A Revista da Tecnologia da Informação tem como proposta, levar aos seus leitores as notícias, os pleitos e os artigos que expressem o senso comum do setor de TI.
1. Jorge
CenciP Á G I N A 4
O começo de novo ciclo
econômico em Joinville
P Á G I N A 1 8
AGORA TECH
O Brasil precisa avançar
na transformação digital
Por VIRGÍLIO ALMEIDA
P Á G I N A 1 3
2.
3. 64 2
Uma publicação oficial do setor
de Tecnologia da Informação
CAPA - Jorge Cenci
O Brasil precisa avançar na transformação digital
A urgente necessidade da retomada do varejo pessoal
Ágora Tech Park - O começo de novo ciclo econômico em Joinville
As moedas digitais e sua segurança jurídica
Empresa global de Tecnologia da Informação lança Programa de Mentoria para jovens profissionais
Jorge Antonio Branco, da Assespro-RS, assume Conselho de Ciência e Tecnologia
Entenda o que é uma startup e conheça 4 dicas de como começar a testar um projeto
A inexistente Política de Informática no Brasil
Como reduzir riscos em contratos de tecnologia?
Assespro-PR estabelece cooperação com a Fundação Parque Tecnológico Itaipu - Brasil
Assespro cumpre agenda em Brasília para tratar de pautas do setor de TI
BlockChain na Industria 4.0
Smart City Expo Curitiba tem datas definidas para 2019
Grupo RHTI, da Assespro-RS, promove encontro sobre jogos no ambiente corporativo
Startups: um sonho possível
Prevenção contra cibercrimes é tema de audiência pública no Senado
Com realização da Assespro-RS, Receita de Bons Negócios recebe Ricardo Nizoli
Smart Grid, Smart City, IIoT - O que há por trás desses nomes?
Assespro-MG sedia importante evento de inovação e empreendedorismo em BH
Conexão SPED 2018: apresenta as novidades no sistema
TechD investirá R$ 18 milhões em P, D&I
ASSESPRO no TechEmerge Health Innovation Summit
Lei de proteção de dados Pessoais
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5. 5R N T I
Determinação e disposição para buscar o desconhecido, atravessar
fronteiras e superar limites. Foram essas qualidades que sempre nortearam o
gaúcho de Dois Lageados (RS), Jorge Cenci, 61 anos, radicado em Blumenau
(SC) há quase 30 anos. Ele poderia ser mais um agricultor de uma cidadezinha
com menos de 4 mil habitantes, na época, e não há nada de errado nisso.
Porém,omeninoqueiaparaaescoladepésdescalçoseouvianotícias,comoa
primeira vez que o homem pisou na Lua, da boca dos amiguinhos da escola ou
dos professores, pois não tinha energia elétrica e nem água encanada em
casa, sonhava com um futuro diferente. Tinha por parceiro nesses sonhos o
paiSeverinoCenci,87anos.
O pai poderia ter impedido os estudos do menino, visto que, na época, era
comum que o filho mais velho ajudasse os pais na roça para que os irmãos
maisnovosestudassem.SeuSeverino,homempoucoletrado,mascommuita
sabedoria para a vida, incentivou todos os 8 filhos a estudarem e buscarem o
caminho que os levassem a felicidade individual. Lição que Jorge aprendeu e
tambémdeuliberdadeparaoúnicofilho,Eduardo,de30anos,para fazeroque
gosta, sem o peso de ter que seguir o legado do pai, atuando na Senior
Sistemas, empresa da qual Jorge é acionista e acaba de completar 30 anos,
sendoumadasmaioresdetecnologiadoBrasilnoseusegmento.
6. 6
A modalidade de Ensino a Distância (EAD),
nemeramodaeJorgejáfaziaocursodoInstituto
Universal Brasileiro (IUB) por correspondência.
Assim aprendeu mecânica de automóveis, que
foi muito útil para conseguir seu primeiro
emprego na concessionária da Mercedez Benz,
de recepcionista, em Bento Gonçalves (RS). A
cidade fica a cerca de 60 quilômetros de Dois
Lajeados e, quando adolescente, Jorge foi morar
sozinho para concluir os estudos secundários e
trabalhar. Formou-se em contabilidade e em
administração, no ensino médio, sempre com
muita dedicação, visto que o dinheiro que
ganhava dava apenas para comer, pagar pensão
eescola.
Mas, quem tem um sonho, não enxerga
dificuldades nas adversidades, mas sim
oportunidades. Como não tinha dinheiro para
passear nos fins de semana, naquela época,
resolveu trabalhar aos sábados à tarde e
domingos como frentista em um posto de
combustível. “Assim eu tinha um dinheirinho e
também aproveitava o meu tempo livre fazendo
algoútil”,lembra.
Mesmo formando-se em duas profissões que
já garantiriam seu futuro com mais estabilidade,
Jorge tinha sede de aprender. Era uma época em
que as novidades em informática fervilhavam.
Estudos
‘‘ ‘‘
Muitas viagens de ônibus, de carro,
hotéis e comida barata para não
gastarmos demais quando íamos
prospectar mercado.
Foi um início difícil, mas tínhamos
fé que o nosso projeto daria certo.
Hoje, olhando para trás, vejo que
chegamos muito além do que
imaginávamos lá nos idos
da década de 90.
7. 7R N T I
Curioso, querendo saber como funcionava o tal
do mundo cibernético, resolveu fazer todos os
cursos que apareceram, Cobol, Basic, etc.
Apaixonou-se pelo mundo tecnológico e, na
empresa Fasolo, onde trabalhava no setor de
contabilidade, logo foi designado para implantar
a informatização de todos os setores. “Foi um
período de muito trabalho, noites em claro, fins
de semana em frente à tela do computador. Mas,
também de muito aprendizado. Essa experiência
foi fundamental para o próximo passo e mais
decisivo da minha vida: sair do Rio Grande do Sul
emetornarsóciodeumaempresaembrionária."
Jorge Cenci, Guido Heinzen e Nésio Gilberto
Roskowski tinham uma boa ideia, zero dinheiro e
muita disposição para o trabalho. Jorge cuidava
da parte comercial e chegou a decorar a rota do
ônibus da Catarinense que ia de Blumenau para
São Paulo. “Muitas viagens de ônibus, de carro,
hotéis e comida barata para não gastarmos
demais quando íamos prospectar mercado. Foi
um início difícil, mas tínhamos fé que o nosso
projeto daria certo. Hoje, olhando para trás, vejo
q u e c h e g a m o s m u i t o a l é m d o q u e
imaginávamos lá nos idos da década de 90”,
declara.
Jorge cuidou do comercial da Senior de 1990
até 2003, quando assumiu a presidência da
empresa e ficou até 2012. Nesta época, foi
formado o Conselho Administrativo e os três
acionistas passaram a fazer parte dele entre
outros 4 membros. Atualmente, a empresa conta
com uma gestão profissional. O empresário
lembra que os três sócios têm competências e
personalidades distintas. E foi isso que fez com
que a empresa desse certo, visto que eles
somaram competências. Tanto empenho levou
Jorge, em 2012, a ser eleito um dos 100
empresários líderes pelo Fórum de Líderes
Empresariais.
Sonhos foram feitos
para serem realizados
Depois de se tornar um empresário de
sucesso, Jorge poderia descansar um pouco,
visto que sempre trabalhou muito. Porém, esse
nunca foi o sonho dele. Ao longo dos anos, Jorge
acalentou o sonho de contribuir com a
comunidade de alguma maneira. “A vida me deu
tanto. Sempre pensei que um dia chegaria a hora
de devolver. Por isso, surgiu a ideia de participar
davidapolítica”,diz.
Com a empresa bem encaminhada e sem
8. 8
disponibilidade para pendurar as chuteiras,
Jorge resolveu buscar mais um desafio para a
sua vida: está como pré-candidato a deputado
federalpeloPSB.
Sem um passado político que o desabone e
sendo um dos integrantes do RenovaBR, projeto
criado para capacitar cidadãos para ingressarem
na política, Jorge acredita que poderá fazer a
diferença. O objetivo do programa é de preparar
pessoas que nunca ocuparam cargos públicos
eletivosparapossíveiscandidaturasadeputados
estaduais e federais. O RenovaBR trabalha com
três premissas básicas: democracia, ética e
vontadedeserviràsociedade.
Em 2013, Jorge teve uma curta experiência, de
dois anos, como secretário de desenvolvimento
econômico na Prefeitura de Blumenau. “Essa
experiência foi muito rica, pois serviu para que
eu entendesse como funciona o sistema público,
visto que passei toda minha vida no setor
privado. Aprendi muito e, por isso, quero
trabalhar pela comunidade”, enfatiza. Além
disso, também já esteve a frente da presidência
da Assespro, regional Santa Catarina, por quatro
anos,entre1999e2002.
Jorge sabe que todas as bandeiras são
importantes. Mas, como é do setor de tecnologia
econhecebemarealidadedosegmento,acredita
que possa fazer mais nessa área. Tanto que já
delineou um projeto que pretende apresentar
para as entidades de classe, independente de
vencer o pleito, com o objetivo de fomentar a
formação profissional para jovens que queiram
trabalhar com tecnologia. “É um dos segmentos
que mais cresce e tem possibilidade de oferecer
empregos. Em Santa Catarina temos diversas
vagas em aberto. Está faltando mão de obra
qualificada e acredito que investir em educação
é o caminho para reduzirmos a taxa de
desemprego”,explica.
‘‘
‘‘A vida me deu tanto. Sempre pensei
que um dia chegaria a hora de devolver.
Por isso, surgiu a ideia de participar
da vida política.
9. 9R N T I
em números
produção de programas de gestão empresarial,
de pessoas, relacionamentos, segurança e logística
ATIVIDADE:
1.300
COLABORADORES:
ENDEREÇOS:
sede em Blumenau, filiais em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo,
Pernambuco e mais de 100 distribuidores em todo o Brasil
FATURAMENTO EM 2017:
R$ 283,5 milhões
11% a mais do que no ano anterior
Em 2016 foi investido em capacitação R$ 1 milhão e,
em 2017, R$ 38 milhões em pesquisa,
desenvolvimento e inovação
11. Em 1969 poucas pessoas no planeta sabiam o
que era ou tinham visto um computador, mas
em uma cidade catarinense empresários de
indústrias tradicionais se reuniam para montar
uma empresa diferenciada, para prestar
serviços de processamento de dados para suas
organizações, utilizando um computador de
grande porte, menos potente que um smartpho-
ne atual, e muito mais caro que milhares desses
celulares.
Essa ideia inovadora era um dos embriões de
uma nova indústria que é chamada atualmente
de NTRICS - Novas Tecnologias da Informação,
da Comunicação e das Relações, não sem antes
passar pelas denominações de Processamento
de Dados, Informática, Tecnologia da
Informação e Tecnologia da Informação e
Comunicação.
Desde então, esta indústria, principalmente
de software, apesar de todos os desafios de se
consolidar e adquirir estabilidade num país
bastante instável, vem crescendo e os brasilei-
ros tem se mostrado competentes para se
manterem ativos num meio tão competitivo e
inovador.
Esta área muda rapidamente e as empresas
necessitam inovar sempre. Segundo dados da
Brasscom e IDC, estima-se que no Brasil entre
2018 e 2021 R$ 249,5 bi serão investidos em áreas
como Software, com 23% desse total, Hardware
com 18%, Serviços com 42% e conectividade com
17%. Internet das coisas deverá crescer 27% ao
ano, Big Data & Analytics 8%, Segurança da
Informação12%eInteligênciaArtificial39%.
‘‘ ‘‘
estima-se que no Brasil entre 2018 e 2021
R$ 249,5 bi serão investidos em áreas
como Software, com 23% desse total,
Hardware com 18%, Serviços com 42%
e conectividade com 17%. Internet das
coisas deverá crescer 27% ao ano,
Big Data & Analytics 8%, Segurança
da Informação 12% e Inteligência
Artificial 39%.
11R N T I
12. Onde as empresas de TI
enfrentarão o maior problema?
Paradoxalmente ao que temos no Brasil
atualmente, com certeza um dos grandes
gargalos será a formação de mão de obra
qualificada. Quando se fala em mão de obra, não
estamos falando apenas de novos profissionais
para as novas demandas, dos novos projetos e
da atualização constante dos produtos e
serviços existentes. Estamos falando também
de uma mão de obra existente que precisa ser
constantemente reciclada para estar apta para
as novas tecnologias como Inteligência
ArtificialeInternetdascoisas.
O Brasil precisa de políticas públicas e claras
para o setor de NTRICS. O crescimento desse
segmento esconde os problemas que são
enfrentados todos os dias por empresários e
profissionais. Os grandes países do mundo
estão se voltando para essa área e criando
condições propícias para que empresas se
desenvolvam em seus territórios, eliminando
quaisquer barreiras que possam significar
impedimentosparacrescimentosacelerados.
Essa área já demonstrou que pode gerar
milhares de empregos nos próximos anos e
todos de qualidade e com salários médios muito
bonssecomparadoscomoutrossetores.
A Associação para Promoção da Excelência
do Software Brasileiro (SOFTEX), no Caderno
Temático “Mercado de Trabalho e Formação de
Mão de Obra em TI”, prevê um déficit de cerca de
400 mil profissionais em 2022. Projeta ainda que
esse déficit de mão de obra qualificada
acarretará uma perda de valor nos negócios em
“Software e Serviços de TI” de R$ 140 bilhões
(valoracumuladoaté2022).
Essa é a realidade no setor das empresas que
se dedicam às Novas Tecnologias da
Informação, da Comunicação e das Relações.
Vagas abertas e dificuldade para preenchê-las,
mesmo com salários que na média são
superiores a outros setores e com condições
diferenciadasdetrabalho.
Vivemos uma era sem precedentes e a
criação de políticas públicas que facilitem a
geração dessa mão de obra necessária para que
o país entre e se mantenha na elite dos países
que desenvolvem competência nessas novas
áreas de conhecimento é fundamental para a
qualidade de vida de nossa gente. Por isso,
acredito que termos representantes do setor de
TI em todas as esferas públicas, sejam munici-
pal, estadual ou federal, é de suma importância
para a categoria. Com certeza, teremos mais
rapidez nas decisões que podem impactar, de
formapositiva,osetordeTI.
12
13. Virgilio Almeida é Professor Associado ao Berkman Klein Center
na Universidade de Harvard e foi secretário de política de informática
no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação de 2011-2015.
A transformação digital avança
aceleradamente pelo mundo globalizado,
onde países buscam mais eficiência,
produtividade e transparência para governos
e economia. Muitos países tem sido bem
sucedidos nessa transição, onde as
tecnologias digitais tornam serviços públicos
mais eficientes e empresas mais
competitivas, gerando mais produtividade
para a economia. Uma pergunta que interessa
de perto a nós brasileiros é: quais são as
estratégias adotadas por outros países para
avançarem na modernização digital? Quais
sãoseussegredos?
Um relatório publicado pelo Fórum
Econômico Mundial no final do ano passado
analisa as estratégicas adotadas por 17 países
para a construção de suas economias digitais,
cobrindo desde países pequenos países como
CIngapura, Suiça e Estônia, até economias
avançadas, como Alemanha, Reino Unido e
Japão. Ao analisar os casos desses vários
países, uma pergunta surge: Quais são as
receitas seguidas por esses países, que hoje
brilham com serviços públicos de qualidade,
menos burocracia, economias competitivas e
governoseficientes?
Antes de aprofundar nas condições
específicas desses outros países, cabe
ressaltar que a transição digital produz
melhores resultados quando ocorre em
países com ambientes de negócios atraentes
para empresas e adequados à inovação. Para
aproveitar ao máximo a transformação
13R N T I
14. digital, são necessárias estruturas
regulatórias adequadas, regras estáveis,
instituições ágeis e recursos humanos
qualificados.
A condição mais marcante encontrada
nos países que avançaram com sucesso na
transformação digital é a existência de
lideranças políticas comprometidas com o
processo de modernização do país. O
comprometimento político implica também
em compromissos de investimentos de
médio prazo por parte do governo. Outra
condição encontrada em vários países é a
existência de uma estratégia clara de
desenvolvimento digital, acompanhada de
uma estrutura de alto nível no governo para
sua coordenação. Em geral as estratégias de
desenvolvimento digital transcendem os
setores de tecnologia e englobam diferentes
setores da sociedade e da economia. No caso
da Alemanha por exemplo, parte da estratégia
digital tem o foco nas pequenas e médias
empresas através da agenda ``indústria 4.0’’.
Um terceiro ponto comum a quase todos
países é o desenvolvimento de parcerias
público-privadas, capazes de acelerar
resultados sócio econômicos positivos e
atacar problemas de infra-estrutura de acesso
a internet. Isso ocorreu não só em países em
desenvolvimento como Colômbia, Kênia e
Ruanda, mas também em economias
avançadas, como Cingapura, Reino Unido e
Japão.
Embora sejam países pequenos em termos
populacionais, Estônia e Cingapura são dois
exemplos notáveis. A Estônia começou a
implementar as tecnologias digitais no final
da década de 1990 na prestação de serviços
governamentais. Ao longo do tempo, o uso das
tecnologias digitais tornou-se um
diferenciador chave e um pilar central da
economia e da estratégia nacional da Estônia.
Um dos principais fatores de sucesso da
Estônia para acelerar os serviços
governamentais foi a adoção da concepção de
governo como uma plataforma comum para
toda a economia. Isso se traduz na adoção de
serviços seguros e dados compartilhados por
todos os setores nacionais, públicos e
privados. Outro exemplo que chama a atenção
é a identidade digital nacional, construída
através de um modelo de parceria com o setor
privado. A identidade, segura e autenticada, é
direito fundamental de todos os cidadãos da
Estônia. Os hospitais emitem certificados de
nascimento digitais antes que os recém-
nascidos cheguem em casa e seu seguro de
saúde começa automaticamente. Todos os
residentes da Estônia de 15 anos ou mais
possuem cartões de identificação eletrônica,
que são usados em serviços de saúde, bancos
e compras. Com a identificação digital
nacional da Estônia, os indivíduos podem
assinar contratos, criptografar e-mails e até
mesmo votar. Tudo isso leva a uma redução
drástica de burocracia e do custo do governo.
Por exemplo, a declaração de impostos
anuais pode ser preenchida em menos de
umahoraeopagamentodarestituição ocorre
dentro de 48 horas. A Estônia é hoje um dos
países mais avançados na transformação
digital.
14
15. Países com grandes populações também
buscam o desenvolvimento digital. No final de
2009, a Índia criou o Aadhaar, seu programa de
identificação, que fornece identidade única
para cada cidadão. O governo já emitiu
identidades para mais de 1,15 bilhão de
residentes na Índia. Aadhaar é um sistema
de identidade digital baseada em dados
biométricos. Com isso o governo, criou uma
infra-estrutura de identidade digital de modo
que o próprio governo e setor privado
transformem os serviços e benefícios
voltados para o cidadão e proporcionem
plataformas inovadoras para transações
digitais. A coordenação do programa foi
colocada no gabinete do Primeiro Ministro,
que lidera o processo de transformação digital
daíndia.
Investimentos em ciência e tecnologia
acompanham as estratégias de vários países,
como Kênia Costa Rica, Austrália, Reino
Unido e Alemanha. Israel tem uma estratégia
avançada e ambiciosa para a segurança do
ciberespaço e para seu aproveitamento
e c o n ô m i c o , a t r a v é s d a p e s q u i s a ,
desenvolvimento tecnológico e formação de
recursos humanos altamente capacitados.
Isso tanto atende as necessidades
operacionais de defesa de Israel, quanto cria
oportunidades para as empresas de
segurança do país. O Brasil, por sua vez, não
apresenta ainda o conjunto de condições
a p r o p r i a d a s p a r a u m a a c e l e r a d a
transformação digital. Mas precisa começar já
essa jornada. Governo e políticos podem
certamente olhar para as experiências bem
sucedidas de outros países, para formular
uma estratégica digital ambiciosa, realista e
duradoura, com foco nos serviços aos
cidadãos e na modernização da economia. É o
caminho necessário para o Brasil competir no
século21.
‘‘ ‘‘A condição mais marcante encontrada nos países
que avançaram com sucesso na transformação
digital é a existência de lideranças políticas
comprometidas com o processo de modernização
do país. O comprometimento político implica
também em compromissos de investimentos de
médio prazo por parte do governo. Outra condição
encontrada em vários países é a existência
de uma estratégia clara de desenvolvimento
digital, acompanhada de uma estrutura de
alto nível no governo para sua coordenação.
15R N T I
16. O varejo brasileiro tem vivido, nos últimos
anos, uma grave queda no consumo que levou
muitas lojas a reduzirem seus negócios ou até
mesmo a fecharem as portas. O ano de 2016,
auge da crise econômica, afetou diretamente
nas vendas do setor, com queda de 6,2% em
relaçãoaoanoanterior,segundoIBGE.
Em 2017, com a inflação mais baixa e a
injeção de dinheiro das contas inativas do
FGTS, o segmento ganhou uma sobrevida e
melhorou seus resultados. As vendas no
comércio varejista cresceram 2% na
comparaçãocomoanoanterior.
A motivação para mudar este incômodo
patamar, ao que tudo indica, existe. Estudo da
Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo e da FGV apontou um
crescimento do Índice de Confiança do
Empresário do Comércio de 3,3%. Mas, para
traduzir esta expectativa em bons resultados,
mudançasserãonecessárias.
É um grande desafio para os lojistas se
adaptar às novas tendências de consumo,
impulsionados, principalmente, pela internet
A urgente necessidade da
retomada do varejo pessoal
Gustavo Dias é Diretor de Varejo da Cigam
16
17. e pela mobilidade. Os estabelecimentos
precisam encontrar soluções a este novo
modelo de negócios baseados no conceito de
omnichannel, que demanda a presença das
companhias em todos canais possíveis de
interação com o público: tanto físico, quanto
virtual.
Uma tendência que tomou corpo é o
relacionamento/atendimento Human to
Human. Antes, esta relação era unilateral,
com a empresa comunicando apenas o que
era de seu interesse. Agora, ele precisa ser
bilateral, pois o consumidor ficou muito mais
criteriosoecomplexo.
A consultoria Gartner revela que nos
próximos cinco anos 37% dos CEOs de
grandes empresas entrevistados apontam a
gestão da experiência do cliente como o
principal investimento a ser feito para
alavancar os negócios. Mas dar este passo só
se torna possível com gestão. Sem ela, fica
muito difícil conhecer o cliente, saber o que
comprar, quando comprar e na quantidade
queatendaademandadeseupúblico.
É questão de sobrevivência resgatar essa
aproximação com o cliente. Sairá na frente
quem fizer as melhores ofertas e proporcionar
a melhor experiência de compra, e isso só será
possível com conhecimento analítico do
perfil do cliente, chamá-lo pelo nome, ofertar
produtos especiais, exclusivos, com
tamanhos e cores que ele goste. Serão estes
fatores decisivos para a retomada do
crescimentodovarejo.
‘‘ ‘‘
É questão de sobrevivência resgatar
essa aproximação com o cliente. Sairá
na frente quem fizer as melhores ofertas
e proporcionar a melhor experiência
de compra, e isso só será possível com
conhecimento analítico do perfil do
cliente, chamá-lo pelo nome, ofertar
produtos especiais, exclusivos, com
tamanhos e cores que ele goste.
17R N T I
19. O começo de novo ciclo
econômico em Joinville
Com uma matriz econômica com forte
predominância da manufatura, especialmente em
setores como o plástico e o metal-mecânico, Joinville,
uma das maiores economias do Sul, volta-se para o
planejamento e o desenvolvimento de novos eixos
econômicosorientadosparainovaçãoetecnologia.
É neste contexto que surge o Ágora Tech Park, um
Parque Tecnológico nascido de uma iniciativa do Perini
Business Park, maior parque empresarial multissetorial
daAméricadoSul,edoJoin.Valle.
O Ágora Tech Park será instalado em uma área de
140 mil m² dentro do Perini Business Park. Nesta área, já
estão instalados o campus norte da UFSC e uma das
empresas de software, que nasceu como startup, e hoje
destaca-se nacionalmente por seu crescimento
acelerado,aContaAzul.
19R N T I
20. Da concepção à gestão, passando pela
definição das necessidades básicas e do
projeto urbanístico e arquitetônico, todas as
fases incluem processos colaborativos. O
hackathon foi a primeira etapa e reuniu 110
participantes entre empresários, professores,
profissionais de inovação, arquitetos e
estudantes com o objetivo de contribuir
coletivamente para a base do programa de
necessidades do Ágora Tech Park e de seu
primeiroedifício.
Na sequência, foi realizado o concurso, que
recebeu 87 projetos de profissionais de 15
Estados do país e estes foram avaliados por
uma comissão de jurados que contou com três
renomados arquitetos: Gustavo Cedroni,
Mario Biselli e Roberto Loeb, além de Marcelo
Hack (Presidente do Perini Business Park) e
Emerson Edel (Diretor de Operações do Perini)
e Danilo Conti (Secretário de Planejamento
Urbano e Desenvolvimento Sustentável de
Joinville).
O arquiteto Marcus Vinicius Damon é o
responsável técnico do Estúdio Módulo de
Arquitetura, de São Paulo (SP), autor da
proposta vencedora para o masterplan do
Ágora Tech Park e de seu primeiro prédio. Ele
recebeu R$ 70 mil como prêmio e R$ 330 mil
em contrato para a execução dos projetos
executivos.
‘‘ ‘‘
O Ágora Tech Park é uma iniciativa
concreta que mostra que a cidade já está
caminhando para ser competitiva no
futuro. Com a implantação do Parque
Tecnológico, Joinville marca seu
ingresso em um ecossistema pautado
em inovação e voltado para as
tendências da nova economia
pontua Danilo Conti, Secretário de Planejamento Urbano
e Desenvolvimento Sustentável de Joinville.
20
21. Marcus Vinícius Damon, concebeu o
prédio inicial paraser notado por quemcircula
pelo parque, acolher o visitante e proporcionar
aos trabalhadores um ambiente moderno e
interativo, que é tendência nos espaços
voltados à inovação e à tecnologia. A
sustentabilidade incluiu desde a integração
com a mata, passando por uma construção
limpa e pelo uso de elementos que reduzem o
consumodeenergia.
Os diferenciais e a estrutura do Perini
Business Park integrarão os ambientes e
proporcionarão ao empreendimento um
espaço único e colaborativo. “Identifiquei no
Ágora Tech Park duas palavras muito
importantes para o sucesso deste
empreendimento voltado à inovação:
Sinergia e Serendipity (alguma coisa no acaso
fez com que algo bom acontecesse). Por mais
digital que seja, a inovação acontece no
mundo físico, no ambiente real, e precisa de
gente esbarrando em gente”, argumenta
Romero Rodrigues, Sócio da Redpoint
Ventures e Co-Fundador do Buscapé, que
participou do evento de premiação do
Concurso de Projetos do Ágora Tech Park e
q u e a c o m p a n h a d e p e r t o e s t e
empreendimento.
Marcus Vinicius Damon
21R N T I
22. O Ágora Tech Park
O Parque Tecnológico abrigará empreendi-
mentos dos mais variados: incubadoras,
startups, aceleradoras, empresas de tecnologia,
coworkings, laboratórios, centros de pesquisa,
fablabs, extensões de ensino e pesquisa,
softhouses, hardware buildings e outras
atividadesrelacionadasàtecnologia.
Ele também contará com estrutura
destinada à realização de eventos sobre
tecnologia e espaços para integração,
networking e relacionamento de todos os
atores do ecossistema de inovação e
tecnologia. Os espaços abertos e as salas em
conceito flexível permitirão integração entre os
atores e fomentarão o ecossistema de inovação
etecnologia.
Para Vinícius Roveda, CEO da Conta Azul, o
empreendimento trará ganhos potenciais para
a cidade. “O Agora Tech Park vai ser um divisor
de águas para o futuro de Joinville, ao permitir
que todos os componentes fundamentais para
a inovação sejam potencializados. Estamos
muito felizes de estar próximos disto, no Perini
Business Park, e queremos contribuir com este
processo.”
JáparaCátiaReginaSilvadeCarvalhoPinto,
Diretora do Centro Tecnológico da UFSC em
Joinville, “O Ágora Tech Park surge em um
momento muito apropriado, de retomada do
crescimento econômico e de uma nova
perspectiva na colaboração público-privada
para a inovação. A publicação do novo Marco
Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação
(Decreto 9.283, de 07/02/2018) amplia o escopo e
aumenta a segurança jurídica neste tipo de
parceria.”
22
23. O mediador Danilo Conti, o empreendedor Romero Britto e os arquitetos Roberto Loeb, Mario Biselli e Gustavo Cedroni
Perville inicia as obras
no 2º semestre de 2018
A construção do Ágora Tech Park será
realizada pela Perville Engenharia e as obras
iniciam no segundo semestre de 2018. A data
da inauguração do primeiro prédio está
agendadapara28/03/2019.
A Perville já realizou projetos construtivos
industriais e comerciais para mais de 180
clientes, em diversos segmentos de mercado,
entre os quais o Perini Business Park, com
mais de 300 mil m2 de área construída; a 30ª
unidade do BMW Group no mundo, em
Araquari (SC), com aproximadamente 120 mil
m2 de área construída (obra que obteve
r e c o n h e c i m e n t o s n a c i o n a i s e
internacionais); a sede do Corpo de Bombeiros
Voluntários de Joinville e o Campus Norte
Catarinense da Universidade Federal de
SantaCatarina.
23R N T I
24. As moedas
digitais e sua
segurança jurídica
Antonio Carlos da Relva Caldeira, sócio da Pactum Consultoria Empresarial
Muito se tem comentado e escrito acerca das moedas digitais, particularmente das Bitcoins, uma
dasmaisconhecidas,masnãoaúnica,moedadigital,seusvalores,perspectivase,atémesmoestaser,
possivelmente,a“moedadofuturo”.
A moeda virtual foi criada em 2008 pelo programador Satoshi Nakamoto e conceituá-la é algo
complexo, pois é uma tecnologia que envolve criptografia e internet. Antes de sua invenção, as
transações financeiras virtuais necessitavam de um terceiro agente para ocorrerem. Geralmente,
instituições financeiras (bancos) que registram essas negociações, evitando que a mesma operação
ocorraduasvezes.
A tecnologia da moeda digital é tão inovadora que não precisa desse terceiro agente, uma vez que
todas as transações que ocorrem na economia digital são registradas em uma espécie de livro-razão,
24
25. mais conhecido como blockchain, que são correntes de blocos, ou simplesmente um registro público
de transações. Nada mais é do que um grande banco de dados público, contendo o histórico de todas
astransaçõesrealizadas.
Assim, o grande diferencial desta moeda incide justamente na ausência de uma autoridade
centralnageraçãonasuaemissãoenagarantiadeprivacidadedurantetransaçõesfinanceiras.
Todavia, antes de definir juridicamente a moeda digital é necessário ressaltar que ela é um bem
corpóreo utilizado como meio de troca para adquirir um determinado bem, ou seja, é um instrumento
que serve como forma de pagamento. Mas nem sempre foi assim no decorrer da história.
Principalmente na antiguidade, as transações financeiras eram realizadas na forma de trocas diretas.
Todavia, ao longo do processo comercial e de trocas, algumas mercadorias, por serem duráveis, fáceis
de transportar e, principalmente, aceitas em quase todas as trocas, transformaram-se na moeda da
época.
Sobreveio, mais tardiamente, o processo de cunhagem, onde os metais preciosos passaram a ser
empregados como moedas. Ademais, chegamos ao estágio recente da utilização do papel-moeda. Por
último,temosoaspectomaismodernodesteprocesso,quesãooscartõesmagnéticos.
A moeda eletrônica está prevista na Lei 12.865, de 2013. Consiste nos “recursos armazenados em
dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento”,
comodispôsoartigo6º,itemVIdareferidalei.
Contudo, não se confunde com moeda virtual, pois esta possui denominação própria e unidade
diversa e, acima de tudo, não é um sistema eletrônico de armazenamento da moeda corrente
nacional(nocasooReal).
25R N T I
26. Cabe salientar que a emissão de moedas virtuais não têm qualquer vínculo com uma autoridade
governamental. Ou seja, as entidades emissoras destas moedas não são reguladas pela autoridade
monetáriadopaís.Osprópriosusuáriosdestesativoséquegarantemasuacredibilidade.
Em termos jurídicos, a moeda digital é um bem móvel incorpóreo que é utilizado na troca de bens e
serviços. Não deve ser considerado como um título de crédito eletrônico, pois não possui os seus
requisitos de criação e circulação (arts. 887 a 926CC/2002). Muito menos como moeda, pois a moeda,
emcadajurisdição,édefinidaporforçadelei,sendodeprerrogativaexclusivadaUnião.
A moeda digital compreende, em boa medida, uma relação contratual, já que os contratos são
fontesdeobrigações,emqueaspartesousãocredorasoudevedoras,umasemfacedasoutras.
Trata-se de um contrato bilateral, no qual ambas as partes possuem direitos e obrigações,
prevalecendo o interesse no resultado do negócio acordado, independentemente da pessoa que irá
realizá-lo.
Na prática, a moeda digital, no ordenamento jurídico brasileiro, não é considerada uma moeda e,
mediante as características supracitadas, deve ser enquadrada na disciplina contratual da troca ou
permuta.
Ante todo o exposto, a moeda digital ou virtual é uma tecnologia inovadora que já está
apresentando diversas benfeitorias à sociedade, principalmente quanto às transferências de ativos
semautilizaçãodeumterceiro.
Não obstante, toda novidade causa desconfiança e incerteza, em especial no âmbito jurídico. A
moeda digital, que no mundo fático é considerada uma moeda virtual, no entanto, não se emoldura
como moeda dentro da concepção jurídica. Assim, se não é uma
moeda, fica a dúvida em relação à segurança jurídica dos negócios
efetuados que, portanto, deve presentemente ser enquadrada nos
institutos jurídicos já existentes ante a ausência de regulamentação
específica.
Assim, deve ser tratada sob o prisma dos contratos, das trocas e
permutas, como elemento de valor definido por regras de mercado
(oferta, procura, escassez, perspectivas e expectativas), mas, em
termos futuros, é ainda imprevisível afirmar que ela não venha a ser
regulada internacionalmente e não possa vir a adquirir um papel de
moedainternacionale/ouaplicávelacertastransações.
De qualquer forma, como tantas inovações que mudaram o planeta
easociedade,trata-sedeumfenômenoaseracompanhado.
26
27.
28. Empresa global de Tecnologia da
Informação lança Programa de
Mentoria para jovens profissionais
Iniciativa de liderança e compartilhamento de aprendizado da empresa
CINQ Technologies tem objetivo de trazer suporte e incentivar talentos
Iniciar uma carreira no mercado de TI pode
ser uma tarefa bastante desafiadora, afinal,
existem diversos caminhos a serem seguidos, e
em meio a tantas oportunidades, encontrar
suporte na carreira pode ser essencial,
principalmente para quem está começando. Ao
mesmo tempo, desenvolver capacidades de
liderança e novos aprendizados em
colaboradores, pode transformar a cultura de
umaempresa.
O CINQ Tech Mentors surgiu com o intuito
de dar apoio, tanto técnico, quanto
28
29. comportamental para jovens profissionais, e
também proporcionar oportunidades de novos
aprendizados aos colaboradores. A CINQ
formou sua primeira turma de mentores e
mentorados, após um mês inteiro de
treinamentos,atividadesemuitoestudo.
Para dar início ao programa, os
colaboradores interessados se inscreveram
para receber as capacitações de mentoria, onde
eles puderam compreender melhor como
passar o conhecimento que possuem para os
novos colaboradores. Enquanto isso, os novos
profissionais participaram de um CINQ Tech
Bootcamp, como forma de preparação para
receberemamentoria.
"Há 1 mês de concluir a faculdade e recém-
contratado na CINQ, o Programa Mentors
expandiu os horizontes que busco para minha
carreira. Neste início, é comum nos sentirmos
inseguros e com medo de enfrentar o
desconhecido. Por meio do Mentors, agora sigo
confiante para iniciar minha carreira e sei que
posso contar com um mentor que já passou
pelo mesmo caminho que estou hoje.
Considero a CINQ como uma "mãe", que me
acolheu e cuida do meu desenvolvimento dia-
a-dia, através dos programas e, principalmente,
da forma como valoriza o lado humano de seus
funcionários. É uma honra fazer parte deste
time!" (Wesley Maffazzolli, Estagiário de
Sistemas internos e mentorado do programa
CINQTech).
Por fim, realizamos o Meeting Day, onde
mentores e mentorados se reuniram para
descobrir as características e interesses em
comum. Nessa semana, houve o match entre
os profissionais com base no PDI (plano de
desenvolvimento individual) dos mentorados e
expertises técnicas e comportamentais dos
mentores, sendo que os encontros entre
mentores e mentorados passam a acontecer a
partir destasemana. O CINQ Tech Mentors terá
a duração de um ano, com conversas,
planejamentoseaconselhamentos.
De acordo com Eduardo Labre Cirino Silva,
Analista de Sistemas e Mentor da CINQ: "Minha
visão pessoal sobre o CINQ TECH Mentors é
muito positiva, pois sua condução não
caracteriza apenas uma ação fria da área de
Gestão de Pessoas, mas busca imprimir a
personalidade da CINQ no DNA dos novos
profissionais. A alta adesão voluntária de
mentores, não apenas surpreendeu e chamou a
atenção dos Coordenadores do Programa, mas
identificou perfis de colaboradores que querem
contribuir mais com a empresa, por meio do
compartilhamento do bem mais valioso de
cadaprofissional,suaexperiência.Comoganho
pessoal, o programa não apenas me capacitou
com técnicas de mentoria, mas também me fez
refletir sobre minha própria carreira,
mantendo-me motivado a crescer e me
desenvolver continuamente. Por fim, entendi
que meu papel como mentor é ser um
provocador. Ao atravessar uma rua, vou olhar
paratrásedizerparameumentorado:
Vem?Seeuconsegui,vocêtambémconsegue!”.
As capacitações dos colaboradores
aconteceram em parceria com uma
consultoria externa em gestão de pessoas, e
consistiu na identificação e desenvolvimento
de soft skills que auxiliarão no desenvolvi-
mentodoprogramadementoria.
29R N T I
30. Jorge Antonio Branco,
da Assespro-RS, assume
Conselho de Ciência
e Tecnologia
O ex-presidente da Assespro-RS Jorge
Antonio Branco tomou posse como novo
presidente do Comcet (Conselho Municipal de
Ciência, Tecnologia e Inovação de Porto
Alegre) para o biênio 2017-2020. Cargo já
ocupadoporEduardoPeres,sóciodaDBServer.
Segundo o gestor, as diretrizes definidas na
última conferência municipal realizada pelo
Comcet orientam a implantação de políticas
públicas municipais pela geração de novos
negócios. "Vamos em busca de novos
i n v e s t i m e n t o s q u e i m p a c t e m n o
desenvolvimento econômico e social de nossa
cidade”,afirmouBranco.
Os principais desafios, de acordo com o
novo presidente, é a regulamentação da lei de
inovação de Porto Alegre e a atração de
recursos financeiros para a implementação de
políticas para C&Ti. “Além disso, vamos propor
políticas de atração e fixação de empresas de
base tecnológica e pelo desenvolvimento do
empreendedorismo, com a formação de
clusters entre o poder público municipal,
academiaeainiciativaprivada.”
O Comcet foi criado em 1996 e tem como
atribuições formular, propor, avaliar e fiscalizar
ações e políticas públicas de desenvolvimento
técnico-científico, a partir de iniciativas
governamentais ou em parceria com agentes
privados. Compete aos integrantes do
conselho contribuir na política científica e
tecnológica a ser implementada pela
administração municipal, sugerir políticas de
captação e alocação de recursos e fiscalizar e
avaliarocorretousodessesrecursos.
O COMCET
30
31. Entenda o que é uma startup
e conheça 4 dicas de como
começar a testar
um projeto
Startup significa começar algo. É
quando uma empresa, no início de
suas atividades, explora e testa
produtos e soluções inovadoras no
mercado.
Isso pode ser feito em qualquer área
de atuação, mas o modelo de negócios
deve ser escalável, ou seja, o produto ou
a solução deve atender a um grande
número de clientes. Um bom exemplo
de negócio escalável é o Facebook, que
com uma única plataforma atinge
todos os usuários do planeta. Outro
exemplo, esse nacional, é a Easy Taxi,
que permite que com um aplicativo
diversas pessoas solicitem um táxi
pelocelular.
A ideia é testar a solução com o
mínimo de recursos possível, assim
você tem a certeza de que ela
realmente é viável e que terá um
público fiel antes de começar os
investimentos mais pesados em
Presleyson Lima
Diretor executivo da
Prolinx e vice-presidente
de Qualidade, Planejamento
e Controle da
Assespro-MG
31R N T I
32. marketing,propagandaevendas.
Além disso, apesar do sucesso de algumas
startups, o empreendedor que quiser testar um
novo modelo de negócios deve sempre
considerar que ele pode não ser rentável e,
portanto, em algum momento talvez ele tenha
que ser abortado para dar espaço a um novo
modelo. Vamos falar mais sobre isso nesse
artigo.
Mas, você já sabe tudo sobre startup? Sabe
quando as primeiras começaram a atuar? Sabe
quais são as nossas referências dentro desse
modelo?
Popularizado em 1990, o termo “startup” teve
início quando empreendedores com ideias
inovadoras e promissoras, principalmente
relacionadas à tecnologia, começaram a
encontrar oportunidades de financiamento
dos seus projetos, muito sustentáveis e
lucrativos.
Foi nesse período que grandes startups
estavam começando a surgir no Vale do Silício,
região da Califórnia famosa por agregar
empresas promissoras de tecnologia. Além do
já mencionado Facebook, o Google, a Apple e a
Microsofttambémestãonessalista.
Todas essas empresas eram apenas
startups com ideias inovadoras, que foram
testadas, muito bem recebidas pelo público e
que, hoje, se tornaram as grandes corporações
conhecidasportodosnós.
A seguir te daremos 4 dicas do que precisa
ser feito para testar sua ideia dentro do modelo
destartup.Quersabermais?Entãoconfira!
1 - Coloque sua ideia em prática
Teve a ideia? Então “mão na massa”! Isso
significa que se você realmente entende que
sua ideia é inovadora, ao invés de perder tempo
pensandosobreela,comeceatestá-la.
Teste com amigos e colegas próximos e
busque indicações de pessoas e empresas que
eventualmente precisem da sua solução. Não
cobre nada, apenas peça que testem a
ferramenta ou produto para você entender se a
ideiaérealmenteescalável.
Em seguida, solicite os feedbacks a essas
pessoas. Quanto mais feedbacks, mais você
entenderá se o seu negócio é rentável e mais
você conseguirá fazer as reformulações e os
ajustes necessários para que ele atenda as
necessidadesdaspessoas.
32
33. 3 - Tenha uma ideia simples, mas eficaz
Uma solução extremamente complexa
provavelmente precisará de muito dinheiro
para ser executada. Pense simples, mas de
formaestratégica.
Considere que sua solução deve resolver os
problemas das pessoas, ou seja, ela deve levar
comodidade, conforto, agilidade e facilidade
aos consumidores. Isso é o suficiente para que
elasejapromissora.
Quanto mais simples, menos despesas, e é
esse o conceito da startup: utilizar o mínimo de
recursospossívelparatestarsuasolução.
4 - Confronte sua ideia e seja aberto aos feedbacks
Lembre-se que você está apenas testando a
solução, que pode dar muito certo e ser muito
bemaceita,oupodeserrejeitada.
Procure sempre confrontar e evite ter apego
a essa ideia. Seja totalmente imparcial e neutro
quando começar a pegar os feedbacks. São eles
que vão mostrar se vale ou não a pena colocar a
solução em prática. Se não for, ótimo, assim
vocêpodepensaremalgomuitomelhor.
Os feedbacks são muito valiosos porque te
darão a base para você avançar com a ideia ou
fazer todas as reformulações para que ela se
adequeaopúblico.
Afinal, se ela não for rentável, você não terá
sucesso e talvez tenha que reajustá-la ou até
mudar totalmente o foco para realmente ter
resultados. Para isso, você deve ser um
empreendedorabertoeflexívelàsmudanças.
2 - Procure inovar
O conceito de uma startup é a inovação, é
testar uma ideia e solução diferentes de
qualqueroutra.
Pegar uma ideia que já existe no mercado e
criar apenas uma nova empresa dessa solução
não requer testes porque o modelo já é
utilizado.
Você pode sim ter uma solução que já existe
e se é isso que quer, vá em frente, mas nesse
casovocênãoteriaumastartup.
33R N T I
34. A inexistente Política
de Informática no Brasil
A sanção da Lei nº 13.674/2018 com as
alterações na Lei de Informática (8.248/1991)
consolida a inexistência de uma Política de
Informática, já que o objetivo visa somente
agilizar o processo de fiscalização das
contrapartidas em pesquisa e desenvolvimen-
to pelas empresas que fazem uso dos
benefíciosfiscaisdefinidosnonovotexto.
A Lei visou atender as queixas da União
Europeia e do Japão apresentadas em meados
de 2012, a Organização Mundial do Comércio
(OMC), e comunicadas formalmente ao Brasil
em novembro de 2016, considerando que os
incentivos fiscais concedidos aos setores de
informática e telecomunicações seriam
indevidos.
É um fato que este benefício desde 1991,
viabilizou a criação de um parque industrial
com mais de 900 empresas, que geram mais de
100 mil empregos diretos e faturamento em
torno de 10 bilhões de dólares. Estima-se que
essas empresas invistam anualmente 500
m i l h õ e s d e d ó l a r e s e m P e s q u i s a ,
DesenvolvimentoeInovação.
Porém essas mesmas companhias
importam a maioria de seus componentes,
Benito Paret - Presidente do Sindicato das Empresas de Informática – TI RIO
34
35. tornando elevado o déficit da balança de
pagamentos, que, atinge cifras de cerca de
US$35 bilhões, quadro que só tem se agravado,
tornando contraditória a decisão da OMC, visto
que, apesar dos incentivos, a indústria
favoreceu os países produtores, restando à
indústria brasileira apenas o papel de
montadora dos equipamentos na sua fase
final.
Existiu um consenso durante os debates da
Medida Provisória nº 810, de 2017, ora
transformada em Lei, sobre a necessidade de o
governo alterar a legislação para que a Lei do
Hardware passe a ser de fato da Informática,
visto que apenas 10% do faturamento em
função do incentivo, estão relacionados a
softwareseserviços.
É óbvio que o incentivo precisava ser
mantido, pela sua importância estratégica,
mas também era necessário que fosse revisto e
atualizado, acompanhando o que de novo
acontece no mundo, com o crescimento do
software como serviço, conjugando-se
hardware, software e telecomunicações, com a
demanda de todas as aplicações nos diversos
setores da vida econômica e social do País, o
que vem configurando uma presença muito
tímida do setor de tanta importância estratégi-
caparaonossofuturo.
Édelamentarqueafaltadesensibilidadede
nossas autoridades e legisladores não tenham
se apercebido da oportunidade que perdemos,
atendendo apenas pressões da OMC, em
detrimento da criação de uma verdadeira Lei
de Informática. Esperamos que no próximo
ano possamos recuperar esta oportunidade,
‘‘ ‘‘É de lamentar que a falta de
sensibilidade de nossas autoridades
e legisladores não tenham se apercebido
da oportunidade que perdemos,
atendendo apenas pressões da OMC,
em detrimento da criação de uma
verdadeira Lei de Informática.
35R N T I
36. Como reduzir riscos em
contratos de tecnologia?
Os contratos são documentos fundamenta-
is no cotidiano de qualquer empresa. Porém,
existem aquelas menos precavidas, que
utilizam minutas padronizadas ou mesmo
retiradasdealgumsitedaInternet.
Neste contexto, é indispensável adotar um
procedimento eficiente de gestão contratual,
que pode ser entendido como o conjunto de
medidas e controles que visam à administra-
ção correta e eficaz das variáveis envolvidas
na contratação, desde a proposta negocial,
passando pela redação de cláusulas, até a
execução, acompanhamento e entrega do
trabalho.
Repare que a gestão contratual está
intimamente ligada à “administração de
variáveis”. Estas “variáveis” representam
imprevisões dentro de um contrato, que geram
automaticamente um risco, que poderá
resultaremdanoeconômico.
Nos contratos envolvendo TI, os riscos
estão normalmente associados ao desempe-
nho dos serviços, indisponibilidade de sistema,
migração de dados, violação de segurança da
informação, propriedade intelectual, entre
outros. Ora, a função de um (bom) contrato é
justamente reduzir estes riscos, de modo a
preservararelaçãoentreaspartes.
Mas, como blindar as minutas contratuais?
Para responder a este questionamento,
indicamosabaixoalgumasdicas.Vejamos:
Frederico Felix Gomes - Mestre em Direito Empresarial pela
Faculdade de Direito Milton Campos (MG). Master of Laws
(LL.M) em Propriedade Intelectual pela Santa Clara University
(Califórnia/EUA). Pós-graduado em Direito e Tecnologia da
Informação pela FGV. Bacharel em Direito pela Faculdade
Milton Campos. Sócio do escritório Rocha Félix Advogados.
36
37. 34
Muito cuidado com as propostas, pois seus termos obrigam o proponente!
Não ignore os “Considerandos”, pois seu conteúdo demonstra
a intenção das partes ao realizar um negócio jurídico;
Defina de forma clara o objeto da contratação;
Detalhe as atividades e responsabilidades, de modo a evitar discussões
sobre quem deve fazer o quê e em qual momento;
Amarre o pagamento à entrega do produto (parcial ou total) ou, às atividades executadas;
Coloque por escrito o cronograma das atividades a serem desempenhadas,
principalmente quando envolve a implantação de módulos em sistemas ERP;
Deixe combinado quem será responsável por eventual migração
de dados, e quais os custos e prazos envolvidos na operação;
Amarre o Contrato à Política de Segurança da Informação da empresa;
Trate das cláusulas que versem sobre Propriedade Intelectual
com muito cuidado, sobretudo em relação à sua titularidade;
Fique atento em relação às cláusulas abusivas, tais como aquelas que preveem
isenção total de responsabilidade, pois podem ser invalidades em juízo;
Além disso, nos chamados Contratos “SaaS”
(Software as a Service) devemos nos preocupar
com determinadas situações, como o tempo de
disponibilidade da plataforma, situações de
interrupção, acesso a áreas de Webmastering,
alémdaproteçãodedadosdeterceiros.
Adotando-se tais medidas, é possível
mitigar riscos e preservar a relação com
clientes ou fornecedores. Porém, caso tal
relação torne-se insustentável, é sempre
possível ingressar com medidas judiciais
visando a mitigação de eventuais prejuízos
econômicos ou recuperação de receitas
perdidas.
Concluindo, atitudes meramente reativas
podem causar grandes prejuízos patrimoniais.
Contar com uma assessoria jurídica especiali-
zada no segmento de tecnologia é fundamen-
tal para empresas que desejem evitar riscos
desnecessários.
37R N T I
38. Assespro-PR estabelece
cooperação com a Fundação
Parque Tecnológico Itaipu - Brasil
Será anunciado nesta sexta-feira (13/04) em
Cascavel (PR) o Convênio de Cooperação
Técnica, um projeto desenvolvido pela
Assespro-PR em conjunto com a Fundação
Parque Tecnológico Itaipu - Brasil (PTI). O
objetivo da parceria é executar projetos
técnicos e intercâmbio de conhecimentos em
assuntosdediferentesnaturezas.
As ações estabelecidas no acordo terão
vigência pelo período de 5 anos, são elas:
Intercâmbio de conhecimentos, experiências e
informações técnico-científicas; desenvolvi-
mento de cursos, programas, projetos e
eventos de interesse comum no campo da
pesquisa, da inovação e da tecnologia;
intercâmbio de técnicos e membros perten-
centes às instituições para atuarem nas
atividades acordadas e o uso conjunto de salas
de reuniões, auditórios e laboratórios de ambas
asinstituições.
38
39. É de fato, uma oportunidade de executarmos
ações que criam riqueza, renda e conhecimento
para as regiões envolvidas, principalmente
atuando nos eixos de água, solo e energias
renováveis. Criando assim, as condições
favoráveis para que o estado do Paraná,
através da governança estadual de TIC,
possa realmente ser referência em
TIC da América Latina até 2035.
Segundo o gerente de TI e comunicação do
PTI, Carlos Araujo, o programa tem grande
importância para o progresso do setor de
tecnologia da informação no Paraná. “É de fato,
uma oportunidade de executarmos ações que
criam riqueza, renda e conhecimento para as
regiões envolvidas, principalmente atuando
nos eixos de água, solo e energias renováveis.
Criando assim, as condições favoráveis para
que o estado do Paraná, através da governança
estadualdeTIC,possarealmenteserreferência
emTICdaAméricaLatinaaté2035”,relata.
A Assespro-PR já possui uma forte parceria
com o PTI, por meio da organização do Paraná
TIC, um evento que oferece conferências
internacionais, grupos de trabalho, oportunida-
des de relacionamento, hackathon temático e
rodadas de negócios internacionais. O novo
convênio foi consolidado para atender as
necessidades dos empresários associados
com o intuito de conectar o mercado com a
áreacientíficaetecnológica.
De acordo com o Diretor Presidente da
Assespro, Adriano Krzyuy, o projeto foi
pensado nos empresários, para que possam
fechar negócios e estejam mais competitivos
no mercado global. “Este programa reafirma a
grandiosidade da nossa parceria com o PTI e
agora com a formalização deste termo de
cooperaçãonósqueremosavançar,paraqueos
nossos empresários tenham essas ofertas e
continuem trabalhando em seus negócios em
conjunto com o PTI que possui grande
destaquenacionaleinternacional”,comenta.
Vale ressaltar que a execução dos progra-
mas e projetos conjuntos se dará após a
elaboração e aprovação, pelos participantes, de
projetos específicos, que serão formalizados
atravésdeinstrumentojurídico,acompanhado
dePlanodeTrabalho.
‘‘ ‘‘
39R N T I
41. A regional gaúcha da Assespro (Associa-
ção das Empresas Brasileiras de Tecnologia
da Informação) esteve em Brasília partici-
pando da reunião do Conselho de
Administração, reunindo-se com represen-
tantesdetodasasregionaisdaFederação.
Inicialmente, ocorreu uma agenda no
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, onde foram tratados
encaminhamentos sobre projetos que
envolvemosetordetecnologianopaís.
Na parte da tarde, houve visita ao
Congresso e SENADO, onde os membros do
Conselho de Administração da Federação
foram recebidos pelos deputados João
Henrique Caldas (PSB/AL), Thiago Peixoto
(PSD/GO), Izalci Lucas (PSDB/DF), João
Arruda (MDB/PR), Augusto Coutinho (SD/PE),
Laércio Oliveira (SD/SE), Orlando Silva
(PCdoB/SP), Celso Pansera (PT/RJ), Pedro
Vilela (PSDB/AL) e Sandro Alex (PSD/PR);
pelos senadores Ricardo Ferraço (PSDB/ES),
Airton Sandoval (PMDB/SP) e Ana Amélia
(PP/RS); e pelo Diretor do Departamento de
Tecnologias Inovadoras Secretaria de
Inovação e Novos Negócios do Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços, José
HenriqueMenezes.
Nesta quarta, pela manhã, ocorreu
reunião do Conselho de administração e, à
tardereuniãonoSERPRO.
Desoneração da folha
Para a Assespro, a política de Contribuição
Patronal sobre a Receita Bruta foi um marco
estruturante para o setor de TI, ao passo em
que promoveu um ciclo de aumento da
competitividade, impulsionando as exporta-
ções de software e serviços, elevando a
formalização de empregos, gerando postos
de trabalho e fazendo crescer a arrecadação
doIRPF,doFGTSedecontribuiçõessociais.
Somente no período de vigência original
da medida, entre 2010 e 2014, o setor contra-
tou 76 mil profissionais altamente especiali-
zados e formalizou vínculos trabalhistas com
outros milhares de profissionais, atingindo
um total de 874 mil trabalhadores. “A
introdução de mudanças nesse sistema,
como proposto pelo Poder Executivo, afetará
a segurança jurídica das operações do setor e
acarretará enormes prejuízos para as nossas
empresas”, cita ofício entregue pela Assespro
aosparlamentares.
Confira abaixo as questões levantadas pela Assespro durante a agenda.
41R N T I
42. Bloqueio de apps
Na visão da Assespro, o desenvolvimento
do setor de TI no Brasil passa pela proteção da
propriedade intelectual, dos direitos e
privacidade dos usuários e pelo estabeleci-
mento de maior segurança e estabilidade
jurídica para o desenvolvimento de suas
atividadesnopaís.
Por isso, a entidade é contrária à proibição
ou suspensão temporária de atividades de
provedores de acesso à internet ou de
aplicativos como forma de sanção por seus
claros prejuízos ao exercício das atividades
econômicas das empresas, bem como para os
milhões de brasileiros que utilizam os meios
A Assespro defende que o país deve seguir pelo
caminho da criação de medidas mais aderentes
ao desenvolvimento da Era do Conhecimento,
evitando decisões que afetem o real ingresso do
país no ecossistema mundial de TI.
‘‘ ‘‘
Licitações
Na ocasião, a Assespro propôs ajustes à
Lei das Licitações. “A constante segmenta-
ção e especialização da atividade econômica,
ao passo que promove eficiência na presta-
ção de serviços ou fornecimento de bens,
revela a necessidade de constituir procedi-
mentos específicos setoriais para as
aquisições do poder público, para atingir a
execução eficaz dos compromissos assumi-
dos junto à sociedade. Na mesma medida, a
evolução social, motivada sobretudo pelo
avanço da tecnologia pelo acesso à informa-
ção, torna latente a necessidade de instituir
mecanismos que garantam a preservação
dos princípios da transparência e das boas
práticasdegestão.”
Para a entidade, é determinante que sejam
revistos na lei pontos como a ampliação dos
limites para compras por dispensa de
licitação, a formalização do Cadastro Reserva
como dispositivo obrigatório nos Registros
de Preço, a pré-qualificação técnica perma-
nente e a prorrogação dos contratos de TI, de
carátercontinuado,poratédezanos.
42
43. Dados Pessoais
Uma parte significativa dos serviços
disponibilizados por meio da TI requer,
legitimamente, a identificação das pessoas, o
que leva à existência de bases de dados
contendo informações pessoais. Dentre estes
dados, segundo a associação, é preciso
distinguir entre o que é informação pessoal,
que deve ser de conhecimento público, e os
dados sensíveis, que precisam ser tratados
comoconfidenciais.
“A utilização dos dados públicos deve ser
livre a qualquer pessoa física ou jurídica. Já os
dados sensíveis devem ser coletados e
compartilhados apenas com o consentimento
específico para cada uma dessas ações.
Aqueles dados cujo compartilhamento não
seja autorizado devem continuar nas bases de
dados, adequadamente identificado, ao invés
de ser destruído, o que abriria a possibilidade
de serem reincluídos posteriormente, sem a
devidaidentificaçãodeproteção.”
Para a entidade, a proteção dos dados
pessoais em poder das empresas e do Estado
deve seguir exatamente as mesmas regras
para proteção dos dados. “Apenas na questão
da coleta de dados o Estado tem o poder de, por
meio de leis, tornar obrigatório o fornecimento
de informações sensíveis como, por exemplo,
declaraçõesdeimpostos.”
A Assespro entende que a interconexão
entre bancos de dados, em particular,
largamente usada pelo Estado, também deve
continuar disponível para empresas de
qualquer porte ou setor de atividade econômi-
ca, respeitadas as regras acima, por exemplo,
para a concessão de crédito na venda de
produtosaclientes.
Apenas na questão da coleta de dados
o Estado tem o poder de, por meio de leis,
tornar obrigatório o fornecimento de
informações sensíveis como,
por exemplo, declarações de impostos.
‘‘ ‘‘
43R N T I
44. Regulamentação das profissões
O desenvolvimento de softwares e
aplicações é um processo complexo no qual a
contribuição de profissionais com diversas
formações e experiências é capaz de produzir
produtos melhores e mais completos para a
sociedade. Conforme a Assespro, o rápido
crescimento do setor de TI no Brasil não foi
acompanhado pelo desenvolvimento de mão
de obra especializada na mesma proporção,
contribuindo para um grande déficit de
trabalhadoresparaosetor.
Nesse sentido, a associação trabalha em
projetos para a capacitação de novos
trabalhadores para o setor – que tem uma
média salarial duas vezes maior do que a
média das demais profissões – e defende a
liberdade de contratação de seus profissiona-
is, mantendo sua competitividade com
melhores produtos e serviços e se posicionan-
do contra a regulamentação das profissões de
Software livre
A Assespro é favorável ao desenvolvimen-
to, à distribuição e ao uso de sistemas abertos
(software livre) como mais uma opção
disponível no mercado. Todavia, é contrária à
criação de preferências ou incentivos a esse
mercado.
“Tal modelo de produção não gera
inovação relevante, demanda mais mão de
obra, remunera menos o conjunto da cadeia
produtiva e não é autossustentável. Além
disso, tem os mesmos níveis de segurança que
os softwares proprietários – à despeito do que
alegam seus defensores. Por isso, entendemos
que seria mais vantajoso fomentar a proteção
da propriedade intelectual e o estímulo a
padrões competitivos de mercado, de fácil
replicação e de maior penetração, gerando
maior riqueza e conhecimento, criando
grandes cadeias de produção com potencial
deexportação.”
Por isso, a entidade acredita que o governo
deve continuar a trilhar o caminho de
valorização do software nacional por meio da
política do CERTICS (Certificado de
Tecnologia e Inovação no Brasil), gerenciada
peloMDIC.
44
45. BlockChain na Industria 4.0:
O Futuro Conectado de Ponta a Ponta,
Rastreabilidade e Processos Automatizados.
Você está familiarizado com os termos do
título desse texto? Blockchain, Industria 4.0?
Aos que sabem que me perdoem, mas uma
boa parcela da população não está acostuma-
da a essa sopa de letrinhas com termos
técnicos.
O objetivo é explicar de forma didática e
desmistificar os entendimentos, para isso,
abaixo tem um infográfico que explica bem
sobreaIndustria4.0
45R N T I
46. Industria 4.0, é um conceito que foi criado
pelos alemães e utilizado a primeira vez em
2012, através de um Projeto Estratégico do
governo alemão voltado a inovação tecnológi-
ca.
Uma marca presente na Industria 4.0 é a
descentralização do controle dos processos
produtivos, e um aumento exponencial de
dispositivos inteligentes integrados em toda a
cadeia produtiva até a entrega ao cliente ou
consumidor, ou seja, impacta o ecossistema
completodosStakeholders.
A base tecnológica para a 4ª revolução
industrial são as tecnologias emergentes
como:
IoT (Internet of Things) Internet das coisas
– Conexão através de dispositivos gerando
trafego de dados com redes interconectadas,
possibilitandocoletasdados.
Big Data – Com a facilidade de coletar uma
quantidade de dados muito grande, há
necessidade de ferramentas estruturadas para
minerar os registros e extrair informações que
serão um diferencial competitivo para
Industria4.0
Bom, com esse pequeno pano de fundo
ficará um pouco mais fácil explicar sobre o
Blockchain e sua utilidade. Um dos grandes
desafios das industrias em geral, é a rastreabi-
lidadedeseusprodutos.
Cada dia mais há necessidade de se ter
informações precisas sobre produtos, sua
origem, dados do fabricante, de validade,
características de um determinado produto.
Ou seja, quanto melhor for o processo de
rastreabilidade, mais confiável será seu
histórico por consequência, melhor será a
satisfaçãodetodososstakeholders.
Seja para empresa se resguardar de
possíveis problemas, ou para oferecer um
diferencial a seus clientes, com produtos
customizados como é o caso da DELL ou a
Tesla com seus carros, alterando a forma como
asempresastradicionaisfazemnegócios.
Blockchain, foi criada em 2008, seu autor
com pseudônimo Satoshi Nakamoto, porém,
ninguém sabe ao certo quem ele é. A
tecnologia do Blockchain é um protocolo
(meio de comunicação) P2P (peer-to-peer,
ponto a ponto). Tecnicamente é o mesmo
conceito utilizado para baixar filmes ou
música o torrent, mas, é voltado grande parte
para Criptomoedas, o que acaba gerando
vários burburinhos e teorias da conspiração
econômica.
Principal característica do Blockchain é
sua rastreabilidade, garantindo sua autentici-
dade e a imutabilidade das informações, é uma
tecnologia que tem o objetivo de fazer um
registro transacional de movimentação de
registros, entre entidades, segue o mesmo
conceitodelivrorazão.
Sua tecnologia é muito mais que moedas
virtuais, elas são apenas a ponta do iceberg.
Blockchain foi projetado para distribuir as
informações e assinar digitalmente, saindo do
46
47. ponto “A até chegar ao ponto “Z” todos
receberão um bloco das informações chamado
de hash, se qualquer hacker tentar alterar o
hash terá que fazer isso em todos os pontos
distribuídosaoredordomundo.
Isso é praticamente impossível, até hoje
não houve uma quebra do Blockchain, o que
aconteceu foram fraudes em corretoras,
servidores hackeados mas nunca na
tecnologia.
Há muitas aplicações da tecnologia
Blockchain, basicamente o setor financeiro foi
o percussor da utilização, mas hoje em dia há
muitos outros setores que estão se benefician-
do com ela. Recentemente a BRF e o Carrefour
se uniram com a IBM no projeto “For Training”
para rastrear seus produtos e informar de
forma simples e objetiva aos consumidores,
utilizandooBlockchain.
Em um blockchain de produtos a responsa-
bilidade pelas informações é distribuída, pois
cada parte assinará digitalmente o que
acrescentar ao histórico e todos têm uma
cópia desse histórico, o que traz mais
resiliência à solução, pois não há um ponto
únicodefalha.
Um exemplo da utilização do Blockchain
empresas registram dados de um produto em
um mesmo blockchain: uma fábrica pode
registrar dados de projeto e produção, uma
empresa de logística pode registrar dados de
transporte e armazenamento, clientes podem
registrar dados de utilização, empresa de
manutenção podem registrar dados das
atividades de suporte (corretivas e preventi-
vas) e, por fim, empresas de descarte e
reciclagem podem registrar o destino final de
umproduto.
BlockChain na Cadeia de Suprimentos e Logística
A DHL em parceria com a consultoria líder
no mercado de tecnologia a Accenuture,
publicaram dados iniciais referentes a um
protótipo desenvolvido por elas que faz o
rastreamento de produtos farmacêuticos
desde seu ponto de origem até o consumidor, o
queimpedeadulteraçõeseerros.
Segundo esse relatório da DHL informa que:
“ O Blockchain é um novo tipo de sistema de
base de dados que mantém, registra e
autentica dados e transações. Na cadeia de
suprimentos, produtos recebem identificado-
res únicos que permitem que todo seu
histórico seja coletado enquanto o produto se
movimenta da origem para o consumidor. Os
envolvidos validam as informações em tempo
real e caso alguém tente adulterar, alterar ou
apagar um registro, todos saberão. ” Com
relação a indústria farmacêutica, mais do que
reduzir custos estamos falando de salvar
47R N T I
48. Com registro único, permanente,
permitirá à indústria alcançar níveis
de segurança ainda maiores
A tecnologia de Blockchain tem se
mostrado uma promessa para melhorar a
confiabilidade e a eficiência da cadeia de
suprimento em todas as indústrias. Segundo a
IDC (International Data Corporation) “Em 2021,
espera-se que os gastos anuais alcancem US$
9,7bilhões”comtecnologiadeBlockchain.
Com base nessas informações, as empresas
precisam cada vez mais ter seus processos
muitos bem desenhados e estar com foco em
melhoria continua, Lean Manufacturing
aliados as tendencias na área de tecnologia.
Onde, as ações podem reduzir custos,
desperdícios e aumentar a produtividade. A
cultura Lean, deve ser disseminada dentro da
organização e estar alinhada as estratégias da
empresa.
As ações ficarão mais transparentes, a
visualização de como as informações
transitam por cada processo dentro da
empresa e onde estará impactando. Podemos
até falar em “Contratos Inteligentes” (“smart
contract”) que facilitará o desempenho dos
serviços das empresas contratadas, por
exemplososterceirizados.
A tecnologia anda a passos largos e vem
trazendo mudanças grandiosas e tirando da
zona de conforto. A visão holística do negócio
levando em consideração o cenário onde a
empresa está inserida, se faz necessário ter
compromisso com a gestão sustentável,
compromisso com a melhoria continua e
aliado a tecnologia de blockchain, mostrará
para o mercado que a empresa trabalha de
forma clara transmitindo confiança aos
investidoreseseusclientes.
Como podemos ver sua utilização se aplica
aos mais variados segmentos de mercado,
trazendo benefícios diretos como rastreabili-
dade e redução de custos com intermediários,
processos automatizados. Não há dúvidas
quanto sua utilização, aqueles que souberem
aproveitar as oportunidades que as novas
tecnologias têm entregue, serão os próximos a
estarem no topo da lista de saber utilizar a
inovaçãoaseufavor.
Leila de Oliveira Duarte
Administradora, MBA em Gerenciamento de Projetos, Especialista Lean Six Sigma, Auditora 5S Lean Office
Henrique Guedes
Consultor TI - Líder SAP Supply Chain e CEO da empresa InoveIT
48
49. Smart City Expo Curitiba
tem datas definidas
para 2019
A empresa curitibana iCities e a FIRA
Barcelona – consórcio espanhol organizador
do Smart City Expo World Congress –
confirmaram as datas para a segunda edição
do Smart City Expo Curitiba, edição brasileira
do maior evento sobre cidades inteligentes do
mundo. O evento será realizado nos dias 21 e
22 de março de 2019 no Expo Renault Barigui,
emCuritiba.
O evento tem o apoio da Prefeitura
A segunda edição brasileira do maior evento sobre cidades inteligentes
do mundo será realizada nos dias 21 e 22 de março
50. Municipal de Curitiba, responsável pela Smart
Plaza Vale do Pinhão, considerada o coração
da área de exposição do evento. O espaço é
destinado a propagar o ecossistema de
inovação por meio da demonstração de
soluções e ações integradas de startups,
aceleradoras, empresas e órgãos da Prefeitura
que trazem melhorias para a qualidade de
vidadapopulação.
Durante o 73° Encontro da Frente Nacional
dos Prefeitos, realizado entre 6 e 8 de maio, o
prefeito de Curitiba, Rafael Greca, anunciou
que a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) será
parceira governamental para a edição do ano
quevem.
A primeira edição do evento foi realizada
nos dias 28 de fevereiro e 1º de março desse
ano. Em dois dias cerca de 5,5 mil pessoas
participaram da exposição e do congresso.
Representando 25 países, estiveram no evento
84 palestrantes nacionais e internacionais e
mais de 50 prefeitos de cidades de toda a
AméricaLatina.
A primeira edição do Smart City Expo
Curitiba foi avaliada pela FIRA Barcelona
como um dos melhores eventos já realizados
pelo mundo e mereceu sessão de homenagem
da Câmara Municipal de Curitiba, com votos
de congratulações e aplausos para os
organizadores. Ao falar na tribuna da Câmara,
o diretor e um dos fundadores do iCities André
Telles disse que o evento colocou Curitiba no
centro das discussões internacionais sobre
cidades inteligentes e a realização da segunda
edição vai se desdobrar em projetos
inovadores que melhorem a vida dos
cidadãos.
Para tanto, a empresa iCities vem
mantendo um diálogo aberto com os
representantes do poder público e parlamen-
tares para viabilizar projetos e desenvolver
soluções que tragam impactos positivos para
50
51. Grupo RHTI, da Assespro-RS,
promove encontro sobre jogos
no ambiente corporativo
Na prestigiada série Billions, em cartaz na
Netflix, candidatos a um importante cargo são
recebidos com uma caixa de papelão
desmontada. A tarefa é simples: montar a
caixa e chamar o recrutador ao terminar.
Muitos são rejeitados, até que um deles mata a
charada: as partes da caixa são incompatíveis,
não podem ser montadas. O que os recrutado-
res esperavam era que os candidatos
soubessem identificar a impossibilidade ou,
com humil-dade, reconhecer que não
conseguiamrealizaratarefa.
51R N T I
52. Novas formas de recrutamento surgem
todos os dias no mundo de RH. Mais do que
isso, a inovação invade as empresas com o
desafio de manter os colaboradores engajados
uns aos outros e ao propósito do trabalho. Foi
por isso que, no último dia 17 de abril, o Grupo
RHTI, da Assespro-RS, discutiu a cultura dos
jogos no ambiente corporativo, tanto como
ferramenta de recrutamento quanto artifício
para estimular a colaboração, o engajamento e
a sintonia de equipes. O case apresentado foi o
dadesenvolvedoradesoftwareDBServer.
Para explicar como os jogos são utilizados
na cultura organizacional da empresa,
participaram do evento Ana Hermann,
desenvolvedora Java e .Net, Bruna Descovi, do
time de RH, e Mariana Moura, responsável
pela Área de Atração e Seleção na empresa.
Segundo elas, na DBServer os jogos são
utilizados para seleção, integração de novos
colaboradores, formação de equipes, inclusão
dePCDs,treinamentoselazer.
A ferramenta é bastante usada para
integrar as pessoas e alinhar todos ao
propósito da empresa. “Como a DBServer
possui mais de 500 colaboradores, com os
jogos conseguimos, por exemplo, gerar a
integração de pessoas que sequer se conhe-
cem”, explicou Ana. Os jogos também são
utilizados para criar um ambiente mais
amigável e de diálogo aberto durante
retrospectivas, quando o time envolvido em
um projeto se reúne para avaliar um determi-
nadoprojetoecomentarseuserroseacertos.
Em um dos casos, adaptamos um jogo
para um deficiente auditivo criando uma
regra na qual todos deveriam se comunicar
apenas por gestos. Além da inclusão,
conseguimos fazer com que mais
pessoas participassem, já que,
com o silêncio, aqueles momentos
ficaram mais organizados.
‘‘ ‘‘
52
53. Ana desenvolve seus próprios jogos, como
o BDD Warriors, utilizado na empresa para
ajudar equipes a fixar conceitos de BDD
(Behavior Driven Development), uma técnica
de desenvolvimento ágil. Além disso, a
DBServer faz adaptações de jogos consagra-
dos em prol de maior inclusão, como para
deficientes auditivos e visuais. “Em um dos
casos, adaptamos um jogo para um deficiente
auditivo criando uma regra na qual todos
deveriam se comunicar apenas por gestos.
Além da inclusão, conseguimos fazer com que
mais pessoas participassem, já que, com o
silêncio, aqueles momentos ficaram mais
organizados”,contouAna.
Com os jogos, de acordo com as palestran-
tes, as pessoas começam a pensar fora da
caixa, desenvolvem empatia e se tornam
mais criativas em seus projetos. Não se trata,
segundo elas, de ter um ambiente de trabalho
“descolado”, mas de utilizar os jogos com um
propósito, que é o de fixar valores e habilida-
des na cultura organizacional da empresa. No
caso do recrutamento, é uma ferramenta que
auxilia na hora de buscar mindsets muito
específicosnoscandidatos.
Exercício
Entre os jogos, Bruna destacou o Hanabi,
um game cooperativo no qual os jogadores
precisam criar sequências de 1 a 5 com cartas
de várias cores. Cada jogador, porém, não pode
saber o que tem na mão e deve se basear nas
informações passadas pelos outros jogadores,
que são informadas de maneira bastante
restrita. Nos times, a dinâmica gera engaja-
mento, empatia e colaboração. Durante o
encontro, as profissionais promoveram uma
rodadaentreosparticipantes.
O grupo
Os encontros do Grupo RHTI acontecem
nas terças-feiras de cada mês, das 8h30min às
11h30min, no auditório da Assespro-RS, e têm
como objetivo a troca de experiências, o
aprimoramento das políticas de gestão de
pessoas e o estudo conjunto de novas
estratégias para retenção e atração de talentos
com foco exclusivo no mercado de tecnologia
dainformação.
53R N T I
54. Startups:
um sonho possível
Marcos de Lacerda Pessoa é mestre, Ph.D. e pós-doutor em Engenharia,
autor do livro Sementeira de Inovação, editor e coautor do livro Pinceladas
de Inovação, Superintendente de Inovação da Copel, diretor do Centro de
Letras do Paraná e atua no Cento de Inovação futuri9.com.
Quem visita negócios tecnológicos
emergentes no Vale do Silício, impressiona-se
com o enorme trabalho realizado após alguém
ter sonhado em colocar um novo produto ou
serviçonomercado.
Impressiona-se com o maior intervalo de
tempo que as empresas nascentes levam para
ir ao mercado; com os extensivos testes de
mercado realizados; com as elevadas somas
de dinheiro aportadas nesses empreendi-
mentos, e com a extraordinária atividade
intelectual gerada, muitas vezes em contínua
interação com universidades renomadas e
institutosdepesquisaconsolidados.
Aqui, no Brasil, a perplexidade é constatar,
muitas vezes, exatamente o oposto: alguém
surge com uma ideia; no mercado, testa-a mal;
não busca avaliar o estado da arte do produto
ou serviço a ser comercializado; requer ajuda
financeira para desenvolver e comercializar,
esperando fazê-lo no mais curto espaço de
tempo possível; e encontra dificuldade em
54
55. interagir com universidades e institutos de
pesquisa, praticamente não gerando novos
conhecimentos.
É certo que temos boas iniciativas no
desenvolvimento de startups, mas ainda
notamosumgrandeamadorismonessaárea.
Inovação tem a ver com mercado, sendo o
insightapenasumapequenafasedoprocesso,
e não é tarefa trivial colocar, no mercado, um
produto ou serviço que traga valor para quem
vai utilizá-lo, devido ao ineditismo apresenta-
do. Aplicando o que disse Thomas Alva Edison
sobre o gênio, trata-se de 1% de inspiração e
99%detranspiração.
Boas iniciativas, entretanto, estão surgin-
do no país, como os Centros de Inovação,
dotados de capacidade para dar suporte de
gestão às startups a fim de tornar uma nova
ideia aceita no mercado. Eles proveem aos
novos empreendedores auxílio para interagi-
rem com universidades e institutos de
pesquisa; ofertam serviços de advocacia
especializada em novos negócios, planeja-
mento financeiro e de marketing on-line e off-
line, meios para captação de recursos, estudos
de mercado, produção de cenários, contabili-
dade, coaching pessoal e profissional,
diretrizes de comercialização, se não a
própria. Essas iniciativas profissionalizam o
processo de inovação e aumentam significa-
tivamente a possibilidade de sucesso para os
novosempreendimentos.
É somente por meio da profissionalização
que conseguiremos constituir mais startups
bem-sucedidas. É com profissionalismo e
muito trabalho competente que geraremos
novos empregos e renda, a partir das empre-
sasemergentesdebasetecnológica.
É somente por meio da profissionalização
que conseguiremos constituir mais startups
bem-sucedidas. É com profissionalismo e muito
trabalho competente que geraremos novos
empregos e renda, a partir das empresas
emergentes de base tecnológica.
‘‘ ‘‘
55R N T I
56. Prevenção contra
cibercrimes é tema
de audiência
pública no Senado
Objetivo do evento foi discutir
soluções conjuntas para combater
a ação de cibercriminosos
56
57. Cerca de 100 milhões de ciberataques já
ocorreram somente este ano no Brasil e, até
dezembro, a estimativa é de que esse número
chegue a 246 milhões, um aumento de 30% na
comparação com 2017. Esses são alguns
dados do Relatório da Segurança Digital no
Brasil da PSafe que foram apresentados
nesta quarta-feira (13) durante a audiência
pública sobre crimes cibernéticos. Realizado
pela Comissão de Educação, Cultura e
Esporte, o evento teve como objetivo discutir
como é possível contribuir para que a
sociedade esteja munida o suficiente para
identificar e se proteger de cibercriminosos e
notíciasfalsas.
Durante a audiência, o senador Cristovam
Buarque, que foi o autor do requerimento para
realizá-la e a presidiu, revelou sua preocupa-
ção com o período das eleições deste ano
como um momento propício para o aumento
de ataques cibernéticos. Segundo ele, "nós
temos não só na campanha o risco das
manipulações, as fake news, mas até mesmo
suspeitas de que os resultados podem ser
manipulados". Sua apreensão sobre a as fake
news vai ao encontro do dado mencionado
pelo diretor do dfndr lab, Emílio Simoni, um
dos especialistas participantes, de que 97%
das pessoas repassam notícias falsas sem
checarseoconteúdoéverdadeiroounão.
Em sua apresentação, Simoni comentou
também sobre a forma ingênua como o
brasileiro lida com seus dados pessoais na
internet. "O brasileiro ainda não tem
consciência de que a exposição de dados é
perigosa. Frequentemente, muitas pessoas
disponibilizam nas redes sociais uma série
de informações pessoais que podem ser
utilizadas para roubo de identidade, um
crime que tem sido cada vez mais comum no
país. Outro ponto importante é que os
hackers brasileiros têm uma questão
contextual muito forte, se aproveitando de
momentos, promoções reais e assuntos em
alta no mercado para criarem os ataques, o
que torna a questão do cibercrime ainda mais
complexanoBrasil",comentouSimoni.
A delegada de Repressão aos Crimes
Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito
Federal, Cristhiane França, ressaltou que
todos estão sujeitos a serem vítimas de
crimes cometidos pela internet, ainda que
sejam bastante familiarizados com o
ambiente virtual. "Temos muitos casos de
pessoas que chegam na delegacia, que têm
conhecimento, utilizam objetos de alta
tecnologia e , no entanto, acabam clicando
em alguns links suspeitos, simplesmente
porque a vida é corrida. Às vezes, de modo
açodado e descuidado, elas acertam aqueles
links, porque não têm um cuidado especial,
não fazem uma análise minimamente
crítica",afirmouChristiane.
Além dos especialistas citados, estiveram
presentes na mesa o professor e pesquisador
Paulo Rená, o presidente da SaferNet, Thiago
Tavares, o conselheiro da Delegação da União
Europeia no Brasil, Carlos Oliveira, e o vice-
presidente da Comissão Especial de
InovaçãodaOAB/DF,FabríciodaMotaAlves.
57R N T I
58. Com realização da Assespro-RS,
Receita de Bons Negócios
recebe Ricardo Nizoli
A Assespro-RS promoveu no dia 12 de abril
mais uma edição do encontro Receita de Bons
Negócios. Em cada evento, o jantar é prepara-
do e organizado pelos diretores da associação,
que para a ocasião tornam-se chefes de
cozinha, contribuindo com o clima amistoso e
abertoàprospecçãodenegócios.
Nessa edição o convidado especial foi o IT
Manager STIHL Ferramentas Motorizadas
Ricardo Nizoli Roberto Nascimento. “Foi a
segunda vez que participei do evento, e
novamente foi um prazer poder reencontrar
algumas empresas e conhecer novas
atuantes de nosso mercado. O formato do
Receita de Bons Negócios é muito agradável,
com um ambiente descontraído, e espero
poder ter contribuído e atendido às expectati-
vasdosparticipantes”,declarouNascimento.
O Receita de Bons Negócios ocorre desde
2016 e proporciona relacionamento e aprendi-
zado entre seus participantes. Os encontros
envolvem debates sobre o mercado de TI
realizados empresas clientes e fornecedores.
Já participaram empresas como RBS, Grupo
Zaffari,Gerdau,GrupoRandoneSicredi.
58
59.
60. 58
Smart Grid, Smart City, IIoT
O que há por trás desses nomes?
Desde 2007, o termo Smart Grid previu a
promessa de uma rede elétrica flexível,
resiliente, performática segura, permitindo a
exploração de recursos de rede em tempo real,
demodoaotimizaraprodutividade.
Caracterizado pela implantação de muitos
milhares de dispositivos de controle, sensores e
medidores interativos e inteligentes, o Smart
Grid pretendia não apenas garantir a interação
correta entre todos estes elementos, mas
também proporcionar a melhora expressiva da
rede em termos de eficiência, confiabilidade e
liberdade para o cliente final controlar suas
condiçõesdeconsumo.
Entreasprincipaisaplicaçõesdeautomação
dadistribuiçãoegeraçãoderecursosdeenergia
distribuída, este modelo podia proporcionar o
armazenamento inteligente de energia e
oferecer resposta em tempo real às oscilações
da demanda. Tudo isto e mais o gerenciamento
de demanda pelo lado do cliente, a partir da
conversação bidirecional entre os dispositivos
na rede e dispositivos de consumo também
inteligentesnabordadousuário.
Além de colocar o cliente "no controle" de
seu próprio uso da energia, este estratagema
garante uma distribuição flexível altamente
automatizada, encorajando a liberação ou a
contenção do consumo de acordo com as
circunstânciasdacargasobreainfraestrutura.
Temos aí, portanto, a visão de uma via
bidirecional automatizada, eficiente e
autorrecuperável de energia e comunicações
interconectadas. Tudo isto sugerindo um
mundo quase utópico de produção e distribui-
çãodeenergiaaltamenteconfiáveleeficiente.
Mark Madden
Diretor da Linha de Negócios de Infraestrutura Crítica da RAD
60
61. Mas a que ponto está a
Transformação Digital de Tudo?
.Passado este longo tempo desde que se
começou a falar de Smart Grid, a discussão se
torna mais abrangente e estamos agora em
aquecidas discussões sobre as Cidades
Inteligentes (Smart Cities), os Transportes
Inteligentes, e sabe-se lá mais o que "digital" ou
"smart".
Contudo, já em 2012, percebemos que não
podíamos mais nomear tudo o que tinha a ver
com controles / sensores / computação
distribuídoscomoelementos"inteligentes".
Assim, para conseguir uma terminologia
mais precisa, a comunidade industrial forjou - e
passou rapidamente a adotar - o termo Internet
das Coisas (IoT) e, em seguida; Internet
Industrial das Coisas (IIoT). Com a nova
nomenclatura, o objetivo era designar uma
articulação tecnológica mais envolvente e
abarcando funcionalidades relativas às mais
diversas verticais submetidas à convergência
inteligente.
Ocorre que o conceito de IIoT, por sua vez,
não previu que todos os dispositivos relaciona-
dos a estas inúmeras verticais seriam
simplesmente conectados à Internet genérica,
cuja forma de transmissão é caracterizada pela
insegurança e pela facilitação indistinta do
tráfego. E que, por isto mesmo, fornece um nível
questionável de previsibilidade e disponibilida-
de de serviços para uma classe de sistemas que
precisam de comunicações realmente
confiáveisparaoperar.
Porém, um dos maiores problemas com a
implantação desses muitos milhares de
dispositivos inteligentes e caracterizados pela
dispersão está exatamente em como controlá-
los. Isto porque, independentemente do nome
que se dê a ela, essa disseminação de pontos de
controle assemelha-se a um grande encana-
mento, onde a questão do controle é algo
altamentecrítico.
Ou seja, há uma grande exigência de
recursos para se garantir a comunicação com
cada um desses dispositivos e protegê-los - eles
mesmos-contraasameaçascibernéticas.
Na maioria dos casos, para se fazer isto de
forma economicamente viável, será necessário
o uso de uma rede de dados sem fio, seja ela de
propriedade do usuário final ou via um provedor
deserviçomóveldecelular.
Neste caso, o provedor de telefonia celular
pode, opcionalmente, fornecer uma rede
privada virtual (VPN) através de sua estrutura
para tal finalidade de controle. Mas, seja como
for,espera-sequeamaioriadosdispositivosIIoT
esteja, ao final e ao cabo, conectados à Internet
dealgumaforma,poreconomiadecustos.
Há apenas 18 meses, o mundo recebeu um
alerta impactante sobre a importância de se
proteger os dispositivos IoT (e, por extensão, os
IIoT) quando 1,2 milhão de câmeras, gravadores
de vídeo digital e outros dispositivos de IoT,
aparentemente inócuos do consumidor, foram
utilizados para um ataque DDoS (Negação de
Serviço)muitobem-sucedido.
O ataque foi atribuído ao Anonymous e a
pelo menos dois botnets diferentes, inoculados
no DYN, um provedor de serviço de nomes de
domínio (DNS) dos EUA, e levou, em pouco
tempo, a um desligamento e incapacitação de
61R N T I
62. grande parcela da Internet norte-americana,
deixando fora de ação cerca de 1.200 sites,
incluindoalgunsdosmaioresdomundo.
Não é preciso muita imaginação para se
calcular qual seria o dano à sociedade se isso
acontecessecomqualquerrededeoperaçõesde
uma concessionária de energia, água, gás,
gerenciamento de semáforos e outras
infraestruturasdeumacidade.
Obter conectividade flexível, confiável e
segura, com boa relação custo-benefício nesse
patamar de escala não é tarefa fácil, e sim
extremamentecrítica.
Isto exigirá, por exemplo, a criptografia de
ponta a ponta com um tamanho mínimo de
chave de 128 bits. Mas este é apenas um ponto
inicial mínimo para se proteger o fluxo de dados
eosdispositivosnumaconfiguraçãodessetipo.
Chaves de 256 bits são certamente indispen-
sáveis. Assim como a tecnologia de infraestru-
tura de chave pública (PKI) é a mais indicada
para garantir que cada dispositivo tenha uma
chave exclusiva, de modo que invadir um
dispositivo não signifique que alguém vá ter
acessoatodoosistema.
A indústria de sistemas de acesso já
enxergou este tipo de requerimentos e começa
a oferecer respostas consistentes para tais
desafios da IIoT. Uma delas é a solução de
backhaul segura da RAD para a Internet
Industrial das coisas, que busca estabelecer um
modelodereferência.
Ela é baseada numa plataforma de fluxo
seguro também criada pela RAD e nomeada
SecFlow, contendo um roteador / switch
industrial seguro e com reconhecimento de
SCADA avançado, além de incorporar recursos
defirewallseIPSecbaseadosemPKI.
Esta nova classe de soluções promete levar à
estrutura IoT o suporte à implementação de
Power over Ethernet (POE) para sensores e
outros dispositivos com conectividade serial e
Ethernet. Um recurso de "provisionamento
zero" simplifica a ativação de dispositivos e
reduz os erros de configuração, permitindo que
o sistema seja implantado em um estado não
configurado e use a estratégia "ligue para casa",
conectando-se com um endereço confiável
para obter suas chaves de configuração e
segurança.
Esta estrutura se associa a uma plataforma
multisserviço - a Megaplex-4, também
desenvolvida pela RAD, que fornece a agrega-
ção de conectividade e a virtualização de
função de rede distribuída (D-NFV). Isto permite
que gateways de segurança coexistam na
mesma plataforma de rede para encerrar
milhares de túneis IPSec no centro de
operações.
O servidor de protocolo de registro de
certificado simples (SCEP) permite que um
operador gerencie facilmente milhares de
certificados de segurança X.509 individuais. O
Security Incident Event Manager e o servidor
Syslog fornecem um registro histórico de
transações de dados e eventos de segurança,
enquanto o desempenho geral é garantido por
um sistema de gerenciamento e orquestração
dedomíniocujonomedemercadoéRadView.
A estrutura de backhaul, usada nessa
implementação, fornece a conectividade
segura e econômica que é necessária para
cumprir as promessas de Smart Grid, Smart
City, Smart Transportation ou IIoT, enfim,
qualquer que seja o termo que utilizemos hoje
para a transformação digital de operações
62
63. Assespro-MG sedia
importante evento de inovação
e empreendedorismo em BH
A Assespro-MG reuniu, em Belo Horizonte,
conceituados especialistas para discutir sobre o
atual cenário de inovação e empreendedorismo
mineiro. Foram cerca de 10 horas de muito
conhecimento e oportunidade de networking
comempresáriosdetodooBrasil.
O auditório do P7 Criativo, no dia 04 de junho,
foi palco para startups apresentarem seus
negócios inovadores e o público pode entender
porque o estado de Minas Gerais é considerado
um berço de startups de sucesso. Os fundadores
de seis startups originadas na aceleradora
Acelera MGTI compartilharam, na ocasião, seus
casos de sucesso: AZAPFY (Logística),
CONCILIADORA (Fintech), FLINGO (Turismo),
RECTRIX (Varejo), STELLA (Moda e varejo) e
MIDHAZ(e-commerce).
Os desafios de se empreender e inovar no
setor de tecnologia, no Brasil, foram apresenta-
dos por Wilson Caldeira, CEO & Co-founder da
Caldeira Marketing. O consultor, que possui
e s p e c i a l i z a ç ã o e m I n o v a ç ã o &
Empreendedorismo pela Stanford University,
abordou temas como a situação mundial dos
principaisecossistemasde empreendedorismo,
como o Brasil está se posicionando em relação
ao resto do mundo, tratou dos modelos de
desenvolvimento regional induzidos pela visão
63R N T I
64. empreendedora e das principais tendências e
atualidadessobreinovaçãodisruptiva.
O panorama de transformações vivenciadas
por empresas e profissionais no mundo
contemporâneo, com foco no impacto das
novas tecnologias na gestão e desenvolvimen-
to de negócios e carreiras foi exposto por
Fabiano Birchal, mestre em Administração e
especialistaemGestãodePessoas.
Os principais comportamentos, técnicas e
ferramentasqueoslídereseequipesinovadoras
utilizam para que possam ser bem-sucedidos
nesse novo mundo de negócios de inovações
constantes foram debatidos, no painel,
conduzido por Mauro Moura, que é mentor de
startupseCEOdayouber.
O evento trouxe também Virgílio Almeida
como palestrante especial. Um dos mais
conceituados professores de Ciência de
Computação do país, Virgílio assumiu a
secretaria de Informática e Automação (Sepin)
do Ministério de Ciência e Tecnologia e
Inovação entre 2011 e 2015. O atual professor
Associado ao Berkman Klein Center na
Universidade de Harvard e Professor Titular, na
UFMG,falousobreTransformaçãoDigital.
Linhas de financiamento para o desenvolvi-
mento de projetos inovadores foram apresenta-
das por Glaucia Anete da Silva, Gerente de
Negócios do Banco de Desenvolvimento de
MinasGerais(BDMG).
O seminário foi finalizado com o painel mais
aguardado da programação. Mediado pelo
presidente da Fumsoft, Leonardo Fares, o painel
focou no atual cenário da TI em Minas Gerais, e
contou com as presenças de Leandro Garcia –
Presidente da Prodabel, Leonardo Dias –
Subsecretário de Ciência, Tecnologia e
Inovação da SEDECTES, e Paulo Lamac – Vice-
prefeitodeBeloHorizonte.
A Assespro-MG cumpriu seu papel ao
conectar empresas já consolidadas com
startups à frente de negócios inovadores que
estão fazendo a diferença no mercado brasileiro
de tecnologia, enfatizou Marcos Távora,
presidentedaAssespro-MG.
64
65. A Assespro-MG sediou ainda, pela primeira vez, a
reunião do Conselho Administrativo da Federação
das Associações das Empresas Brasileiras de
Tecnologia da Informação (Assespro Nacional). O
encontro, que ocorreu no dia 05 de junho, das 8h30 às
14h, no auditório do MGTI, reuniu os principais
conselheiros e representantes das regionais da
Assespro.
Na ocasião, foram discutidos assuntos
administrativos internos da Federação, de interesse
das empresas associadas, além de iniciativas
estratégicas que contribuem para o desenvolvimen-
todosetordeTI.
A importância desses encontros realizados pela
Assespro-MG se deve a dois fatores primordiais,
segundo o vice-presidente de Comunicação e
Marketing da Assespro-MG, Fernando Pereira. “O
primeiro tem a ver com a relevância de fomentar a
inovação e novos empreendedores no setor de TI
mineiro. Apoiamos e sempre buscaremos promover
este mercado que cresce, cada vez mais, principal-
mente pela enorme quantidade de startups em
Minas. O segundo ponto foi de recepcionar todos os
presidentes das outras regionais da Assespro. Somos
uma das maiores regionais do Brasil e, até então, não
havíamos estado no circuito das reuniões da
Assespro Nacional. Penso que, pela importância da
nossa regional, temos que estar presentes sempre
emrecepçõeseeventoscomoestes”,concluiu.
Confira a cobertura completa dos eventos em
nossapáginadoFacebook(assespro.minasgerais).
#Encontro da Assespro Nacional
65R N T I
66. Conexão
SPED 2018:
apresenta as
novidades no
sistema
Evento realizado e idealizado pela Decision
IT S.A., o Conexão SPED, aconteceu no dia 16 de
maio e trouxe muitas novidades para os
profissionais contábeis. O tema dessa edição
abordou a transformação dos negócios e a
necessidade de mudar padrões para promover a
inovaçãodentrodasempresas.
Na abertura do evento o Diretor Presidente
da Decision IT S.A., Rogério Negruni, realizou
um discurso inspirado na história das Lojas
Renner e principalmente na grande trajetória e
transformadora liderança de José Galló,
presidente da maior varejista de moda do Brasil.
Também participou da abertura, o presidente do
SESCON-RS, Célio Levandovski, o qual
comentou a importância do evento para a
classecontábil.
Nasequência,oConexãoSPEDproporcionou
pela segunda vez para os participantes, a
oportunidade de conhecer o novo Coordenador
Nacional do SPED. Ederlei Norberto Majolo
assumiu o cargo no dia 02 de maio, no lugar de
Clóvis Belbute Peres, o qual atualmente
assumiu a Coordenação-Geral de Cadastros da
Rogério Negruni abre o Conexão SPED
com discurso inspirado nas Lojas Renner
66
67. Receita Federal do Brasil. Majolo reforçou
durante a sua participação a importância de
simplificareagilizaraprestaçãodecontaspelos
contribuintes e diminuir o custo e o tempo
dispendidos pelas empresas para cumprir as
suasobrigaçõesfiscais.
O evento contou com 3 palestras e 4 painéis
com representantes da Receita Federal do
Brasil, do Ministério do Trabalho e Emprego e
com especialistas do mercado. O primeiro tema
a ser abordado foi a EFD-REINF, nova obrigação
do SPED que as empresas precisam atender em
2018, ministrado por Mauro Negruni, Diretor de
Conhecimento e Tecnologia da Decision IT S.A..
Mauro alertou sobre a obrigação e fez alguns
esclarecimentos auxiliando as empresas a
fazerem a primeira entrega ao Fisco correta-
mente. Em seguida, Jonathan Oliveira Formiga
(Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil e
Supervisor Nacional da Escrituração Fiscal
Digital das Contribuições) e Fabio Rodrigues
(advogado e especialista em PIS/COFINS),
protagonizaram o painel sobre as Contribuições
Sociais e os seus recentes impactos. Formiga
ressaltou que a nova contribuição, a CSRI, pode
substituir o PIS e o COFINS, porém vem com o
intuito de simplificar e não com o objetivo de
aumentar a arrecadação. Para encerrar a
amanhã, Edgar Madruga e Mauro Negruni
debateram sobre o Ressarcimento de ICMS-ST e
osimpactosdoConvênio52/17.
Iniciando a maratona da tarde, José Maia
(CoordenadordoGTdoMinistérioTrabalhopara
o eSocial) reforçou o prazo do eSocial “Somente
13 mil empresas estão obrigadas a entregar o
eSocial nesta primeira etapa e a maioria já está
preparada. Portanto, não há nenhuma previsão
deadiamento.”
O case Gerdau, uma das palestras mais
aguardadas do dia, foi ministrada por André
Citolin, Gerente de Tributos Indiretos, e
Fernando Francesconi, Gerente de Gestão e
Melhoria Contínua do Centro de Serviços,
mostrou para o público que a robotização é
possível para todos os tipos de empresas e que é
necessário renovar os processos e estar aberto
as mudanças, para que haja ganho de produtivi-
dade, qualidade e padronização de procedimen-
O evento contou com 3 palestras
e 4 painéis com representantes da Receita Federal
do Brasil, do Ministério do Trabalho e Emprego
e com especialistas do mercado.
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