SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1
Baixar para ler offline
OPINIAO
TENDENCIAS E
FUTURO DAS TIC
C) rnercado irnmdial das TiC tern vindo e continuará a consolidar—se,
Portiigal ado escapará a essa tendëncia de busca de eficiência pela
L’scala e partitha dc melliores prátices, coino (11105 jd sc’ estd e
continnarn a assistir. A indistria portilguesa deverti no entanto
fazL’r va/er os sells aspetos difrrenciadorcs
PORTUGAL E UM MERCADO pequeno, em
termos europeus e mundiais, mas atingi
mos urn significativo desenvolvirnento
das TIC. As tendências de desenvolvi
mento mais evidentes são a mobilidade,
as redes de nova geracão, o desenvolvi
mento dos modelos de cloud computing e
toda a evolução do software que, conjuga
dos, tern vindo a tornar as telecomunica
çöes e as tecnologias de inforrnação indis
sociáveis, mutuarnente potenciadoras e
omnipresentes na nossa vida pessoal, em
presarial e social.
A concorrência no setor das telecornuni
caçöes tern sido forte, o que leva a que os
players ofereçam sempre “mais por me
nos”. Corn o valor global do setor a decli
nar, os players procuram posicionar-se em
novos mercados que ihes permitam con
trariar essa tendência e acrescentar valor
ao seu portefólio original. No entanto, es
se esforço de reposicionarnento é exigen
te, não so em termos de recursos corno
também de investimento.
Como resposta a estas tendências, o mer
cado mundial das TIC tern vindo e con
tinuará a consolidar-se. Portugal não
escapará a essa tendência de husca de efi
ciência pela escala e partilha de melhores
práticas, corno alias já se está e continuará
a assistir. A indüstria portuguesa das TIC
deverá rio entanto fazer valer os seus as
petos diferenciadores.
Ao longo de centenas de anos, o nosso pa
ls teve os seus melbores mornentos inter
mediando corn valor acrescentado entre
varies geografias e culturas — sornos cul
turalmente aptos e vocacionados para o
fazer. A integracão europeia fez-nos ‘es
quecer” esta vocacão mas, prirneiro a ma
turidade do mercado e depois as dificul
dades económicas, levararn a que já hoje
muitas empresas TIC portuguesas, te
nham vindo a desenvolver a sua presenca
a nIvel internacional.
A indüstria continuará a estar baseada em
Portugal e a beneficiar a sociedade e econo
mia portuguesas, mas deverá complemen
tar a sua viabilidade atuando a nivel inter
riacional, contribuindo desta forma corn a
circulaçao de pessoas e melhores práticas,
bern como corn os inerentes fiuxos eco
nárnicos. Devernos no entanto identificar
quais os rnercados onde podemos interme
diar corn maior valor acrescentado.
CONTRIBUTO DA RENTELECOM
o mercado de utilities é urn dos mercados
onde se prevê major desenvolvimento e
impacto para as TIC. Corn efeito, as poll
ticas de desenvolvirnento comunitárias e
rnundiais a nivel de eficiência energética
e clime estäo já a impor alteraçbes no mer
cado. E pressão nas utilities para imple
mentar sinartgrids que permitam desen
volver novas interligacoes entre os vários
players: distribuidores (DSO), comerciali
zadores, transportadores (TSO), agrega
dores, consumidores e produtores. Estas
interligacbes irnplicarão grandes desen
volvimentos nas TIC e nas telecornunica
çhes em especial.
Sendo urn TSO (Transmission System
Operator), a REN é responsável pelo
transporte de eletricidade e tambérn pe
la seguranca operacional do sistema elé
trico. Desta forrna, está no centro de to-
do o processo de desenvolvimento das
referidas novas interligacoes, pelo que
está especialmente vocacionada para ter
urn papel chave no desenvolvimento do
mercado da energia. Por estas razOes, as
telecomunicaçoes sempre foram mission
critical para a REN e urn contributo fun
damental para que a empresa tenha atm
gido nIveis de qualidade de serviço dos
melhores entre os seus pares a escala
mundial. 0 expoente máximo deste atm
gimento foram os zero segundo de Tem
po de Interrupcão Equivalente obtidos na
rede elétrica em 2012.
A REN tern alavancado este know-how no
rnercado através da RENTELECOM, que
tern especial diferenciação no mercado de
operadores de telecornunicaçöes, integra
dores de soluçbes TIC e no mercado de
utilities, onde está presente desde 2002.
No mercado de operadores, disponibi
lizarnos a nossa infraestrutura de fibra
htica, que e o rnaior e mais estável back
bone existente em Portugal (mais de 280
mil km de fibras óticas). Disponibiliza
mos tambérn, de forma transversal, ser
viços de housing e de transmissão de da
dos, tanto de forma direta como através
de parceiros operadores ou integradores.
No rnercado de utilities, tira partido do
seu know-how ünico na gestão de uma das
infraestruturas mais criticas do país.
A RENTELECOM esta alinhada corn a es
tratégia de desenvolvimento e internacio
nalização do grupo, sendo o seu know-how
na area de telecomunicaçhes aplicado ao
setor das utilities reconhecido a riIvel mun
dial. A empresa alavanca nesta diferencia
ção não so em Portugal, mas tarnbérn em
outros mercados identificados como prio
ritarios para a REN, como os PALOP. No
rneadamente Mocambique, onde o grupo
confirmou recentemente a sue participa
cáo no consórcio que vai construir a future
rede elOtrica de transporte.
Ao intermediar corn valor acrescentado
corn outros mercados, criarnos oportu
nidades de negOcio, valorizando o know-
-how das nossas equipas e dos nossos
parceiros. E contribuindo desta forma
para a recuperacáo sustentada da nossa
economia.
RUI FRANCO
Diretor da RENTELECOM
Comunicaçães novembro 2013 55

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Tendências e futuro das TIC no mercado português

As Oportunidades, Riscos e os Benefícios do Negócio Electrónico
As Oportunidades, Riscos e os Benefícios do Negócio ElectrónicoAs Oportunidades, Riscos e os Benefícios do Negócio Electrónico
As Oportunidades, Riscos e os Benefícios do Negócio Electróniconesi
 
Nicholas Gimenes - O MERCADO DOS FABRICANTES DE REDES ÓPTICAS NA ERA DA CONVE...
Nicholas Gimenes - O MERCADO DOS FABRICANTES DE REDES ÓPTICAS NA ERA DA CONVE...Nicholas Gimenes - O MERCADO DOS FABRICANTES DE REDES ÓPTICAS NA ERA DA CONVE...
Nicholas Gimenes - O MERCADO DOS FABRICANTES DE REDES ÓPTICAS NA ERA DA CONVE...Nicholas Gimenes
 
Consulta Pública do Ministério das Comunicações
Consulta Pública do Ministério das ComunicaçõesConsulta Pública do Ministério das Comunicações
Consulta Pública do Ministério das ComunicaçõesBrasscom
 
Point -programa_de_incentivo_inovacao_tecnologica
Point  -programa_de_incentivo_inovacao_tecnologicaPoint  -programa_de_incentivo_inovacao_tecnologica
Point -programa_de_incentivo_inovacao_tecnologica Vasco Casimiro
 
Mercosul Digitgal no Ciclo MPE.net
Mercosul Digitgal no Ciclo MPE.netMercosul Digitgal no Ciclo MPE.net
Mercosul Digitgal no Ciclo MPE.netGerson Rolim
 
Diretório Global das TIC | Edição 2014 - 2015
Diretório Global das TIC | Edição 2014 - 2015Diretório Global das TIC | Edição 2014 - 2015
Diretório Global das TIC | Edição 2014 - 2015Gabriel Coimbra
 
11 Dez Plenary 1 - Arminda Neves
11 Dez Plenary 1 - Arminda Neves11 Dez Plenary 1 - Arminda Neves
11 Dez Plenary 1 - Arminda NevesPANF08
 
Painel Prioridades Estratégicas de uma Política Multissetorial de TIC - Eduar...
Painel Prioridades Estratégicas de uma Política Multissetorial de TIC - Eduar...Painel Prioridades Estratégicas de uma Política Multissetorial de TIC - Eduar...
Painel Prioridades Estratégicas de uma Política Multissetorial de TIC - Eduar...Rio Info
 
A Nova Economia dos Conteúdos
A Nova Economia dos ConteúdosA Nova Economia dos Conteúdos
A Nova Economia dos Conteúdosnesi
 
Plano de comunicação para a gama z.e
Plano de comunicação para a gama z.ePlano de comunicação para a gama z.e
Plano de comunicação para a gama z.eDavid Sobrinho
 
Mobilidade e Transportes na Europa
Mobilidade e Transportes na EuropaMobilidade e Transportes na Europa
Mobilidade e Transportes na EuropaCláudio Carneiro
 
Janela Única Logística dos portos portugueses
Janela Única Logística dos portos portuguesesJanela Única Logística dos portos portugueses
Janela Única Logística dos portos portuguesesaplop
 
Materiales construcción moçambique (13 abril)
Materiales construcción moçambique (13 abril)Materiales construcción moçambique (13 abril)
Materiales construcción moçambique (13 abril)Charles Dayan
 

Semelhante a Tendências e futuro das TIC no mercado português (20)

Plano de Marketing VITEC
Plano de Marketing VITECPlano de Marketing VITEC
Plano de Marketing VITEC
 
As Oportunidades, Riscos e os Benefícios do Negócio Electrónico
As Oportunidades, Riscos e os Benefícios do Negócio ElectrónicoAs Oportunidades, Riscos e os Benefícios do Negócio Electrónico
As Oportunidades, Riscos e os Benefícios do Negócio Electrónico
 
Economia digital Telcos e OTT
Economia digital Telcos e OTTEconomia digital Telcos e OTT
Economia digital Telcos e OTT
 
Nicholas Gimenes - O MERCADO DOS FABRICANTES DE REDES ÓPTICAS NA ERA DA CONVE...
Nicholas Gimenes - O MERCADO DOS FABRICANTES DE REDES ÓPTICAS NA ERA DA CONVE...Nicholas Gimenes - O MERCADO DOS FABRICANTES DE REDES ÓPTICAS NA ERA DA CONVE...
Nicholas Gimenes - O MERCADO DOS FABRICANTES DE REDES ÓPTICAS NA ERA DA CONVE...
 
Cidades inteligentes
Cidades inteligentesCidades inteligentes
Cidades inteligentes
 
Consulta Pública do Ministério das Comunicações
Consulta Pública do Ministério das ComunicaçõesConsulta Pública do Ministério das Comunicações
Consulta Pública do Ministério das Comunicações
 
Point -programa_de_incentivo_inovacao_tecnologica
Point  -programa_de_incentivo_inovacao_tecnologicaPoint  -programa_de_incentivo_inovacao_tecnologica
Point -programa_de_incentivo_inovacao_tecnologica
 
Mercosul Digitgal no Ciclo MPE.net
Mercosul Digitgal no Ciclo MPE.netMercosul Digitgal no Ciclo MPE.net
Mercosul Digitgal no Ciclo MPE.net
 
Diretório Global das TIC | Edição 2014 - 2015
Diretório Global das TIC | Edição 2014 - 2015Diretório Global das TIC | Edição 2014 - 2015
Diretório Global das TIC | Edição 2014 - 2015
 
11 Dez Plenary 1 - Arminda Neves
11 Dez Plenary 1 - Arminda Neves11 Dez Plenary 1 - Arminda Neves
11 Dez Plenary 1 - Arminda Neves
 
Tic Final
Tic FinalTic Final
Tic Final
 
Painel Prioridades Estratégicas de uma Política Multissetorial de TIC - Eduar...
Painel Prioridades Estratégicas de uma Política Multissetorial de TIC - Eduar...Painel Prioridades Estratégicas de uma Política Multissetorial de TIC - Eduar...
Painel Prioridades Estratégicas de uma Política Multissetorial de TIC - Eduar...
 
A Nova Economia dos Conteúdos
A Nova Economia dos ConteúdosA Nova Economia dos Conteúdos
A Nova Economia dos Conteúdos
 
Construindo a Sociedade Conectada
Construindo a Sociedade ConectadaConstruindo a Sociedade Conectada
Construindo a Sociedade Conectada
 
Plano de comunicação para a gama z.e
Plano de comunicação para a gama z.ePlano de comunicação para a gama z.e
Plano de comunicação para a gama z.e
 
Mobilidade e Transportes na Europa
Mobilidade e Transportes na EuropaMobilidade e Transportes na Europa
Mobilidade e Transportes na Europa
 
Janela Única Logística dos portos portugueses
Janela Única Logística dos portos portuguesesJanela Única Logística dos portos portugueses
Janela Única Logística dos portos portugueses
 
Mercosul - Projeto
Mercosul - ProjetoMercosul - Projeto
Mercosul - Projeto
 
Fórum Smart Grid 2014
Fórum Smart Grid 2014Fórum Smart Grid 2014
Fórum Smart Grid 2014
 
Materiales construcción moçambique (13 abril)
Materiales construcción moçambique (13 abril)Materiales construcción moçambique (13 abril)
Materiales construcción moçambique (13 abril)
 

Tendências e futuro das TIC no mercado português

  • 1. OPINIAO TENDENCIAS E FUTURO DAS TIC C) rnercado irnmdial das TiC tern vindo e continuará a consolidar—se, Portiigal ado escapará a essa tendëncia de busca de eficiência pela L’scala e partitha dc melliores prátices, coino (11105 jd sc’ estd e continnarn a assistir. A indistria portilguesa deverti no entanto fazL’r va/er os sells aspetos difrrenciadorcs PORTUGAL E UM MERCADO pequeno, em termos europeus e mundiais, mas atingi mos urn significativo desenvolvirnento das TIC. As tendências de desenvolvi mento mais evidentes são a mobilidade, as redes de nova geracão, o desenvolvi mento dos modelos de cloud computing e toda a evolução do software que, conjuga dos, tern vindo a tornar as telecomunica çöes e as tecnologias de inforrnação indis sociáveis, mutuarnente potenciadoras e omnipresentes na nossa vida pessoal, em presarial e social. A concorrência no setor das telecornuni caçöes tern sido forte, o que leva a que os players ofereçam sempre “mais por me nos”. Corn o valor global do setor a decli nar, os players procuram posicionar-se em novos mercados que ihes permitam con trariar essa tendência e acrescentar valor ao seu portefólio original. No entanto, es se esforço de reposicionarnento é exigen te, não so em termos de recursos corno também de investimento. Como resposta a estas tendências, o mer cado mundial das TIC tern vindo e con tinuará a consolidar-se. Portugal não escapará a essa tendência de husca de efi ciência pela escala e partilha de melhores práticas, corno alias já se está e continuará a assistir. A indüstria portuguesa das TIC deverá rio entanto fazer valer os seus as petos diferenciadores. Ao longo de centenas de anos, o nosso pa ls teve os seus melbores mornentos inter mediando corn valor acrescentado entre varies geografias e culturas — sornos cul turalmente aptos e vocacionados para o fazer. A integracão europeia fez-nos ‘es quecer” esta vocacão mas, prirneiro a ma turidade do mercado e depois as dificul dades económicas, levararn a que já hoje muitas empresas TIC portuguesas, te nham vindo a desenvolver a sua presenca a nIvel internacional. A indüstria continuará a estar baseada em Portugal e a beneficiar a sociedade e econo mia portuguesas, mas deverá complemen tar a sua viabilidade atuando a nivel inter riacional, contribuindo desta forma corn a circulaçao de pessoas e melhores práticas, bern como corn os inerentes fiuxos eco nárnicos. Devernos no entanto identificar quais os rnercados onde podemos interme diar corn maior valor acrescentado. CONTRIBUTO DA RENTELECOM o mercado de utilities é urn dos mercados onde se prevê major desenvolvimento e impacto para as TIC. Corn efeito, as poll ticas de desenvolvirnento comunitárias e rnundiais a nivel de eficiência energética e clime estäo já a impor alteraçbes no mer cado. E pressão nas utilities para imple mentar sinartgrids que permitam desen volver novas interligacoes entre os vários players: distribuidores (DSO), comerciali zadores, transportadores (TSO), agrega dores, consumidores e produtores. Estas interligacbes irnplicarão grandes desen volvimentos nas TIC e nas telecornunica çhes em especial. Sendo urn TSO (Transmission System Operator), a REN é responsável pelo transporte de eletricidade e tambérn pe la seguranca operacional do sistema elé trico. Desta forrna, está no centro de to- do o processo de desenvolvimento das referidas novas interligacoes, pelo que está especialmente vocacionada para ter urn papel chave no desenvolvimento do mercado da energia. Por estas razOes, as telecomunicaçoes sempre foram mission critical para a REN e urn contributo fun damental para que a empresa tenha atm gido nIveis de qualidade de serviço dos melhores entre os seus pares a escala mundial. 0 expoente máximo deste atm gimento foram os zero segundo de Tem po de Interrupcão Equivalente obtidos na rede elétrica em 2012. A REN tern alavancado este know-how no rnercado através da RENTELECOM, que tern especial diferenciação no mercado de operadores de telecornunicaçöes, integra dores de soluçbes TIC e no mercado de utilities, onde está presente desde 2002. No mercado de operadores, disponibi lizarnos a nossa infraestrutura de fibra htica, que e o rnaior e mais estável back bone existente em Portugal (mais de 280 mil km de fibras óticas). Disponibiliza mos tambérn, de forma transversal, ser viços de housing e de transmissão de da dos, tanto de forma direta como através de parceiros operadores ou integradores. No rnercado de utilities, tira partido do seu know-how ünico na gestão de uma das infraestruturas mais criticas do país. A RENTELECOM esta alinhada corn a es tratégia de desenvolvimento e internacio nalização do grupo, sendo o seu know-how na area de telecomunicaçhes aplicado ao setor das utilities reconhecido a riIvel mun dial. A empresa alavanca nesta diferencia ção não so em Portugal, mas tarnbérn em outros mercados identificados como prio ritarios para a REN, como os PALOP. No rneadamente Mocambique, onde o grupo confirmou recentemente a sue participa cáo no consórcio que vai construir a future rede elOtrica de transporte. Ao intermediar corn valor acrescentado corn outros mercados, criarnos oportu nidades de negOcio, valorizando o know- -how das nossas equipas e dos nossos parceiros. E contribuindo desta forma para a recuperacáo sustentada da nossa economia. RUI FRANCO Diretor da RENTELECOM Comunicaçães novembro 2013 55