desviar a descarga primária da água da chuva, podendo conter contaminantes provenientes do telhado ou da primeira chuva. A manutenção do equipamento é simples e ele também possui um encaixe múltiplo e adaptador para tubos de coleta com conexões para tubos de 100 mm. Além disso, possui um botão liga/desliga facilmente acessível, definindo com segurança o transbordamento desejado da água da chuva. Figura 3: Coletor de chuva ultra Fonte: http://www.harvesting.com.br Marca do Produto: Harvesting Custo = R$ 401,30 11.4.5) TANQUES DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA A água da chuva, captada pelo sistema de coletor ultra, será armazenada em tanques diferenciados e extremamente práticos, visto que não é necessário cavar buracos no chão para sua instalação. Os tanques têm diversos modelos com capacidades que variam de 300 a 2460 litros, dependendo da necessidade de cada residência. Todos os modelos são fabricados com a mais alta tecnologia em polietileno reforçado e aditivação UV. Além disso, eles têm uma boa relação entre altura e largura o que lhe confere ótima estabilidade e ainda possuem paredes grossas para evitar deformações e boa opacidade para evitar a proliferação de algas, sendo assim um equipamento ideal para armazenamento da água. O custo dos tanques varia de acordo com o modelo de R$ 300,00 a R$ 800,00. O diferencial desses tanques também se relaciona com a estética, visto que estão disponíveis vários modelos, combinando sustentabilidade e uma bonita decoração para sua casa e jardim conforme apresentado nas figuras 4, 5, 6,7 8 e 9 seguintes.
  • 42. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 42 Figura 4: Tanque modelo ânfora – 350 litros Fonte: http://www.harvesting.com.br
  • 43. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 43 Figura 5: Tanque modelo “Slim CZ” – 650 litros Fonte: http://www.harvesting.com.br Figura 6: Tanque modelo “Hércules” – 1600 litros Fonte: http://www.harvesting.com.br
  • 44. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 44 Figura 7: Tanque modelo slim – 2460 litros Fonte: http://www.harvesting.com.br Figura 8: Tanque square – 300 litros Fonte: http://www.harvesting.com.br
  • 45. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 45 Figura 9: Tanque modelo slim 2 em 1 – 300 litros Fonte: http://www.harvesting.com.br O sistema pode ser aplicado tanto em residências em construção, com rede hidráulica separada da rede de água potável da rua, e incluir o uso em descarga de banheiros e torneiras externas, como em casas já construídas. Não sendo possível mexer nas instalações existentes, é possível aproveitar a água de chuva externamente, para jardins, limpeza de pisos e calçadas, lavar carros, entre outros usos, constituindo assim uma solução hidráulica altamente sustentável. 11.4.6) TUBULAÇÃO VERDE A tubulação utilizada para a construção da parte hidráulica de uma residência é feita basicamente de um polímero denominado PVC (policloreto de vinil) que é um produto de origem fóssil e, portanto, de fontes não renováveis. A empresa brasileira Braskem desenvolveu um plástico verde extraído de etanol (cana-de-açúcar) para suprir essa demanda ecológica e proporcionando uma produção realizada 100% de fontes renováveis. Para cada tonelada de polietileno verde produzido são capturados e fixados até 2,5 toneladas de CO2 na atmosfera, segundo informações da empresa que gastou cerca de R$ 500 milhões na implementação do projeto. Este material é resultado de um grande investimento em inovação, além de fortalecer um compromisso com o meio ambiente promovido pela diminuição das emissões de gases do efeito estufa. Além disso, a criação dos plásticos verdes inaugura uma nova fase na cadeia produtiva do plástico, gerando soluções sustentáveis no setor. Todos os produtos manufaturados que possuem o plástico verde da “BRASKEM” são identificados pelo selo “I’m green” que foi desenvolvido com a finalidade de ser simples e direto na comunicação, de modo que o público valorize os produtos fabricados com componentes renováveis, promovendo assim um futuro mais sustentável. A Figura 10 apresenta a linha de produção dos plásticos verdes acima mencionados.
  • 46. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 46 Figura 10: Linha de produção dos plásticos verdes chamados “I´m green” Fonte: http://www3.braskem.com.br/upload/rao/2010/pt/im-green-selo-de-fontes-renovaveis.html A utilização dos plásticos verdes já começou a se disseminar no mercado da construção civil visto que a Tigre, multinacional brasileira líder na fabricação de tubos, conexões e acessórios no país e uma das maiores do mundo, firmou uma nova parceria com a Braskem, para a compra de polietileno verde de fonte 100% renovável – o etanol. O plástico verde está sendo utilizado na fabricação da nova linha de grelhas, que passa a ser chamada de Grelha Ecológica Tigre, lançada no mês de março deste ano pela empresa Tigre conforme apresentado na Figura 11. Figura 11: Grelha ecológica da Tigre Fonte: http://clickobra.com/news/produtos/tigre-traz-a-construcao-civil-primeiro-produto-feito-com-plastico- verde-da-braskem 11.4.7) ECO SHOWER Segundo Rocha et al (1999), a maior parte do consumo de água em uma residência é derivada da utilização de chuveiros elétricos. Por isso, se torna necessário a criação de mecanismos sustentáveis de consumo conforme a descrição da figura 12 abaixo:
  • 47. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 47 Figura 12: Gráfico da distribuição do consumo de água em uma residência Fonte: Rocha, 1999 O sistema Eco Shower é um controlador manual de temperatura de chuveiro que promove economia de água e energia elétrica. Foi desenvolvido pela empresa “Eco Shower” e testado pela Universidade Federal de Itajubá. De acordo com os testes, há uma proporção de economia de água e energia superiores a 40%, sendo de fácil instalação e baixo custo. Além da economia de água e energia proporcionadas, o sistema oferece total segurança contra choques elétricos, conforto e praticidade no ajuste da temperatura do banho e ainda prolonga a vida útil do chuveiro e da resistência elétrica. Figura 13: Eco Shower Fonte: http://www.ecoshower.com.br/ Marca do Produto: ECO SHOWER Custo = R$ 128,00 11.4.8) TORNEIRAS SUSTENTÁVEIS As torneiras sustentáveis com mecanismo de fechamento automático constituem uma excelente solução sustentável hidráulica, visto que podem proporcionar uma economia de até 60% da água consumida. Esta torneira pertence ao conjunto de componentes hidráulicos desenvolvidos com o objetivo de aliar a redução no consumo de água com o conforto do usuário. Seu acionamento é manual e seu fechamento é automático, o que contribui para evitar desperdícios. A economia se dá uma vez que o jato é fechado automaticamente e a passagem da água pode ser regulada, permitindo ao consumidor controlar a vazão da água que sai da torneira. Seu corpo de design moderno e robusto é construído em plástico de engenharia,
  • 48. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 48 matéria-prima 100% reciclável e altamente resistente, tanto do ponto de vista mecânico como térmico. É indicada para banheiros de pequenos comércios, locais de grande circulação ou até mesmo de uso residencial. Figura 14: Torneiras sustentáveis Fonte: http://store.greenvana.com/Torneira-Fechamento- Automatico-para-Lavatorio-de-Mesa-601/p Marca do Produto: LORENZETTI – SMART SYSTEM Custo = R$ 142,90 11.4.9) CAIXAS D´ÁGUA As caixas d’água são componentes indispensáveis para a instalação hidráulica de uma residência e devem prioritariamente armazenar a água que será consumida pelos moradores com qualidade, de modo a não comprometer a saúde de seus usuários. No mercado, existem basicamente dois tipos de caixa d’água: as fabricadas com amianto ou polietileno. O amianto é uma fibra mineral extraída fundamentalmente de rochas compostas de silicatos hidratados de magnésio. Existem alguns estudos na área que apontam a existência de substâncias cancerígenas em sua composição e que a utilização do amianto como matéria prima para a fabricação de reservatórios de água é um grande risco a saúde. Porém, outros afirmam que a massa formada pela mistura de amianto e cimento não é prejudicial à saúde, pois o cimento faz com que o amianto não se “desprenda” da caixa d’água, conforme afirma a Eternit, líder em fabricação de telhas e caixas d’água de amianto no Brasil. Entretanto, nos últimos anos as caixas de amianto estão sendo substituídas pelas de plástico (polietileno), que são mais leves, mais fáceis de montar, não quebram com facilidade e, principalmente, não liberam substancias cancerígenas na água.
  • 49. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 49 Por isso, a grande maioria das caixas d’água comercializadas no Brasil é fabricada com o plástico polietileno, que é um material reciclável e, portanto, sustentável. Apesar da menor durabilidade (20 a 30 anos), os materiais fabricados pela empresa BRASILIT não prejudicam o meio ambiente do mesmo modo que o amianto, visto que são compostos plásticos atóxicos, laváveis e indicados para água potável. Seguem abaixo descrição dos dois produtos citados: Figura 15: Caixas d’água de polietileno e amianto Fonte: http://construcaosaojose.blogspot.com.br/2011/03/caixas-dagua-plastico-x-cimento-amianto.html 11.4.10) ÁGUAS DE REUSO O aumento populacional acompanhado pelas mudanças climáticas globais contribui para o acréscimo na demanda pelos recursos hídricos. Embora a água existente seja um recurso renovável, ela tende a se deteriorar em função do seu uso indiscriminado o que compromete, consequentemente, a quantidade de água com qualidade disponível para consumo nas diversas localidades. A quantidade de água disponível no planeta é sempre a mesma já que está sempre sendo renovada através do ciclo hidrológico. Entretanto, a água de qualidade para consumo está se tornando rara. Sabe-se que o ciclo hidrológico se constitui basicamente do transporte de massas d’água do oceano para atmosfera por evaporação e da atmosfera através de precipitações, escoamentos superficiais e subterrâneos para os oceanos, influenciando diretamente a distribuição e extensão dos corpos d’água continentais. Muitas regiões têm sofrido alterações resultantes das diferentes formas de interferência humana sobre o ambiente. Exemplos são o
  • 50. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 50 surgimento de metrópoles, dragagens, desmatamentos desenfreados e a construção de represas. Segundo Bloch (2002), “97% de toda a água da terra encontra-se nos oceanos. Somente, 0,62% correspondem à água doce. Deste percentual, aproximadamente, metade corresponde a águas subterrâneas.” À medida que a população aumenta, a deteriorização dos mananciais se acentua e assim, surgem problemas de abastecimento que atualmente estão merecendo a atenção e preocupação de populações e autoridades do mundo. Desta forma é necessário que haja uma gestão integrada do recurso água, incentivando-se o seu uso racional, favorecendo o desenvolvimento de sistemas sustentáveis como forma de prevenção contra a escassez. A água doce está distribuída de forma desigual sobre o planeta. A disponibilidade de água no Brasil é significativa, entretanto ela esta distribuída de forma irregular sobre o território (69% da água doce encontram-se na Região Amazônica e 31% nas demais regiões, as quais concentram 95% da população do País). Segundo o Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica, a atual ANEEL (2012), “a distribuição dos recursos hídricos, está na proporção de 68,5% para a região Norte, 3,3% Nordeste, 6,0% Sudeste, 6,5% Sul e 15,7% Centro-Oeste.” O reuso de água domiciliar pode ser considerado como alternativa em tempos de escassez. Segundo dados do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente dos 8 % totais de água consumida no Brasil, 43% são para uso domiciliar, 40% para a agricultura e 17% para indústria. (Ambiente das Águas - Semads/GTZ). Desta forma o incentivo a economia de água domiciliar será bastante representativo. Não se trata de pensar em curto prazo, mas sim em médio e/ou a longo prazos quando provavelmente, a exemplo do que está acontecendo em outros estados brasileiros, poderá faltar água de qualidade para consumo. Neste sentido o reuso das águas cinza, que são as águas provenientes de todas as atividades domésticas com exceção de fontes de águas negras tais como sanitários bidês e urinol, estão sendo estudadas com vistas ao reuso, no caso da irrigação como em sanitários.
  • 51. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 51 Estudos realizados para verificação das quantidades de água utilizadas em uma residência como ilustrado no Gráfico 1, demonstram que 29% da água consumida é direcionada para bacias sanitárias e 28% para utilização em chuveiros (Revista Brasileira de Saneamento e Meio Ambiente, 2002). Desta forma, as águas cinza provenientes de pias e chuveiros poderiam ser quase que totalmente aproveitadas nas bacias sanitárias. Existem outras pesquisas, tais como as de Mieli (2001), “sobre consumo de água domiciliar com resultados que se aproximam deste. Considera-se a fonte da USP para os cálculos a serem realizados neste trabalho.” GRÁFICO 1. Utilização de água em atividades domiciliares. Incentiva a alternativa de reuso das águas cinza, sendo que o sistema típico de tarifação do consumo de água nas grandes cidades brasileiras é aquele que fora consumido multiplicado na maioria das vezes por dois, uma vez que o esgoto é tarifado na mesma conta. Desta forma, ao se reaproveitar um litro de água, além de estarmos reduzindo o consumo, estaremos economizando tarifa equivalente a dois litros na conta e preservando a água de qualidade para fins nobres. As Figura 16 e 17 mostram a economia na captação do insumo que pode ser gerada em uma residência que fizer o reuso de águas cinza. Como exemplo, uma residência com consumo de 500 litros/dia.
  • 52. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 52 11.4.10.1) EXEMPLO SEM REUSO FIGURA 16: Esquema da economia a ser gerada em residência com o reuso de águas cinza Fonte: Prolagos, 2012 11.4.10.2) EXEMPLO COM REUSO DE ÁGUAS CINZA
  • 53. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 53 FIGURA 17: Esquema da economia gerada no reuso de água Fonte: Prolagos, 2012 11.4.11) PROJETO DE SEPARAÇÃO DE ESGOTO Figura 18: Figura 19: Exemplo de reuso de águas cinza
  • 54. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 54 Por serem menos poluídas que as águas negras no que diz respeito à ausência de fezes, urina, papel higiênico e etc., as águas cinza têm recebido especial atenção, como alternativa para reuso. Entretanto, suas características devem ser levadas em consideração ao se avaliar as possibilidades de reuso incluindo inclusive pré-tratamento. O reuso das águas cinza é indicado para descargas sanitárias já que em alguns países, como é o caso do Brasil, utiliza-se água potável para fins onde a portabilidade não é considerada fator preponderante. 11.4.12) TRATAMENTO DE ÁGUA CINZA PARA REUSO 11.4.12.1) ESTAÇÃO DE TRATAMENTO Para minimizar drasticamente a elevada DBO (carga orgânica), se aconselha o uso de um reator anaeróbio de alta taxa que, além de eficiente, exibe uma economia de energia relevantemente elevada por todos os profissionais da área. Na sequência, a SNatural demonstra um reator aeróbio de baixo consumo de energia e reduzido tamanho (alta eficiência) para manuseio da carga orgânica residual e ajuda na remoção de cor, turbidez e de sulfetos. Posteriormente, o processo utiliza um flotador para separar parte do lodo não processado, aeração do tratado e, finalmente, é realizada uma desinfecção por cloro ou por ultravioleta. Água cinza > reator anaeróbio > reator aeróbio > Flotação > Desinfecção Figura 20: Reatores e tubulação de desinfecção Fonte: http://www.naturaltec.com.br/Tratamento-Agua-Reuso.html 11.4.12.2) CARACTERÍSTICAS:
  • 55. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 55 a) Pequena área; b) Fácil operação; c) Baixo custo; d) Instalação rápida.
  • 56. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 56 O tratamento das águas cinza adiciona os contaminantes principais que seriam: carga orgânica (DBO5), teor de enxofre (S) e contaminação microbiológica. A caracterização média de uma água cinza é fornecida abaixo, na tabela 18: 11.4.12.3) CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS CINZA Tabela 18: Parâmetros de águas cinza Parâmetros (mg/litro) e (S) Lavatório Chuveiro Tanque Maq. De Lavar Cozinha Misturada DBO5 (mg/l) 400 200 850 250 1000 700 Teor de Enxofre (S) 200 200 1100 500 250 350 Coliformes em Termos Tolerantes 1,0E+02 1,0E+05 1,0E+03 1,0E+04 1,0E+05 1,0E+05 A legislação brasileira conta com parâmetros de qualidade para a água de reuso; as leis publicadas para água de chuva, água cinza e esgoto sanitário são dadas abaixo, na tabela 19:
  • 57. Universidade Veiga de Almeida – Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) – Projeto Modular Construção Civil Sustentável – Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 57 Tabela 19: Legislação de Normas Normativas para o reuso da água Água de Chuva Água Cinza Esgoto Sanitário Contenção Lei NR. 13.276/2002 – São Paulo/SP Uso Predial Lei NR. 10.785/2003 – Curitiba/PR Lei NR. 13.276/2002 – São Paulo/SP Lei NR. 6.345/2003 – Maringá/PR Lei NR. 10.785/2003 – Curitiba/PR Lei NR. 6.345/2003 – Maringá/PR NBR 13.969/1997 Urbano Lei NR. 6.076/2003 – Maringá/PR Lei n° 13.309/2002 – São Paulo/SP NBR 13.969/1997 O reuso de água servida ou água resultante do processo de tratamento de esgotos deve atender as instruções contidas na Norma ABNT 13.969/97. 11.5) NBR-13.969/97 - ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ITEM 3.2) 11.5.1) REUSO LOCAL “No caso do esgoto de origem essencialmente doméstica ou com características similares, o esgoto tratado deve ser reutilizado para fins que exigem qualidade de água não potável, mas sanitariamente segura, tais como irrigação dos jardins, lavagem dos pisos e dos veículos automotivos, na descarga dos vasos sanitários, na