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L I Ç Ã O 1 4 - S é r i e d e E x e r c í c i o s " A d e u s à
C u l p a "
MINHA SEGURANÇA RESIDE EM NÃO ME DEFENDER
O CICLO DA AGRESSÃO
Há uma crença que prevalece no mundo, hoje, de que não é
apenas natural, mas sensato, estarmos preparados para nos
defender, o tempo todo. Adotamos essa atitude porque acreditamos
que o ataque é inevitável e que precisamos estar preparados para a
defesa, quando isso ocorrer. De acordo com essa forma de pensar,
quanto mais defensivos formos, menos seremos atacados. Essa
crença é demonstrada não apenas em nossos relacionamentos
pessoais, mas nas nossas relações internacionais com outros países.
Fomos convencidos por líderes - cujas visões são apoiadas pela maior
parte da população - de que quanto mais armas militares
acomularmos, mais fortes seremos. Consequentemente, acredita-se
que possuir um número grande de armas é uma garantia de que um
outro país vai pensar duas vezes antes de nos atacar. Quando nos
colocamos de forma defensiva, estamos encorajando mais ataque e
nos esquecendo de que nossa função é perdoar.
Demonstramos uma atitude defensiva, no nível pessoal, de várias
formas. A regra do "olho por olho", parece nos dizer, "Se perceber que
alguém está lhe agredindo, agrida de volta." Por exemplo, se alguém
grita pra você e você não sente que fez alguma coisa para causar sua
raiva, grite de volta. Ataque! Ataque! Ataque! Onde há ataque não há
amor. Você simplesmente não pode atacar alguém, ou ter
pensamentos de agressão contra alguém e estar amando, ao mesmo
tempo. Pensamentos de medo e de agressão são acompanhados de
culpa; e então medo, culpa, raiva, ataque e defesa tornam-se
interrelacionados de forma intrincada.
Quando agimos de acordo com a lei de Deus, a lei do amor,
reconhecemos a lei do amor em cada pessoa que vemos e nossas
percepções de ataque e defesa deixam de existir. Quando
escolhemos não perceber a agressão nos outros, ou em nós mesmos,
deixa de existir o medo e podemos experimentar nosso estado natural
de não agressão.
ILUSÕES SEM VALOR
Pelo contrário, quando nos sentimos zangados, é porque ainda
acreditamos que o medo e a culpa são reais. Algumas vezes tentamos
suprimir, ou reprimir nossa raiva, apenas para que ele emerja de uma
outra forma, como um ataque ao nosso corpo. Logo, a supressão ou a
repressão de nosso sentimentos não é a solução para o problema. A
resposta está em reconhecer que o medo, a culpa e a raiva são, elas
mesmas ilusões e portanto não têm valor. Quando ficamos
conscientes de que alguma coisa não tem valor, estamos em condição
de nos libertarmos dela. Ficamos presos apenas ao que valorizamos.
Já discutimos o fato de que temos apenas duas emoções: amor e
medo. O amor é nossa herança natural e o medo é algo que nossa
mente inventa. O medo não pode ser real. É sempre uma ilusão,
originado por nossa má interpretação de termos sido atacados e
geralmente é acompanhando de raiva e culpa.
O amor de Deus é a única realidade que existe, é o pensamento de
amor é tudo que nossa mente é. Desde quando as mentes não podem
atacar - apenas os corpos podem fazê-lo - a ilusão de que somos
corpos é uma má interpretação de que estamos separados de Deus,
ou um do outro.
O mestre Jesus ensinou-nos muitas vezes durante sua vida nesta
terra que a única coisa que tem valor, a única que é real, é o amor.
Ele sabia que a sua única relação verdadeira era com Deus e que
nela não havia qualquer medo. Tendo a segurança de que seu Pai
nunca lhe abandonaria ou o deixaria sem conforto, Jesus demonstrou,
continuamente, a nós, o que significa não se colocar na defesa, nas
nossas relações com as outras pessoas.
No ano passado, recebi uma carta de Joanne Wilson, contando-me
sobre a sua experiência em ser indefeso. Gostaria de partilhá-la com
vocês.
Caro Dr. Jampolsky,
Ao reler na edição de outubro da revista Unity o seu artido "Minha
Segurança reside em não me Defender", decidi lhe escrever sobre
uma experiência que tive e que demonstrou que ao não me defender,
encontrei minha segurança.
No ano passado, um pouco antes do Natal, tive uma folga à tarde.
Como estava nevando muito, meu patrão achou que os clientes não
viriam mais. Então, eu aproveitei a oportunidade para fazer compras
de Natal. Tinha um presente para comprar em uma outra cidade, a
quarenta e três milhas de distância. Como o tempo estava ruim, orei
para decidir se deveria ir e senti que sim, por isso fui. Eu me senti
quase "guiada" naquele dia.
As estradas estavam terríveis, pensei em voltar muitas vezes, mas
continuei. Fui até a loja onde achava que o presente deveria estar,
encontrei, comprei-o e sai rapidamente.
O tráfego saindo da cidade estava muito lento por causa das
condições escorregadias das estradas, ia-se sempre devagar quando
vi um homem que pedia carona. O Senhor vinha me ensinando, há
algum tempo, a não ter medo de nada, a superar o meu medo de dar
caronas, a substituir o medo pelo amor. Por isso, não hesitei em
oferecer uma carona e esse homem.
Ele pareceu hesitar em entrar no meu carro - parecia surpreso que
uma mulher lhe estivesse dando carona, particularmente uma mulher
branca, pois ele era índio. Mas entrou. Provavelmente estava
drogado. À princípio pensei que estivesse bêbado, mas não cheirava
a álcool. Parecia aborrecido e doente e quando lhe perguntei para
onde queria ir, disse-me que não sabia. Falei-lhe de alguns lugares
onde sabia que poderia ser ajudado, mas ele respondeu-me "não". De
vez em quando olhava-me de forma sóbria, buscando meus olhos e
daí começava a chorar. Debruçando-se sobre as mãos, ele repetia
sem parar, "Eu não quero lhe fazer mal, sinto muito." Daí olhava
novamente para mim - parecia ficar "sóbrio," olhava-me fixo, mexia no
bolso e começava novamente a chorar.
Estava dirigindo atrás de um grande caminhão, por isso a
visibilidade era muito limitada. Não vi a barreira, até que parei. Havia
carros da polícia no lado da pista e estavam parando cada carro que
passava, espiavam dentro e após isto o liberavam. Depois que o
caminhão em nossa frente diminuiu a marcha e acelerou novamente,
fiquei surpresa de que os policiais nos pedissem para diminuir a
marcha e parar. O homem índio me pediu "Não diga a eles quem sou
eu", o que eu na verdade não sabia, então, meio sem jeito ele desceu
o vidro da janela do seu lado. O patrulheiro chamou-o pelo nome e
puxou-o para fora do carro, algemou-o tão rapidamente que eu nem
cheguei a entender como tudo aconteceu. Ele me mandou seguir, sem
me perguntar nada (o que surpreendeu a mim e ao meu marido,
quando eu lhe contei isso mais tarde).
Quando ele foi retirado tão abruptamente de meu carro, fiquei
pensando no que eu poderia dizer a esse homem como uma
testemunha de Cristo, aí eu lhe gritei antes de me afastar: "Deus lhe
acompanhe, amigo".
Ele tinha sido completamente desarmado por minha falta de medo e
minha preocupação com ele. Tenho certeza de que tinha uma arma
eu seu bolso e que tinha planejado usá-la para forçar alguém a ajudá-
lo a fugir. Ao invés disso, ficou confuso e se rendeu. O oficial de
polícia não teve qualquer dificuldade em lhe prender. Ele não lutou,
estava calmo e até em paz.
Chorei por um tempo a caminho para casa, pensando que devia ter
sabido o que lhe dizer para ajuda-lo, ele estava tão confuso e
desesperado. Fiquei feliz quando percebi que Jesus tinha querido que
eu fôsse lá para fazer justamente o que eu fiz. Que a forma de ajudar-
lhe, naquele momento, era impedí-lo de fazer alguma coisa que
poderia ferir alguém enquanto estava envolto no medo e no
desespero.
O amor que Jesus me ensinou que substituiria o medo, se mostrou.
Embora eu estivesse indefesa, estava segura naquele momento. Pode
se dizer que por estar indefesa, estava segura.
Meu desejo sincero que continue tendo sucesso,
(assinado) Joanne Wilson
P.S. As estradas naquele dia estavam terríveis, mas agradeci
durante todo o trajeto e cheguei em casa bem.
O testemunho de Joanne sobre o poder de estar indefesa numa
situação muito difícil é certamente um exemplo dramático e forte da
lição de hoje. É também um testamento da sua disponibilidade para
ouvir e acreditar no guia interno - que também é uma demonstração
de que ela não está se defendendo.
"BOTÕES DETONADORES" COMO PROFESSORES
Um dos benefícios de viajar e dar palestras é que sou sempre
desafiado a colocar em prática os conceitos que ensino. Esses
desafios me relembram de que sempre ensinamos o que queremos
aprender.
Um de tais desafios ocorreu há alguns anos atrás, enquanto eu
estava num tour de palestras, na Austrália. Em minhas viagens, por
todo o país, eu era convidado a fazer muitas entrevistas na TV e no
rádio. Em Sydney, eu encontrei um entrevistador de um programa de
rádio que, através dos olhos do meu ego, me pareceu muito hostil.
Para que ele fique anônimo, vou lhe chamar Roger. Ele começou o
diálogo me dizendo que achava minhas idéias muito sem fundamento,
vazias e sem substância. Acredito que a maioria das pessoas iriam
descrever sua técnica de entrevistar como provocante, agressiva ou
desvalorizadora.
Devo admitir que a minha primeira reação foi a de medo e que
estive tentado a me defender. Roger apertou meus "botões
detonadores." Porém, antes de lhe dizer qualquer coisa que lhe
tivesse causado e a mim, dor, culpa e separação, eu pude parar e me
relembrar de que o que eu queria realmente era paz de espírito.
Decidi não me defender. Ao invés de achar que Roger estava me
atacando, escolhi vê-lo como cheio de medo e me pedindo ajuda para
que conseguisse amar. Pelos próximos minutos, concentrei-me em lhe
mandar pensamentos amorosos, sem qualquer expectativa de mudar
o seu comportamento. Foi interessante notar, porém, que durante os
últimos dez minutos da entrevista, suas observações ficaram mais
suaves um pouco.
Naquela noite eu fiz uma palestra. Imagine o meu assombro que vi
meu entrevistador daquela manhã sentado na terceira fila!
No dia seguinte eu recebi um telefonema de Roger. Pareceu-me
muito amigável e me perguntou se poderia conversar comigo sobre
um problema pessoal seu, que estava lhe causando muito conflito. Eu
lhe disse que sim e ele veio até o meu quarto de hotel.
Roger parecia um homem completamente diferente do que eu
encontrei na estação de rádio. Estava gentil, amigo, e - para minha
grande surpresa - parecia que confiava em mim. Ele me confiou
detalhes íntimos sobre si mesmo que acho que a maior parte das
pessoas ficaria relutante de me contar numa primeira entrevista. Ficou
claro que se senti seguro comigo.
Durante nossa discussão, meus pensamentos me levaram à
entrevista que me fez na rádio e me senti agradecido por ter podido
me manter sem revidar. O meu palpite é que a maior parte das
pessoas que interagiam com ele revidavam os seus ataques - e mais
tarde ele me confirmou que isso era verdade. A culpa que senti com
relação a sua própria raiva era muito grande - e eu me concentrei em
lhe ajudar a se desligar de sua atração pela culpa. Mais tarde ele me
escreveu uma carta de agradecimento pela ajuda que tinha recebido
minha.
Antes de ter seguido o caminho espiritual, tenho a certeza de que
com minha personalidade de então eu teria ficado defensivo e teria
atacado Roger durante nossa entrevista no rádio. Ambos
terminaríamos sentindo dor, culpa e sentimentos de estarmos
separados e sem amor.
Roger para mim era uma clara testemunha de que quando você
muda sua mente, enxerga um mundo diferente. He me demonstrou
que você pode escolher a paz, ao invés do conflito e o amor, ao invés
da culpa. Mais uma vez eu aprendia que podemos curar os nossos
relacionamentos no momento em que dissermos "adeus à culpa."
Quando não vemos mais valor em nos considerarmos vítimas ou não
investimos mais em sermos defensivos e em atacar outros, teremos a
experiência do amor.
Todos os dias nos são oferecidas novas oportunidades de colocar
em prática a lição de hoje. Não há qualquer aspecto de nossas vidas
diárias que não se benefiariam se nos libertássemos da atitude
defensiva e do medo de ser atacados e descansássemos na
segurança e na proteção do amor de Deus. Minha experiência
continua a confirmar que todas as interações conflitantes que temos
com outras pessoas, não importa a forma que tenham, são apenas
variações do jogo de culpa.
Minha segurança reside em não revidar.
Uma resposta defensiva a um mundo "agressivo" não funcionará,
pois aumenta nossos próprios sentimentos de fraqueza e
vulnerabilidade. Apenas as pessoas medrosas acreditam que as
defesas as protegem, sem reconhecer que assim ficam presas numa
cadeia de ataque e defesa. No entanto, não revidar é ter força e isso
não pode ser atacado. Hoje eu reconheço que as defesas não podem
nos proteger, mas que, muito pelo contrário, elas fazem o oposto do
que desejamos.
Passos para Integrar a lição de hoje em nossas
experiências do dia-a-dia
• 1. Pense em alguém que você sente que lhe agrediu no passado
e a quem você não perdoou. À medida que pensa nessa
pessoa, diga para si mesma: "(Cite o nome), eu lhe libero e sei
que ambos estamos seguros e cercados pelo amor de Deus.
Sinto-me sereno e confiante de que nada pode ferir a você, ou a
mim."
• 2. Repita para você, frequentemente, durante o dia todo: "Todas
as vezes em que me defendo de alguém, estou na verdade
atacando ele/ela e privando de amor aquela pessoa e eu
mesmo."
• 3. Durante o dia todo, quando se sentir tentado a agredir
alguém, repita para si mesmo: "Na minha não agressão reside
minha segurança e força. Escolho deixar a fraqueza para trás,
hoje."
• 4. Se você vir, ou ouvir dizer que alguém está sendo agredido
hoje, lembre-se de que o seu propósito é extender o amor, ao
invés de se identificar com o "agressor", ou com a "vítima."
Escolha, então, a forma de amor mais apropriada para que
expresse na situação.
• 5. O que se segue é uma receita para lhe prevenir de ver os
outros como agressores e você como estando na posição
defensiva: aquiete sua mente e determine se há quaisquer
pensamentos de culpa sendo guardados por você. Perceba que
esses pensamentos são indesejáveis, irreais e sem valor.
Liberte-se desses pensamentos. Deixando-os ir embora, não
ficará tentada a projetá-los nos outros.

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Lição 14 adeus a culpa

  • 1. L I Ç Ã O 1 4 - S é r i e d e E x e r c í c i o s " A d e u s à C u l p a " MINHA SEGURANÇA RESIDE EM NÃO ME DEFENDER O CICLO DA AGRESSÃO Há uma crença que prevalece no mundo, hoje, de que não é apenas natural, mas sensato, estarmos preparados para nos defender, o tempo todo. Adotamos essa atitude porque acreditamos que o ataque é inevitável e que precisamos estar preparados para a defesa, quando isso ocorrer. De acordo com essa forma de pensar, quanto mais defensivos formos, menos seremos atacados. Essa crença é demonstrada não apenas em nossos relacionamentos pessoais, mas nas nossas relações internacionais com outros países. Fomos convencidos por líderes - cujas visões são apoiadas pela maior parte da população - de que quanto mais armas militares acomularmos, mais fortes seremos. Consequentemente, acredita-se que possuir um número grande de armas é uma garantia de que um outro país vai pensar duas vezes antes de nos atacar. Quando nos colocamos de forma defensiva, estamos encorajando mais ataque e nos esquecendo de que nossa função é perdoar. Demonstramos uma atitude defensiva, no nível pessoal, de várias formas. A regra do "olho por olho", parece nos dizer, "Se perceber que alguém está lhe agredindo, agrida de volta." Por exemplo, se alguém grita pra você e você não sente que fez alguma coisa para causar sua raiva, grite de volta. Ataque! Ataque! Ataque! Onde há ataque não há
  • 2. amor. Você simplesmente não pode atacar alguém, ou ter pensamentos de agressão contra alguém e estar amando, ao mesmo tempo. Pensamentos de medo e de agressão são acompanhados de culpa; e então medo, culpa, raiva, ataque e defesa tornam-se interrelacionados de forma intrincada. Quando agimos de acordo com a lei de Deus, a lei do amor, reconhecemos a lei do amor em cada pessoa que vemos e nossas percepções de ataque e defesa deixam de existir. Quando escolhemos não perceber a agressão nos outros, ou em nós mesmos, deixa de existir o medo e podemos experimentar nosso estado natural de não agressão. ILUSÕES SEM VALOR Pelo contrário, quando nos sentimos zangados, é porque ainda acreditamos que o medo e a culpa são reais. Algumas vezes tentamos suprimir, ou reprimir nossa raiva, apenas para que ele emerja de uma outra forma, como um ataque ao nosso corpo. Logo, a supressão ou a repressão de nosso sentimentos não é a solução para o problema. A resposta está em reconhecer que o medo, a culpa e a raiva são, elas mesmas ilusões e portanto não têm valor. Quando ficamos conscientes de que alguma coisa não tem valor, estamos em condição de nos libertarmos dela. Ficamos presos apenas ao que valorizamos. Já discutimos o fato de que temos apenas duas emoções: amor e medo. O amor é nossa herança natural e o medo é algo que nossa mente inventa. O medo não pode ser real. É sempre uma ilusão,
  • 3. originado por nossa má interpretação de termos sido atacados e geralmente é acompanhando de raiva e culpa. O amor de Deus é a única realidade que existe, é o pensamento de amor é tudo que nossa mente é. Desde quando as mentes não podem atacar - apenas os corpos podem fazê-lo - a ilusão de que somos corpos é uma má interpretação de que estamos separados de Deus, ou um do outro. O mestre Jesus ensinou-nos muitas vezes durante sua vida nesta terra que a única coisa que tem valor, a única que é real, é o amor. Ele sabia que a sua única relação verdadeira era com Deus e que nela não havia qualquer medo. Tendo a segurança de que seu Pai nunca lhe abandonaria ou o deixaria sem conforto, Jesus demonstrou, continuamente, a nós, o que significa não se colocar na defesa, nas nossas relações com as outras pessoas. No ano passado, recebi uma carta de Joanne Wilson, contando-me sobre a sua experiência em ser indefeso. Gostaria de partilhá-la com vocês. Caro Dr. Jampolsky, Ao reler na edição de outubro da revista Unity o seu artido "Minha Segurança reside em não me Defender", decidi lhe escrever sobre uma experiência que tive e que demonstrou que ao não me defender, encontrei minha segurança.
  • 4. No ano passado, um pouco antes do Natal, tive uma folga à tarde. Como estava nevando muito, meu patrão achou que os clientes não viriam mais. Então, eu aproveitei a oportunidade para fazer compras de Natal. Tinha um presente para comprar em uma outra cidade, a quarenta e três milhas de distância. Como o tempo estava ruim, orei para decidir se deveria ir e senti que sim, por isso fui. Eu me senti quase "guiada" naquele dia. As estradas estavam terríveis, pensei em voltar muitas vezes, mas continuei. Fui até a loja onde achava que o presente deveria estar, encontrei, comprei-o e sai rapidamente. O tráfego saindo da cidade estava muito lento por causa das condições escorregadias das estradas, ia-se sempre devagar quando vi um homem que pedia carona. O Senhor vinha me ensinando, há algum tempo, a não ter medo de nada, a superar o meu medo de dar caronas, a substituir o medo pelo amor. Por isso, não hesitei em oferecer uma carona e esse homem. Ele pareceu hesitar em entrar no meu carro - parecia surpreso que uma mulher lhe estivesse dando carona, particularmente uma mulher branca, pois ele era índio. Mas entrou. Provavelmente estava drogado. À princípio pensei que estivesse bêbado, mas não cheirava a álcool. Parecia aborrecido e doente e quando lhe perguntei para onde queria ir, disse-me que não sabia. Falei-lhe de alguns lugares onde sabia que poderia ser ajudado, mas ele respondeu-me "não". De vez em quando olhava-me de forma sóbria, buscando meus olhos e
  • 5. daí começava a chorar. Debruçando-se sobre as mãos, ele repetia sem parar, "Eu não quero lhe fazer mal, sinto muito." Daí olhava novamente para mim - parecia ficar "sóbrio," olhava-me fixo, mexia no bolso e começava novamente a chorar. Estava dirigindo atrás de um grande caminhão, por isso a visibilidade era muito limitada. Não vi a barreira, até que parei. Havia carros da polícia no lado da pista e estavam parando cada carro que passava, espiavam dentro e após isto o liberavam. Depois que o caminhão em nossa frente diminuiu a marcha e acelerou novamente, fiquei surpresa de que os policiais nos pedissem para diminuir a marcha e parar. O homem índio me pediu "Não diga a eles quem sou eu", o que eu na verdade não sabia, então, meio sem jeito ele desceu o vidro da janela do seu lado. O patrulheiro chamou-o pelo nome e puxou-o para fora do carro, algemou-o tão rapidamente que eu nem cheguei a entender como tudo aconteceu. Ele me mandou seguir, sem me perguntar nada (o que surpreendeu a mim e ao meu marido, quando eu lhe contei isso mais tarde). Quando ele foi retirado tão abruptamente de meu carro, fiquei pensando no que eu poderia dizer a esse homem como uma testemunha de Cristo, aí eu lhe gritei antes de me afastar: "Deus lhe acompanhe, amigo". Ele tinha sido completamente desarmado por minha falta de medo e minha preocupação com ele. Tenho certeza de que tinha uma arma eu seu bolso e que tinha planejado usá-la para forçar alguém a ajudá-
  • 6. lo a fugir. Ao invés disso, ficou confuso e se rendeu. O oficial de polícia não teve qualquer dificuldade em lhe prender. Ele não lutou, estava calmo e até em paz. Chorei por um tempo a caminho para casa, pensando que devia ter sabido o que lhe dizer para ajuda-lo, ele estava tão confuso e desesperado. Fiquei feliz quando percebi que Jesus tinha querido que eu fôsse lá para fazer justamente o que eu fiz. Que a forma de ajudar- lhe, naquele momento, era impedí-lo de fazer alguma coisa que poderia ferir alguém enquanto estava envolto no medo e no desespero. O amor que Jesus me ensinou que substituiria o medo, se mostrou. Embora eu estivesse indefesa, estava segura naquele momento. Pode se dizer que por estar indefesa, estava segura. Meu desejo sincero que continue tendo sucesso, (assinado) Joanne Wilson P.S. As estradas naquele dia estavam terríveis, mas agradeci durante todo o trajeto e cheguei em casa bem. O testemunho de Joanne sobre o poder de estar indefesa numa situação muito difícil é certamente um exemplo dramático e forte da lição de hoje. É também um testamento da sua disponibilidade para ouvir e acreditar no guia interno - que também é uma demonstração de que ela não está se defendendo.
  • 7. "BOTÕES DETONADORES" COMO PROFESSORES Um dos benefícios de viajar e dar palestras é que sou sempre desafiado a colocar em prática os conceitos que ensino. Esses desafios me relembram de que sempre ensinamos o que queremos aprender. Um de tais desafios ocorreu há alguns anos atrás, enquanto eu estava num tour de palestras, na Austrália. Em minhas viagens, por todo o país, eu era convidado a fazer muitas entrevistas na TV e no rádio. Em Sydney, eu encontrei um entrevistador de um programa de rádio que, através dos olhos do meu ego, me pareceu muito hostil. Para que ele fique anônimo, vou lhe chamar Roger. Ele começou o diálogo me dizendo que achava minhas idéias muito sem fundamento, vazias e sem substância. Acredito que a maioria das pessoas iriam descrever sua técnica de entrevistar como provocante, agressiva ou desvalorizadora. Devo admitir que a minha primeira reação foi a de medo e que estive tentado a me defender. Roger apertou meus "botões detonadores." Porém, antes de lhe dizer qualquer coisa que lhe tivesse causado e a mim, dor, culpa e separação, eu pude parar e me relembrar de que o que eu queria realmente era paz de espírito. Decidi não me defender. Ao invés de achar que Roger estava me atacando, escolhi vê-lo como cheio de medo e me pedindo ajuda para que conseguisse amar. Pelos próximos minutos, concentrei-me em lhe mandar pensamentos amorosos, sem qualquer expectativa de mudar
  • 8. o seu comportamento. Foi interessante notar, porém, que durante os últimos dez minutos da entrevista, suas observações ficaram mais suaves um pouco. Naquela noite eu fiz uma palestra. Imagine o meu assombro que vi meu entrevistador daquela manhã sentado na terceira fila! No dia seguinte eu recebi um telefonema de Roger. Pareceu-me muito amigável e me perguntou se poderia conversar comigo sobre um problema pessoal seu, que estava lhe causando muito conflito. Eu lhe disse que sim e ele veio até o meu quarto de hotel. Roger parecia um homem completamente diferente do que eu encontrei na estação de rádio. Estava gentil, amigo, e - para minha grande surpresa - parecia que confiava em mim. Ele me confiou detalhes íntimos sobre si mesmo que acho que a maior parte das pessoas ficaria relutante de me contar numa primeira entrevista. Ficou claro que se senti seguro comigo. Durante nossa discussão, meus pensamentos me levaram à entrevista que me fez na rádio e me senti agradecido por ter podido me manter sem revidar. O meu palpite é que a maior parte das pessoas que interagiam com ele revidavam os seus ataques - e mais tarde ele me confirmou que isso era verdade. A culpa que senti com relação a sua própria raiva era muito grande - e eu me concentrei em lhe ajudar a se desligar de sua atração pela culpa. Mais tarde ele me escreveu uma carta de agradecimento pela ajuda que tinha recebido minha.
  • 9. Antes de ter seguido o caminho espiritual, tenho a certeza de que com minha personalidade de então eu teria ficado defensivo e teria atacado Roger durante nossa entrevista no rádio. Ambos terminaríamos sentindo dor, culpa e sentimentos de estarmos separados e sem amor. Roger para mim era uma clara testemunha de que quando você muda sua mente, enxerga um mundo diferente. He me demonstrou que você pode escolher a paz, ao invés do conflito e o amor, ao invés da culpa. Mais uma vez eu aprendia que podemos curar os nossos relacionamentos no momento em que dissermos "adeus à culpa." Quando não vemos mais valor em nos considerarmos vítimas ou não investimos mais em sermos defensivos e em atacar outros, teremos a experiência do amor. Todos os dias nos são oferecidas novas oportunidades de colocar em prática a lição de hoje. Não há qualquer aspecto de nossas vidas diárias que não se benefiariam se nos libertássemos da atitude defensiva e do medo de ser atacados e descansássemos na segurança e na proteção do amor de Deus. Minha experiência continua a confirmar que todas as interações conflitantes que temos com outras pessoas, não importa a forma que tenham, são apenas variações do jogo de culpa. Minha segurança reside em não revidar. Uma resposta defensiva a um mundo "agressivo" não funcionará, pois aumenta nossos próprios sentimentos de fraqueza e
  • 10. vulnerabilidade. Apenas as pessoas medrosas acreditam que as defesas as protegem, sem reconhecer que assim ficam presas numa cadeia de ataque e defesa. No entanto, não revidar é ter força e isso não pode ser atacado. Hoje eu reconheço que as defesas não podem nos proteger, mas que, muito pelo contrário, elas fazem o oposto do que desejamos. Passos para Integrar a lição de hoje em nossas experiências do dia-a-dia • 1. Pense em alguém que você sente que lhe agrediu no passado e a quem você não perdoou. À medida que pensa nessa pessoa, diga para si mesma: "(Cite o nome), eu lhe libero e sei que ambos estamos seguros e cercados pelo amor de Deus. Sinto-me sereno e confiante de que nada pode ferir a você, ou a mim." • 2. Repita para você, frequentemente, durante o dia todo: "Todas as vezes em que me defendo de alguém, estou na verdade atacando ele/ela e privando de amor aquela pessoa e eu mesmo." • 3. Durante o dia todo, quando se sentir tentado a agredir alguém, repita para si mesmo: "Na minha não agressão reside minha segurança e força. Escolho deixar a fraqueza para trás, hoje." • 4. Se você vir, ou ouvir dizer que alguém está sendo agredido hoje, lembre-se de que o seu propósito é extender o amor, ao invés de se identificar com o "agressor", ou com a "vítima."
  • 11. Escolha, então, a forma de amor mais apropriada para que expresse na situação. • 5. O que se segue é uma receita para lhe prevenir de ver os outros como agressores e você como estando na posição defensiva: aquiete sua mente e determine se há quaisquer pensamentos de culpa sendo guardados por você. Perceba que esses pensamentos são indesejáveis, irreais e sem valor. Liberte-se desses pensamentos. Deixando-os ir embora, não ficará tentada a projetá-los nos outros.