Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Reganho peso cirurgia bariátrica
1. AAbeso, revela que mais de 50% dos pacientes que passam por algum tipo de cirurgia bariátrica acabam tendo reganho de peso.
Recuperar de 5 a 10% do peso reduzido após os 2 anos de cirurgia é considerado normal por especialistas. Ou seja, se o indivíduo,
perdeu 60 kg, pode engordar novamente até 6 kg. Esse reganho deve acontecer de forma gradual e sem causar problemas de
saúde.
Se o reganho ultrapassar 10% e ocorrer no primeiro ano após a cirurgia ou de forma rápida, associada à outros problemas, você
deve ficar atento.
O tratamento do reganho de peso será definido após a análise do paciente por uma equipe multidisciplinar de profissionais de
saúde, de preferência, a mesma que realizou a cirurgia.
Serão solicitados exame e haverá uma avaliação clínica, nutricional e psicológica. A equipe irá buscar entender como o paciente
está se comportando em questões alimentares e se está praticando exercícios físicos suficientes.
Em alguns casos poderão ser prescritos alguns medicamentos para contribuir na redução do peso, assim como
antidepressivos e estabilizadores de humor.
Em outros, se observado alterações anatômicas que possam causar o reganho de peso é considerável o uso do plasma de
Argônio, a técnica da plicatura gástrica e, em último caso, uma “revisão da cirurgia”.
2. Plasma de argônio
O procedimento é feito como uma endoscopia e dura de 10 a 15 minutos no máximo
Ele é é usado há muito tempo no Brasil, mas em 2009 foi aplicado para fechamento de anastomose (emendas entre o estômago e o intestino) realizada na cirurgia bariátrica, para buscar o efeito restritivo da cirurgia e evitar o reganho de peso do
paciente.
Vantagens da plasma de argônio
O procedimento é bastante seguro, rápido, com baixo índice de complicações, eficaz em mais de 70% das vezes quando o objetivo é fechar a anastomose. É feito por endoscopia, sem anestesia geral.
No que tange o tratamento da obesidade, o plasma de argônio está indicado para aqueles pacientes que realizaram a cirurgia de By pass ou Capella e que após 2 anos ou mais de cirurgia tem reganho de peso. Portanto, ele trata especialmente o reganho
de peso em quem fez a cirurgia bariátrica de Bypass.
Contraindicações
Não especificamente pela técnica, mas sim por que ele é destinado apenas a um tipo de cirurgia bariátrica: Bypass. Então qualquer outra cirurgia bariátrica não pode ser aplicado o método. Afora isso, somente se as condições clinicas do paciente permitir a
realização de um procedimento endoscópico com sedação.
Pré-procedimento da plasma de argônio
Normalmente é necessário uma endoscopia para avaliar se o paciente é candidato ao procedimento, se possui anastomose alargada. Exames de coagulação podem ser pedidos para avaliar o perfil de coagulação do paciente.
Procedimento da plasma de argônio
O procedimento é feito como uma endoscopia, onde o endoscopista passa um cateter com duplo lúmen por dentro do endoscópico, indo até a região a ser aplicada. É disparado uma corrente elétrica por um lúmen do cateter e pelo outro lúmen passa o gás
argônio e quando ambos se encontram na ponta do cateter, próximo a mucosa, formam um plasma de coagulação que desnatura o tecido aplicado. Apenas médicos endoscopistas treinados na técnica e se possível com título de especialista na área
endoscópica.
Pós-procedimento da plasma de argônio
Após o procedimento é necessário seguir uma dieta adequada prescrita de pelo menos 20 dias, muito parecida com a dieta da bariátrica. É necessário tomar um medicamento para proteção do estômago, como um prazol e medicamentos que ajudem
na cicatrização do local que foi aplicado o argônio.
Normalmente o tratamento leva de duas a três sessões para se alcançar o objetivo de fechamento da anastomose para em torno de 1 cm de diâmetro. Após o tratamento completo é sempre necessário associar os tratamentos multidisciplinares com
nutricionista e psicólogo para o acompanhamento do paciente no sentido de promover a perda de peso e corrigir os distúrbios alimentares.
Complicações ou riscos
O APC é um tratamento bastante seguro e de baixo índice de complicações importantes. A mais frequente e que ocorre em 1% dos pacientes é o fechamento exagerado da anastomose. Nesse caso teremos que dilatar por endoscopia. Normalmente
o paciente não sente dor ou efeitos colaterais após a sessão e pode voltar a trabalhar no dia seguinte. Entre a terceira e quinta semana pode sentir que apertou a passagem e o paciente sentir dificuldade de digestão. Isso melhora logo.
Os resultados do APC têm sido promissores. Vários artigos científicos e estudos clínicos tem demonstrado resultados interessantes. Individualmente é difícil prever o que vai acontecer a título de resultados. Mas estatisticamente tem sido assim: 80% dos
pacientes perdem de 70 a 100% do peso reganhado, 10% não perdem peso ou perdem pouco peso e uns 10% perdem até mais do que reganhou. 90% dos pacientes necessitarão de 2 a 3 sessões para o fechamento ideal da anastomose. Uns
10% terão sucesso nesse objetivo já na primeira sessão. Isso depende bastante do diâmetro da anastomose. VALE LEMBRAR QUE O PLASMA DE ARGÔNIO NÃO É UM TRATAMENTO EMAGRECEDOR E SIM UM TRATAMENTO QUE BUSCA
UMA CORREÇÃO DA ANATOMIA CIRÚRGICA PARA QUE O EFEITO RESTRITIVO DA CIRURGIA BARIÁTRICA, possivelmente perdido com o passar do tempo, seja resgatado. O tratamento não deve ser julgado por cada sessão, e sim pelo tratamento
completo.
3. • Estenose da gastro entero anastomose
• Fulguração da anastomose gastrojejunal com argônio
Reganho de Peso
Cirurgião:
Escolha errada da técnica cirúrgica;
Preparo pré-operatório inadequado;
Procedimento cirúrgico com técnica inadequada.
Paciente ou cirurgião:
Anatomia cirúrgica “desfeita”: dilatação do pouch e/ou da anastomose gastrojejunal, fístulas gastro-
gástricas, perda da função do anel restritivo.
Paciente:
Má adesão pós-operatória;
Problemas hormonais, neurológicos;
Maus hábitos alimentares;
Transtornos de humor;
Sedentarismo;
Com o passar dos anos muitos dos pouches dilatam e alongam.
O intestino delgado também se “acomoda” através de hiperplasia e hipertrofia.
A síndrome de dumping é um freio aos hábitos de ingestão de carboidratos acaba se “resolvendo” com o
passar dos anos. Além disto as intolerâncias alimentares melhoram, o apetite retorna, o volume alimentar
aumenta e as pressões culturais e sociais permanecem.
A adesão do paciente no pós-operatório aos retornos com a equipe multidisciplinar é
fundamental.
INICIAÇÃO DA ATUAÇÃO PSICOLÓGICA EM OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA
Vídeo:
https://youtu.be/1EQHBfz-COg
4. Picatura gástrica
O método Apollo EndoSleeve com sutura OverStitch é uma nova tecnologia que permite, graças a ferramentas técnicas de última geração, reduzir o tamanho e limitar a capacidade do estômago via endoscopia,
ajudando o paciente a se sentir saciado mais cedo. Dessa forma, a quantidade de alimentos ingeridos é reduzida, reduzindo, consequentemente, a absorção de calorias.
É a opção cirúrgica mais segura e menos invasiva para o tratamento da obesidade, pois, por não fazer incisões externas, é um processo minimamente invasivo, reduzindo a dor pós-operatória e o risco de
infecção por não haver ferida operatória.
O procedimento é feito sob anestesia geral. Um endoscópio de duplo lúmen protegido pelo dispositivo introdutor que permanece na boca é introduzido pela boca. Com esse procedimento, a redução do volume e
da capacidade gástrica é realizada por meio de sutura em toda a grande curvatura do estômago (do antro ao fundo) por via endoscópica, causando efeito semelhante à gastrectomia tubular cirúrgica. O
procedimento dura entre 50 e 80 minutos e é necessária a aplicação de anestesia, pois é realizado no centro cirúrgico para maior segurança. No entanto, nenhuma incisão é feita, não é uma cirurgia.
Em nenhum momento é necessário fazer cortes ou incisões na parede abdominal, pois todo o procedimento é realizado dentro do estômago.
COMO É?
O método Apollo EndoSleeve é realizado por endoscopistas sob anestesia, com duração de aproximadamente 45-60 minutos. O paciente fica anestesiado, não sentindo desconforto ou dor em nenhum
momento. Uma vez realizada a intervenção, o paciente segue para a sala de despertar até se recuperar da anestesia.
Embora por ser uma técnica simples e de baixo risco também seja possível realizar manejo pós-cirúrgico ambulatorial sem a necessidade de admissão. No dia seguinte ele tem alta e após 24 horas, o paciente
pode levar uma vida praticamente normal.
QUANDO O PESO É PERDIDO?
A perda de peso começa na primeira semana, atingindo uma perda de peso média no primeiro mês de 8 quilos, com uma perda de peso média de 20 quilos após seis meses. Você pode perder até 54% do seu
excesso de peso. Ao diminuir o estômago, você sentirá menos fome e comerá menos.
QUE SINTOMAS Terei NAS PRIMEIRAS HORAS?
É normal que nas primeiras horas você possa sentir vômitos e desconforto abdominal. Seu estômago acaba de ficar menor e você vai sentir desconforto e até dor, mas uma dor que pode ser controlada
com analgesia. Este é o primeiro dia, aos poucos você vai se sentindo melhor. No segundo dia o desconforto será menor e diminuirá até desaparecer após 4-6 dias.
O QUE POSSO COMER APÓS A REDUÇÃO DO ESTÔMAGO?
Após a intervenção com o sistema Apollo, uma dieta líquida é iniciada por 1-2 semanas. Aqui pode saborear sopas, sumos, iogurtes desnatados e batidos comerciais enriquecidos com proteínas para obter um
equilíbrio proteico correcto. Após duas semanas, começa a ser testada a tolerância aos purês (podem ser frango, vegetais ou batata ...) e aos poucos vão sendo introduzidos alimentos de maior
consistência como peixe cozido, omelete francesa, peito de peru, queijo fresco ... mês de intervenção, o objetivo é normalizar a dieta, introduzindo refeições diárias e consistências como massa, salada, carne
ou peixe.
O QUE O SEGUIMENTO PRECISA SEGUIR O SEGUINTE?
Para atingir o máximo de eficiência e perda de peso, é muito importante o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para reeducar nos hábitos alimentares e no estilo de vida.
QUAIS VANTAGENS ISSO TEM?
•Redução da dor pós-operatória.
•Menor risco de infecção.
•Ausência de cicatrizes externas.
•Recuperação mais rápida e menor tempo de internação.
Como não há cicatrizes externas, ninguém saberá que você fez uma cirurgia e como na maioria das vezes em 24 horas você pode levar uma vida praticamente normal, não é necessário tirar licença médica.
5. Tipos de cirurgia – Apollo OverStitch
Endoscopic Sleeve Gastroplasty
INICIAÇÃO DA ATUAÇÃO PSICOLÓGICA EM OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA
Gastroplastia manga endoscópica é uma
intervenção perda de peso minimamente
invasiva, segura e de baixo custo.
A utilização de um endoscópio, um tubo
flexível com uma câmara de luz e a ela
ligada, manga endoscópica gastroplastia
reduz o tamanho do estômago através da
criação de uma manga através de um
conjunto de suturas
Perda de 54% do peso inicial.
Aprovado pela ANVISA
Video: https://youtu.be/OiBFQvJlsms
6. cirurgia bariátrica revisional
• A cirurgia bariátrica revisional é a revisão ‘’ou um ajuste’’ de um procedimento cirúrgico previamente realizado, através de procedimentos endoscópicos, laparotomia (cirurgia convencional –
aberta – por corte), laparoscopia (por vídeo pelos ‘’furinhos’’) ou robótica, devendo ser feita APÓS A REALIZAÇÃO DE EXAMES DE IMAGEM QUE POSSAM DEMONSTRAR ALTERAÇÕES
ANATÔMICAS QUE JUSTIFIQUEM O INSUCESSO DA PRIMEIRA CIRURGIA.
• É muito importante avaliarmos e identificarmos o porque ocorreu falha no primeiro procedimento, para agir em cima destes fatores e evitarmos novas falhas. Fatores comportamentais, compulsões,
hábitos, sedentarismo deverão ser todos corrigidos ANTES do procedimento cirúrgico revisional
• Controle da Obesidade: Perda de ao menos 20% do peso total nos primeiros 6 meses de pós operatório.
• Recidiva da Obesidade:
• Recuperar 50% do peso perdido ou 20% com a recidiva das doenças associadas a obesidade.
• Indicações da Cirurgia Bariátrica Revisional - Cada um dos procedimentos cirúrgicos revisionais deverá ser indicado após estudo detalhado do procedimento prévio.
• Reganho de peso ou refluxo pós Gastrectomia Vertical (Sleeve);
• Reganho de peso Recidiva de comorbidades após Banda Gástrica Ajustável;
• Diarreia crônica, reganho de peso, deficiência proteico e vitamínica após cirurgias mistas ou disabsortivas;
• Diarreia crônica, flatulência, distensão abdominal, reganho de peso Pós Cirurgia de Lazzarotto ou cirurgias disabsortivas.
• Reganho de peso pós Gastrectomia Vertical (Sleeve) existem basicamente 4 possibilidades cirúrgicas:
• Sleeve + Refluxo Gastroesofágico
• Conversão do Sleeve em um Bypass Gástrico em Y de Roux
• Sleeve + Reganho de Peso
• Conversão do Sleeve em um Bypass Gástrico em Y de Roux ou;
• Re-Sleeve (na ausência de sintomas do refluxo gastroesofágico e se houver presença do fundo gástrico) ou;
• Conversão de Sleeve em Duodenal Switch (desuso).
• Reganho de peso pós Bypass Gástrico em Y de Roux
• Revisão do Pouch Gástrico e Diâmetro da Gastrojejunoanastomose (Plasma de Argônio, Overswitch ou Laparoscopia) e contagem do tamanho da alça alimentar (em caso de Alça alimentar curta, existe a possibilidade do alongamento da mesma – “Distalização do Bypass”);
• Mal Hálito pós Bypass (Sd. Cabo de Guarda-chuvas – ressecção cirúrgica).
• Revisional Pós Banda Gástrica Ajustável
• Retirada da Banda e Conversão em Bypass gástrico em Y de Roux
• Revisional Scopinaro
• Conversão de Scopinaro para Bypass Gástrico em Y de Roux (com confecção de novo Pouch gástrico com Degastrectomia) e aumento do alça comum (Indicado para diarreia crônica, flatulência, reganho de peso, deficiência proteico-vitamínica ou correção de distúrbio hidroeletrolíticos).
• Revisional de Lazzarotto
• Conversão de Lazzarotto em Bypass ou Sleeve (a depender do sintoma/motivo).