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Paixão da
criatividade
(em literatura)
“
Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
SOBRAMES-SP - Regional do Estado de São Paulo
O Bandeirante
Um
a publicação
feita por
M
édicos
Escritores
15
Ano XIV - n° 160 - Março de 2006
Suplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento Literário
Veja os autores que
selecionamos para você
nesta edição
Manlio Napoli, Carlos Galvão,
Marcos Salun, Maria do Céu Louzã,
Karin Massaro, Jacyra Funfas,
Walter Harris, Alitta Silva e
Flerts Nebó. Pg.3 a 6.
Escrever é, simplesmente,
uma maneira de
falar sem que
interrompam a gente
Sofocleto (Luis Felipe Angell) -
escritor peruano (1926 - 2004),
in Sinlogismos
“ Toda vez que você der de
cara com um colega
fazendo versos no horário
de trabalho, convide-o
para a SOBRAMES-SP!
Milton Maretti
Paixão pode definir-se
como o sentimento de gostar
ou amar algo a ponto de ofuscar
a razão; grande entusiasmo por
alguma coisa, objeto da paixão;
ânimo favorável ou contrário a
alguma coisa e que supera os
limites da razão. No caso da
literatura, pode-se dizer da
sensibilidade e do entusiasmo
que um escritor transmite
através de sua obra: calor,
emoção e vida.
Criatividade: qualidade ou
característica de quem ou do
que é criativo; inventividade, inteligência nata ou
adquirida para criar e inventar, quer no campo
artístico, quer na literatura. O criador é aquele
que tem o dom divino da invenção intelectual
fecunda. Assim pode se definir os escritores de
romances, poesias, crônicas e da literatura em
todas as suas vertentes.
É exatamente assim que os cultores da
SOBRAMES podem ser definidos. É assim que se
revelam quando se reúnem prazeirosamente todos
os meses e com suas verves deliciam os presentes.
Depois são agraciados com os aplausos dos
companheiros e vez por outra têm a alegria de
ter suas obras premiadas.
Os autores aproveitam-se de fatos vividos,
lidos e arquivados para produzir suas composições.
O médico, que além de ter um pouco de “louco”,
tem também muito de outras artes, é literato, é
músico, é escultor, é pintor... Enfim, tem algo de
quase todas as artes, além de influências da
mitologia, das fábulas, da filosofia e até da política.
Milton Maretti é médico
ginecologista em São Paulo
E, bem por isso, certamente
o autor interage com esse
universo artístico.
Em alguns casos as
obras de arte têm conteúdo
filosófico mais ou menos
explícito, o que pode
influenciar nossas atitudes em
outros campos. Isso acontece
com muita freqüência no
caso de composições literárias
(exemplo: Romeu e Julieta).
As atitudes de um líder
religioso, de um cientista, de
um político, de um explorador
ou de um filósofo influenciam freqüentemente o
desenvolvimento em outros campos da atividade
humana. Um pintor famoso, provavelmente terá
uma influência muito reduzida no desenvolvimento
da música e da literatura e praticamente nenhuma
sobre a ciência.
De um modo geral os artistas nada
influenciam além da arte a não ser nos campos
específicos da arte. A apreciação da arte literária
faz parte diretamente da vida de cada indivíduo.
Pode usar o seu tempo lendo livros ou fazendo
literatura. Com isso afeta outras atividades, toda
nossa vida, liga-se a outras almas, exprime seus
sentimentos mais profundos, tornando-se válidos
para todos.
Por mais descompromissada que possa
parecer, a atividade criativa dos escritores da
SOBRAMES e sua diletante paixão pelo que fazem,
acaba tendo repercussões inimagináveis.
O Bandeirante - ANO XIV - nº 160 - Março 2006 - Publicação da SOBRAMES-SP - Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
Regional do Estado de São Paulo - Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP - telefax (11) 3062.9887
/ 3062-3604 - Projeto Gráfico e Diagramação: Rumo Editorial Produções e Edições Ltda. - E-mail: rumoeditorial@uol.com.br
Editores: Flerts Nebó, Marcos Gimenes Salun. Redatores: Luiz Giovani, Marcos Gimenes Salun. Jornalista Responsável: Marcos Gimenes
Salun - MTb 20.405 - SP - Correspondência: Av.Prof. Sylla Mattos, 652 - apto. 12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 -
E-mail: sobrames@uol.com.br - Diretoria Gestão 2005/2006 - Presidente: Flerts Nebó. Primeiro-secretário: Marcos Gimenes Salun
Segundo-secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã. Tesoureiro: Milton Maretti. Conselho Fiscal Efetivos: Luiz Giovani, Madalena
J.G.M.Nebó, José Rodrigues Louzã. Suplentes: Sérgio Perazzo, José Jucovsky, Arlete M.M.Giovani.
O Bandeirante
Março 2006
Por que?
HOSPITAL METROPOLITANO
Serviços de Pronto-socorro
e tratamentos de ambulatório.
Rua Marcelina, 441 - Vila Romana - SP
(11) 3677.2000
2Editorial
LIFE SYSTEM
ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA
Avenida Brasil, 598 – Jardim América – SP
(11) 3885 – 8000
lifesystem@uol.com.br
Flerts Nebó
Expediente
Rápidas
12ª Superpizza
Sogras reverenciadas
BIENAL DO LIVRO - A 19ª Bienal Internacional do Livro de São
Paulo será realizada este ano, pela primeira vez, no Pavilhão de
Exposições do Anhembi. O novo endereço trouxe uma projeção
maior para o evento. Entre os dias 9 e 19 de março, 320
representantes do mercado editorial disputarão a atenção de cerca
de 800 mil visitantes - um público 43,63% maior que da Bienal de
2004. Nos 57,6 mil m2 do pavilhão serão expostos nada menos que
1,5 milhão de títulos com mais de 3 mil lançamentos.
DISQUETES FORMATADOS - Os confrades que já se
habituaram a entregar seus textos literários gravados em
disquetes para facilitar o trabalho dos editores deste jornal,
poderão receber o “vasilhame” de volta, sempre que
entregarem seus trabalhos. Quem entregar seu texto gravado
receberá no ato um disquete formatado.
COLETÂNEA 2006 - A diretoria já está definindo as bases e
regras para a participação dos autores na nona edição de
sua série de coletâneas, iniciada em 1990. Como nas edições
anteriores, será uma obra cooperada entre autores
interessados. A partir de abril o jornal O Bandeirante
publicará todas as informações a respeito. Enquanto isso,
os interessados já podem ir preparando ou selecionando
seus melhores textos para que a edição deste ano tenha o
mesmo sucesso e grandiosidade das anteiores.
PROJETO RELEITURAS - Para quem gosta de buscar bons
recantos literários na internet, aqui vai uma dica: o “Projeto
Releituras” que está completando dez anos no ar. No site
que está em www.releituras.com.br você encontrará mais
de 1100 textos de 437 autores renomados, nacionais e
estrangeiros, além de 44 biografias e também áreas dedicadas
a textos de novos autores. Vale a pena colocar o link entre
seus favoritos e dar uma passadinha por lá de vez em quando.
Seis autores resolveram aceitar o desafio proposto para esta
edição da Superpizza: “Amor de sogra”. As poesias e
narrativas apresentadas na Pizza Literária de fevereiro
demonstraram que nossos confrades nutrem por suas sogras,
além do amor, muita simpatia, respeito e afinidade. Os textos
foram entregues a uma leitora convidada que nos indicará o
que mais gostou. O seu autor receberá uma garrafa de vinho
no dia 16 de março, durante a próxima Pizza Literária.
Estive pensando quantas vezes essas duas
palavras são pronunciadas durante uma conversa entre
duas pessoas. Por isso, resolvi fazer uma série de
perguntas usando essa expressão, pois gostaria de saber
pelo menos algumas das respostas.
Por que, você que foi praticamente um dos
fundadores de nossa Regional, abandonou seus
companheiros?
Por que você deixou de comparecer às nossas
PIZZAS LITERÁRIAS, como o fazia antes?
Por que você se aborreceu com alguma coisa que
não o agradou, num determinado momento e POR QUE,
você não “passou por cima” e voltou para o nosso
convívio?
Por que, você que sempre escreveu tão bem,
continua guardando em suas gavetas o que escreve?
Por que não nos mostra mais os seus trabalhos
literários, que sempre foram do agrado de todos nós?
Por que você que tem tantos amigos, familiares
e parentes e até mesmo colegas de trabalho, não os trás
para conviverem conosco? Será orgulho? Raiva da gente?
Desprezo pelo que tentamos, com esforço, manter em
nossa tradição?
Por que você que está lendo este nosso Editorial,
não nos escreve, criticando-o ou sugerindo algo de novo?
Por que você não ama mais a nossa SOBRAMES,
mesmo sabendo que um Grande Amor, nunca morre?
Por que você não vence essa apatia que o tomou,
num repente ou uma “raiva incontida”, ou, seja lá o que
for e não aparece para que possamos conversar e
esclarecer suas dúvidas ou mal-entendidos?
Por que, depois de ler o que escrevemos, você
não vem nos criticar ou, se quiser, nos dizer que somos
retrógrados, e que ainda estamos vivendo uma vida que
já passou?
Nós precisamos de você de volta ao nosso
convívio, assim como “a ave que volta ao ninho antigo”.
Reflita. Busque as respostas a todas essas perguntas e
venha nos dizer o que pensa.
Minha presença num
Congresso da UMEM
3O Bandeirante
Março 2006SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterárioManlio M.M.Napoli
Médico ortopedista - São Paulo - SP
30 anos de SAMPA*
Carlos Augusto Ferreira Galvão
Médico psiquiatra - São Paulo - SP
Quebrando a rotina
Marcos Gimenes Salun
Jornalista - São Paulo - SP
De 28 de setembro a 2 de outubro de 2005,
realizou-se o 49º Congresso da UMEM - União Mundial de
Médicos Escritores, na cidade de Isernia (itália),
organizado e presidido pelo Dr. Luciano D’Agostino.
O Presidente mundial da UMEM, no momento, é
o Dr. Carlos Vieira Reis, representante de Portugal.
O evento reuniu cerca de cinqüenta participantes,
com predomínio de médicos europeus. Dos países sul-
americanos, somento o Brasil se fez representar através
a Dra. Marli Piva, de Salvador - BA, e o Dr. Manlio Napoli,
de São Paulo - SP, que também representou a LISAME -
Liga Sul Americana de Médicos Escritores.
Isernia é cidade antiga e foi habitada no passado
pelos sanitas, povo aguerrido e conquistador que chegou
a dominar toda a península itálica. Atualmente é a capital
de Molise, o mais jovem território emancipado da
República Italiana. Molise é insulada e fica à sudeste do
Lazio, cuja capital e Roma.
Muitos trabalhos foram apresentados,
constando de versos, prosas e crônicas, a
maioria de assuntos previamente escolhidos,
que no congresso presente eram sobre países,
climas e paisagens típicas. Todos os trabalhos
eram comentados.
Pôde-se notar no decorrer do evento certa
dificuldade de compreensão dos textos, pois embora a
língua oficial fosse a francesa, muitos autores usavam
suas línguas maternas. Felizmente, o Dr. Vieira Reis
prestou-se a traduzir a maioria dos textos, vertendo-os
para o francês. De passagem, note-se que faziam parte
do grupo, duas jovens gregas e um ucraniano que só se
expressavam em suas línguas pátrias!
Louve-se o esforço do Dr. Luciano, organizador
do evento, verdadeiro “factotum”, pois foi desde
presidente, secretário, tesoureiro, agente de viagem até
promotor dos programas sociais, turísticos e
gastronômicos, por sinal todos ótimos.
A UMEM celebrará bodas de ouro em 2006 e que
serão comemoradas no seu 50º Congresso. O Conselho
Diretor da UMEM solicitou à Dra. Marli Piva que iniciasse
os entendimentos para realizar o próximo congresso em
Salvador, Bahia.
Não que tenha somente chegado
Há 30 anos tive a sensação de ter voltado
Onde estaria sem tua luz?
Sem dúvida lá, no atrás escuro.
Ao pisar em teu solo
Senti raízes a me saírem dos pés
A sensação de ter ocupado um lugar
Que me esperava determinado
Tua rouca voz me seduziu
Tua forte mão me segurou
Amor? Sim. Paradoxo, prazer, dor
Cobicei tua pedra rica,
cobiçaste minha mata pobre.
Ah, São Paulo, meu destino
Num dia tua força me devora
Noutro me fazes feliz... menino
E nunca mais poderei ir embora.
* Nota da redação: Carlos Galvão é paraense.
“30 anos de SAMPA” é uma “poesia de guardanapo”,
estilo de criação literária introduzida por ele na
SOBRAMES, e que consiste em escrever um poema em um
guardanapo, durante a realização da Pizza Literária e
apresentá-la logo a seguir. Esta foi escrita em 16 de
fevereiro de 2006, durante a 187ª Pizza Literária,
exatamente um dia antes de Galvão, que acabou se
tornando um dos presidentes da SOBRAMES-SP, completar
30 anos de sua chegada à capital paulista,
para dela não mais ir embora.
A impressão que tenho é que a mesmice das coisas
acaba encurtando o tempo de forma muito acelerada. Quando
estamos no alvorecer de um dia supostamente de rotina,
cada minuto tem no mínimo, uns dez segundos a menos. A
previsibilidade do que vai acontecer no instante seguinte
diminui o tempo. Não podemos interferir no processo. Talvez
por sabermos exatamente como vai ser o próximo segundo,
deixamos de contá-lo. Daí, o subtraímos de nossa vida de
forma inconsciente, mas inexorável e irreversivelmente.
Apesar disso, acho que foi pelo desarranjo dessa
consciência de perda de tempo decorrente do ritual de minha
vida, que acabei encontrando tempo para pensar em coisas
tão inúteis quanto esta tese que agora me ocorreu. Assim,
pensei também nas formas de driblar a mesmice, de dar um
tombo nos inexoráveis segundos iguais de cada um de meus
dias, e de contá-los todos, como se não os tivesse perdido.
Talvez eu só quisesse com isso prolongar minha existência,
que vinha sendo subtraída covarde e rudemente de preciosos
momentos.
Mas não deu certo. No segundo dia em que eu vinha
pensando nessa complexa equação, enquanto dirigia para o
meu trabalho, pelas mesmas ruas de sempre e parando no
mesmíssimo e eterno engarrafamento de meus dias iguais,
me distraí completamente. Minha abstração advinda dessa
mesmice me fez perder a noção de qual era o pedal do freio.
Assim, permiti que batesse o pára-choque da frente de meu
carro no pára-choque traseiro do carro que ia à minha frente.
O pior de tudo, é que a mulher que o dirigia era brava demais.
Custou um tempão para me desvencilhar da situação.
E lá se foi toda a minha tese. Por fim, concluí que se a
mesmice pode acelerar o tempo, a falta de freio pode
recuperar muito do tempo perdido, embora não seja ainda a
melhor forma de resolver o problema. Preciso pensar um
pouco mais nessa profunda questão filosófica.
4O Bandeirante
Março 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Amor de sogra
Maria do Céu Coutinho Louzã
São Paulo - SP
Eu estava sentada no hall da casa com a minha
amiga de colégio, que me convidara para almoçar e de
repente vejo vindo uma jovem senhora, baixinha,
elegantemente vestida, penteada com cabelos presos e
que ao olhar para o assoalho bem encerado diz espantada
“Quem será que derrubou essa água”?...
E mais do que depressa descalçou o sapato, o pé
calçado com meia de seda, sim de seda, pois ainda não
haviam inventado o nylon, enxugou rapidamente o tal
pingo de água. Calçou o sapato e veio me cumprimentar.
Foi assim que conheci a minha futura sogra. Já lá se vai
muito, mas muito tempo.
Era uma mulher muito interessante e dela guardo
ótimas lembranças. Pertencia a uma família de paulistas
de 400 anos, mas isso nunca modificou seu jeito simples
de ser. Gostava de contar como havia sido sua infância
difícil pois perdera o pai quando tinha oito anos e seu
irmão, quatro. Sua mãe muito dinâmica e trabalhadora
criou os dois filhos sozinha. Era professora na Escola
Caetano de Campos.
Minha sogra contava sempre que quando moça
tinha feito muito casaquinho para bebê e balas de côco
para ajudar na economia da casa, como era moderna
sua mãe e como a tinha feito tirar carta de motorista
assim que completou os dezoito anos. D. Jéssia, era o
seu nome, sempre dizia que não gostava de guiar, mas
foi necessário depois que a mãe havia comprado um
carro. Gostava de mostrar sua carta que era de número
baixíssimo. Contava como em São Paulo era fácil dirigir,
quase não havia automóveis e ela podia até pedir para
o guarda civil da rua estacionar o carro para ela. Mas a
família caçoava muito dela, porque tinha conseguido
bater num bebedouro de cavalos, que nessa época era
comum na cidade de São Paulo. Ela mesma contava isso
sempre rindo.
O que me divertia era vê-la guiar o Ford do meu
sogro. Ela criou um menino que nessa época devia ter
uns cinco ou seis anos. Quando saía, ele era o seu
ajudante: “desbrecava” o breque de mão e aos seus
comandos ia executando as ordens -”Celso! pode engatar
a primeira, agora a segunda ...e agora a terceira!!! Lá
iam pela rua a fora.
A última vez que guiou eu já estava casada e ela
teve que trazer um carro da casa de minha cunhada e
atrás vinha noutro meu sogro. Ao chegarem ao
cruzamento da Rua Augusta com a Estados Unidos, ela
entrou à esquerda, mas do jeito dela como sempre, na
diagonal do cruzamento, quase na contra mão. Nesse
tempo essas duas ruas tinham duas mãos. Ouviu-se muita
reclamação e buzina de todos os lados. Ao chegarmos
em casa levou uma descompostura do meu sogro e em
troca ela declarou que não guiaria mais. E assim foi.
Dona de um bom humor e com uma linda
voz gostava de cantar e muitas vezes a ouvi
cantarolar valsas de Carlos Galhardo, de
Francisco Alves, músicas de igreja ou trechos
de árias de ópera. Tocava piano, reunia amigos
para saraus de poesia, de música e organizava
roda de jogo, pois meu sogro gostava de jogar pôquer.
Criava canários que eram tratados por ela todos os dias e
possuía um viveiro com periquitos de cores variadas.
Tinha muito ciúme de seu jardim, com um lindo
caramanchão com jasmins perfumados, e da sua horta.
Não queria que cortassem uma única flor e até as verduras
eram apanhadas um pouco à sua revelia.
Gostava de falar de política, ler um bom livro.
Tinha sempre uma palavra amiga para todos que dela se
acercassem, gostava de presentear e via o mundo de
maneira muito positiva. Mas não se pode dizer que não
tivesse alguns raros momentos de raiva, mas que logo
víamos se dissiparem.
Com o tempo, os filhos casados, os seis netos
que chegaram foram a sua alegria: fazia muito tricô para
todos, brincava com eles, batia corda, jogava bola,
baralho, contava histórias e até mesmo ajudava nas lições
da escola. Preparava lanches maravilhosos, organizava
festinhas juninas com fogueira e balões, comemorações
nos dias da criança, das mães e combinava piqueniques
nos domingos em chácaras de alguns amigos. Era uma
festeira de mão cheia. Ela falava sempre que não entendia
porque fazer brigadeiros somente nas festas de
aniversário se criança gostava tanto desse doce. E assim
nos almoços de domingo, quando reunia a família e amigos
havia brigadeiros para sobremesa dos netos. E num
carrinho de chá, num canto da sala, potes de balas e
chocolates eram abastecidos freqüentemente para a
meninada.
O meu sogro era nove anos mais velho do que
ela. Médico, trabalhava muito como todo o médico. Tinha
um gênio sossegado e muitas vezes chamava a atenção
dela, ainda que fosse de maneira carinhosa, por tanta
coisa que ela inventava e conseguia realizar. Era difícil
para ele acompanhar o ritmo dela. Mas formavam um casal
muito unido e feliz
D. Jéssia gostava de comer bem e com o tempo
uma vida mais sedentária foi engordando-a. Aos reclamos
do marido, que chamava sua atenção por estar tão gorda,
ela fazia regimes, mas acabava se aborrecendo e comia
bem e muito e voltava a engordar. Dizia que não adiantava.
Comer bem era algo que lhe dava muito prazer. E finalizava
dizendo: “Quando eu morrer ponham mais uma alça no
caixão”!
A morte do meu sogro depois de quarenta e nove
anos de casamento deixou-a muito triste. Toda a alegria
foi-se. Não quis mais viver na casa onde haviam morado
trinta e sete anos felizes. Decidiu ir para uma Casa
Geriátrica e ironia do destino: três anos depois veio a
falecer, muito magra, de um câncer de estômago
inoperável.
Foi uma sogra muito especial, um exemplo de
como viver feliz e dar valor a pequenas coisas. Deixou
recordações muito boas a todos que com ela conviveram.
O Bandeirante
Março 2006 5SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Walter Whitton Harris
Médico ortopedista - São Paulo - SP
Festim de estrelas
Jacyra da Costa Funfas
Advogada - São Paulo - SP
Facilidades da vida
Karin Schmidt Rodrigues Massaro
Médica hematologista - São Paulo - SP
Toda estrela nasce e morre,
quebrada de pouca luz.
Não há tapete de mar que forre
nosso chão, a Terra, nossa cruz.
As gaivotas vão e voam.
O trôpego cai, bebe e levanta.
Os hinos, as bocas entoam.
O Rio aos vivos, encanta.
Não há filosofia descabida,
nem reticências aos anos.
O poeta é que sabe da vida.
“Não” aos maiores arcanos!
Nem futuro cala o presente.
O mesmo olhar que ela bem quer.
Ao poeta, meu verso ingente:
o mesmo beijo quer toda mulher.
O vento bateu na porta de leve.
Abri-a. A noite beijou-me fria
e a lua como a noite persegue,
Entrou com as estrelas de alegria.
Meu quarto de pequeno foi crescendo
E o firmamento inteiro a entrar,
Num festim ofuscante, parecendo
O próprio céu nas noites de luar.
Constelações riam acaloradas,
Uma solitária a chorar de triste,
As cadentes passavam apressadas.
Mas, a lua como deusa em fim de ato,
Deixou esse reinado que persiste,
Para o rei-sol, já de manhã, no meu quarto!
A tragédia de Glencoe
GLENCOESITUA-SENOSALTIPLANOSESCOCESES,OSHIGHLANDS,ao
norte de Glasgow, no vale do rio Coe, terras do Condado
de Argyll. Lá vivia o clã dos MacDonalds, vítimas de um
massacre que ocorreu em 1692 e que, até a presente
data, permanece nos corações desses nobres lutadores,
como uma amarga investida dos ingleses.
Reinava na época o rei William III, que substituiu
James II, a quem muitos clãs permaneciam leais. A
realeza impôs aos escoceses um juramento de fidelidade
que precisava ser assinado até o dia 1º de janeiro daquele
ano, mas já se pensava em punir os recalcitrantes. Em
reunião dos chefes dos clãs, foi optado aceitar a
imposição inglesa, pois os Highlanders desejavam apenas
paz e tranqüilidade. Por um infortúnio, o chefe dos
MacDonalds foi ao local errado na data assinalada e ao
descobrir seu erro, só conseguiu chegar ao Forte William
em 6 de janeiro e já não havia um magistrado lá a quem
pudesse prestar juramento. Tarde demais, o rei William
III já havia autorizado a punição.
Os highlanders são muito hospitaleiros e fazem
questão de demonstrar essa qualidade, mesmo para seus
inimigos. Naquela ocasião, na região de Glencoe,
estavam acantonadas tropas do regimento de Archibald
Campbell, um nobre de Argyll. Apesar de haver uma certa
e antiga animosidade entre os Campbells e MacDonalds,
os soldados dos Campbells foram acolhidos nas diversas
casas dos MacDonalds e já estavam lá fazia mais de uma
semana, onde foram recebidos da mesma forma que
quaisquer outras pessoas. Dormiram em suas camas, foram
alimentados e tratados como irmãos.
Os soldados receberam suas ordens e, de repente,
no meio da noite, atacaram os MacDonalds, assassinando
o chefe do clã e mais 33 homens, 2 mulheres e 2 crianças.
Muitos do clã conseguiram escapar, para contar a história.
Houve uma grita geral pelas Ilhas Britânicas devido ao
massacre e adversários do rei William III exigiram uma
investigação e o Subsecretário para Assuntos Escoceses
que, aparentemente, decidira punir os MacDonalds por
uma infração técnica, foi obrigado a pedir demissão.
Na minha família há um ramo escocês de
sobrenome McCall. Descobri que era um subgrupo do clã
dos Campbells. Quando estivemos nos Highlands,
entramos em várias lojas, querendo trazer, como
lembrança, alguma coisa referente aos Campbells e, para
minha surpresa, em todas as lojas existiam canecas,
chaveiros, marcadores de livros, etc. com os nomes dos
clãs, mas onde encontrava-se o nome “Campbell”, nada
havia. Conversamos muito com o dono de uma das lojas
e quando mencionei o fato, ele afirmou que não
encontraria nada dos Campbells nos Highlands, porque,
apesar de se terem passado 300 anos daquela tragédia,
eles ainda eram mal vistos pelos outros clãs. Como
ignorava a história, fui pesquisar.
Na atualidade, o vale de Glencoe está quase desabitado
eostúmulosdosMacDonaldsseencontramcobertospelaneve,
no inverno, e por mato, nas demais estações.
6
O Bandeirante
Março 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Tendepá
Alitta G.C.R.R.Silva
Médica psiquiatra - São Lourenço - MG
Quando ela ia chegando em casa, olhou para o lado
do cemitério e viu uma muitidão colorida descendo.
Estranhou as vestes incomuns para o caso de enterro, e
reparou que as pessoas vinham correndo. Brincou com o
taxista: ”Um defunto deve ter dado sinal de vida e se
levantado”. Mas logo preocupou-se, porque todos
gritavam, esbarravam-se, tropeçavam, mulheres corriam
com os sapatos na mão. O que estava acontecendo? Uma
mulher veio em sua direção: “Tiros no cemitério”!
O taxista gritou: “Abre o portão”! Ela saiu do carro,
em dúvida sobre o que fazer, mas obedeceu. Nervoso,
ele desceu também, pegou uma criança meio arrastando,
pisou na beirada de um degrau quebrado, desequilibrou-
se, quase caiu. Foi jogando as malas na varanda, trouxe
outra criança, voltou para buscar os gatos que, a essa
altura, já estavam bufando. Ele havia levado o filhinho
dele nesse corrida, coisa comum de acontecer na região,
e o menino começou a chorar e a gritar, protegido na
varanda: “Meu pai está lá fooora...”!
Tudo descarregado a toque de caixa, o taxista
enfiou o filho no caro e saiu ventando, nem deu “ciao”.
Dentro de casa, ela tentou acalmar as
crianças. Lembrou-se de que havia deixado o
portão aberto, saiu para trancá-lo em tempo:
alguns, em pânico, tentavam se esconder
aonde desse. Nesse momento soou a sirene do
camburão da polícia, e as pessoas, mais
tranqüilas, foram parando aqui e ali pelas
calçadas, pelos cantos, fofocando excitadamente. Ela
ficou sabendo que o morto era um rapaz adolescente que
levara um tiro fulminante na cabeça, dado por um membro
de gangue rival. E que alguém queria arrancar a cabeça
do defunto! Daí os tiros e a confusão.
Algumas pessoas começavam a procurar chaves,
celulares e outros objetos pelo chão, quando o camburão
desceu acompanhado por um coro: “Sol-ta, sol-ta”! Atrás
vinham batedores da polícia. A pé, um policial falava pelo
rádio, e outro vinha ainda com a arma na mão.
Janelas que ela nunca tinha visto abertas
ostentavam olhares curiosos e assustados, à espreita.
Ele achou a situação parecida com uma gravação de cena
de novela quando, atrás dos policiais, um grupo desceu
aos berros:
“Jus-tiça, Jus-tiça”! Carregavam cartazes que,
evidentemente, haviam sido feitos com antecedência. O
enterro devia ter sido muito interessante.
Apesar do medo, ela teve um frouxo de riso: “Tudo
acontece na minha rua”! E riu mais ainda ao ouvir o
antológico comentário de um irritadíssimo senhor
grisalho: “Tá vendo no que deu essa história de
desarmamento”?
Uma aventura temerária
Flerts Nebó
Médico reumatologista - São Paulo - SP
Existem pessoas que gostam de jogar futebol, outras
de nadar, outras de saltar de trampolim e outras ainda de
“montanhismo” etc.. Vou fazer um resumo do que aconteceu
com dois franceses que resolveram subir até o topo de um
do montes da cadeia do Himalaia denominado Anapurna, que
seria o cume mais elevado que um homem havia conseguido
escalar.
Quando anunciaram o que desejavam fazer, os demais
alpinistas consideraram o fato simplesmente como impossível.
Durante muitos anos, os montanhistas de todo o mundo,
tinham alimentado a esperança de alcançar o topo de uma
das 14 montanhas do Himalaia, que podem medir até 8.000
metros de altura.
Consegui saber que cerca de vinte e duas
expedições, das várias partes do mundo tinham tentado,
mas nenhuma havia conseguido chegar até o “Topo do
Mundo”, que seria como alcançar a Lua, isto até que os
dois franceses Herzog e Lachenal conseguiram chegar e foi
um júbilo enorme em toda a França.
Foi imediatamente formado um “comitê” sob a
orientação de Clube Alpino Francês e o governo contribuiu,
financeiramente, para ajudar uma expedição a realizar
observações científicas, sobre a medicina em grandes
altitudes, assim como estudos geográficos e mesmo as
condições meteorológicas.
Na época não existiam os “satélites” de que hoje
dispomos e então essa escalada seria um feito extraordinário.
Posso contar que auxiliados pelos chamados
sherpas, os franceses atingiram a minúscula aldeia de Tukucha,
que fica entre os picos de ANAPURNA e DHAULAGIRI.
No mês de maio, as monções anuais – ventos quentes
e violentos, carregados de chuva, que sopravam da Índia,
transformavam em avalanches os montes nevados, tornando
intransponíveis os caminhos e os rios.
Passaram por mil peripécias, mas no final, com as
mentes funcionando com lentidão, eles assim afirmaram, na
última noite, antes do “assalto” final, passando por mil e
uma situações de perigo e por vezes de desespero, posso
dizer, que tinham dificuldade para respirar e que o peso da
neve quase que os esmagava, ainda mais o terreno
acidentado, só com a ajuda dos chamados “dentes
metálicos”, presos às solas de suas botas, conseguiram
alcançar o acampamento, isto já no retorno ao alto do
Anapurna. Fora de dúvida, esta foi uma aventura das mais
temerárias que ambos os franceses enfrentaram em suas
vidas. Toda esta descrição foi detalhada pelos autores no
relato apresentado no Clube de Alpinismo da França.
Quando o homem quer... Muitas vezes ele consegue
feitos de Gigantes, e estas são as chamadas de Aventuras
Temerárias.
Agradecemos o envio da edição nº 26, de fevereiro de 2006,
do Boletim da SOBRAMES - Regional Pernambuco. A publicação
que nos chega contém o noticiário das atividades daquela
regional no período. Sob a direção de seu atual presidente,
Dr.Luiz Barreto, a regional pernambucana mantém atividades
regulares em sua agenda: reúne-se todos os meses no
Memorial de Medicina de Pernambuco para apresentações
literárias, além de editar mensalmente seu jornal. Faça
contatos com a regional pelo e-mail lgbarreto@uol.com.br.
Já sabe o que vamos fazer
nos próximos meses?
O Bandeirante
Março 2006 7
Para estar por dentro de tudo o que acontece na
SOBRAMES-SP, é bom colocar sua agenda em dia. Confira a
seguir nossos próximos compromissos e não falte a nenhum!
AgendaRegistro
Alegre encontro de fevereiro
A alegria da proximidade do carnaval parace ter contagiado
os participantes da 187ª Pizza Literária realizada em 16.02.2006
na Pizzaria Bonde Paulista. Os 24 participantes ocuparam a
já tradicional “mesa em U, com um lado aberto para a entrada
da poesia... ” e de todos os demais gêneros de nossa
criatividade literária, como registrou Sérgio Perazzo em
recente edição deste jornal. Após soborearem as deliciosas
pizzas e o chope gelado, servidos sempre com qualidade e
atenção pela casa, os convivas do alegre festim literário
puderam degustar como sobremesa os 15 textos em prosa e
verso inscritos para a noite. Momentos de raro deleite para
os presentes. Mais uma vez, foram sorteados alguns CDs
musicais como brinde. Desta feita sorteou-se também três
exemplares da nova invenção do confrade Geovah: um
furador e amaciador de carnes. Na despedida havia em todos
os olhares uma alegre expressão de “quero mais”.
As “Pérolas Negras” de Benatti
O confrade Carlos José Benatti acaba de lançar o seu quarto
livro de reflexões, pensamentos e axiomas. Trata-se de
Pérolas Negras - Scortecci Editora - SP - 2006 - 64 páginas,
onde o autor nos revela em flashs e rápidas pinceladas, visões
do cotidiano que nos permitem meditar e refletir sobre a
vida e sobre as pessoas. Na visão do autor “um livro de
reflexões é como um diário no qual se vai registrando tudo
o que o cotidiano imprime em nossa película mental”. O
livro poderá ser adquirido diretamente na Livraria Asabeça
(www.asabeca.com.br) telefone 11-3031.3956, por R$ 30,00.
Contatos com o autor podem ser feitos pelo email
cjbenatti@dglnet.com.br
“Quatro tempos de poesia” de Leda
Recebemos na redação um exemplar da 2ª edição do livro
da jornalista Leda Galvão de Avellar Pires, Quatro tempos de
poesia - Edygraf -Botucatu - 1995 - 60 páginas. O poemas de
Leda são carregados de sensibilidade e imaginação criadora
e revelam o grande talento da escritora. A autora, que tem
ainda um romance inédito no prelo (Uma família paulista)
participou e colaborou com a SOBRAMES-SP durante a VI
Jornada Médico-literária Paulista realizada na cidade de
Botucatu em setembro de 2001. Contatos com a autora
podem ser feitos pelo e-mail leda_galvao@uol.com.br.
Notícias de Pernambuco
Endereços, horários e referências
Pizza Literária: São realizadas na Rua Oscar Freire, 1597 -
Pizzaria Bonde Paulista - a partir de 19h30
Reunião de Diretoria: São realizadas na sede da
sociedade, na Rua Alves Guimarães, 251 - a partir de 20h30
XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores: Será
realizado de 20 a 22 de abril de 2006, na cidade de Maceió.
Informações com os organizadores: (082) 3221-5323
07.03.2006 Reunião de diretoria
16.03.2006 188ª Pizza Literária
Premiação da Superpizza anterior
04.04.2006 Reunião de diretoria
20.04.2006 XXI Congresso Brasileiro de Médicos
Escritores (Maceió - AL)
27.04.2006 189ª Pizza Literária
Divulgação do tema da próxima Superpizza
02.05.2006 Reunião de diretoria
18.05.2006 190ª Pizza Literária
13ª Superpizza (apresentação de textos)
06.06.2006 Reunião de diretoria
22.06.2006 191ª Pizza Literária
Premiação da Superpizza anterior
04.07.2006 Reunião de diretoria
20.07.2006 192ª Pizza Literária dedicada a Escritores
Consagrados, favoritos dos membros.
Divulgação do tema da próxima Superpizza
01.08.2006 Reunião de diretoria
17.08.2006 193ª Pizza Literária
14ª Superpizza (apresentação de textos)
05.09.2006 Reunião de diretoria
21.09.2006 194ª Pizza Literária
Premiação da Superpizza anterior
Assembléia Geral Ordinária.
Eleições de diretoria para biênio 2007/2008.
03.10.2006 Reunião de diretoria.
19.10.2006 195ª Pizza Literária
Entrega do PRÊMIO FLERTS NEBÓ (prosa)
Divulgação do tema da próxima Superpizza
07.11.2006 Reunião de diretoria
16.11.2006 196ª Pizza Literária
15ª Superpizza (apresentação de textos)
05.12.2006 Reunião de Diretoria
21.12.2006 197ª Pizza Literária
Entrega do PRÊMIO BERNARDO DE OLIVEIRA
MARTINS (poesia)
Premiação da SUPERPIZZA anterior
Transmissão de cargos para Diretoria Eleita
ENDOMED MEDICINA
LABORATORIAL
Sede: Av. Eng. George Corbisier, 746
Pq. Jabaquara - SP
CAC 0800-170-004
O envio de notícias, publicações ou informações sobre
lançamentos de livros para a redação do jornal “O
Bandeirante” pode ser feito para um dos seguintes
endereços: Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12
- Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 *
Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - Pinheiros - São Paulo -
SP - CEP 05410-000
Participe das atividades da SOBRAMES ,
divulgue e faça este movimento crescer!
E agora, com vocês,
uma pequena utopia:
Nossa última chamada para
o XXI Congresso Nacional
O evento maior da SOBRAMES, Sociedade Brasileira
de Médicos Escritores, é seu Congresso Nacional, realizado
nos anos pares, a cada dois anos. Em 2006 o XXI
Congresso Brasileiro de Médicos Escritores da Sociedade
Brasileira de Médicos Escritores será realizado na cidade
de Maceió, belíssima capital do estado de Alagoas, onde
atua com grande destaque no cenário nacional uma de
nossas mais expressivas e valorosas regionais.
Aos que desejarem participar deste histórico
encontro, aqui vão as principais dicas: as taxas de
inscrição variam de R$ 50,00 para os acadêmicos e
estudantes que se inscreverem antecipadamente, até R$
200,00 para médicos que se inscreverem no local. Para
conhecer todos os valores os interessados podem
consultar o material recebido ou então fazer contato com
os organizadores, pelos telefones (082) 3221.5323 ou
3336.3532. Também poderá ser encaminhada
correspondência para Rua Afonso Pena, 82 - Maceió -
Alagoas - CEP 57021-040.
Além da programação literária, cultural e turística,
no XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores
acontecerá a IMPORTANTÍSSIMA eleição de um NOVO
presidente da SOBRAMES Nacional para o próximo biênio,
além de escolher a sede do XXII Congresso Nacional, em
2008. Prestigie e participe.
8
O Bandeirante
Março 2006
Finanças Congresso
Endereços, horários e referências
Pizza Literária: Rua Oscar Freire, 1597 - Pizzaria Bonde
Paulista - a partir de 19h30 / Reunião de Diretoria: Rua
Alves Guimarães, 251 - Pinheiros - a partir de 20h30
MARÇO 2006
07 Reunião de Diretoria
16 188ª Pizza Literária - Apresentação de textos com
temas livres. Divulgação do texto vencedor da 12ª
Superpizza.
O que faremos em março e abril?
Continuamos na saga de convercer nossos
confrades a contribuir para que o objetivo a que nos
propomos em nossos estatutos seja atingido: o culto à
literatura. Nunca esqueceremos de agradecer os que têm
contribuído de forma heróica, em verso e prosa. E,
especialmente, nunca poderemos deixar de agradecer os
que têm mantido financeiramente esta utopia.
Única fonte de receitas da SOBRAMES-SP, a
anuidade cobrada de seus associados visa dar continuidade
às atividades básicas da regional, principalmente em
relação às publicações periódicas que mantém, às
despesas com correio, honorários contábeis e outras
despesas indispensáveis ao seu funcionamento. Daí a
fundamental importância de que todos os membros
colaborem pagando a anuidade.
Qual o valor da anuidade?
Segundo o que foi decidido pela diretoria no início
do ano, até 31 de janeiro de 2006 o valor pago pelos
associados foi de R$ 120,00. De 01 a 28 de fevereiro a
anuidade foi quitada pelo valor de R$ 130,00. A partir de
01.03.2006 este valor ficará fixado em R$ 140,00.
Saliente-se que os membros acadêmicos pagam 50% do
valor da anuidade, estando dispensados do pagamento
os membros honorários, eméritos e beneméritos.
Como faço para pagar?
Envie um cheque cruzado e nominal a SOBRAMES-
SP para a sede da entidade, no seguinte endereço: Rua
Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - São Paulo - SP.
Para fins de determinação dos valores, será considerada
a data de postagem nos correios. Assim, não será mais
possível o pagamento pelos valores de R$ 120,00, válido
apenas para o mês de janeiro ou R$ 130,00, válido para
fevereiro. O recibo será enviado pelo correio. Quem
preferir poderá efetuar o pagamento diretamente ao
tesoureiro, Dr. Milton Maretti, nas Pizzas Literárias.
Quem já contribuiu
Até a data do fechamento desta edição já haviam
contribuído pagando a sua anuidade os seguintes
confrades:Aída Lúcia P.S.Begliomini,AlcioneA.Gonçalves,
Aldo Miletto,Arlete M.M.Giovani, Ester Maria Bittencourt,
Fernando Batigália, Geováh P.da Cruz, Helio Begliomini,
Hélio J.Déstro, Helmut A.Mataré, Jacyra C.Funfas, José
Jucovsky, José R.Louzã, Karin S.R.Massaro,Lígia T.
Pezutto, Luiz Giovani, Madalena J.G.M.Nebó, Manlio
M.M.Napoli, Marcos G.Salun, Maria da Glória Civile, Maria
do Céu C.Louzã, Maria Virgínia Bosco, Mario de Mello Faro,
Milton Maretti, Nelson Jacintho, Rodolpho Civile, Sérgio
Perazzo, Sônia Andruskevicius, Vera Lúcia Teixeira e
Walter W.Harris. Colabore você também para que as
atividades da regional São Paulo continuem acontecendo
sempre com a mesma qualidade e constância, dando sua
pequena contribuição financeira. Qualquer dúvida sobre
o pagamento da anuidade poderá ser esclarecida pelo e-
mail SOBRAMES@UOL.COM.BR ou pelo telefone (11) 9182-
4815.
ABRIL 2006
04 Reunião de diretoria
20 XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores
(Maceió - AL) - contatos: (082) 3221-5323
27 189ª Pizza Literária - Divulgação do tema da próxima
Superpizza
Anote
Ajude a divulgar a SOBRAMES
VocêpodecolaborarnadivulgaçãodaSOBRAMES-SP
e de suas atividades, ajudando a distribuir este jornal
emseulocaldetrabalho,convidandoumcolega
paraparticipar,conseguindoumnovoanunciante
para o jornal... São mil e uma maneiras.
Faleconoscoeparticipe!SOBRAMES@UOL.COM.BR

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O Bandeirante 032006

  • 1. Paixão da criatividade (em literatura) “ Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores SOBRAMES-SP - Regional do Estado de São Paulo O Bandeirante Um a publicação feita por M édicos Escritores 15 Ano XIV - n° 160 - Março de 2006 Suplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento Literário Veja os autores que selecionamos para você nesta edição Manlio Napoli, Carlos Galvão, Marcos Salun, Maria do Céu Louzã, Karin Massaro, Jacyra Funfas, Walter Harris, Alitta Silva e Flerts Nebó. Pg.3 a 6. Escrever é, simplesmente, uma maneira de falar sem que interrompam a gente Sofocleto (Luis Felipe Angell) - escritor peruano (1926 - 2004), in Sinlogismos “ Toda vez que você der de cara com um colega fazendo versos no horário de trabalho, convide-o para a SOBRAMES-SP! Milton Maretti Paixão pode definir-se como o sentimento de gostar ou amar algo a ponto de ofuscar a razão; grande entusiasmo por alguma coisa, objeto da paixão; ânimo favorável ou contrário a alguma coisa e que supera os limites da razão. No caso da literatura, pode-se dizer da sensibilidade e do entusiasmo que um escritor transmite através de sua obra: calor, emoção e vida. Criatividade: qualidade ou característica de quem ou do que é criativo; inventividade, inteligência nata ou adquirida para criar e inventar, quer no campo artístico, quer na literatura. O criador é aquele que tem o dom divino da invenção intelectual fecunda. Assim pode se definir os escritores de romances, poesias, crônicas e da literatura em todas as suas vertentes. É exatamente assim que os cultores da SOBRAMES podem ser definidos. É assim que se revelam quando se reúnem prazeirosamente todos os meses e com suas verves deliciam os presentes. Depois são agraciados com os aplausos dos companheiros e vez por outra têm a alegria de ter suas obras premiadas. Os autores aproveitam-se de fatos vividos, lidos e arquivados para produzir suas composições. O médico, que além de ter um pouco de “louco”, tem também muito de outras artes, é literato, é músico, é escultor, é pintor... Enfim, tem algo de quase todas as artes, além de influências da mitologia, das fábulas, da filosofia e até da política. Milton Maretti é médico ginecologista em São Paulo E, bem por isso, certamente o autor interage com esse universo artístico. Em alguns casos as obras de arte têm conteúdo filosófico mais ou menos explícito, o que pode influenciar nossas atitudes em outros campos. Isso acontece com muita freqüência no caso de composições literárias (exemplo: Romeu e Julieta). As atitudes de um líder religioso, de um cientista, de um político, de um explorador ou de um filósofo influenciam freqüentemente o desenvolvimento em outros campos da atividade humana. Um pintor famoso, provavelmente terá uma influência muito reduzida no desenvolvimento da música e da literatura e praticamente nenhuma sobre a ciência. De um modo geral os artistas nada influenciam além da arte a não ser nos campos específicos da arte. A apreciação da arte literária faz parte diretamente da vida de cada indivíduo. Pode usar o seu tempo lendo livros ou fazendo literatura. Com isso afeta outras atividades, toda nossa vida, liga-se a outras almas, exprime seus sentimentos mais profundos, tornando-se válidos para todos. Por mais descompromissada que possa parecer, a atividade criativa dos escritores da SOBRAMES e sua diletante paixão pelo que fazem, acaba tendo repercussões inimagináveis.
  • 2. O Bandeirante - ANO XIV - nº 160 - Março 2006 - Publicação da SOBRAMES-SP - Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Regional do Estado de São Paulo - Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP - telefax (11) 3062.9887 / 3062-3604 - Projeto Gráfico e Diagramação: Rumo Editorial Produções e Edições Ltda. - E-mail: rumoeditorial@uol.com.br Editores: Flerts Nebó, Marcos Gimenes Salun. Redatores: Luiz Giovani, Marcos Gimenes Salun. Jornalista Responsável: Marcos Gimenes Salun - MTb 20.405 - SP - Correspondência: Av.Prof. Sylla Mattos, 652 - apto. 12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - E-mail: sobrames@uol.com.br - Diretoria Gestão 2005/2006 - Presidente: Flerts Nebó. Primeiro-secretário: Marcos Gimenes Salun Segundo-secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã. Tesoureiro: Milton Maretti. Conselho Fiscal Efetivos: Luiz Giovani, Madalena J.G.M.Nebó, José Rodrigues Louzã. Suplentes: Sérgio Perazzo, José Jucovsky, Arlete M.M.Giovani. O Bandeirante Março 2006 Por que? HOSPITAL METROPOLITANO Serviços de Pronto-socorro e tratamentos de ambulatório. Rua Marcelina, 441 - Vila Romana - SP (11) 3677.2000 2Editorial LIFE SYSTEM ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA Avenida Brasil, 598 – Jardim América – SP (11) 3885 – 8000 lifesystem@uol.com.br Flerts Nebó Expediente Rápidas 12ª Superpizza Sogras reverenciadas BIENAL DO LIVRO - A 19ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo será realizada este ano, pela primeira vez, no Pavilhão de Exposições do Anhembi. O novo endereço trouxe uma projeção maior para o evento. Entre os dias 9 e 19 de março, 320 representantes do mercado editorial disputarão a atenção de cerca de 800 mil visitantes - um público 43,63% maior que da Bienal de 2004. Nos 57,6 mil m2 do pavilhão serão expostos nada menos que 1,5 milhão de títulos com mais de 3 mil lançamentos. DISQUETES FORMATADOS - Os confrades que já se habituaram a entregar seus textos literários gravados em disquetes para facilitar o trabalho dos editores deste jornal, poderão receber o “vasilhame” de volta, sempre que entregarem seus trabalhos. Quem entregar seu texto gravado receberá no ato um disquete formatado. COLETÂNEA 2006 - A diretoria já está definindo as bases e regras para a participação dos autores na nona edição de sua série de coletâneas, iniciada em 1990. Como nas edições anteriores, será uma obra cooperada entre autores interessados. A partir de abril o jornal O Bandeirante publicará todas as informações a respeito. Enquanto isso, os interessados já podem ir preparando ou selecionando seus melhores textos para que a edição deste ano tenha o mesmo sucesso e grandiosidade das anteiores. PROJETO RELEITURAS - Para quem gosta de buscar bons recantos literários na internet, aqui vai uma dica: o “Projeto Releituras” que está completando dez anos no ar. No site que está em www.releituras.com.br você encontrará mais de 1100 textos de 437 autores renomados, nacionais e estrangeiros, além de 44 biografias e também áreas dedicadas a textos de novos autores. Vale a pena colocar o link entre seus favoritos e dar uma passadinha por lá de vez em quando. Seis autores resolveram aceitar o desafio proposto para esta edição da Superpizza: “Amor de sogra”. As poesias e narrativas apresentadas na Pizza Literária de fevereiro demonstraram que nossos confrades nutrem por suas sogras, além do amor, muita simpatia, respeito e afinidade. Os textos foram entregues a uma leitora convidada que nos indicará o que mais gostou. O seu autor receberá uma garrafa de vinho no dia 16 de março, durante a próxima Pizza Literária. Estive pensando quantas vezes essas duas palavras são pronunciadas durante uma conversa entre duas pessoas. Por isso, resolvi fazer uma série de perguntas usando essa expressão, pois gostaria de saber pelo menos algumas das respostas. Por que, você que foi praticamente um dos fundadores de nossa Regional, abandonou seus companheiros? Por que você deixou de comparecer às nossas PIZZAS LITERÁRIAS, como o fazia antes? Por que você se aborreceu com alguma coisa que não o agradou, num determinado momento e POR QUE, você não “passou por cima” e voltou para o nosso convívio? Por que, você que sempre escreveu tão bem, continua guardando em suas gavetas o que escreve? Por que não nos mostra mais os seus trabalhos literários, que sempre foram do agrado de todos nós? Por que você que tem tantos amigos, familiares e parentes e até mesmo colegas de trabalho, não os trás para conviverem conosco? Será orgulho? Raiva da gente? Desprezo pelo que tentamos, com esforço, manter em nossa tradição? Por que você que está lendo este nosso Editorial, não nos escreve, criticando-o ou sugerindo algo de novo? Por que você não ama mais a nossa SOBRAMES, mesmo sabendo que um Grande Amor, nunca morre? Por que você não vence essa apatia que o tomou, num repente ou uma “raiva incontida”, ou, seja lá o que for e não aparece para que possamos conversar e esclarecer suas dúvidas ou mal-entendidos? Por que, depois de ler o que escrevemos, você não vem nos criticar ou, se quiser, nos dizer que somos retrógrados, e que ainda estamos vivendo uma vida que já passou? Nós precisamos de você de volta ao nosso convívio, assim como “a ave que volta ao ninho antigo”. Reflita. Busque as respostas a todas essas perguntas e venha nos dizer o que pensa.
  • 3. Minha presença num Congresso da UMEM 3O Bandeirante Março 2006SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterárioManlio M.M.Napoli Médico ortopedista - São Paulo - SP 30 anos de SAMPA* Carlos Augusto Ferreira Galvão Médico psiquiatra - São Paulo - SP Quebrando a rotina Marcos Gimenes Salun Jornalista - São Paulo - SP De 28 de setembro a 2 de outubro de 2005, realizou-se o 49º Congresso da UMEM - União Mundial de Médicos Escritores, na cidade de Isernia (itália), organizado e presidido pelo Dr. Luciano D’Agostino. O Presidente mundial da UMEM, no momento, é o Dr. Carlos Vieira Reis, representante de Portugal. O evento reuniu cerca de cinqüenta participantes, com predomínio de médicos europeus. Dos países sul- americanos, somento o Brasil se fez representar através a Dra. Marli Piva, de Salvador - BA, e o Dr. Manlio Napoli, de São Paulo - SP, que também representou a LISAME - Liga Sul Americana de Médicos Escritores. Isernia é cidade antiga e foi habitada no passado pelos sanitas, povo aguerrido e conquistador que chegou a dominar toda a península itálica. Atualmente é a capital de Molise, o mais jovem território emancipado da República Italiana. Molise é insulada e fica à sudeste do Lazio, cuja capital e Roma. Muitos trabalhos foram apresentados, constando de versos, prosas e crônicas, a maioria de assuntos previamente escolhidos, que no congresso presente eram sobre países, climas e paisagens típicas. Todos os trabalhos eram comentados. Pôde-se notar no decorrer do evento certa dificuldade de compreensão dos textos, pois embora a língua oficial fosse a francesa, muitos autores usavam suas línguas maternas. Felizmente, o Dr. Vieira Reis prestou-se a traduzir a maioria dos textos, vertendo-os para o francês. De passagem, note-se que faziam parte do grupo, duas jovens gregas e um ucraniano que só se expressavam em suas línguas pátrias! Louve-se o esforço do Dr. Luciano, organizador do evento, verdadeiro “factotum”, pois foi desde presidente, secretário, tesoureiro, agente de viagem até promotor dos programas sociais, turísticos e gastronômicos, por sinal todos ótimos. A UMEM celebrará bodas de ouro em 2006 e que serão comemoradas no seu 50º Congresso. O Conselho Diretor da UMEM solicitou à Dra. Marli Piva que iniciasse os entendimentos para realizar o próximo congresso em Salvador, Bahia. Não que tenha somente chegado Há 30 anos tive a sensação de ter voltado Onde estaria sem tua luz? Sem dúvida lá, no atrás escuro. Ao pisar em teu solo Senti raízes a me saírem dos pés A sensação de ter ocupado um lugar Que me esperava determinado Tua rouca voz me seduziu Tua forte mão me segurou Amor? Sim. Paradoxo, prazer, dor Cobicei tua pedra rica, cobiçaste minha mata pobre. Ah, São Paulo, meu destino Num dia tua força me devora Noutro me fazes feliz... menino E nunca mais poderei ir embora. * Nota da redação: Carlos Galvão é paraense. “30 anos de SAMPA” é uma “poesia de guardanapo”, estilo de criação literária introduzida por ele na SOBRAMES, e que consiste em escrever um poema em um guardanapo, durante a realização da Pizza Literária e apresentá-la logo a seguir. Esta foi escrita em 16 de fevereiro de 2006, durante a 187ª Pizza Literária, exatamente um dia antes de Galvão, que acabou se tornando um dos presidentes da SOBRAMES-SP, completar 30 anos de sua chegada à capital paulista, para dela não mais ir embora. A impressão que tenho é que a mesmice das coisas acaba encurtando o tempo de forma muito acelerada. Quando estamos no alvorecer de um dia supostamente de rotina, cada minuto tem no mínimo, uns dez segundos a menos. A previsibilidade do que vai acontecer no instante seguinte diminui o tempo. Não podemos interferir no processo. Talvez por sabermos exatamente como vai ser o próximo segundo, deixamos de contá-lo. Daí, o subtraímos de nossa vida de forma inconsciente, mas inexorável e irreversivelmente. Apesar disso, acho que foi pelo desarranjo dessa consciência de perda de tempo decorrente do ritual de minha vida, que acabei encontrando tempo para pensar em coisas tão inúteis quanto esta tese que agora me ocorreu. Assim, pensei também nas formas de driblar a mesmice, de dar um tombo nos inexoráveis segundos iguais de cada um de meus dias, e de contá-los todos, como se não os tivesse perdido. Talvez eu só quisesse com isso prolongar minha existência, que vinha sendo subtraída covarde e rudemente de preciosos momentos. Mas não deu certo. No segundo dia em que eu vinha pensando nessa complexa equação, enquanto dirigia para o meu trabalho, pelas mesmas ruas de sempre e parando no mesmíssimo e eterno engarrafamento de meus dias iguais, me distraí completamente. Minha abstração advinda dessa mesmice me fez perder a noção de qual era o pedal do freio. Assim, permiti que batesse o pára-choque da frente de meu carro no pára-choque traseiro do carro que ia à minha frente. O pior de tudo, é que a mulher que o dirigia era brava demais. Custou um tempão para me desvencilhar da situação. E lá se foi toda a minha tese. Por fim, concluí que se a mesmice pode acelerar o tempo, a falta de freio pode recuperar muito do tempo perdido, embora não seja ainda a melhor forma de resolver o problema. Preciso pensar um pouco mais nessa profunda questão filosófica.
  • 4. 4O Bandeirante Março 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário Amor de sogra Maria do Céu Coutinho Louzã São Paulo - SP Eu estava sentada no hall da casa com a minha amiga de colégio, que me convidara para almoçar e de repente vejo vindo uma jovem senhora, baixinha, elegantemente vestida, penteada com cabelos presos e que ao olhar para o assoalho bem encerado diz espantada “Quem será que derrubou essa água”?... E mais do que depressa descalçou o sapato, o pé calçado com meia de seda, sim de seda, pois ainda não haviam inventado o nylon, enxugou rapidamente o tal pingo de água. Calçou o sapato e veio me cumprimentar. Foi assim que conheci a minha futura sogra. Já lá se vai muito, mas muito tempo. Era uma mulher muito interessante e dela guardo ótimas lembranças. Pertencia a uma família de paulistas de 400 anos, mas isso nunca modificou seu jeito simples de ser. Gostava de contar como havia sido sua infância difícil pois perdera o pai quando tinha oito anos e seu irmão, quatro. Sua mãe muito dinâmica e trabalhadora criou os dois filhos sozinha. Era professora na Escola Caetano de Campos. Minha sogra contava sempre que quando moça tinha feito muito casaquinho para bebê e balas de côco para ajudar na economia da casa, como era moderna sua mãe e como a tinha feito tirar carta de motorista assim que completou os dezoito anos. D. Jéssia, era o seu nome, sempre dizia que não gostava de guiar, mas foi necessário depois que a mãe havia comprado um carro. Gostava de mostrar sua carta que era de número baixíssimo. Contava como em São Paulo era fácil dirigir, quase não havia automóveis e ela podia até pedir para o guarda civil da rua estacionar o carro para ela. Mas a família caçoava muito dela, porque tinha conseguido bater num bebedouro de cavalos, que nessa época era comum na cidade de São Paulo. Ela mesma contava isso sempre rindo. O que me divertia era vê-la guiar o Ford do meu sogro. Ela criou um menino que nessa época devia ter uns cinco ou seis anos. Quando saía, ele era o seu ajudante: “desbrecava” o breque de mão e aos seus comandos ia executando as ordens -”Celso! pode engatar a primeira, agora a segunda ...e agora a terceira!!! Lá iam pela rua a fora. A última vez que guiou eu já estava casada e ela teve que trazer um carro da casa de minha cunhada e atrás vinha noutro meu sogro. Ao chegarem ao cruzamento da Rua Augusta com a Estados Unidos, ela entrou à esquerda, mas do jeito dela como sempre, na diagonal do cruzamento, quase na contra mão. Nesse tempo essas duas ruas tinham duas mãos. Ouviu-se muita reclamação e buzina de todos os lados. Ao chegarmos em casa levou uma descompostura do meu sogro e em troca ela declarou que não guiaria mais. E assim foi. Dona de um bom humor e com uma linda voz gostava de cantar e muitas vezes a ouvi cantarolar valsas de Carlos Galhardo, de Francisco Alves, músicas de igreja ou trechos de árias de ópera. Tocava piano, reunia amigos para saraus de poesia, de música e organizava roda de jogo, pois meu sogro gostava de jogar pôquer. Criava canários que eram tratados por ela todos os dias e possuía um viveiro com periquitos de cores variadas. Tinha muito ciúme de seu jardim, com um lindo caramanchão com jasmins perfumados, e da sua horta. Não queria que cortassem uma única flor e até as verduras eram apanhadas um pouco à sua revelia. Gostava de falar de política, ler um bom livro. Tinha sempre uma palavra amiga para todos que dela se acercassem, gostava de presentear e via o mundo de maneira muito positiva. Mas não se pode dizer que não tivesse alguns raros momentos de raiva, mas que logo víamos se dissiparem. Com o tempo, os filhos casados, os seis netos que chegaram foram a sua alegria: fazia muito tricô para todos, brincava com eles, batia corda, jogava bola, baralho, contava histórias e até mesmo ajudava nas lições da escola. Preparava lanches maravilhosos, organizava festinhas juninas com fogueira e balões, comemorações nos dias da criança, das mães e combinava piqueniques nos domingos em chácaras de alguns amigos. Era uma festeira de mão cheia. Ela falava sempre que não entendia porque fazer brigadeiros somente nas festas de aniversário se criança gostava tanto desse doce. E assim nos almoços de domingo, quando reunia a família e amigos havia brigadeiros para sobremesa dos netos. E num carrinho de chá, num canto da sala, potes de balas e chocolates eram abastecidos freqüentemente para a meninada. O meu sogro era nove anos mais velho do que ela. Médico, trabalhava muito como todo o médico. Tinha um gênio sossegado e muitas vezes chamava a atenção dela, ainda que fosse de maneira carinhosa, por tanta coisa que ela inventava e conseguia realizar. Era difícil para ele acompanhar o ritmo dela. Mas formavam um casal muito unido e feliz D. Jéssia gostava de comer bem e com o tempo uma vida mais sedentária foi engordando-a. Aos reclamos do marido, que chamava sua atenção por estar tão gorda, ela fazia regimes, mas acabava se aborrecendo e comia bem e muito e voltava a engordar. Dizia que não adiantava. Comer bem era algo que lhe dava muito prazer. E finalizava dizendo: “Quando eu morrer ponham mais uma alça no caixão”! A morte do meu sogro depois de quarenta e nove anos de casamento deixou-a muito triste. Toda a alegria foi-se. Não quis mais viver na casa onde haviam morado trinta e sete anos felizes. Decidiu ir para uma Casa Geriátrica e ironia do destino: três anos depois veio a falecer, muito magra, de um câncer de estômago inoperável. Foi uma sogra muito especial, um exemplo de como viver feliz e dar valor a pequenas coisas. Deixou recordações muito boas a todos que com ela conviveram.
  • 5. O Bandeirante Março 2006 5SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário Walter Whitton Harris Médico ortopedista - São Paulo - SP Festim de estrelas Jacyra da Costa Funfas Advogada - São Paulo - SP Facilidades da vida Karin Schmidt Rodrigues Massaro Médica hematologista - São Paulo - SP Toda estrela nasce e morre, quebrada de pouca luz. Não há tapete de mar que forre nosso chão, a Terra, nossa cruz. As gaivotas vão e voam. O trôpego cai, bebe e levanta. Os hinos, as bocas entoam. O Rio aos vivos, encanta. Não há filosofia descabida, nem reticências aos anos. O poeta é que sabe da vida. “Não” aos maiores arcanos! Nem futuro cala o presente. O mesmo olhar que ela bem quer. Ao poeta, meu verso ingente: o mesmo beijo quer toda mulher. O vento bateu na porta de leve. Abri-a. A noite beijou-me fria e a lua como a noite persegue, Entrou com as estrelas de alegria. Meu quarto de pequeno foi crescendo E o firmamento inteiro a entrar, Num festim ofuscante, parecendo O próprio céu nas noites de luar. Constelações riam acaloradas, Uma solitária a chorar de triste, As cadentes passavam apressadas. Mas, a lua como deusa em fim de ato, Deixou esse reinado que persiste, Para o rei-sol, já de manhã, no meu quarto! A tragédia de Glencoe GLENCOESITUA-SENOSALTIPLANOSESCOCESES,OSHIGHLANDS,ao norte de Glasgow, no vale do rio Coe, terras do Condado de Argyll. Lá vivia o clã dos MacDonalds, vítimas de um massacre que ocorreu em 1692 e que, até a presente data, permanece nos corações desses nobres lutadores, como uma amarga investida dos ingleses. Reinava na época o rei William III, que substituiu James II, a quem muitos clãs permaneciam leais. A realeza impôs aos escoceses um juramento de fidelidade que precisava ser assinado até o dia 1º de janeiro daquele ano, mas já se pensava em punir os recalcitrantes. Em reunião dos chefes dos clãs, foi optado aceitar a imposição inglesa, pois os Highlanders desejavam apenas paz e tranqüilidade. Por um infortúnio, o chefe dos MacDonalds foi ao local errado na data assinalada e ao descobrir seu erro, só conseguiu chegar ao Forte William em 6 de janeiro e já não havia um magistrado lá a quem pudesse prestar juramento. Tarde demais, o rei William III já havia autorizado a punição. Os highlanders são muito hospitaleiros e fazem questão de demonstrar essa qualidade, mesmo para seus inimigos. Naquela ocasião, na região de Glencoe, estavam acantonadas tropas do regimento de Archibald Campbell, um nobre de Argyll. Apesar de haver uma certa e antiga animosidade entre os Campbells e MacDonalds, os soldados dos Campbells foram acolhidos nas diversas casas dos MacDonalds e já estavam lá fazia mais de uma semana, onde foram recebidos da mesma forma que quaisquer outras pessoas. Dormiram em suas camas, foram alimentados e tratados como irmãos. Os soldados receberam suas ordens e, de repente, no meio da noite, atacaram os MacDonalds, assassinando o chefe do clã e mais 33 homens, 2 mulheres e 2 crianças. Muitos do clã conseguiram escapar, para contar a história. Houve uma grita geral pelas Ilhas Britânicas devido ao massacre e adversários do rei William III exigiram uma investigação e o Subsecretário para Assuntos Escoceses que, aparentemente, decidira punir os MacDonalds por uma infração técnica, foi obrigado a pedir demissão. Na minha família há um ramo escocês de sobrenome McCall. Descobri que era um subgrupo do clã dos Campbells. Quando estivemos nos Highlands, entramos em várias lojas, querendo trazer, como lembrança, alguma coisa referente aos Campbells e, para minha surpresa, em todas as lojas existiam canecas, chaveiros, marcadores de livros, etc. com os nomes dos clãs, mas onde encontrava-se o nome “Campbell”, nada havia. Conversamos muito com o dono de uma das lojas e quando mencionei o fato, ele afirmou que não encontraria nada dos Campbells nos Highlands, porque, apesar de se terem passado 300 anos daquela tragédia, eles ainda eram mal vistos pelos outros clãs. Como ignorava a história, fui pesquisar. Na atualidade, o vale de Glencoe está quase desabitado eostúmulosdosMacDonaldsseencontramcobertospelaneve, no inverno, e por mato, nas demais estações.
  • 6. 6 O Bandeirante Março 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário Tendepá Alitta G.C.R.R.Silva Médica psiquiatra - São Lourenço - MG Quando ela ia chegando em casa, olhou para o lado do cemitério e viu uma muitidão colorida descendo. Estranhou as vestes incomuns para o caso de enterro, e reparou que as pessoas vinham correndo. Brincou com o taxista: ”Um defunto deve ter dado sinal de vida e se levantado”. Mas logo preocupou-se, porque todos gritavam, esbarravam-se, tropeçavam, mulheres corriam com os sapatos na mão. O que estava acontecendo? Uma mulher veio em sua direção: “Tiros no cemitério”! O taxista gritou: “Abre o portão”! Ela saiu do carro, em dúvida sobre o que fazer, mas obedeceu. Nervoso, ele desceu também, pegou uma criança meio arrastando, pisou na beirada de um degrau quebrado, desequilibrou- se, quase caiu. Foi jogando as malas na varanda, trouxe outra criança, voltou para buscar os gatos que, a essa altura, já estavam bufando. Ele havia levado o filhinho dele nesse corrida, coisa comum de acontecer na região, e o menino começou a chorar e a gritar, protegido na varanda: “Meu pai está lá fooora...”! Tudo descarregado a toque de caixa, o taxista enfiou o filho no caro e saiu ventando, nem deu “ciao”. Dentro de casa, ela tentou acalmar as crianças. Lembrou-se de que havia deixado o portão aberto, saiu para trancá-lo em tempo: alguns, em pânico, tentavam se esconder aonde desse. Nesse momento soou a sirene do camburão da polícia, e as pessoas, mais tranqüilas, foram parando aqui e ali pelas calçadas, pelos cantos, fofocando excitadamente. Ela ficou sabendo que o morto era um rapaz adolescente que levara um tiro fulminante na cabeça, dado por um membro de gangue rival. E que alguém queria arrancar a cabeça do defunto! Daí os tiros e a confusão. Algumas pessoas começavam a procurar chaves, celulares e outros objetos pelo chão, quando o camburão desceu acompanhado por um coro: “Sol-ta, sol-ta”! Atrás vinham batedores da polícia. A pé, um policial falava pelo rádio, e outro vinha ainda com a arma na mão. Janelas que ela nunca tinha visto abertas ostentavam olhares curiosos e assustados, à espreita. Ele achou a situação parecida com uma gravação de cena de novela quando, atrás dos policiais, um grupo desceu aos berros: “Jus-tiça, Jus-tiça”! Carregavam cartazes que, evidentemente, haviam sido feitos com antecedência. O enterro devia ter sido muito interessante. Apesar do medo, ela teve um frouxo de riso: “Tudo acontece na minha rua”! E riu mais ainda ao ouvir o antológico comentário de um irritadíssimo senhor grisalho: “Tá vendo no que deu essa história de desarmamento”? Uma aventura temerária Flerts Nebó Médico reumatologista - São Paulo - SP Existem pessoas que gostam de jogar futebol, outras de nadar, outras de saltar de trampolim e outras ainda de “montanhismo” etc.. Vou fazer um resumo do que aconteceu com dois franceses que resolveram subir até o topo de um do montes da cadeia do Himalaia denominado Anapurna, que seria o cume mais elevado que um homem havia conseguido escalar. Quando anunciaram o que desejavam fazer, os demais alpinistas consideraram o fato simplesmente como impossível. Durante muitos anos, os montanhistas de todo o mundo, tinham alimentado a esperança de alcançar o topo de uma das 14 montanhas do Himalaia, que podem medir até 8.000 metros de altura. Consegui saber que cerca de vinte e duas expedições, das várias partes do mundo tinham tentado, mas nenhuma havia conseguido chegar até o “Topo do Mundo”, que seria como alcançar a Lua, isto até que os dois franceses Herzog e Lachenal conseguiram chegar e foi um júbilo enorme em toda a França. Foi imediatamente formado um “comitê” sob a orientação de Clube Alpino Francês e o governo contribuiu, financeiramente, para ajudar uma expedição a realizar observações científicas, sobre a medicina em grandes altitudes, assim como estudos geográficos e mesmo as condições meteorológicas. Na época não existiam os “satélites” de que hoje dispomos e então essa escalada seria um feito extraordinário. Posso contar que auxiliados pelos chamados sherpas, os franceses atingiram a minúscula aldeia de Tukucha, que fica entre os picos de ANAPURNA e DHAULAGIRI. No mês de maio, as monções anuais – ventos quentes e violentos, carregados de chuva, que sopravam da Índia, transformavam em avalanches os montes nevados, tornando intransponíveis os caminhos e os rios. Passaram por mil peripécias, mas no final, com as mentes funcionando com lentidão, eles assim afirmaram, na última noite, antes do “assalto” final, passando por mil e uma situações de perigo e por vezes de desespero, posso dizer, que tinham dificuldade para respirar e que o peso da neve quase que os esmagava, ainda mais o terreno acidentado, só com a ajuda dos chamados “dentes metálicos”, presos às solas de suas botas, conseguiram alcançar o acampamento, isto já no retorno ao alto do Anapurna. Fora de dúvida, esta foi uma aventura das mais temerárias que ambos os franceses enfrentaram em suas vidas. Toda esta descrição foi detalhada pelos autores no relato apresentado no Clube de Alpinismo da França. Quando o homem quer... Muitas vezes ele consegue feitos de Gigantes, e estas são as chamadas de Aventuras Temerárias.
  • 7. Agradecemos o envio da edição nº 26, de fevereiro de 2006, do Boletim da SOBRAMES - Regional Pernambuco. A publicação que nos chega contém o noticiário das atividades daquela regional no período. Sob a direção de seu atual presidente, Dr.Luiz Barreto, a regional pernambucana mantém atividades regulares em sua agenda: reúne-se todos os meses no Memorial de Medicina de Pernambuco para apresentações literárias, além de editar mensalmente seu jornal. Faça contatos com a regional pelo e-mail lgbarreto@uol.com.br. Já sabe o que vamos fazer nos próximos meses? O Bandeirante Março 2006 7 Para estar por dentro de tudo o que acontece na SOBRAMES-SP, é bom colocar sua agenda em dia. Confira a seguir nossos próximos compromissos e não falte a nenhum! AgendaRegistro Alegre encontro de fevereiro A alegria da proximidade do carnaval parace ter contagiado os participantes da 187ª Pizza Literária realizada em 16.02.2006 na Pizzaria Bonde Paulista. Os 24 participantes ocuparam a já tradicional “mesa em U, com um lado aberto para a entrada da poesia... ” e de todos os demais gêneros de nossa criatividade literária, como registrou Sérgio Perazzo em recente edição deste jornal. Após soborearem as deliciosas pizzas e o chope gelado, servidos sempre com qualidade e atenção pela casa, os convivas do alegre festim literário puderam degustar como sobremesa os 15 textos em prosa e verso inscritos para a noite. Momentos de raro deleite para os presentes. Mais uma vez, foram sorteados alguns CDs musicais como brinde. Desta feita sorteou-se também três exemplares da nova invenção do confrade Geovah: um furador e amaciador de carnes. Na despedida havia em todos os olhares uma alegre expressão de “quero mais”. As “Pérolas Negras” de Benatti O confrade Carlos José Benatti acaba de lançar o seu quarto livro de reflexões, pensamentos e axiomas. Trata-se de Pérolas Negras - Scortecci Editora - SP - 2006 - 64 páginas, onde o autor nos revela em flashs e rápidas pinceladas, visões do cotidiano que nos permitem meditar e refletir sobre a vida e sobre as pessoas. Na visão do autor “um livro de reflexões é como um diário no qual se vai registrando tudo o que o cotidiano imprime em nossa película mental”. O livro poderá ser adquirido diretamente na Livraria Asabeça (www.asabeca.com.br) telefone 11-3031.3956, por R$ 30,00. Contatos com o autor podem ser feitos pelo email cjbenatti@dglnet.com.br “Quatro tempos de poesia” de Leda Recebemos na redação um exemplar da 2ª edição do livro da jornalista Leda Galvão de Avellar Pires, Quatro tempos de poesia - Edygraf -Botucatu - 1995 - 60 páginas. O poemas de Leda são carregados de sensibilidade e imaginação criadora e revelam o grande talento da escritora. A autora, que tem ainda um romance inédito no prelo (Uma família paulista) participou e colaborou com a SOBRAMES-SP durante a VI Jornada Médico-literária Paulista realizada na cidade de Botucatu em setembro de 2001. Contatos com a autora podem ser feitos pelo e-mail leda_galvao@uol.com.br. Notícias de Pernambuco Endereços, horários e referências Pizza Literária: São realizadas na Rua Oscar Freire, 1597 - Pizzaria Bonde Paulista - a partir de 19h30 Reunião de Diretoria: São realizadas na sede da sociedade, na Rua Alves Guimarães, 251 - a partir de 20h30 XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores: Será realizado de 20 a 22 de abril de 2006, na cidade de Maceió. Informações com os organizadores: (082) 3221-5323 07.03.2006 Reunião de diretoria 16.03.2006 188ª Pizza Literária Premiação da Superpizza anterior 04.04.2006 Reunião de diretoria 20.04.2006 XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores (Maceió - AL) 27.04.2006 189ª Pizza Literária Divulgação do tema da próxima Superpizza 02.05.2006 Reunião de diretoria 18.05.2006 190ª Pizza Literária 13ª Superpizza (apresentação de textos) 06.06.2006 Reunião de diretoria 22.06.2006 191ª Pizza Literária Premiação da Superpizza anterior 04.07.2006 Reunião de diretoria 20.07.2006 192ª Pizza Literária dedicada a Escritores Consagrados, favoritos dos membros. Divulgação do tema da próxima Superpizza 01.08.2006 Reunião de diretoria 17.08.2006 193ª Pizza Literária 14ª Superpizza (apresentação de textos) 05.09.2006 Reunião de diretoria 21.09.2006 194ª Pizza Literária Premiação da Superpizza anterior Assembléia Geral Ordinária. Eleições de diretoria para biênio 2007/2008. 03.10.2006 Reunião de diretoria. 19.10.2006 195ª Pizza Literária Entrega do PRÊMIO FLERTS NEBÓ (prosa) Divulgação do tema da próxima Superpizza 07.11.2006 Reunião de diretoria 16.11.2006 196ª Pizza Literária 15ª Superpizza (apresentação de textos) 05.12.2006 Reunião de Diretoria 21.12.2006 197ª Pizza Literária Entrega do PRÊMIO BERNARDO DE OLIVEIRA MARTINS (poesia) Premiação da SUPERPIZZA anterior Transmissão de cargos para Diretoria Eleita ENDOMED MEDICINA LABORATORIAL Sede: Av. Eng. George Corbisier, 746 Pq. Jabaquara - SP CAC 0800-170-004 O envio de notícias, publicações ou informações sobre lançamentos de livros para a redação do jornal “O Bandeirante” pode ser feito para um dos seguintes endereços: Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 * Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - Pinheiros - São Paulo - SP - CEP 05410-000 Participe das atividades da SOBRAMES , divulgue e faça este movimento crescer!
  • 8. E agora, com vocês, uma pequena utopia: Nossa última chamada para o XXI Congresso Nacional O evento maior da SOBRAMES, Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, é seu Congresso Nacional, realizado nos anos pares, a cada dois anos. Em 2006 o XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores será realizado na cidade de Maceió, belíssima capital do estado de Alagoas, onde atua com grande destaque no cenário nacional uma de nossas mais expressivas e valorosas regionais. Aos que desejarem participar deste histórico encontro, aqui vão as principais dicas: as taxas de inscrição variam de R$ 50,00 para os acadêmicos e estudantes que se inscreverem antecipadamente, até R$ 200,00 para médicos que se inscreverem no local. Para conhecer todos os valores os interessados podem consultar o material recebido ou então fazer contato com os organizadores, pelos telefones (082) 3221.5323 ou 3336.3532. Também poderá ser encaminhada correspondência para Rua Afonso Pena, 82 - Maceió - Alagoas - CEP 57021-040. Além da programação literária, cultural e turística, no XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores acontecerá a IMPORTANTÍSSIMA eleição de um NOVO presidente da SOBRAMES Nacional para o próximo biênio, além de escolher a sede do XXII Congresso Nacional, em 2008. Prestigie e participe. 8 O Bandeirante Março 2006 Finanças Congresso Endereços, horários e referências Pizza Literária: Rua Oscar Freire, 1597 - Pizzaria Bonde Paulista - a partir de 19h30 / Reunião de Diretoria: Rua Alves Guimarães, 251 - Pinheiros - a partir de 20h30 MARÇO 2006 07 Reunião de Diretoria 16 188ª Pizza Literária - Apresentação de textos com temas livres. Divulgação do texto vencedor da 12ª Superpizza. O que faremos em março e abril? Continuamos na saga de convercer nossos confrades a contribuir para que o objetivo a que nos propomos em nossos estatutos seja atingido: o culto à literatura. Nunca esqueceremos de agradecer os que têm contribuído de forma heróica, em verso e prosa. E, especialmente, nunca poderemos deixar de agradecer os que têm mantido financeiramente esta utopia. Única fonte de receitas da SOBRAMES-SP, a anuidade cobrada de seus associados visa dar continuidade às atividades básicas da regional, principalmente em relação às publicações periódicas que mantém, às despesas com correio, honorários contábeis e outras despesas indispensáveis ao seu funcionamento. Daí a fundamental importância de que todos os membros colaborem pagando a anuidade. Qual o valor da anuidade? Segundo o que foi decidido pela diretoria no início do ano, até 31 de janeiro de 2006 o valor pago pelos associados foi de R$ 120,00. De 01 a 28 de fevereiro a anuidade foi quitada pelo valor de R$ 130,00. A partir de 01.03.2006 este valor ficará fixado em R$ 140,00. Saliente-se que os membros acadêmicos pagam 50% do valor da anuidade, estando dispensados do pagamento os membros honorários, eméritos e beneméritos. Como faço para pagar? Envie um cheque cruzado e nominal a SOBRAMES- SP para a sede da entidade, no seguinte endereço: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - São Paulo - SP. Para fins de determinação dos valores, será considerada a data de postagem nos correios. Assim, não será mais possível o pagamento pelos valores de R$ 120,00, válido apenas para o mês de janeiro ou R$ 130,00, válido para fevereiro. O recibo será enviado pelo correio. Quem preferir poderá efetuar o pagamento diretamente ao tesoureiro, Dr. Milton Maretti, nas Pizzas Literárias. Quem já contribuiu Até a data do fechamento desta edição já haviam contribuído pagando a sua anuidade os seguintes confrades:Aída Lúcia P.S.Begliomini,AlcioneA.Gonçalves, Aldo Miletto,Arlete M.M.Giovani, Ester Maria Bittencourt, Fernando Batigália, Geováh P.da Cruz, Helio Begliomini, Hélio J.Déstro, Helmut A.Mataré, Jacyra C.Funfas, José Jucovsky, José R.Louzã, Karin S.R.Massaro,Lígia T. Pezutto, Luiz Giovani, Madalena J.G.M.Nebó, Manlio M.M.Napoli, Marcos G.Salun, Maria da Glória Civile, Maria do Céu C.Louzã, Maria Virgínia Bosco, Mario de Mello Faro, Milton Maretti, Nelson Jacintho, Rodolpho Civile, Sérgio Perazzo, Sônia Andruskevicius, Vera Lúcia Teixeira e Walter W.Harris. Colabore você também para que as atividades da regional São Paulo continuem acontecendo sempre com a mesma qualidade e constância, dando sua pequena contribuição financeira. Qualquer dúvida sobre o pagamento da anuidade poderá ser esclarecida pelo e- mail SOBRAMES@UOL.COM.BR ou pelo telefone (11) 9182- 4815. ABRIL 2006 04 Reunião de diretoria 20 XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores (Maceió - AL) - contatos: (082) 3221-5323 27 189ª Pizza Literária - Divulgação do tema da próxima Superpizza Anote Ajude a divulgar a SOBRAMES VocêpodecolaborarnadivulgaçãodaSOBRAMES-SP e de suas atividades, ajudando a distribuir este jornal emseulocaldetrabalho,convidandoumcolega paraparticipar,conseguindoumnovoanunciante para o jornal... São mil e uma maneiras. Faleconoscoeparticipe!SOBRAMES@UOL.COM.BR