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SÉRGIO SIQUEIRA – Gerente de criação e produção da Rede Bahia.
Formado em administração, é fotógrafo, publicitário, curador e gerente de criação e
produção da Rede Bahia, onde dirige o núcleo Bahia Cinema & Vídeo, responsável por
programas como Mosaico Baiano e Aprovado. Seu nome está associado a importantes
projetos culturais, a exemplo da Caminhada Axé, Pôr do Som e Festival Literário de
Cachoeira.
1. Quem é Sérgio Siqueira?
Eu sou formado em administração, trabalhei primeiro na Telebahia como executivo, mas minha
interação com cultura veio a partir da fotografia. Em seguida, fiz programação visual com
Rogério Duarte, que foi um dos tropicalistas junto com Caetano e Gil, e a partir daí fui dirigir o
Teatro Maria Bethânia, no Rio Vermelho, que não existe mais. Trabalhei um pouco com
eventos musicais, depois fui pra TV Aratu e, finalmente, para a Rede Bahia, já tenho vinte anos
de trabalho nesta área de eventos, programas para televisão, produção cultural e, também,
nesta área publicitária que mistura cultura com publicidade.
2. O que você entende por cultura?
Vou até repetir uma frase de Jorge Amado, “cultura é o povo, cultura somos todos nós”. Cultura
é a soma de todas as experiências humanas. Na Bahia, por exemplo, nasceu de toda essa
junção: o índio, o africano e o europeu, junto com todas essas experiências humanas, de
repente têm esta cultura riquíssima que é justamente fruto dessa mistura, é isto é que dá a
gente este diferencial, inclusive em relação a outros estados e países.
3. Qual sua história com a cultura baiana? Esteve envolvido com projetos como
Caminhada Axé e Pôr do Som? Que outros você destacaria?
A Caminhada Axé, que reunia toda área de cultura popular da Bahia, eu achava um projeto
fantástico, dos projetos mais brilhantes que o Estado já teve, porque na Caminhada Axé você
tinha uma visão de toda essa formação cultural da Bahia. Outro projeto, atual, que também a
gente participa e é de suma importância pra Bahia é a FLICA, o Festival Literário de Cachoeira.
Citaria ainda o Pôr do Som da área verde do Hotel Othon, feito de 1992 a 2000, ele tinha uma
base de programação pronta, definida, mas tudo podia acontecer, com participações especiais
e encontros de artistas, um projeto cultural e musical bastante interessante.
4. Qual a sua avaliação sobre a produção cultural na Bahia nos últimos anos?
Sempre foi e sempre será rica, é claro que você vai ter épocas melhores, épocas com menos
intensidade, mas a produção cultural da Bahia é muito rica. O que tem que ser feito é criar
condições para que ela aconteça como mercado, mas, principalmente, é preciso ficar atento às
matrizes que são as raízes e ficar atento ao novo, que é a vanguarda, porque é o novo que
precisa ter muita atenção, incentivo, porque o mercado não absolve o novo de primeira, porque
às vezes é assustador estar lidando com uma coisa nova que depois vai virar mercado, foi
assim com a Bossa Nova, com o Tropicalismo.
5. Como você avalia as políticas e o mercado para cultura na Bahia nos últimos anos?
Acho que o dia em que as pessoas botarem na cabeça que as duas pontas é que são
importantes, cuidar das matrizes que são as nossas bases seguras e cuidar da vanguarda,
tudo melhora, você terá condições para que as coisas aconteçam. O miolo é o mercado. Isso é
o que tem que ser feito. Agora a Bahia vai estar sempre dando exemplos, sempre vai ter uma
cultura forte, porque esta mistura proporciona isto, a Bahia tem todas as condições para isto,
são pequenos mundos dentro de um único estado.
6. O que você pensa sobre a proposta da Secretaria de Cultura do Estado de
interiorização/territorialização da cultura no estado?
Eu acho importante, o interior é muito rica, tem que ter uma atenção especial para o interior,
como tem que ter também uma atenção especial para a periferia, por que é na periferia onde
estão a maioria das pessoas e elas constituem outros mundos, tem muita coisa acontecendo lá
sem que as pessoas percebam. Agora também tem que tomar cuidado com os recursos,
porque também não adianta ter poucos recursos e pulverizar coisas pequenas em vários
lugares. A cultura sempre foi carente de recursos, as pessoas não entenderam ainda que a
cultura é uma parte importantíssima do Governo, do estado, do município.
7. O que você pensa sobre os editais e as leis de incentivo como mecanismos de
financiamento da cultura?
Os editais são uma coisa justa. A Lei Rouanet eu acho burocrática demais, acho que ela
privilegia as pessoas que já estão com o talento consolidado de mercado, os novos têm pouca
chance e, além disso, são tantas as coisas pedidas que se tornam as vezes obstáculos
intransponíveis para você chegar ao final, principalmente para um artista novo e com pouco
recurso.
8. Qual o papel da iniciativa privada no financiamento à cultura?
A iniciativa privada vai tender a privilegiar o que já é sucesso. Justamente porque ela está
associando a imagem da empresa ao produto cultural e quando a coisa é muito nova ás vezes
as pessoas ficam temerosas. O que é isso? O que é aquilo? Se esse “negocio dá uma
merda?”, como é que vai ficar a imagem da empresa ligada a isso? Aí cabe ao governo ficar
atento e incentivar a vanguarda, porque poucas empresas vão empregar recursos no novo,
pouquíssimas. É natural que até seja assim, porque você está com uma empresa que visa o
dinheiro, que tem o lastro, toda consolidada no mercado, o cara vai apoiar um negócio que
nem sabe o que é?
9. O que você pensa sobre a gratuidade do acesso a produtos e bens culturais? E
quanto à política da meia-entrada?
Acho que tem que ter o Vale Cultura, mesmo que algumas pessoas contestem: “ah vai pegar
os 50 reais ou 60 de meia entrada, a pessoa vai ver um filme de ação, um blockbuster...”. Não
importa, porque num país onde a maioria da população nunca foi ao cinema, só o cara entrar
no cinema já é uma coisa bacana, o cara ir ao teatro, acho que qualquer incentivo neste
sentido é válido. Acho que também tem que voltar a acontecer coisas na rua para que as
pessoas tenham sucesso, como em alguns projetos como o de Aninha Franco, do Teatro XVIII,
com ingressos a R$1,99, ou o Domingo no TCA a R$1,00 para que as pessoas possam
frequentar, porque as pessoas não vão também porque não podem ir. Quem ganha um salário
mínimo como é que vai pagar R$100 ou R$50 por um espetáculo? Ou o valor de uma entrada
de cinema? Não há como. Se você colocar uma orquestra na rua você vai ver que vai ter um
público grande, as pessoas vão ficar atentas e em silêncio assistindo.
10. Como você percebe a questão da profissionalização na área cultural? Quais as
principais necessidades do mercado baiano hoje?
Eu acho que tem que ser criado um projeto para a profissionalização, é necessário saber como
se faz um projeto, os custos envolvidos nisto, todos os passos, saber a importância da
administração, do marketing, como transformar o projeto em produto, que para isto tem que ter
um plano de comunicação. É importante que as pessoas tenham uma visão de todo esse
barato, isto só se consegue com a profissionalização.
11. Como você avalia o espaço para a cultura na mídia baiana? Por que é tão difícil para
a cena independente ter acesso a esse espaço?
Hoje a mídia baiana é uma mídia de massas, eu, por exemplo, na Rede Bahia tenho dois
Programas, dois espaços que têm que dar audiência, tem que trazer coisas novas, coisas
bacanas. Agora hoje as pessoas têm que ver o seguinte, existem diversas opções de se
massificar o produto, muito mais condições de divulgar o produto do que há vinte anos atrás,
não é à toa que estas passeatas recentes que reuniram mais de um milhão de pessoas não
foram proclamadas nem por jornal, nem rádio, nem televisão, mas sim no ambiente dos jovens,
pela internet, pelo facebook. Tem que se juntar em grupos, em cooperativas, hoje você tem
tantos projetos na internet de sucesso.
12. Fale um pouco de sua trajetória e de como chegou a Rede Bahia? Como surgiu o
programa Mosaico Baiano? E qual a importância desse programa para a difusão da
cultura baiana?
Minha trajetória foi como te falei: administração de empresas, depois na Telebahia, nessa área
de planejamento e controle. A partir da fotografia, comecei a me interessar por arte. Essa área
de administração e planejamento não me interessava, procurei fazer um curso de programação
visual com Rogério Duarte, tropicalista, a partir daí abri o meu próprio escritório, comecei a
trabalhar com fotografia, programação visual, fui entrando um pouco de publicidade,
exposições, daí pronto... Depois fui dirigir uma área de marketing no governo, no Departamento
de Telecomunicações do Estado da Bahia - Detelba, daí fui para Fundação Cultural do Estado
da Bahia - FUNCEB. A Fundação Cultural me deu um lastro cultural muito importante. Daí fui
dirigir o Teatro Maria Bethânia, que me levou a televisão. Primeiramente na Aratu durante um
ano, depois a TV Bahia me chamou e estou lá há 20 anos, em diversas áreas. Já passei por
eventos, por criação de programas, pela área cultural, e hoje eu dirijo o Departamento de
Criação e Produção da Rede Bahia e sou responsável pelos programas Mosaico e Aprovado.
O Mosaico e o Aprovado vêm da necessidade de preencher todos os espaços disponibilizados
pela TV Globo para a produção regional. No Mosaico a gente procurou fazer uma revista que
agregasse, principalmente, o ponto forte da Bahia, que é cultura, turismo... Principalmente
cultura, porque este é um ponto forte da Bahia. Paisagem maravilhosa, um pouco de aventura,
pitadas de comportamento, um pouquinho de dramaturgia, que isso aí dá um molho. E o outro
programa, o Aprovado foi da necessidade de ter um programa de Educação na TV brasileira. O
Aprovado foi o único programa de Educação da TV aberta do Brasil. Ele nasceu da
necessidade das pessoas de baixa renda terem acesso à informação para o vestibular.
Inicialmente foi feito isso, porque para você passar no vestibular são muitos cursinhos. Os
alunos pobres que não tinham cursinho tinham no Aprovado um meio de poder competir com
as pessoas de mais dinheiro. Aí, com o passar do tempo, o vestibular não ficou mais tendo
essa importância toda, hoje tem vestibular de tudo que é tipo, aí o Aprovado passou a ser um
projeto mais ligado a conhecimento e cultura, saindo um pouco daquela coisa mais específica
do cursinho de vestibular. Mas sempre foi um programa de sucesso, com bom ibope.
13. Qual a importância desses programas para a cultura baiana?
A importância destes programas está relacionada a questão da visibilidade das pessoas, dos
projetos, da arte, dos artistas, dos movimentos... Quando você bota isso numa TV aberta, você
está lidando com uma de audiência de 800.000 pessoas a 1 milhão. Essa é a importância. É a
visibilidade de projetos bacanas, embora a gente saiba que em televisão você não se
aprofunda muito, por causa de tempo. Mas a partir daquilo que está na televisão o cara pode
buscar mais. Às vezes você vê uma cantora num programa como o Mosaico, você vê aquela
menina fantástica e tal, daí você vai procurar o disco, já vai ver um show, já vai querer
conhecer o trabalho com mais detalhes... Enfim, a principal função é a visibilidade.
14. Na Rede Bahia, quais outros espaços existem para divulgação da produção cultural
baiana e que tipo de cultura prevalece?
Você tem as agendas em todos os programas, e aí é de tudo, desde o teatro ao pagode. Você
tem um projeto como o Janela Para o Teatro, tem dois programas bastante culturais que são
Mosaico e o Aprovado, e você tem agenda cultural tanto no jornalismo como no Bahia Revista,
enfim, esse é o mix. Também existem parcerias, como é o caso da parceria com o Teatro
Castro Alves e com o FLICA. São projetos de parceria da TV com a área cultural. Por exemplo,
o FLICA foi uma parceria com a Putzgrilo que hoje está no terceiro ano e é um sucesso.
15. Como você dimensiona a importância para os artistas e projetos divulgados ter
espaço em programas como o Mosaico?
Eu acho que é bom para eles nesse sentido de dar uma visibilidade ao trabalho. Você mostra o
trabalho com uma rapidez maior, na medida que está indo para muitas pessoas. Por exemplo:
para você chegar ao Teatro Castro Alves é uma longa caminhada. Você vai mostrar aquele seu
trabalho para 1.400 pessoas. Se você vai mostrar esse trabalho na televisão, no Mosaico, está
mostrando para 1 milhão... Essa é a grande diferença... Dá um impulso, vamos dizer assim.
16. Qual é a audiência do mosaico? O que esse número representa?
Salvador, por exemplo, hoje a média dá 17 pontos, 16... vamos botar uma média de 15, 14
pontos. Cada ponto são 18.000 domicílios em Salvador. 18.000 domicílios “vezes 14” dá
aproximadamente 200.000 domicílios. Esse número representa 20% da audiência, que são
quatro regiões, ou seja, é um milhão de pessoas. Se você contar cada casa com duas pessoas
são quase dois milhões de pessoas.
17. A Rede Bahia investe em grandes eventos como o Festival de Verão e apoia outros,
como o FLICA. Como você avalia essas iniciativas e apoios?
Eu acho, por exemplo, que o Festival de Verão é um evento de entretenimento com pitadas de
cultura. A FLICA é um evento de cultura que pode ter pitadas de entretenimento. Essa é a
inversão... É super importante para a TV. Eu acho que o Festival de Verão contribui muito com
o turismo no verão da cidade, é um evento de grande porte que envolve uma logística e
estrutura fantásticas. É claro que ali vão estar os artistas mais comerciais. A FLICA, não. A
FLICA eu acho que é um evento literário que preenche uma lacuna que precisava ser
preenchida na Bahia. Há muito tempo não se discute literatura, não se discute autores, história.
Cachoeira, o Recôncavo também é um lugar ideal para isso, por ser uma cidade histórica... E
deu certo, tanto que já estamos no o terceiro ano, com todos os hoteis de Cachoeira, Santo
Amaro e redondezas cheios. Ao contrário, o que a cidade precisa é ter mais estrutura, pois
dessa vez as pessoas não tinham onde almoçar, se hospedar. O evento extrapolou, mostrando
que não é só música, literatura também dá certo. As pessoas estão ávidas por conhecimento.
Quanto a ser potencializado, eu acho que já está bem potencializado, agora que já tem um
modelo de FLICA, ele pode ser levado para outros lugares. Ter a FLICA de Porto Seguro, da
Chapada Diamantina, do Pelourinho, entendeu? Aí você vai...
18. Qual o papel da mídia na formação de plateia para a cultura? Por exemplo, o Janela
para o Teatro.
Acho que o Janela para o teatro é uma iniciativa de valorização do teatro baiano, isso aí a
gente tem que fazer mesmo. Se a Bahia tiver uma cultura forte, é bom para todo mundo. A
responsabilidade da televisão é essa... também tem que levar coisa de qualidade, aumentar o
nível cultural das pessoas. A importância maior é essa mesmo: dar visibilidade a uma ideia,
num momento único, para muita gente.
19. Quais os desafios de se produzir TV na Bahia nos últimos anos?
A grande mudança que estamos vendo é o surgimento de outras mídias, o surgimento da
Internet... Esta é a grande mudança. Hoje a informação está na mão de todo mundo, vai
chegar um ponto que você não vai depender mais dos grandes conglomerados de mídia, você
pode fazer sua própria televisão dentro da internet, como tem gente que já está fazendo. Cada
um vai ter a sua televisão (risos). Isso já está provado que é viável. Um exemplo foram estas
manifestações que aconteceram há pouco. Você hoje não depende mais da grande mídia,
você vai começar a ter alternativas e isso é ótimo. Tanto que as pessoas de 12 anos, 13, já
quase nem assistem televisão, já veem na internet, acompanham as notícias pelo jornal
eletrônico... Esta é a grande mudança que está vindo por aí, e as pessoas estão se preparando
para isso.
20. Esse avanço tecnológico alterou a prática de fazer TV?
Totalmente, é claro. Você tem produção vindo da Alemanha, pessoas que estão fazendo em
Londres e mandam pela internet. Hoje, com uma câmera de R$ 5.000, R$ 4.000, você faz uma
coisa com qualidade. Antigamente uma câmara era US$100.000 e uma ilha de edição era mais
US$100.000, ou seja, você passou de uma coisa de R$ 400.000 para 20, 15... Esta é a
facilidade. Todo mundo pode fazer televisão, a diferença vai começar a ser o conteúdo, a
cabeça, a criatividade, isso que vai ser a diferença. Fazer todo mundo pode, agora com
criatividade, uma coisa legal, são outros 500, né?
21. Que projetos, instituições ou pessoas você destaca em termos de produção e gestão
cultural na Bahia?
Hoje eu destaco a FLICA, como já falei, é um projeto super interessante. Apesar de ser um
projeto elitizado, eu acho importante a Série TCA, porque traz coisas novas. Também acho o
Jazz do MAM uma coisa bem consolidada, você vê anos e anos e continuam lá com público,
músicas interessantíssimas... Mas claro que se for falar de um projeto de entretenimento tem o
Festival de Verão, onde você assiste cinco ou seis shows e fica lá a noite toda. Enfim, bem
estruturado. De cultural, eu acho a FLICA, o Jazz no MAM e a Série TCA. E claro, também,
está começando uma semente muito bacana com o Festival de Jazz do Capão. Vamos ver que
rumo vai tomar.
Entrevista realizada por Caio Pamphilo, dia 31 de julho de 2013, no Espaço Cultural da
Barroquinha, em Salvador.

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Gerente de cultura da Rede Bahia

  • 1. SÉRGIO SIQUEIRA – Gerente de criação e produção da Rede Bahia. Formado em administração, é fotógrafo, publicitário, curador e gerente de criação e produção da Rede Bahia, onde dirige o núcleo Bahia Cinema & Vídeo, responsável por programas como Mosaico Baiano e Aprovado. Seu nome está associado a importantes projetos culturais, a exemplo da Caminhada Axé, Pôr do Som e Festival Literário de Cachoeira. 1. Quem é Sérgio Siqueira? Eu sou formado em administração, trabalhei primeiro na Telebahia como executivo, mas minha interação com cultura veio a partir da fotografia. Em seguida, fiz programação visual com Rogério Duarte, que foi um dos tropicalistas junto com Caetano e Gil, e a partir daí fui dirigir o Teatro Maria Bethânia, no Rio Vermelho, que não existe mais. Trabalhei um pouco com eventos musicais, depois fui pra TV Aratu e, finalmente, para a Rede Bahia, já tenho vinte anos de trabalho nesta área de eventos, programas para televisão, produção cultural e, também, nesta área publicitária que mistura cultura com publicidade. 2. O que você entende por cultura? Vou até repetir uma frase de Jorge Amado, “cultura é o povo, cultura somos todos nós”. Cultura é a soma de todas as experiências humanas. Na Bahia, por exemplo, nasceu de toda essa junção: o índio, o africano e o europeu, junto com todas essas experiências humanas, de repente têm esta cultura riquíssima que é justamente fruto dessa mistura, é isto é que dá a gente este diferencial, inclusive em relação a outros estados e países. 3. Qual sua história com a cultura baiana? Esteve envolvido com projetos como Caminhada Axé e Pôr do Som? Que outros você destacaria? A Caminhada Axé, que reunia toda área de cultura popular da Bahia, eu achava um projeto fantástico, dos projetos mais brilhantes que o Estado já teve, porque na Caminhada Axé você tinha uma visão de toda essa formação cultural da Bahia. Outro projeto, atual, que também a gente participa e é de suma importância pra Bahia é a FLICA, o Festival Literário de Cachoeira. Citaria ainda o Pôr do Som da área verde do Hotel Othon, feito de 1992 a 2000, ele tinha uma base de programação pronta, definida, mas tudo podia acontecer, com participações especiais e encontros de artistas, um projeto cultural e musical bastante interessante. 4. Qual a sua avaliação sobre a produção cultural na Bahia nos últimos anos? Sempre foi e sempre será rica, é claro que você vai ter épocas melhores, épocas com menos intensidade, mas a produção cultural da Bahia é muito rica. O que tem que ser feito é criar condições para que ela aconteça como mercado, mas, principalmente, é preciso ficar atento às matrizes que são as raízes e ficar atento ao novo, que é a vanguarda, porque é o novo que precisa ter muita atenção, incentivo, porque o mercado não absolve o novo de primeira, porque às vezes é assustador estar lidando com uma coisa nova que depois vai virar mercado, foi assim com a Bossa Nova, com o Tropicalismo.
  • 2. 5. Como você avalia as políticas e o mercado para cultura na Bahia nos últimos anos? Acho que o dia em que as pessoas botarem na cabeça que as duas pontas é que são importantes, cuidar das matrizes que são as nossas bases seguras e cuidar da vanguarda, tudo melhora, você terá condições para que as coisas aconteçam. O miolo é o mercado. Isso é o que tem que ser feito. Agora a Bahia vai estar sempre dando exemplos, sempre vai ter uma cultura forte, porque esta mistura proporciona isto, a Bahia tem todas as condições para isto, são pequenos mundos dentro de um único estado. 6. O que você pensa sobre a proposta da Secretaria de Cultura do Estado de interiorização/territorialização da cultura no estado? Eu acho importante, o interior é muito rica, tem que ter uma atenção especial para o interior, como tem que ter também uma atenção especial para a periferia, por que é na periferia onde estão a maioria das pessoas e elas constituem outros mundos, tem muita coisa acontecendo lá sem que as pessoas percebam. Agora também tem que tomar cuidado com os recursos, porque também não adianta ter poucos recursos e pulverizar coisas pequenas em vários lugares. A cultura sempre foi carente de recursos, as pessoas não entenderam ainda que a cultura é uma parte importantíssima do Governo, do estado, do município. 7. O que você pensa sobre os editais e as leis de incentivo como mecanismos de financiamento da cultura? Os editais são uma coisa justa. A Lei Rouanet eu acho burocrática demais, acho que ela privilegia as pessoas que já estão com o talento consolidado de mercado, os novos têm pouca chance e, além disso, são tantas as coisas pedidas que se tornam as vezes obstáculos intransponíveis para você chegar ao final, principalmente para um artista novo e com pouco recurso. 8. Qual o papel da iniciativa privada no financiamento à cultura? A iniciativa privada vai tender a privilegiar o que já é sucesso. Justamente porque ela está associando a imagem da empresa ao produto cultural e quando a coisa é muito nova ás vezes as pessoas ficam temerosas. O que é isso? O que é aquilo? Se esse “negocio dá uma merda?”, como é que vai ficar a imagem da empresa ligada a isso? Aí cabe ao governo ficar atento e incentivar a vanguarda, porque poucas empresas vão empregar recursos no novo, pouquíssimas. É natural que até seja assim, porque você está com uma empresa que visa o dinheiro, que tem o lastro, toda consolidada no mercado, o cara vai apoiar um negócio que nem sabe o que é? 9. O que você pensa sobre a gratuidade do acesso a produtos e bens culturais? E quanto à política da meia-entrada? Acho que tem que ter o Vale Cultura, mesmo que algumas pessoas contestem: “ah vai pegar os 50 reais ou 60 de meia entrada, a pessoa vai ver um filme de ação, um blockbuster...”. Não
  • 3. importa, porque num país onde a maioria da população nunca foi ao cinema, só o cara entrar no cinema já é uma coisa bacana, o cara ir ao teatro, acho que qualquer incentivo neste sentido é válido. Acho que também tem que voltar a acontecer coisas na rua para que as pessoas tenham sucesso, como em alguns projetos como o de Aninha Franco, do Teatro XVIII, com ingressos a R$1,99, ou o Domingo no TCA a R$1,00 para que as pessoas possam frequentar, porque as pessoas não vão também porque não podem ir. Quem ganha um salário mínimo como é que vai pagar R$100 ou R$50 por um espetáculo? Ou o valor de uma entrada de cinema? Não há como. Se você colocar uma orquestra na rua você vai ver que vai ter um público grande, as pessoas vão ficar atentas e em silêncio assistindo. 10. Como você percebe a questão da profissionalização na área cultural? Quais as principais necessidades do mercado baiano hoje? Eu acho que tem que ser criado um projeto para a profissionalização, é necessário saber como se faz um projeto, os custos envolvidos nisto, todos os passos, saber a importância da administração, do marketing, como transformar o projeto em produto, que para isto tem que ter um plano de comunicação. É importante que as pessoas tenham uma visão de todo esse barato, isto só se consegue com a profissionalização. 11. Como você avalia o espaço para a cultura na mídia baiana? Por que é tão difícil para a cena independente ter acesso a esse espaço? Hoje a mídia baiana é uma mídia de massas, eu, por exemplo, na Rede Bahia tenho dois Programas, dois espaços que têm que dar audiência, tem que trazer coisas novas, coisas bacanas. Agora hoje as pessoas têm que ver o seguinte, existem diversas opções de se massificar o produto, muito mais condições de divulgar o produto do que há vinte anos atrás, não é à toa que estas passeatas recentes que reuniram mais de um milhão de pessoas não foram proclamadas nem por jornal, nem rádio, nem televisão, mas sim no ambiente dos jovens, pela internet, pelo facebook. Tem que se juntar em grupos, em cooperativas, hoje você tem tantos projetos na internet de sucesso. 12. Fale um pouco de sua trajetória e de como chegou a Rede Bahia? Como surgiu o programa Mosaico Baiano? E qual a importância desse programa para a difusão da cultura baiana? Minha trajetória foi como te falei: administração de empresas, depois na Telebahia, nessa área de planejamento e controle. A partir da fotografia, comecei a me interessar por arte. Essa área de administração e planejamento não me interessava, procurei fazer um curso de programação visual com Rogério Duarte, tropicalista, a partir daí abri o meu próprio escritório, comecei a trabalhar com fotografia, programação visual, fui entrando um pouco de publicidade, exposições, daí pronto... Depois fui dirigir uma área de marketing no governo, no Departamento de Telecomunicações do Estado da Bahia - Detelba, daí fui para Fundação Cultural do Estado da Bahia - FUNCEB. A Fundação Cultural me deu um lastro cultural muito importante. Daí fui dirigir o Teatro Maria Bethânia, que me levou a televisão. Primeiramente na Aratu durante um
  • 4. ano, depois a TV Bahia me chamou e estou lá há 20 anos, em diversas áreas. Já passei por eventos, por criação de programas, pela área cultural, e hoje eu dirijo o Departamento de Criação e Produção da Rede Bahia e sou responsável pelos programas Mosaico e Aprovado. O Mosaico e o Aprovado vêm da necessidade de preencher todos os espaços disponibilizados pela TV Globo para a produção regional. No Mosaico a gente procurou fazer uma revista que agregasse, principalmente, o ponto forte da Bahia, que é cultura, turismo... Principalmente cultura, porque este é um ponto forte da Bahia. Paisagem maravilhosa, um pouco de aventura, pitadas de comportamento, um pouquinho de dramaturgia, que isso aí dá um molho. E o outro programa, o Aprovado foi da necessidade de ter um programa de Educação na TV brasileira. O Aprovado foi o único programa de Educação da TV aberta do Brasil. Ele nasceu da necessidade das pessoas de baixa renda terem acesso à informação para o vestibular. Inicialmente foi feito isso, porque para você passar no vestibular são muitos cursinhos. Os alunos pobres que não tinham cursinho tinham no Aprovado um meio de poder competir com as pessoas de mais dinheiro. Aí, com o passar do tempo, o vestibular não ficou mais tendo essa importância toda, hoje tem vestibular de tudo que é tipo, aí o Aprovado passou a ser um projeto mais ligado a conhecimento e cultura, saindo um pouco daquela coisa mais específica do cursinho de vestibular. Mas sempre foi um programa de sucesso, com bom ibope. 13. Qual a importância desses programas para a cultura baiana? A importância destes programas está relacionada a questão da visibilidade das pessoas, dos projetos, da arte, dos artistas, dos movimentos... Quando você bota isso numa TV aberta, você está lidando com uma de audiência de 800.000 pessoas a 1 milhão. Essa é a importância. É a visibilidade de projetos bacanas, embora a gente saiba que em televisão você não se aprofunda muito, por causa de tempo. Mas a partir daquilo que está na televisão o cara pode buscar mais. Às vezes você vê uma cantora num programa como o Mosaico, você vê aquela menina fantástica e tal, daí você vai procurar o disco, já vai ver um show, já vai querer conhecer o trabalho com mais detalhes... Enfim, a principal função é a visibilidade. 14. Na Rede Bahia, quais outros espaços existem para divulgação da produção cultural baiana e que tipo de cultura prevalece? Você tem as agendas em todos os programas, e aí é de tudo, desde o teatro ao pagode. Você tem um projeto como o Janela Para o Teatro, tem dois programas bastante culturais que são Mosaico e o Aprovado, e você tem agenda cultural tanto no jornalismo como no Bahia Revista, enfim, esse é o mix. Também existem parcerias, como é o caso da parceria com o Teatro Castro Alves e com o FLICA. São projetos de parceria da TV com a área cultural. Por exemplo, o FLICA foi uma parceria com a Putzgrilo que hoje está no terceiro ano e é um sucesso. 15. Como você dimensiona a importância para os artistas e projetos divulgados ter espaço em programas como o Mosaico? Eu acho que é bom para eles nesse sentido de dar uma visibilidade ao trabalho. Você mostra o trabalho com uma rapidez maior, na medida que está indo para muitas pessoas. Por exemplo:
  • 5. para você chegar ao Teatro Castro Alves é uma longa caminhada. Você vai mostrar aquele seu trabalho para 1.400 pessoas. Se você vai mostrar esse trabalho na televisão, no Mosaico, está mostrando para 1 milhão... Essa é a grande diferença... Dá um impulso, vamos dizer assim. 16. Qual é a audiência do mosaico? O que esse número representa? Salvador, por exemplo, hoje a média dá 17 pontos, 16... vamos botar uma média de 15, 14 pontos. Cada ponto são 18.000 domicílios em Salvador. 18.000 domicílios “vezes 14” dá aproximadamente 200.000 domicílios. Esse número representa 20% da audiência, que são quatro regiões, ou seja, é um milhão de pessoas. Se você contar cada casa com duas pessoas são quase dois milhões de pessoas. 17. A Rede Bahia investe em grandes eventos como o Festival de Verão e apoia outros, como o FLICA. Como você avalia essas iniciativas e apoios? Eu acho, por exemplo, que o Festival de Verão é um evento de entretenimento com pitadas de cultura. A FLICA é um evento de cultura que pode ter pitadas de entretenimento. Essa é a inversão... É super importante para a TV. Eu acho que o Festival de Verão contribui muito com o turismo no verão da cidade, é um evento de grande porte que envolve uma logística e estrutura fantásticas. É claro que ali vão estar os artistas mais comerciais. A FLICA, não. A FLICA eu acho que é um evento literário que preenche uma lacuna que precisava ser preenchida na Bahia. Há muito tempo não se discute literatura, não se discute autores, história. Cachoeira, o Recôncavo também é um lugar ideal para isso, por ser uma cidade histórica... E deu certo, tanto que já estamos no o terceiro ano, com todos os hoteis de Cachoeira, Santo Amaro e redondezas cheios. Ao contrário, o que a cidade precisa é ter mais estrutura, pois dessa vez as pessoas não tinham onde almoçar, se hospedar. O evento extrapolou, mostrando que não é só música, literatura também dá certo. As pessoas estão ávidas por conhecimento. Quanto a ser potencializado, eu acho que já está bem potencializado, agora que já tem um modelo de FLICA, ele pode ser levado para outros lugares. Ter a FLICA de Porto Seguro, da Chapada Diamantina, do Pelourinho, entendeu? Aí você vai... 18. Qual o papel da mídia na formação de plateia para a cultura? Por exemplo, o Janela para o Teatro. Acho que o Janela para o teatro é uma iniciativa de valorização do teatro baiano, isso aí a gente tem que fazer mesmo. Se a Bahia tiver uma cultura forte, é bom para todo mundo. A responsabilidade da televisão é essa... também tem que levar coisa de qualidade, aumentar o nível cultural das pessoas. A importância maior é essa mesmo: dar visibilidade a uma ideia, num momento único, para muita gente. 19. Quais os desafios de se produzir TV na Bahia nos últimos anos? A grande mudança que estamos vendo é o surgimento de outras mídias, o surgimento da Internet... Esta é a grande mudança. Hoje a informação está na mão de todo mundo, vai chegar um ponto que você não vai depender mais dos grandes conglomerados de mídia, você
  • 6. pode fazer sua própria televisão dentro da internet, como tem gente que já está fazendo. Cada um vai ter a sua televisão (risos). Isso já está provado que é viável. Um exemplo foram estas manifestações que aconteceram há pouco. Você hoje não depende mais da grande mídia, você vai começar a ter alternativas e isso é ótimo. Tanto que as pessoas de 12 anos, 13, já quase nem assistem televisão, já veem na internet, acompanham as notícias pelo jornal eletrônico... Esta é a grande mudança que está vindo por aí, e as pessoas estão se preparando para isso. 20. Esse avanço tecnológico alterou a prática de fazer TV? Totalmente, é claro. Você tem produção vindo da Alemanha, pessoas que estão fazendo em Londres e mandam pela internet. Hoje, com uma câmera de R$ 5.000, R$ 4.000, você faz uma coisa com qualidade. Antigamente uma câmara era US$100.000 e uma ilha de edição era mais US$100.000, ou seja, você passou de uma coisa de R$ 400.000 para 20, 15... Esta é a facilidade. Todo mundo pode fazer televisão, a diferença vai começar a ser o conteúdo, a cabeça, a criatividade, isso que vai ser a diferença. Fazer todo mundo pode, agora com criatividade, uma coisa legal, são outros 500, né? 21. Que projetos, instituições ou pessoas você destaca em termos de produção e gestão cultural na Bahia? Hoje eu destaco a FLICA, como já falei, é um projeto super interessante. Apesar de ser um projeto elitizado, eu acho importante a Série TCA, porque traz coisas novas. Também acho o Jazz do MAM uma coisa bem consolidada, você vê anos e anos e continuam lá com público, músicas interessantíssimas... Mas claro que se for falar de um projeto de entretenimento tem o Festival de Verão, onde você assiste cinco ou seis shows e fica lá a noite toda. Enfim, bem estruturado. De cultural, eu acho a FLICA, o Jazz no MAM e a Série TCA. E claro, também, está começando uma semente muito bacana com o Festival de Jazz do Capão. Vamos ver que rumo vai tomar. Entrevista realizada por Caio Pamphilo, dia 31 de julho de 2013, no Espaço Cultural da Barroquinha, em Salvador.