A festa junina tem origem nas festividades religiosas de junho na Europa, trazidas pelos portugueses para o Brasil. Ela incorporou elementos de várias culturas e se adaptou às regiões do país. Hoje celebra tradições como danças de quadrilha, fogueiras e comidas típicas de milho.
2. ORIGEM DA FESTA JUNINA
Na época da colonização do Brasil, após o ano de 1500,
os portugueses introduziram em nosso país muitas
características da cultura europeia, como as festas
juninas.
3. ORIGEM DA FESTA JUNINA
Existem duas explicações para a origem do termo "festa
junina". A primeira explica que surgiu em função das
festividades, principalmente religiosas, que ocorriam, e
ainda ocorrem, durante o mês de junho. Estas festas
eram, e ainda são, em homenagem a três santos
católicos: São João (24), São Pedro (29) e Santo Antônio
(13).
4. ORIGEM DA FESTA JUNINA
Outra versão diz que o nome desta festa tem origem
em países católicos da Europa e, portanto, seriam em
homenagem apenas a São João. No princípio, a festa
era chamada de Joanina, e recebeu esse nome para
homenagear João Batista, primo de Jesus, que, segundo
as escrituras bíblicas, batizava as pessoas, purificando-
as para a vinda de Jesus.
5. ORIGEM DA FESTA JUNINA
Nesta época, havia uma grande influência de elementos
culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses.
Da França veio a dança marcada, característica típica
das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as
típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de
artifício veio da China, região de onde teria surgido a
manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da
península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito
comum em Portugal e na Espanha.
6. ORIGEM DA FESTA JUNINA
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do
tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos
brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes
europeus) nas diversas regiões do país, tomando
características particulares em cada uma delas.
7. FESTA JUNINA NO NORDESTE
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do
Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma
grande expressão. Como é uma região onde a seca é
um problema grave, os nordestinos aproveitam as
festividades para agradecer as chuvas raras na região,
que servem para manter a agricultura.
8. FESTA JUNINA NO NORDESTE
Além de alegrar o povo da região, as festas
representam um importante momento econômico, pois
muitos turistas visitam cidades nordestinas para
acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes
aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades.
9. COMIDAS TÍPICAS
Como o mês de junho é a época da colheita do milho,
grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados
às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha,
cural de milho verde, milho cozido, canjica, cuscuz,
pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
10. COMIDAS TÍPICAS
Além das receitas com milho, também fazem parte do
cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim,
bolo de pinhão, bom-bocado, broa de fubá, cocada,
pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e
muito mais.
11. PRINCIPAIS TRADIÇÕES
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de
junho é marcado pelas fogueiras, que servem como
centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões
também compõem este cenário, embora cada vez mais
raros em função das leis que proíbem esta prática, em
função dos riscos de incêndio que representam.
12. PRINCIPAIS TRADIÇÕES
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos
grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e
cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas
casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas
uma grande quantidade de comidas e bebidas para
serem degustadas pelos festeiros.
13. PRINCIPAIS TRADIÇÕES
Já na região Sudeste é tradicional a realização de
quermesses. Estas festas populares são realizadas por
igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem
barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar
os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre
durante toda a quermesse.
14. PRINCIPAIS TRADIÇÕES
Como Santo Antônio é considerado o santo
casamenteiro, é comum no dia 13 de junho, as igrejas
católicas distribuírem o “pãozinho de Santo Antônio”.
Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto
aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra
a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição,
devem comer deste pão.
15. QUADRILHAS JUNINAS
Os estudos colocam que a dança de quadrilha teve
origem na Inglaterra, por volta dos séculos XIII e XIV. A
guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra, serviu
também para promover uma transferência cultural
entre esses países. A França adotou a quadrilha e
levou-a para os palácios, tornando-a assim uma dança
nobre. Rapidamente se espalhou por toda a Europa,
sendo assim uma dança presente em todas as
festividades da nobreza.
16. QUADRILHAS JUNINAS
Originalmente, em sua forma francesa, a quadrilha era
dançada em cinco partes, em compassos que variavam
de 6/8 a 2/4, dependendo da parte que estava sendo
dançada, terminando sempre em um galope, que
normalmente atravessava-se o salão.
17. QUADRILHAS JUNINAS
A quadrilha não só se popularizou, como dela apareceram
várias derivadas no interior. Assim a Quadrilha Caipira, no
interior paulista (e Minas), o baile sifilítico na Bahia e Goiás, a
saruê (deturpação de soirée) no Brasil Central e, porventura a
mais interessante dentre todas elas, a mana chica e suas
variantes... Várias danças do
fandango usam-se com marcação de quadrilha, da mesma
forma que o pericón e outros bailes guascas da campanha no
Rio Grande do Sul.
18. QUADRILHAS JUNINAS
Nota-se numa coincidência, que a Sociologia e a
História explicam muito bem, uma dança nascida no
meio do povo seis ou sete séculos atrás, voltou ao
povo, em outro país e outra etnia, mas praticamente
conservando a mesma função antropológica, social e
cultural.
19. QUADRILHAS JUNINAS
A Guerrra dos Cem Anos, entre a França e Inglaterra,
acabaria levando a "country dance” para a França. Lá, a
palavra se afrancesou, transformou-se em “contredance”,
uma dança em que os pares executam a coreografia, frente
à frente, ou "vis-a-vis". A "contredance" se aportuguesou
como "contradança" e quadrilha, mas que implica a
formação de pares em alas apostas; a palavra é
provavelmente derivada da "country dance" inglesa.
20. QUADRILHAS JUNINAS
Em dois séculos, a contradança perdeu aquela sua
característica camponesa e rural para tornar-se a dança
nobre por excelência, conquistando primeiramente a
corte francesa e em seguida, todas as cortes européias,
incluindo a portuguesa. Chegou-se ao ponto de, no
século XVIII, ela ter sido a grande dança protocolar, de
abertura dos bailes da corte.
21. QUADRILHAS JUNINAS
A medida que ela foi se popularizando, principalmente
no Brasil e Portugal, o nome “quadrilha” foi começando
a ser usado, seguindo aliás, uma terminologia utilizada
na Espanha e na Itália, onde identificava a contradança,
dançada por quatro pessoas. Desta quadrilha de quatro
derivou a quadrilha geral.
22. QUADRILHAS JUNINAS
A quadrilha chegou ao Brasil no século XIX, com a
vinda da Corte Real portuguesa. Rapidamente essa
dança de salão, típica da nobreza, caiu nas graças do
nosso povo animado e festeiro. É importante lembrar
que a quadrilha é uma dança característica dos caipiras,
pessoas que moram na roça e têm costumes muito
pitorescos.
23. QUADRILHAS JUNINAS
Hoje, porém, a dança apresenta marcação
alternadamente em português e francês e linguagem
sertaneja, utilizando expressões como: "Balancê" que
quer dizer Balancer, significando que todos os
participante devem dançar balançando em seus
lugares. "Anarriér", que quer dizer voltar aos seus
lugares.
24. QUADRILHAS JUNINAS
Os compositores brasileiros tomaram gosto pelo
gênero e hoje em dia as quadrilhas possuem
características bem nacionais.