O documento discute os efeitos ambientais sobre a produção avícola, destacando que fatores como temperatura, umidade relativa e qualidade do ar influenciam negativamente o desempenho, bem-estar e saúde das aves. É apresentado um conjunto de medidas a serem adotadas para mitigar os impactos dos estressores térmicos e da poluição gasosa no galpão.

1. Efeitos do ambiente na produção animal
- AVES -
UFPEL – FAEM – DZ

2. Aparelho termorregulador de aves
• A temp. retal pintinhos < frango/galinha (41,1 a
42,2°C).
• Sistema termorregulador pouco desenvolvido (>
6 - 10 dias idade).

3. Relação entre Temperatura (°C) e UR (%)
Idade (dias) 80 % 70 % 60 % 50 % 40 %
1 33 33 33 33 35
2 32 32 32 32 34
3 31 31 31 31 33
4 30 30 30 30 32
5 30 30 30 30 32
6 29 29 29 29 31
7 29 29 29 29 31
8 28 29 29 29 31
9 - 12 27 28 28 29 31
13 - 16 26 27 27 29 31
17 - 20 25 26 26 28 30
21 - 24 24 25 26 27 29
25 - 30 23 24 25 27 29
31 - 35 22 23 25 26 28
> 35 21 22 24 25 27

4. Desafios no aviário
Ventilação, limpeza/desinfecção,
vacinação, biosseguridade
Temperatura
UR Poeira
Microorg.
Amônia
Densidade
Lucro Prejuízo

5. Desafios no aviário
Biosseguridade e Biossegurança

6. Desafios no aviário
Problemas respiratórios (aerosaculite):
condenação parcial ou total de carcaças.
Causas de mortalidade no transporte:
40; 40%
35%
25%
Saúde criação Injúria física Estresse térmico

7. Desafios no aviário
Criação de matrizes => “Dark house”

8. Confinamento = maiores desafios
Desafios no aviário

9. Bem-estar animal
Aspecto público
Aspecto legal
Aspecto técnico
Legislação fixa critérios
mínimos de criação
Conhecimento “empírico”,
empatia ou ativismo em
prol dos animais
Conhecimento científico,
aspectos fisiológ., comport.
ou produtivo

10. Bem-estar animal
Não passar
fome/sede
Liberdade de
movimento
Não passar estresse
físico ou térmico
Densidade, n° bebedouros e
comedouros, cama
Bebedouros e comedouros,
qualidade da ração e água
Ambiência, cama
Livre de doenças Biosseguridade, vacinação
Manejo, habituação
Não sentir medo

11. Efeitos
4,4 10 15,6 21,1 26,7 32,2 37,8
11,8 11,6 11 10 8,7 7 4,8
4,4 10 15,6 21,1 26,7 32,2 37,8
15,5 16,3 17,8 20,1 25,4 33,7 40,9
- No consumo de ração (kg)
- No consumo de água (litros/100 poedeiras)
- Na excreção de água (kg nas fezes)
4,4 10 15,6 21,1 26,7 32,2 37,8
13,1 13 12,4 11,5 10,1 8,2 5,7

12. Efeitos
- No consumo de água
- Efeito da temperatura da água sobre o ganho de peso,
consumo de água e temperatura corporal de frangos de corte
mantidos em estresse calórico -
Temperatura
da água
Ganho de
Peso
Consumo de
água
Temperatura
Corporal
(°C) (g) mL/dia (°C)
12,7 55,4 344 42,8
31,1 50,3 359 43,1
42,2 47,0 384 43,3

13. Efeitos
- No consumo de água
- Perda de peso (%), de água (g) e do saco vitelino (%) em
pintos de 1 dia, quando expostos a diferentes ambientes -
Temperatura
Ambiente
Perda Total
de Peso (%)
Perda de
água (g)
Perda do
saco vitelino
(°C) (%)
30,8 8,2 1,82 4,50
33,5 7,3 1,05 4,80
35,1 9,6 2,21 5,0
36,8 13,7 3,46 5,20
38,8 13,8 4,35 3,40

14. Efeitos
Produção de calor pelas aves

15. Efeitos
- Na reprodução: redução da libido,
espermatogênese, aumento de esp. anormais.
- Na postura
Desempenho de poedeiras em relação ao obtido a 16°C
T amb. °C Prod. relativa % Tamanho ovo % Efic. C.A.¨%
16 100 100 100
18 100 100 95
21 100 100 91
24 100 99 888
27 99 96 86
29 97 93 85
32 94 86 84

16. Efeitos
- No ganho de peso e C.A.
Poedeiras: 32°C x 16°C: piora em 18% CA.
Valores médios de consumo e ganho de peso (1-7
dias) de acordo com a T ambiente (°C)
20 25 35
Cons. ração (g/ave) 103,5 116,2 92,77
Cons. água (ml/ave) 190,35 249,3 272,2
GP (g) 102,1 101,68 79,16

17. Efeitos
- No desempenho de frangos de corte
Desempenho Fria Termoneutra Quente
GP 1475 1402 1151
C.A. 2,42 2,49 2,76
Prod. Calor (% E
cons.)
70,3 66 72,1
Ganho de energia
(% E cons.)
28,8 34,3 32,3

18. Respostas
Perda de calor
- Efeito da temperatura sobre as formas de
dissipação de calor sensível e latente em aves
Leghorn -
Temp. °C Calor sensível % Calor latente %
4,4 90 10
15,6 80 20
26,7 60 40
37,8 40 60

19. Medidas a serem adotadas
Adequar densidade ao sexo, peso das aves e
temperatura;
Dimensionamento de bebedouros e comedouros;
Estratégias nutricionais, construtivas ou manejo
para melhorar ambiência;
Jejum prévio ao estresse calórico;
Conjunto de medidas é melhor do que uma única
alternativa/método.
Início é fundamental (1ª semana).

20. Medidas a serem adotadas
- Cama aviária e produção de amônia
Altura da cama(cm) Prod. Amônia (g/100g cama)
5 19,5
10 16
15 14
Densidade (aves/m²) Prod. Amônia (g/100g cama)
10 8,5
14 24,4
18 21
- Potencialidade de produção de amônia em função da
altura da cama de frangos e da densidade de alojamento -

21. Medidas a serem adotadas
- Ventilação e frequência respiratória (mov/min)
Temp. amb. (°C) Ar parado Vent. 2,5 m/s
20 20 20
25 20 20
30 55 40
35 150 80
40 > 250 < 200
Frangos com 230 g

22. Estudo dirigido
1. Quais os principais prejuízos às aves causados por fatores
ambientais?
2. Na tentativa de promover o bem-estar às aves em
confinamento, quais aspectos devem ser considerados?
3. Em um ambiente com temp. e UR elevados, os frangos de
corte conseguem perder calor eficientemente por via
insensível? Seria eficiente tentar amenizar o estresse térmico
com o uso de nebulização + ventilação?
4. Cite quais os principais gases nocivos às aves, em um
galpão avícola. Como a amônia prejudica a sanidade dos
lotes de aves? Que fatores afetam a prod. de amônia?
5. Cite algumas medidas que poderiam amenizar os efeitos
prejudiciais de um estresse em criação avícola.